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GRUPO NOBRE DE ENSINO


BACHARELADO EM BIOMEDICINA
BACHARELADO EM FARMÁCIA

ERIKA LAÍS DO CARMO OLIVEIRA


JULYANA LIMA DE AZEVEDO

A EFICIÊNCIA DA RADIOFREQUÊNCIA NA ESTÉTICA PARA


TRATAMENTO DE ESTRIAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

FEIRA DE SANTANA
2021
  ERIKA LAÍS DO CARMO OLIVEIRA
JULYANA LIMA DE AZEVEDO

A EFICIÊNCIA DA RADIOFREQUÊNCIA NA ESTÉTICA PARA


TRATAMENTO DE ESTRIAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Trabalho apresentado como avaliação


parcial da disciplina Trabalho de Conclusão
de Curso I, dos Cursos de Bacharelado em
Biomedicina e Farmácia da Faculdade
Nobre e Unidade de Ensino Superior de
Feira de Santana/Ba, sob a supervisão da
Prof. Sônia Carine Cova.

FEIRA DE SANTANA
2021
1 HIPÓTESE

A radiofrequência é muito utilizada em diversos tratamentos estéticos,


entre os quais a suavização de estrias, por meio de emissão de ondas de
radiação de baixa frequência. Gerando, assim, um menor risco a saúde da
paciente e ao seu tratamento, dessa forma é possível realiza-lo de forma
contínua, a longo prazo.
2 JUSTIFICATIVA

As estrias são lesões ocasionadas pela degeneração dos fibroblastos,


da elastina e das fibras de colágeno (que são responsáveis pela firmeza da
pele), que se localizam na camada mais profunda da pele. Estas lesões podem
ocorrer por distensão exacerbada da pele ou por via de alterações hormonais.
Resultando além das alterações físicas na pele, desconforto estético por conta
do aspecto deixado na pele, efeitos psicológicos na auto estima das pessoas.

Entre os benefícios da técnica de radiofrequência para melhora no


aspecto das estrias, são observados os efeitos fisiológicos onde incluem a
vasodilatação local, aumentando a circulação sanguínea, contribuição na
produção de nutrientes a nível tecidual, estimulação nervosa, alteração do
tecido que há produção de fibroblastos e colágeno.
3 OBJETIVO

3.1 OBJETIVO GERAL

Descrever os mecanismos usados na radiofrequência em procedimentos


estéticos que visam um melhor resultado no tratamento de suavização de
estrias.

3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

 Descrever os princípios de ação da radiofrequência;


 Evidenciar a forma a qual a mesma é utilizada dentro da estética
para o tratamento de estrias;
 Apresentar dados que comprovem a eficácia desse procedimento
para esse tipo específico de tratamento.
4 INTRODUÇÃO

O uso da radiofrequência para tratamento de estrias na estética,


busca demonstrar que cada vez mais mulheres, e homens, mesmo que em
minoria, buscando corrigir com a estética as imperfeições que as geram
desconforto.

A estria trata-se basicamente uma atrofia tegumentar adquirida, devido


ao rompimento das fibras elásticas presentes na derme, apresentando-se como
lesões lineares paralelas, são avermelhadas ou arroxeadas, após,
esbranquiçadas e abrilhantadas, que surge quando as fibras elásticas e
colágenas que são responsáveis pela firmeza da pele, se rompem e formam
“cicatrizes” assim chamadas de estrias (LIMA, 2005).

Existem causas multifatoriais, fatores endocrinológicos, mecânicos,


predisposição genética e familiar, esses fatores levaram ao surgimento de três
teorias, a mecânica, a endocrinológica e a infecciosa (GUIRRO; GUIRRO,
2002).

A insatisfação com o surgimento de estrias gera uma busca pelo corpo


ideal e com isso aumenta a procura também por procedimentos estéticos, tais
como a radiofrequência para a suavização dessas cicatrizes.

As estrias são imperfeições indesejáveis que acometem homens e


principalmente mulheres, gerando a insatisfação em relação a sua autoestima,
há uma grande incidência na população, na maioria em mulheres, pois sua
incidência é 2,5 vezes mais frequente que nos homens (MAIO, 2011).

Faz-se necessário saber qual o benefício da radiofrequência no


tratamento estético das estrias.
5 REFERENCIAL TEÓRICO

5.1 PELE

A pele é uma membrana flexível sendo considerada por uns


o órgão mais vital do corpo humano, responsável por recobrir os demais
sistemas do corpo humano e corresponde a 16% de todo o peso corporal do
homem, ela é formada por três camadas de tecidos que são sobrepostas : a
camada mais superior (epiderme), a camada intermediária (derme) e a última
camada, a mais profunda (hipoderme). Dentre suas funções as principais são
as de transpiração, proteção, pigmentação,
nutrição, queratogênese, termorregulação, defesa e absorção (BATISTELA,
2007), (SANT’ANNA, 2003).

Figura 1: Pele Humana

Fonte: JUNQUEIRA; CARNEIRO, (2004)

A pele age como um envoltório de proteção ao meio externo,  controla a


perda de que evita a penetração de substancias estranhas ao organismo, como
uma barreira impermeável. É dividida em três camadas com funções diferentes,
a mais externa e principal barreira de defesa é a epiderme, intermediaria e
vascularizada é conhecida como derme e a mais profunda, constitui-se de
tecido gorduroso, a hipoderme (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).

5.1.1 Epiderme

Segundo Borges (2010), a epiderme possui um revestimento de


camadas de células sobrepostas, onde as células superficiais são achatadas e
são compostas por uma camada córnea rica em queratina. Sua espessura é
variada de acordo com a região do corpo, chegando a 1,5 mm nas plantas dos
pés.
Magalhães (2021) destaca que a epiderme é composta pelas seguintes
camadas: camada córnea, camada granulosa, camada espinhosa e camada
basal. A camada córnea trata-se da mais externa, sendo em sua maioria
composta de queratina e células mortas. A camada granulosa possui de 3 a 5
camadas de células poligonais achatadas, com núcleo central e citoplasma
acumulando grânulos e queratino-hialina, que darão origem a queratina. A
camada espinhosa é formada por 5 a 10 camadas de células cubóides, um
pouco achatadas e com núcleo central e filamentos que vão manter as células
unidas. A camada basal é profunda, sendo ela responsável pela renovação da
epiderme, apresentando intensa atividade mitótica.

5.1.2 Derme

A derme, é a camada intermediária, tendo como função promover a


elasticidade e resistência da pele. É composta por duas camadas: a camada
papilar e reticular. A camada papilar é formada por fibras elásticas e fibrilas de
colágeno tipo IV e a camada reticular é composta por redes de fibras elásticas
entrelaçadas a fibras colágenas tipo I. Ainda na área da derme pode ser
observada a presença de vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e estruturas
derivadas da epiderme, a exemplo das glândulas sudoríparas e sebáceas
(CUNHA; SILVA; OLIVEIRA, 2020; MAGALHAES, 2021).
Uma estrutura resistente e elástica, que acontece devido às fibras
colágenas, elásticas e reticulínicas (colágeno do tipo III) que a compõe, a
derme possui estruturas anexas dos tipos glandulares (glândulas sebáceas e
sudoríparas) e córneos (pelos e unhas). É a segunda linha de proteção contra
traumatismos, responsável pela irrigação sanguínea da epiderme, que auxilia
nas funções de termorregulação e percepção do ambiente (JACOB et al.,
1990).

5.1.3 Hipoderme

Embora não seja considerada de fato uma camada da pele, a hipoderme


é a parte mais profunda da área tegumentar humana, sendo formada por tecido
conjuntivo e representa de 15 a 30% do peso corporal.  Segundo destaca
Magalhães (2021): as principais funções da hipoderme são: possibilitar reserva
de energia, defesa contra choques físicos, isolante térmico e garantir a
conexão da derme junto aos músculos e ossos, sendo portanto, responsável
pela fixação da pele com as estruturas adjacentes
A hipoderme é de extrema importância por fixar a epiderme e a derme
às estruturas subjacentes, também conhecida como tela subcutânea ou tecido
subcutâneo. Os mamíferos consomem energia de um modo contínuo, mas se
alimentam com intervalos, por isso a importância de um reservatório de
energia, que é representado pelo tecido adiposo. A gordura não possui a
mesma quantidade em todas as regiões do corpo, nos indivíduos normais,
existem regiões que nunca acumulam gordura, como a pálpebra, umbigo, o
pênis, e outros. Em outras regiões, há um maior acúmulo de tecido adiposo,
como por exemplo, a porção proximal dos membros, a parede abdominal,
especialmente as porções laterais (GUIRRO; GUIRRO, 2002)

5.2 ESTRIAS

O termo estrias foi criado em 1889, sendo definidas como um processo


degenerativo cutâneo, benigno e variam de cor de acordo a sua fase
(BONETTI, 2007).
Inicialmente caracterizam-se por lesões lineares rosadas, arroxeadas ou
cor da pele, de forma discreta já em sua fase mais tardia geralmente
apresentam-se na cor branca de espessura mais larga, entretanto tal coloração
depende da associação entre o componente microvascular o tamanho e
atividade dos melanócitos (MENDONÇA, 2011).
Este tipo de distúrbio é uma atrofia tegumentar adquirida, clinicamente
são caracterizadas pela morfologia que, em geral, é linear, atrófica, superficial
e em alguns casos franzida com poucas rugas transversas. Quando são
comparadas com uma pele normal, possuem uma redução no colágeno, fibrina
e elastina (WHITE, 2007).
Definidas como atróficas, não se sabe ao certo sua causa, mas
geralmente são ocasionadas devido a lesões após a distensão excessiva ou
agressiva da pele, o que desencadeia uma inflamação do tecido e
posteriormente rompimento das fibras (elásticas e colágenas), podem também
ser consideradas cicatrizes que são resultado de uma lesão dérmica dos
tecidos de conexão, onde o colágeno cede em resposta às forças estressoras
locais (KEDE, 2005).
A formação das estrias pode ocorrer proveniente de um crescimento
rápido a exemplo da puberdade, aumento excessivo dos músculos decorrente
de exercícios físicos exagerados, gravidez, obesidade, efeito sanfona e
colocação de próteses, no caso de mama, quando ocorre a extensão abrupta
da pele dos seios (BONETTI, 2007).
Possuem causas multifatoriais, fatores endocrinológicos, mecânicos,
predisposição genética e familiar, esses fatores levaram ao surgimento de três
teorias, a mecânica, a endocrinológica e a infecciosa (GUIRRO; GUIRRO,
2002).

Teoria mecânica: Acontece quando ocorre o aparecimento de um


estriamento, ruptura ou perda de fibras elásticas dérmicas na pele, sem motivo
visível, no caso da obesidade por exemplo, acredita-se que uma disposição
excessiva de gordura, em especial a que ocorre repentinamente com um
seguimento, seja o principal mecanismo do aparecimento de estrias como a
gravidez, atividade física, puberdade e crescimento (GUIRRO; GUIRRO, 2002).
Teoria endocrinológicas: Com o uso de terapêutico de hormônios ou por
uso exacerbado de anabolizantes, distúrbios nutricionais bioquímicos,
distúrbios hormonais, latrogenia que são doenças causadas por efeitos
colaterais de medicamentos (KEDE, SABATOVICH, 2004).

Teoria infecciosa: Relatos mostram que processos infecciosos provocam


danos às fibras elásticas que originam as estrias. Notou-se um aparecimento
de estrias em jovens que foram expostos a febre tifóide, reumática e outras
infecções. Possuem também outros fatores como predisposição genética e
familiar, a expressão dos genes determinantes para a formação do colágeno e
elastina está diminuída em pessoas que possuem estrias (GUIRRO; GUIRRO,
2002).

Classificadas como iniciais, com aspecto inflamatório e uma tonalidade


rosada da epiderme, que é causada pela distensão intensa das fibras elásticas.
Há também as atróficas, que possuem um aspecto de cicatriz. As fibras
elásticas estão entrelaçadas e algumas se apresentam rompidas, a estrutura
do colágeno está em desordem e os anexos da pele encontram-se
conservados, as nacaradas apresentam flacidez central. As fibras elásticas
estão na maioria rompidas e as lesões evoluem para fibrose (KEDE, 2005).

Para tratar lesões como estrias, atualmente se aplica diversas técnicas


para diminuir ou eliminar totalmente estas lesões indesejadas. Entre essas
técnicas, a galvanização faz a utilização da corrente galvânica,
microdermoabrasão e tratamentos com peelings químicos (AMARAL, 2008)
Há um tempo atrás, pouca atenção era dada às estrias, em relação ao
seu tratamento, pois eram consideradas irreversíveis, estudos recentes abriram
uma nova ideia para tratamento das estrias, utilizando diferentes técnicas e
produtos, dentre estes tratamentos encontramos a radiofrequência (BORGES,
2010).

5.4 RADIOFREQUÊNCIA

A radiofrequência é um procedimento estético que pode ser utilizado nos


mais diversos tratamentos tais como: flacidez corporal, flacidez facial, linhas de
expressão, suavização de estrias e cicatrizes, gordura localizada e celulite. O
tratamento é indolor, não invasivo e não ablativo, o que faz com que a rotina
diária do paciente mantenha-se inalterada. É aplicado o gel condutor sobre a
superfície a ser tratada, em seguida o equipamento de radio é deslizado sob o
local realizando movimentos circulares, que favorecem o aquecimento,
consequentemente o estímulo das fibras elásticas de colágeno, o que promove
maior firmeza e elasticidade à pele (AGNE, 2013).

Os resultados desse procedimento já podem ser observados nas


primeiras semanas após o primeiro contato com o tratamento, a melhora se dá
se forma progressiva, consequentemente quanto mais sessões realizadas,
melhor o resultado. Todavia, na estética a busca pela perfeição instantânea é
eminente, visto isso, podem ser associados a radiofrequência outros
procedimentos tais como: o microagulhamento, peeling químico, peeling de
diamante (microdermoabrasão) e carboxiterapia (GUIRRO; GUIRRO, 2004)

O microagulhamento ou como é conhecido popularmente dermaroller,


consiste no deslizamento do aparelho em cima das estrias para que suas micro
agulhas penetrem na pele e abram caminho para que os ativos dos cremes ou
ácidos que são aplicados em seguida possam agir com uma maior absorção.
Este procedimento não cria uma ferida profunda na pele, mas as células do
corpo “estimuladas” ao nível de identificar que ocorreu a lesão, resultando em
uma melhora na irrigação sanguínea, formação de células novas com fator de
crescimento, consequentemente na produção de colágeno que dá sustentação
a pele, dessa forma a pele fica com um aspecto de mais esticada, mais nova,
por conta disso as estrias se tornam menores e mais finas. Cada sessão de
forma isolada pode ser realizada a cada 4 ou 5 semanas e os resultados
podem ser notados desde a 1° sessão (DODDABALLAPUR, 2009).

O peeling químico pode ser classificado em superficial, médio ou


profundo, se trata basicamente de uma aplicação de agentes esfoliantes que
irão provocar destruição parcial da epiderme e da derme, gerando uma
degeneração e em seguida uma renegeração tecidual, esse processo auxilia
na suavização das estrias, pois consiste no aumento da produção e melhora na
qualidade do colágeno, estimulando a firmeza da pele, consequentemente
reduzindo a largura e comprimento das estrias, um dos ácidos utilizados no
peeling químico é o ácido retinóico, mais conhecido como Tretinoína, é
utilizado na concentração de 1% a 5%, além dele temos o ácido glicólico. Além
de tratar as estrias, o mesmo age promovendo a retirada de células mortas,
suavização de manchas e rugas, e melhora o aspecto da pele (VELASCO,
2004; ROTTA, 2008).

O peeling de diamante, também conhecido como microdermoabrasão


trata-se de uma esfoliação profunda da pele feita com uma caneta com ponta
de lixa diamantada, onde se retira as células mortas da camada mais
superficial, promovendo a renovação celular, devolvendo a elasticidade da
pele, suavizando manchas e cicatrizes, tornando a pele mais uniforme e
revitalizada (BOSCHIN; ASSUNÇÃO, 2011).

O jato de plasma é um procedimento estético relativamente novo, bem


difundido, comparado aos outros tratamentos, outro procedimento que vêm
sendo utilizado é o chamado eletrocautério, no entanto existe diferenças entre
ambos os equipamentos. O jato é um equipamento que emite o plasma,
chamado quarto estado da matéria, este por sua vez é capaz de gerar um
processo inflamatório estimulando a produção de colágeno, sendo, portanto de
grande significância em protocolos de rejuvenescimento, ambos podem ser
usados no tratamento de rugas, linhas de expressão, manchas, cicatrizes e
estrias. Ele aumenta a produção de colágeno e fibras elásticas através de um
processo inflamatório gerado pela cauterização. Esse tratamento pode ser
realizado a cada 15-30 dias, que é o tempo médio da pele se recuperar da
agressão. Cerca de 24h após as sessões deve-se usar protetor solar com no
mínimo FPS 30, para minimizar os efeitos do sol a pele, após esse período
pode ser utilizado também, para acelerar o processo cicatrizante um creme ou
pomada específico. Os resultados podem ser vistos logo ao final do processo
da primeira sessão (GRAF, 2018).

A carboxiterapia é um procedimento que tem como principal mecanismo


a aplicação de dióxido de carbono medicinal, a 99,9% de pureza, de forma
cutânea ou subcutânea. Ele age no metabolismo celular de forma localizada,
gerando uma melhor circulação sanguínea, trazendo uma hiperoxigenação do
tecido na área a ser tratada, com isso estimula e aumenta a produção de
colágeno e a reorganização das fibras de colágeno e elastina, melhorando a
firmeza e o aspecto da pele, consequentemente suavizando o aspecto das
estrias. Para realizar o tratamento é necessário aplicar o gás diretamente no
cumprimento das estrias, sendo feita aproximadamente uma aplicação a cada
centímetro da mesma. Não é indicado usar creme anestésico antes do
procedimento porque o desconforto gerado não é pela inserção da agulha mas
sim pela entrada do gás na pele. Os resultados podem ser observados de
forma progressiva, após a primeira sessão a redução é de aproximadamente
10% das estrias, já na terceira sessão é possível notar uma redução em torno
dos 50%, a partir da quinta sessão em diante vemos uma suavização mais
significativa (BORGES, 2010; MOREIRA; GUISTE, 2013).

A associação desses procedimentos a radiofrequência garante um


resultado mais assertivo e mais rápido, visto que todos trabalham basicamente
dentro da mesma linha de raciocínio que é a revitalização e recuperação da
pele, fazendo com que as marcas das estrias sejam suavizadas ao ponto de se
tornarem imperceptíveis. O aparelho de radiofrequência emite ondas de rádio
de baixa frequência que elevam a temperatura tecidual de 40°C a 43°C, que
desencadeia uma série de reações fisiológicas, promovendo a contratura do
colágeno por meio da vasodilatação loca, estimulando a produção de mais
fibras de colágeno e elastina (neocolagênese) onde ali já havia um déficit,
dando mais sustentação e firmeza à pele, melhorando a flacidez e aclarando
de forma significativa as marcas de estrias (AGNE, 2013).

Como todo tratamento estético a radiofrequência também tem suas


contraindicações, são elas: gestantes, portadores de marcapasso, pacientes
oncológicos ou em metástase e pacientes imunodepressivos. Um dos contras
da radiofrequência também é sua necessidade de longa durabilidade, é um
procedimento de resultados a longo prazo e de uso contínuo, onde se torna
necessária manutenção gradual, e por fim é um procedimento que quando
associado tem mais efeito em um curto espaço de tempo, isso faz com que
caso seja desejado e/ou necessário um efeito a curto prazo, seja escolhido
outro procedimento além dele, gerando um custo maior (AGNE, 2013).
6 METODOLOGIA 

O estudo em questão quanto aos objetivos classifica-se como uma revisão


de literatura, descritiva, pois objetiva trazer ao campo científico  uma discussão
sobre a radiofrequência para tratamento estético de estrias. Este tipo de
pesquisa descritivas compreende-se objetivar e contribuir para se conhecer em
maiores detalhes uma determinada realidade ou objeto estudado. A revisão de
literatura ou bibliográfica, por sua vez, consiste no tipo de pesquisa que reúne o
material publicado sobre determinado objeto junto a diferentes fontes, a
exemplo de livros, jornais, artigos de periódicos e outras publicações em meios
eletrônicos (GIL, 2010)
Quanto à abordagem do problema, o estudo em questão é de natureza
qualitativa, uma vez que não se prende a dados estatísticos ou numéricos.
Sobre este tipo de pesquisa, Minayo (2014) concorda que esta trabalha com
um nível de realidade que não pode ser quantificado, ou seja, discutido a partir
de uma base numérica, ou de valor, mas que busca traduzir ou apresentar
significados, aspirações, atitudes. 
Para levantamento de dados, será feito a partir da pesquisa bibliográfica
realizada junto as bases de dados do Scientific Electronic Library Online
(SciELO), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS),  PubMed, nos últimos cinco anos. Os seguintes descritores serão
utilizados estrias, tratamento,  estética, nas seguintes combinações usando
para isso um operador booleano: estrias AND tratamento,  estética AND
estrias.
Os critérios utilizados para inclusão serão:  estudos em português ou
inglês, publicados nos últimos 20 anos, disponíveis na íntegra, de forma
gratuita e cuja temática se alinhem aos objetivos da pesquisa em questão. Os
critérios de exclusão serão para pesquisas estudos de revisão, ou cuja
abordagem não se alinhem aos objetivos do estudo.
O método utilizado na análise dos dados será o de Análise de Conteúdo
de Bardin que é compreendida como um conjunto de técnicas de pesquisa cujo
objetivo é a busca do sentido ou dos sentidos de um documento (MINAYO,
2014). A técnica de Análise de Conteúdo será trabalhada em três etapas
básicas: Pré-análise – fase em que o material é organizado e passa por uma
leitura geral; Descrição analítica – fase em que o material é submetido a um
estudo aprofundado, utilizando-se procedimentos como a codificação e a
categoria dos dados; e Interpretação referencial – em que o pesquisador deve
aprofundar a análise dos dados tratando de desvendar o conteúdo latente que
eles possuem. A busca deve filtrar ideologias, tendências e outras
determinações características dos fenômenos que estão sendo analisados
(GIL, 2010).
7 CRONOGRAMA 

Quadro 1 – Calendário de atividades a serem desenvolvidas no projeto.

ANO 2021.2 2022.1

MÊS AGO SET OUT NOV DEZ FEV MAR ABR MAI JUN

Definição do
x
tema

Definição do
x
orientador

Problema x

Hipótese x

Justificativa x

Objetivo x

Introdução x

Referencial
x
teórico

Metodologia x

Orçamento x

Cronograma x

Referências x

Parte escrita x

Parte oral x x

Analise dos
x x
resultados
Discussão dos
x
artigos
Consideraçõe
x x
s finais
Entrega do
x
artigo e defesa
Revisão do
artigo e x
entrega final

8 ORÇAMENTO

Quadro 2 – Materiais necessários para o desenvolvimento do projeto.


MATERIAL PERMANENTE

Valor
Descrição Quantidade Total (R$)
(R$)

Notebook 1 1.999,00 1.999,00

Pen drive 1 29,00 29,00

Impressora 1 299,00 299,00

MATERIAL DE CONSUMO

Valor
Descrição Quantidade Total (R$)
(R$)

Papel A4 200 20,00 20,00

Caneta 04 0,75 3,00

Pagamento do corretor
25 4,50 112,50
(folha)

SERVIÇOS DE TERCEIROS

Valor
Descrição Quantidade Total (R$)
(R$)

Impressão de artigos
científicos, papel no 142 0,20 28,40
formato A4 na cor preto

Impressão do projeto do
trabalho de conclusão
50 0,20 10,00
de curso, papel no
formato A4

Encadernação do 3 3,00 9,00


projeto do trabalho em
preto branco de
conclusão de curso,
papel no formato A4

R$
TOTAL GERAL
2.509,90

REFERÊNCIAS

AGNE, E.J. Eletrotermofototerapia. 1°ed. Santa Maria, RS: O Autor,

2013.

AMARAL, C. N. et al. Tratamento em estrias: Um levantamento teórico da


microdermoabrasão e do peeling químico. [2007 ou 2008]. 12 f. Trabalho de
Conclusão de Curso (Cosmetologia e Estética) –Universidade do Vale do Itajaí,
Balneário Camboriú, [2007 ou 2008].

BATISTELA, M.A.; CHORILLI, M.; LEONARDI, G.R. Abordagens no estudo


do envelhecimento cutâneo em diferentes etnias. Rev. Bras. Farm., v.88,
n.2, p.59-62, 2007

BONETTI, Veridiana Biscaro. Incidência de estrias em acadêmicos da


faculdade assis gurgacz, identificando sua principal causa. Monografia de
Graduação da Faculdade de Assis Gurgacz, Cascavel, 2007.

BOSCHIN, L. R. M.; ASSUNÇÃO, F. F. O. Utilização da microdermoabrasão


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BORGES, Fábio dos Santos; SCORZA, Flávia Acedo. Terapêutica em


Estética: Conceitos e Técnicas. 1.ed. São Paulo: Phorte, 2016. Terapia de
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BORGES, Fábio dos Santos; SCORZA, Flavia Acedo; JAHARA, Rodrigo


Soliva. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo.
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