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UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DE FEIRA DE SANTANA

JOADSON DE ANDRADE SILVA FERREIRA

GÉSSICA CERQUEIRA DA SILVA

THAILA MARTINS ALMEIDA

INTERVENÇÃO EM UM VAZIO URBANO: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO


DE UMA PRAÇA NO BAIRRO LAGOA GRANDE

FEIRA DE SANTANA
2021
JOADSON DE ANDRADE SILVA FERREIRA

GÉSSICA CERQUEIRA DA SILVA

THAILA MARTINS ALMEIDA

INTERVENÇÃO EM UM VAZIO URBANO: PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO


DE UMA PRAÇA NO BAIRRO LAGOA GRANDE

O trabalho a seguir foi solicitado pelo

Professor e Mestre Allan Pimenta e tem

como objetivo principal aprofundar e por

em pratica os assuntos estudados nas

aulas de Projeto de Urbanismo I,

8 º. Período, Noturno, do Curso de

Bacharelado em Arquitetura e

Urbanismo da Unidade de Ensino

Superior de Feira de Santana.


FEIRA DE SANTANA
2021

SUMÁRIO

1. Introdução .........................................................................................................

1.1.Justificativa .......................................................................................................

1.2.Objetivos ...........................................................................................................

1.2.1.Geral................................................................................................................

1.2.2.Específicos ....................................................................................................

1.2.3.Metodologia ...................................................................................................

2.Contextualização: ...............................................................................................

2.1.Breve histórico do bairro ................................................................................

2.2.Urbanismo sustentável ...................................................................................

2.3.Aspectos legais ...............................................................................................

2.3.1.Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do solo - LOUOS .......................

2.3.2.Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano – PDDU ........................................

2.3.3.Estatuto da cidade ............................................................................................

2.3.4.Plano Nacional de Mobilidade Urbana .............................................................

3.Bairro .............................................................................................

3.1 Localização e Caracterização ......................................................................


3.2..Dados gerais ....................................................................................................
3.3.Pesquisa de campo ...........................................................................................

5. Programa de Necessidades ............................................................


5.1. Intervenções Legais.........................................................................
5.2. Intervenções Projetuais..................................................................
5.3. Intervenções Morfológicas..............................................................
6. Relatório de produção .....................................................................
Referências ............................................................................................
1. INTRODUÇÃO

Este trabalho apresenta a proposta de intervenção urbanística na praça


situada na no bairro Parque Lagoa grande, buscando proporcionar à
comunidade daquela região uma melhor qualidade de vida, transformando uma
área sem utilização, em espaço vivo. Através da valorização das sugestões
descritas por moradores, durante entrevistas realizadas pelo grupo de alunos.
Neste sentido, buscar a melhor qualidade de vida da sociedade e a interação
com a natureza, ocasiona uma aprovação maior das pessoas que utilizarão
aquele espaço, pois, o meio ambiente consegue trazer a tranquilidade que
muitas pessoas buscam em suas rotinas. A área possui poucos espaços
verdes destinados para o lazer, apesar de existir uma lagoa em processo de
revitalização. A principal queixa de muitos moradores é que o entorno da lagoa
é explorado grandemente por comércio de bebidas alcoólicas, e que existe
pouco incentivo urbanístico e mobiliários urbanos que atraiam as famílias que
vivem no entorno.
A praça pode ser definida, de maneira ampla, como qualquer espaço
público urbano, livre de edificações que propicie convivência e recreação para
os seus usuários. O espaço urbano tido com precursor das praças foi a ágora,
na Grécia. A ágora grega era um espaço aberto, normalmente delimitado por
um mercado, no qual se praticava a democracia direta, visto ser este o local
para discussão e debate entre os cidadãos (MACEDO, ROBBA, 2002).

Segundo Vargas, 2006, para a construção de espaços verdes em meio a


cidade foi preciso um processo de reforma: ocupação de vazios, demarcação
de áreas de risco, demolições, desapropriações e realocações, que
primeiramente aconteciam nas periferias e áreas nobres, que ganhavam com a
intervenção uma nova centralidade. Intensificou-se, com isso, o processo de
desvalorização dos Centros Urbanos, provocando logo a necessidade em se
intervir nestes, devolvendo a dinâmica perdida.

Desta forma, este projeto visa transformar um espaço urbano, dentro do


bairro Lagoa grande, em uma praça de convivência, que possa ser freqüentada
pela população local. Estimulando nessas pessoas a sensação de
pertencimento e conseqüentemente instinto de preservação local

1.1. JUSTIFICATIVA

Com o crescimento das cidades e o adensamento de áreas centrais os


espaços públicos se tornam uma indispensável opção de área de lazer para a
cidade, as praças espalhadas pelos bairros, são elementos necessários para a
vida na cidade, tornando-se objeto de interesse publico. Através de uma
revitalização, busca-se proporcionar melhor distribuição e limitação dos
espaços, atraindo assim a comunidade do bairro a um lugar agradável.
Dispondo também de um espaço para contemplação, descanso e socialização.

O bairro Lagoa Grande possui um espelho d’água, que encontra-se há


um tempo em processo de revitalização. O governo estadual realizou alguns
investimentos locais, no entanto esses não foram suficientes ao pleno
aproveitamento daquele espaço pela comunidade local. Moradores reclamam
do espaço ser muito utilizado por grupos de pessoas que buscam festas,
musicas altas e bebidas alcoólicas. Em contrapartida, existe um espaço mais
próximo a comunidade em desuso. Esse espaço possui algumas poucas
árvores de pequeno porte, mas uma extensão que necessita de intervenção
com mobiliário público e intervenção urbanística, para melhor aproveitamento.

1.2. OBJETIVOS

1.2.1. OBJETIVO GERAL

 Desenvolver um projeto de Requalificação de um vazio urbano no bairro


Lagoa Grade, com vistas a transformar esse espaço em uma praça
pública.

1.2.2. OBJETIVOS ESPECIFICOS

 Valorizar o espaço urbano, hoje sem aproveitamento, de modo que


possa atrair os usuários e qualificar área como praça pública
 Estruturar formas de integração de todas as pessoas ao espaço urbano,
principalmente as pessoas que moram naquele entorno, propondo um
ambiente comunitário
 Estimular a comunidade a pensar no meio urbano como um organismo
vivo que está em constante transformação, e que este deve atender as
necessidades de seus usuários, causando neles a sensação de
pertencimento.
1.2.3. METODOLOGIA
Após realização de pesquisa feita com a comunidade local, onde foram
entrevistados moradores do entorno e coletados os dados necessários. O
trabalho in loco foi realizado no dia 10 de setembro. Consolidamos os
questionários estruturados, elaborados com perguntas objetivas. Logo após,
feita uma descrição detalhada dos procedimentos que serão demonstrados no
projeto, levando em consideração a área onde será implantada a praça, e suas
dimensões. Todas as atividades descritas no projeto deverão estar de acordo
com as Normas Técnicas Brasileiras (NBR) e as Normas Regulamentadoras
(NR), de modo a garantir segurança, qualidade e economia. A visita técnica foi
realizada pelos alunos do curso de arquitetura da UNEF, sob supervisão do
professor da disciplina Allan Pimenta. Na oportunidade foram realizados
registros fotográficos e medições do local, onde os alunos se subdividiram em
grupos, e cada um desempenhou uma tarefa.

2. CONTEXTUALIZAÇÃO

2.1. BREVE HISTÓRICO DO BAIRRO

O Bairro Lagoa Grande surgiu nas proximidades de uma das lagoas


mais importantes de Feira de Santana, a Lagoa Grande, que na década de
1950 servia como fonte de abastecimento de água para a cidade. A Lagoa
Grande teve um importante papel no desenvolvimento urbano de Feira de
Santana com a implantação, neste local, do primeiro sistema de abastecimento
de água da cidade demandado pelo considerável aumento populacional
naquele período.
O Bairro Lagoa Grande é uma área complexa que necessita ser
entendida por três vias: habitação, proteção ambiental e segregação
socioespacial. A partir da compreensão de sua formação pode-se entender a
estruturação do espaço urbano feirense e a atuação do Estado, seja ele
através de suas ações diretas ou omissivas, o que não deixa de ser uma forma
de agir. Sua origem remonta um período em que a demanda populacional na
cidade tornava-se cada vez mais acentuada pela falta de políticas habitacionais
que pudessem acompanhar esse processo. Nesse momento, observou-se a
formação de um padrão de ocupação do espaço a partir da apropriação de
áreas, em algumas situações ambientalmente frágeis para construção de
moradias. A alternativa municipal de criação de loteamentos posteriormente
favoreceu ao surgimento de ocupações “ilegais” no seu entorno e no caso do
Bairro Lagoa Grande acabou gerando problemas ambientais como construção
de habitações na planície de inundação da lagoa, adentrando para seu interior,
e a formação do maior assentamento subnormal da cidade de Feira de
Santana, que foi se desenvolvendo ao longo das últimas décadas.
2.2. URBANISMO SUSTENTÁVEL

Quando se fala do urbanismo sustentável, estamos tratando da


manutenção das áreas verdes, dos parques, das nascentes. A proteção dessas
faixas de natureza é fundamental para o bom andamento das cidades. Por
outro lado, também significa cuidar das emissões de poluentes, muitas vezes
por parte das indústrias, essa poluição toda pode interferir, inclusive, nas áreas
de vegetação que estejam longe das metrópoles.
Segundo Santos, 2002, em tempos atuais a maioria das sociedades
enfrenta a desalentadora e angustiante perspectiva de crescente caos urbano,
decorrente do obsoleto e contraditório modelo de ocupação urbana
implementado desde a era industrial. O cenário de acúmulo de riquezas sem a
necessária distribuição equitativa de benefícios sociais acentuou os conflitos
intraurbanos. Se para Aristóteles a cidade era o lugar para se viver bem,
atualmente, esta se tornou antônimo à qualidade de vida, desprivilegio não só
das cidades latino-americanas ou de economias de desenvolvimento tardio,
como também das cidades ditas industrializadas e desenvolvidas.
Sob a compreensão necessária de se pensar e se propor cidades mais
sustentáveis (ou menos insustentáveis) para o futuro, uma infinidade de
pesquisadores em todo o mundo têm debruçado sobre a criação ou formulação
de teorias que proporcionem modos de vida e de ocupação territorial menos
impactantes ao meio ambiente.

2.3. ASPECTOS LEGAIS

2.3.1. Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo – LOUOS


De acordo com a Lei n° 1.615/92, Lei do Ordenamento do uso e da
ocupação do solo LOUOS, o bairro Lagoa Salgada está localizado na região
leste da região central de Feira de Santana, região que fica dentro do anel de
contorno, essa lei determina, índices, recuos, utilização e coeficientes de
aproveitamento apropriado para que tenha uma excelente utilização da zona,
com isso todo e qualquer projeto é preciso que todos esses índices sejam
respeitados, pois a utilização dos mesmos, é de grande pertinência para que o
uso dos solos sejam corretos.

2.3.2. PLANO DIREITOR DE DENSOLVIMENTO URBANO - PDDU

O plano diretor é um agrupamento de normas municipais, que a partir de


análises científicas da cidade, expõe séries de orientações e sugestões afim de
ter uma ordenação e funcionamento dos usos dos solos urbanos, de
componentes fundamentais da estrutura urbana, das redes de infraestruturas,
recomendações estas estabelecidas, para curto, médio e longo prazo,
decretados por leis municipais, e essas intervenções podem ser desde
questões urbanísticas da cidade, como abertura de avenidas até mesmo com a
criação de uma residência e revitalização de áreas antigas do município, com
isso as cidades preconizam as vertentes que têm que ser seguidas, crescendo
desta forma, de maneira propícia, pois a mesma tem suas práticas sociais, tais
como; proporcionar, saúde, moradia, educação, transporte, cultura, lazer,
dentre outras. Portanto O PDDU desenvolve as bases para uma cidade com
equilíbrio, capaz de proporcionar qualidade de vida para todos os cidadãos, ele
é proposto para todas as cidades brasileiras, e exigido para as cidades com
população superior a vinte mil habitantes.

O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano – PDDU no seu Art. 88 cita:


“Nos termos do Código Municipal de Meio Ambiente, as Unidades de
Conservação (UC) são parcelas do território municipal, que conformam sítios
naturais de beleza cênica e diversidade biológica, conservando espécies da
fauna e da flora, incluindo as áreas com características ambientais de
relevantes valores ecológicos e socioambientais, com funções de proteção dos
mananciais e à qualidade dos recursos hídricos e equilíbrio climático, de
domínio público ou privado legalmente constituídas ou reconhecidas pelo poder
público, com objetivos e limites definidos, sob regime especial de
administração, as quais se aplicam garantias adequadas de proteção, sendo de
grande importância para a qualidade ambiental”

Art. 209 - A Área Urbana corresponde às porções de território já urbanizadas e


àquelas passíveis de urbanização, onde a Gestão Pública Municipal e as
concessionárias operam e poderão atender no âmbito de seus planos vigentes,
à demanda de obras e serviços necessários para as atividades urbanas nelas

previstas. A divisão do território do Município de Feira de Santana em Zonas de


Uso deve observar os objetivos, definidos nesta Lei para as Macrozonas e
Macroáreas.

Art. 212 - São porções do território destinadas ao uso predominantemente uni


e multiresidencial, admitindo-se outros usos desde que compatíveis com o uso

residencial, sendo classificadas como Zona 2, Zona 3, Zona 4 e Zona 5, de


acordo com os critérios e restrições estabelecidos pela LOUOS.

Art. 213 - São porções do território destinadas ao uso predominantemente


comercial, admitindo-se outros usos desde que compatíveis com este uso,
sendo classificada como Zona 1 e 7, de acordo com os critérios e restrições
estabelecidos pela LOUOS.

Art. 266 - O Executivo Municipal poderá fazer uso do instrumento urbanístico


da Transformação Urbana Localizada, mediante lei específica, garantida ampla

participação popular, sempre motivada por interesse pública relacionado à


urbanização, reurbanização e requalificação de partes do território do
Município,

objetivando viabilizar projetos urbanísticos especiais para atendimento dos


objetivos, diretrizes e prioridades estabelecidas neste PDDU 2018, mediante
intervenções de menor porte, tais como:

I - Implantação de infraestrutura urbana e melhorias no sistema viário e de


transporte público, prioritariamente relacionada à microacessibilidade no
entorno das estações de transporte de média capacidade, especialmente as do
BRT, existentes e projetadas;

II - Implantação de equipamentos com finalidade de uso público tais como:

a) instalações para a administração pública, em geral;

b) edificações para atendimento às necessidades de serviços públicos tais


como as educacionais, de assistência social e de saúde;

c) edificações com finalidade de desenvolvimento turístico do Município, como


centros de negócios, equipamentos turísticos, recreativos, culturais e pólos de
lazer;

d) equipamentos típicos de mobilidade urbana, como terminais rodoviários,


náuticos, ferroviários, multimodais, edifícios-garagem, dentre outros a igual
título;

e) estruturação dos parques urbanos e áreas de interesse ambiental;

III - requalificação do entorno de áreas privadas, podendo envolver construção


de praças, implantação de projetos de mobilidade urbana como ciclovias,
mobiliário urbano, parklets, melhoria das condições habitável, recuperação de
áreas verdes e programas de proteção ambiental;
IV – intervenções urbanas associadas a concessões ou parcerias público-
privadas;

V - Implantação de programas de HIS e HMP;

VI - Valorização, requalificação E criação de patrimônio ambiental, histórico,

arquitetônico, cultural e paisagístico.

Art. 270 - A concessão urbanística constitui instrumento de intervenção urbano

estrutural destinado à realização de urbanização ou de reurbanização de parte


do território municipal a ser objeto de requalificação da infraestrutura urbana e
de reordenamento do espaço urbano com base em projeto urbanístico
específico, compreendendo urbanização ou reurbanização de parte do território
municipal, inclusive loteamento, reloteamento, demolição e reconstrução e
incorporação de conjunto de edificações para atendimento dos objetivos,
diretrizes e prioridades estabelecidas neste PDDU e na LOUOS.

Art. 281 - São objetivos do Sistema de Mobilidade Urbana, de acordo com o

PlanMob de Feira de Santana:

I – Priorizar a acessibilidade cidadã: pedestres, ciclistas e cidadãos com

necessidades especiais (mobilidade reduzida), sobre o transporte motorizado;

II – Estruturar o sistema viário, priorizando o uso de vias pelo transporte público


de passageiros e o coletivo sobre o individual;
III – Considerar as questões de logística no sistema de mobilidade urbana,
tendo em vista o desenvolvimento econômico;

IV – Reduzir a necessidade de deslocamento;

V – Promover melhoria da mobilidade urbana e da fluidez do trânsito,


mantendo-se os níveis de segurança adequados, aperfeiçoando as atividades
de fiscalização, operação, educação e engenharia de tráfego;

VI – Articular o sistema de mobilidade municipal com o estadual, existente e

planejado, integrando o transporte público de passageiros;

VII – Ampliar o sistema viário de maneira a estimular áreas de ocupação


prioritária, racionalizando investimentos em infraestrutura;

VIII – Propor às vias principais atenção especial em termos de infraestrutura;

IX – Ordenar e planejar a expansão das vias principais tendo como norte o

desenvolvimento urbano, intra-urbanos e interdistrital de Feira de Santana,


além do interurbano na RMFS;

X - Programar avanço tecnológico-ambiental nos componentes do sistema;

XI - atender às demandas da população em termos de equidade e segurança,


promovendo a inclusão social;
XII - promover a ocupação adequada e ordenada do território e possibilitar aos

indivíduos o acesso ao processo produtivo, de serviços, bens e lazer.

Art. 286 - A acessibilidade urbana é o conjunto de possibilidades e condições


de alcance, percepção e entendimento para utilização, com segurança e
autonomia, de espaços, edificações e equipamentos urbanos.

§ 1º - Na promoção da acessibilidade urbana deverão ser observadas as


regras específicas previstas na legislação federal, estadual e municipal, assim
como as normas técnicas editadas pelos órgãos competentes, dentre as quais
as normas de acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas –
ABNT;

§ 2º - As políticas públicas relativas à acessibilidade urbana devem ser


orientadas para a inclusão social, com o objetivo de assegurar e preservar os
direitos fundamentais da pessoa humana, em especial das pessoas com
portadora de deficiência e ou com mobilidade reduzida, favorecendo a
autonomia pessoal, total ou assistida, mediante produtos, instrumentos,
equipamentos ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados para
melhorar a sua funcionalidade.

Art. 290 - As diretrizes para o deslocamento de pedestres no ambiente urbano,

garante a circulação comacessibilidade universal, particularmente para aquelas


com mobilidade reduzida, cujas necessidades devem ser contempladas
adequadamente no planejamento, no projeto, implantação e manutenção de
espaços viários e de equipamentos de uso público, de acordo com o PlanMob
de Feira de Santana, devendo garantir:
I - Autonomia, segurança e conforto, com adoção de parâmetros ergonômicos
nos logradouros públicos e espaços privados de uso público, contemplando a
diversidade, a especificidade e as necessidades dos indivíduos de diferentes
idades, constituição física, ou com limitações de deslocamento, contribuindo
para a mobilidade inclusiva de todos;

II - Planejamento de vias exclusivas para pedestres e adequação das


existentes, obedecendo aos princípios da acessibilidade e do desenho
universal, contando com dispositivos de segurança, separando a circulação dos
pedestres do trânsito de veículos automotores;

III – Implantação de passeios e calçadas com largura adequada para


contemplar a circulação de pessoas, com a desobstrução dos espaços públicos
e implantação de mobiliário urbano, paisagismo e arborização;

IV - Planejamento e implementação da infraestrutura de uso contínuo destinada


à circulação de pedestres, integrados aos demais modos de deslocamento,
rápidos e seguros e facilitando a conexão entre os distintos modais de
transporte;

V - Incentivo à implantação de estruturas para a redução de velocidade do


trânsito veicular em áreas comgrande conflito com a circulação de pedestre,
adaptando-as às necessidades das pessoas com deficiência ou comobilidade
reduzida, assegurando autonomia, segurança e conforto em trechos de vias ou
locais que não permitem a interrupção do tráfego de veículos automotores;

VI– Adoção de meios de sinalização adequados à orientação geral e específica


para pessoas com deficiência visual e auditiva nos logradouros, e suas
travessias, e nos equipamentos públicos e de uso público;
VII - adaptação dos espaços de circulação de pedestres às necessidades dos
usuários com necessidades especiais, adequados à microacessibilidade,
possibilitando deslocamento continua e condições favoráveis de mobilidade,
especialmente nos logradouros e edificações de uso público;

VIII - consolidação de um subsistema auxiliar local de apoio no acesso ao


sistema de transporte coletivo, em regiões que não possam ser atendidas pelos
subsistemas Convencionais e Complementares de transporte coletivo do
Município de considerando a hipótese de equipamentos urbanos, motorizados
ou não, como calçadas,passeios, teleféricos e similares.

2.3.3. ESTATUTO DA CIDADE

De acordo com o estatuto da cidade, instituído pela lei nº 2845, d 28 de


novembro de 2007, fica a área da Lagoa Grande caracterizada sob regime
especifico, desta forma ficando estabelecidos os seguintes objetivos: garantir o
direito à moradia à população de baixa renda; promover a urbanização e
regularização fundiária para a população de baixa renda; possibilitar a oferta de
equipamentos urbanos e comunitários para a população de baixa renda;
propiciar recuperação ambiental das áreas degradadas; preservar o meio
ambiente natural e construído; incentivar a participação comunitária no
processo de urbanização e regularização fundiária; respeitar a tipicidade e
características das áreas quando das intervenções de urbanização e
regularização fundiária. Em parágrafo Único o estatuto ainda prevê que os
objetivos definidos neste artigo devem orientar qualquer intervenção nas
referidas áreas, bem como o licenciamento de projetos, considerando sempre o
conjunto das determinações urbanísticas referentes à matéria.
O artigo 182 da Constituição Federal diz que, "a política de
desenvolvimento urbano tem por objetivo o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade". O texto constitucional afirma que objetivo do
desenvolvimento urbano “garantir o bem estar social de seus habitantes".

Carta de Atenas (redigida no 4° Congresso Internacional da Arquitetura


Moderna - CIAM, em 1933), defende quatro funções principais: habitar,
trabalhar, recrear e circular. A nova carta de Atenas (Conselho Europeu de
Urbanismo, 2003), as quatro funções continuam válidas, e atribui mais dez
funções ou conceitos as cidades do Novo Milênio: a cidade para todos, a
participativa, a cidade de refúgio a saudável produtiva, a inovadora da
acessibilidade, a ecológica, a cultural e a de caráter histórico.

Para melhor notar as funções sociais de uma cidade, ela está dividida em três
grandes grupos e quatro subgrupos sendo eles:

Funções Urbanísticas: Divididas em habitação, trabalho, lazer e mobilidade.

Funções de Cidadania: Divididas em educação, saúde, segurança, proteção

Funções de Gestão: Divididas em prestação de serviços planejamento


preservação do patrimônio cultural e natural,sustentabilidade

2.3.4. POLÍTICA NACIONAL DE MOBILIDADE URBANA

A Política Nacional de Mobilidade Urbana tem o objetivo de promover o


acesso aos serviços básicos, proporcionar melhoria nas
condições urbanas referentes à mobilidade, promover o desenvolvimento
sustentável e consolidar a gestão democrática para contínuo aprimoramento
da mobilidade urbana. È o instrumento da política de desenvolvimento urbano
objetivando a integração entre os diferentes modos de transporte e a melhoria
da acessibilidade e mobilidade das pessoas e cargas no território do Município.
A pirâmide inversa do tráfego, mostra de maneira clara como as cidades
e a mobilidade urbana devem ser pensadas.
Segundo a Lei 12.587/2012. A Política Nacional de Mobilidade Urbana tem por
objetivo contribuir para o acesso universal à cidade, o fomento e a
concretização das condições que contribuam para a efetivação dos princípios,
objetivos e diretrizes da política de desenvolvimento urbano, por meio do
planejamento e da gestão democrática do Sistema Nacional de Mobilidade
Urbana.
A figura abaixo mostra a pirâmide inversa do tráfego, demonstrando o
grau de importância de cima para baixo, em ordem: Pedestres, ciclista,
transportes coletivos, transporte de carga e veículos particulares.

Fig. 1

3. BAIRRO

3.1. LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO

Localizada a leste do centro comercial da cidade de Feira de Santana, o Bairro


Lagoa Grande limita-se com os bairros Caseb, Santo Antônio dos Prazeres,
Parque Getúlio Vargas e Ponto Central, tendo como principais vias de acesso
as avenidas João Durval Carneiro, Getúlio Vargas e Eduardo Fróes da Mota,
conhecida como Avenida de Contorno.
Fig. 2 Fonte: SEPLAN

3.2. DADOS GERAIS

Conforme pode ser observado em visita técnica realizada, e que tiveram


como objeto de estudo o referido bairro, pode-se observar a presença de
serviços e estruturas elementares à população como: posto de saúde, Centro
de Referência e Assistência Social (CRAS) e o Centro de Referência
Especializada e Assistência Social (CREAS), ruas pavimentadas e rede elétrica
e casas com estrutura de alvenaria. Porém é notório, a medida que nos
afastamos do corpo hídrico e adentramos o bairro, podemos observar a
existência de espaços de segregação, onde o poder público não alcançou, e se
mantém ruas sem pavimentação nem esgotamento sanitário, pouca ou
nenhuma iluminação pública, dificuldade de acesso e transporte público.
Com um tamanho similar ao Dique do Tororó, a lagoa abriga espécies
da fauna e da flora típicas da segunda maior cidade baiana, conhecida como
Princesa do Sertão. Desde que a limpeza do espelho d’água foi realizada, com
a retirada da vegetação típica (taboa) que prolifera em ambientes insalubres, e
de toneladas do material orgânico acumulado no solo, antigos habitantes
passaram a ser vistos com frequência, tomando sol jacarés do papo
amarelo. Segundo noticiado pela Conder, a quarta e última etapa das obras
segue em andamento e irá garantir a preservação ambiental da Lagoa Grande,
com a implantação do sistema de esgotamento sanitário nas comunidades
vizinhas. No total, são mais de seis mil famílias beneficiadas, vivendo em 180
ruas que deixarão de contribuir para a poluição da lagoa.
Fig. 3 Fonte (autoral) 2021

3.3. PESQUISA DE CAMPO

No dia 10 de setembro, as 14 horas o grupo de alunos fizeram as


coletas de informações, através de questionários aplicados aos moradores da
região. A maioria respondeu de forma parecida a algumas questões; a maioria
reclamou da ineficiência do transporte público naquela região, criticou a
ausência do poder público para resolver questões relacionadas ao saneamento
básico e pavimentação das ruas, reclamaram também da precária iluminação
pública. Ao serem questionados sobre intervenção no local destinado a
construção da praça, muitos solicitaram a instalação de mobiliário tipo bancos,
arborização, e a construção de um espaço para contemplação das famílias,
uma vez que no entorno da lagoa existem quiosques e locais onde pessoas se
reúnem para consumo de bebidas alcoólicas, uso de sons automotivos, e
aglomerações barulhentas.

4.PROGRAMA DE NECESSIDADES
O programa de necessidade tem como objetivo mostrar as necessidades do
espaço em questão, a Lagoa Grande, para tornar o espaço mais, agradável,
caminhavel e salientar o seu uso, essas necessidades foram analisadas e
alcançadas por meio de questionários efetuados com os moradores do local,
desse modo serão tratados seguir propostas legais, morfológicas e projetuais

4.1. INTERVENÇÕES LEGAIS


As intervenções a serem utilizadas por parte do poder público municipal
deverão ser com objetivo de manter sentido único as ruas de entorno da praça,
com objetivo de manter segurança aos pedestres, uma vez que as ruas são
estreitas. Além do uso de placas de sinalizações, com objetivo de sinalização
quanto a necessidade de redução de velocidade dos automóveis.

4.2. INTERVENÇÕES PROJETUAIS


O local apresenta varias problemáticas relacionada á falta de
infraestrutura básica nesse âmbito é que surgem as soluções para que
resolvam as carências urbanas com objetivo de suprir as necessidades da
comunidade reforçando a sensação de segurança da cidade. Nesse projeto
percebemos a necessidade de se implantar faixas de pedestres elevadas,
passeios largos e com acessibilidade, rampas de acesso para cadeirantes e
idosos.
O planejamento é nessesário para integrar o meio trazendo conexão,
qualidade de vida para sociedade e meio ambiente com oferta de serviços e
equipamentos urbanos, iluminação, paisagismo.

4.3. INTERVENÇÃO MORFOLÓGICAS

A morfologia urbana trata do estudo do meio físico da forma urbana, dos


processos e das pessoas que o formataram. Este estudo constitui um
instrumento poderoso no entendimento e no planejamento da cidade, com isso,
interage com ampla gama de estudo como o entorno do solo, vias e fluxos,
estudo solar, viário e transporte e entre outros. A morfologia atende os
resultados e as questões sociais, econômicas, políticas, ou seja, estudam a
manifestação de ideias e intenções na medida em que elas tomam forma e
moldam os tecidos urbanos, as ruas, as parcelas urbanas (ou lotes), os
edifícios, entre outros, intervenção morfológicos foi a aplicada de acordo
(períodos históricos + períodos evolutivos): O estudo foi baseado em um plano
diretor para direcionar a controlar , organizar e zonear a cidade em expansão
responsáveis pela sua transformação.

Seria um plano que, a partir de um diagnóstico científico


da realidade física, social, econômica, política e
administrativa da cidade, do município de sua região,
apresentaria um conjunto de propostas para o futuro
desenvolvimento socioeconômico e futura organização
espacial dos usos do solo urbano, das redes de
infraestrutura e de elementos fundamentais da estrutura
urbana, para a cidade e para o município, propostas estas
definidas para curto, médio e longo prazos, e aprovados
por lei municipal (1998, p. 238).

Conforme o plano diretor a intervenção contempla seria criação de faixas


de serviços de arborização e iluminação no no canteiro central nas ruas ,
utilização de pisos intertravados , placas de sinalização , construção
adequadas para pessoas com acessibilidade instalações de equipamentos
viários, como parques infantis, quiosque, equipamento para atividades físicas ,
mesas de jogos, pista cooper, calçadas mais largas com a proposta de
intervenção, o pedestre pode ter mais conforto e opções de lazer, pois o
espaço público além de se tornar mais arborizado, tanto no canteiro quanto nos
passeios
Além disso oferecer apoio as manifestação artística e atividades sociais
implantar a condição de vida no espaça comunitário incentivando a
implantação de hortas , viveiros ,pomares como intuito de transforma mas
espaços verdes e agregando convívio social, promover equipamento e cultural
como manisfestação de banda, teatro ou até mesmo movimentos socias que
contribua para o contato coletivo, aulas publicas, cursos livres rodas de
conversa como temas interresantes para todos como participação popular
possa usufruir no meio urbano e consequentemente deixando mais interativos
e com mais segurança.

6. RELATÓRIO DE PRODUÇÃO

Joadson: Produção da introdução, justificativa, objetivos, metodologia,


contextualização, PDDU, Estatuto da cidade, urbanismo sustentável,

Gessica: Contextualização, urbanismo sustentável, aspectos legais, plano


diretor, estatuto da cidade, plano nacional de mobilidade urbana

Thaila: Intervenções legais, projetuais, intervenção morfológicas

REFERÊNCIAS:

VARGAS, H. C. Centros Urbanos: Por quê intervir?. São Paulo: EPUSP, 2006.

ROBBA, Fabio, MACEDO, Silvio Soares. Praças Brasileiras, São Paulo, Editora
da Universidade de São Paulo, 2010.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à


consciência universal. Rio de Janeiro, Record, 2002.
FEIRA DE SANTANA. Lei Complementar nº 117 de 20 de dezembro de 2018.
Institui a Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo

LOUOS, na Área Urbana e de Expansão Urbana do Município de Feira de


Santana, Revogando-se as seguintes Leis: Lei N ⁰ 1.615/1992, Lei Nº
2.328/2002, Lei Nº 3.485/2014, Lei Complementar Nº 086/2014, Lei
Complementar Nº 098/2015, e dá Outras Providencias.
https://leismunicipais.com.br/plano-diretor-feira-de-santana-ba

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