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Este trabalho tem como objetivo apresentar algumas reflexões sobre metodologia
científica, especialmente procurando responder as seguintes provocações lançadas em sala de
aula: “Como o método determina o rumo do trabalho científico? É possível fazer ciência sem
método? Por quê?”. No entanto, para fundamentar a argumentação, faz-se necessário a
menção a alguns conceitos, definições e esclarecimentos, com base nos textos debatidos
durante o curso.
Em primeiro lugar, é importante fazer referência aos tipos de conhecimento. Marconi e
Lakatos (2011) apresentam quatro tipos: conhecimento popular, filosófico, religioso e
científico. Sem adentrar em detalhes, pode-se afirmar que cada tipo de conhecimento tem seu
valor e sua importância no processo de apreensão da realidade do objeto. Como dizem as
autoras, “o conhecimento científico diferencia-se do popular muito mais no que se refere a
seu contexto metodológico do que propriamente a seu conteúdo. Essa diferença ocorre
também em relação aos conhecimentos filosófico e religioso (teológico)” (2011, p. 18).
Para compreender o conhecimento científico, também é necessário saber o que se
entende por Ciência. O conceito de Ander-Egg, transcrito por Marconi e Lakatos (2011, p.
22), diz que “a ciência é um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis,
obtidos metodicamente sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos de uma
mesma natureza”. Na mesma obra, as autoras consideram mais precisa a definição de
Trujillo, segundo a qual “a ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades racionais,
dirigidas ao sistemático conhecimento com objeto limitado, capaz de ser submetido à
verificação”. Interessante transcrever também a visão geral das autoras a partir dos conceitos
de Ciência apresentados:
“Desses conceitos emana a característica de apresentar-se a ciência como um
pensamento racional, objetivo lógico e confiável, ter como particularidade o ser
sistemático, exato e falível, ou seja, não final e definitivo, pois deve ser verificável,
isto é, submetido à experimentação para a comprovação de seus enunciados e
hipóteses, procurando-se as relações causais; destaca-se, também, a importância da
metodologia que, em última análise, determinará a própria possibilidade de
experimentação.” (MARCONI e LAKATOS, 2011, p. 23).
atividade, com vistas a chegar a um fim determinado.”. Mais à frente em sua obra, o mesmo
autor ressalta a importância do método:
“O método se torna importante pois proporciona economia de tempo, de recursos, e
fornece segurança na ação, para se chegar ao resultado pretendido. O conhecimento
não pode ser produzido sem incluir nos procedimentos: regra, capricho, esforço
organizado, disciplina e outros atributos que levarão o estudioso ao uso de
metodologia.” (DOS SANTOS, 2009, p. 100)
Referência bibliográfica
MARCONI, Marina de Andrade. LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Científica. 6ª Ed. São
Paulo: Atlas, 2011.