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Correntes do pensamento jurídico europeu:Outro período se inaugura na evolução do direito português com o ciclo pombalino.

A
época jusracionalista, que veio fornecer um quadro novo de orientações filosóficas e jurídicas que marcavam os horizontes europeus,
é nelas que se inspiraram tais novas medidas. Escola racionalista do Direito Natural (eterno, valido para td humanidade)
Durante os seculos 16 e 17, a Europa conheceu duas linhas de pensamento, que se afirmaram, não só nas áreas da filosofia
jurídica e política, mas a respeito do direito internacional publico. Hugo Grócio geralmente considerado fundador do
jusnaturalismo moderno, representando a ponte de passagem das correspondentes conceções teológicas e filosofias para o
subsequente jusnaturalismo racionalista. Tinha por si o futuro iluminista que se aproximava. A compreensão do direito
natural desvincula-se de pressupostos metafisico-religiosos. Chega-se ao direito naural racionalista, isto é, produto ou
exigência, da razão humana. Considera-se que, tal como as leis universais do mundo físico, também as normas que
disciplinam as relações entre os homens livremente encontrados pela razão. O direto natural racionalista teve uma larga
influência direta sobre a ciência jurídica positiva.
• Iluminismo
Uma linha de pensamento que muito influenciou as reformas efetuadas no ciclo pombalino foi o Iluminismo. Estes
qualificativos prende-se à ideia de os seus cultores serem “iluminados”, como tendo recebido as “luzes da razão”. O
iluminismo desenvolveu-se sobre a égide das monarquias absolutas. Foi um período voltado para este segundo tipo de
compreensão do mundo e da vida. No centro situa-se o homem não todo despido de uma ideia de transcendência e contudo
julgando-se já plenamente senhor dos seus destinos. Verifica-se o desenvolvimento de um sistema naturalístico das ciências
do espirito. Tudo, em suma, se alicerça na natureza e tem a sua validade aferida pela razão do individuo humano, numa
razão subjetiva e critica. Humanitarismo
A respeito do direito penal e do tratamento penitenciário, há que mencionar as correntes humanitaristas derivadas do
Iluminismo. Quanto ao conteúdo do próprio direito penal, que deveria desvincular-se de todos os pressupostos religiosos,
reduzindo-se à função exterior de tutela dos valores ou interesses gerais necessários à vida coletiva. Afirmava-se a ideia de
necessidade como critério delimitador do direito penal. As sanções criminais passaram a ter como fundamento
predominantemente de prevenção de defesa da sociedade. A pena justificava-se não como castigo pelo facto passado, mas
como meio de evitar futuras violações da lei criminal. Prevenindo geral – generalidade das pessoas ou especial – o
delinquente. A ação preventiva do direito penal teria de ser feito dentro dos limites da justiça e respeito pela dignidade da
pessoa humana. A exigência d proporcionalidade entre a pena e a gravidade do delito e, por outro lado, a postergação das
antigas penas corporais e infamantes e substituição pela pena de prisão. Partia-se do postulado da liberdade humana como
primeiro de todos os bens sociais. Em processo penal, cabe assinalar a contraposição entre os modelos acusatório e
inquisitório.

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