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Introdução ao Direito

Os princípios apontam o caminho para a solução enquanto as normas apontam o caminho


fechado para a solução.

As normas são critérios fechados de solução.

Tipos de principios normativos(Castanheira Neves) : Positivos; Transpositivos;Suprapositivos

Podem princípios escritos e não escritos.

Podem ser abertos e princípios em forma de norma.

Tende por base a origem normativa dos princípios, importa aqui destinguir princípios que são
imediatas explicitações da normatividade da ideia de Direito, em segundo lugar, princípios que
assimila juridicamente valores, padrões ético-sociais, e em terceiro, princípios são originária e
expecificamente jurídicos.

Positivos: São aqueles que se mostram expressa ou implicitamente pre-objetivados no S.J


positivado.

Art 219; 1306, 306 CC

Art 32, 29CRP

Art 4 CPP

Transpositivos: São princípios essênciais e identificadores de cada um dos ramos/campos da


normatividade jurídica vigente, dito de outra forma, são condições normativo- transcedentais
que conferem sentido expecificamente constitutivo aos vários domínios juridicos.

● Princípios da legalidade criminal


● Princípio da culpa
Todo o direito penal acenta sobre estes dois princípios e não conseguimos entender o direito
penal sem estes dois pontos.

● Princípio do acusatório
Este princípio é essencial ao direito processual penal porque acenta sobre este principio, este
princípio consiste em dizer que a entidade que acusa não pode ser a mesma que acusa.

O Direito privado acenta sobre o princípio da autonomia da vontade privada.

Resumindo, são princípios que são importantes para os ramos do direito e que os identificam
estando nas suas bases e sendo estes essências para compreendermos cada um dos ramos,
cada ramos do direito se constrói tendo por base estes principios.

Princípios supra positivos: São princípios últimos fundamentantemente constitutivos da ideia


de Direito, são princípios fundamentais de justiça da ideia/ sentido último do Direito.

● Princípio da dignidade humana


Princípios escritos: São aqueles princípios que na vista do S. J se mostram mais
elaboradamente tematizados.

Princípios não escritos: São princípios que se vão arriscando à medida do surgimento de novos
problemas.

● Princípio da confiança é um exemplo destes onde foi sendo arriscando e nos dias de
hoje já se tornou um princípio escrito.
No âmbito da intencionalidade normativa temos princípios abertos e princípios em forma de
norma.

Principios em forma de norma:

Princípio aberto: É aqueles

Imediatas explicações do sentido do Direito: princípio da dignidade humana

Princípios que assimila juridicamente valores: Sao princípios que o direito foi buscar a ética ,
como por exemplo o princípio da boa fé

Princípios são originária e expecificamente jurídicos: Principio da não retroactividade das leis,
o princípio do contraditório o princípio do acusatório, tem a sua génese no jurídico.

*NOTAS*

A instância que se afirma com a legitimidade de discernir/identificar e que afirma os princípios


normativos são os tribunais/jurisprudência.

Os princípios normativos não cumprem apenas uma função secundária ou subsidiária , mas
cumprem também uma função principal/essencial.

Não poderá haver subversão? Não, porque existe aqui uma tripla garantia uma garantia
intencional, institucional, e metodológica.

Intencional: Não pode ser contrária e tem que haver consonância entre a decisão e o princípio
e tem que se mostrar pratico-normativamente ligada ao princípio.

Institucional: Modo de ser próprio do processo judicial

Metodológica: Reporta a exigência de fundamentação, isto é, toda a decisão tem que ser
fundamentada, isto é uma forma de garantir o arbítrio

O Direito é uma tríade constituída pelo seguinte: fundamentos, critérios e


problemas.

Os princípios normativos são também fundamentos normativos.

Os diferentes estratos oferecem-nos principalmente problemas, e através destes


problemas surgem os critérios e os fundamentos.

Jurisprudência Judicial

É o momento da concreta decisão judico-decisória do direito, está recolocar o Direito


numa dimensão concreta, o modo de agir da jurisprudência e o modo de resolução de
problemas concretos.

Esta remete-nos aos tribunais que seguidamente nos remetem à resolução de problemas
jurídicos concretos.

O que a jurisprudência judicial oferece ao sistema jurídico são os critérios, esses


critérios podem ser designados por critérios jurisprudênciais. A jurisprudência contribui
também para o desenvolvimento/delimitação de princípios normativos.

Uma decisão de um tribunal serve de critério jurisprudêncial para problemas futuros que
tenham na sua génese uma analogia com o problema resolvido.

Os precedentes jurisdicionais têm regras para ser aplicados.

1. Quando um precedente poder ser invocado a favor ou contra uma decisão esse
precedente deve sempre ser alegado no processo.
2. Aquele que pretender afastar um precedente tem o ónus/obrigação da contra
argumentação.
Podemos dizer que a jurisprudência jurisdicional cumpre duas funções, realiza
judicativo-decisóriamente a juriadicidade vigente restituido-a, por outro lado a
jurisprudência participa na constituição à normatividade jurídica através dos
precedentes

Doutrina/Dogmática

A dogmática remete-nos aos professores de Direito/jurisconsultos, do ponto de vista do


S. S é o momento de elaboração racionalmente-fundamentante da normatividade
jurídica.

Apresenta propostas de resolução às diversas instâncias de decisão(tribunais, legislador.


etc… ) e estas propostas chamam-se critérios doutrinário.

A doutrina cumpre outras funções jurídica:

1. Função estabilizadora
2. Função heurística
3. Função desoneradora
4. Função técnica
5. Função de controlo
1- A doutrina permite a função institucionalizadora compensatória da ordem jurídica.

2- Esta vai arriscando soluções inovadoras/dinamizadora

3- Os modelos de solução libertam o juiz, auxiliam o juiz nas suas decisões, a doutrina
desonera o juiz de ter que procurar soluções.

4- É técnica no sentido também de desonerar, faz o juiz compreender de modo mais


fácil as referências de sentido (princípios normativo)

5- Racionalizar as fundamentações judiciais, de maneira a controlar as decisões


tomadas, podemos perceber isto através de comentários presentes em revistas, por
exemplo, sobre determinados casos

Nos dias de hoje é uma dogmática autenticamente constitutiva, mas também de


fundamentação.

Realidade jurídica

Remete-nos ao plano concreto, à ação histórica da normatividade jurídica.

A realidade jurídica é um estrato jurídico, o direito existe para se realizar na prática, é


esse problema prático que a vida em comunidade implica que o Direito exista e
consequentemente o que este determina.

As pessoas criam regras, por exemplo, os próprios regulamentos da empresas ou das


universidades. Sendo estas realidade jurídica e pertencendo ao sistema jurídico também.

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