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INTRODUÇÃO A MÚSICA

Olá, iremos começar nossos estudos sobre o universo musical, trataremos através dessa
apostila de toda a parte teórica, os assuntos serão universais e a execução irá variar nos
instrumentos, pois cada um terá uma técnica exclusiva para executar os que foi lido

O QUE É O SOM?
Vamos deixar uma coisa bem clara: o som é uma onda! Sim, isso mesmo, usaremos os
mesmos conceitos da física. Vamos revisar algumas propriedades do som muito
importantes para os nossos estudos e também aprender o nome técnico desses elementos:

 Altura: através dela temos sons graves e agudos. Os agudos são mais fáceis de
serem escutados, porém tem uma duração mais curta, o som desaparece mais
rápido, já os graves têm uma duração bem maior, porém são mais difíceis de
escutar. Faça o teste, toque uma nota aguda e uma grave, veja qual dura mais

 Intensidade: essa é a forma correta de se referir ao “volume”, pois é, o som não


ocupa espaço, não existe 3 litros de Dó ou 5 metros cúbicos de Fá. A intensidade
é fraca, “volume baixo”, ou alta, “volume baixo”. A maioria dos instrumentos tem
a intensidade relacionada a força com que se toca, mais força “volume alto”, mais
suave “volume baixo”

 Duração: esse é o conceito mais simples e também autoexplicativo, som longo ou


curto, simples assim!

 Timbre: e esse é o mais complexo, o timbre seria o som característico de um


instrumento, vejamos por exemplo o violão e a guitarra, ambos são instrumentos
de cordas de aço, com corpo de madeira, mas com sons totalmente deferentes.
Existem 2 principais variáveis: O material do qual o instrumento é feito e como o
som é produzido.

NOTAS MUSICAIS x RUÍDO


Agora que entendemos melhor o que é o som e como se referir aos seus elementos
vamos a mais uma etapa, nem todo som é igual, pense em uma música, você consegue
reproduzi-la, mesmo que só cantarolando, mas imagine o som de uma cadeira sendo
arrastada ou o motor de um carro, você não consegue reproduzi-lo exatamente. Isso
porque uma música ou até mesmo um canto de passarinho é formado de Notas Musicais,
já o som da cadeira e o motor do carro são apenas ruídos
 Notas Musicais – possuem uma frequência regular, medida em Hertz (Hz)

 Ruído – a sua frequência é irregular, ou seja, é difícil de ser reproduzida e muito


instável

 Você pode conferir isso com um afinador, tente tocar uma nota ou mesmo um
acorde no seu instrumento e depois faça um barulho qualquer, chinelo sendo
arrastado no chão ou uma palma, veja como o afinador irá se comportar

NOTAS MUSICAIS
Agora sim entramos na área musical de fato, as notas serão a nossa base, entender
como elas se organizam na teoria e principalmente na prática é essencial para uma boa
performance e futuramente a improvisação e criação de músicas. Então vamos conhecer
as nossas notas:

Essas são as 7 notas musicais, mas repare que essa sequência pode ser reorganizada de
diferentes maneiras, começando e terminando em outras notas, entender onde as notas
estão quais estão antes e quais estão depois é um grande desafio no início, mas devemos
decorar tudo isso, com calma, tocar músicas também ajuda no processo. Procure estudar
as sequências ao contrário, esse treino irá ajudar muito a pegar mais facilmente matérias
mais avançadas
TOM E SEMI TOM
As notas também possuem uma unidade de medida, uma forma de quantificar
alterações. O tom é a nossa unidade padrão, porém temos uma medida menor, o semitom,
esse último corresponde a menor distância entre 2 notas, já o Tom seria o dobro,
correspondente a um salto de 2 notas. Vamos ver o gráfico abaixo:

Antes de seguirmos, vamos conferir alguns termos que iremos usar bastante daqui para
a frente
 Oitava: é a sequência que começa e termina na mesma nota, com variação de
altura (grave para agudo ou aguda para grave)
 Cromatismo: é a sequência de notas, dentro de uma oitava, que seque de meio em
meio tom, tendo assim um total de 12 notas

ACIDENTES MUSICAIS
Como vimos na sequência cromática, existem algumas notas com um símbolo
diferente. Para representar o semitom foram criados dois símbolos, eles indicam uma
alteração na nota
 Sustenido: esse é o mais usado, seu símbolo é esse #. O sustenido irá aumentar
em meio tom a nota, ou seja, deixará ela mais aguda
 Bemol: é representado por b. Ele irá abaixar em meio tom a nota, deixando-a mais
grave
 Temos 2 observações a fazer: Não existe o Mi e o Si sustenidos e Fá e Dó bemol.
É bem fácil ver isso no teclado ou piano, há espaços sem teclas pretas entre essas
notas, a explicação é bem simples, a distância em Hertz entre essas notas é a
mesma de meio tom, não possibilitando inserir um acidente entre essas notas
MELODIA x HARMONIA
Vamos entender melhor como a música funciona e quais são os elementos que a
formam, a base vem desses dois conceitos bem simples:
 Melodia: é a sucessão de notas individuais, como um solo de guitarra, a introdução
de uma música e até mesmo a letra da música
 Harmonia: essa é a base, formada de acordes, será mais usada com o
acompanhamento

 A voz humana é unicamente melódica, nós não conseguimos produzir acordes


com a nossa fala, por mais desafinada que seja, nós emitimos uma nota de cada
vez
 Quando tocamos em grupo é importante saber onde tocamos melodias e onde
entra a harmonia, vários instrumentos tocando a mesma coisa vai deixar os sons
confusos e embolados, entenda bem esse conceito para melhorar a sua prática

CIFRAS E ACORDES
Até agora temos trabalhado bastante as notas e a ideia de melodia, mas vamos entrar
na área da harmonia. Temos dois termos para entender:
 Cifras: é uma maneira de simplificar a escrita de músicas, usando letras de “A”
até “G” para representar os acordes

 Acorde: é um grupo de 3 ou mais notas, tocadas simultaneamente, quando


procurar pelas “cifras de músicas” serão os acordes que estarão sendo
representados no documento

 Para efeitos práticos usaremos cifras apenas para nos referirmos a acordes, quanto
as notas, elas serão escritas por extenso
 As cifras têm validade internacional! O material estrangeiro, principalmente o
norte americano usa cifra para representar TUDO, notas e acordes serão
apresentados como cifra, fique bem atento a isso

ACORDES MAIORES E MENORES


Esse é o grupo mais simples de acordes, vamos ver como eles são montados. A parte
da execução fica a cargo das técnicas específicas de cada instrumento, porém entender
como montar esses grupos de nota é fundamental para improvisar e compreender melhor
como montar uma música
 Acordes Naturais: essa tabela apresenta os acordes que não possuem sustenidos
ou bemóis, repare na primeira nota de cada acorde

Acordes Maiores Acordes Menores


Cifra Notas Cifra Notas
C Dó Mi Sol Cm Dó Ré# Sol
D Ré Fá# Lá Dm Ré Fá Lá
E Mi Sol# Si Em Mi Sol Si
F Fá Lá Dó Fm Fá Sol# Dó
G Sol Si Ré Gm Sol Lá# Ré
A Lá Dó# Mi Am Lá Dó Mi
B Si Ré# Fá# Bm Si Ré Fá#

 Acordes Acidentados: essa tabela contém os acordes com bemóis e sustenidos,


trate esses acidentes individualmente, não use um acidente para chegar ao outro!!!

Acordes Maiores Acordes Menores


Cifra Notas Cifra Notas
C# Dó# Fá Sol# C#m Dó# Mi Sol#
D# Ré# Sol Lá# D#m Ré# Fá# Lá#
F# Fá# Lá# Dó# F#m Fá# Lá Dó#
G# Sol# Dó Ré# G#m Sol# Si Ré#
A# Lá# Ré Fá A#m Lá# Dó# Fá

Db Réb Fá Láb Dbm Réb Mi Láb


Eb Mib Sol Sib Ebm Mib Solb Sib
Gb Solb Sib Réb Gbm Solb Lá Réb
Ab Láb Dó Mib Abm Láb Si Mib
Bb Sib Ré Fá Bbm Sib Réb Fá

Até aqui vimos a base da música, acordes e notas devem ser estudados para melhor
entender o que vem pela frente, treine muito as sequencias de notas no seu instrumento e
principalmente longe deles, decore as sequencias e entenda bem todos os termos
apresentados até aqui
ESCALAS MAIORES
As escalas são sequências de notas que obedecem alguma ordem, existem várias
escalas com diversos padrões. Nós já conhecemos algumas escalas bem simples, são elas:
 Escala Natural: é formada apenas por notas naturais, não possui acidentes. Essa
escala tem 8 notas, cobrindo assim uma oitava exata
Ex: Escala natural de Mi: Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi
Escala natural de Lá: Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá

 Escala Cromática: é formada por todas as notas dentro de uma oitava, naturais e
acidentes. Ao todo essa escala contem 12 notas
Ex: Escala cromática de Ré: Ré Ré# Mi Fá Fá# Sol Sol# Lá Lá# Si Dó Dó# Ré
Escala cromática de Fá: Fá Fá# Sol Sol# Lá Lá# Si Dó Dó# Ré Ré# Mi Fá

Entrando agora nas escalas maiores temos uma formação diferente, ela será organizada
por tons e semitons e isso irá resultar em algumas notas naturais e outras com acidentes.
Essa escala também tem 8 notas cobrindo uma oitava completa

 Grau: é a maneira técnica de se referir a posição de uma nota dentro de uma escala
Para ajudar os estudos aqui estão todas as escalas maiores, não se preocupe em gravá-
las agora, existe uma maneira mais fácil de fazer isso, estude bastante, execute e escute
cada escala, se familiarize com as sonoridades, isso irá facilitar muito a sua criatividade
e improviso
Escala Notas
C Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
D Ré Mi Fá# Sol Lá Si Dó# Ré
E Mi Fá# Sol# Lá Si Dó# Ré# Mi
F Fá Sol Lá Sib Dó Ré Mi Fá
G Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá# Sol
A Lá Si Dó# Ré Mi Fá# Sol# Lá
B Si Dó# Ré# Mi Fá# Sol# Lá# Si

Db Réb Mib Fá Solb Lá Sib Dó Réb


Eb Mib Fá Sol Láb Sib Dó Ré Mib
Gb Solb Láb Sib Dób Réb Mib Fá Solb
Ab Láb Sib Dó Réb Mi Fá Sol Láb
Bb Sib Dó Ré Mib Fá Sol Lá Sib
CICLOS
Agora sim veremos uma maneira bem rápida de gravar as escalas, os ciclos! Eles irão
resumir as escalas, facilitando sua montagem e execução, esse método também organiza
as escalas por ordem de complexidade, a primeira escala possui só notas naturais, já a
última possui vários acidentes
 Ciclo de quintas: é uma sequência de escalas organizadas de 5 em 5 notas, esse
ciclo irá organizar os sustenidos

 Observe que os acidentes são cumulativos, o Fá# que apareceu na escala de Sol
se mantém até a escala de Si, a cada escala adicionamos um sustenido e mantemos
os anteriores
 O Sustenido novo aparece sempre no Grau VII da escala, ou seja, na nota anterior
a Tônica. Em Sol o acidente aparece no Fá, em Ré o acidente aparece em Dó, etc...

 Ciclo de quartas: esse ciclo gira de 4 em 4 notas, organizando assim os bemóis.


 Observe que os acidentes são cumulativos assim como nas quintas, o Sib que
apareceu na escala de Fá se mantém até a escala de Réb, a cada escala adicionamos
um bemol e mantemos os anteriores
 O bemol novo aparece sempre no Grau IV da escala, ou seja, na próxima nota do
ciclo, assim todas as notas depois de Fá são bemóis

INTERVALOS MUSICAIS
Nós já vimos a ideia de tom e semitom, agora veremos uma maneira mais técnica de
classificar a distância entre notas. Os intervalos são bem diretos e possuem um valor fixo!
Símbolo Nome Distância Exemplo
2m Segunda Menor Meio tom Dó > Dó#
2M Segunda Menor Um tom Dó > Ré
3m Terça Menor Um tom e meio Dó > Ré#
3M Terça Maior Dois tons Dó > Mi
4J Quarta Justa Dois tons e meio Dó > Fá
5din Quinta Diminuta Três tons Dó > Fá#
5J Quinta Justa Três tons e meio Dó > Sol
5aum Quinta Aumentada Quatro tons Dó > Sol#
6M Sexta Maior Quatro tons e meio Dó > Lá
7m Sétima Menor Cinco tons Dó > Lá#
7M Sétima Maior Cinco tons e meio Dó > Si
8j Oitava Justa Seis tons Dó > Dó

Através dos intervalos nós iremos entender melhor como montar acordes, fazer
improvisos e até mesmo tirar músicas de ouvido. Os intervalos têm VALOR FIXO, ou
seja, uma 2m será sempre o salto de meio tom, já a 5J será um intervalo de três tons e
meio. Para estudar os acordes é importante entende como funcionam os intervalos e
gravar o seu valor, assim teremos uma visualização mais limpa da matéria.
Vamos ver mais dois conceitos bem importantes:
 Quantidade – a ideia de quantidade se refere aos graus, ou seja, a posição da nota
dentro de uma escala, mais específico, dentro da escala natural. Para contar a
quantidade iremos usar apenas notas naturais

 Qualidade – é bem simples, são 5: Menor, Maior, Diminuto, Justo e Aumentado.


Essas qualidades podem ser usadas para acorde e intervalos apenas! O porque
delas é bem complexo e veremos mais a frente

ESCALAS MENORES E RELATIVAS


Seguindo a ideia de intervalos, vamos ver algumas relações entre acordes, notas e
escalas. Vamos entender por enquanto a relatividade entre escalas, veremos como montar
as Escalas Menores a partir das Escalas Maiores
 Escala Menor Relativa: partindo de uma escala maior usaremos o sexto grau ou a
nota um tom e meio abaixo da oitava. As escalas relativas possuem as mesmas
notas, mas a relação entre elas muda bastante

Assim estudamos as escalas menores bem mais rápido, não precisamos montar elas do
zero com o esquema de tons e semitons, usando os ciclos chegamos nelas bem mais rápido
e não precisamos gravar mais uma formula. Abaixo temos um quadro de relações entre
as escalas maiores e menores, ordenado pelo número de acidentes
CICLO DE QUINTAS
Escala Maior Relativa Menor Sustenidos Notas Alteradas
C Am 0
G Em 1 Fá#
D Bm 2 Fá# Dó#
A F#m 3 Fá# Dó# Sol#
E C#m 4 Fá# Dó# Sol# Ré#
B G#m 5 Fá# Dó# Sol# Ré# Lá#

CICLO DE QUARTAS
Escala Maior Relativa Menor Bemois Notas Alteradas
C Am 0
F Dm 1 Sib
Bb Gm 2 Sib Mib
Eb Cm 3 SIb Mib Láb
Ab Fm 4 SIb Mib Láb Réb
Db Bbm 5 SIb Mib Láb Réb Solb
Gb Ebm 6 SIb Mib Láb Réb Solb Dób

 Sempre que aparecer uma música com tonalidade menor use essa tabela para saber
qual escala usar, é mais rápido e bem simples. Se a música estiver no Tom Dm
use a escala de F, Se estiver em Bm use a escala de D. Isso economiza muito
tempo!!!!

ESCALA MENOR NATURAL, MELÓDICA E HARMÔNICA


Pois é as escalas menores se dividem em 3 tipos!!! Nós vimos que através da escala
relativa teremos uma escala menor, essa é a Escala Menor Natural ou Primitiva
 Escala Menor Harmônica: é uma escala menor natural com alteração no Grau VII,
subindo ele em meio tom. Isso diminui a distância entre os Graus VII e VIII

 Escala Menor Melódica: é uma escala menor harmônica com alteração nos Graus
VI, meio tom acima

FORMAÇÃO DE ACORDES
Vamos entrar agora em um assunto mais complexo, a montagem dos acordes. Para
termos um acorde precisamos de no mínimo 3 notas e a relação dessas notas, seus
intervalos irão nomear a qualidade do acorde, também existem notas que irão deixar os
acordes mais complexos, adicionando tensão, mas vamos começar pelo básico:
 Tríades: São os acordes mais simples, possuem 3 três notas e são divididos em 4
qalidades:
 Acordes maiores: são formados por uma 3ªM e uma 5ªj. Ou seja, da tônica para a
segunda nota temos um salto de 2 tons e da segunda para a terceira nota temos um
salto de 1 tom e meio. Esse acorde é representado apenas pela sua cifra
Ex: C – Dó maior F – Fá maior A# - Lá sustenido Eb – Mi bemol

 Acordes menores: são formados por uma 3ªm e uma 5ªj. Ou seja, da tônica para a
segunda nota temos um salto de 1 tom e meio e da segunda para a terceira nota
temos um salto de 2 tons

 Acordes diminutos: são formados por uma 3ªm e uma 5ªdim. Ou seja, da tônica
para a segunda nota temos um salto de 1 tom e meio e da segunda para a terceira
nota temos um salto de 1 tom e meio
 Acordes aumentados: são formados por uma 3ªM e uma 5ªaum. Ou seja, da tônica
para a segunda nota temos um salto de 2 tons e da segunda para a terceira nota
temos um salto de 2 tons

Esses são os acordes mais simples e que aparecem com maior frequência, eles também
seriam a base para simplificar uma música. Para entender bem o próximo grupo de
acordes estude bastante o que vimos até aqui!!!

 Tétrades: são acordes formados por 4 ou mais notas, ou seja, uma tríade com notas
a mais. Para estudos de teoria musical esses acordes são a base, não se usa tríades
para estudar harmonia!!!
O acorde com sétima é o mais comum e também ajuda a entender assuntos mais
complexos. Existem duas sétimas e elas serão medidas da tônica do acorde
 7ªM - Seria a nota a 5 tons e meio da tônica ou... o acorde meio tom antes da 8ª

 7ªm - Seria a nota a 5 tons da tônica ou... o acorde 1 tom antes da 8ª

É importante lembrar que as sétimas podem fazer parte de acordes maiores e menores,
entenda bem qual a diferença entre as sétimas para encaixa-las nos acordes e lembre-se:
elas são notas extras, mantenha a tríade e adicione a sétima no final do acorde

INTERVALOS COMPOSTOS E TENSÕES


Ainda falando de tétrades, vermos agora um outro grupo de notas, as tensões. Como
vimos anteriormente as escalas possuem 7 notas diferentes, nas tríades usamos 3 e com
as sétimas usamos 4, ficam 3 notas de sobra e essas são as tensões

Existe uma outra forma de escrever essas tensões, que é até mais comum, usando os
intervalos compostos. Como vimos lá atrás os intervalos vão da tônica até a oitava, assim
passando por 11 noras diferentes, os intervalos compostos são os saltos acima de uma
oitava, mas lembre-se: a oitava é a mesma nota que a tônica, ou seja:
Intervalos
Simples 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª
Compostos 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª 13ª 14ª

 Quando usamos 9ª ou 2ª a nota será a mesma, a diferença da escrita é meramente


formalidade teórica, assim como bemóis e sustenidos. O importante e lembrar que
TODOS OS INTERVALOS OBEDECEM A ESCALA, as tensões têm que
condizer sempre com a escala em questão

 Vamos usar a escala de Ré Maior como exemplo:


Ré Mi Fá# Sol Lá Si Dó# Ré

Acordes com Tensões dentro do Tom Ré Maior


Grau Tríade 2ª ou 9ª 4ª ou 11ª 6ª ou 13ª
I Ré Fá# Lá Mi Sol Sol
II Mi Sol Si Fá# Lá Lá
III Fá# Lá Dó# Sol Si Si
IV Sol Si Ré Lá Dó# Dó#
V Lá Dó# Mi Si Ré Ré
VI Si Ré Fá# Dó# Mi Mi
VII Dó# Mi Sol Ré Fá# Fá#

CAMPO HARMÔNICO
Vamos concluir nossos estudos com os Campos Harmônicos, as escalas dizem como
a melodia irá seguir, notas, mas também influencia diretamente na Harmonia. Aqui
veremos o porquê da escolha dos acordes nas músicas e entenderemos as relações entre
tonalidade, escalas e harmonia
 Campo Harmônico Maior (Tríades) – aqui veremos 7 acordes diferentes que
podem ser usados dentro de uma tonalidade maior

 Campo Harmônico Maior (Tétrades) – é quase o mesmo das tríades, porém iremos
acrescentar as sétimas. Para estudos mais complexos de harmonia considere
apenas esse campo harmônico, as tríades não são muito usuais!

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