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Curso Online:

Ensino da Matemática no Ambiente


Escolar nos Anos Finais do
Ensino Fundamental
A didática para o ensino fundamental..................................................................2

Frações, Divisibilidade, Funções.........................................................................4

Equações do 1º grau com uma variável..............................................................8

Inequações do 1º grau.......................................................................................10

Potenciação, Radiciação, Razões, Proporções.................................................12

Ensino da Matemática no Ambiente Escolar.....................................................18

O ensino de matemática do 6º ao 9º ano do ensino fundamental....................20

Matemática para explicar e compreender o mundo...........................................21

Referências bibliográficas..................................................................................25

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A DIDÁTICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

Como ensinar os alunos a resolver problemas de adição e subtração? O que


fazer para que as crianças leiam cada vez melhor por si mesmas? Perguntas
como essas são feitas diariamente por professores nas salas de aula.

Todas elas são relacionadas às didáticas específicas, conhecimento que,


infelizmente, não faz parte da maioria dos currículos de formação docente (não
confundir com a disciplina conhecida como Didática Geral, que aparece em
mais de 80% das faculdades de Pedagogia e na qual são vistas as teorias
gerais da Educação e a história dos fundamentos pedagógicos - e um pouco
sobre planejamento e avaliação).

O conhecimento sobre as didáticas específicas, que deveria ser a verdadeira


matéria-prima do trabalho do professor (a única forma de garantir o
aprendizado), existe e, muito lentamente, começa a ser incorporado às
escolas. Hoje, sabe-se que os alunos sempre têm alguma, ou muita,
informação sobre o objeto de ensino que será trabalhado em classe.

A ideia de compartilhar as novas teorias e práticas não é tão difundida quanto


nas outras áreas do conhecimento.

O objetivo é, então, compreender as relações entre o ensino e a aprendizagem


de certos conteúdos específicos, estudá-las e produzir conhecimento teórico
(leia no quadro acima como é feita uma pesquisa didática intervencionista).

O ensino fundamental é uma das etapas da educação básica, no Brasil. Tem


duração de nove anos, sendo a matrícula obrigatória para todas as crianças
com idade entre 6 e 14 anos (entre 7 e 15 anos de idade para nascidos no
segundo semestre). A obrigatoriedade da matrícula nessa faixa etária implica a
responsabilidade conjunta: da família ou responsáveis, pela matrícula das
crianças; do Estado pela garantia de vagas nas escolas públicas; da
sociedade, por fazer valer a própria obrigatoriedade. Regulamentado por meio
da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), em 1996.

A duração obrigatória do ensino fundamental foi ampliada de oito para nove


anos pelo Projeto de Lei nº 3.675/04, transformado na Lei Ordinária
11274/2006, passando a abranger a Classe de Alfabetização (fase anterior à 1ª

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série, com matrícula obrigatória aos seis anos) que, até então, não fazia parte
do ciclo obrigatório (a alfabetização na rede pública e em parte da rede
particular era realizada normalmente na 1ª série). Lei posterior (11.114/05)
ainda deu prazo até 2010 para estados e municípios se adaptarem.

Passando agora a ser dessa maneira:

Classe de alfabetização (CA) = 1º ano

1ª série = 2° ano

2ª série = 3° ano

3ª série = 4° ano

4ª série = 5° ano

5ª série = 6° ano

6ª série = 7° ano

7ª série = 8° ano

8ª série = 9° ano

Nos anos finais, adolescentes aprofundam os conhecimentos adquiridos


no ciclo anterior e iniciam os estudos das matérias que serão a base para a
continuidade no ensino médio. Esta é uma fase delicada e repleta de
mudanças, em que jovens começam a buscar sua autonomia, e isso deve ser
também contemplado em sala de aula.

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FRAÇÕES, DIVISIBILIDADE, FUNÇÕES

Fração = é um modo de expressar uma quantidade a partir de uma razão de


dois números inteiros. A palavra fração vem do latim fractus e significa
"partido", dividido ou quebrado.

1/4 = Um quarto

A leitura de uma fração depende do seu denominador, podendo ser dividida em


dois grupos.

O primeiro grupo compreende os denominadores iguais a 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8,


9, 10, 100 e 1000.

Lê-se primeiro o numerador seguido de seu denominador.

O segundo grupo compreende os denominadores que não pertencem ao


primeiro, e acrescentamos a palavra AVOS.

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Frações Equivalente = Duas ou mais frações que representam a mesma
porção da unidade. É obtida quando multiplicamos ou dividimos o numerador e
denominador de uma fração por um mesmo número, diferente de zero.

A partir da definição temos que são equivalentes.

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Frações Irredutíveis e Simplificação de Frações = Para simplificar uma
fração, devemos dividir sucessivamente o numerador e o denominador por um
divisor comum, até obtermos a fração com os menores termos possíveis. Outra
forma de simplificação é pelo MDC(Máximo Divisor Comum), onde efetuamos
uma única divisão.

A fração, cujo numerador e denominador são primos entre si, é


denominada fração irredutível ou forma simplificada, pois não são possíveis
novas simplificações.

Vamos simplificar a fração

Tanto o numerador quanto o denominador são divisíveis por dois.

A simplificação desta fração requer apenas a divisão, haja vista que

Frações Próprias = É a fração, onde o numerador é menor que o


denominador e que representa parte do inteiro, isto é, representa um valor
maior que zero e menor que um.

Frações Impróprias = A fração que não é própria é denominada imprópria o


seu numerador é maior ou igual ao denominador e representam valores
maiores que 1 ou o zero ou o inteiro.

Frações Aparentes = É a fração onde o numerador é múltiplo do


denominador, elas representam um número inteiro, mas em forma de
fração. Frações aparentes são particularidades das frações impróprias.

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Frações Mistas = É a fração constituída por uma parte inteira e uma
fracionária. Pode-se encontrar uma fração imprópria a partir do número misto.

Frações Compostas = São frações onde o numerador, o denominador ou


ambos possuem frações, também são conhecidas por Frações Complexas.

Critérios de divisibilidade são regras que permitem verificar se o número


inteiro é divisor de um outro número inteiro , baseando-se em propriedades da
sua representação decimal.

Um número inteiro é divisível por um inteiro (diferente de 0) .

A seguir estão apresentados critérios de divisibilidade (regras práticas) para


números inteiros de 1 até 12, representados em sua forma decimal. Outros
números naturais maiores que 12 também têm regras de divisibilidade, mas em
geral pouco práticas.

Divisibilidade

Todo número inteiro é divisível por 1.

Um número é divisível por 2 se o seu último algarismo for divisível por dois, isto
é, se o número termina em um número par.

Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos de seus


algarismos resultar em um número divisível por 3. O resto será o mesmo que o
deixado na divisão da soma dos valores absolutos do número por 3.

Um número é divisível por 4 quando o último algarismo somado com o dobro


do penúltimo resultar em 0 ou um número divisível por 4:

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EQUAÇÕES DO 1º GRAU COM UMA VARIÁVEL

A matemática está cheia de fórmulas e expressões numéricas. Como exemplo


temos a equação de 1º grau utilizada para representar a fórmula ax + b = 0.
Assim, a equação representa uma sentença matemática que possui a
finalidade de relacionar termos conhecidos e desconhecidos.

Na matemática, uma equação é uma igualdade envolvendo uma ou


mais incógnitas (valores desconhecidos).

São exemplos de equações as seguintes igualdades:

Nesses exemplos, as letras são as incógnitas das equações. As


incógnitas de uma equação são números desconhecido que se quer descobrir.

A equação pode ser interpretada como uma pergunta: "qual o


número que somado com 8 dá 15?". Não é necessário nenhum método ou
fórmula para encontrar o valor de nesse caso: basta pensar um pouco para

se chegar ao resultado

Em síntese, o principal intuito de uma equação de 1º grau é descobrir o valor


de x, ou seja, o valor da incógnita. Ao descobrir esse valor a equação se torna
verdadeira.

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Entretanto, é importante estar atento ao quesito de igualdade entre as duas
partes dentro da equação de 1º grau. Ou seja, ao mudar a posição dos
números e dos elementos desconhecidos a igualdade da equação precisa ser
verdadeira. Portanto, vale lembrar que a primeira parte de uma equação de 1º
grau é chamada de 1º membro, enquanto a segunda parte é denominada de 2º
membro.

Qual o valor da incógnita x que torna a igualdade 8x – 3 = 5 verdadeira?

Em resumo, para calcular essa equação é necessário que o x seja isolado.


Assim, o número 3 deve ser passado para o outro lado da igualdade. Observe
que o 3 está subtraindo. O que isso significa? Que ao passar para o outro lado
da igualdade o 3 passará somando. Dessa forma, temos:

8x = 5 + 3

8x = 8

As equações de primeiro grau podem ser representadas por diferentes


incógnitas – também chamadas de variáveis – como, por exemplo:

4 + 2x = 11 + 3x (uma incógnita ou uma variável, a variável x)

y – 1 = 6x + 13 – 4y (duas incógnitas ou duas variáveis, x e y)

8x – 3 + y = 4 + 5z – 2 (três incógnitas ou três variáveis, x,y e z)

As equações de 1º grau podem ser classificadas como equivalentes,


numéricas, literais, possíveis e determinadas, possíveis e indeterminadas e
impossíveis. Vamos ver qual a diferença entre cada uma delas.

Resumindo, as equações possíveis e determinadas são aquelas em que a


solução será um número finito. Por outro lado, quando a equação for possível e
indeterminada a solução será infinita. Assim, podem existir diversos tipos de
solução.

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INEQUAÇÕES DO 1º GRAU

Inequação é uma sentença matemática, com uma ou mais incógnitas,


expressas por uma desigualdade, diferenciando da equação, que representa
uma igualdade. Elas são representadas através de relações que não são
de equivalência. É representada pelo sinal ≠, ou seja, inequação é toda a
desigualdade literal que é apenas satisfeita por certos valores, as letras ou
incógnitas que nela figuram, por outras palavras, apresentam os sinais de
maior (>) ou menor (<) ao invés do sinal de igualdade que é o que caracteriza
as equações.

Uma inequação é uma afirmação que se estabelece entre duas expressões


algébricas mediante uma desigualdade.

Diz-se que um número real é solução da inequação, ou satisfaz uma


inequação, se ao substituir a variável da expressão por, a desigualdade se faz
verdadeira.

Ao resolvermos uma equação do 1º grau, encontramos um valor específico


para determinada condição.

Por exemplo, 3+x=5

Nessa situação, apenas o 2 torna essa equação verdadeira. Porque 3+(2)=5.


Logo, a solução é x=2.

Por outro lado, se fosse uma inequação, nós encontraríamos um conjunto de


valores.

3+x<5

Nesse caso, para que a soma 3+x seja menor que 5, podemos pegar qualquer
valor abaixo de 2 que o resultado será menor que 5.

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Coloque x=1, x=1,9, x=1,99 , faça a conta e verifique se o resultado é menor
que 5. Isso é inequação.

Os símbolos que denotam a inequação são:

> Maior que


< Menor que

> Maior que ou igual a


< Menor que ou igual a

Olhando da esquerda para direita, a forma como lemos, repare que o símbolo
de "maior" tem uma abertura na esquerda. Já o símbolo de menor, é
fechadinho na esquerda.

Outra associação que pode ser feita é pensar que o símbolo é uma boca. Para
você comer algo grande, terá que abrir bem a boca, então o valor maior fica no
lado onde o símbolo está bem "aberto". E o valor menor fica no lado onde está
"fechado".

A forma para se resolver uma inequação é semelhante a forma de se resolver


uma equação. A única diferença é quando a incógnita está com sinal negativo.
Pois, ao multiplicarmos por (-1) a expressão, temos de mudar o sinal da
inequação.

Repare que a resolução é exatamente igual a uma equação: letra para um lado
e número para o outro. Mas, ao chegarmos no "Passo 3", a letra (incógnita)
ficou com sinal negativo. Porém, queremos o resultado para valores de x
positivo, não para x negativo. Então, multiplicamos por (-1) (igual numa
equação mesmo) e invertemos o sinal da desigualdade. Assim, deixou de ser
"menor que" e passou a ser "maior que".

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POTENCIAÇÃO, RADICIAÇÃO, RAZÕES, PROPORÇÕES

Uma potência de expoente natural é o resultado da multiplicação de um dado


número por si mesmo um certo número de vezes, ou seja, é uma forma de
representar sucessivas multiplicações de um só fator, repetido um determinado
número de vezes.

Exponenciação ou potenciação é uma operação matemática, escrita como ,


envolvendo dois números: a base a e o expoente n. Quando n é um número
natural maior do que 1, a potência indica a multiplicação da base a por ela
mesma tantas vezes quanto indicar o expoente n, isto é:

Da mesma forma que a multiplicação de n por a pode ser vista como uma
soma de n parcelas iguais a a, ou seja:

Na resolução de sistemas de equações diferenciais lineares utiliza-se um tipo


de exponenciação em que os expoentes são matrizes.

A potenciação também é usada em várias outras áreas,


incluindo economia, biologia, física e ciência da computação, com aplicações
tais quais juros compostos, crescimento populacional, cinética química,
comportamento de ondas e criptografia de chave pública.

As potências são explicadas em uma série de passos envolvendo matemática


básica.

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Todos esses passos se baseiam na generalização das leis seguintes, que
podem ser facilmente provadas para n e m inteiros positivos:

Expoente Zero

Para que continue valendo para n = 0, devemos ter:

Expoentes inteiros negativos

Para que seja válido para n + m = 0, é necessário que


elevar um número (exceto 0) à potência -1 produza seu inverso.

Então esse cálculo fica assim:

Elevando 0 a uma potência negativa implicaria uma divisão por 0, sendo assim
indefinido.

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A radiciação é uma operação matemática inversa à potenciação, assim como
a divisão é o inverso da multiplicação.

Para um número real a expressão representa o único número real x que


verifica e tem o mesmo sinal que a (quando existe). Quando n é

omisso, significa que e o símbolo de radical refere-se à raiz quadrada.

A x chama-se a raiz, a n índice, aa radicando e a radical.


Quando dizemos que se trata da raiz cúbica.

Para a e b positivos tem-se:

A simplificação de radicais trata-se do processo através do qual simplifica-se os


radicais, sejam eles números ou polinômios, que possuam ou não raízes
exatas com o intuito de deixá-los com uma forma mais compacta que permite a
facilitação dos cálculos onde eles estejam envolvidos. Esse processo se dá

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através de técnicas matemáticas como a decomposição em fatores primos, ou
seja, a fatoração e as propriedades dos radicais.

Decompomos 16 em fatores primos:

Fatoração de 16

Assim temos:

Para se efetuar operações entre radicais é necessário aplicar as suas


propriedades, propriedades operatórias da adição e multiplicação de números
reais, e ainda, se for o caso, simplificação de radicais, fatoração, entre outras.

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Razão é a relação existente entre dois valores de uma mesma grandeza,
expressa geralmente como "a para b", a:b ou a/b, e algumas vezes
representada aritmeticamente como um quociente adimensional das duas
quantidades que indica explicitamente quantas vezes o primeiro número
contém o segundo.

Quando comparamos duas medidas, dois valores ou até duas grandezas,


estamos determinando uma relação entre dois números que os representam.
Quando essa relação é determinada por uma divisão, chamamos de razão.

A razão entre os números A e B pode ser expressa como:

A razão de A para B

A está para B

A:B

A/B

Um número racional que é o quociente da divisão de A por B

Os números A e B são algumas vezes chamados de termos,


sendo A o antecedente e B o consequente. Representada por uma fração, o
numerador é o termo antecedente e o denominador é o termo consequente.

A razão de duas ou mais grandezas de mesma espécie é o quociente dos


números que expressam as suas medidas, consideradas na mesma unidade.
Grandezas são características dos objetos possíveis de serem comparadas e
cujas medidas podem ser adicionadas, subtraídas ou divididas uma pela outra.

Assim, o conceito de razão nos permite fazer comparações de grandeza entre


dois números. Por exemplo, para saber quantas vezes o número 100 é maior
do que o número 2 (ou em outras palavras, qual a razão entre 100 e 2),
procedemos da seguinte forma:

100: 2 = 50

Portanto, o número 100 é 50 vezes maior do que o número 2.

A razão é a relação entre duas grandezas que já estão relacionadas, é uma


divisão entre dois valores, um exemplo é a razão entre um perímetro e a
medida de um lado de um triângulo, a razão seria o perímetro dividido pela
medida do lado.

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Proporção = A relação das partes separadas do todo que pode ser dividido ou
repartido.

Proporção direta, em matemática, é o nome dado à relação entre


duas grandezas ou variáveis que crescem ou decrescem juntas sempre
mediante um fator comum. É o caso mais simples de relação entre duas
grandezas ou variáveis.

Matematicamente, se duas grandezas X e Y encontram-se relacionadas e são


diretamente proporcionais, observa-se que: dobrando-se o valor de uma das
grandezas, o valor da grandeza correspondente também dobra; triplicando-se o
valor de uma das grandezas, o correspondente valor da outra também triplica,
e assim por diante. De forma geral, multiplicando-se uma das grandezas por
um certo fator real r, a outra terá seu valor também multiplicado pelo mesmo
fator r.

Em matemática o símbolo utilizado para representar uma relação de proporção

direta é a letra grega alfa de forma que se as grandezas X e Y guardam


relação direta uma com a outra, esta pode ser assim representada:

Tal relação é geralmente lida como: "Y é diretamente proporcional a X", ou


simplesmente, "Y é proporcional a X".

Uma propriedade importante da proporção direta é que os valores de uma das


grandezas (y) e os correspondentes valores da outra grandeza (x), em vista da
definição, guardam sempre a mesma razão, quaisquer que sejam os pares
(x,y) escolhidos. Sendo x1 e x2 dois valores distintos da grandeza X e y1 e
y2 os corespondentes valores de Y, tem-se que:

A iEstudar se preocupa com o aprendizado do Aluno. Pratique o conceito


através de exercícios. Consulte exercícios resolvidos em livros. Estude mais.
Saiba mais sobre a Matemática no Ensino Fundamental.

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ENSINO DA MATEMÁTICA NO AMBIENTE ESCOLAR

Monte um Laboratório de Matemática. Sua Escola gasta pouco e fica com


material concreto para ensinar Matemática.

Toda escola pode ter um. Basta uma sala com mesas que acomodem de 4 a 6
alunos cada, um Flanelógrafo, uma lousa e um armário para acondicionar os
materiais utilizados.

Orientamos na seleção de materiais para trabalhar os conceitos matemáticos


nos diferentes segmentos e no preparo dos professores para dinamizarem
suas aulas.

A matemática é usada como uma ferramenta essencial em muitas áreas do


conhecimento, tais como engenharia, medicina, física, química, biologia, e
ciências sociais. Matemática aplicada, ramo da matemática que se ocupa de
aplicações do conhecimento matemático em outras áreas do conhecimento, às
vezes leva ao desenvolvimento de um novo ramo, como aconteceu
com estatística ou teoria dos jogos. O estudo de matemática pura, ou seja,
quase sempre sem a preocupação imediata com sua aplicabilidade, muitas
vezes mostrou-se útil anos ou séculos adiante, como aconteceu com os
estudos das cônicas ou de teoria dos números feitos pelos gregos, úteis,
respectivamente, em descobertas sobre astronomia feitas por Kepler no século
XVII, ou para o desenvolvimento de segurança em computadores nos dias de
hoje.

O ensino da matemática e, na verdade, de outras matérias, desde


o descobrimento do Brasil, era ministrado pelos jesuítas até a expulsão deles
em 1759. Desta data até 1808, os ex-alunos dos jesuítas ficaram encarregados
pelo ensino. De 1808 a 1834, a matéria era ministrada nas escolas do Exército
e da Marinha e a, partir de 1873, também nas escolas de engenharia. Em
1874, é criada a Escola Politécnica a partir da Escola Central, ex-Escola Militar.
A Escola de Minas de Ouro Preto é criada em 1875 e a Escola Politécnica de
São Paulo em 1893. Assim, o ensino de matemática passa também a ser
oferecido em escolas não militares.

A matemática pode, em linhas gerais, ser subdivida nos estudos de


quantidade, estrutura, espaço e mudança (i.e. aritmética, álgebra, geometria,

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e análise). Além desses principais assuntos, também há subdivisões dedicadas
a explorar as ligações do cerne da matemática a outros campos: à lógica,
à teoria de conjuntos (fundações), à matemática empírica das várias ciências
(matemática aplicada), e, mais recentemente, ao estudo rigoroso da incerteza.
Enquanto algumas áreas da matemática possam parecer disjuntas, o programa
Langlands tem encontrado conexões entre áreas como grupos de
Galois, superfície de Riemann e teoria dos números.

O estudo de quantidades começa com os números, primeiro os


familiares números naturais, depois os inteiros, e as operações aritméticas com
eles, que é chamada de aritmética. As propriedades dos números inteiros são
estudadas na teoria dos números, dentre eles o popular Último Teorema de
Fermat. A teoria dos números também inclui dois grandes problemas que ainda
não foram resolvidos: conjectura dos primos gêmeos e conjectura de Goldbach.

Conforme o sistema de números foi sendo desenvolvido, os números inteiros


foram considerados como um subconjunto dos números racionais. Esses, por
sua vez, estão contidos dentro dos números reais, que são usados para
representar quantidades contínuas. Números reais são parte dos números
complexos. Esses são os primeiros passos da hierarquia dos números que
segue incluindo quaterniões e octoniões.

Considerações sobre os números naturais levaram aos números transfinitos,


que formalizam o conceito de contar até o infinito. Outra área de estudo é o
tamanho, que levou aos números cardinais e então a outro conceito de infinito:
os números Aleph, que permitem uma comparação entre o tamanho de
conjuntos infinitamente largos.

Muitos objetos matemáticos, tais como conjuntos de números e funções


matemáticas, exibem uma estrutura interna. As propriedades estruturais
desses objetos são investigadas através do estudo de grupos, anéis, corpos e
outros sistemas abstratos, que são eles mesmos tais objetos. Este é o campo
da álgebra abstrata. Um conceito importante é a noção de vetor, que se
generaliza quando são estudados os espaço vetorial em álgebra linear. O
estudo de vetores combina três das áreas fundamentais da matemática:
quantidade, estrutura e espaço.

O estudo do espaço originou-se com a geometria - em particular, com


a geometria euclidiana. Trigonometria combina o espaço e os números, e
contém o famoso teorema de Pitágoras. O estudo moderno do espaço
generaliza essas ideias para incluir geometria de dimensões maiores,
geometria não-euclidiana (que tem papel central na relatividade geral)
e topologia. Quantidade e espaço juntos fazem a geometria
analítica, geometria diferencial, e geometria algébrica.

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O ENSINO DE MATEMÁTICA DO 6º AO 9º ANO

DO ENSINO FUNDAMENTAL

Para vencer as dificuldades de aprendizagem da disciplina, decorrentes do


ensino mecânico, mostre à turma como buscar respostas.

Atividades em que são desenvolvidos caminhos próprios para chegar ao


resultado de uma operação. A garotada pode fazer estimativas, recompor,
arredondar e aproximar números. A escolha entre a calculadora e o algoritmo
(conta armada) deve ser intencional. Os problemas em que se usa a estimativa
podem ser vinculados a questões do dia a dia. Por exemplo: quanto tempo se
leva para chegar a algum lugar. No cálculo mental exato e de resultado
aproximado, a memória é importante.

Em sequências didáticas específicas, em atividades de sistematização e como


trabalho permanente, vinculado aos conteúdos vistos em sala.

Por meio de atividades realizadas de forma independente, durante as quais os


estudantes possam se escutar e outorgar valor às palavras dos colegas - e não
somente às ditas pelo professor. Assim, todos têm a oportunidade de sugerir
formas de solucionar os problemas e cada um define a melhor estratégia.

Base do ensino da disciplina, é a situação em que o jovem coloca em jogo os


conhecimentos de que dispõe. Ela sempre oferece algum tipo de dificuldade
que força a busca de soluções e resulta na produção de conhecimento, no
enriquecimento daquele já existente ou no questionamento do anterior. É
necessário refletir, dar uma solução, registrar, justificar, explicar e discutir o que
foi feito, revisar, corrigir e validar a solução com o grupo. As discussões são
importantes para confrontar, questionar e defender possibilidades de resolução,
sempre se valendo de argumentos vinculados aos conhecimentos
matemáticos.

O aluno aprende a utilizar os conhecimentos que já possui, consultar as


informações possíveis para resolver novas situações, defender pontos de vista
e ouvir o dos outros.

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MATEMÁTICA PARA EXPLICAR E COMPREENDER O MUNDO

No Ensino Fundamental, a preocupação com o letramento matemático pauta a


definição dos objetos de conhecimento e das habilidades a serem
desenvolvidos em classe.

Muito além dos cálculos, da aplicação de fórmulas e da leitura quantitativa da


realidade que nos cerca, a BNCC propõe um novo lugar para a Matemática. O
foco é o letramento matemático dos alunos.

O poema que você lerá, a seguir, foi publicado na extinta revista O Cruzeiro,
em 1949, e, segundo alguns especialistas em Matemática, contém dois erros.
Leia, atentamente, os versos do poema e tente descobrir quais são os dois
equívocos matemáticos observados no texto de Millôr Fernandes nasceu no
bairro do Méier, no Rio de Janeiro.

Poesia Matemática
ou
Trigonometria Amorosa

Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a, do Ápice à Base,
uma figura ímpar:
olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo octogonal, seios esferóides.
Fez da sua uma vida
paralela à dela
21
até que se encontraram
no infinito.
“Quem és tu?”, indagou ele
em ânsia radical.
“Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa.”
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde
a almas irmãs)
primos entre si.
E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação
traçando
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E enfim resolveram se casar,
constituir um lar,
mais que um lar,
um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade
integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes até aquele dia
em que tudo vira afinal monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
Frequentador de círculos concêntricos, viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,

22
uma unidade.
Era o triângulo,
Tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração,
a mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser
moralidade como aliás em qualquer
sociedade.

1) “Quem és tu?”, indagou ele / em ânsia radical. / “Sou a soma dos quadrados
dos catetos. / Mas pode me chamar de Hipotenusa.”

Resposta: Está incorreto, pois a hipotenusa é definida pela raiz quadrada da


soma dos quadrados dos catetos.

2) “Fez da sua uma vida / paralela à dela / até que se encontraram / no infinito.”

Resposta: Se duas retas são paralelas, elas nunca se encontrarão, nem no


infinito.

Letramento matemático significa desenvolver habilidades de raciocínio,


representação, comunicação e argumentação, para que o aluno possa assumir
uma postura ativa nos mais diferentes contextos, seja posicionando-se sobre
uma dada questão, seja buscando meios de investigar soluções para ela. A
formação no Ensino Fundamental também prevê a utilização de conceitos e
recursos da Matemática para formular e resolver problemas, dentro e fora da
escola.

23
Agradecemos por escolher a iEstudar.

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Site https://iestudar.com/

24
Referências Bibliográficas

Paola Gentile. Revista Nova Escola.Conhecimento didático: a base da sala de


aula.

Disponível em:

https://novaescola.org.br/conteudo/341/conhecimento-didatico-a-base-da-sala-
de-aula

Wikipédia, a enciclopédia livre.Ensino fundamental.

Disponível em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino_fundamental

Wikipédia, a enciclopédia livre.Critérios de divisibilidade.

Disponível em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Crit%C3%A9rios_de_divisibilidade

Dayane Borges.Equação de 1º grau - Classificação, resolução e tipos de


equação.

Disponível em:

https://conhecimentocientifico.r7.com/equacao-de-1o-grau/

Wikipédia, a enciclopédia livre.Equação.

Disponível em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Equa%C3%A7%C3%A3o

Wikipédia, a enciclopédia livre.Inequação.

Disponível em:

25
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inequa%C3%A7%C3%A3o

UFPB.Inequações.

Disponível em:

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MMP. COMO MONTAR UM LABORATÓRIO DE MATEMÁTICA NA MINHA


ESCOLA?

Disponível em:

https://mmpmateriaispedagogicos.com.br/laboratorio-de-
matematica/?gclid=Cj0KCQjwupD4BRD4ARIsABJMmZ9-
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Elisângela Fernandes.Revista Nova Escola.O que ensinar em Matemática do


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