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CUIABÁ, MT
MAIO, 2012
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS –GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE EDIFICAÇÕES E
AMBIENTAL
CUIABÁ, MT
MAIO, 2012
DEDICATÓRIA
Ao meu orientador, Prof. Dr. Alexandre Kepler Soares, pelo idealismo deste trabalho,
ensinamentos transmitidos e confiança depositada.
Ao meu marido Eduardo, minha mãe Mariza e irmã Kassia, pelo amor e incentivo
constante a minha formação.
Aos meus tios Regina Celi e José Carlos pelo carinho e constante apoio em todas as
etapas da minha vida.
Ao Prof. Frederico Carlos Martins de Menezes Filho, pelo suporte fornecido neste
trabalho e ensinamentos transmitidos durante a realização do meu estágio de docência.
Aos membros da minha banca examinadora Prof. Dr. José Eduardo Alamy Filho, Prof.
Dr. José Afonso Botura Portocarrero, Prof. Dr. Paulo Modesto Filho e Prof. Dr. Gilson
Alberto Rosa Lima pelas valiosas contribuições.
À Coordenadoria de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior – CAPES, pela
concessão da bolsa.
O planejamento urbano em muitas cidades brasileiras não aconteceu no mesmo ritmo que o
seu crescimento, gerando assim uma ocupação desordenada do seu espaço físico e acarretando
enormes prejuízos ambientais aos cursos de água. Dessa maneira, a realização de estudos
sobre as alterações na dinâmica hidrológica no espaço urbano subsidia a elaboração de
soluções para essa questão. Assim, esse trabalho tem como objetivo avaliar o impacto da
urbanização sobre a dinâmica hidrológica da Bacia do Córrego do Barbado a partir da
elaboração de Índices de Qualidade Ambiental (IQA) e estimativa do escoamento superficial,
além do diagnóstico ambiental para verificação do estado atual de conservação da Área de
Preservação Permanente do córrego. Os resultados mostraram que o Índice de Área Verde
(IAV), Percentual de Áreas Verdes (PAV), Índice de Espaços Livres Públicos (IEL) e
Percentual de Espaços Livres Públicos (PEL) da bacia são baixos quando comparados a de
outras localidades, havendo a necessidade de ampliação dessas áreas. As simulações
hidrológicas indicaram a necessidade de planejar soluções que atenuem o escoamento
superficial, pois com o crescimento urbano e consequente aumento da impermeabilização do
solo, o córrego e os sistemas de drenagem podem não suportar a demanda de escoamento. E o
diagnóstico ambiental revelou que o córrego apresenta graves fatores de degradação.
COLET, K.M. Assessment of the Impact of Urbanization on Surface Runoff in the Basin
Stream Barbado, Cuiabá-MT. Cuiabá – MT, 2012. 134 p. Master’s Dissertation (Master in
Environmental Engineering and Buildings) - Federal University of Mato Grosso.
The purpose of this study is highlight the changes in hydrological dynamics in the urban area
due the rapid population growth. Thus, this study aims to evaluate the impact of urbanization
on the hydrological dynamics catchments stream Barbados by means the elaboration of
Environmental Quality Indices (EQI), estimation of runoff and the environmental diagnosis to
check the current status of conservation of Permanent Preservation Areas stream (PPA). The
results showed that the Green Area Index (GAI), Percentage of Green Areas (PGA), Index of
Public Spaces (IPS) and Percentage of Public Spaces (PPE) of the catchments are low
compared to other localities, indicating the need to expand green areas. The hydrological
simulations indicate planning solutions that mitigate runoff, need mitigate runoff, as with
urban growth, the drainage systems can not support the surfaces flow demand. The
environmental diagnosis revealed that the stream has serious degradation factors.
Quadro 2.1 Localidades da Bacia do Barbado atendidas pelo Sistema de Coleta de Esgoto 22
em Cuiabá
Quadro 3.1 Médias mensais das variáveis climatológicas observadas em Cuiabá nos anos 36
de 1970 à 2007- dados do 9º Distrito de Meteorologia
Quadro 4.1 Índices de Qualidade Ambiental a serem calculados para a Bacia do Barbado 40
Quadro 4.2 Princípios utilizados na foto-interpretação e exemplos aplicados 42
Quadro 4.3 Grupos de solos e características do solo 45
Quadro 4.4 Valores de CN para bacias urbanas e suburbanas 46
Quadro 4.5 Condições de umidade antecedente do solo 47
Quadro 4.6 Ajustamento do CN da condição normal II para o solo seco (I) e úmido (III) 47
Quadro 5.1 Fatores de degradação nas Cabeceiras 58
Quadro 5.2 Fatores de degradação Alto Curso 63
Quadro 5.3 Fatores de degradação Médio Curso 65
Quadro 5.4 Fatores de degradação Baixo Curso 69
Quadro 5.5 Fatores de degradação Foz 70
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
A área da bacia
CNi coeficiente obtido para a área impermeável
CNp número CN da área permeável da bacia em estudo
CNw número CN composto da área urbana em estudo
i intensidade de precipitação máxima média
K parâmetro determinado pela estação pluviográfica
L comprimento do curso de água principal
m parâmetro determinado pela estação pluviográfica
n parâmetro determinado pela estação pluviográfica
P precipitação
Pef chuva excedente
Q vazão
qp vazão de pico
tc tempo de concentração
Tr tempo de recorrência
t parâmetro determinado pela estação pluviográfica
∆H diferença de altitudes
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 1
1.1 JUSTIFICATIVA .......................................................................................................................... 3
1.2 OBJETIVOS ................................................................................................................................. 4
1.3 DELIMITAÇÕES DA PESQUISA .............................................................................................. 4
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO .................................................................................................. 5
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................................ 6
2.1 O PROCESSO BRASILEIRO DE URBANIZAÇÃO .................................................................. 6
2.2 O IMPACTO DA URBANIZAÇÃO NOS RECURSOS HÍDRICOS .......................................... 8
2.2.1 Recuperação e Intervenções em Cursos de Água ................................................................ 11
2.2.1.1 Intervenção no Córrego Gumitá, Cuiabá – MT ................................................................ 13
Fonte: Plano Diretor de Desenvolvimento Estratégico de Cuiabá (2008)..................................... 14
Figura 2.3 – Estrutura do programa de intervenção no Córrego Gumitá ...................................... 15
2.2.2 Crescimento Urbano e o Processo de Degradação Ambiental das Bacias de Cuiabá – MT 16
2.2.2.1 Esgotamento Sanitário ...................................................................................................... 22
2.2.3 Avenida Parque do Barbado ................................................................................................. 23
2.3 A IMPORTÂNCIA DAS ÁREAS VERDES NO ESPAÇO URBANO ..................................... 25
2.3.1 Índices de Qualidade Ambiental (IQA)................................................................................ 27
2.4 ESCOAMENTO SUPERFICIAL – HIDROGRAMA UNITÁRIO DO SCS ............................. 27
3. ÁREA DE ESTUDO ......................................................................................................................... 29
3.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS ................................................................................................. 29
3.2 CLIMA ........................................................................................................................................ 35
3.3 GEOMORFOLOGIA, GEOLOGIA E SOLOS .......................................................................... 36
3.4 VEGETAÇÃO ............................................................................................................................ 36
3.5 O CÓRREGO DO BARBADO E O PARQUE ECOLÓGICO MASSAIRO OKAMURA ....... 37
4. MÉTODO DE PESQUISA ............................................................................................................... 39
4.1 ÍNDICES DE QUALIDADE AMBIENTAL (IQA) ................................................................... 39
4.1.1. Levantamento das áreas verdes em espaços públicos e particulares, APP, e espaços livres
públicos na Bacia do Córrego do Barbado .................................................................................... 40
4.2 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ................................................................................................. 42
4.3 SIMULAÇÕES HIDROLÓGICAS ............................................................................................ 44
4.3.1 Determinação de Coeficiente de Escoamento Superficial (CN) .......................................... 45
4.3.2 Hidrograma Unitário Triangular do SCS ............................................................................. 49
4.3.3 Cálculo da Chuva Efetiva ..................................................................................................... 51
4.3.4 Tempo de Recorrência (Tr) .................................................................................................. 51
5.RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................................................... 53
5.1 MAPEAMENTO E ÍNDICES .................................................................................................... 53
5.2 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA ÁREA DE APP DA BACIA DO BARBADO ................ 56
5.2.1 Cabeceiras ............................................................................................................................ 57
5.2.2 Alto Curso ............................................................................................................................ 61
5.2.3 Médio Curso ......................................................................................................................... 64
5.2.4 Baixo Curso .......................................................................................................................... 68
5.2.5 Foz ........................................................................................................................................ 70
5.2.6.1 Esgoto ................................................................................................................................ 72
5.2.6.2 Erosão e Instabilidade das Encostas................................................................................. 73
5.2.6.3 Vegetação .......................................................................................................................... 73
5.2.6.4 Resíduos Sólidos e Presença de animais ........................................................................... 73
5.3 SIMULAÇÕES HIDROLÓGICAS ............................................................................................ 74
5.3.1 Escoamento Superficial – SCS ............................................................................................. 74
5.3.2 Hidrograma Unitário Sintético Triangular - SCS ................................................................. 79
5.3.3 Hidrogramas de Projeto e Chuva Efetiva ............................................................................ 81
6- CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS.............................................. 88
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 91
APÊNDICE A – Cálculo CN .............................................................................................................. 100
APÊNDICE B – Cálculo CN Composto ............................................................................................. 103
APÊNDICE C – Cálculo Chuva Efetiva – Tr 5 anos .......................................................................... 105
APÊNDICE D – Cálculo Chuva Efetiva – Tr 10 anos ........................................................................ 108
APÊNDICE E – Cálculo Chuva Efetiva – Tr 20 anos ........................................................................ 111
APÊNDICE E – Ordenadas Hidrograma – Tr 5 anos ......................................................................... 114
APÊNDICE F – Ordenadas Hidrograma – Tr 10 anos ....................................................................... 121
APÊNDICE G – Ordenadas Hidrograma – Tr 20 anos ....................................................................... 128
1
1. INTRODUÇÃO
A poluição das águas dos córregos urbanos também é outro fator impactante do
processo de urbanização sobre eles, não só devido ao lançamento de esgoto, mas
também pela disposição de resíduos em locais indevidos e a poluição difusa que são
transportados a estes cursos em períodos chuvosos.
corredores fluviais urbanos, buscando, assim, uma integração destes cursos de água no
meio urbano.
A cidade de Cuiabá possui diversos cursos de água na sua área urbana, estando
muitos deles em situações degradantes, como por exemplo, a bacia do Córrego do
Barbado, escolhida para este estudo por se tratar de um importante afluente do Rio
Cuiabá - responsável pelo abastecimento de água das cidades de Cuiabá e Várzea
Grande, que apresenta trechos canalizados e descaracterizados ambientalmente, estando
todo seu curso inserido no espaço urbano.
A forma proposta para avaliar o impacto da urbanização sobre seu curso, foi a
partir da elaboração de Índices de Qualidade Ambiental (IQA), para a avaliação da
cobertura vegetal (áreas verdes) existente da bacia, bem como a realização de um
diagnóstico ambiental da APP do córrego, e também a estimativa do escoamento
superficial gerado na bacia pelas áreas impermeabilizadas e não impermeabilizadas, e
pelo tipo de solo.
1.1 JUSTIFICATIVA
1.2 OBJETIVOS
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
tornam inviáveis financeiramente. Não havendo, por esse motivo uma harmonia entre o
planejamento urbano e o seu crescimento.
Apesar desse grave diagnóstico das APP’s dos cursos d’água, o Córrego
Gumitá, localizado na cidade de Cuiabá-MT, recebeu um projeto de intervenção,
considerado no município pioneiro nessa esfera. Ele vem sendo implementado em
13
Estrutura do
Programa
Reassentamento
Populacional
Recuperação de
Áreas
Degradadas
Desenvolvimento
da Infraestrutura
urbana
Para solucionar os problemas gerados com a expansão dos serviços públicos, foi
criado o CPA, logo depois foram construídos conjuntos habitacionais para atender a
população de baixa renda, surgindo os bairros CPA I, II, III e IV, e de classe média
Morada do Ouro.
Na Figura 2.5, é possível observar a evolução urbana de Cuiabá, tendo ela o seu
início nas proximidades do Rio Cuiabá a partir do século XVIII. Na Figura 2.6
apresenta o mapa da evolução urbana de Cuiabá ampliado na área da Bacia do Barbado.
A cidade de Cuiabá está inserida em uma região que contém grande diversidade
de rios, ribeirões e córregos formadores da bacia do rio Cuiabá (Figura 2.8), sendo que
muitos deles apresentam um acentuado processo de degradação, podendo até sofrer o
processo de extinção e efemerização, fato este explicado por Castro Junior et al. (2008)
da seguinte forma:
Os volumes de águas lançadas de forma concentrada e
incompatível com a capacidade de suporte dos terrenos,
misturados às águas servidas e de esgoto, atingem
desastradamente os cursos d’água naturais, gerando erosão,
assoreamento, poluição e contaminação. Esses processos vêm
causando a extinção de nascentes e a efemerização de córregos.
21
O plano de obras de mobilidade urbana das obras para a copa de 2014 elaborado
pela Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) [Extinta Agência Estadual de Execução
dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal (Agecopa)] estabelece que a via Parque do
Barbado terá o eixo viário estrutural projetado em pista dupla entre as avenidas Juliano
Costa Marques e Fernando Côrrea com aproximadamente 6 km de extensão.
A avenida tem este nome devido ao parque linear (APP do córrego do Barbado)
que será delimitado por ela. Na Figura 2.9 é apresentado o esboço do parque entre
avenida pelo extinto IPDU.
Até o presente momento foram realizadas duas audiências públicas sobre esta
avenida, sendo que na primeira foi apresentado o estudo preliminar deste projeto, com
ênfase no trecho que irá passar pelo campus da UFMT. Foram apresentadas duas
opções: a primeira ocupará parte da pista de caminhada (bosque) – Figura 2.10,
estruturando a avenida em paralelo ao curso do córrego; a segunda prevê a construção
da avenida sobre o córrego numa faixa de aproximadamente 500 metros. A segunda
opção foi a mais defendida pela comissão da Secopa pelo fato de não destruir a área de
24
A obra está divida em dois lotes, sendo o primeiro lote compreendendo uma
extensão de 4 km entre as avenidas das Torres e Fernando Correa da Costa, estimada
no valor de 23 milhões, já o segundo lote com 1.824 m entre as avenidas Juliano Costa
Marques e Jurumirim está orçado em 10,8 milhões.
A obra da Avenida Parque do Barbado ainda não foi iniciada, sendo realizado
um levantamento psicossocial e econômico da região por uma equipe conveniada do
Departamento de Geografia da UFMT, devido à necessidade de realização de
desapropriações para implantação do projeto.
A importância das áreas verdes no espaço urbano sempre foi uma questão
bastante estudada no planejamento urbano. A Revolução Industrial acarretou inúmeras
discrepâncias no espaço urbano, causadas não só pelo êxodo rural, mas também pela
falta de organização do ordenamento urbano e do meio ambiente, provocando uma
situação de extrema insalubridade.
Logo, a ocupação urbana gera uma substituição das áreas verdes por superfícies
impermeabilizadas que, além de afetar os recursos hídricos com o aumento do
escoamento superficial, afeta, também, a temperatura das áreas urbanas com a formação
de ilhas de calor. Por isso, é importante existir áreas verdes no espaço urbano. Segundo
Callejas et al. (2009), a vegetação é um importante componente regulador da
temperatura urbana, principalmente em locais de clima tropical e subtropical.
26
Denomina-se escoamento superficial a água que escoa por uma determinada área
devido a ocorrência de uma chuva torrencial sobre aquela área.
3. ÁREA DE ESTUDO
Segundo Bordest (2003), o Barbado tem leitos estreitos e com uma profundidade
média de 1 a 2 metros, seus afluentes em geral são curtos e poucos ramificados e
atualmente sucumbidos chegam a desaparecer. Sua cabeceira possui cota de 225 m e sua
foz cota de 140 m de altitude.
33
A sua
ua extensão é de 9.400 m e sua área de drenagem possui aproximadamente
14 km2, com sua nascente (Figura 3.4),
3. ), nas proximidades do Parque Massairo Okamura,
até suaa foz, no Rio Cuiabá (Figura 3.5).
3.
Figura 3.6 – Trecho canalizado Córrego do Barbado – Av. Fernando Corrêa da Costa
Figura 3.7 – Trecho não canalizado – cruzamento da Av. Gonçalves Antunes de Barros com a
futura Av. Parque do Barbado
3.2 CLIMA
Quadro 3.1- Médias mensais das variáveis climatológicas observadas em Cuiabá nos anos de
1970a 2007- dados do 9º Distrito de Meteorologia
Temperatura do Ar (ºC) Umidade
Mês Média Média das Média das Relativa Precipitação (mm)
Compensada Máximas Mínimas (%)
Jan 27,3 27,1 24,0 81,2 209,1
Fev 26,6 31,9 23,5 84,5 247,6
Mar 27,1 32,9 23,7 80,5 180,6
Abr 25,9 27,1 21,8 74,8 116,2
Mai 23,7 25,7 19,5 76,5 29,9
Jun 23,0 26,5 18,7 70,3 7,3
Jul 22,7 26,3 16,9 66,5 18,9
Ago 25,4 34,2 18,1 56,8 9,6
Set 26,9 34,1 20,9 61,2 51,5
Out 27,9 34,2 23,6 60,5 130,2
Nov 27,4 33,4 23,6 74,0 188,4
Dez 27,5 33,2 24,0 77,5 167,7
Média
26,0 32,8 21,5 72,7 1.356,9
Anual
Fonte: Adaptado do Perfil Socioeconômico de Cuiabá Vol. IV (2010)
O solo característico desta bacia é o litólico, sendo um solo muito raso e não
hidromórfico, com textura variável, sendo esta freqüentemente arenosa ou média,
ocorrendo também a textura argilosa e raramente siltosa, sendo heterogênea quanto às
propriedades químicas (IBGE, 2007; EMBRAPA, 2009).
3.4 VEGETAÇÃO
Inicialmente, sua área era de 180 ha, estabelecida na sua criação pelo Decreto lei
nº. 2.681 de 6 de julho de 1989. Porém, devido à inoperância e omissão das instituições
responsáveis pela sua manutenção, áreas juntamente com a política de doação de terras,
esta reserva passou a ter 83 ha, estabelecido pela Lei Estadual nº. 7.313 de 1 de
setembro de 2000. No entanto, tal área não poderia ser utilizada pela comunidade como
espaço de lazer, e o governo federal a transformou de Reserva para Parque Estadual
com 53,75 ha, através da Lei nº. 7.506 de 21 de setembro de 2001 (GUARIM e
VILANOVA, 2008).
4. MÉTODO DE PESQUISA
Não existe uma norma para a elaboração dos IQA, esses são baseados em
procedimentos metodológicos desenvolvidos em estudos realizados (SOUSA, 2008;
BUCCHERI FILHO, 2010; DIAS, 2011).
Para esta pesquisa, foi adotada a metodologia utilizada por Sousa (2008), com a
quantificação de áreas verdes e permeáveis para o cálculo dos índices, a partir da
interpretação de imagens, estando discriminados no Quadro 4.1.
O Índice de Área Verde (IAV) é determinado com base nos parâmetros Áreas
Verdes Públicas (AVP) e Áreas Verdes Particulares (não ocupadas) (AVPA), por isso
são adotadas as nomenclaturas IAV¹ e IAV² respectivamente.
O IAV¹ é obtido com o cálculo das áreas verdes apenas em espaços públicos, de
acesso livre e uso comum, espelhos de água e lagos, como estabelecido por muitos
autores para a elaboração dos IQA. E o IAV² utiliza áreas verdes, espelhos de água e
lagos em espaços públicos e particulares, ou seja, esse é a somatória do IAV¹ com as
áreas verdes particulares.
40
Quadro 4.1 – Índices de Qualidade Ambiental que foram calculados para a Bacia do Córrego do
Barbado
Índices Descrição
Relação entre superfície total das
Índice Área Verde em função do tamanho da
IAV¹ áreas verdes públicas (m²) /
população
população (hab)
Relação entre superfície total das
Índice Área Verde em função do tamanho da
IAV² áreas verdes públicas e particulares
população
(m²) / população (hab)
Relação entre superfície total de
PAV Percentual de Áreas Verdes áreas verdes (m²) / Superfície total
bacia (m²)
Superfície total espaços livres
IEL Índice de Espaços Livres Públicos
públicos (m²) / População (hab)
Superfície total espaços livres
PEL Percentual de Espaços Livres Públicos públicos (m²) / Superfície total da
bacia (m²)
A delimitação da área da bacia para este estudo foi obtida com base no trabalho
de Yano et al. (2010) e também utilizada como máscara de recorte da imagem, sendo
essa obtida com os mosaicos montados.
Grande número de
Ravinas e poucas
Erosão Somente sulcos voçorocas, até no
voçorocas
maciço arbóreo
Resíduos Sólidos Ausência Pequena quantidade Grande quantidade
Presença de animais Ausência Pequena quantidade Grande quantidade
Vegetação Vegetação não -
Vegetação
característica na característica na
Vegetação característica em toda
maioria da faixa de maioria da faixa de
a faixa de APP
APP APP
Fonte: Adaptado de SOUSA (2008)
Em relação ao grupo de solos, este foi classificado em quatro grupos pelo o SCS,
Quadro 4.3. O teor de argila influencia na capacidade de infiltração do solo, sendo este
fator predominante nos grupos de solos.
Zonas industriais 81 88 91 93
Zonas residenciais
Lotes de (m2) % média impermeável
<500 65 77 85 90 92
1000 38 61 75 83 87
1300 30 57 72 81 86
2000 25 54 70 80 85
4000 20 51 68 79 84
Arruamentos e estradas
Asfaltadas e com drenagem de águas pluviais 98 98 98 98
Paralelepípedos 76 85 89 91
Terra 72 82 87 89
Fonte: Tomaz (2002)
nos Quadros 4.5 e 4.6, sendo esse outro fator que influencia diretamente sua capacidade
de infiltração.
Quadro 4.6 - Ajustamento do CN da condição normal II para o solo seco (I) e úmido (III)
CN adequado para a devida condição
Condição normal II
do número CN Condição I Condição III
(solo seco) (solo úmido)
100 10 100
95 87 99
90 78 98
85 70 97
80 63 94
75 57 91
70 51 87
65 45 83
60 40 79
55 35 75
50 31 70
45 27 65
40 23 60
35 19 55
30 15 50
25 12 45
20 9 39
15 7 33
10 4 26
5 2 17
0 0 0
Fonte: Tomaz (2002)
Observa-se que o Cenário 4 é uma situação irreal, pois a legislação não permite a
impermeabilização das APP. Ele servirá de parâmetro para avaliar a eficiência de
amortecimento das áreas de APP, desse modo os Cenários 3 e 4 serão comparados entre
si.
25400
S= − 254 (2)
CN
49
Pef =
(P − 0,2.S )2
(3)
P + 0,8.S
horas.
2,08 . A
qp = (4)
tp
tp
O tempo de pico é obtido pela equação 5, sendo tr a duração da precipitação
tr
tp = + 0,6tc (5)
2
1
tr ≤ tc (6)
5
0 , 385
L3
t c = 57 (7)
∆H
51
Para o cálculo da chuva efetiva foi utilizada a equação IDF (equação 8), que foi
adaptada para a cidade de Cuiabá por Silveira (2006), exposta na equação 9.
K.T
i
(8)
,.T,
i (9)
,,
5.RESULTADOS E DISCUSSÕES
O IAV² de 17,92 m²/hab foi considerado um bom índice, pois é superior aos
trabalhos comparados e ao sugerido pela SBAU de 15 m²/hab, porém se trata de uma
situação hipotética podendo ser aplicada em estratégias futuras de planejamento urbano.
Estudos que investigam índices ideais para as cidades brasileiras ainda são
deficientes, por isso, para melhor análise dos resultados obtidos, eles foram comparados
com os trabalhos de: Sousa (2008) para a bacia do Córrego das Lajes em Uberaba - MG,
Henke-Oliveira (2001) para o município de Luiz Antonio - SP e Bucherri e Nucci
(2006) para o município de Curitiba – PR, que utilizaram metodologias semelhantes à
deste trabalho.
O IAV¹ é de 5,61 m²/hab o que pode ser considerado um bom índice, quando
comparado ao de Uberaba-MG e Curitiba – PR, porém encontra-se inferior ao sugerido
pela SBAU.
O IAV² encontrado é de 17,92 m²/hab, obtido através do somatório das áreas das
superfícies de Áreas Verdes da APP e Particulares divididos pela população da bacia,
representa um excelente índice se comparado ao valor da cidade de Luiz Antonio – SP e
ao sugerido pela Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (SBAU), porém ele não é
um índice real, pois as AVPA estão sujeitas à ocupação.
Apesar das AVPA não serem áreas de uso comum, a ampliação das áreas verdes
nessas propriedades contribui para o melhoramento da qualidade ambiental urbana, bem
como, o conforto térmico do entorno e a valorização imobiliária.
O IEL de 0,36% e o PEL de 0,003% para esta bacia são números inferiores aos
obtidos dos trabalhos comparados, demonstraram a deficiência de áreas públicas nesta
bacia.
56
Tabela 5.1 - Índices de Qualidade Ambiental (IQA) para a Bacia do Córrego do Barbado.
Trabalhos Comparados
Luiz
Curitiba
Cuiabá Uberaba Antonio
– PR
Parâmetro Variáveis –MT – MG – SP
(Bucherri SBAU
(Colet, (Sousa, (Henke-
e Nucci,
2012) 2008) Oliveira,
2006)
2001)
* Áreas Verdes
Índice Área
IAV¹ públicas de uso 5,61 1,9 0,91 14,9 15
Verde
coletivo e APP
* Áreas Verdes
Índice Área particulares de
IAV² 17,92 1,9 0,91 14,9 -
Verde (atual) uso coletivo e
APP
* Áreas Verdes
Superfície
públicas de uso
total Áreas
PAV coletivo e APP 0,05 0,97 0,6 6,2 -
Verdes na
/ * Área da
bacia
Bacia
Superfície * Espaços
total Espaços livres públicos
IEL 0,36 2,9 2,23 - -
Livres / * População
Públicos da Bacia
Percentual de * Espaços
Espaços livres públicos
PEL 0,003 1,45 1,49 - -
Livres / *Área da
Públicos Bacia
Fonte: Autora (2012)
5.2.1 Cabeceiras
5.5, observa-se parte do trecho localizado no Parque Massairo Okamura, onde o solo se
encontra úmido sem água corrente.
limítrofe ao córrego, e que já teve a obra embargada por ocupar parte da área da APP,
na Avenida Juliano Costa Marques, mas a de construções residenciais e comerciais
(Figura 5.8).
Figura 5.7 – Ponte sobre o Córrego do Barbado – Rua Principal - Bairro Bela Vista
Figura 5.8 – Empreendimento vizinho ao Córrego do Barbado – Av. Juliano Costa Marques
Figura 5.9 – Canalização do trecho Av. Juliano Costa Marques- Bairro Jardim Aclimação
No trecho dos bairros: Terra Nova, Bela Vista e Dom Bosco, é observada uma
significativa alteração na cor da água, assim como o forte odor, Figura 5.10. Observa-se
também maior volume de água no córrego e uma seção mais larga e profunda do canal
em relação ao trecho anterior.
Figura 5.10 – Córrego do Barbado – Rua Quinze - Trecho entre Bairro Terra Nova e Bela Vista
Figura 5.11 – Trecho Paralelo a Av. Torres e Rua Mara Aguapé - Bairro Pedregal
Constata-se que este trecho apresenta grave nível de erosão, instabilidade das
encostas, ausência de vegetação, além de disposição de resíduos sólidos e presença de
animais, Figura 5.12.
Este trecho encontra-se, entre as avenidas Fernando Correa e Beira Rio. Seu
leito é circundado pela Avenida Tancredo de Almeida Neves, Figura 5.15, e passa pelos
bairros: Pico do Amor, Campo Velho, Jardim Tropical, Parte do Grande Terceiro,
Jardim Califórnia, Jardim Petropólis e Jardim Shangri-lá na área da Bacia do Barbado.
O Baixo Curso encontra-se canalizado desde o ano de 1985. Esse trecho possui
aspecto mórbido devido ao mau cheiro e a impermeabilização do canal. A sua
canalização não se integra com a paisagem urbana, gerando a desvalorização imobiliária
no seu entorno, Figura 5.16.
70
5.2.5 Foz
A Foz situa-se entre a Avenida Beira Rio e o Rio Cuiabá. Estando distribuída
nos bairros Praeirinho, Praeiro, Grande Terceiro e Jardim Europa e Paulista na área da
bacia .
5.2.6.1 Esgoto
são o Jardim Itália e Pedregal, que lançam menos de 3% do seu esgoto em cursos de
água, porém é um valor muito inferior aos verificados dos bairros do Alto Curso.
5.2.6.3 Vegetação
Por não haver uma classificação mais detalhada do solo, a literatura recomenda a
adoção Grupo B (SOUSA, 2008). O Grupo de solo B é arenoso e menos profundo que
os do Grupo A, com menor teor de argila total, porém ainda inferior a 15%.
Tabela 5.4- Ajustamento do CN da condição normal II para o solo seco (I) e úmido (III)
CN
Cenário Área Permeável (m²)
(final)
solo seco 1 9.824.537,28 63,17
2 7.751.644,45 68,17
3 539.096,87 63,17
4 0,00 100
1 9.824.537,28 93,10
solo úmido
2 7.751.644,45 96,08
3 539.096,87 79,00
4 0,00 0,00
Tipo de Solo
Cenário
solo seco (I) solo úmido (III)
1 74,04 95,13
2 82,29 97,82
3 97,68 99,19
4 100 100
A vazão de pico foi estimada em 20,2 m³/s para o HUS triangular – SCS. Esta
vazão foi obtida considerado o comprimento do talvegue L = 9,4 km, a diferença de
cotas topográficas entre os pontos extremos de montante (244 m) e de jusante (140 m)
do exutório da bacia hidrográfica igual a ∆H = 104 m. O tempo de concentração
calculado foi de 126,9 minutos, o que permitiu a adoção da duração da precipitação em
15 minutos. O tempo de pico do hidrograma unitário foi determinado em 86,10 minutos,
com o tempo de escoamento de 144 minutos e base do hidrograma com 230 minutos,
Figura 5.20.
Figura 5.21 – Hidrograma Unitário Sintético Curvilíneo – SCS para a Bacia do Córrego
do Barbado
21
20
19
18
17
16
15
14
13
12
11
Vazão (m³/s)
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180 195 210 225 240 255 270 285 300 315 330 345 360 375 390 405 420 435
Tempo (min)
A Figura 5.25 apresenta os hidrogramas das Figuras 5.20, 5.21 e 5.22 ordenados
no mesmo gráfico relacionando as vazões obtidas por cenários e tipos de solos.
Solo Úmido
Solo Seco
Tr = 5 anos
Tr = 10 anos
84
Tr = 20 anos
Para facilitar a compreensão dos dados, foi realizada a comparação das vazões
de cada cenário organizados na Tabela 5.8, em que a coluna ‘Diferença’ refere-se à
variação entre os valores obtidos para solo seco e úmido.
! "
E% (10)
para solo seco e 3% para solo úmido, sendo considerada pequena, dessa maneira há
necessidade de buscar outras soluções (e áreas) para atenuar o escoamento.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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NOWAK, David J., GREENFIELD, Eric J. Tree and impervious cover change in U.S.
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APÊNDICE A – Cálculo CN
2- Cálculo CN
Cálculo CN Cenário 1
Cálculo CN Cenário 2
Cálculo CN Cenário 3
Cálculo CN Cenário 4
CN Composto – Cenário 1
Solo Seco
CN=CNp.(1-d)+CNI.d CNp = 63,17
CN=74,04 Cni = 100,00
D = 0,30
Solo Úmido
CN=CNp.(1-d)+CNI.d CNp 93,10
CN= Cni 100
95,13 d 0,30
CN Composto – Cenário 2
Solo Seco
CN=CNp.(1-d)+CNI.d CNp 68,17
CN= Cni 100
82,29 d 0,44
Solo Úmido
CN=CNp.(1-d)+CNI.d CNp 96,08
CN= Cni 100
97,82 d 0,44
CN Composto – Cenário 3
Solo Seco
CN=CNp.(1-d)+CNI.d CNp 40,00
CN= Cni 100
97,68 d 0,96
Solo Úmido
CN=CNp.(1-d)+CNI.d CNp 79,00
CN= Cni 100
99,19 d 0,96
CN Composto – Cenário 4
104
Solo Seco
CN=CNp.(1-d)+CNI.d CNp 0,00
CN= Cni 100
100 d 1,00
Solo Úmido
CN=CNp.(1-d)+CNI.d CNp 0,00
CN= Cni 100
100 d 1,00
Tipo de Solo
Cenário
solo seco I solo úmido III
1 74,04 95,13
2 82,29 97,82
3 97,68 99,19
4 100 100
105
P
Duração I P ∆P ∆P' Pefetiva ∆Pef ∆Pef
I (mm/h) acumulada S
(min) (mm/min) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (cm)
(mm)
15 126,12 2,10 31,53 31,53 3,66 3,66 89,06 0,00 0,00 0,00
30 86,47 1,44 43,23 11,70 5,43 9,09 89,06 0,00 0,00 0,00
45 67,43 1,12 50,57 7,34 7,34 16,43 89,06 0,00 0,00 0,00
60 56,00 0,93 56,00 5,43 31,53 47,96 89,06 7,62 7,62 0,76
75 48,28 0,80 60,35 4,35 11,70 59,66 89,06 13,38 5,75 0,58
90 42,68 0,71 64,01 3,66 4,35 64,01 89,06 15,78 2,40 0,24
105 38,39 0,64 67,19 3,17 3,17 67,19 89,06 17,61 1,83 0,18
120 35,00 0,58 70,00 2,81 2,81 70,00 89,06 19,28 1,67 0,17
135 32,24 0,54 72,54 2,54 2,54 72,54 89,06 20,83 1,55 0,15
P
Duração I P ∆P ∆P' Pefetiva ∆Pef ∆Pef
I (mm/h) acumulada S
(min) (mm/min) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (cm)
(mm)
15 126,12 2,10 31,53 31,53 3,66 3,66 13,00 0,08 0,08 0,01
30 86,47 1,44 43,23 11,70 5,43 9,09 13,00 2,16 2,08 0,21
45 67,43 1,12 50,57 7,34 7,34 16,43 13,00 7,13 4,97 0,50
60 56,00 0,93 56,00 5,43 31,53 47,96 13,00 35,25 28,13 2,81
75 48,28 0,80 60,35 4,35 11,70 59,66 13,00 46,47 11,22 1,12
90 42,68 0,71 64,01 3,66 4,35 64,01 13,00 50,68 4,21 0,42
105 38,39 0,64 67,19 3,17 3,17 67,19 13,00 53,76 3,08 0,31
120 35,00 0,58 70,00 2,81 2,81 70,00 13,00 56,50 2,74 0,27
135 32,24 0,54 72,54 2,54 2,54 72,54 13,00 58,97 2,47 0,25
P
Duração I P ∆P ∆P' Pefetiva ∆Pef ∆Pef
I (mm/h) acumulada S
(min) (mm/min) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (cm)
(mm)
15 126,12 2,10 31,53 31,53 3,66 3,66 54,66 0,00 0,00 0,00
30 86,47 1,44 43,23 11,70 5,43 9,09 54,66 0,00 0,00 0,00
45 67,43 1,12 50,57 7,34 7,34 16,43 54,66 0,50 0,50 0,05
60 56,00 0,93 56,00 5,43 31,53 47,96 54,66 14,95 14,45 1,44
75 48,28 0,80 60,35 4,35 11,70 59,66 54,66 22,96 8,01 0,80
90 42,68 0,71 64,01 3,66 4,35 64,01 54,66 26,15 3,18 0,32
105 38,39 0,64 67,19 3,17 3,17 67,19 54,66 28,53 2,38 0,24
120 35,00 0,58 70,00 2,81 2,81 70,00 54,66 30,68 2,15 0,21
135 32,24 0,54 72,54 2,54 2,54 72,54 54,66 32,64 1,96 0,20
106
Tempo H.U.S. 0,00 0,00 0,76 0,58 0,24 0,18 0,17 0,15 Hidrogram
(min) (m3/s) a de projeto
(m3/s)
0 0,00 0,00 0,00
15 1,60 0,00 0,00 0,00
30 5,00 0,00 0,00 0,00 0,00
45 10,20 0,00 0,00 1,22 0,00 1,22
60 16,50 0,00 0,00 3,81 0,92 0,00 4,73
75 19,60 0,00 0,00 7,78 2,88 0,38 0,00 11,04
90 20,10 0,00 0,00 12,58 5,87 1,20 0,29 0,00 19,94
105 18,50 0,00 0,00 14,94 9,49 2,45 0,91 0,27 0,00 28,07
120 15,80 0,00 0,00 15,32 11,28 3,96 1,87 0,84 0,25 33,52
135 12,00 0,00 0,00 14,10 11,57 4,71 3,02 1,71 0,77 35,88
150 8,70 0,00 0,00 12,05 10,65 4,83 3,59 2,76 1,58 35,44
165 6,50 0,00 0,00 9,15 9,09 4,45 3,68 3,28 2,55 32,19
180 5,00 0,00 0,00 6,63 6,91 3,80 3,39 3,36 3,03 27,11
195 3,80 0,00 0,00 4,96 5,01 2,88 2,89 3,09 3,11 21,94
210 2,80 0,00 0,00 3,81 3,74 2,09 2,20 2,64 2,86 17,34
225 2,10 0,00 0,00 2,90 2,88 1,56 1,59 2,01 2,44 13,38
240 1,60 0,00 0,00 2,13 2,19 1,20 1,19 1,46 1,85 10,02
255 1,10 0,00 0,00 1,60 1,61 0,91 0,91 1,09 1,34 7,47
270 0,90 0,00 0,00 1,22 1,21 0,67 0,70 0,84 1,00 5,64
285 0,70 0,00 0,00 0,84 0,92 0,50 0,51 0,64 0,77 4,18
300 0,60 0,00 0,00 0,69 0,63 0,38 0,38 0,47 0,59 3,14
315 0,40 0,00 0,00 0,53 0,52 0,26 0,29 0,35 0,43 2,39
330 0,30 0,00 0,00 0,46 0,40 0,22 0,20 0,27 0,32 1,87
345 0,20 0,00 0,00 0,30 0,35 0,17 0,16 0,18 0,25 1,41
360 0,20 0,00 0,00 0,23 0,23 0,14 0,13 0,15 0,17 1,05
375 0,18 0,00 0,00 0,15 0,17 0,10 0,11 0,12 0,14 0,79
390 0,10 0,00 0,00 0,15 0,12 0,07 0,07 0,10 0,11 0,62
405 0,05 0,00 0,00 0,14 0,12 0,05 0,05 0,07 0,09 0,51
420 0,00 0,00 0,00 0,08 0,10 0,05 0,04 0,05 0,06 0,38
435 0,00 0,04 0,06 0,04 0,04 0,03 0,05 0,26
450 0,00 0,03 0,02 0,03 0,03 0,03 0,15
465 0,00 0,01 0,02 0,03 0,03 0,09
480 0,00 0,01 0,02 0,03 0,05
495 0,00 0,01 0,02 0,02
510 0,00 0,01 0,01
525 0,00 0,00
115
Chuva efetiva
total (cm)
Tempo H.U.S. 0,00 0,00 0,08 1,72 0,92 0,36 0,27 0,24 0,22 Hidrograma
(min) (m3/s) de projeto
(m3/s)
0 0,00 0,00 0,00
15 1,60 0,00 0,00 0,00
30 5,00 0,00 0,00 0,00 0,00
45 10,20 0,00 0,00 0,13 0,00 0,13
60 16,50 0,00 0,00 0,41 2,75 0,00 3,16
75 19,60 0,00 0,00 0,83 8,60 1,47 0,00 10,90
90 20,10 0,00 0,00 1,34 17,55 4,59 0,58 0,00 24,06
105 18,50 0,00 0,00 1,59 28,39 9,37 1,81 0,43 0,00 41,59
120 15,80 0,00 0,00 1,63 33,72 15,16 3,70 1,35 0,39 0,00 55,95
135 12,00 0,00 0,00 1,50 34,58 18,00 5,98 2,76 1,22 0,36 64,40
150 8,70 0,00 0,00 1,28 31,83 18,46 7,11 4,46 2,48 1,11 66,73
165 6,50 0,00 0,00 0,97 27,18 16,99 7,29 5,30 4,02 2,27 64,02
180 5,00 0,00 0,00 0,71 20,64 14,51 6,71 5,43 4,77 3,67 56,44
195 3,80 0,00 0,00 0,53 14,97 11,02 5,73 5,00 4,89 4,35 46,49
210 2,80 0,00 0,00 0,41 11,18 7,99 4,35 4,27 4,50 4,47 37,17
225 2,10 0,00 0,00 0,31 8,60 5,97 3,15 3,24 3,85 4,11 29,24
240 1,60 0,00 0,00 0,23 6,54 4,59 2,36 2,35 2,92 3,51 22,50
255 1,10 0,00 0,00 0,17 4,82 3,49 1,81 1,76 2,12 2,67 16,83
270 0,90 0,00 0,00 0,13 3,61 2,57 1,38 1,35 1,58 1,93 12,56
285 0,70 0,00 0,00 0,09 2,75 1,93 1,02 1,03 1,22 1,44 9,47
300 0,60 0,00 0,00 0,07 1,89 1,47 0,76 0,76 0,93 1,11 6,99
315 0,40 0,00 0,00 0,06 1,55 1,01 0,58 0,57 0,68 0,84 5,29
330 0,30 0,00 0,00 0,05 1,20 0,83 0,40 0,43 0,51 0,62 4,04
345 0,20 0,00 0,00 0,03 1,03 0,64 0,33 0,30 0,39 0,47 3,19
360 0,20 0,00 0,00 0,02 0,69 0,55 0,25 0,24 0,27 0,36 2,38
375 0,18 0,00 0,00 0,02 0,52 0,37 0,22 0,19 0,22 0,24 1,77
390 0,10 0,00 0,00 0,02 0,34 0,28 0,15 0,16 0,17 0,20 1,31
405 0,05 0,00 0,00 0,01 0,34 0,18 0,11 0,11 0,15 0,16 1,06
420 0,00 0,00 0,00 0,01 0,31 0,18 0,07 0,08 0,10 0,13 0,89
435 0,00 0,00 0,17 0,17 0,07 0,05 0,07 0,09 0,63
450 0,00 0,09 0,09 0,07 0,05 0,05 0,07 0,41
465 0,00 0,05 0,04 0,05 0,05 0,04 0,22
480 0,00 0,02 0,03 0,04 0,04 0,13
495 0,00 0,01 0,02 0,04 0,08
510 0,00 0,01 0,02 0,03
525 0,00 0,01 0,01
540 0,00 0,00
124
Chuva efetiva
total (cm)
Tempo H.U.S. 0,10 0,44 0,73 3,37 1,27 0,47 0,35 0,31 0,28 Hidrograma
(min) (m3/s) de projeto
(m3/s)
0 0,00 0,00 0,00
15 1,60 0,16 0,00 0,16
30 5,00 0,49 0,71 0,00 1,19
45 10,20 0,99 2,21 1,16 0,00 4,36
60 16,50 1,60 4,50 3,63 5,39 0,00 15,13
75 19,60 1,90 7,28 7,40 16,86 2,04 0,00 35,48
90 20,10 1,95 8,65 11,9 34,39 6,36 0,76 0,00 64,09
8
105 18,50 1,80 8,87 14,2 55,63 12,98 2,37 0,55 0,00 96,43
3
120 15,80 1,54 8,16 14,5 66,08 21,00 4,84 1,73 0,49 0,00 118,43
9
135 12,00 1,17 6,97 13,4 67,77 24,95 7,83 3,53 1,54 0,44 127,62
3
150 8,70 0,85 5,29 11,4 62,37 25,59 9,30 5,71 3,13 1,38 125,09
7
165 6,50 0,63 3,84 8,71 53,27 23,55 9,53 6,79 5,07 2,82 114,21
180 5,00 0,49 2,87 6,32 40,46 20,11 8,78 6,96 6,02 4,57 96,56
195 3,80 0,37 2,21 4,72 29,33 15,28 7,49 6,40 6,17 5,43 77,40
210 2,80 0,27 1,68 3,63 21,91 11,07 5,69 5,47 5,68 5,56 60,97
225 2,10 0,20 1,24 2,76 16,86 8,27 4,13 4,15 4,85 5,12 47,58
240 1,60 0,16 0,93 2,03 12,81 6,36 3,08 3,01 3,68 4,37 36,44
255 1,10 0,11 0,71 1,52 9,44 4,84 2,37 2,25 2,67 3,32 27,23
270 0,90 0,09 0,49 1,16 7,08 3,56 1,80 1,73 2,00 2,41 20,32
285 0,70 0,07 0,40 0,80 5,39 2,67 1,33 1,32 1,54 1,80 15,31
300 0,60 0,06 0,31 0,65 3,71 2,04 1,00 0,97 1,17 1,38 11,28
315 0,40 0,04 0,26 0,51 3,03 1,40 0,76 0,73 0,86 1,05 8,64
330 0,30 0,03 0,18 0,44 2,36 1,15 0,52 0,55 0,64 0,78 6,64
345 0,20 0,02 0,13 0,29 2,02 0,89 0,43 0,38 0,49 0,58 5,24
360 0,20 0,02 0,09 0,22 1,35 0,76 0,33 0,31 0,34 0,44 3,86
375 0,18 0,02 0,09 0,15 1,01 0,51 0,28 0,24 0,28 0,30 2,88
390 0,10 0,01 0,08 0,15 0,67 0,38 0,19 0,21 0,21 0,25 2,15
405 0,05 0,00 0,04 0,13 0,67 0,25 0,14 0,14 0,18 0,19 1,77
420 0,00 0,00 0,02 0,07 0,61 0,25 0,09 0,10 0,12 0,17 1,44
435 0,00 0,04 0,34 0,23 0,09 0,07 0,09 0,11 0,97
450 0,00 0,17 0,13 0,09 0,07 0,06 0,08 0,59
465 0,00 0,06 0,05 0,06 0,06 0,06 0,29
480 0,00 0,02 0,03 0,06 0,06 0,17
495 0,00 0,02 0,03 0,05 0,10
510 0,00 0,02 0,03 0,04
525 0,00 0,01 0,01
540 0,00 0,00
125
Chuva efetiva
total (cm)
Tempo H.U.S. 0,09 0,43 0,72 3,36 1,27 0,47 0,35 0,31 0,28 Hidrograma
(min) (m3/s) de projeto
(m3/s)
0 0,00 0,00 0,00
15 1,60 0,14 0,00 0,14
30 5,00 0,45 0,69 0,00 1,13
45 10,20 0,91 2,15 1,15 0,00 4,21
60 16,50 1,47 4,38 3,59 5,38 0,00 14,82
75 19,60 1,75 7,09 7,33 16,81 2,03 0,00 35,00
90 20,10 1,79 8,42 11,8 34,29 6,36 0,76 0,00 63,46
5
105 18,50 1,65 8,63 14,0 55,47 12,97 2,37 0,55 0,00 95,72
8
120 15,80 1,41 7,95 14,4 65,89 20,98 4,83 1,73 0,49 0,00 117,71
4
135 12,00 1,07 6,79 13,2 67,57 24,92 7,82 3,53 1,53 0,44 126,96
9
150 8,70 0,78 5,15 11,3 62,19 25,56 9,29 5,71 3,13 1,38 124,54
5
165 6,50 0,58 3,74 8,62 53,11 23,53 9,53 6,78 5,06 2,82 113,77
180 5,00 0,45 2,79 6,25 40,34 20,09 8,77 6,95 6,01 4,56 96,22
195 3,80 0,34 2,15 4,67 29,25 15,26 7,49 6,40 6,17 5,42 77,14
210 2,80 0,25 1,63 3,59 21,85 11,06 5,69 5,47 5,68 5,56 60,78
225 2,10 0,19 1,20 2,73 16,81 8,27 4,12 4,15 4,85 5,12 47,43
240 1,60 0,14 0,90 2,01 12,77 6,36 3,08 3,01 3,68 4,37 36,33
255 1,10 0,10 0,69 1,51 9,41 4,83 2,37 2,25 2,67 3,32 27,15
270 0,90 0,08 0,47 1,15 7,06 3,56 1,80 1,73 1,99 2,41 20,25
285 0,70 0,06 0,39 0,79 5,38 2,67 1,33 1,31 1,53 1,80 15,26
300 0,60 0,05 0,30 0,65 3,70 2,03 1,00 0,97 1,17 1,38 11,25
315 0,40 0,04 0,26 0,50 3,03 1,40 0,76 0,73 0,86 1,05 8,62
330 0,30 0,03 0,17 0,43 2,35 1,14 0,52 0,55 0,64 0,77 6,62
345 0,20 0,02 0,13 0,29 2,02 0,89 0,43 0,38 0,49 0,58 5,22
360 0,20 0,02 0,09 0,22 1,34 0,76 0,33 0,31 0,34 0,44 3,85
375 0,18 0,02 0,09 0,14 1,01 0,51 0,28 0,24 0,28 0,30 2,87
390 0,10 0,01 0,08 0,14 0,67 0,38 0,19 0,21 0,21 0,25 2,14
405 0,05 0,00 0,04 0,13 0,67 0,25 0,14 0,14 0,18 0,19 1,76
420 0,00 0,00 0,02 0,07 0,61 0,25 0,09 0,10 0,12 0,17 1,44
435 0,00 0,04 0,34 0,23 0,09 0,07 0,09 0,11 0,97
450 0,00 0,17 0,13 0,09 0,07 0,06 0,08 0,59
465 0,00 0,06 0,05 0,06 0,06 0,06 0,29
480 0,00 0,02 0,03 0,06 0,06 0,17
495 0,00 0,02 0,03 0,05 0,10
510 0,00 0,02 0,03 0,04
525 0,00 0,01 0,01
540 0,00 0,00
126