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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

“Eu te criei rico...


Nobre te fiz... "1
Criando os alicerces de uma economia divina.

Material preparado pela

Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá´is do Brasil e pelo


Corpo de Fiduciários do Ḥuqúqu’lláh

______________________________

EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO
MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO
_______________________________________

Versão 7

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

ii
EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

iii
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Ó Filho do Espírito!
Eu te criei rico; por que te empobreces? Nobre
te fiz; com o que te rebaixas? Da essência da
sabedoria, Eu te concedi a existência; por que
buscas iluminação de outro, senão de Mim?
Da argila do amor, te moldei; como é que te
ocupas com outro? Volta teus olhos a ti
mesmo, a fim de que, dentro de ti, Me possas
encontrar, forte, poderoso, O que subsiste
por Si Próprio.

Bahá’u’lláh 


As Palavras Ocultas

iv
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***

Conteúdo
Apresentação ............................................................................................................................... vi
UNIDADE 1- O Alicerce Espiritual da Prosperidade .....................................................................vii
Seção 1 Este é um Novo Dia .................................................................................................... 1
Seção 2 Os Pilares para a Sociedade Futura ........................................................................... 1
Seção 3 A Construção de uma Nova Sociedade ...................................................................... 3
Seção 4 O Conceito de Lei na Fé Bahá’í .................................................................................. 5
Seção 5 A Natureza Física e Espiritual da Vida ........................................................................ 7
Seção 6 Um Paralelo nas Escrituras Sagradas Religiosas ....................................................... 9
UNIDADE 2- A Lei do Ḥuqúqu'lláh- O Direito de Deus ................................................................ 13
Seção 1 O que é o Ḥuqúqu’lláh? ................................................................................................ 14
Seção 2 Deus é Inteiramente Auto-Suficiente (parte 1) .......................................................... 17
Seção 3 Deus é inteiramente Auto-Suficiente (parte 2) .......................................................... 19
Seção 4 O Pagamento do Ḥuqúqu’lláh é um Teste Incomparável .......................................... 22
Seção 5 Solicitar o Ḥuqúq´lláh não é permitido ....................................................................... 24
Seção 6 Honestidade e Fidedignidade em Relação ao pagamento do Ḥuqúqu’lláh ............... 27
Seção 7 O Cálculo do Ḥuqúqu’lláh ......................................................................................... 30
Seção 8 O Ḥuqúqu’lláh, as Contribuição aos Fundos e outras doações à Fé ......................... 33
Seção 9 O Desenvolvimento da Instituição do Ḥuqúqu’lláh .................................................... 35
Seção 10 A Administração do Ḥuqúqu’lláh ........................................................................... 40
Seção 11 Algumas Histórias a Respeito do Ḥuqúqu’lláh ....................................................... 42
UNIDADE 3- A Contribuição aos Fundos .................................................................................... 48
Seção 1 A Participação de Cada Bahá´i ................................................................................ 49
Seção 2 Características do Fundo Bahá’í ............................................................................... 52
Seção 3 O Significado Espiritual do Sacrifício ....................................................................... 57
Seção 4 A Verdadeira Natureza da Felicidade .................................................................... 60
Seção 5 Um requisito da Justiça........................................................................................ 62
Seção 6 Os diversos Fundos Bahá’ís .............................................................................. 64
Seção 7 Algumas Histórias sobre Contribuições ................................................................... 67

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Apresentação

Uma iniciativa da Assembleia Espiritual Nacional dos Baha´is do Brasil e do Corpo de Vice-
Fiduciários do Ḥuqúqu'lláh, este material é fruto de pesquisa em outras fontes disponíveis e tem
como objetivo servir de referência de estudo aos baha´is sobre dois importantes temas: a Sagrada
Lei do Direito de Deus e a Contribuição aos Fundos. Em sua estrutura, o material adota uma
abordagem semelhante aos demais instrumentos aplicados mundialmente com o processo de
Instituto. Apesar desta semelhança, o material foi elaborado para que não houvesse a dependência
de um tutor para o estudo.
Este guia é organizado em três unidades, a saber: O Alicerce Espiritual da Prosperidade,
A Lei do Ḥuqúqu'lláh e A Contribuição aos Fundos, Um dever de todo bahá’í.
A primeira unidade traz importantes reflexões sobre a natureza dual do ser humano, e busca
satisfazer questões como: É possível conciliar o material e o espiritual? Qual é a natureza da criação
do homem? O que é necessário ser feito para construir uma nova sociedade? Como a religião pode
responder aos anseios da humanidade? A unidade finaliza apresentando um paralelo da Lei do
Direito de Deus em outras religiões.
Já a segunda unidade descreve diretamente o tema do Ḥuquq, de forma muito abrangente
incluindo sua relevância como uma das mais importantes leis de Bahá´u´lláh no Livro Sacratíssimo.
Entre outros pontos, a unidade aborda temas como a auto-suficiência de Deus, o pagamento do
Ḥuquq como um teste incomparável ao crente, e aspectos detalhados sobre sacralidade do Ḥuquq,
da necessidade de honestidade e fidedignidade em relação aos seus fundos. Além de mostrar
orientações sobre seu cálculo, a unidade ilustra as diferenças entre o Ḥuquq e as contribuições aos
Fundos da Fé. Exemplificando a característica de crescimento orgânico, tão presente na Causa, a
unidade ilustra como a Instituição do Ḥuqúqu'lláh foi desenvolvida, desde sua origem até os dias
atuais com sua Administração estabelecida no mundo bahá´í. Buscando ser além de material de
estudo uma fonte de inspiração e encorajamento, a unidade encerra com histórias a respeito do
Ḥuquq.
A terceira unidade educa os amigos sobre temas como a necessidade de participação
universal, tão enfatizada nos Escritos Bahá´is, as características do Fundo Bahá´í, o significado do
sacrifício, a verdadeira natureza da felicidade, a necessidade da justiça no mundo, o propósito dos
diferentes Fundos, e encerra com histórias inspiradoras sobre contribuições. Numa sociedade
marcada pela injustiça, individualismo, busca pelo luxo e prazer, agitação política, turbulência
econômica, e tantos outros males, é nossa crença que o estudo, a consulta e reflexão sobre este
material possa gerar frutos de longo alcance à Comunidade Bahá´í do Brasil.

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Corpo de Vice-Fiduciários do Ḥuqúqu'lláh no Brasil

UNIDADE 1- O Alicerce Espiritual da Prosperidade

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Seção 1 Este é um Novo Dia


Bahá’u’lláh, a mais recente Manifestação de Deus, Se revelou trazendo a nova Primavera
Divina. Ele nos orientou que o sagrado propósito divino para a humanidade é o estabelecimento do
Reino de Deus na terra. Como bahá’ís, temos o privilégio de testemunhar o nascimento deste dia e
ter consciência do seu significado.

“A bandeira do Espírito Santo é içada, os homens a vêem e são animados pelo


conhecimento de que este é um novo dia.

Este é um novo ciclo de poder humano. Todos os horizontes do mundo estão


luminosos, e o mundo haverá de se tornar deveras um jardim e um paraíso. É a hora
da unidade dos filhos dos homens e da congregação de todas as raças e classes.” 2

Completem os espaços em branco, reescrevendo em um caderno separado as palavras da


própria citação, e então leiam as frases:

1. A _____________ do Espírito Santo é içada.

2. Os homens a vêem e são animados pelo ________________ de que este é


_________________.

3. Este é um novo ciclo de ____________________________.

4. Todos os horizontes do ___________ estão luminosos.

5. O mundo haverá de se tornar deveras um ____________ e um _____________.

6. É a hora da ______________ dos filhos dos homens.

7. É a hora da congregação de todas as ___________ e ___________.

8. A bandeira do Espírito Santo é ____________.

9. Este é um novo _________ de poder humano.

10. O __________ haverá de se tornar deveras um jardim e um paraíso.

11. É a hora da ______________ dos filhos dos homens e da congregação de todas as raças
e classes.

Seção 2 Os Três Pilares para a Sociedade Futura


Bahá’u’lláh trouxe um novo espírito à humanidade. Esse espírito irá regenerar o mundo. Ele
também revelou princípios universais para a guia da humanidade. Bahá’u’lláh, no entanto, fez ainda
mais do que isso. Shoghi Effendi esclareceu:

“Ele não apenas enunciou certos princípios universais e propôs uma bem definida
filosofia, não importa quão potentes, sãos e universais eles sejam. Além disso, Ele,

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como também ‘Abdu’l-Bahá depois dEle, diferentemente das eras religiosas do


passado, estabeleceram clara e especificamente um código de Leis e instituições bem
definidas, e proveram os princípios essenciais de uma Economia Divina. Esses
princípios estão destinados a servir de modelo para a sociedade futura, constituem um
instrumento supremo para a inauguração da Paz Máxima e são o único meio de unificar
o mundo e proclamar o reino de retidão e justiça na terra.” 3

Exercícios:

1. Quais são os três pilares claramente enunciados por Bahá’u’lláh e ‘Abdu’l-Bahá que
são diferentes das religiões do passado?

a. ________________________________________________________________

b. ________________________________________________________________

c. ________________________________________________________________

2. Decida se as seguintes leis são bahá’ís:

a. Recitar a Oração Obrigatória todos os dias. Sim ___ Não ___

b. Observar o Jejum no mês Sublimidade. Sim ___ Não ___

c. Abster-se de comer carne de porco. Sim ___ Não ___

d. Abster-se de tomar álcool. Sim ___ Não ___

3. Indique quais das seguintes instituições são bahá’ís:

a. As Assembléias Espirituais Locais. Sim ___ Não ___

b. A Cruz Vermelha Internacional. Sim ___ Não ___

c. O Fundo Internacional Bahá’í. Sim ___ Não ___

d. A Casa Universal de Justiça. Sim ___ Não ___

4. Defina quais das seguintes afirmativas são elementos de uma Economia Divina:

a. Os ricos, voluntariamente, compartilham a sua riqueza para o


bem da humanidade. Sim ___ Não ___

b. Cada pessoa deve ter uma profissão útil. Sim ___ Não ___

c. A indústria explora seus trabalhadores. Sim ___ Não ___

d. O trabalhador deve receber o seu salário e também uma


parte dos lucros da empresa onde trabalha Sim ___ Não ___

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5. As leis, as instituições e a Economia Divina foram criadas para serem:


a. Um modelo __________________________________________________________
b. Um instrumento supremo para ___________________________________________
c. E o único meio de _____________________________ e _____________
________________ de _____________________________________________

Seção 3 A Construção de uma Nova Sociedade


Uma das maiores alegrias em ser bahá'í é participar deste novo espírito e contribuir para o
estabelecimento da Paz Máxima. No entanto, a tarefa de construir uma nova ordem mundial é
desafiadora. A velha ordem está se desintegrando. Existe muito ódio e revolta. Muitos se afastaram
de Deus. Nós, os bahá'ís, embora em pequeno número, estamos envolvidos na construção de uma
nova sociedade de abrangência planetária. Este é um grande desafio, mas temos fé que a construção
dessa nova ordem é a vontade soberana de Deus e Seu santo propósito para a humanidade. Shoghi
Effendi escreveu aos bahá’ís do mundo:

“Vamos suplicar a Deus para que nestes dias de obscuridade que envolve o
mundo, quando as tenebrosas forças da natureza, do ódio, da rebelião, da anarquia e
reação estão ameaçando a estabilidade da sociedade humana, quando os mais
preciosos frutos da civilização estão atravessando testes severos e sem paralelo,
possamos entender, mais profundamente do que nunca, que embora apenas uma mão
cheia em meio às efervescentes massas do mundo, somos nestes dias os instrumentos
escolhidos da graça de Deus, que nossa missão é mais urgente e vital para o destino
da humanidade e, fortalecidos por estes sentimentos, levantar-nos e realizar o sagrado
propósito de Deus para a humanidade”.4

Exercícios:

1. O Guardião fala de "tenebrosas forças da natureza”5. O ódio é uma força tenebrosa. A


anarquia é uma força tenebrosa. Anarquia significa ausência de governo, desordem e
confusão. Decidam quais das seguintes palavras são exemplos de “tenebrosas forças”:

Materialismo sim ___ não ___ Nacionalismo sim ___ não ___
Moderação sim ___ não ___ Violência sim ___ não ___
Amor sim ___ não ___ Unidade sim ___ não ___
Superstição sim ___ não ___ Magnanimidade sim ___ não ___
Preconceito sim ___ não ___ Descrença sim ___ não ___
Harmonia sim ___ não ___ Desprendimento sim ___ não ___
Retidão sim ___ não ___ Racismo sim ___ não ___
Pureza sim ___ não ___ Rebelião sim ___ não ___

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Cortesia sim ___ não ___

2. O Guardião fala dos ”preciosos frutos da civilização”6. Estes são os elementos bons na
sociedade e estão ameaçados pelas forças tenebrosas. Decidam quais dos exemplos a
seguir são preciosos frutos da civilização:

Família sólida sim ___ não ___ Divórcio sim ___ não ___
Educação sim ___ não ___ Guerra sim ___ não ___
Justiça sim ___ não ___ Assassinato sim ___ não ___
Alcoolismo sim ___ não ___ Dependência de drogas sim ___ não ___
Limpeza sim ___ não ___ Honestidade sim ___ não ___
Linguagem amorosa sim ___ não ___ Cortesia sim ___ não ___
Bater na esposa sim ___ não ___ Respeito sim ___ não ___
Roubo sim ___ não ___ Mentiras sim ___ não ___
Amizade sim ___ não ___ Linguagem vulgar sim ___ não ___
Casamento sim ___ não ___

3. A expressão “Efervescentes massas” 7 significa um grande número de pessoas que são


agitadas e convulsas. As massas em um jogo de futebol são uma "massa efervescente",
assim como o são as pessoas em uma cidade grande. Dê outro exemplo de uma "massa
efervescente": ____________________________________

4. “Apenas uma mão cheia" significa uma pequena quantidade de alguma coisa. Marque a
afirmativa que melhor explica a frase "apenas uma mão cheia em meio às efervescentes
massas do mundo” 8:

a. Um pequeno grupo de pessoas isoladas do resto do mundo.


b. Um pequeno grupo de pessoas entre a massa da humanidade.

5. Quem são os “instrumentos escolhidos da graça de Deus” 9? ________________


______________________________________________________________________

6. Existem muitos destes instrumentos escolhidos?


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7. Devemos esperar o nosso número crescer antes de nos levantarmos?


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8. O Guardião nos disse que “nossa missão é mais urgente e vital para o destino da
humanidade”.10 Assinale qual o significado correto das seguintes palavras:

“Urgente” significa:

a. Adiar a ação imediata.

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b. Exigir uma ação imediata.


c. Não atuar de modo algum.

“Vital” significa:

a. De pouca importância.

b. Insignificante.
c. De fundamental importância.

9. “Fortalecidos por estes sentimentos”11 significa ser fortalecido por certas ideias e
valores. Através de quais sentimentos nós nos fortalecemos?
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10. “Fortalecidos por estes sentimentos”12 implica em ter fé e confiança em Deus? _
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11. Já que acreditamos que somos “os instrumentos escolhidos” 13 de Deus e que “nossa
missão é urgente e vital” 14, quando nos levantaremos para alcançar o santo propósito de
Deus para a humanidade? ____________________________________________
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Seção 4 O Conceito de Lei na Fé Bahá’í


No Kitáb-i-Aqdas, o Livro de Leis de Bahá’u’lláh, Ele diz:

“Não penseis que Nós vos revelamos um mero código de leis. Não! Mais do que
isso: deslacramos o Vinho seleto com os dedos da grandeza e do poder.” 15

Em geral, quando falamos de leis, vem logo à nossa mente algo que nos limita, que somos
obrigados, e forçados a obedecer. Bahá’u’lláh nos explica que Suas Leis não são desta natureza.
Elas são, pelo contrário, como o “Vinho escolhido” 16 – um instrumento capaz de nos aproximar do
nosso Criador. Ao “bebermos” deste “cálice” 17 divino, contendo “o Vinho seleto” 18 que infunde o
amor de Deus em nossas almas, nos sentimos estimulados pelo amor Àquele que é a Fonte de todo
o júbilo, de toda a felicidade e por Sua Causa. Neste estágio, a alma começa a voar e a progredir
nos Reinos de Deus. O seu veículo não é outro senão o Amor. O impacto espiritual deste amor foi
descrito por Bahá’u’lláh no livro Sete Vales em passagens como esta:

“Nessa cidade ergue-se o céu do êxtase, e brilha o sol do anelo que ilumina o
mundo, e arde o fogo do amor; e quando o fogo do amor flameja, converte em cinzas
a colheita da razão.” 19

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Fortalecido com o poder extraordinário do Amor, o único desejo do servo é o de atingir a


aprovação de seu Bem-Amado. De acordo com as palavras da Abençoada Beleza:

“... ainda que ele possuísse os tesouros da terra, renunciaria a todos eles, a fim de
vindicar a verdade de apenas um só de Seus mandamentos que se irradiam acima do
alvorecer de Seu generoso cuidado e Sua benevolência.”20

Tendo-se em mente que hoje testemunhamos o alvorecer de uma nova fase na história da
evolução espiritual da humanidade, uma fase que testemunhará uma efetiva e profunda
transformação da natureza humana, tanto individual quanto coletivamente, a lei deixa de ser um
limite externo que nos é imposto, passando a representar um agente liberador de energia, um
catalisador da nossa latente força interior. A visão bahá’í é de que as Leis reveladas nesta
Dispensação nos permitirão um melhor entendimento das capacidades da nossa própria consciência
e de que, ao nos libertarem de nossa natureza animal, nos protegerão de erros e infortúnios,
conduzindo-nos à verdadeira liberdade. A Abençoada Beleza, numa de Suas Epístolas, afirma:

“Os Profetas e Mensageiros de Deus foram enviados com o fim único de guiar a
humanidade ao Caminho Reto da Verdade. É o intuito fundamental de Sua Revelação
educar todos os homens para que possam, na hora de sua morte, ascender ao trono
do Altíssimo no grau máximo de pureza e santidade e com desprendimento
absoluto.”21

As Leis e os Ensinamentos revelados nas Sagradas Escrituras têm a capacidade de


transformar a natureza humana, e os seus efeitos se fazem presentes em todos os campos de
atividade. O reflexo, a nível coletivo, da transformação individual será a promoção da unidade, da
harmonia, da concórdia e da cooperação entre os povos, o que garantirá a ordem e a tranqüilidade
em todo o mundo.

Exercícios:

Completar os espaços em branco dos textos a seguir:

1. Não pensemos que Deus nos revelou um mero __________________________. Não, Ele
deslacrou o ______________________ com ________________________ e do
_____________.
2. Fortalecido com o poder __________________ do ________, o único desejo do
___________ é o de atingir a ________________________de seu Bem-Amado.

3. De acordo com as palavras de Bahá’u’lláh, ainda que um homem “possuísse


_____________________ da terra, ___________________a todos eles, a fim de
_____________________________ de apenas um só _____________________________
que se irradiam acima do alvorecer de Seu generoso cuidado e Sua benevolência.”

4. “Os Profetas e Mensageiros de Deus foram enviados com o ___________________


_____________________________ ao _____________________________. É o intuito
fundamental de Sua Revelação ______________________________________
____________ para que possam, na hora ________________________, ascender ao trono

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do Altíssimo no grau máximo de ___________________________________ e com


__________________________________.”

5. Explique o poder libertador das Leis de Bahá’u’lláh. Do que elas nos libertam e em direção
a que nos conduzem?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

6. Desde os tempos antigos, os Profetas e Mensageiros de Deus têm educado os homens por
meio de Seus Ensinamentos e do exemplo de Suas Vidas. Esta nobre Missão tem como
“intuito fundamental” 22 possibilitar aos seres humanos a aquisição de certas qualidades
que nos acompanharão após a nossa partida deste mundo físico. Quais são estas
qualidades?
________________________________________________________________________
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Seção 5 A Natureza Física e Espiritual da Vida


Atualmente, a vida do homem neste planeta é representada por uma batalha contínua entre
duas forças inerentes à sua natureza. Estas forças – a material e a espiritual – em muitas ocasiões
aparentam ser conflitantes. Tal fato não condiz, contudo, com as suas verdadeiras essências.

Através de suas poderosas forças de atração, os elementos materiais despertam em nós


características inerentes à nossa natureza física, ligando-nos às bênçãos existentes no mundo da
matéria. Tais ganhos terrenos podem, no entanto, em determinadas situações, se tornar o foco
principal, o objetivo primordial e a meta suprema das nossas vidas. As pessoas geralmente se
esforçam para tirar o máximo proveito, usufruindo plenamente das satisfações que provêm dos
prazeres efêmeros e dos benefícios proporcionados pelo meio em que vivem. Não há dúvida de que
uma influência moderada das atrações materiais é necessária para a sobrevivência e o progresso
da humanidade. Porém, quando os limites da moderação são transgredidos e nossa vida se inclina
aos excessos que tais atrações, de maneira convidativa, nos apresentam, elas se transformam numa
fonte contínua de sofrimento e pesar. Neste caso, a alma passa a ser dominada e escravizada pelos
desejos mundanos e, inevitavelmente, passará a obedecer aos seus traiçoeiros comandos. Como
resultado, o espírito acaba por obscurecer-se pela poeira da avidez, do egoísmo e do orgulho.

A outra força impulsora da vida humana é de natureza espiritual. Ela é fortalecida na medida
em que o espírito percorre a trilha da aquisição de virtudes e qualidades divinas – o caminho rumo
ao progresso e realização espiritual. Esta força ilumina a mais íntima realidade do homem e nos
libera da teia representada pela atração excessiva pelo mundo da matéria; purifica a alma, facilitando
o seu vôo aos mais ternos reinos do espírito.

Esta realidade miraculosa é o eflúvio da consciência espiritual nos homens, e o seu resultado
se manifesta através do gradual crescimento do espírito de desprendimento, da cooperação bondosa
e de uma generosidade tal que o interesse do próximo passa a sobrepujar em preferência ao nosso
próprio. A observância das orientações contidas nas Sagradas Escrituras nos ajuda a vivenciar o
seguinte conselho de Bahá’u’lláh:

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“Bem-aventurado quem prefere seu irmão antes de si próprio. Verdadeiramente, de


acordo com a Vontade de Deus, o Onisciente, a Suma Sabedoria, tal homem figura
entre o povo de Bahá, que habita na Arca Carmesim.” 23

Para viver a vida em sua plenitude, faz-se necessário, portanto, estabelecer um equilíbrio
harmonioso entre estas duas forças, possibilitando uma existência sadia e moderada, que nos livra
de um estilo de vida voltado unicamente para a satisfação dos confortos terrenos, ao mesmo tempo
em que nos aproxima da sociedade da qual fazemos parte e para cujo progresso todos nós devemos
contribuir.

A Lei do Ḥuqúqu’lláh (O Direito de Deus) nos auxilia a compreender que os dois elementos
constitutivos da vida humana – espírito e matéria – devem conviver e se auxiliar mutuamente. Com
a observância do Direito de Deus, estes elementos passarão a se entrelaçar, tornando-se um só,
permitindo-nos, assim, alcançar o equilíbrio ideal.

À medida que estudamos e nos aprofundamos nesta Sagrada Lei, novos horizontes abrem-
se diante de nossos olhos, ajudando-nos a compreender e apreciar termos tão frequentemente
utilizados nas Escrituras da Fé, como unidade mundial; solução espiritual dos problemas sociais e
econômicos; ser como as folhas de uma só árvore, as ondas de um só oceano, as gotas de um só
mar, cidadãos de um mesmo país.

Exercícios:

1. Os elementos materiais despertam em nós ______________________________à nossa


natureza ________________, ligando-nos às bênçãos existentes no
___________________ da ____________________

2. Uma influência _______________________ das atrações materiais é necessária para a


__________________________ e o ____________________________da humanidade.

3. Quando os limites ____________________ são transgredidos e nossa vida se inclina aos


_________________ que tais atrações, de maneira _________________, nos apresentam,
elas se transformam numa _____________________________________.

4. Neste caso, a alma passa a ser _________________ e ________________ pelos


________________________________ e, inevitavelmente, passará a obedecer aos seus
___________________________. Como resultado, o espírito acaba por obscurecer-se pela
poeira da _________________, do __________________ e do _________________

5. A outra força impulsora da vida humana é de natureza ___________________. Ela é


fortalecida na medida em que ____________________________________ da aquisição de
____________________ e _________________________ – o caminho rumo ao
____________________________________________.

6. Bahá’u’lláh disse que "Bem-aventurado quem prefere __________________ antes de


______________________________. Verdadeiramente, de acordo com a Vontade de
Deus, o Onisciente, a Suma Sabedoria, tal homem figura
________________________________, que habita na __________________________.”

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7. Para viver a vida em sua plenitude, faz-se necessário estabelecer um equilíbrio entre
_____________________________________, possibilitando uma existência
_____________________ e _____________________, que nos livra de um estilo de vida
voltado unicamente para _______________________________________ ao mesmo
tempo em que nos ____________________________ da qual fazemos parte e para cujo
progresso ____________________________________.

8. À medida que estudamos e nos aprofundamos na Lei do Ḥuqúqu'lláh começamos a melhor


compreender e apreciar termos como ____________________ mundial; solução
______________________________________________________; ser como as folhas de
__________________________, as ondas de ______________________________, as
gotas de ________________________, cidadãos de _________________________.

Seção 6 Um Paralelo nas Escrituras Sagradas Religiosas


É difícil precisar a data em que surgiram as primeiras referências exaltando a posição dos
que manifestam a sua prontidão em prover com recursos materiais as necessidades da Causa de
Deus. Em uma de Suas epístolas, Bahá’u’lláh afirma:

“Ó Zayn!... Nada que existe no mundo do ser tem sido, nem jamais será, digno
de menção. No entanto, se uma pessoa fosse benevolentemente favorecida a oferecer
uma migalha - ou até menos ainda - no caminho de Deus, isto seria aos Seus olhos
preferível e superior a todos os tesouros da terra. É por este motivo que o Deus, Uno e
Verdadeiro - exaltada seja Sua glória - louvou em todas as Suas Escrituras Sagradas
aqueles que observaram Seus preceitos e empregam suas riquezas por amor a Ele." 24

No Bhagavad Gita, poema épico hindu, compilado na forma atual entre os séculos V e I a.C.,
encontramos:

“Eu aceito toda a oferenda que se Me faça com amor: seja uma folha, uma flor,
uma fruta ou apenas gotas de água. Eu não olho o valor da oferenda, mas olho o
coração de quem a faz.” 25

Paralelamente à honra de poder realizar um ato digno de ser agraciado com a aceitação
divina, o Budismo abordou também os benefícios que podemos alcançar, ainda nesta existência
efêmera, ao compartilharmos uma parte dos bens com os quais fomos agraciados:

“Antes de dar, o coração se alegra; durante o ato de dar, ele se purifica; depois
de dar, ele se sente satisfeito.”26

Provavelmente é no Antigo Testamento que aparece pela primeira vez a linha divisória que
diferencia a oferenda voluntária, uma prática comum na época, daquilo que, de direito, pertence ao
Criador único. A palavra hebraica usada para transmitir esta ideia é ma’aser’, cuja tradução literal
significa ‘a décima parte’, ou “DÍZIMO”.

Os israelitas tinham, em conformidade com a Lei de Deus, a incumbência de entregar a


décima parte das crias dos animais domésticos, dos produtos da terra e de outras rendas como

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reconhecimento e gratidão pelas bênçãos divinas. O dízimo era usado primariamente para cobrir as
despesas do culto e o sustento dos sacerdotes.

No âmago do dízimo encontra-se a ideia de que tudo pertence a Deus, sendo que tudo aquilo
que os seres humanos possuem e prezam, desde o fôlego de vida que os mantêm vivos até os bens
que temporariamente acumulam, advêm de uma Fonte maior que a todos ampara. Pagar o DÍZIMO
significa, portanto, devolver a décima parte que pertence ao Senhor. É interessante notar o uso do
verbo DEVOLVER, e não DAR, pois não damos, e, sim, devolvemos algo que não nos pertence.

O princípio de se oferecer uma parte da riqueza para fins de caridade se encontra presente
também no Cristianismo. Em uma de Suas Epístolas, ‘Abdu’l-Bahá afirma que “Cristo estabeleceu
um Fundo para fins caritativos”.27 Essa prática pode ter sido a base sobre a qual a instituição do
dízimo no Cristianismo foi estabelecida.

É no Islamismo, entretanto, que a ideia de que a totalidade dos bens de que dispomos não
nos pertence de fato, e que os mesmos não devem ser gastos apenas com o nosso próprio conforto
e luxo, viria a ser firmemente estabelecida e regulamentada. O “Zakát” representa um direito social
do grupo junto ao indivíduo, correspondendo não a um FAVOR, mas sim a um DEVER de todo fiel
seguidor do Profeta do Islã.

“Zakát”1, um termo árabe que não possui equivalente na língua portuguesa, abrange uma
série de significados, dentre eles: “crescimento”, “aumento” e “purificação”. É interessante
observar como os termos CRESCER e PURIFICAR, aparentemente sem nenhuma relação,
encontram-se justapostos na definição de “Zakát”. As nossas posses são purificadas com a
separação de uma parte delas para os necessitados e, a exemplo da poda das plantas, o corte
equilibra e estimula novos crescimentos. O “Zakát” é classificado como sendo um ‘tributo social
purificador’, uma obrigação econômica em benefício do bem comum, destinado a reduzir a
distância entre ricos e pobres.

O pagamento do “Zakát”, por um lado, purifica o coração de quem o dá da avareza, da


mesquinhez, do egoísmo e da sede de riqueza desenfreada e sem pudor. Por outro lado, purifica o
coração daquela pessoa que o recebe da inveja, da cobiça e do ódio aos mais abastados. E, por
consequência, a sociedade, como um todo, purifica-se e se liberta do conflito de classes, da
corrupção e de tantos outros males. Por seu meio passam a imperar o amor, a felicidade, o bem-
estar e a cooperação entre os homens, o que, na verdade, é a aspiração do Islã e de todas as demais
manifestações religiosas.

1 Kitáb-i-Aqdas – Nota #161: O Zakát é apresentado no Alcorão como um donativo regular ordenado aos
muçulmanos. Com o tempo, o conceito transformou-se numa forma de imposto-donativo que impunha a
obrigação de se entregar uma porção fixa de certos tipos de renda, quando ultrapassados determinados limites,
para o amparo aos pobres, para vários fins caritativos e para promover a Fé Divina. O limite de isenção variava
conforme as mercadorias, assim como a alíquota sobre a parcela tributável. Bahá´u´lláh declara que a lei bahá´í
de Zakát segue “o que foi revelado no Alcorão” (P&R 107). Visto que não se menciona no Alcorão assuntos
como os limites de isenção, os tipos de renda envolvidos, a freqüência de pagamentos e a escala de alíquotas
para as diferentes categorias de Zakát, a Casa Universal de Justiça terá que legislar sobre tais questões no
futuro. Shoghi Effendi orientou que, enquanto tal legislação não existe, os crentes devem contribuir
regularmente para o Fundo Bahá´í de acordo com seus meios e possibilidades.

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Desta forma o “Zakát” representa um instrumento eficaz para o desenvolvimento do espírito


de responsabilidade social. Ele contribui para reduzir ao mínimo o sofrimento daqueles membros da
sociedade menos favorecidos materialmente, aumentando, assim, o seu nível de bem-estar.
Constitui um instrumento de crescimento e estabilização econômica que garantirá a segurança
dentro da sociedade, pois a partir do momento em que suprimos o básico em relação aos mais
necessitados criamos harmonia nas relações sociais. Uma tradição islâmica nos recorda de que:

“Não é homem de fé aquele que vai dormir saciado e se omite ficando indiferente
mesmo sabendo que seu vizinho tem fome.” 28

Dentre os benefícios resultantes da observação desta determinação divina destacam-se,


ainda, a obtenção da clemência divina e a prosperidade em todos os campos da existência, conforme
atestam os seguintes versículos do Sagrado Alcorão:

“... e a Minha misericórdia2 abrange todas as coisas, e a prescrevê-la-ei aos tementes


[a Deus] que pagam o tributo [Zakát], e crêem em nossos sinais...” 29

“O exemplo daqueles que despendem sua riqueza pela causa de Deus é como
o de um grão de trigo que produz sete espigas, contendo cada espiga cem grãos. Deus
multiplica a quem Lhe apraz: Deus é Munificente,3 Sapientíssimo4.” 30

“Quem será que irá conceder um generoso empréstimo a Deus? Ele lho
duplicará e lhe concederá uma generosa recompensa.” 31

“Em verdade, aqueles que dão esmolas, tanto homens como mulheres, e
aqueles que concedem um generoso empréstimo a Deus – ser-lhes-á retribuído em
dobro – e receberão uma nobre recompensa.” 32

Os estudiosos islâmicos têm compilado uma relação com os noventa e nove nomes e
atributos divinos que são mencionados no SAGRADO ALCORÃO. É interessante observar que, ao
lado de nomes como:

• O CLEMENTE - (ar-Rahman)
• O MISERICORDIOSO - (ar-Rahim)
• O AUGUSTO - (al-Quddus)
• O ORIENTADOR - O GUIA AO CAMINHO RETO - (ar-Rashid)
• O GUARDIÃO DA FÉ - (al-Mumin)
• O IRRESISTÍVEL - (al-Qahhar)
• O JUSTO - (al-Adl)
• A LUZ - (an-Nur)
• A FONTE DA PAZ - (as-Salam)
• O HERDEIRO SUPREMO - (al-Warith)
• O VIGILANTE - (ar-Raqib)

2 Clemência - do latim clementia. 1. Disposição para perdoar; indulgência. [ anistia, graça e indulto] 2. Bondade,
benevolência. 3. Brandura, amenidade.
3 Munificente - Generoso, magnânimo, liberal.
4 Sapiente (Sapientíssimo) - 1. Conhecedor das coisas divinas e humanas. 2. Sabedor, sábio, erudito.

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• O PACIENTE - (as-Sabur)

estão também:

• O GENEROSO - (al-Karim)
• O BENEFICIADOR - O PROPICIADOR - (an-Nafi)
• O DOADOR - (al-Wahhab),
• O AGRACIANTE - (ar-Razzaq)
• O RETRIBUIDOR - (ash-Shakur)

Vale a pena dedicarmos alguns momentos de reflexão acerca de cada um destes nomes. Um
dos atributos divinos que se manifesta em sua plenitude na Lei do Ḥuqúqu’lláh que estudaremos na
próxima Unidade é o de O RETRIBUIDOR. Conforme as Sagradas Escrituras, O CRIADOR
SUPREMO reconhece e recompensa as boas ações praticadas em Seu Nome, sempre retribuindo
com uma graça maior. Não importa quão pequena a ação possa parecer aos olhos dos homens,
Deus é retribuidor para com Seus servos. Que elevada honra espera os fiéis seguidores que
observam os Seus Mandamentos!

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UNIDADE 2- A Lei do Ḥuqúqu'lláh- O Direito de Deus

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Seção 1 O que é o Ḥuqúqu’lláh?

“O pagamento do Ḥuqúqu’lláh é uma das obrigações espirituais essenciais que a


maravilhosa Pena de Bahá’u’lláh estabeleceu no Livro Mais Sagrado.” 33

Ḥuqúqu’lláh é uma expressão de origem árabe que significa o Direito de Deus. É uma sagrada
e das mais importantes leis de Bahá’u’lláh revelada no Livro Sacratíssimo (O Kitáb-i-Aqdas). Cumprir
com Lei do Ḥuqúqu’lláh significa o pagamento de uma parcela da riqueza que nos restou após a
dedução das despesas necessárias e indispensáveis. Embora o Ḥuqúqu’lláh trate das coisas
materiais deste mundo, ele está entre as obrigações espirituais, tais como a oração e o jejum, que
recaem sobre cada alma e cujo cumprimento é uma responsabilidade direta de cada crente para com
Deus, não sujeito às sanções ou imposições das instituições da Fé. Em outras palavras, o pagamento
do Ḥuqúqu’lláh é uma das obrigações espirituais básicas dos bahá'ís, e do mesmo modo como orar,
jejuar e outras leis, faz parte do Convênio de Deus com Seus servos.

No Kitáb-i-Aqdas Bahá’u’lláh revelou:

“Obtendo alguém cem mithqáls5 de ouro, dezenove deles pertencem a Deus e


serão entregues a Ele, o Formador da terra e do céu. Atentai, ó povo, para vos não
privardes de tão grande bênção.” 34

Em outra ocasião Ele escreveu:

“Dizei: Ó povo, o primeiro dever é o de reconhecer o Deus Uno e Verdadeiro -


magnificada seja a Sua glória - o segundo, é o de manifestar constância em Sua Causa,
e, depois destes, o dever da pessoa é purificar as próprias riquezas e posses terrenas,
de acordo com aquilo que é prescrito por Deus.” 35

Quando estudamos as leis de outras religiões, vemos que em cada religião existe uma
injunção para que se ofereçam contribuições como um sinal de gratidão a Deus. "Honra ao Senhor
com os teus bens” 36 e "Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto
das árvores, são do Senhor; santas são ao SENHOR.” 37

Em algumas tradições, um caçador ou um agricultor dá parte do produto da caça ou da


colheita para o chefe da área como um sinal de sua obediência e respeito à autoridade do mesmo.
O chefe usa essa comida para alimentar os muitos visitantes que recebe ou a redistribui aos
necessitados entre seu povo. Embora o chefe receba uma porção da caça ou colheita, é o seu próprio
povo que finalmente se beneficiará do ato de terem dado para o chefe.

Em outras tradições, quando um filho conseguia o seu primeiro emprego, ele oferecia seu
primeiro salário a seus pais como um símbolo de seu apreço por tudo o que fizeram por ele. Os pais,
que podem nem sequer necessitar da oferta, a aceitam para abençoar os ganhos futuros de seu
filho.

Quando pagamos o Ḥuqúqu’lláh, estamos, na realidade, retornando para Deus um pouco da


riqueza que Ele nos concedeu por Sua graça e generosidade. Ele não exige isso de nós, mas é

5Mithqál: unidade de peso equivalente a 3,642 gramas, empregada no Kitáb-i-Aqdas com relação a quantidade
de ouro e prata para diversos fins.

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nossa incumbência espiritual pagar, a qual devemos cumprir com muita alegria e reverência. Em
troca disso, recebemos as contínuas bênçãos de Deus. Bahá’u’lláh ensina que o pagamento do
Ḥuqúqu’lláh "... é a fonte de graça, de abundância, e de todo o bem.” 38 E que nos permitirá "...
acercar dos graus que ninguém pode compreender, exceto os escolhidos por Deus." Ele nos
diz que, pagando o Ḥuqúqu'lláh, receberemos bênçãos espirituais, abundância, ganhos terrenos e,
o mais importante, aproximar-nos-á mais de Deus. O pagamento do Ḥuqúqu’lláh não só nos
beneficiará nesse mundo, mas suas bênçãos perdurarão para sempre. Bahá’u’lláh afirma:

“... pois seus resultados benéficos e os frutos destes durarão tanto quanto perdurarem
os reinos da terra e do céu.” 39

E novamente nos assegura que:

“Está claro e evidente que o pagamento do Direito de Deus é conducente à


prosperidade, à bênção, e à honra e à proteção divina... E isto está condicionado à
observância pelo indivíduo das injunções prescritas no Livro, com a máxima radiância,
contentamento e pronta aquiescência.” 40

Esta citação nos descreve alguns dos benefícios que recebemos em virtude do pagamento
do Ḥuqúqu’lláh. Prosperidade sempre “eleva o homem a estágios mais altos de progresso e
realização”6. Bênçãos são ganhos e recompensas espirituais. Honra é ganho em respeito. Proteção
divina significa estar protegido ou cuidado pelos poderes de Deus. Todas estas dádivas nos advêm
pelo fato de devolvermos a Deus um pouco de nossa riqueza.

‘Abdu’l-Bahá diz:

“Um dos sinais da Sua consumada sabedoria é que o pagamento do Ḥuqúq


capacitará os doadores a se tornarem firmes e constantes, e exercerá grande influência
sobre seus corações e almas.” 41

Deus proverá para que nossos filhos se beneficiem melhor de nossa riqueza se pagarmos o
Ḥuqúqu’lláh. Bahá’u’lláh afirma:

“Se as pessoas alcançarem o privilégio de pagar o Ḥuqúq, o Deus Uno e


Verdadeiro, exaltada seja Sua glória, irá certamente conferir-lhes bênçãos. Ademais,
tal pagamento os capacitará, e a seus descendentes, a se beneficiarem de suas posses.
Como fazes menção, grandes porções das riquezas das pessoas estão perdidas para
elas, quando Deus faz com que estranhos - ou herdeiros, em comparação com os quais
estranhos teriam sido preferíveis - apoderem-se de suas posses.” 42

Outras pessoas também se beneficiam de nossos pagamentos. Bahá’u’lláh promete que:

“... se aqueles amigos tivessem observado o pagamento do Ḥuqúqu’lláh, o povo


daquela região teria gozado de bem-estar e conforto.” 43

6O conceito de prosperidade é bastante mencionado nos Escritos Bahá´ís, vide A Promulgação da Paz
Universal, páginas 471-472.

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E em outro lugar, falando a respeito do Ḥuqúqu’lláh, Ele diz:

“Suplicai a Deus - magnificada seja a Sua glória - para que permita que Seus bem-
amados possam ser privilegiados a tomar uma porção do oceano do Seu bel-prazer,
pois isto serviria como o meio para a salvação da humanidade...” 44

Nossa atitude em relação ao pagamento de Ḥuqúq é muito importante para que esse possa
ser aceito por Deus. Somos informados de que o pagamento de Ḥuqúq somente será aceito por
Deus e receberemos Suas grandes bênçãos se o mesmo for pago de bom grado e com entusiasmo,
e “... com a maior alegria e radiância, e no espírito de perfeita humildade e submissão...” 45 e
“... com o maior prazer e contentamento, ou antes, com insistência...” 46 Devemos pagar o
Ḥuqúqu’lláh com contentamento e por amor a Deus, caso contrário Deus não o aceitará.

“Se assim for a atitude, a aceitação é permissível, de outra forma não o será.
Verdadeiramente, teu Senhor é o Todo-Suficiente, o Todo-Louvado.” 47

Exercícios

1. O que significa Ḥuqúqu’lláh? ______________________________________________


2. Em que Livro Sagrado a lei do Ḥuqúqu’lláh foi revelada? ________________________
3. Com que espírito/atitude deveria ser pago o Ḥuqúqu’lláh?_______________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
4. Quem recebe as bênçãos quando é pago o Ḥuqúqu’lláh? ______________________
_____________________________________________________________________
5. Que parcela de nossa riqueza deveria ser paga como Ḥuqúqu’lláh? ______________
_____________________________________________________________________
6. O que Deus fará pelas pessoas que pagam o Ḥuqúq? _________________________
Assinale se a afirmativa é verdadeira ou falsa:

7. O resultado de pagar o Ḥuqúqu’lláh dura somente durante esta vida. V F

8. O Direito de Deus é conducente a prosperidade, bênçãos, honra e


proteção divina. V F

9. O pagamento de Ḥuqúq não tem efeito sobre nosso coração e alma. V F

10. Se uma pessoa paga o Ḥuqúq possibilita a que seus filhos se


beneficiem de suas possessões V F

11. O pagamento do Ḥuqúqu’lláh é fonte de bênçãos para quem o fez. V F

12. O pagamento de Ḥuqúqu’lláh é fonte de bênçãos somente para a pessoa


que o fez. V F

Complete as seguintes frases:

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13. Está claro e evidente que o ______________ do ____________________ é conducente à


____________, à ________, e à _______ e à ___________________... E isto está
condicionado à _____________, pelo indivíduo das _________________ prescritas no
Livro, com a máxima _________________, ________________ e ___________________.

14. Um dos sinais da Sua consumada _______________ é que o ______________________


capacitará os doadores a se tornarem ________ e ____________, e exercerá
_______________________ sobre seus _____________ e _____________.

Seção 2 Deus é Inteiramente Auto-Suficiente (parte 1)

Ao iniciarmos esta lição, vamos refletir sobre os seguintes versículos revelados por Deus no
Sagrado Alcorão:

“Os tesouros dos Céus e da Terra pertencem a Deus...” 48

“Só a Deus pertence o reino dos Céus e da Terra, e quanto há entre ambos.” 49

“... e Ele criou o sol e a lua e as estrelas, submetidos a leis sob Seu comando: acaso
não Lhe pertencem toda a criação e seu império? Bendito seja Deus, Senhor dos
Mundos.” 50

Por outro lado, encontramos, neste mesmo Livro Sagrado, versículos como os citados a
seguir:

“Quem será que irá conceder um generoso empréstimo a Deus? Ele lho
duplicará e lhe concederá uma generosa recompensa.” 51

“Em verdade, aqueles que dão esmolas, tanto homens como mulheres, e
aqueles que concedem um generoso empréstimo a Deus – ser-lhes-á retribuído em
dobro – e receberão uma nobre recompensa.”52

Para um observador incauto, tais afirmações manifestam uma aparente contradição, pois não
faz sentido falar em se efetuar um ‘empréstimo’ ao Criador Supremo, “o Possuidor deste mundo
e do vindouro.”53

Vejamos o que o amado Mestre afirma a este respeito em Sua Última Vontade e
Testamento:

“Ó amigos de ‘Abdu’l-Bahá! Como sinal de Suas infinitas graças, o Senhor


favoreceu Seus servos benevolamente, providenciando-lhes uma oferta fixa em
dinheiro (Ḥuqúq) a ser-Lhe apresentada como um dever, embora Ele, o Verdadeiro, e
Seus servos, em todos os tempos, tenham sido independentes de todas as coisas
criadas, e Deus é, em verdade, o Possuidor de tudo, exaltado acima da necessidade de
qualquer dádiva oferecida por Suas criaturas.” 54

Afinal de contas, se o “Mais Generoso Provedor”55, o “Possuidor de tudo”56, se encontra


“exaltado acima da necessidade de qualquer dádiva oferecida pelas Suas criaturas”57, por que

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

as Escrituras Sagradas enfatizam a necessidade de se apoiar materialmente a Causa de Deus?


Quem é o verdadeiro beneficiário de tal ato?

Um antigo texto zoroastriano afirma:

“Aquele que oferece sacrifício ao Sol eterno... oferece-o à sua própria alma.” 58

E o Sagrado Alcorão registra:

“E o exemplo dos que despendem seus recursos, imbuídos do desejo de


agradar a Deus, e pela confirmação de suas almas, é como um jardim em um outeiro,
sobre o qual cai a chuva intensa e produz em dobro os seus frutos; e mesmo que a
chuva intensa não caia sobre ele, ainda assim há o orvalho. Deus observa as vossas
ações.” 59

Nestes dois trechos, observamos que o principal beneficiário é o próprio doador, que tem a
sua alma fortalecida em função de tal ato.

A Abençoada Beleza acrescenta, numa de Suas Epístolas, que o cumprimento daquilo que
está prescrito no Livro de Deus é um meio eficaz para “a purificação e a santificação das almas
dos homens” 60. O Centro do Convênio, ‘Abdu’l-Bahá, também afirma que “o pagamento do Ḥuqúq
capacitará os doadores a se tornarem firmes e constantes, e exercerá grande influência sobre
seus corações e suas almas.” 61

“A principal causa deste sofrimento, que pode ser testemunhado por todos os lados,
é a corrupção da moral humana e o predomínio do preconceito, da desconfiança, do
ódio e da falta de fidedignidade, do egoísmo e da tirania entre os homens. A
necessidade das pessoas não é meramente o bem-estar material. O que
desesperadamente necessitam é saber como viver suas vidas – necessitam saber
quem são, o propósito de sua existência e como devem agir uns com os outros...”62

Observando a Natureza

Ao observarmos a natureza, situando o ser humano num contexto mais amplo, no que tange
a sua existência neste plano físico, pode-se verificar que o conceito de que uma parte das
propriedades individuais de cada ser vivo pertence ao Criador Supremo, devendo, por direito, ser-
Lhe devolvido, é uma constante. Uma antiga constatação, presente em diversas tradições religiosas,
afirma que as leis que regem os mundos espirituais encontram-se refletidas neste plano material,
sendo as leis da física, contrapartes temporais das eternas leis espirituais.

Partindo deste ponto de vista, podemos verificar que a Lei do Ḥuqúqu’lláh, por exemplo,
encontra um paralelo no Reino Vegetal. Observando as plantas, podemos constatar que os botões,
as flores e os frutos, que aparentemente se originam da árvore, são formados a partir de elementos
químicos extraídos da terra, tais elementos são manifestações das propriedades da terra. A árvore
extrai da terra os nutrientes e faz brotar todas potencialidades entesouradas na semente. A terra é a
geradora e a produtora dos elementos necessários à manutenção da vida. Consequentemente, a
substância que origina a árvore como um todo também advém da terra. É ela que produz a raiz, o

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

tronco, os ramos, as folhas e os frutos. Além disso, ela providencia todos os nutrientes necessários
para o pleno crescimento e a realização final da árvore.

Uma vez compreendido o fato de que a árvore deve a sua existência à fonte de nutrientes da
terra, notemos que, a cada ano, a árvore derrama as suas folhas sobre a terra. Ela devolve ao seu
“criador” uma porção da riqueza que lhe foi concedida. As folhas caídas não irão beneficiar a terra;
na realidade, elas atuarão como fertilizante, sendo a própria árvore a parte que, por seu intermédio,
virá a ser beneficiada.

Este processo físico se assemelha à Lei do Ḥuqúqu’lláh. Bahá’u’lláh, ao referir-Se ao


pagamento do Direito de Deus, afirma: “o benefício de tais atos reverte aos próprios indivíduos.”
63

Seção 3 Deus é inteiramente Auto-Suficiente (parte 2)


“Magnificado és Tu, ó Senhor da criação inteira, Aquele a Quem todas as coisas devem
volver-se... Atesto a Tua autossuficiência de tudo, salvo de Ti, e Tua Santidade acima de todas as
coisas terrenas.” 64.

Um dos atributos da Manifestação de Deus, que O distingue de todos os seres humanos, é o


Seu desapego total das coisas deste mundo. A posse de coisas terrenas não tinha a menor
importância para Bahá’u’lláh. Sendo de origem nobre e rica, Ele não teria se permitido viver na mais
desolada das cidades se Ele tivesse dado qualquer importância à riqueza material. Em uma Epístola
revelada em ‘Akká, Ele diz que se Ele tivesse desejado, poderia ter tomado posse de tudo o que está
na terra e ninguém poderia ter questionado Sua autoridade para assim fazê-lo. Afirma ainda mais
que, tendo Ele aceito qualquer doação de algum crente, o motivo foi conceder-lhe Suas bênçãos e
favores.

A história a seguir é um exemplo típico de como Bahá’u’lláh respondia aos presentes que lhe
eram ofertados. Quando Bahá’u’lláh se encontrava em Adrianópolis, certo crente Lhe presenteou
com um pequeno tapete de seda. Bahá’u’lláh escreveu uma Epístola, agradeceu ao crente pelo
presente e derramou Suas bênçãos sobre ele. Disse-lhe que Ele havia aceitado o presente, mas que
agora estava devolvendo-o como um favor de Sua parte. Afirmou que preferia sentar-Se no chão
naquela remota prisão a sentar-Se em um tapete de seda.

A mesma atitude de desprendimento das coisas terrenas também era vista no caráter de
‘Abdu’l-Bahá, o Centro do Convênio de Bahá’u’lláh, e de Shoghi Effendi, o Sinal de Deus na Terra.
Era contra a natureza deles voltarem sua atenção para as coisas deste mundo. Ambos viveram vidas
simples, seguindo o exemplo de Bahá’u’lláh. Embora eles recebessem grandes somas destinadas
ao Ḥuqúqu’lláh e contribuições dos amigos, eles autorizaram que fosse gasto estritamente para a
promoção da Fé e nunca despenderam o dinheiro para seu próprio uso pessoal. Nenhum deles
jamais teve quaisquer bens pessoais, fossem eles de caráter monetário ou de qualquer outro tipo.

“Pela justiça de Deus! O mundo e suas vaidades e sua glória e quaisquer


deleites que possa oferecer, são todos, aos olhos de Deus, tão sem valor como pó e
cinzas - não, ainda mais desprezíveis. Oxalá pudessem os corações dos homens isso
compreender! Purificai-vos completamente, ó povo de Bahá, da corrupção do mundo
e de tudo o que lhe pertence.” 65

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

“Grande Deus! Nesta Dispensação gloriosa não são dignos de menção os


tesouros acumulados pelos reis e rainhas, nem serão eles aceitáveis na Presença de
Deus. Entretanto, um grão de mostarda oferecido por Seus amados será exaltado na
excelsa corte de Sua santidade e será investido com o ornamento de Sua aceitação.
Imensuravelmente exaltada é Sua generosidade, imensuravelmente glorificada é Sua
majestade.” 66

O estudo da vida e dos Escritos de Bahá’u’lláh revelaria sem qualquer dúvida Sua total
desconsideração pelas coisas deste mundo. Em uma de Suas Epístolas a Napoleão III, Bahá’u’lláh
adverte o imperador com as palavras a seguir que demonstram claramente quão sem valor é este
mundo material em Seu conceito:

“Tu te exultas com os tesouros que possuis, sabendo que eles perecerão? Tu te
alegras por reinar sobre um pedaço de terra, quando o mundo todo, na apreciação do
povo de Bahá, vale tanto quanto a pupila dos olhos de uma formiga morta?” 67

Quando Bahá’u’lláh revelou o Kitáb-i-Aqdas, Ele ordenou que não fosse divulgado por algum
tempo. A razão para isto, Ele afirma em uma Epístola, foi porque continha a lei do Ḥuqúq, e Ele temia
que os amigos não a obedecessem, ou pior ainda, pudessem chegar a conclusões erradas. A própria
ideia de que algumas pessoas, em sua imaturidade, pudessem, eventualmente, assumir que o Ḥuqúq
era destinado para o uso pessoal de Bahá’u’lláh era-Lhe extremamente doloroso.

A lei do Ḥuqúq foi colocada em prática inicialmente cinco anos após a revelação do Kitáb-i-
Aqdas. Nesta ocasião, o trabalho de ensinar a Causa começou a se expandir pela Pérsia e pelos
países vizinhos, e havia necessidade de fundos. Mas, mesmo então, a coleta do Ḥuqúq era somente
permitida quando os amigos o ofereciam com total alegria e desprendimento. Caso contrário,
Bahá’u’lláh não tinha necessidade disso. Em uma de Suas Epístolas a Hájí Amín, o Fiduciário do
Ḥuqúq naquela época, Bahá’u’lláh o orientou, dizendo:

“Que minha Glória esteja sobre ti! Fixa teu olhar na glória da Causa. Proclama
aquilo que atrairá os corações e as mentes. Exigir o Ḥuqúq não é de maneira alguma
permissível. Esta ordem foi revelada no Livro de Deus para vários assuntos
necessários que Deus determinou que fossem dependentes de meios materiais.
Portanto, se alguém, com o maior prazer e contentamento, ou antes, com insistência,
desejar desfrutar desta bênção, tu poderás aceitar. Do contrário, a aceitação não é
permitida.” 68

É claro, então, que ao revelar a lei do Ḥuqúqu’lláh, Bahá’u’lláh não teve, de forma alguma,
como objetivo o Seu próprio benefício, ou mesmo o fato de que a Causa de Deus é dependente de
recursos monetários. Pelo contrário, Ele, por Sua graça, revelou esta lei em benefício do avanço
espiritual de nossas almas. Portanto, devemos insistir em poder participar desta generosidade, e dar
conta de sua importância antes que seja demasiadamente tarde.

Exercícios:

20
EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

1. Por que Bahá’u’lláh esperou antes que a lei do Ḥuqúqu’lláh fosse divulgada para os amigos?
______________________________________________________________
_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

2. É permitido exigir o pagamento do Ḥuqúqu’lláh? ______________________________

3. Com que espírito deve o Ḥuqúqu’lláh ser pago? ______________________________

_____________________________________________________________________

4. O que acontece se alguém paga o Ḥuqúqu’lláh em um espírito que não seja de ”maior
prazer e contentamento”? ______________________________________________
_____________________________________________________________________

5. Dar dois exemplos de relações em que uma pessoa ou coisa é completamente


independente do outro, enquanto que, ao mesmo tempo, o segundo é dependente do
primeiro. _____________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Responda a cada pergunta indicando se ela é verdadeira ou falsa:

6. Deus precisa de nossos pagamentos de Ḥuqúqu’lláh. V F

7. Os tesouros dos reis e rainhas são aceitáveis perante Deus. V F

8. Deus aceitará e exaltará as pequenas contribuições de Seus entes


queridos. V F

9. A lei do Ḥuqúqu’lláh foi colocada em prática tão logo foi revelada. V F

Complete as seguintes sentenças:

10. “Grande Deus! Nesta Dispensação gloriosa ____________________________ os


tesouros _________________________________, nem serão eles __________ na
Presença de Deus. Entretanto, um ________________ oferecido por
____________será ________ na excelsa corte de _____________ e ______________
com o _______________________________. Imensuravelmente exaltada é Sua
generosidade, imensuravelmente glorificada é Sua majestade.”

11. “Tu te exultas com os ________ que possuis, sabendo que eles _________? Tu te
alegras ____________ sobre um pedaço de terra, quando ______________, na

21
EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

apreciação do _____________________________, vale tanto quanto ___________


_________________________________________?

12. “______ o Ḥuqúq não é _________________ permissível. Esta ordem foi revelada no
Livro de Deus para vários ____________________ que Deus determinou que fossem
dependentes de _______________. Portanto, se alguém, com
___________________________________, ou antes, com _____________, desejar
desfrutar desta bênção, tu poderás aceitar. Do contrário,
____________________________________.”

Seção 4 O Pagamento do Ḥuqúqu’lláh é um Teste Incomparável

“Apesar disso, de acordo com Sua sabedoria inescrutável e a fim de fazer um teste
incomparável para distinguir o amigo do estranho, Ele prescreveu o Ḥuqúq para Seus
servos e o tornou obrigatório.” 69

“Como afirmado pelo Centro do Convênio, as ofertas do Ḥuqúq constituem um teste


para os crentes e capacita os amigos a tornarem-se firmes e constantes em fé e
certeza.” 70

O Ḥuqúqu’lláh é um teste, e através dele os verdadeiros amigos se distinguem dos


estranhos. O Ḥuqúqu’lláh nos foi concedido por esta razão e as bênçãos que recebemos é o
resultado de passarmos neste teste.

“Saibas, além disso, que aqueles que servem fielmente ao Todo-Misericordioso


serão enriquecidos por Ele do Seu tesouro celestial, e que a oferta do Ḥuqúq não é
senão uma prova aplicada por Ele a Seus servos e servas.” 71

Deus tem proporcionado muitas e grandes recompensas para os verdadeiros e devotos


crentes quando pagam o seu Ḥuqúqu’lláh. É um grande teste para ver se somos ou não capazes de
livremente nos desprendermos de nossos bens materiais e devolvermos para Deus com humildade,
devoção e alegria, uma parte daquilo que Deus nos concedeu. Em As Palavras Ocultas, Bahá’u’lláh
afirma:

“Ó FILHO DO SER!

Não te ocupes com esse mundo, pois com o fogo experimentamos o ouro e
com o ouro pomos à prova os Nossos servos. ”72

Ouro, como um símbolo de riqueza material, é usado por Deus para testar seus servos. Apego
ao mundo material (riqueza, fama, etc.) é uma barreira entre Deus e Seus servos.

O pagamento do Direito de Deus é um modo de sermos capazes de nos desapegar do mundo


material e obter crescimento espiritual. Se cumprirmos com o nosso dever de pagar o Ḥuqúqu’lláh

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

com grande alegria e radiância, então Deus irá aceitá-lo e receberemos nossa recompensa. As
recompensas que recebemos de Deus são muito maiores do que o que pagamos como Ḥuqúqu’lláh.
Bahá’u’lláh nos disse:

“Está claro e evidente que o pagamento do Direito de Deus é conducente à


prosperidade, à bênção, e à honra e à proteção divina.” 73

“Incumbe a todos fazer esta oferenda, pois ela é a fonte de graça, de abundância e de
todo o bem. É uma bênção que permanecerá com cada alma em cada mundo dos
mundos de Deus...” 74

“A observância desta determinação tem sido e sempre será conducente à


prosperidade, ao acréscimo divino e à salvação. Grande é a bem-aventurança daquele
que observou aquilo que está prescrito no Livro de Deus...” 75

Devemos lembrar que ao seguir as leis de Deus sempre nos beneficiaremos, mesmo que não
nos pareça ser assim no momento. Tomemos novamente o exemplo da árvore. Ela perde as folhas
a cada ano e embora isso faça com que a árvore cresça e se desenvolva mais lentamente – até que
as folhas voltem a crescer – ao desfazer-se de suas folhas, o chão é fertilizado e a árvore é capaz
de receber os nutrientes que são necessários para o seu crescimento. Consequentemente ela é
capaz de continuar a crescer com vigor mais forte do que teria se o terreno não houvesse recebido
as folhas. Da mesma forma, quando pagamos o Ḥuqúqu’lláh, podemos ter o sentimento de estar
dando algo, mas na realidade estamos nos permitindo receber "nutrientes espirituais" ou bênçãos
que nos permitem crescer com mais vigor.

“Este Ḥuqúq que foi mencionado, e cujo mando emanou do horizonte da


Epístola Sagrada de Deus, tem benefícios que são o quinhão prescrito para os próprios
indivíduos. Por Deus! Fossem as pessoas saber aquilo que foi ocultado aos seus olhos
e se conscientizassem plenamente do oceano de graça que jaz oculto dentro desta
ordem divina, todos os povos do mundo ofereceriam tudo o que possuem a fim de
serem mencionados por Ele. Abençoado é o homem que tem tido o privilégio de
observar aquilo que lhe foi ordenado por Deus, o Onisciente, a Suma Sabedoria...” 76

Bahá’u’lláh revelou uma oração para nos ajudar a sermos fiéis à lei do Ḥuqúqu’lláh:

“Magnificado és Tu, ó Senhor da criação inteira, Aquele a Quem todas as coisas


devem volver-se. Com minha língua interior e exterior dou testemunho de que Tu tens
Te manifestado e revelado, mandado descer Teus sinais e proclamado Tuas provas.
Atesto a Tua autossuficiência de tudo salvo de Ti e Tua Santidade acima de todas as
coisas terrenas. Suplico-Te, pela transcendente glória de Tua Causa e pela suprema
potência de Tua Palavra, que concedas confirmação àquele que desejar ofertar aquilo
que Tu lhe prescreveste em Teu Livro e que observe aquilo que difundirá a fragrância da
Tua aceitação. Em verdade, Tu és o Todo-Poderoso, o Todo-Misericordioso, o Todo-
Clemente, o Todo-Generoso.” 77

Exercícios:

1. Por que Deus testa a humanidade? ________________________________________

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_____________________________________________________________________

2. Como Deus irá nos testar? _______________________________________________


_____________________________________________________________________

3. O que você pode fazer para receber assistência durante os testes?_______________


_____________________________________________________________________

4. Você acha que os testes e dificuldades nos permitirão crescer espiritualmente e ter uma fé
mais forte? Por quê? _____________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Responda a cada pergunta indicando se é verdadeira ou falsa:

5. O pagamento de Ḥuqúqu’lláh não faz com que os amigos se tornem


firmes e inabaláveis na fé. V F

6. Deus testa Seus servos com fogo. V F

7. Deus testa Seus servos com o ouro. V F

8. A oferta de Ḥuqúq é a fonte de abundância, graça e de todo o bem. V F

9. A bênção de pagar o Ḥuqúqu’lláh só existe durante esta vida. V F

Complete as seguintes sentenças:

10. Apesar disso, de acordo com ______________________________ e a fim de fazer


_________________________ para __________ o ________ do __________, Ele
prescreveu ___________ para Seus servos e o tornou ______________.

11. Saibas, além disso, que aqueles que ________________ ao Todo-Misericordioso


serão ____________ por Ele do _____________________, e que a oferta do Ḥuqúq não
é senão ____________aplicada por Ele a Seus ________e ________.

12. Está __________ e __________ que o pagamento do______________________ é


____________ à ____________, à _________, e à _______ e à ________________.

Seção 5 Solicitar o Ḥuqúq´lláh não é permitido

“Exigir o Ḥuqúqu’lláh não é de maneira alguma permissível. Esta ordem foi revelada
no Livro de Deus... Portanto, se alguém, com o maior prazer e contentamento, ou antes,

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com insistência, desejar desfrutar desta bênção, tu poderás aceitar. Do contrário, a


aceitação não é permitida.” 78

“Todos devem ter a máxima consideração pela dignidade da Palavra de Deus e pela
exaltação da Sua Causa. Fosse uma pessoa oferecer todos os tesouros da terra à custa
do aviltamento da honra da Causa de Deus, mesmo que fosse menos que um grão de
mostarda, tal oferta não seria permissível.” 79

“Exigir o Huqúq nunca foi considerado favoravelmente. Todo ato deve ser realizado em
espírito de alegria e radiância. Se uma pessoa estiver disposta a fazer sua oferta com
o máximo contentamento, é permissível sua aceitação...” 80

“Temos escrito e ordenado repetidamente que ninguém deve solicitar tal pagamento.”
81

Cumprir com a obrigação do Ḥuqúqu’lláh é uma questão de consciência sobre o propósito de


nossa vida. Ele deve ser pago de forma espontânea e voluntariamente. Nenhum indivíduo nem
qualquer instituição da Fé têm o direito de exigir ou solicitar seu pagamento. Ele deve ser pago de
bom grado, "com a maior alegria e radiância, e no espírito de perfeita humildade e submissão,"
82
com entusiasmo e amor. Devemos pagar o Ḥuqúqu’lláh com contentamento e por amor a Deus,
caso contrário, ele não será aceito aos olhos de Deus.

“... não é permissível solicitá-lo ou exigi-lo. Se alguém tem o privilégio de pagar o


Ḥuqúq, e se assim o faz em espírito de alegria e radiância, tal ato é aceitável, e não de
outra maneira.” 83

Solicitar o pagamento do Ḥuqúqu’lláh não é permitido, mas lembrar aos amigos sobre a
importância de se observar essa lei é aceitável desde que se o faça com sabedoria, preservando a
dignidade da Fe.

“O Direito de Deus é uma obrigação para todos. Este mandamento foi revelado
e inscrito no Livro pela Pena da Glória. Contudo, não é permissível solicitá-lo ou exigi-
lo... Como um lembrete aos amigos, um apelo generalizado deve ser feito uma vez na
reunião, e isso deve ser o suficiente. Aqueles que estão confiantes, firmes e dotados
de discernimento agirão espontaneamente e observarão aquilo que foi prescrito por
Deus, colhendo, desta forma, os benefícios do seu próprio ato. Verdadeiramente, Deus
é independente de toda a humanidade.” 84

“Sempre que fizerem referência ao Ḥuqúq, que se restrinjam a uma mera palavra
proferida por amor a Deus, e isto será o suficiente; a coerção é desnecessária,
porquanto Deus nunca desejou que aqueles empenhados em Seu serviço devessem
experimentar qualquer privação.” 85

“Desincumbir-se das próprias obrigações é altamente louvável aos olhos de


Deus. Entretanto, não é permitido solicitar o Ḥuqúq a quem quer que seja. Suplicai ao
Deus Uno e Verdadeiro que capacite Seus amados a oferecerem aquilo que é o Direito
de Deus, porquanto a observância desta injunção causaria a purificação e proteção
das posses da pessoa e se tornaria o meio de atração de grandes dádivas e bênçãos
celestiais.” 86

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”Ninguém deve exigir o Ḥuqúqu’lláh. Seu pagamento deve depender da vontade


dos próprios indivíduos, a saber, aquelas almas que são devotas, fiéis e bem-
dispostas, que fariam suas ofertas do Ḥuqúqu’lláh em espírito de submissão voluntária
e contentamento.” 87

Em tudo o que fazemos, devemos nos lembrar de observar a dignidade e a honra da Causa
de Deus. Ao recordar os amigos a respeito da lei do Ḥuqúqu’lláh, e, na verdade, em todos os
momentos, devemos estar conscientes da dignidade da Causa de Deus. Estes gentis lembretes
devem ser dados em um espírito de amizade e concórdia. Se, ao pagarmos o Direito de Deus,
estivermos fazendo com que a Fé, não importa de que modo, esteja perdendo seu elevado prestígio,
é melhor que, independente do valor, não se efetue o pagamento.

“Vós podeis abrir mão do mundo inteiro, mas não deveis ceder em nada da
dignidade da Causa de Deus.” 88

Exercícios:

1. Quem pode solicitar o Ḥuqúqu’lláh? ________________________________________

2. Por que ninguém está autorizado a pedir a outros para pagar o Ḥuqúqu’lláh? _______
_____________________________________________________________________

3. Como podem os amigos ser encorajados a pagar seu Ḥuqúqu’lláh se ninguém está
autorizado a pedir-lhes para pagar? ________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

4. O que pode ser feito se alguém não paga o seu Ḥuqúqu’lláh após vários lembretes?
_____________________________________________________________________

5. Como podemos atentar contra a dignidade e a honra da Causa de Deus por meio de
solicitação e lembretes frequentes sobre o Ḥuqúqu’lláh? _______________________
_____________________________________________________________________

6. A fim de reforçar o seu conhecimento da lei do Ḥuqúqu’lláh você desejará querer memorizar
a seguinte passagem:

“Exigir o Ḥuqúq não é de maneira alguma permissível. Essa ordem foi revelada
no Livro de Deus... Portanto, se alguém, com o maior prazer e contentamento, ou antes,
com insistência, desejar desfrutar desta bênção, tu poderás aceitar. Do contrário, a
aceitação não é permitida.” 89

Responda se a pergunta é verdadeira ou falsa:

7. O pagamento de Ḥuqúqu’lláh só é aceitável quando for feito com a


maior alegria e radiância. V F

8. Solicitar o Ḥuqúqu’lláh é permissível V F

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9. Apelos gerais para pagar o Ḥuqúqu’lláh podem ser feitos em todas as


reuniões. V F
10. Apelos gerais para pagar o Ḥuqúqu’lláh podem ser feitos V F
11. O Direito de Deus é uma obrigação só para algumas pessoas V F
12. Bahá’u’lláh não deseja que aqueles engajados em Seu serviço venham
a suportar privações V F
13. A dignidade da Causa é mais importante do que o pagamento
do Ḥuqúqu’lláh. V F

Complete as seguintes sentenças:

14. “O Direito de Deus é uma ___________ para todos. Este mandamento foi __________
e __________ no Livro pela Pena da Glória. Contudo, não é
_____________________________ ou _____________... Como um lembrete aos
amigos, um _____________________deve ser feito uma vez na reunião, e isso deve
ser o suficiente. Aqueles que estão ____________, ________ e _________ de
_______________ agirão ___________________ e ____________ aquilo que foi
prescrito por Deus, colhendo, desta forma, ________________ do
_____________________. Verdadeiramente, Deus é ___________________ de toda a
humanidade.” 90

Seção 6 Honestidade e Fidedignidade em Relação ao pagamento do Ḥuqúqu’lláh

“Atentai, ó povo, para vos não privardes de tão grande bênção... Ò povo! Não
defraudeis7 o Direito de Deus nem o despendei livremente sem a Sua permissão. Assim
se estabeleceu o Seu mandamento nas Epístolas Sagradas, e neste Livro excelso.” 91

Muitos detalhes a respeito do cálculo do Ḥuqúqu’lláh foram deixados ao critério do indivíduo


ou do casal.8 Cada pessoa (ou casal) deveria em espírito de oração e honestamente calcular a
quantia de Ḥuqúqu’lláh devida. A declaração de Bahá’u’lláh, onde Ele diz: “Atentai, ó povo, para
vos não privardes de tão grande bênção... Ó povo! Não defraudeis o Direito de Deus...”92, na
prática, significa que 19% de toda a riqueza remanescente após as despesas necessárias serem
atendidas e uma vez que tenhamos atingido o montante designado, não nos pertence. Essa riqueza
pertence a Deus e se a usarmos para outros fins que não seja o de pagar o Direito de Deus,
estaremos sendo desonestos e agindo traiçoeiramente para com Deus.

7Defraudar= fraudar.
8NT: No original diz “individual or family”, no entanto, o Ḥuqúq é devido pelo indivíduo ou pelo casal e não
a família como um todo.

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

Ele então nos admoesta dizendo: “Quem age traiçoeiramente para com Deus, por justiça
sofrerá traição. Mas quem Lhe segue as exortações receberá uma graça do céu da
generosidade de seu Senhor, o Dadivoso, o Benévolo9, o Generoso, o Ancião dos Dias.” 93

Embora Bahá’u’lláh nos prometa muitas bênçãos quando somos honestos com relação ao
nosso dever de pagar Ḥuqúqu’lláh, Ele também nos adverte para não negligenciarmos o nosso dever
ou sermos desonestos ao calculá-lo. Ninguém pode nos forçar a pagar o Ḥuqúqu’lláh, mas se somos
elegíveis, mas não o pagamos ou não somos confiáveis e honestos ao calculá-lo, Deus nos punirá.
Na primeira citação, Ele nos adverte para não agirmos "traiçoeiramente" em relação ao Ḥuqúqu’lláh
e, na segunda citação, Ele nos diz qual seria a punição se assim o fizermos. Se agirmos
traiçoeiramente, Deus, com justiça, irá nos expor e também não receberemos as bênçãos de Deus.

“Por Deus! Fossem as pessoas saber aquilo que foi ocultado aos seus olhos e se
conscientizassem plenamente do oceano de graça que jaz oculto dentro desta ordem divina,
todos os povos do mundo ofereceriam tudo o que possuem a fim de serem mencionados por
Ele.” 94

Recusando-se a pagar o Ḥuqúqu’lláh ou gastando-o em outros interesses, não importa o


quanto possam ser caritativos, seria visto como uso incorreto de recursos que pertencem a Deus, e
um ato de desonestidade. As contribuições para instituições de caridade ou até mesmo outros
Fundos da Fé devem ser feitas depois de termos pago o Ḥuqúqu’lláh.

Há ainda outras advertências. Bahá’u’lláh afirma que: “Quem atende a este chamado
receberá os benefícios e quem deixa de fazê-lo prejudica a si mesmo.” 95

E ainda mais: “Suplicai a Deus – exaltada seja Sua glória – que capacite o povo a honrar
a obrigação do Ḥuqúq, pois se todos tivessem percebido a vantagem de tal ato e tivessem
desistido de reter o Direito de Deus, os amigos naquela região não teriam experimentado
privação alguma.” 96

Falando sobre os pobres e os ricos do mundo, Bahá’u’lláh faz outro alerta sobre reter o
pagamento de Ḥuqúq: “Dizei: Eu juro por Deus! Ninguém é desprezado aos olhos do Todo-
Poderoso por ser pobre. Antes, é ele exaltado, se for considerado entre os que são pacientes.
Abençoados são os pobres que são constantes na paciência, e infelizes os ricos que retêm o
Ḥuqúqu’lláh e deixam de observar aquilo que lhes é prescrito em Sua Epístola Preservada.”
97

Ele esclarece ainda que as pessoas que são ignorantes quanto ao significado do Ḥuqúq:
“Esforçam-se continuamente para acumular riquezas, por meios lícitos ou ilícitos, a fim de
transmiti-las aos seus herdeiros, e qual a vantagem disto ninguém sabe. Dizei: Neste dia, o
verdadeiro Herdeiro é a Palavra de Deus...” 98

Em outra epístola Ele diz:

“Quantas são as almas que, com o maior empenho e esforço, coletam um


punhado de bens terrenos e regozijam-se grandemente neste ato, enquanto que na
verdade a Pena do Altíssimo decretou esta riqueza para outros; isto é, não se destina

9 NT: Parece que há uma inversão na ordem dos atributos de Deus. Em inglês consta: “the Gracious, the
Bestower, the Generous, the Ancient of Days”, enquanto que em português os dois primeiros parecem
invertidos: “o Dadivoso, o Benévolo9, o Generoso, o Ancião dos Dias.”

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

a ser o quinhão deles, ou pode até cair nas mãos de seus inimigos! Buscamos abrigo
em Deus de tão evidente perda. A vida da pessoa é desperdiçada; dia e noite suporta-
se aborrecimento e a riqueza torna-se uma fonte de aflição. A maior parte da riqueza
dos homens não é pura. Fossem eles seguir aquilo que é revelado por Deus,
seguramente não seriam privados de Sua graça e em todas as circunstâncias estariam
protegidos por Sua generosidade e abençoados por Sua misericórdia.” 99

Bahá’u’lláh quer que ajamos com moderação em todos os momentos. Somos admoestados
a não gastar excessivamente no intuito de evitar o pagamento do Ḥuqúqu’lláh. Devemos agir com o
máximo de espiritualidade ao decidirmos quais são as nossas despesas essenciais. Ao mesmo
tempo, Ele nos aconselhou a que o pagamento do Ḥuqúqu’lláh não deveria nos causar tensão
financeira. Antes de pagá-lo, devemos nos assegurar de que foi provido o sustento de nossas
famílias, nossas dívidas estejam pagas e outras despesas essenciais (como o custo de um funeral)
tenham sido previstas. Os recursos para o pagamento do Ḥuqúqu'lláh provêm do excedente de nossa
riqueza.

“... Deus nunca desejou que aqueles empenhados em Seu serviço devessem
experimentar qualquer privação... O Direito de Deus deve ser pago sempre que possível
e deve ser oferecido em espírito de alegria e radiância. Aqueles que não tiverem
condições de pagar serão investidos com o ornamento do Seu perdão.” 100

Exercícios:

1. O que é uma bênção? __________________________________________________


2. Dê um exemplo de alguém agindo traiçoeiramente. ___________________________
_____________________________________________________________________
3. Dê um exemplo de se ser desonesto com relação ao Ḥuqúqu’lláh.
4. Qual é a admoestação de Deus para aqueles que são desonestos ao calcularem e ao
pagarem o Direito de Deus? _____________________________________________
_____________________________________________________________________
5. O que faríamos se estivéssemos conscientes da graça que está oculta na lei do
Ḥuqúqu’lláh? _________________________________________________________
_____________________________________________________________________

6. O que ocorreria numa região se todos parassem de reter o pagamento do Ḥuqúqu’lláh?


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
7. Como podem os bahá'ís ter certeza que eles serão protegidos e abençoados por Deus sob
todas as circunstâncias? ________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

8. O que acontece com aqueles amigos que não têm condições de pagar o
Ḥuqúqu’lláh?__________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Responda se a afirmativa é verdadeira ou falsa:

9. Deus não quer que os amigos que O servem enfrentem privações V F


10. Não existem consequências em se ser desonesto com o Ḥuqúqu’lláh. V F
11. Devemos contribuir para outros Fundos e para caridade antes de
calcular nosso Ḥuqúqu’lláh. V F

12. Se pagarmos o Ḥuqúqu’lláh trazemos benefícios para nós mesmos. V F

Complete as seguintes sentenças:


13. “Atentai, ó povo, para vos __________________ de tão grande bênção... Ò povo! Não
____________ o ____________________ nem _____________ livremente
_________________________. Assim se estabeleceu o Seu mandamento nas
Epístolas Sagradas, e neste Livro excelso.”
14. “Fossem ____________ saber aquilo que foi __________ aos seus _______ e se
________________________________ do _________________ que ____________
dentro desta ordem divina, todos os povos do mundo _____________
________________________ a fim de serem _________________ por Ele.”

15. A vida da pessoa é ______________; _____ e _______ suporta-se _______________ e


a _________ torna-se uma __________________. A maior parte da _________ dos
homens não é _______________________. Fossem eles
______________________________________________, seguramente __________
___________________________________________________________ e em todas
________________________________________________ por Sua generosidade e
_______________________________.”

16. “... Deus nunca desejou que aqueles ____________________________________


devessem experimentar ___________________... O Direito de Deus deve ser
__________________________ e deve ser oferecido ________________________ e
______________. Aqueles que não ________________________________ serão
___________ com o ____________ do _____________________.”

Seção 7 O Cálculo do Ḥuqúqu’lláh

“Sobre a questão do Ḥuqúq: ...o mesmo depende totalmente da boa vontade dos
próprios indivíduos... Quem quiser que o observe, e quem quiser que o desconsidere.
Verdadeiramente, teu Senhor é o Todo-Suficiente, o Todo-Louvado.” 101

30
EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

“Obtendo alguém cem mithqáls de ouro, dezenove deles pertencem a Deus e


serão entregues a Ele, o Formador da terra e do céu.” 102

“Toda quantia acrescida aos dezenove [mithqáls] está isenta do Ḥuqúq até que atinja
outros dezenove.” 103

“Portanto dezenove mithqáls são iguais a 69,191667 gramas. Uma onça troy é igual a
31,103486 gramas, por conseguinte, 19 mitháls são iguais a 2,224563 onças.” 104 (10)

Tudo o que um crente possui, com exceção de certos itens específicos, está sujeito uma vez,
e apenas uma vez, ao pagamento do Ḥuqúqu’lláh.

A. Os bens isentos de incidência do Ḥuqúqu’lláh são:

1. A residência e o mobiliário doméstico necessário.

2. Os equipamentos do local de serviço, necessários à execução do trabalho ou profissão,


que produzem renda para a subsistência da pessoa.

B. O pagamento do Ḥuqúqu’lláh é devido:

1. Assim que as posses da pessoa alcancem ou excedem o valor de 19 mithqáls de ouro.

a. A importância a ser paga é de 19 % do valor dos bens tributáveis.

b. O pagamento é devido sobre unidades inteiras de 19 mithqáls de ouro.

2. O Ḥuqúqu’lláh é pagável sobre unidades adicionais de 19 mithqáls de ouro quando,


depois de descontadas as despesas anuais, a nova soma dos bens eleva suficientemente
o valor do patrimônio tributável. Entre as despesas a serem deduzidas estão:

a. As despesas gerais para se viver.

b. Prejuízos e despesas tidas com a venda de bens.

c. Somas que são pagas ao Estado, tais como impostos e taxas.

3. Quando uma pessoa recebe uma herança, presente ou legado, o valor do mesmo deve
ser acrescido aos seus bens anteriores, aumentando assim o valor total, da mesma
maneira como ocorre anualmente com um superávit de renda em relação aos gastos.

4. Caso uma propriedade aumente de valor, o Ḥuqúqu’lláh não é pagável sobre este
aumento até que o mesmo seja realizado, isto é, até a venda da propriedade.

5. Caso os bens diminuam de valor, em virtude, por exemplo, das despesas anuais
excederem a renda auferida, o Ḥuqúqu’lláh somente incide após a recuperação do
prejuízo e ocorrendo um aumento do valor total dos bens tributáveis da pessoa.

10Onça é uma unidade de medida massa de origem inglesa. Troy é um sistema de unidades. Uma onça troy
é a quantidade de massa equivalente a 31,1 gramas.

31
EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

6. O pagamento de dívidas tem precedência sobre o pagamento do Ḥuqúqu’lláh.

7. O pagamento do Ḥuqúqu’lláh depende das condições financeiras que a pessoa tenha


para satisfazer suas obrigações.

8. Quando um crente vem a falecer, deve ser pago o Ḥuqúqu’lláh ainda devido sobre os
seus bens. Na determinação do valor dos bens sobre os quais ainda não foi pago o
Ḥuqúq, os seguintes abatimentos estão entre aqueles a serem feitos:

i. as despesas do enterro,
ii. as dívidas do falecido,
iii. a perda de valor dos bens quando vendidos e
iv. as despesas havidas com a venda dos bens.

C. Observações adicionais concernentes ao pagamento do Ḥuqúqu’lláh:

1. É deixado a critério do indivíduo decidir o que é “necessário” para si e sua família.

2. Embora sejam feitas referências a pagamentos anuais do Ḥuqúqu’lláh, a época e o


método de pagamento são deixados a critério do indivíduo. Não há, portanto, nenhuma
obrigação de liquidar apressadamente os bens a fim de cumprir com as obrigações
devidas ao Ḥuqúqu’lláh.

3. Marido e mulher estão livres para decidir se querem honrar de forma conjunta ou
separadamente as suas obrigações para com o Ḥuqúqu’lláh.

4. A conta do Ḥuqúqu’lláh deve ser mantida separada de outras contribuições, porquanto a


utilização dos fundos do Ḥuqúqu’lláh está sujeita à decisão da Autoridade Central da
Causa a Quem todos devem se volver, ao passo que a finalidade das contribuições para
outros fundos pode ser determinada pelos próprios contribuintes.

5. O pagamento do Ḥuqúqu’lláh tem prioridade em relação à contribuição para outros


fundos da Fé, assim como em relação aos custos de peregrinação. Entretanto, é deixado
a critério do crente, ao computar o valor do acréscimo anual aos seus bens a fim de
calcular o Ḥuqúqu’lláh que ele deverá pagar, de tratar ou não as suas contribuições para
os fundos da Fé como uma despesa.

Exercícios:

1. Quando se torna uma incumbência sagrada para um bahá’í pagar o Ḥuqúqu’lláh? _______
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
2. Pode um crente pagar o Direito de Deus ainda que não esteja obrigado a isso?________
_______________________________________________________________________
3. Quem decide o que é uma “despesa necessária”? _____________________________
_______________________________________________________________________

32
EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

4. Quais são alguns dos itens isentos de pagamento do Ḥuqúqu’lláh? _______________


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
5. Quantas vezes pagamos o Ḥuqúq em relação a uma determinada importância ou
propriedade?__________________________________________________________
6. Existem fórmulas fixas para calcular os detalhes do Ḥuqúq?
Explique_____________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
7. O Ḥuqúqu’lláh é destinado a ser uma adversidade para os amigos? ______________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
8. O que acontece com um bahá'í que é pobre e não pode pagar o Ḥuqúqu’lláh? ______
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
9. Quais são algumas das coisas que você considera despesas necessárias? ________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
10. Quais são algumas das despesas que você considera não serem necessárias e, portanto,
sujeitas ao pagamento de Ḥuqúqu’lláh? _____________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Seção 8 O Ḥuqúqu’lláh, as Contribuição aos Fundos e outras doações à Fé

“O pagamento do Ḥuqúqu’lláh é uma das obrigações espirituais essenciais do povo de


Bahá, que foi revelada no Livro Mais Sagrado pela Pena da Glória. Portanto, os amigos
devem separar a conta do Ḥuqúqu’lláh da de suas outras contribuições. Assim, devem
primeiro saldar suas obrigações concernentes ao Ḥuqúqu’lláh, então podem fazer
outras contribuições a seu próprio critério, porquanto a disposição dos fundos do
Ḥuqúqu’lláh está sujeita à decisão por parte da Autoridade na Causa a Quem todos
devem se volver, ao passo que os propósitos das contribuições a outros Fundos
podem ser determinados pelos próprios doadores.” 105

“Outrossim, a Antiga Beleza - magnificado seja o Seu louvor - afirmou que após o
estabelecimento da Casa Universal de Justiça seriam baixadas, neste contexto, as

33
EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

normas necessárias, em conformidade com aquilo designado por Deus, e que


ninguém, exceto a Autoridade à qual todos devem se volver, tem o direito de dispor
deste Fundo. Em outras palavras, qualquer parcela da riqueza da pessoa que for devida
ao Ḥuqúqu’lláh pertence ao Centro Mundial da Causa de Deus, não aos indivíduos
envolvidos.

“Portanto, os amigos não devem seguir sua própria vontade e julgamento ao utilizar
quaisquer importâncias destinadas ao Ḥuqúqu’lláh para qualquer outro propósito,
mesmo para contribuições caritativas da Fé.

“Sinceramente, esperamos que todos possam ter o privilégio de observar esta


obrigação sagrada e abençoada, que asseguraria a obtenção da verdadeira felicidade
e serviria para promover a execução de empreendimentos bahá'ís por todas as partes
do mundo.” 106

“As contribuições aos fundos da Fé não podem ser consideradas como parte do
pagamento de alguém ao Ḥuqúqu’lláh; além disso, se uma pessoa estiver devendo o
Ḥuqúqu’lláh e não tiver condições tanto de pagá-lo como também de fazer
contribuições ao Fundo, o pagamento do Ḥuqúqu’lláh deverá ter prioridade sobre as
contribuições. Mas quanto a se as contribuições ao Fundo podem ser consideradas
como despesas no cálculo do montante dos haveres da pessoa sobre os quais o
Ḥuqúqu’lláh é pagável, isto é deixado ao julgamento de cada indivíduo, à luz das suas
próprias circunstâncias.” 107

O pagamento do Ḥuqúqu’lláh, as contribuições para os Fundos Bahá’ís e outras doações


para a Fé são todos os maravilhosos frutos de nosso amor, devoção e entusiasmo por Bahá’u’lláh.
Há quatro diferenças principais entre eles:

1. O pagamento do Ḥuqúqu’lláh tem prioridade sobre todas as outras contribuições porque o


Ḥuqúqu’lláh pertence a Deus. Nossas contribuições para os Fundos devem ser feitas a partir
de nossas próprias posses e não do que pertence ao Senhor.

2. De acordo com o texto explícito do Kitáb-i-Aqdas, o pagamento do Ḥuqúqu’lláh é uma


incumbência sagrada sujeita a leis e ordenanças específicas, ao passo que as outras
contribuições e doações não são consideradas como uma lei. Contribuições são antes uma
indicação do sacrifício, generosidade, desprendimento e magnanimidade do contribuinte
que, em virtude do seu amor por Bahá’u’lláh, deseja ajudar a suprir as necessidades
materiais para o progresso da Fé de Deus.

3. O Ḥuqúqu’lláh é determinado meticulosamente através de um cálculo preciso, ao passo que


não há regras relacionadas com a frequência ou o montante da contribuição ou doação aos
fundos bahá´is.

4. O emprego do Ḥuqúqu’lláh é deixado a critério exclusivo da Autoridade Central da Fé a


Quem todos devem se volver, enquanto o uso de outras contribuições e doações pode
depender da finalidade para a qual foi destinada.

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

Exercícios:

1. Se o crente não pode pagar simultaneamente o Ḥuqúqu’lláh e também contribuir para os


fundos da Fé, qual dos dois tem a prioridade? ___________________________________
________________________________________________________________________
2. Quais são algumas das diferenças importantes entre o Ḥuqúqu’lláh e contribuições para os
fundos da Fé? ____________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
3. As contribuições aos fundos da Fé podem ser consideradas despesas necessárias para
efeito do cálculo do Ḥuqúqu’lláh? ____________________________________________
________________________________________________________________________

Complete as seguintes sentenças:

4. “Assim, devem primeiro ________ suas ____________ concernentes ao


_____________, então podem ______________________________ a seu próprio
__________, porquanto a ____________ dos fundos do _____________ está sujeita à
decisão por parte da _____________________ a Quem todos devem se volver, ao
passo que os ____________________________________ a outros ________ podem ser
_________________ pelos __________________________.”
5. “O pagamento do _____________ é uma das _____________________ _____________
do povo de Bahá, que foi _______________________________
_____________________ pela ________________.”
6. “Sinceramente, esperamos que _______ possam ter ______________ de __________
esta ____________________ e ____________, que _____________ a obtenção da
__________________________ e _____________________________ ___________ de
___________________________ por todas as partes do mundo.”

Seção 9 O Desenvolvimento da Instituição do Ḥuqúqu’lláh


Bahá’u’lláh recebeu Sua revelação em 1853. Vinte anos mais tarde, em 1873, em resposta
aos apelos dos amigos, Bahá’u’lláh revelou o Livro Mais Sagrado, o Kitáb-i-Aqdas, em que Ele deu
a Seus seguidores as leis e ordenanças de Deus para hoje. Tendo revelado o livro, Ele não o queria
enviar para os amigos. Ele o manteve por algum tempo. Nós não sabemos exatamente por quanto
tempo, mas poderia muito bem ter sido cerca de cinco anos. Ele, então, o enviou para a Pérsia (Irã),
onde a maioria dos Seus seguidores residia na época.

A lei do Ḥuqúqu’lláh foi revelada no Livro Mais Sagrado. Bahá’ú’lláh, no entanto, não tomou
providências para a recepção desta oferenda. Após a revelação do Kitáb-i-Aqdas, Ele esperou por
cinco anos e, finalmente, em 1878, autorizou o recebimento de Ḥuqúqu’lláh. Bahá’u’lláh recebeu o
Ḥuqúqu’lláh somente nos últimos 14 anos de Sua vida terrena. Muitas Epístolas de Bahá’u’lláh

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

mostram que Ele tinha plena consciência de como no passado se havia admitido que o dinheiro e a
riqueza material degradassem a religião. Ele preferiu que a Fé Bahá'í sacrificasse todas as
contribuições, Ḥuqúqu’lláh e outros benefícios materiais, em lugar de permitir que esses, no menor
grau, viessem a afetar a dignidade e a pureza da Fé. Em todos os momentos, esta é uma grande
lição para todos os bahá'ís e para todas as instituições bahá'ís.
No entanto, Bahá’u’lláh explica que o próprio Deus fez o progresso da Fé dependente de
meios materiais. Por isso, o amado Guardião disse que os fundos são o sangue vital da Causa. Na
medida em que os amigos se tornavam mais conscientes, Bahá’u’lláh permitiu que o Ḥuqúqu’lláh
fosse aceito, desde que o doador fizesse a oferta de boa vontade, com entusiasmo, alegria,
consciência e gratidão. Para receber o Ḥuqúqu’lláh, Bahá’u’lláh trouxe a existência uma das grandes
instituições da Fé Bahá'í, o Fideicomisso do Ḥuqúqu’lláh11.
O primeiro Fiduciário:
O primeiro a ser honrado com a nomeação como Fiduciário12 do Ḥuqúqu’lláh foi Jináb-i-Sháh
Muhammad, de Manshád (Irã) que foi nomeado por Bahá’u’lláh e mais tarde recebeu dEle o título de
Amínu’l-Bayán (Fiduciário do Bayán). Com grande dificuldade, privações e perigo, Jináb-i-Sháh
Muhammad empreendeu muitas viagens para levar as doações dos amigos para Bahá’u’lláh e suas
petições ao Sagrado Limiar e, de retorno, lhes trazer notícias e Epístolas de Bahá’u’lláh. Mais tarde,
Jináb-i-Sháh Muhammad designou Hájí Abdu’l-hasan-i-Ardikání como seu ajudante, com quem
viajou por toda parte servindo a Bahá’u’lláh.
O segundo Fiduciário:
Após o falecimento de Jináb-i-Sháh Muhammad, Bahá’u’lláh designou Jináb-i-hájí Abu'l-
hasan-i-Ardikání que foi, mais tarde, intitulado Amin (o de Confiança), ou Jináb-i-hájí Amin. Ele era
uma estrela brilhante que serviu a Fé por 47 anos com disposição e zelo. Ele não tinha bens
materiais, nem casa ou abrigo próprio. Sofreu aprisionamentos e outras dificuldades no caminho de
serviço, mas nunca se queixou. Viajava constantemente de uma cidade para outra e de uma casa
para outra, visitando e aconselhando os amigos e levando as suas ofertas para o Centro do Convênio
da Fé. Jináb-i-hájí serviu como Fiduciário do Ḥuqúqu’lláh por 11 anos durante o Ministério de
Bahá’u’lláh, todo o período de 29 anos do Ministério de ‘Abdu’l-Bahá e por 7 anos durante o Ministério
de Shoghi Effendi. Perto do fim de sua vida, ficou doente e fraco e confinado ao leito, vivendo na
casa de seu amigo e ajudante, Hájí Ghulam-Riza, que, de acordo com o desejo expresso de ‘Abdu’l-
Bahá, tinha sido nomeado para ser o sucessor de Jináb-i-hájí Amin como Fiduciário do Ḥuqúqu’lláh.
Após a sua morte, em 1928, Ḥájí Amin foi nomeado por Shoghi Effendi uma das Mãos da Causa de
Deus.
O terceiro Fiduciário:
O terceiro Fiduciário do Ḥuqúqu’lláh, Jináb-i-hájí Ghulam-Riza, foi nomeado por ‘Abdu’l-Bahá
e foi intitulado Amin-i-Amin (O de Confiança do Fiduciário)13. Ele exerceu esta posição por 11 anos
durante o Ministério do amado Guardião. Depois de se tornar um bahá'í, Jináb-i-Hájí Ghulam-Riza,

11 Fideicomisso: instituição pela qual um testador cede ao testamentário ou legatário apenas o usufruto dos
bens legados, impondo-lhe a obrigação de, por sua morte, transferí-los íntegros ao seu herdeiro legatário..
12 Fiduciário: que revela confiança; (Dicionário Pratico da Língua Portuguesa, Ed. Melhoramentos, 1995).
13 Amin-i-Amin: Amin é traduzido de acordo com o texto acima como “O de Confiança” ao mesmo tempo é

usado como título da pessoa responsável por receber em nome do Cabeça da Causa o pagamento de Ḥuqúq,
ou seja, o Fiduciário do Ḥuqúqu’lláh. Assim sendo, poderia ser também traduzido como “O Fiduciário do
Fiduciário”.

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

que provinha de uma família rica e bem conhecida de comerciantes de Teerã, mergulhou nas
atividades bahá'ís e, com a idade de 32, abandonou sua profissão para se dedicar plena e livremente
ao serviço da Fé. Sua casa era um centro para as reuniões dos amigos e para a administração dos
assuntos da Fé. Foi durante o seu Fideicomisso que os primeiros passos foram tomados para o
registro das propriedades e dotações bahá'ís no Irã. Ficou doente em 1939 e veio a falecer.
O quarto Fiduciário:
Shoghi Effendi, o Guardião da Fé, nomeou Jináb-i-Valíyu'lláh Varqá, o terceiro filho de Varqá,
o mártir, e irmão de Ruhu'llah-i-Varqá, como o quarto Fiduciário do Ḥuqúqu’lláh. Um dos privilégios
da vida para Jináb-i-Valíyu'lláh Varqá foi acompanhar o Mestre para a Europa e os Estados Unidos
como intérprete. Ele serviu a Fé em múltiplas capacidades e por 16 anos como o Fiduciário do
Ḥuqúqu’lláh. A fim de dedicar todo o seu tempo a essa tarefa sagrada, ele se demitiu do trabalho
onde se encontrava empregado. Durante o tempo em que serviu nessa posição, a observância da
lei de Ḥuqúqu’lláh foi difundida por todo o Irã, de modo que um número ainda maior dos amigos
cumpriu com as suas obrigações, oferecendo grandes somas e muitas propriedades à Fé. Em 1951,
Jináb-i-Valíyu'lláh Varqá foi nomeado por Shoghi Effendi como uma das Mãos da Causa de Deus.
Ele continuou seus serviços incansáveis para a Fé até novembro de 1955 quando ascendeu ao Reino
de Abhá.
O quinto Fiduciário:
No mesmo cabograma anunciando o falecimento de Valíyu’lláh Varqá, Shoghi Effendi
nomeou (em 1955) Dr. ‘Alí-Muhammad Varqá, o filho de Valíyu’lláh Varqá, como o quinto Fiduciário
do Ḥuqúqu’lláh e também como uma das Mãos da Causa de Deus. Sob a orientação da Casa
Universal de Justiça, Dr. Varqá levou a expansão da instituição do Ḥuqúqu’lláh a muitos países em
todos os continentes e ajudou os bahá’ís do mundo a ter uma compreensão melhor desta poderosa
lei.
Até 1992, a observância da lei do Ḥuqúqu’lláh se aplicava somente aos bahá’ís da Pérsia e
áreas circunjacentes. Seu cumprimento em escala mundial por todos os bahá’ís foi iniciado nesse
ano (1992). Durante diversos planos internacionais de ensino muitos bahá’ís deixaram a Pérsia para
ir a outros países como pioneiros, tornando necessário que Dr. Varqá designasse Vice-Fiduciários
nesses países situados além das fronteiras da Pérsia a fim de facilitar o pagamento do Ḥuqúq por
esses amigos. Gradualmente, bahá’ís em outros países tomaram conhecimento da lei do Ḥuqúqu’lláh
após a tradução das Sagradas Escrituras. Aqueles que estavam ansiosos de observar essa lei foram
encorajados, em seu lugar, a fazerem contribuições aos fundos da Fé, até a época quando a
aplicação universal da lei do Ḥuqúqu’lláh seria declarada pelo Centro de Autoridade da Fé.
A aplicação universal da Lei do Ḥuqúq´lláh
Em 1978/79, o Dr. Varqá, perguntou à Casa Universal de Justiça, se era chegado o tempo
para o estabelecimento do Ḥuqúqu’lláh em alguns dos outros países. A Casa Universal de Justiça
respondeu que o Ḥuqúqu’lláh é uma lei muito importante e seu estabelecimento requer tempo e
futura consulta. Em abril de 1984, durante a 75ª Convenção Nacional Bahá'í dos bahá'ís dos Estados
Unidos da América, centenas de bahá'ís assinaram um pergaminho solicitando à Casa Universal de
Justiça a que considerasse permitir que o estabelecimento da lei do Ḥuqúqu’lláh viesse a ser
universal. Em resposta, a Casa Universal de Justiça aprovou duas grandes metas para o Plano de
Seis Anos (1986-1992). Uma delas foi a tradução para o inglês, pela primeira vez, do Livro
Sacratíssimo - O Kitáb-i-Aqdas – e a outra meta foi a educação dos crentes em todo o mundo a
respeito da lei do Ḥuqúqu’lláh, preparando assim o caminho para o estabelecimento dessa lei através

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

do mundo bahá'í. Durante este período, apesar da lei ainda não ter se tornado universalmente
aplicável a todos os bahá'ís, se os amigos desejassem pagar o seu Ḥuqúq, foram permitidos de
assim fazê-lo.
Em antecipação à aplicação mundial da lei do Ḥuqúqu’lláh, o Escritório do Ḥuqúqu’lláh foi
estabelecido na Terra Santa em novembro de 1991, sob a direção do Fiduciário-Mór do Ḥuqúqu’lláh,
Dr. 'Alí-Muhammad Varqá. A Casa Universal de Justiça denominou esse fato de um "passo muito
significativo na evolução desta instituição sagrada." Em abril de 1991, a Casa Universal de Justiça
anunciou ao mundo bahá'í que a partir do Riḍván de 1992 (21 de abril de 1992), o início do Ano
Santo Bahá'í e o centésimo aniversário do falecimento de Bahá’u’lláh, a implementação da lei do
Ḥuqúqu’lláh se tornaria universal e os bahá'ís em todo o mundo eram carinhosamente convidados a
observá-la e a participar das bênçãos divinas desta poderosa lei.
O Corpo Internacional de Fiduciários do Ḥuqúqu´lláh
Agora, que a lei do Ḥuqúqu’lláh passara a vigorar para os bahá’ís tanto no Oriente como no
Ocidente e uma rede de Fiduciários e Representantes se estabelecia para servir aos fieis servos da
Abençoada Beleza em todas as partes da Terra, era chegado o momento para fortalecer ainda mais
essa “instituição sagrada”. Por ocasião do Riḍván de 2005, em sua mensagem dirigida aos bahá`ís
do mundo, a Casa Universal de Justiça anunciou:
“Decidimos que o momento é propício para estabelecer um Corpo Internacional de
Fiduciários do Ḥuqúqu’lláh para guiarem e supervisionarem o trabalho dos Corpos
Regionais e Nacionais de Fiduciários do Ḥuqúqu’lláh espalhados pelo mundo. Irá
funcionar em estreita colaboração com o Fiduciário-Mór, a Mão da Causa de Deus,
Dr. ‘Alí Muḥamad Varqá, podendo se beneficiar com o seu conhecimento e conselho
no desempenho dos seus deveres. Os três membros agora nomeados para o Corpo
Internacional de Fiduciários são Sally Foo, Ramin Khadem e Grant Kvalheim. A
duração de seu mandato será determinada em data posterior. Os membros do Corpo
não irão transferir a sua residência para a Terra Santa, mas no desempenho de suas
funções, se utilizarão dos serviços do Escritório do Ḥuqúqu’lláh no Centro
Mundial.”108
Por ocasião do falecimento do Dr. Varqá, ocorrido em 22 de setembro de 2007, após 52 anos
de serviço ininterrupto como Fiduciário-Mor do Ḥuqúqu’lláh, a lei havia tido um desenvolvimento
marcante e números crescentes de bahá’ís por todo o planeta a haviam abraçado, apoiados agora
por uma rede de Corpos Nacionais e Regionais de Fiduciários se estendendo por todo o mundo. O
progresso e desenvolvimento pelo qual a instituição passou, durante um período de tempo tão curto,
são sem precedentes e o exemplo demonstrado por Dr. Varqá servirá como um farol de guia para o
trabalho agora sendo levado avante sob a guia infalível do Corpo Supremo.
Dr. Varqá será sempre lembrado por suas qualidades singulares de humildade, delicadeza e
ilimitado amor para com todos. Nas palavras da Casa Universal de Justiça:
“... sua maneira de ser estava imbuída de uma delicadeza luminosa, uma bondade
genuína e uma dignidade natural, que se combinavam para refletir o caráter de uma
personalidade santa. Por essas características exemplares, ele será para sempre
lembrado.”109
Os Vice-Fiduciários e Representantes

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

Há agora Representantes dos Corpos de Fiduciários, ou dos Vice-Fiduciários onde um Corpo


ainda não tenha sido estabelecido, em quase todos os países do mundo. Esses Vice-Fiduciários e
Representantes compartilham com as Assembleias Espirituais Nacionais da responsabilidade de
educar todos os crentes nesta lei. A sua função é exercer:
“... a responsabilidade geral pela administração dos assuntos da instituição do
Ḥuqúqu’lláh em toda a área sob sua jurisdição, enquanto cada Vice-Fiduciário mantém
uma função de supervisão de seus Representantes e sobre a sua área designada de
jurisdição.” 110
Sob a orientação da Casa Universal de Justiça e da guia do Corpo Internacional de
Fiduciários, a sagrada instituição do Ḥuqúqu’lláh irá testemunhar uma expansão cada vez maior, a
fim de atender as necessidades de uma comunidade mundial bahá’í em rápida expansão.

Exercícios

1. Em que ano Bahá’u’lláh revelou lei do Ḥuqúq? ________________________________


2. Quando foi que Ele autorizou o recebimento do Ḥuqúq? _________________________
3. Por que Bahá’u’lláh não estava ansioso em autorizar os bahá'ís a pagarem seu Ḥuqúq?
______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
4. Quem nomeou o primeiro Fiduciário do Ḥuqúqu’lláh? ____________________________
5. Quem nomeou o segundo Fiduciário do Ḥuqúqu’lláh? ____________________________
6. Que nomeou o terceiro Fiduciário do Ḥuqúqu’lláh? ______________________________
7. Quem nomeou o quarto e quinto Fiduciário do Ḥuqúqu’lláh? ______________________
8. Quando foi nomeado o Corpo Internacional de Fiduciários? _______________________
9. Como é o Corpo Internacional de Fiduciários representado em cada país? ___________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
10. Quem tem a responsabilidade principal pela educação dos crentes nesta lei?_________
_______________________________________________________________________
11. Quando é que o estabelecimento do Ḥuqúqu’lláh se tornou universal? ______________
_______________________________________________________________________
12. Quem decidiu que a aplicação do Ḥuqúq deveria ser universal? ___________________
_______________________________________________________________________
13. Por que a Casa Universal de Justiça esperou tanto tempo antes que ela tornasse o
Ḥuqúqu’lláh aplicável a todos os bahá'ís em todo o mundo? _______________________
_______________________________________________________________________

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

Seção 10 A Administração do Ḥuqúqu’lláh


“Existe uma norma prescrita para o Ḥuqúqu’lláh. Depois que a Casa de Justiça
estiver em existência, a lei do mesmo se tornará manifesta, em conformidade com a
Vontade de Deus.” 111

Quem recebe os pagamentos de Ḥuqúqu’lláh?

“É o mando obrigatório de Deus que em toda localidade, tudo aquilo que foi
ou será colocado à disposição para o Ḥuqúqu’lláh, deva ser submetido à Sua Santa
Presença.” 112

“O Ḥuqúqu’lláh é pago ao Centro da Causa.” 113

A Autoridade Central da Fé sempre recebe os pagamentos de Ḥuqúqu’lláh. Depois do


falecimento de Bahá’u’lláh, o Ḥuqúqu’lláh foi enviado para ‘Abdu’l-Bahá. Quando ‘Abdu’l-Bahá
faleceu, o amado Guardião, Shoghi Effendi, o recebeu. Hoje, a Autoridade Central da Fé é a Casa
Universal de Justiça a quem todos os pagamentos de Ḥuqúqu’lláh são enviados.

Sobre o recebimento do Ḥuqúqu’lláh

“Os pagamentos para o Ḥuqúqu’lláh não podem ser entregues a qualquer


pessoa. Estas palavras foram proferidas por Ele, Quem é a Verdade soberana. O
Ḥuqúqu’lláh deve ser mantido sob a custódia de indivíduos de confiança e
encaminhado à Sua santa corte através dos Fiduciários de Deus.” 114

Bahá'u'lláh designou alguns bahá'ís para servir a Causa como Fiduciários do Ḥuqúqu’lláh. O
Fiduciário recolhia os pagamentos de Ḥuqúqu’lláh e os enviava a Bahá’u’lláh. ‘Abdu’l-Bahá e Shoghi
Effendi também nomearam Fiduciários do Ḥuqúq. Hoje, o Corpo Internacional de Fiduciários do
Ḥuqúqu’lláh é designado pela Casa Universal de Justiça.

A lei do Ḥuqúqu’lláh tornou-se universalmente aplicável a todos os bahá'ís em 1992, quando


a Casa Universal de Justiça convidou todos os bahá'ís através do mundo para observá-la. Como
mais e mais bahá'ís observavam a lei do Ḥuqúqu’lláh e de modo a facilitar as oferendas de
Ḥuqúqu’lláh pelos amigos em todas as partes, a Casa Universal de Justiça solicitou ao Dr. Varqá
para designar, sempre que aconselhável, Vice-Fiduciários para o Ḥuqúqu’lláh. Por sua vez, os Vice-
Fiduciários também têm nomeado em geral um indivíduo em quase cada país como Representante
do Ḥuqúqu’lláh para aquele país. Agora, existe uma rede de Corpos de Vice -Fiduciários do
Ḥuqúqu’lláh ao redor do mundo que coordenam as atividades desta instituição por toda a sua
jurisdição.

Essas pessoas de confiança recebem os pagamentos de Ḥuqúqu’lláh dos amigos e, através


dos canais administrativos, os enviam para a Casa Universal de Justiça. O Ḥuqúqu’lláh também pode
ser pago diretamente ao Centro Mundial Bahá'í. Assembléias Espirituais Nacionais também podem
receber o Ḥuqúqu’lláh e transferi-lo para a Casa Universal de Justiça.

Disposição do Ḥuqúqu’lláh

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

“A disposição do Ḥuqúq, em todo ou em parte, é permissível, mas isto deve ser feito
com a permissão da autoridade na Causa à qual todos devem se volver.” 115

“‘Existe uma norma prescrita para o Ḥuqúqu’lláh. Depois que a Casa de Justiça estiver
em existência, a lei do mesmo se tornará manifesta, em conformidade com a Vontade
de Deus. De acordo com estes textos explícitos, está claramente dentro da jurisdição
da Casa Universal de Justiça decidir sobre o recebimento e desembolso do
Ḥuqúqu’lláh atualmente.” 116

Ao contribuirmos para os vários Fundos da Fé, conforme será detalhado na Unidade 3,


podemos designar nossas contribuições para fins específicos. O Ḥuqúqu’lláh é diferente. Ele
pertence a Deus e não podemos decidir como deva ser despendido. O Ḥuqúqu’lláh é tão somente
recebido e utilizado pela Autoridade Central da Fé. A Casa Universal de Justiça recebe os
pagamentos de Ḥuqúqu’lláh e os utiliza “... para ser despendido no amparo aos pobres, aos
incapacitados, aos necessitados e aos órfãos, e para outras necessidades vitais da Causa de
Deus...” 117

Exercícios

1. Quem pode receber nossos pagamentos de Ḥuqúqu’lláh? ______________________


_____________________________________________________________________
2. Hoje em dia, quem é a Autoridade Central da Fé? ____________________________
_____________________________________________________________________
3. Quem decide como o Ḥuqúqu’lláh deve ser despendido? _______________________
_____________________________________________________________________
4. Em que o Ḥuqúqu’lláh pode ser despendido? ________________________________
_____________________________________________________________________
5. Por que não podemos especificar a finalidade dos nossos pagamentos de Ḥuqúqu’lláh?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
6. Por que a Fé necessita receber o Ḥuqúqu’lláh? ______________________________
_____________________________________________________________________
7. Quem é o Vice-Fiduciário e/ou Representante de seu estado ou região?___________
_____________________________________________________________________

Complete as seguintes sentenças:

8. “É o ___________________ de Deus que em toda ____________, tudo aquilo que foi


ou será ___________ à _____________ para o _____________, deva ser submetido à
_____________________________.” 118

41
EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

9. “O ________________ deve ser mantido ______________________________


_____________________ e encaminhado à __________________ através dos
______________________.” 119
10. “_________________ do Ḥuqúq, __________ ou _____________, é __________, mas
isto deve ser feito ______________________da ________________ na________ à qual
todos devem se volver.” 120

Seção 11 Algumas Histórias a Respeito do Ḥuqúqu’lláh

Somos encorajados a pagar o nosso Ḥuqúqu’lláh antes de virmos a falecer, já que isso nos
libera para avançar para os próximos mundos sem ter dívidas para com Deus. Se não honramos
nossas dívidas para com Deus, caberá a nossas famílias liquidá-las em nosso nome. A seguir se
encontra uma história que relata a dedicação de uma senhora à Fé e sua determinação em cumprir
com sua obrigação para com o Ḥuqúqu’lláh antes de falecer.

Da Rússia com Amor


Foi ‘Abdu’l-Bahá que solicitou por pioneiros para levar a fé aos povos dos estados do império
do Czar da Rússia. Muitas almas declararam sua fé em Bahá’u’lláh e de fato a primeira Casa de
Adoração Bahá’í foi construída no Turcomenistão, em Asgabate (‘Ishqábád), Rússia.
Em seguida, o Partido Comunista chegou ao poder na Rússia e atividades religiosas foram
severamente restringidas na União Soviética. O Templo Bahá’í foi confiscado e por mais de 70 anos
continuou a ser ilegal para os bahá'ís realizar reuniões ou participar da ordem administrativa. A
grande maioria dos bahá’ís soviéticos foi isolada do corpo principal de seus companheiros de crença
e do Centro Mundial. Era perigoso para os crentes nativos serem contatados por aqueles poucos
viajantes bahá’ís que foram capazes de entrar na União Soviética.
Então, no final da década de 1980, um por um, os regimes comunistas do bloco soviético
começaram de repente a cair. A Casa Universal de Justiça foi capaz de encontrar os crentes que
ainda restavam. Instrutores viajantes bahá'ís visitaram a Rússia. Um dia, para sua grande surpresa,
um grupo desses instrutores viajantes, reunidos para fazer uma refeição em um restaurante, ficou
sabendo que o nome de sua garçonete era Táhirih – o nome de uma das Letras dos Viventes, assim
designadas pelo Báb.
Perguntaram-lhe como ela tinha conseguido o seu nome, e souberam que sua avó o havia
dado a ela. Perguntas adicionais revelaram que, apesar de frágil e de cama, a velha senhora ainda
estava viva.
Quando o restaurante fechou, Táhirih levou os ansiosos instrutores viajantes até sua casa
para conhecer a avó e ao se encontrarem com ela, descobriram, para sua grande alegria, que ela
era de fato uma bahá’í. Os únicos bens que lhe haviam restado eram um livro de oração bahá’í,
escuro em virtude do tempo e uso diário, que ela mantinha sob seu travesseiro, e um saco de dinheiro
debaixo de sua cama.
O saco ela deu aos instrutores viajantes, contando que o dinheiro era seu Ḥuqúqu’lláh que
ela havia guardado durante todos os anos em que havia se encontrado desligada do Centro do
Convênio. Disse que havia esperado pacientemente pela chegada do dia quando ela o pudesse
enviar ao Centro Mundial e agora que o havia feito, podia morrer feliz.

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A alegria sentida na ocasião por todos os envolvidos bem pode ser imaginada, pois a velha
senhora teve a profunda satisfação de cumprir com sua obrigação espiritual.
Essa história real ilustra a perseverança, firmeza e dedicação de que nós bahá’ís somos
capazes de alcançar.

Honestidade e senso de dever ao lidar com o Ḥuqúqu’lláh


É nos dito para sermos honestos quando se lida com o Ḥuqúqu’lláh e para estarmos ansiosos
em observar esta poderosa lei. A história a seguir mostra a integridade de um bahá'í em seus
negócios e a urgência que sentia em pagar seu Ḥuqúqu’lláh.
Antes de sair como pioneiro para Uganda, na África, o Sr. Músá Banani era um rico homem
de negócios. Mais tarde, ele foi nomeado pelo amado Guardião, Shoghi Effendi, como Mão da Causa
de Deus. Kamál, um bahá'í, que trabalhava para o Sr. Banani, lembrou esta história interessante.
O Sr. Banani decidiu vender uma propriedade muito valiosa em uma das melhores
localizações de Shimrán, e dois homens vieram vê-lo a esse respeito. Eles foram informados do
preço e disseram que estavam interessados em comprar o lugar, mas não tinham dinheiro suficiente
em mãos. Solicitaram que o Sr. Banani não vendesse a terra a qualquer outra pessoa pelo prazo de
um mês, durante esse tempo eles esperavam poder providenciar o dinheiro. Sr. Banani aceitou seu
pedido e fez uma anotação da data, dizendo que se eles não fossem capazes de comprar o lugar,
naquele dia, ele iria oferecê-lo a outra pessoa. Este acordo foi verbal e nada foi colocado no papel.
Algum tempo se passou e nada mais se ouviu falar dos dois homens. Então, um dia veio outra
pessoa para comprar a mesma propriedade. O Sr. Banani contou-lhe de sua promessa aos primeiros
interessados, mas o homem disse que estava disposto a pagar o dobro da quantia que os outros
iriam pagar, e que ele havia trazido todo o montante de dinheiro com ele. Kamál ficou bastante
animado e estava ansioso para ver o Sr. Banani aceitar o acordo, argumentando que essa
oportunidade não deveria ser perdida. Ele argumentou que se os primeiros interessados tivessem
intenções sérias a respeito da compra do imóvel, teriam contatado o Sr. Banani novamente. Mas o
Sr. Banani disse que ele não poderia quebrar sua promessa. Se não aparecessem ao final do mês
que haviam acordado, então, sim, ele estaria livre para vender sua propriedade para outra pessoa.
O cliente foi embora decepcionado, mas voltou no dia mesmo em que o mês findava. Kamál
recebeu-o ansiosamente, esperando que o Sr. Banani começasse a assinar os títulos de
propriedade. "Mas o dia ainda não acabou", disse Sr. Banani. "Os homens podem aparecer a
qualquer momento. Temos que esperar até pôr do sol." O cliente partiu mais uma vez e retornou à
noite. Sr. Banani então disse a Kamál, "Eu acho que você deve telefonar para os homens e perguntar-
lhes o que eles decidiram fazer, é possível que eles possam ter esquecido a data." Kamál telefonou
e recebeu a sua resposta. Eles sentiam muito que não tivessem podido conseguir o dinheiro.
Os títulos de propriedade estavam agora assinados, a propriedade vendida e o dinheiro
recebido. Quando o cliente finalmente havia partido, era bem tarde, mas o Sr. Banani disse para
Kamál, “Por favor, vá e contrate uma carruagem para nos levar para a cidade. Eu tenho que ir até a
casa de Varqá para pagar o Ḥuqúqu’lláh sobre o dinheiro que acabo de receber.” “Mas você
certamente pode pagar o Ḥuqúqu’lláh amanhã de manhã", disse Kamál. O Sr. Banani o fitou sério e
disse: “Você pode me dar a garantia de que não vou morrer durante a noite?” Kamal, um bom bahá'í
ele mesmo, ficou bastante tocado com esta observação. “Vou buscar a carruagem imediatamente",
disse ele.

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Exercícios

1. Por que você acha que é importante liquidar a nossa dívida para com Deus antes de
morrermos? __________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2. Se não tivermos liquidado esta dívida, o que acontecerá? ______________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. Nas histórias, o que mais o impressiona? ___________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Poder receber as bênçãos da obediência à Lei do Direito de Deus

Pouco tempo após o amoroso convite feito pela Casa Universal de Justiça, informando que a
Lei do Ḥuqúqu’lláh passava a ter aplicação universal, uma família no continente africano manifestou
o seu anseio por cumprir esta sagrada determinação. Após efetuarem as contas, descobriram,
porém, que não dispunham de posses suficientes para caracterizar a necessidade do cumprimento
da Lei. Uma vez que não queriam se privar de atender a este tão nobre convite, e ansiosos por
merecer as bênçãos que acompanham tal ação, tomaram a decisão de pagar certa quantia a título
de Ḥuqúq.

O marido se dirigiu ao representante do Ḥuqúqu’lláh e ofereceu o pagamento. O


Representante, no entanto, agindo de acordo com o seu próprio entendimento e ciente da difícil
situação financeira que aquela família vinha enfrentando, recusou-se a receber a oferta, encorajando
o homem a guardar a quantia, pois, devido às suas circunstâncias, o mesmo se encontrava isento,
no momento, de observar este mandamento.

O homem partiu triste e com o coração despedaçado, pois, apesar das privações pelas quais
sua família vinha passando, acreditava que a maior privação é deixar de atender a um chamado
divino, e que eles não mais viriam a ser recipientes das tantas bênçãos prometidas para os que
observam o Direito de Deus.

Após alguns meses, ele voltou a visitar o Representante, oferecendo, com alegria e regozijo,
o seu pagamento do Ḥuqúqu’lláh. Em seguida, explicou que o anseio por participar das bênçãos
que o pagamento do Direito de Deus nos aufere, fez com que sua família fizesse uma detalhada
revisão da sua situação financeira, efetuando certas mudanças nos gastos rotineiros, na esperança

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de que pudesse efetuar o pagamento o mais depressa possível. Ele acrescentou que mais membros
de sua família estavam agora trabalhando e contou as mudanças que efetuaram nos hábitos de
consumo. “Agora”, finalizou, “decorridos seis meses, encontramo-nos melhor financeiramente, temos
conseguido economizar e estamos aptos a realizar o pagamento do Ḥuqúq. É com júbilo que
efetuamos este primeiro pagamento.”

Simplicidade e Constância

No Irã, perto da cidade de Esfahan, existe uma aldeia chamada Najáf’abád. As primeiras
famílias bahá’ís desta localidade remontam aos dias iniciais da história da Fé. A maior parte destes
seguidores era constituída por prósperos agricultores, cujo principal plantio era o de amendoins.

Naquela época não havia muitas aldeias no Irã cujos habitantes soubessem ler e escrever.
Desta forma, o cálculo do Ḥuqúqu’lláh era um tanto complicado para aquelas pessoas. A fim de
contornar esta dificuldade, eles desenvolveram um interessante sistema de cálculo: cada décima-
nona planta de suas plantações era marcada e destinada ao Ḥuqúqu’lláh. Quando os amendoins
estavam prontos para a colheita, eles separavam os frutos das plantas marcadas e os vendiam
separadamente, enviando a quantia recebida à Terra Santa como pagamento do Direito de Deus.

Além disso, amarravam cordas ao redor dos galhos mais carregados de diversas outras
plantas, sendo o produto destes galhos doado voluntariamente aos diversos Fundos da Fé.

Parcimônia nos Gastos

Hájí Amin era o Fiduciário de Bahá’u’lláh. O reconhecimento da posição de Bahá’u’lláh e da


grandeza da Causa de Deus causou uma poderosa transformação na vida de Ḥájí Amin. Tão
completa era esta transformação, que é muito difícil, senão impossível, tentar entender a
profundidade de sua dedicação ao seu Senhor. Ele teve uma vida total e completamente dedicada
ao Seu serviço. Desprendimento das coisas mundanas, completo sacrifício de si mesmo e serviço
ininterrupto à Causa da Abençoada Beleza estavam entre as maiores qualidade de Ḥájí Amin. Ele
não guardava um centavo sequer para si mesmo; fazia também todo o esforço possível para
transmitir aos seus irmãos de fé, por palavras e ações, que a mais meritória realização humana é
oferecer tudo o que possui – seu tempo, seu trabalho, seus bens e, até mesmo, sua vida no caminho
do Bem Amado.
Sendo o Fiduciário de Bahá’u’lláh, Hají Amin era a pessoa que recebia as contribuições dos
amigos. Durante os dias de Bahá’u’lláh, a maioria dos seguidores na Pérsia eram pobres e alguns,
até mesmo, necessitados, mas quando Hájí os visitava, eles quase sempre haviam conseguido
economizar com sacrifício pequenas somas de dinheiro e ofereciam com alegria para a Causa de
Deus. Durante sua longa e movimentada vida, Hají Amin era uma fonte de inspiração e amorosa guia
para todos os bahá’ís.
Não gostava de extravagâncias, visto que diminuíam a capacidade dos amigos em
contribuírem para a Causa. Ele era tão alheio a extravagâncias que, quando os amigos o convidavam
para jantar, eles sabiam que Hájí Amin se entristecia se fosse recebido prodigamente, com várias
comidas na mesa. Ele insistia para que fosse servido somente um prato. Muitas vezes pedia ao
anfitrião que adicionasse apenas um pouco mais de água à panela pela sua parte na comida. Esta
receita sua de multiplicação da sopa, é amplamente conhecida entre os bahá’ís da Pérsia como a
“sopa de Hájí Amin”

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Amor e Sacrifício

E. K. era um grande erudito e um bahá’í maravilhoso. A Assembleia Nacional do Irã havia


solicitado que devotasse todo o seu tempo para servir a Fé. Ele passava o seu tempo escrevendo
livros e aprofundando os bahá’ís, especialmente os jovens. Como ele não tinha nenhuma renda
pessoal aceitava uma pequena ajuda mensal do Fundo Nacional.

Kazim, que era um dos estudantes que frequentemente ia a sua casa para ajudá-lo em seu
trabalho, notou que antes de usar o dinheiro para suas necessidades, ele primeiro separava
dezenove por cento da ajuda que recebia para destinar ao pagamento do Ḥuqúqu’lláh. Kazim estava
surpreso, porque sabia que essa era a única fonte de renda daquele bahá´i e o valor que recebia
dificilmente supria as necessidades do seu professor, por isso resolveu perguntar-lhe: “O senhor
sempre nos ensinou a respeito do Ḥuqúqu’lláh e nos disse que o Ḥuqúqu’lláh somente era devido
por aquele que tem lucros em seus ganhos. Como, então, o senhor destina uma parte de seus
recursos ao Ḥuqúqu’lláh, quando tem tão pouco para viver?”
“Meu filho”, respondeu o professor, “você acredita que o valor que eu utilizo para viver,
pertence a mim? Esta parte também por justiça pertence a Deus. É dEle o recurso que eu estou
gastando e o pouco que devolvo a Ele, é só para aplacar a minha própria consciência.”
Kazim, então, percebeu que os amantes verdadeiros não estão presos aos padrões de
prudência comumente considerados. A medida do seu sacrifício não tem limites.

Oferecer como Sinal de Gratidão

Um médico que havia declarado sua fé em Bahá’u’lláh há apenas dois dias participava em
uma reunião. Ao final do encontro, uma Epístola de Bahá’u’lláh onde Ele declara: “Está claro e
evidente que o pagamento do Direito de Deus é conducente à prosperidade, à benção, à honra
e à proteção divina...” foi distribuída aos amigos. Ao receber sua cópia, este entusiasmado bahá’í
falou aos amigos de como se sentia feliz em estar participando da reunião e por ter recebido estas
palavras de Deus, que ele acreditava serem fatos da vida que deviam ser do conhecimento de todos.
Ele continuou dizendo que, na localidade onde residia na Índia, era costume que o filho desse
o seu primeiro salário à sua mãe, como um sinal de gratidão, tendo certeza de que este ato iria atrair
prosperidade, graças e bênçãos. Ele confirmou que tinha experimentado pessoalmente este
privilégio e tinha sido agraciado com bênçãos incríveis em sua vida. Depois concluiu que, se o ato
de oferecer à mãe o primeiro salário, em sinal de gratidão, é conducente a bênçãos, graças e
prosperidade, imaginem o quanto mais a pessoa não receberá, quando entregar a Deus o que é Seu
direito!
Este relato doce, sincero e espontâneo, de uma pessoa que era bahá’í por apenas dois dias,
elevou a atmosfera espiritual da reunião gerando grande alegria e inspiração.

Exercício

Conclua esta Unidade, escrevendo algumas linhas sobre um ato de desprendimento das coisas
materiais que você tenha oferecido para o progresso da Causa de Deus.
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

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_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

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UNIDADE 3- A Contribuição aos Fundos


A importância do apoio material à Causa de Deus

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Seção 1 A Participação de Cada Bahá´i

Nas unidades anteriores aprendemos que, como bahá'ís, nós temos o privilégio de contribuir
para a construção do Reino de Deus na terra. A Casa Universal de Justiça em sua mensagem de
setembro de 1964 explica o esforço a ser desempenhado por cada indivíduo bahá'í na construção
do Reino Divino. Esta mensagem nos diz que o desenvolvimento saudável da Causa requer:

“... o esforço dedicado de cada crente em ensinar a Fé, em viver a vida Bahá’í, em
contribuir aos Fundos e particularmente em se esforçar continuamente para
compreender cada vez mais a significação da Revelação de Bahá’u’lláh.” 121

Exercícios

1. Neste parágrafo a Casa Universal de Justiça menciona quatro tarefas mínimas que cada
bahá’í pode fazer. Quais são?
a. __________________________________________________________________
b. __________________________________________________________________
c. __________________________________________________________________
d. __________________________________________________________________

2. O que significa “se esforçar continuamente para compreender cada vez mais a
significação da Revelação de Bahá’u’lláh”? _______________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. O que é aprofundamento? _______________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Nas seguintes palavras da mesma mensagem, a Casa Universal de Justiça passa a explicar
o que se requer de cada crente:

“No corpo humano, cada célula, cada órgão e cada nervo têm o seu papel a
desempenhar. Quando todos assim o fazem, o corpo está saudável, vigoroso, radiante
e pronto para atender a qualquer demanda. Nenhuma célula por mais humilde que seja,
vive separada do corpo, seja para servi-lo ou ser por ele servida. Isto é verdade
tratando-se do corpo da humanidade no qual Deus ‘dotou cada ser humilde de talento
e habilidade’ e é supremamente verdadeiro tratando-se do corpo da comunidade

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mundial bahá’í, sendo que este corpo já é um organismo, unido em suas aspirações,
unificado nos seus métodos, buscando ajuda e confirmação da mesma Fonte e
iluminado com o conhecimento consciente de sua unidade. Portanto neste corpo
orgânico divinamente guiado, abençoado e iluminado, a participação de cada crente, é
de extrema importância, e é uma fonte de poder e vitalidade ainda desconhecida por
nós.” 122 (14)

Exercícios

1. Quando o corpo humano está saudável, vigoroso e radiante? ___________________


_____________________________________________________________________
2. Pode alguma célula viver separada do corpo? _______________________________
3. Pode alguma pessoa viver separada do corpo da humanidade? _________________
4. Pode algum bahá’í viver separado do corpo da comunidade mundial bahá’í? _______
5. Complete a seguinte frase: “... este corpo já é um __________________, unido em suas
_________________, unificado nos seus ____________________, buscando
_____________ e ________________ da mesma Fonte e iluminado com o
conhecimento _____________________ de sua unidade.” 123

6. O que é de suma importância ao corpo da comunidade mundial bahá'í? ___________


_____________________________________________________________________
7. Por que a participação de cada bahá’í é de suprema importância? _______________
_____________________________________________________________________
8. O que é uma fonte de poder na Fé? _______________________________________
_____________________________________________________________________

Ainda na mesma mensagem, a Casa Universal de Justiça diz:

“Além de ensinar, cada crente pode também orar. Cada crente pode se esforçar
‘espelhando em sua vida íntima e com seu próprio caráter os múltiplos aspectos do
esplendor que emana daqueles eternos princípios que foram proclamados por
Bahá’u’lláh. Cada crente pode contribuir aos Fundos. Nem todos os bahá’ís podem dar
palestras públicas, nem todos são chamados para servirem nas instituições
administrativas. Mas, todos podem orar, ter sua própria batalha espiritual, e contribuir
ao Fundo, Se cada crente cumprir estes deveres sagrados, ficaremos admirados com
o aumento da força resultante no corpo inteiro, o qual por sua vez causará maior
crescimento e o derramamento de mais bênçãos sobre todos nós.” 124

14 NT: Parcialmente retraduzido.

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Exercícios

1. O que cada indivíduo bahá’í pode fazer além de ensinar? ______________________


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2. O que cada indivíduo bahá’í pode fazer além de ensinar e orar? _________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. O que cada indivíduo bahá’í pode fazer além de ensinar e ter suas próprias batalhas
espirituais? ___________________________________________________________
4. Deve cada bahá’í contribuir ao Fundo? _____________________________________
5. O que ocorrerá se cada bahá’í realizar estes deveres sagrados? _________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
No último parágrafo da mesma mensagem a Casa Universal de Justiça diz:
“O verdadeiro segredo da participação universal jaz oculto no desejo do Mestre, tão
frequentemente expresso por Ele, de que os amigos deveriam amar uns aos outros,
encorajar constantemente uns aos outros, trabalharem juntos e ser como uma só alma
num só corpo, transformando-se assim num verdadeiro corpo orgânico e são, animado
e iluminado pelo espírito. Em tal corpo todos receberão saúde espiritual e vitalidade do
próprio organismo e as mais perfeitas flores e frutos serão produzidos.” 125

1. De acordo com o desejo expresso pelo Mestre, qual o verdadeiro segredo da participação
universal?
a. __________________________________________________________________
b. __________________________________________________________________
c. __________________________________________________________________
d. __________________________________________________________________
2. Um corpo saudável é animado pelo espírito. Quando o corpo funciona bem o espírito pode
se manifestar melhor.
a. Devem as partes do corpo cooperar entre si para que haja o funcionamento correto?
__________________________________________________________________
b. Poderia um corpo funcionar corretamente se o seu estômago se recusar a digerir os
alimentos que o corpo necessita? _______________________________________
c. Os diferentes órgãos do seu corpo lutam entre si? __________________________
d. Seu corpo todo é afetado se uma parte dele está enferma? ___________________
e. Pode seu corpo ser forte e cheio de vitalidade se não existir harmonia e cooperação entre
os diferentes órgãos? __________________________________

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f. Pode uma determinada célula de seu corpo cumprir sua finalidade, sem dar algo para o
corpo? ____________________________________________________________
g. Quando seu corpo está em harmonia? ___________________________________
h. Quando a comunidade bahá’í está em harmonia? __________________________
__________________________________________________________________
i. Devem os bahá’ís cooperar uns com os outros para que a comunidade bahá’í possa
funcionar apropriadamente? ___________________________________________
j. Devem os bahá’ís da comunidade lutar entre si?___________________________
k. Toda a comunidade bahá’í é afetada se um indivíduo está triste ou é negativo?___
__________________________________________________________________
l. A comunidade baha'i pode ser forte e vibrante se não existem harmonia e cooperação
entre os seus membros? ______________________________________________
m. Pode um bahá'í cumprir seu propósito espiritual sem participar na vida da comunidade?
__________________________________________________________________
n. Pode um bahá'í cumprir o seu propósito espiritual sem contribuir para o Fundo?
__________________________________________________________________
o. Todos os órgãos da comunidade baha'i precisam ser unidos e ativos para que a
comunidade possa funcionar corretamente. A comunidade pode ser saudável se o Fundo
não puder sustentar as atividades bahá'ís? __________________________
p. A atividade do corpo humano é mantida unida por um fluxo contínuo de sangue fresco.
Qual é o sangue vital da comunidade mundial bahá'í? ______________________
__________________________________________________________________

Seção 2 Características do Fundo Bahá’í

Agora vamos estudar algumas características do Fundo Bahá’í

1. O que significa a palavra “característica”? ___________________________________


_____________________________________________________________________
2. Liste as características que você acha que o Fundo Bahá'í tem:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

Agora, vamos descobrir algumas das características do Fundo, que são definidas nas
citações das Escrituras Bahá'ís.

1. Quem pode contribuir ao fundo bahá’í?

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"Contribuir ao Fundo é um serviço que todo crente pode prestar, seja pobre ou seja
rico.”126

“A espinha dorsal do Fundo deve ser as contribuições regulares de cada bahá’í.” 127

2. A contribuição ao Fundo é um dever sagrado e espiritual?

“É a sagrada obrigação de todo consciente e fiel servo de Bahá’u’lláh que deseja ver
o avanço de Sua Causa, contribuir livre e generosamente para o crescimento desse
Fundo.” 128

“É esta a sua responsabilidade espiritual na qual a quantia doada não é importante.”


129

3. É suficiente contribuir pequenas quantidades para o Fundo ou devemos contribuir o máximo


possível?

“Todos os amigos de Deus... deveriam contribuir na medida em que lhes seja


possível, por mais modesta que seja sua oferenda.” 130

4. O que faz com que uma contribuição seja significativa?

“É o grau de sacrifício do doador, o amor com que ele faz sua doação, e a unidade de
todos os amigos neste serviço que traz confirmações espirituais.” 131

5. A contribuição ao fundo é voluntária?

"... sinto-me compelido a lhes lembrar da necessidade de sempre ter em mente o


fundamental princípio de que todas as contribuições ao Fundo devem ser pura e
estritamente voluntárias em seu caráter” 132

6. É aceitável pressionar ou obrigar os crentes a contribuírem ao Fundo?

“Deve ser deixado claro e evidente a cada um que qualquer forma de compulsão,
ainda que leve e indireta, abala diretamente a raiz do princípio subjacente à formação
do Fundo desde seu encetamento." 133

“Não há objeção que a Assembleia Espiritual mantenha um registro com os nomes


dos contribuintes e os valores recebidos; mas nenhuma pressão jamais deverá ser
exercida sobre os bahá’ís para contribuírem...“ 134

7. Quem contribui e com qual valor é secreto?

“... deve ser voluntária, e deve ser considerada confidencial...“ 135

8. Quem administra o Fundo bahá’í?

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“... é de absoluta necessidade que imediatamente, após o estabelecimento tanto das


Assembleias Espirituais Locais, bem como das nacionais, um Fundo Bahá'í seja
estabelecido e mantido sob o controle exclusivo da Assembleia Espiritual.” 136

9. Como se deve contribuir?

“Todas as doações e contribuições devem ser oferecidas ao tesoureiro da


Assembleia...” 137

"... os amigos podem entregar suas contribuições ao tesoureiro, ou... um receptáculo


pode ser providenciado.” 138

10. Para que finalidade deve ser usado o Fundo Bahá'í?

“... para o expresso propósito de promover os interesses da Causa, naquela


localidade ou país...139

“Os membros da Assembléia Espiritual irão despender os valores contribuídos à sua


própria discrição na promoção de Campanhas de Ensino, para ajudar os
necessitados, estabelecer instituições educacionais bahá'ís e ampliar, por todos os
meios possíveis, sua esfera de serviços.” 140

11. O Fundo Bahá'í é utilizado para o bem-estar de uma pessoa em particular?

“... os interesses gerais da Causa têm precedência sobre os interesses dos indivíduos
em particular. Por exemplo, as contribuições ao bem-estar de indivíduos são
secundárias às contribuições para os Fundos Nacional e Local e o do Templo.” 141

12. Podem pessoas que não são bahá’ís contribuir ao fundo?

“Ele deseja que se enfatize mais uma vez que, sob nenhuma circunstância, devem os
crentes aceitar qualquer ajuda financeira de não-bahá'ís para uso em atividades
específicas da Fé, tais como o fundo de construção do Templo e outros fundos
administrativos bahá'ís a nível local ou nacional.” 142

13. De acordo com as citações acima faça uma lista das características do Fundo Bahá'í.

a) ________________________________

b) ________________________________

c) ________________________________

d) ________________________________

e) ________________________________

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f) ________________________________

g) ________________________________

h) ________________________________

i) ________________________________

j) ________________________________

k) ________________________________

l) ________________________________

Usando sua lista como referencia decida se as seguintes afirmações são verdadeiras ou falsas:

Usando sua lista como referencia decida se as seguintes afirmações são verdadeiras ou falsas:

14. Um bahá'í que é pobre não pode contribuir para ao Fundo. V F

15. Uma pessoa pode contribuir para o Fundo logo que declara
a sua fé em Bahá’u’lláh. V F

16. Dar ao Fundo é um ato material sem nenhum significado espiritual. V F

17. Um crente é um fazendeiro próspero, casado e sem filhos. Ele


contribui com uma pequena quantia para o Fundo a cada Festa de
19 Dias. Este crente está contribuindo o máximo possível? V F

18. Um crente contribui quando tem dinheiro de sobra. Outro crente


nega a si mesmo algo que quer para dar ao Fundo. Este segundo
indivíduo está contribuindo com espírito de sacrifício. V F

19. Um dos crentes pensava que outro bahá'í não estava contribuindo
para o Fundo e decidiu lembrá-lo de sua obrigação sagrada de dar.
Este crente está prestando um grande serviço à Fé. V F

20. A Assembleia pode informar a quantidade total contribuída ao Fundo,


mas não pode dizer com quanto cada indivíduo contribuiu. V F

21. Não pode haver um Fundo Local sem uma Assembléia Espiritual Local
para administrá-lo. V F

22. Um bahá’í precisa consertar o telhado de sua casa. Como ele tem
poucos recursos para os reparos, pede à sua Assembleia Espiritual
Local dar-lhe dinheiro dos fundos que está economizando para
construir uma sede bahá'í. A Assembleia deve dar-lhe o dinheiro. V F

23. O cônjuge não-bahá'í de um crente quer doar dinheiro para

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ajudar na construção de uma sede local bahá'í. A Assembleia


não deve aceitar a sua contribuição. V F

Agora leia o texto abaixo que está baseado nas citações anteriores e analise-o em seu grupo.

O ato voluntário de contribuir para o fundo é privilégio de cada crente. Não é um favor que
fazemos a Deus. O Fundo Bahá'í não é uma caridade. Geralmente damos à caridade o que nos
sobra. Dar o excesso não implica necessariamente em sacrifício. As contribuições para o fundo
devem ser feitas com sacrifício.

Se não doarmos com sacrifício, não estaremos cumprindo totalmente com a nossa obrigação
espiritual. Embora seja um ato físico, contribuir para o Fundo é um sinal de nosso amor pela Causa
e parte integrante do nosso trabalho na edificação do reino de Deus na Terra.

O Fundo Bahá'í é sagrado e deve ser usado para cumprir o sublime propósito de Deus para
a humanidade. Ele não é usado para manter um clero. O Fundo pertence à Comunidade Bahá´í. Ele
pertence à criança pobre, a viúva, ao trabalhador, ao jovem, ao velho, em suma, a toda a
comunidade. Pegar recursos do fundo e usá-lo de forma injusta ou egoísta seria como roubar dos
pobres e necessitados da nossa comunidade.

Juntos, como uma comunidade, precisamos consultar na Festa de 19 Dias e dar sugestões
de atividades para nossa comunidade. A Assembleia Espiritual Local considerará as sugestões e
decidirá quais atividades serão realizadas. Utilizará os fundos parcimoniosamente e com cuidado e
sabedoria para realizar essas atividades. A Assembleia é a administradora do Fundo. Confiamos na
Assembleia e acatamos suas decisões. A Assembleia informa a comunidade de suas decisões, mas
a comunidade não deve questionar as decisões da Assembleia.

O Fundo Local é utilizado para promover os interesses gerais da Causa em uma localidade.
Não deve ser usado para o benefício de indivíduos, embora haja casos em que a Assembleia pode
querer ajudar um indivíduo. Por exemplo, o Fundo pode ser usado para ajudar os indivíduos em seus
esforços de ensino por um curto período de tempo quando eles próprios não podem assumir todos
os custos de suas atividades de ensino. O Fundo também é usado para a administração dos afazeres
da Causa, tais como correio e serviços de secretariado. Com o crescimento da comunidade, haverá
uma demanda cada vez maior e outras formas de utilização do Fundo, inclusive relacionadas com
ajuda humanitária e social.

Além de cobrir as despesas locais, cada comunidade também irá designar uma quantia do
Fundo Local para ser enviado, a cada mês, para os diversos Fundos Bahá’ís. A Assembleia Espiritual
Local junto com a comunidade consultará para definir as metas quanto à quantidade a ser enviada
para esses outros Fundos a cada ano. Essas metas são alcançadas através das contribuições feitas
por cada um dos crentes.

As nossas contribuições ao Fundo Local são entregues ao Tesoureiro Local ou depositadas


em uma caixa que é disponibilizada durante a Festa dos 19 Dias ou em outras reuniões bahá'ís.
Sabemos que uma parte dos fundos contribuídos poderá ser enviada por nossa Assembleia Espiritual
Local como contribuição para outros fundos a nível regional, nacional ou internacional; porém,

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também podemos fazer contribuições diretas para esses Fundos. Estas contribuições podem ser
enviadas para o Tesoureiro Nacional ou Regional, ou depositadas nas contas bancárias definidas
para cada um dos Fundos.

Sabemos que somente os bahá'ís têm o privilégio de contribuir para o Fundo Bahá'í. Existem
razões pelas quais só os bahá'ís podem contribuir para o Fundo. Primeiro, as instituições bahá'ís que
estamos construindo são nosso presente para a humanidade. Presentes são gratuitos e não devem
ser pagos por aqueles que os recebem. Segundo, aceitar dinheiro de pessoas não-bahá’ís para uso
específico bahá'í, eventualmente causaria complicações e dificuldades. Isto pode fazer mal à Causa.
Contudo, tais valores podem ser recebidos desde que não sejam gastos em atividades diretamente
relacionadas com a Fé e sejam despendidos em nome do doador para fins humanitários.

Devem os bahá'ís contribuir além do Fundo Bahá'í para causas humanitárias? Naturalmente
estamos livres de fazê-lo e seria louvável. Mas, nós bahá’ís, somos poucos em número e as
necessidades do mundo são tão grandes que nossas doações para instituições de caridade não
podem resolver os problemas do mundo.

Seção 3 O Significado Espiritual do Sacrifício

Até agora, nós aprendemos sobre a natureza do Fundo Bahá’í, suas características e seu
papel na construção do Reino de Deus na terra. Agora, há uma pergunta que todo bahá’í deve fazer
a si mesmo e deve responder sinceramente antes de contribuir para o Fundo: A minha contribuição
para o Fundo é algo que eu devo fazer quando tenho o desejo de fazê-lo ou é um dever sagrado que
eu devo cumprir?

A resposta, evidentemente, é que a contribuição é um dever sagrado. Para entender o


significado espiritual desta exigência é necessário considerar mais profundamente o significado do
sacrifício. Para começar, leia atentamente a explicação de ‘Abdu’l- Bahá sobre o significado de
sacrifício.

“A mariposa é um sacrifício para a vela. A nascente é um sacrifício para o sedento. O


amante sincero é um sacrifício para o ser amado e aquele que anela é um sacrifício
para o bem-amado. O ponto é este: Ele deve esquecer-se completamente de si mesmo,
se tornar um andarilho (na Morada do Bem-Amado) enamorado de seus cabelos. Ele
deve entregar ao esquecimento o corpo e a alma, a vida, conforto e existência. Ele deve
procurar o beneplácito do Verdadeiro, anelar pela Face do Verdadeiro, e andar no
Caminho do Verdadeiro... Este é o primeiro estágio do sacrifício.

“O segundo estágio do sacrifício é o seguinte: O homem tem que se tornar...


semelhante ao ferro lançado dentro da fornalha do fogo. As qualidades do ferro, tais
como escuridão, frieza e solidez, que pertencem à terra, desaparecem e somem
enquanto as características do fogo, tais como rubor, incandescência e calor, que
pertencem ao Reino se tornam aparentes e visíveis. Portanto, o ferro sacrificou suas
qualidades e graus para o fogo, adquirindo as virtudes daquele elemento.

"Da mesma forma, quando as almas são libertadas dos grilhões do mundo,
daquelas imperfeições da humanidade e daquela escuridão animalesca, e entraram no

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Domínio da Abstração, compartilharam de uma parcela da emanação do Não-


Localizável e adquiriram nobres perfeições, são elas ‘as resgatadas’ (ou mártires) do
Sol da Verdade...” 143

1. Que quer dizer “A mariposa é um sacrifício para a vela” 144? __________________


_____________________________________________________________________

2. Que quer dizer “A nascente é um sacrifício para o sedento” 145? ________________


__________________________________________________________________________
3. Que quer dizer “O amante sincero é um sacrifício para o ser amado” 146? ________
__________________________________________________________________________
4. Qual o ponto em comum entre o sacrifício da mariposa, da nascente e do amante
sincero?_______________________________________________________________
5. Esquecer-se completamente de si mesmo significa “entregar ao esquecimento o corpo e
a alma, a vida, conforto e existência” 147. Que significa “entregar ao esquecimento”?
_______________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
6. O que deve procurar o sincero amante de Deus? _______________________________
___________________________________________________________________________
7. O que deve anelar o sincero amante de Deus? ________________________________
___________________________________________________________________________
8. Qual é o primeiro estágio do sacrifício? ______________________________________
___________________________________________________________________________
9. O segundo estágio do sacrifício é o processo de transformação. Que qualidades o ferro
sacrifica ao ser lançado ao fogo? ___________________________________________
__________________________________________________________________________
10. Que qualidades o ferro adquire ao ser lançado ao fogo? ________________________
___________________________________________________________________________
11. Que qualidades o homem perde quando sua alma se liberta dos grilhões do mundo?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
12. Que qualidades o homem adquire quando sua alma se liberta dos grilhões do mundo?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
13. Que quer dizer “O homem tem que se tornar... semelhante ao ferro lançado dentro da
fornalha do fogo” 148? _____________________________________________________
___________________________________________________________________________

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

14. Qual é o segundo estágio do sacrifício? _______________________________________


__________________________________________________________________________
As seguintes palavras de ‘Abdu’l-Bahá nos ajudam a entender a natureza do sacrifício:
“Por isso, aprendemos que a proximidade de Deus é possível através da devoção a Ele,
através da entrada no Reino e do serviço à humanidade; é alcançado através da união
com a humanidade e de amorosa bondade para com todos; depende da investigação
da verdade, da aquisição de virtudes louváveis, do serviço à causa da paz universal e
da purificação pessoal. Numa palavra, proximidade de Deus necessita de auto-
sacrifício, renúncia e desprendimento de tudo por Ele. Proximidade é semelhança”.149

1. Como é possível nos acercarmos a Deus?


a. __________________________________________________________________
b. __________________________________________________________________
c. __________________________________________________________________

2. Como se alcança a proximidade de Deus?

a. __________________________________________________________________
b. __________________________________________________________________

3. Do que depende a proximidade de Deus?

a. __________________________________________________________________
b. __________________________________________________________________
c. __________________________________________________________________
d. __________________________________________________________________
4. Em poucas palavras, o que requer a proximidade a Deus?

a. __________________________________________________________________
b. __________________________________________________________________
c. __________________________________________________________________

Agora, pense a respeito da seguinte questão: É possível progredir sem que haja sacrifício?
Considere a semente de uma árvore. Dentro da semente existe o potencial para que ela cresça e se
torne uma árvore frutífera, mas para que isso ocorra, ela tem que cessar de ser semente. A semente
necessita se romper para que possa surgir a árvore. Em um sentido mais profundo, a semente se
auto-sacrifica para que a árvore possa crescer e se tornar frutífera.

Considere um adolescente que deseja ser homem. Será que poderá fazê-lo se não deixar de
lado as características próprias de uma criança e adquirir as de um homem? Ele deve sacrificar os
prazeres infantis para alcançar os prazeres mais duradouros de um ser maduro. Suponha que
queremos encher um copo com uma bebida deliciosa, mas ele se encontra cheio de uma bebida não

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tão desejável. Poderá encher novamente o copo sem esvaziá-lo? Se um receptáculo deve ser
preenchido com algo novo, deve sacrificar o que já contém para disponibilizar o espaço necessário.

Sendo assim, é possível que a nossa amada Causa progrida sem que façamos algum
sacrifício? Será que podemos nos considerar firmes em nosso propósito de construir o Reino de
Deus na Terra, se não contribuirmos regular e generosamente para os fundos da Fé?

Seção 4 A Verdadeira Natureza da Felicidade


Para nos ajudar a entender a verdadeira natureza da felicidade, estudemos as seguintes
citações:

1. “... a felicidade humana consiste apenas em ser atraído para mais perto do Limiar de
Deus Todo-Poderoso, e em assegurar a paz e o bem-estar de cada membro individual
da raça humana, eminentes e humildes, igualmente; e os instrumentos supremos para
a realização destes dois objetivos são as excelentes qualidades com as quais a
humanidade tem sido dotada.”(Abdul-Bahá) 150

a. A felicidade humana consiste em:

i. ________________________________________________________________

ii. ________________________________________________________________

b. Quais são os supremos instrumentos para que nos aproximemos ao Umbral de Deus
Todo Poderoso e obtenhamos a paz e bem estar de cada membro individual da raça
humana? ____________________________________________________________

c. Indique algumas das qualidades com as quais a humanidade tem sido dotada:

____________________ ____________________ _____________________

____________________ ____________________ _____________________

____________________ ____________________ _____________________

2. “Sentidos e faculdades nos foram concedidos para serem consagrados ao serviço do


bem comum, para que nós, agraciados acima de todas as outras formas de vida pela
perceptividade e razão, devamos labutar em todos os tempos e em toda a parte, seja
grande ou pequena, comum ou extraordinária a ocasião, até que toda a humanidade
esteja seguramente reunida na inexpugnável fortaleza do conhecimento. Nós
devemos estar continuamente estabelecendo novos alicerces para a felicidade
humana, e criando e promovendo novos instrumentos para este fim.”(Abul-Bahá)151

a. Por que nos foram concedidos sentidos e faculdades? _________________________

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

_____________________________________________________________________
b. Em que sentido a humanidade foi agraciada acima de todas as outras formas de vida?
____________________________________________________________________
c. O que significa inexpugnável”?____________________________________________
____________________________________________________________________
d. O que significa “a inexpugnável fortaleza do conhecimento”?_____________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
e. Usando a perceptividade e a razão a serviço do bem comum, que deve fazer a
humanidade? _____________________________________________________________
_________________________________________________________________________

f. Complete a seguinte sentença: “Nós devemos estar continuamente estabelecendo


_____________________________________________________, e criando e promovendo
________________________________________ __________________________.” 152

g. “Novos instrumentos” 153 para o estabelecimento da felicidade humana pode referir-se


a muitas coisas. Em nível mais elevado, são coisas como o estabelecimento da justiça e prover
uma educação para toda a humanidade. No entanto, há também muitas coisas que podemos
fazer em nível individual. Por exemplo: criar música e arte, nutrir um ambiente familiar em pleno
de regozijo. Dê outros três exemplos do que se pode fazer em nível individual para o
estabelecimento da felicidade humana.

i. ________________________________________________________________
ii. ________________________________________________________________
iii. ________________________________________________________________

3. “Quão excelente, quão nobre é o homem que se levanta para cumprir suas
obrigações; quão vil e desprezível é aquele que fecha seus olhos para o bem-estar da
sociedade e desperdiça sua vida preciosa na procura de seus próprios interesses
egoístas e vantagens pessoais. Suprema é a felicidade do homem, e ele observa os
sinais de Deus no mundo e na alma humana, se ele se apressa sobre o corcel de
elevados esforços na arena da civilização e justiça.” 154

a. Quando é o homem excelente e nobre?___________________________________


__________________________________________________________________

b. Quando é o homem vil e desprezível? ___________________________________


__________________________________________________________________
c. O que alcança o homem se ele se apressa sobre o corcel de elevados esforços na arena
da civilização e justiça?
i. ______________________________________________________________
ii. ______________________________________________________________

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

4. “... a honra e distinção do indivíduo consistem nisto, que dentre todas as multidões
do mundo ele deve tornar-se uma fonte de bem-estar social. Existe alguma graça
concebível maior do que esta para um indivíduo que, olhando para dentro de si
mesmo, deve descobrir que pela graça confirmadora de Deus ele tornou-se a causa
de paz e bem-estar, de alegria e favor ao seu semelhante? Não, pelo Deus único e
verdadeiro, não existe maior bem-aventurança, nem mais completo deleite.” 155

a. O que traz honra e distinção ao indivíduo?________________________________


__________________________________________________________________
b. Por que meios um indivíduo chega a ser a causa de paz e bem-estar, de alegria e favor
ao seu semelhante? _____________________________________________
__________________________________________________________________
c. Dê um exemplo de um serviço que você tenha prestado a sua comunidade e que o tenha
feito sentir a felicidade descrita por ’Abdu’l-Bahá no excerto acima?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

Memorize os Seguintes Excertos:

1. “Na realidade, o conhecimento é um verdadeiro tesouro para o homem; é para ele


uma fonte de glória, de graça, de júbilo e exaltação, de alegria e contentamento.” 156

2. “É homem, verdadeiramente, quem hoje se dedica ao serviço da humanidade inteira.


Diz o Grande Ser: Bem aventurado e feliz é aquele que se levanta para promover os
melhores interesses dos povos e raças da terra.” 157

3. “Que felicidade a nossa, haver Deus assim decidido, a fim de podermos trabalhar
juntos para a vinda do Reino!” 158

Seção 5 Um requisito da Justiça


Sabemos que contribuir generosamente ao Fundo nos traz felicidade, e que o doar é uma
das causas espirituais da prosperidade. Porém, não devemos ser motivados a doar meramente pelas
bênçãos que advêm de tal ato. Devemos lembrar que o doar é um requisito da justiça, e assim sendo
é uma responsabilidade. Este sentimento de responsabilidade torna-se mais forte na medida em que
trabalhamos pela transformação da sociedade e pelo estabelecimento da justiça divina.

“Nós suplicamos a Deus que dote as almas humanas de justiça, a fim de que
possam ser justas, e possam se esforçar para prover conforto para todos, para que
cada membro da humanidade passe sua vida no maior conforto e bem-estar. Então este
mundo material tornar-se-á o próprio paraíso do Reino, este mundo elementar
encontrar-se-á em um estado celestial e todos os servos de Deus viverão em extrema
alegria, felicidade e contentamento. Nós todos devemos nos esforçar e concentrar
todos os nossos pensamentos a fim de que esta felicidade possa advir ao mundo da
humanidade.” 159

1. Por que dotar as almas humanas com a justiça?

a. __________________________________________________________________

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

b. __________________________________________________________________

2. Se as almas humanas forem justas e se esforçarem para prover o bem-estar de todos, como
será a vida de cada indivíduo? _______________________________________
_____________________________________________________________________

3. Quando a humanidade se tornar verdadeiramente justa:

a. Este mundo material tornar-se-á ________________________________________

______________________________________________________________________

b. Este mundo elementar ________________________________________________

______________________________________________________________________

c. Todos os servos de Deus _____________________________________________

______________________________________________________________________

4. Por que doar é um dos requisitos da justiça? ____________________________________

________________________________________________________________________

Seguramente podemos doar diretamente aos pobres do mundo e frequentemente o fazemos.


Participamos de campanhas organizadas por grupos envolvidos na ajuda aos necessitados e vítimas
de desastres naturais. Contudo, sempre nos defrontamos com o fato de que nossas contribuições à
caridade podem ajudar somente uns poucos dentre o grande número de pessoas necessitadas no
mundo. O bem-estar da humanidade depende do estabelecimento de uma sociedade justa. A menos
que a justiça seja construída, a miséria e a pobreza sempre existirão. Assim sendo, contribuir para o
Fundo tem um significado especial. Sabemos que ao contribuir para o Fundo estamos contribuindo
para a construção da Ordem Mundial de Bahá’u’lláh. Esta é a única forma de realmente transformar
a sociedade humana e eliminar as injustiças que tem afligido a humanidade por tanto tempo.

“... nossas contribuições à Fé são com certeza a forma mais segura de tirar de uma vez
para sempre o peso da fome e da miséria da humanidade, pois será apenas através do
Sistema revelado por Bahá’u’lláh – divino em origem – que o mundo poderá ver
eliminado de seu meio a guerra, a fome, o temor e as injustiças sociais.” 160

1. Qual é a maneira mais segura de afastar da humanidade o espectro da fome e da


miséria?______________________________________________________________

2. Como se eliminará injustiças tais como a penúria, o medo, a fome e a guerra? ______
_____________________________________________________________________
3. Desde que é somente através do Sistema de Bahá’u’lláh que o mundo pode aprumar-se e
que a penúria, o medo, a fome e a guerra podem ser eliminadas, qual é a forma mais segura
de estabelecer a justiça sobre a terra? ________________________________
_____________________________________________________________________

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

Lembremo-nos, portanto, que quando doamos ao Fundo, estamos na verdade apoiando a


justiça. Memorizemos agora as seguintes citações de Bahá’u’lláh:

“Esperamos que possas fazer com que a luz da Justiça se irradie mais brilhantemente.
Pela retidão de Deus! A justiça é uma força poderosa. É ela que, acima de tudo o mais,
conquista as cidadelas do coração e da alma dos homens, revela os segredos do
mundo do ser e carrega o pendão do amor e da generosidade.” 161

“Ó FILHO DO ESPÍRITO! A mais amada de todas as coisas, a Meu ver, é a justiça;


não te desvies dela, se é que Me desejas, nem a descures, para que Eu em ti possa
confiar. Nela te apoiando, verás com teus próprios olhos e não com os alheios; saberás
pela tua própria compreensão e não pela compreensão de teu semelhante. Pondera
isto em teu coração: como deverás ser. Em verdade, a justiça é Minha dádiva a ti e o
sinal de Minha misericórdia. Guarda-a, pois, ante os teus olhos.” 162

Seção 6 Os diversos Fundos Bahá’ís


“Devemos ser como uma fonte ou nascente que está continuamente se esvaziando de
tudo o que tem e está sempre sendo preenchida por uma fonte invisível. Continuamente
dar para o bem de nossos semelhantes sem se deixar atemorizar pelo medo da
pobreza, e confiante na infalível generosidade da Fonte de toda riqueza e todo bem -
eis o segredo do bem-viver” 163

"O princípio geral de contribuição dos amigos é imutável, a saber, todos são livres de
contribuírem para quaisquer fundos que desejem, e em valores que sua consciência e
sentimento de sacrifício levá-los a decidir.” 164

Existem Cinco Fundos Permanentes:


1. Fundo Internacional
2. Fundo Continental
3. Fundo Nacional
4. Fundo Regional
5. Fundo Local

E Mais Três Fundos Temporários:

1. Fundo de Dotações para o Centro Mundial (prazo a ser determinado pela Casa Universal
de Justiça)
2. Fundo do Templo do Chile

3. Fundo dos Novos Templos

Fundo Internacional

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

O Fundo Internacional sustenta a vasta gama de atividades promovidas pela Casa Universal
de Justiça. Ele é usado, entre outros propósitos, para financiar as operações do Centro Mundo Bahá'í
e da Comunidade Internacional Bahá'í em todo o mundo, ajudar várias Assembleias Espirituais
Nacionais em suas atividades, programas de desenvolvimento sócio-econômico, e apoio em
programas conjunto com agências de várias organizações, como as das Nações Unidas.

Fundo Continental

O Fundo Continental apoia o trabalho de propagação e proteção do Centro Internacional de


Ensino, dos Corpos Continentais de Conselheiros, dos Corpos Auxiliares e seus assistentes. A Casa
Universal de Justiça escreveu:
"Nem devem os crentes, individualmente ou em suas Assembleias, esquecer-se da
importância vital do Fundo Continental que apoia o trabalho das Mãos da Causa de
Deus e seus Corpos Auxiliares. Esta instituição divina, tão assiduamente incentivada
pelo Guardião, e que já desempenhou um papel único na história da Fé, está destinado
a prestar serviços cada vez mais importantes nos anos vindouros." 165

Fundo Nacional

Este fundo apoia o trabalho da Assembleia Espiritual Nacional. Ele é usado para a
proclamação, expansão e consolidação da Fé em todo o território de uma nação; para manter as
sedes e propriedades nacionais; promover atividades e para a proteção dos crentes.

“... O Guardião recomenda à sua Assembléia que continue a alertar os crentes sobre a
necessidade de suas contribuições regulares ao Fundo Nacional, independentemente
de existir ou não uma emergência a ser atendida. Nada, a não ser um fluxo contínuo de
contribuições àquele fundo, pode, em verdade, assegurar a estabilidade financeira
sobre a qual muito do progresso das instituições da Fé devem agora, inevitavelmente,
depender.” 166

Fundo Regional

Trata-se de um ramo do Fundo Nacional cujo objetivo é apoiar as operações dos Conselhos
Regionais Bahá’ís nas atividades de ensino e administração da Causa, sendo complementado, se
necessário, com recursos do Fundo Nacional. No Brasil, devido à sua enorme extenção territorial, o
papel dos Conselhos Bahá´is é cada vez mais relevante para o progresso da Causa Divina na frente
interna. Em uma carta escrita pela Casa Universal de Justiça, datada de 30 de maio de 1997 se lê:
"Um Conselho Regional Bahá'í pode ser autorizado pela Assembleia Espiritual
Nacional a agir como o responsável na operação de um ramo regional do Fundo
Nacional Bahá’í.” 167

Fundo Local

O Fundo Local apoia o trabalho da Assembleia Espiritual Local e a administração dos


assuntos da comunidade. A Casa Universal de Justiça escreveu:

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

"A participação universal dos crentes em todos os aspectos da Fé – em contribuir para


o Fundo, no ensino, aprofundamento, vivendo a vida bahá'í, administrando os assuntos
da comunidade, e, acima de tudo, na vida de oração e devoção a Deus – irá dotar a
comunidade bahá'í de tal força que poderá superar as forças de desintegração
espiritual... e poderá se tornar um oceano de unicidade que irá cobrir a face do planeta.”
168

Fundo de Dotações

O Fundo de Dotações foi estabelecido pela Casa Universal de Justiça para cobrir as despesas
anuais necessáarias à manutenção e ao desenvolvimento das propriedades existentes no Centro
Mundial Bahá'í. Este fundo será
"... usado para a preservação, conservação e segurança dos edifícios e dos recintos
dos Centros Espirituais e Administrativos da Fé - atividades que atualmente formam
uma parte tão importante das responsabilidades do Fundo Internacional".169
Desta forma o Fundo Internacional será usado principalmente para apoiar o trabalho de
ensino em outros países e prestar apoio às Assembleias Espirituais Nacionais que são
financeiramente prejudicadas pelos efeitos adversos de guerra, conflitos econômicos e outros
desastres nacionais.

Fundo do Templo Continental da América do Sul

Fundo destinado para construção e manutenção da Casa de Adoração Bahá'í Continental da


América do Sul, sediada no Chile, um projeto anunciado pela Casa Universal de Justiça no Ridván
de 2001, que esteve em construção a partir de novembro de 2010, tendo sua cerimônia de dedicação
realizada em outubro de 2016. A Casa de Adoração no Chile é o primeiro Templo Bahá'í da América
do Sul.

Fundo dos Novos Templos

Fundo destinado para a futura construção de sete Casas de Adoração Bahá'í, um projeto
anunciado pela Casa Universal de Justiça no Riḍván de 2012. Estas novas Casas de Adoração serão
duas nacionais, respectivamente na
• República Democrática do Congo e em
• Papua Nova Guiné
e cinco Casas de Adoração locais, nos agrupamentos de
• Battambang, Camboja;

• Bihar Sharif, Índia;


• Matunda Soy, Quênia;
• Norte del Cauca, Colômbia; e
• Tanna, Vanuatu.

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

Informações sobre os Fundos

1. Definição de prioridades depende da Causa e das circunstâncias individuais


“A definição de prioridades depende de muitos fatores relacionados tanto à Causa
como um todo, como a cada indivíduo e suas próprias circunstâncias.” 170
2. Interesses gerais e nacionais têm precedência sobre os locais
“No que diz respeito à Causa, todo o trabalho deve ter continuidade; todos os
fundos precisam ser apoiados, tanto diretamente pelos crentes, como também por
meio de contribuições de parte das instituições bahá'ís de um fundo para outro, as
quais não substituem as contribuições dos indivíduos – a origem do sangue vital
da Causa.” 171

“Embora a definição de prioridades para contribuir seja uma questão de


julgamento pessoal, o crente certamente deve ter em mente as prioridades do
trabalho da Causa como um todo.” 172

"O amado Guardião explicou que os interesses gerais e nacionais da Causa têm
precedência sobre os locais, assim as contribuições para fundos locais são
secundárias aos respectivos fundos nacionais.” 173

3. A Assembleia deve educar os amigos para contribuírem diretamente para todos os Fundos
"Ao educar os amigos a se tornarem conscientes de contribuir para o fundo como
um elemento fundamental da vida bahá'í, a Assembleia deve torná-los cientes da
prerrogativa do individuo bahá’í de contribuir diretamente para todos os fundos da
Fé: internacional, continental e nacional bem como o local." 174

Seção 7 Algumas Histórias sobre Contribuições

Contribuindo independente do valor

Um bahá’í africano que morava numa vila tinha uma casa bem modesta e uma pequena terra
cultivada que lhe dava sustento, mas ele dificilmente tinha algum dinheiro. O que oferecia ao Fundo
Bahá’í era tão pouco que ele mesmo se admirava se teria alguma utilidade. Ele pensou consigo
mesmo: “Minha contribuição é como uma gota, mas se colocá-la com as outras gotas ela se misturará
no oceano de Bahá’u’lláh”. Assim ele deu sua parte para o Fundo.

Doando generosamente para o progresso da Fé

Não eram apenas os bahá’ís pobres que fizeram sacrifícios para os Fundos. Muitos bahá’ís
ricos também se privaram de conforto pessoal para doar à Fé generosamente. Um destes foi a Mão
da Causa Amélia Collins que era muito rica, porém, vivia uma vida simples e doava grandes somas
aos Fundos. Gastava pouco com si mesma e lá pelo fim de sua vida morava em um único quarto
com o mínimo de pertences. Sua alegria era dar sua riqueza para a promoção da sua amada Fé.
Jamais mencionava as suas generosas doações aos diversos Fundos e não esperava qualquer
reconhecimento ou elogio, porém as suas contribuições silenciosas se estenderam à compra de
dotações de amplas terras no Centro Mundial, à construção de Casas de Adoração e Centros

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

Bahá’ís, à publicação de livros, execução de projetos de ensino em todo o mundo e apoio a muitos
pioneiros.

A coisa mais preciosa em relação às volumosas doações que ela constantemente fazia,
estava no espírito com que eram oferecidas. A partir do dia em que acreditou em Bahá’u’lláh, a
senhora Collins dedicou sua vida à Sua Causa e serviu a Sua Fé de diversas maneiras, dedicando
seu tempo e energia até o seu último suspiro.

A senhora Collins, uma vez disse que seu único desejo era obedecer ao que ‘Abdu’l-Bahá
escrevera na Sua Vontade e Testamento – que os bahá’ís deveriam tentar fazer o Guardião feliz.
Esta foi a força motivadora para sua vida e o principio orientador atrás de tudo o que ela fazia. Toda
vez que ela depositava o seu voto durante os vinte e cinco anos que serviu na Assembléia Espiritual
dos Estados Unidos e Canadá, toda vez que apresentava uma sugestão ou saia em viagem, ela se
perguntava: “Isto tornaria Shoghi Effendi feliz?”.

A senhora Collins nunca perdeu a oportunidade de executar qualquer desejo que o Guardião
tivesse manifestado. Um dia ia apressada para uma reunião da Assembléia Nacional em Wilmette,
quando notou que uma das casas, do outro lado da rua em que se encontra a Casa de Adoração,
estava a venda. Imediatamente se lembrou de um comentário momentâneo que o Guardião fizera
muitos anos antes, incentivando os bahá’ís a comprar quaisquer casas ao redor do Templo. Ela
imediatamente contatou um corretor e comprou a casa para a Fé.

O sacrifício pessoal na contribuição

Emily foi professora na Inglaterra durante muitos anos, porém, teve que aposentar-se cedo
por motivo de doença. Os professores, naquele tempo ganhavam muito pouco, e como Emily
aposentara-se antes do tempo, não recebia a sua pensão por inteiro. Morava em um pequeno quarto
e economizava tudo o que era possível para equilibrar o orçamento. No entanto, ela contribuía
regularmente para o Fundo Nacional. Para poder fazer isso Emily jejuava um dia na semana; o valor
economizado era contribuído.

A administração dos Fundos da Causa

Shoghi Effendi, o Guardião da Fé Bahá’í nos deixou um exímio exemplo de como devemos
proceder ao administrar os recursos da Fé que são doados com muito sacrifício, amor e devoção,
por parte dos crentes do mundo inteiro. A história a seguir reflete perfeitamente como ele mesmo
agia em relação à economia e finanças da Fé. Rúhíyyih Khánum relata que: “Nunca viajava a não
ser de terceira classe, mesmo quando já era um homem de meia-idade.” 175

Rúhíyyih Khánum recorda: “de muito poucas vezes nas quais íamos de trem na primeira ou
segunda classe e isso só ocorria quando o trem estava muito sujo ou lotado, tornando impossível a
viagem na terceira classe. Se viajava de noite, ele dormia nos bancos duros de madeira, com a
cabeça repousando sobre sua mochila o que era muito mais do que podiam suportar seus
acompanhantes.”176

Ele tinha duas normas: uma era para si mesmo como representante da Fé, identificado ante
o público e com a honra da Causa, que era sinônimo de sua honra; a outra era como indivíduo que
jamais gastava em luxos os fundos que sua elevada posição colocava à sua disposição.

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

O impacto de uma contribuição

Bahá’ís de muitos países estavam reunidos para a dedicação do Templo do Panamá e


Rúhíyyih Khánum estava lhes falando. De repente ela disse “Seria maravilhoso se pudéssemos neste
momento enviar uma contribuição para o próximo Templo que for construído.” Então ofereceu para
venda um anel de marfim muito simples, que lhe fora enviado e que havia sido feito por um bahá’í
de Moçambique.

Na platéia havia um joalheiro que não era muito rico, mas que por acaso, possuía uma grande
esmeralda que ofereceu para o anel de marfim. Uma vez pronto Rúhíyyih Khánum entregou-o para
os membros Assembleia Nacional do Irã, presentes à Conferencia Internacional em Haifa em 1973.
Ela lhes disse: “Vou confiar-vos este anel, que será a primeira contribuição ao futuro Templo a ser
erguido no próximo Plano”.

No Irã, o anel de esmeralda arrecadou a inacreditável soma de cem mil dólares. Um simples
anel de marfim que um humilde bahá’í em Moçambique fez e que custava menos de um dólar, porém
o amor e a sinceridade com a qual fora oferecido, realizaram milagres. O dólar foi multiplicado mais
de cem mil vezes e se tornou a primeira doação destinada à construção do magnífico Templo da
Índia.

A resposta aos nossos atos

Um jovem médico acabara de abrir seu consultório particular. Ele separou uma pequena
quantia de dinheiro com o qual esperava manter-se até que pudesse ganhar a vida com a sua prática
médica.

Para a sua decepção, a clínica não começou a dar lucro tão cedo como ele esperava e as
suas reservas estavam diminuindo rapidamente. Os meses iam se passando velozes e a situação
não melhorava. Chegou então a hora em que ele tinha apenas o dinheiro que sobrava para pagar as
suas despesas de mais um mês. Resolveu procurar um emprego de meio expediente que pudesse
lhe dar algum dinheiro até que pudesse depender apenas de sua clínica.

No entanto, veio a saber que a Assembleia Espiritual da sua cidade estava com enorme
necessidade de fundos. Ele então pensou, “o dinheiro que possuo pode durar apenas um mês. No
final do mês não sobrará mais nada, assim, o dinheiro é na realidade, de pouca utilidade para mim.
Entretanto, pode ser útil para a Assembleia Local.” Decidiu então contribuir para o fundo.

Com a sobra que ficou no bolso entrou num restaurante para tomar café. Lá encontrou com
um colega que lhe disse: “Gostaria de saber se pode me ajudar. Tenho um bom emprego no hospital,
mas desejo me afastar para fazer uma pós-graduação. O diretor do hospital, entretanto, recusa me
liberar a menos que eu encontre alguém para me substituir. Você poderia trabalhar no hospital três
dias por semana?”

Já no dia seguinte, o médico assinou um contrato de um ano, que lhe proporcionava um


emprego três dias por semana e lhe possibilitava continuar com a sua clínica o restante do tempo.

A regularidade e constância nas contribuições

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

Em sua vida, a preocupação de Anita Munsen foi sempre com os outros. Ela era uma alma
abnegada, cuja alegria era trazer felicidade para as outras pessoas, e durante os Dias Intercalares
cada criança na comunidade recebia dela um presente feito à mão.

Perto do fim de sua vida ela foi incapaz de participar de reuniões, mas ela nunca deixou de
enviar sua contribuição para o Fundo a cada mês pelo correio. A fim de ajudá-la, a Assembléia
Espiritual Local decidiu lhe fornecer envelopes selados e endereçados. Anita escreveu para
agradecer à Assembleia pelos envelopes, mas acrescentou: "Por favor, não coloquem selo nos
envelopes, o Fundo precisa do dinheiro."

Contribuir como prioridade

Por um longo período, Kate e Ivan se esforçaram muito para economizar o suficiente para
realizar uma grande e necessitada reforma em sua casa no Canadá. A garagem precisava de uma
nova porta, o telhado de novas telhas e a chaminé de ser reconstruída. Porém, antes de iniciarem
os reparos que desejavam, receberam uma mensagem de sua Assembléia Espiritual Nacional
informando aos bahá’ís de todo o país sobre as severas necessidades do Fundo Nacional e
chamando a todos para ajudarem-na a superar a crise que se instalara naquele momento.

Kate e Ivan responderam imediatamente! Eles enviaram todos os recursos que dispunham
para a reforma da casa para o Fundo Nacional. Logo após terem oferecido esta generosa
contribuição algo inesperado aconteceu, o pior furacão em muitos, muitos anos assolou a cidade
onde moravam. O forte vento arrancou a porta da garagem, destelhou a casa toda e demoliu
completamente a chaminé. O seguro que tinham, claro, pagou pela maior parte de todos os danos
causados à casa em que residiam. “Ao colocarmos os Fundos em primeiro lugar”, disse Kate, “Deus
cuidou do resto para nós”.

Doar com sacrifício

Shidan era um jovem bahá’í descendente de família muito rica, que morava na parte mais
rica de Teerã. A Festa de Dezenove Dias que ia, era frequentada por bahá’ís tão ricos como ele. A
razão para isto era que havia milhares de bahá’ís em Teerã e todos não podiam participar de uma
única Festa. A Assembleia Espiritual Local teve de dividir a cidade em diversas áreas e os crentes
frequentavam a Festa realizada na sua própria área.

Shidan contou muitos anos depois esta historia a um amigo: “Nossas Festas de Dezenove
Dias eram sempre realizadas em grandes casas atapetadas com tapetes caros e bela mobília”. Mas,
entre nós havia um bahá’í que ganhava a vida vendendo água. Naquela época não havia água
encanada em Teerã, e as pessoas ricas costumavam comprar a água para beber. A água vinha de
uma fonte e era transportada em carroças pelos aguadeiros. Estes ganhavam muito pouco, porque
o preço da água era bem barato.

Eles costumavam estar sempre molhados e enlameados e o que freqüentava a nossa Festa
apresentava-se desta maneira. Ele nunca perdia uma Festa. Entrava calmamente e se sentava perto
da porta. Ele parecia preocupado que a sua presença não ofendesse aos demais e tinha o máximo
cuidado em não tocar nos objetos ao redor com suas botas e roupas molhadas. Eu me admirava
como o aguadeiro teve a oportunidade de morar na nossa área ou, pensei, talvez viesse direto do
trabalho.

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

Uma noite foi lido um boletim que trazia um apelo especial para os fundos. A Assembleia
Espiritual não podia cumprir com os seus compromissos e o desenvolvimento da Causa em nosso
país dependia dos donativos sacrificiais dos amigos. A resposta daqueles presentes à Festa foi
instantânea. Os homens tiraram as suas carteiras, as senhoras abriram as suas bolsas e grandes
cédulas, uma a uma eram colocadas na caixa do Fundo. Olhei para o aguadeiro. Não mostrava
qualquer sinal de reação. Teria ele compreendido sobre o que a circular tratava?

Quando chegou a parte social da Festa, as pessoas levantaram e começaram a falar umas
com as outras. Eu estava observando o aguadeiro e vi que ele olhava ao redor, como que para ter
certeza de que ninguém estava observando, então tirou a sua bolsa, abriu o cordão e derramou todo
o seu conteúdo na palma da mão. As pequenas moedas encheram a sua mão. Depois, ainda
apreensivo de que pudesse ser observado, aproximou-se da caixa do Fundo, derramou o dinheiro
dentro e silenciosamente foi embora.

Eu estava dominado pela emoção e disse a mim mesmo. Será que ele tem o que comer? E
se tiver família, para alimentar? E se ficasse doente e não pudesse trabalhar no dia seguinte? Ele
dera tudo o que tinha – até o último centavo. Qual de nós dera tudo o que tinha? O quão precioso
não era o dinheiro desse homem?”

A contribuição com espírito de sacrifício

Certa vez, Haji Amín estava de partida rumo à Terra Santa, quando uma pobre e idosa
senhora entregou-lhe a sua contribuição, que consistia em uma única moeda, pedindo que a levasse
consigo. Haji Amín agradeceu e guardou a moeda no bolso.

Assim que chegou à residência de ‘Abdu’l-Bahá, entregou-Lhe, como de costume, as doações


que havia recebido. O Mestre sempre agradecia e louvava os seus incansáveis serviços. A
integridade e precisão de Amín eram inquestionáveis, e ele nunca tinha cometido um único erro, por
menor que fosse, no cumprimento do seu dever. Na verdade, não era muito difícil para ele manter
os cálculos referentes às contribuições recebidas em dia, pois ele quase não possuía nenhum
dinheiro próprio.

Desta vez, no entanto, para sua surpresa, após conferir a quantia, ‘Abdu’l-Bahá
carinhosamente olhou para Amín e lhe disse que algo estava faltando. Ele tentou lembrar, sem
sucesso, o que poderia ter acontecido, deixando a presença do Mestre com grande pesar pelo
ocorrido.

Amín retornou inconformado ao local onde se encontrava hospedado, já quase em lágrimas.


Mais tarde, na hora da oração, ao se prostrar, sentiu algo debaixo do seu joelho. Era aquela pequena
moeda de metal que lhe tinha sido entregue pela pobre senhora. A moeda tinha caído por um buraco
no seu bolso e se alojado dentro do revestimento de seu longo manto.

Haji Amín imediatamente pegou a moeda e levou-a até ‘Abdu’l-Bahá. O amado Mestre, que
já estava aguardando o retorno de Amín, passou a elogiar bastante a sua conduta. Em seguida,
beijando a moeda, disse que ela era mais valiosa do que todas as demais doações, pois tinha sido
oferecida com o maior grau de sacrifício.

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

Bibliografia

• ‘Abdu’l-Bahá

o Alicerces da Unidade Mundial. Tradução das palestras 10, 11 e 14 por Rubens André
Kirche Dantas demais palestras de livros já publicados. 1ª ed. Mogi Mirim: Editora
Bahá’í do Brasil, 2005
o Palestras de ‘Abdu’l-Bahá – Londres 1911. Compilado por Eric Hammond e tradução
de Bijan Ardjomand. 1ª ed. Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2005
o Palestras de ‘Abdu’l-Bahá – Paris, 1911. Compilado por Lady Blomfield. 4ª ed.
(revisada) Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2005
o Promulgação da Paz Universal – Palestras de ‘Abdu’l-Bahá – Estados Unidos e
Canada – 1912. Compilado por Howard MacNutt. Tradução de Bijan Ardjomand. 1ª
ed. Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2005
o O Segredo da Civilização Divina. Tradução de Rubens André K. Dantas. 1ª ed. Mogi
Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2003
o Tablets of ‘Abdu’l-Bahá, Volume 2. Chicago: Bahá’í Publishing Committee, 1930

o A Última Vontade e Testamento de ‘Abdu’l-Bahá. Tradução do Testamento por


Leonora S. Armstrong e da Introdução e Apêndices por Osmar Mendes. 3ª ed.
(revisada e ampliada) Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2006

• ‘Abdu’l-Bahá/Báb/Bahá’u’lláh

o Orações Bahá’ís – Uma Seleção de Orações Reveladas por Bahá’u’lláh, O Báb e


‘Abdu’l-Bahá. Compilado pela Editora Bahá’í do Brasil. 12ª ed. Mogi Mirim: Editora
Bahá’í do Brasil, 2009

• Bahá’u’lláh

o O Chamado do Senhor das Hostes – Epístolas de Bahá’u’lláh. Tradução de Jorge


Guerreiro. 1ª ed. Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2003
o Epístolas de Bahá’u’lláh Reveladas após o Kitáb-i-Aqdas. Tradução de Leonora S.
Armstrong. 1ª ed. Rio de Janeiro: Editora Bahá’í do Brasil, 1983
o O Kitáb-i-Aqdas – O Livro Sacratíssimo. Tradução de Luis Henrique Beust. 1ª ed. São
Paulo: Editora Bahá’í do Brasil, 1995
o Orações e Meditações de Bahá’u’lláh. Tradução de Leonora Armstrong e Osmar
Mendes. 1ª ed. Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2004
o As Palavras Ocultas. Tradução de Leonora Stirling Armstrong. 7ª ed. Mogi Mirim:
Editora Bahá’í do Brasil, 2006
o Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh.Tradução de Leonora Stirling Armstrong. 2ª ed.
Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2001

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

o Os Sete Vales. Tradução de Leonora S. Armstrong e Luis Henrique Beust. 5ª ed. Mogi
Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2004
o Epístola ao Filho do Lobo. Tradução de Merle Scoss. 1ª ed. Mogi Mirim: Editora Bahá’í
do Brasil, novembro de 1997

• Bhagavad Gîtâ

o Bhagavad Gîtâ – Editora Pensamento, pp. 106-107

• Bíblía Sagrada

o Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. Disponibilizado


eletrônicamente no site: www.bahairesearch.com

• A Casa Universal de Justiça

Obs: é necessário verificar quais destas Mensagens da Casa Universal


de Justiça já foram oficialmente traduzidas pela Assembléia Espiritual
Nacional e adotar os textos já traduzidos.

o Bahá’í Funds, Contributions and Administration – Compiled by The Universal House


of Justice. Extratos de cartas escritas por ou em nome de Shoghi Effendi e da Casa
Universal de Justiça. Thornhill, Ontario, Canada: Bahá’í Canada Publications, 1988
o The Compilation of Compilations – Volume I – Prepared by the Universal House of
Justice 1963–1990. Meryborough, Victoria, Australia: Bahá’í Publications Australia,
1991
o Messages from the Universal House of Justice – 1963-1986 The Third Epoch of the
Formative Age. Wilmette, Illinois, U.S.A.: Bahá’í Publishing Trust, 1996
o Messages from the Universal House of Justice – 1968-1973. Wilmette, Illinois, U.S.A.:
Bahá’í Publishing Trust, 1976
o Turning Point – Selected Messages of the Universal House of Justice and
Supplementary Material – 1996-2006. West Palm Beach, Florida, U.S.A.: Palabra
Publications, 2006
o Wellspring of Guidance – Messages from the Universal House of Justice. Wilmette,
Illinois, U.S.A.: Bahá’í Publishing Trust, 1969

• Departamento de Pesquisa da Casa Universal de Justiça

o Agriculture and Rural Life. Excertos dos Escritos e Elocuções de ‘Abdu’l-Bahá, de


cartas escritas por ou em nome de Shoghi Effendi e da Casa Universal de Justiça.
Disponibilizado eletrônicamente no site: www.bahairesearch.com
o Bahá’í Funds and Contributions. Excertos de cartas escritas por ou em nome de
Shoghi Effendi. Disponibilizado eletrônicamente no site: www.bahairesearch.com

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

o A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus – Compilação e Codificação. Excertos dos


Escritos de Bahá’u’lláh, ‘Abdu’l-Bahá, Shoghi Effendi e da Casa Universal de Justiça.
Tradução de Robert Walker. 2ª ed. (ampliada) Mogi Mirim: Editora Bahá`’i do Brasil,
2002

Helen Bassett Hornby

o Lights of Guidance – A Bahá’í Reference File. 4ª ed. New Delhi, India: Bahá’í
Publishing Trust, 1996

• Office of Ḥuqúqu’lláh in the Holy Land

o Ḥuqúqu’lláh – The Right of God (www.Ḥuqúq.org/). Manual for Deputy Trustees,


August 2007.

• J. M. Rodwell

o The Koran. Translated from the Arabic. First published in Everyman’s Library in 1909.
Last reprinted 1983. London, England, J. M. Dent & Sons Ltda, 1983
Obs: em sua monumental obra “Muhammad and the Course of Islam” Balyuzi utiliza as traducões do
Alcorão de George Sale, recomendada pelo Guardião e também a de Arthur John Arberry.

• Rúḥíyyih Rabbani

o The Priceless Pearl. Bahá’í Publishing Trust, London, England, 1969

• Shoghi Effendi

o Administração Bahá’í [1922-1923] – Mensagens à América, Volume I. Tradução Maria


Trude Alves e Bijan Ardjomand. 1ª ed. Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2007
o A Ordem Mundial de Bahá’u’lláh. Tradução de Rolf von Czékus e Osmar Mendes. 1ª
ed. Mogi Mirim: Editora Bahá’í do Brasil, 2003

• O Tri-Pitakas (As três Seções das Escrituras Budistas)15

• O Zend Avesta16

15 Falta indicar a referência bibliográfica específica;


16 Falta indicar a referência bibliográfica

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

REFERÊNCIAS

1 Bahá’u’lláh. As Palavras Ocultas, p. 14


2 “Abdu’l-Bahá, Palestras de ‘Abdu’l-Bahá – Londres 1911, pp. 3-4
3 Shoghi Effendi, A Ordem Mundial de Bahá’u’lláh, p. 23
4 Shoghi Effendi, Administração Bahá’í [1922-1923] – Mensagens à América, Volume I, p. 68
5 IBID. p. 68
6 IBID. p. 68
7 IBID. p. 68
8 IBID. p. 68
9 IBID. p. 68
10 IBID. p. 68
11 IBID. p. 68
12 IBID. p. 68
13 IBID. p. 68
14 IBID. p. 68
15 Bahá’u’lláh, O Kitáb-i-Aqdas – O Livro Sacratíssimo, p. 18
16 Bahá’u’lláh, O Chamado do Senhor das Hostes – Epístolas de Bahá’u’lláh, p. 45
17 Bahá’u’lláh, Epístolas de Bahá’u’lláh Reveladas após o Kitáb-i-Aqdas, p. 42
18 Bahá’u’lláh, O Kitáb-i-Aqdas – O Livro Sacratíssimo, p. 18
19 Bahá’u’lláh, Os Sete Vales, p. 9
20 Bahá’u’lláh, Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, p. 245
21 IBID., p. 123
22 IBID., P. 123
23 Bahá’u’lláh, Epístolas de Bahá’u’lláh Reveladas após o Kitáb-i-Aqdas, p. 83
24 IBID., citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 15
25 Krishna, Bhagavad Gîtâ, Capítulo IX, verso 26
26 Sidarta Gautama, O Buda, O Tri-Pitakas, (falta identificar a fonte, mas está citado no site da Ass. Esp.

Nacional na Internet)
27 “Abdu’l-Bahá, citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh - O Direito de Deus, p. 47
28 Tradição islâmica. Dito atribuído ao Profeta, (falta identificar a fonte)
29 Maomé, The Koran, Sura 7, verse 155, p. 307
30 IBID., The Koran, Sura 2, verse 261, p. 368
31 IBID., The Koran, Sura 57, verse 11, p. 408
32 IBID., The Koran, Sura 57, verse 18, p. 408
33 A Casa Universal de Justiça, citada em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 56
34 Bahá’u’lláh, O Kitáb-i-Aqdas – O Livro Sacratíssimo, pp. 44-45
35 Bahá’u’lláh, citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 28
36 Bíblia Sagrada, Antigo Testamento – Provérbios 3:9
37 IBID., Levítico – 27:30
38 Bahá’u’lláh, citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 17
39 IBID., p. 31
40 IBID., p. 17
41 ‘Abdu’l-Bahá, citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 44
42 Bahá’u’lláh, citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 36
43 IBID., p. 22
44 IBID., p. 23
45 IBID., p. 16
46 IBID., p. 18
47 IBID., p. 16
48 Maomé, The Koran, Sura 63, verse 7, p. 442
49 IBID., The Koran, Sura 57, verse 20, p. 488
50 IBID., The Koran, Sura 7, verse 53, p. 299
51 IBID., The Koran, Sura 57, verse 11, p. 408
52 IBID., The Koran, Sura 57, verse 18, p. 408
53 Bahá’u’lláh, Orações e Meditações de Bahá’u’lláh, p. 181
54 ‘Abdu’l-Bahá, A Última Vontade e Testamento de ‘Abdu’l-Bahá, p. 17

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

55 “Abdu’l-Bahá, citado em Orações Bahá’ís, p. 295


56 IBID., p. 17
57 IBID., p. 17
58 Zoroastro, Zend-Avesta (falta identificar a fonte correta)
59 Maomé, The Koran, Sura 2, verse 267, p. 368
60 Bahá’u’lláh, citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 32
61 ‘Abdu’l-Bahá, citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 44
62A Casa Universal de Justiça, citada em Lights of Guidance – A Bahá`í Reference File, p. 122
63 Bahá’u’lláh, citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 27
64 IBID., pp. 86-87
65 Bahá’u’lláh, Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh, pp. 225-226
66 Bahá’u’lláh, citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, pp. 31-32
67 Bahá’u’lláh, Epístola ao Filho do Lobo, p. 65
68 Bahá’u’lláh, citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 18
69 ‘Abdu’l-Bahá, citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 44
70 A Casa Universal de Justiça, citada em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 58
71 ‘Abdu’l-Bahá, citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 47
72 Bahá’u’lláh, As Palavras Ocultas, p. 56
73 Bahá’u’lláh, citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 17
74 IBID., p. 17
75 IBID., p. 33
76 IBID., p. 34
77 IBID., p. 40
78 IBID., p. 18
79 IBID., pp. 26-27
80 IBID., p. 37
81 IBID., p. 29
82 IBID., p. 16
83 IBID., p. 31
84 IBID., p. 31
85 IBID., p. 32
86
IBID., p. 35
87 IBID., p. 37
88 IBID., p. 38
89 IBID., p. 18
90 IBID., p. 31
91 IBID., O Kitáb-i-Aqdas – O Livro Sacratíssimo, p. 45
92 IBID., p. 45
93 IBID., p. 45
94 Bahá’u’lláh, citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 34
95 IBID., p. 17
96 IBID., p. 22
97 IBID., p. 25
98 IBID., p. 33
99 IBID., p. 35
100 IBID., p. 32
101 IBID., p. 17
102 IBID., O Kitáb-i-Aqdas – O Livro Sacratíssimo, pp. 44-45
103 IBID., p. 108
104 A Casa Universal de Justiça, citada em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 62
105 IBID., pp. 56-57
106 IBID., p. 59
107 IBID., p. 62
108 IBID., Turning Point – Selected Messages of the Universal House of Justice and supplementary Material –

1996–2006, p. 192
109 IBID., Mensagem aos Báhá’ís do Mundo datada de 23 de setembro de 2007 comunicando o falecimento de

Dr. Álí-Muḥammad Varqá (arquivo RvC)


110
Office of Ḥuqúqu’lláh in the Holy Land, carta datada de 14 de julho de 1997, citado em Manual for Deputy
Trustees, p. 3

77
EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

111 Bahá’u’lláh, citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 40


112 IBID., citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 39
113 De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, citada em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p.

51
114 Bahá’u’lláh, citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 39
115 ‘Abdu’l-Bahá, citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 45
116 A Casa Universal de Justiça, citada em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 60
117 ‘Abdu’l-Bahá, citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 47
118 Bahá’u’lláh, citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 39
119 IBID., citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 39
120 ‘Abdu’l-Bahá, citado em A Lei do Ḥuqúqu’lláh – O Direito de Deus, p. 45
121 A Casa Universal de Justça, Wellspring of Guidance – Messages from the Universal House of Justice, p. 37
122 IBID., p. 38
123 IBID., p. 38
124 IBID., p. 38
125 IBID., pp. 38-39
126 IBID., p. 19
127 IBID., Messages from the Universal House of Justice – 1968-1973, p. 59
128 Shoghi Effendi, Administração Bahá’í [1922-1932], p. 54
129 A Casa Universal de Justiça, Wellspring of Guidance – Messages from the Universal House of Justice, p.

19
130 ‘Abdu’l-Bahá, citado em Agriculture and Rural Life, exerto número 4
131 A Casa Universal de Justiça, Wellspring of Guidance – Messages from the Universal House of Justice, p.

19
132 Shoghi Effendi, Administração Bahá’í [1922-1932], p. 135
133 IBID., p. 135
134 Shoghi Effendi, Bahá’í Funds, Contributions and Administration, p. 11
135 IBID., p. 11
136 IBID., Administração Bahá’í [1922-1932], p. 54
137 IBID., p. 54
138 IBID., The Compilation of Compilations – Volume I, p. 543
139 IBID., Administração Bahá’í [1922-1932], p. 54
140 IBID., Administração Bahá’í [1922-1932], p. 54 [NT: trecho omitido na tradução em português]
141 IBID., Bahá’í Funds and Contributions, p. 4
142 IBID., Bahá’í Funds and Contributions, p. 15
143 ‘Abdu’l-Bahá, Tablets of ‘Abdu’l-Bahá, Volume 2, pp. 354-355
144 IBID.,
145 IBID.,
146 IBID.,
147 IBID.,
148 IBID.,
149 IBID., Promulgação da Paz Universal – Palestras de ‘Abdu’l-Bahá – Estados Unidos e Canada – 1912, p.

183
150 ‘Abdu’l-Bahá, O Segredo da Civilização Divina, p. 72
151 IBID., p. 4
152 IBID., p. 4
153 IBID., p. 4
154 IBID., p. 4
155 IBID., p. 3
156 Bahá’u’lláh, Epístolas de Bahá’u’lláh Reveladas após o Kitáb-i-Aqdas, p. 62
157 IBID., p. 186
158 ‘Abdu’l-Bahá, Palestras de ‘Abdu’l-Bahá – Paris, 1911, p. 28
159 Abdu’l-Bahá, Alicerces da Unidade Mundial, p. 62
160 Shoghi Effendi, Contribuição aos Fundos Bahá´ís. Editora Bahá´i do Brasil, 2004, p.19.
161 Bahá’u’lláh, Epístola ao Filho do Lobo,p. 46
162 IBID., As Palavras Ocultas, p. 3
163 Shoghi Effendi, Bahá’í Funds, Contributions and Administration, p. 11
164 IBID., Compilations of Compilations – Volume I, p. 543

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EDIÇÃO DE PRÉ-PUBLICAÇÃO - MATERIAL EM DESENVOLVIMENTO

165 A Casa Universal de Justiça, Messages from de Universal House of Justice – 1963-1986 – The Third Epoch
of the Formative Age, p. 26
166 Shoghi Effendi, Bahá’í Funds, Contributions and Administration, p. 9
167 A Casa Universal de Justiça, Turning Point – Selected Messages of the Universal House of Justice and

supplementary Material – 1996–2006, p. 96


168 IBID., Messages from de Universal House of Justice – 1963-1986, p. 179
169 IBID., extrato de uma mensagem datada de 12 de novembro de 2001, dirigida aos bahá’ís do mundo,

estabelecendo o Fundo de Dotações do Centro Mundial (www.bahairesearch.com)


170 IBID., extrato de uma carta de 31 de outubro de 1993, escrita pelo Departamento do Secretariado a todas

as Assembléias Espirituais Nacionais.


171 IBID. extrato de uma carta de 31 de outubro de 1993, escrita pelo Departamento do Secretariado a todas

as Assembléias Espirituais Nacionais.


172 IBID., extrato de uma carta de 31 de outubro de 1993, escrita pelo Departamento do Secretariado a todas

as Assembléias Espirituais Nacionais.


173 IBID., Lights of Guidance – A Bahá’í Reference File, p. 260
174 IBID., citada em Lights of Guidance – A Bahá’í Reference File, p. 260
175 Rúhíyyih Rabbani, The Priceless Pearl, p. 61
176 IBID., p. 61

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