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Agência Financiadora: CAPES

A democratização da educação como elemento fundamental


de respeito à diversidade no combate ao bullying, violência,
preconceito e discriminação nas escolas

Autor(a): Luciene Purcino de Oliveira


Orientador(a): Simone Barbanti

Palavras-chave: Bullying – Diversidade de gênero – Educação Infantil

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INTRODUÇÃO
Ao longo do curso Bullying, violência, preconceito e
discriminação nas escolas, pude constatar que a escola
desempenha um papel fundamental nas discussões e
combates aos diversos tipos de violência, preconceitos e
discriminações enfrentadas pela sociedade e que refletem
no ambiente escolar.
Dentre essas violências, discriminações e preconceitos,
podemos citar as relações de gênero, que podem
desencadear outras violências como a social e psicológica.

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INTRODUÇÃO

Cada ser humano é único e tem suas particularidades e suas


preferências, seja em relação a raça, cultura, corpo, religião,
política, entre outros.
A democratização da educação, tem por objetivo principal a
construção de um novo projeto educacional, assegurando
dessa forma, a reflexão crítica e a liberdade de pensamento,
sentimento e vontade como práticas no ambiente escolar:
Uma sociedade autoritária, com tradição autoritária e, não por acaso,
articulada com interesses autoritários de uma minoria, orienta-se na
direção oposta à da democracia. (PARO, 2005, p. 19)

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INTRODUÇÃO

O respeito à diversidade deve ser introduzido na mais tenra


idade se quisermos construir uma sociedade mais justa.
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Infantil, a criança é:
Sujeito histórico de direitos, nas interações, relações e práticas cotidianas
que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina,
fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e
constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura.
(MEC, 2010, p. 12)
A escola deve ser um espaço democrático, onde haja voz
para aqueles que precisam ser ouvidos.

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CONTEXTUALIZAÇÃO

Podemos dizer que a diversidade faz parte da natureza


humana, sendo a sexualidade, um tema extremamente
complexo.
Dentro dessa temática, enfrentamos os maiores desafios
no dia a dia no ambiente escolar, seja por encontrarmos
àqueles que de certa forma apóiam e respeitam esse
estudo, seja por àqueles que não aceitam a abordagem do
mesmo, por preconceito ou mesmo desconhecimento do
tema.
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CONTEXTUALIZAÇÃO

A sociedade classifica o gênero de acordo com seu sexo de


nascimento, mas segundo SCOTT (2019, p. 10), os sujeitos
são constituídos pela experiência, não por uma forma
classificatória que demarca homens e mulheres.
Na linguagem popular sexo e gênero são colocados como
sinônimos, mas na realidade existe um distanciamento entre
eles.
Para LOURO (1997), o termo gênero passou a ser usado
com o propósito de marcar diferenças entre homens e
mulheres, que são apenas de ordem física e biológica.
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-
METODOLÓGICA
Segundo SILVA (2017, p. 106): “Nos espaços escolares,
questões relacionadas à sexualidade, não raramente, geram
julgamentos, punições , isolamento e exclusão.”
A escola deve ser um espaço que promova o debate sobre
questões de gênero e sexualidade, pois vivemos em uma
sociedade doutrinada por valores religiosos e políticos, onde
a moral dita uma regra que não permite a flexibilização.
De acordo com SILVA (2017, p. 122), a sexualidade e seus
significados são enraizados no conjunto das experiências
que constituem as pessoas como seres sociais, dentro dos
cenários culturais, sociedades específicas.
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-
METODOLÓGICA
A escola reproduz esses significados em seu cotidiano,
vivencia a discriminação não respeitando as diferenças e
padronizando o que é masculino e feminino.
Refletir sobre diversidade de atitudes e comportamentos que
levam a discriminação, através do diálogo sobre diversidade
de gênero se faz necessário.

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OBJETO DE PESQUISA

Desde meados do século XX, novas discussões envolvendo


a diversidade de gênero trouxeram novos questionamentos
para a educação infantil.
O reconhecimento de que existem diferentes formas de ser
menino e ser menina, faz-se necessário para o convívio
social de forma igualitária e livre de preconceito.
Uma escola é composta por diversos elementos que
interagem e convivem diariamente, entre eles, alunos e
comunidade e isso torna a realidade da escola ainda mais
diversa.

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DESAFIO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Na educação infantil a temática da diversidade de


gênero é extremamente polêmica, pois envolve uma
série de preconceitos vindos do ambiente familiar e da
própria instituição, portanto o investimento em formação
docente para trabalhar essa temática é muito importante.

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ANÁLISE, DISCUSSÃO E
RESULTADOS ESPERADOS
Se olharmos para a escola percebemos que vários fatores apontam
a realidade para a diversidade e pluralidade, potencializando
também a necessidade de se desenvolver projetos voltados ao
respeito, a inclusão e outras temáticas relevantes.
A partir de ações educativas elaboradas coletivamente na instituição
escolar, organizar os objetivos de forma a promover um debate com
as famílias sobre as relações de respeito na escola, para que as
diferenças não sejam tratadas num viés de exclusão, desrespeito e
violência.
Promover o respeito à diversidade de gênero através das
brincadeiras e interações.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Um projeto que leve em consideração a questão da
identidade de gênero e com respeito a diversidade na
escola, pode ser trabalhado desde a Educação Infantil,
através de recursos como brincadeiras, leituras, rodas de
conversa, entre outros, mas para que isso aconteça a
temática deve fazer parte da formação docente, levando
em conta a realidade da comunidade e seus anseios, pois
a parceria da escola e família é essencial para que a
escola democrática exerça seu papel na sociedade.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil/Secretaria de Educação
Básica. Resolução CNE/CEB nº 05, de 17 de dezembro de 2009.
LOURO, Guacira Lopes. Teoria queer – Uma política pós-identitária para a
educação. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ref/a/64NPxWpgVkT9bXvLXvTvHMr/?lang=pt&format=pdf.
PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática da escola pública.São Paulo, Editora
Ática, 2005.
SILVA, Cristiane Gonçalves da. Sexualidade e diversidade sexual: diferenças, hierarquias e
resistências. In FINCO, Daniela. SOUZA, Adalberto dos Santos. OLIVEIRA, Nara Rejane Cruz
de. Educação e resistência escolar: gênero e diversidade na formação docente. Editora
Alameda Casa Editorial. São Paulo, 2017, capítulo V, 105-131.
SCOTT, Joan. (2019) “Gênero: uma categoria útil para análise histórica”, in Hollanda,
Heloisa B. (org.): Pensamento Feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do
Tempo. 13

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