1011844-91 2017 8 26 0564-4

fls.
82
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CINIRA GOMES LIMA MELO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 15/05/2019 às 19:48 , sob o número WJMJ19406875624 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1011844-91.2017.8.26.0564 e código 6EEC439.
fls. 83
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1011844-91.2017.8.26.0564 e código 6EEC439.
fls. 84
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1011844-91.2017.8.26.0564 e código 6EEC43A.
fls. 85
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1011844-91.2017.8.26.0564 e código 6EEC43A.
fls. 119
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CÍVEL
1ª VARA DE FALÊNCIAS E RECUPERAÇÕES JUDICIAIS
Praça João Mendes s/nº, Sala 1805, Centro - CEP 01501-900, Fone: (11)
2171-6505, São Paulo-SP - E-mail: sp1falencias@tjsp.jus.br
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1011844-91.2017.8.26.0564 e código A6C0648.
EDITAL DE CITAÇÃO
Processo Digital nº: 1011844-91.2017.8.26.0564

Classe: Assunto: Falência de Empresários, Sociedades Empresáriais, Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte - Inadimplemento
Requerente: Aços Trefita Ltda
Requerido: Steroc Indústria e Comércio Ltda
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JOAO DE OLIVEIRA RODRIGUES FILHO, liberado nos autos em 10/03/2021 às 14:32 .
Citação. Prazo 20 dias. Proc. 1011844-91.2017.8.26.0564. O Dr. João de Oliveira
Rodrigues Filho, Juiz de Direito da 1º Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro
Central da Comarca de São Paulo/SP, na forma da lei, etc. Faz saber a Steroc Indústria e
comércio Ltda. CNPJ 02.666.186/0001-48, na pessoa de seu representante legal que
Aços Trefita Ltda., ajuizou Pedido de Falência por ser credora de R$ 69.484,96
(agosto/16), representada pelo protesto de 2 (duas) duplicatas vencidas em 18.08.16 e
28.08.2016. Estando a ré em lugar ignorado, expede-se o edital, para que no prazo de 10
dias, a fluir após os 20 supra, conteste a ação ou efetue o depósito da quantia reclamada,
acrescida de juros, correção monetária e honorários advocatícios, conforme art. 98, § único
da Lei 11.101/05, sob pena de confissão, revelia e decretação da falência, ficando
advertida de que no caso de revelia será nomeado curador especial. Será o presente edital,
afixado e publicado na forma da lei. São Paulo, 15.02.2021.
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,

CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por VANESSA SOUZA FREI e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 06/05/2021 às 22:43 , sob o número WJMJ21407245775
fls. 124
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1011844-91.2017.8.26.0564 e código ADE6C2D.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DE FALÊNCIA E
RECUPERAÇÃO JUDICIAL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DE SÃO PAULO SP. 1
PROCESSO Nº 1011844-91.2017.8.26.0564
STEROC SERVIÇOS DE CONSULTORIA EM GESTÃO

EMPRESARIAL LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob nº
02.666.186/0001-48, localizada na Rua Cabo Adão Pereira, nº 55, Vila Pereira Barreto, São
Paulo, SP, CEP 02936-01, sem endereço eletrônico, por sua advogada que esta subscreve,
com procuração em anexo, nos autos da AÇÃO DE FALÊNCIA, que lhes move AÇOS TREFITA
LTDA, vem, mui respeitosamente a presença de Vossa Excelência, nos termos do artigo 335
e seguintes do Código de Processo Civil, apresentar sua
CONTESTAÇÃO
pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
1/13
.
fls. 125
DA TEMPESTIVIDADE DA CONTESTAÇÃO
2
Nos termos do art. 231, inciso IV, do Código de Processo Civil,

na citação por edital, há somatória de prazo. Assim, o prazo começa a correr da primeira
publicação do edital e transcorre o lapso temporal fixado pelo juiz para que a parte tome
conhecimento, no presente caso 20 dias.
Após, no dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz,
começa a correr o prazo para a apresentação da resposta do réu, qual seja, no presente caso
10 (dez), vejamos:
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do

começo do prazo:
(...)
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a
citação ou a intimação for por edital; (...)
Outrossim, nos termos do art. 219 do CPC, a contagem dos

prazos ocorrerá somente nos dias úteis, assim, considerando que o Edital foi disponibilizado
no dia 15 de março de 2021 (segunda-feira), e publicado no dia 16 de março de 2021 (terça-
feira), o prazo para conhecimento começou a fluir no dia 17 de marca de 2021 (quarta-feira).
Entretanto, conforme Comunicado CSM 2603/21, os prazos
foram suspensos no período de 26/03 a 31/03, sendo que os dias 01, 02 e 21 de Abril foram
respectivamente ponto facultativo (endoenças), feriado de Sexta Feira Santa e feriado de
Tiradentes, assim, o prazo para conhecimento da parte terminou no dia 22 de abril de 2021
(quinta-feira).
2/13
.
fls. 126
Portanto, iniciou o prazo para apresentação da presente defesa
no dia 23 de abril de 2021 (sexta-feira), sendo assim, tem-se que está plenamente 3
tempestiva a presente contestação, pois o prazo fatal para a apresentação da presente é dia
06 de maio de 2021 (quinta-feira).
DAS ALEGAÇÕES DA AUTORA
Alega a Autora que é credora da Contestante no valor de R$

69.484,96 (sessenta e nove mil, quatrocentos e oitenta e quatro reais, e noventa e seis
centavos), referente a duas duplicatas, sendo elas 102524-2 e 102524-3.
Para comprovar suas alegações apenas juntou notas fiscais e os
protestos realizados pela própria Autora.
Essa é a síntese da exordial.
DA NULIDADE DA CITAÇÃO POR EDITAL
Percebe-se nos autos uma tremenda confusão com várias

citações em diversos endereços, porém em nenhum deles foi logrado o êxito na citação.
Contudo, no caso em tela, percebe-se que não houve o
exaurimento das tentativas de localização, sendo que as escolhas foram aleatórias por conta
do autor.
Conforme se colaciona do acórdão abaixo,
A citação por edital, medida excepcional, só deve ser promovida se

comprovado o exaurimento dos meios hábeis para a localização do
endereço da parte ré. Não esgotadas todas as tentativas de
localização, a citação por edital é nula. Por representar medida
extraordinária, a citação por edital deve ser precedida de providências
3/13
.
fls. 127
exaurientes voltadas à localização do demandado. Acórdão 910693
TJDF . 4
Portanto, a decretação da nulidade da citação por edital é

medida que se impõe, pois, conforme o artigo 256 do Novo Código de Processo Civil:
Art. 256. A citação por edital será feita:

I - Quando desconhecido ou incerto o citando;
II - Quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se
encontrar o citando;
III - nos casos expressos em lei.
§ 1o Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país
que recusar o cumprimento de carta rogatória.
§ 2o No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a
notícia de sua citação será divulgada também pelo rádio, se na
comarca houver emissora de radiodifusão.
§ 3o O réu será considerado em local ignorado ou incerto se
infrutíferas as tentativas de sua localização, inclusive mediante
requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos cadastros
de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços públicos.
No presente caso, percebe-se que não houve a tentativa de

citação através de oficial de justiça no endereço de sua sede, qual seja Avenida Cabo Adão
Pereira, 55, Vila Pereira Barreto, São Paulo, SP.
Assim, a decretação da nulidade da citação é medida que se
impõe, bem como, tendo em vista que foi alegando dolosamente pela Autora o
esgotamento das tentativas citatórias, é medida de justiça que seja condenada ao
4/13
.
fls. 128
pagamento da multa de 5 salários mínimos, nos termos do artigo 258 do Código de Processo
Civil. 5
INÉPCIA DA INICIAL: DA NARRAÇÃO DOS FATOS NÃO DECORRE LOGICAMENTE A

CONCLUSÃO
Apura-se, ao verificar o teor da exordial, que as pretensões

formuladas pela Autora não merecem prosperar, pois impossível a ligação entre os fatos
genericamente narrados, documentação dos autos e o pedido de pagamento apresentado.
Senão vejamos.
A ação visa o recebimento de crédito inadimplido no valor total
de R$ 69.484,96 (sessenta e nove mil, quatrocentos e oitenta e quatro reais, e noventa e seis
centavos), relativo a supostas duplicatas que originaram-se de contratos de compra e venda
mercantis.
Com efeito, não há como se traçar uma lógica entre os fatos
genericamente lançados à peça inicial, com a pretensão ao recebimento do valor
pretendido.
Nesse plano, temos que a inadmissibilidade da vestibular
encontra sustentáculo no Código de Processo Civil, artigo 330, I e seu parágrafo único, inciso
II, verbis:
. A petição inicial será indeferida quando:

I quando for inepta ..............................................................
Parágrafo 1º. Considera -se inepta a petição inicial quando:
III
Ora, Excelência, evidente que a petição inicial é ato de

inteligência, sendo indispensável sua lógica e coerência. Se a Autora formula pedido com
5/13
.
fls. 129
base em determinados dados, óbvio que entre tais elementos deve haver respeito à lógica,
sob pena de comprometer a compreensibilidade do caso. 6
Em suma, o recado contido no inciso III, do 1º§, do artigo 330

do CPC, visa esclarecer, precisamente, que a incoerência lógica entre a causa de pedir e o
pedido é vício semelhante à falta de narrativa dos fatos. Portanto, o emprego do advérbio
que nos leva a asseverar que para que seja lógica a conclusão (petitum), é indispensável que
a premissa -menor (fatos) se enquadre no enunciado geral da premissa -maior (previsões
contidas na lei material).
Ressalta-se, por oportuno, que a vestibular é genérica, sendo
que suas três laudas não trazem os elementos necessários à discussão da controvérsia.
Logo, a ausência de narrativa fática impossibilita a
compreensão da controvérsia trazida ao debate judicial.
Temos assim que a inicial franqueada pela Autora não
apresenta as obrigatórias características para adequada formulação do pedido de
recebimento dos valores postulados na ação.
Seria minimamente indispensável que a Autora explicasse em
sua inicial qual a relação entre as partes, e comprovasse essa relação, ainda, juntasse os
contratos de compra e venda, explicasse como foi feito a contratação, e como que se dava a
cobrança, e de que forma se chegou a valor tão elevado?
Isso prova, Excelência, que por mais que se tente entender, é
simplesmente impossível traçar uma lógica entre os fatos e o pedido, na medida em que a
peça é genérica, tornando-se assim abusiva, de forma a impossibilitar o regular exercício do
direito de defesa dos Réus, afrontando os artigos 322 e 330, parágrafo 1º, todos do Código
de Processo Civil.
Corroborando a assertiva jurídica explicitada, confira -se
ementa proferia em acórdão dos nossos Tribunais de Justiça:
6/13
.
fls. 130
Processo Civil - Ação de Cobrança - Narração dos fatos de onde não
decorre logicamente a conclusão - Inépcia da inicial - Extinção do 7
processo sem julgamento de mérito - Recurso desprovido. I -

Analisando-se a inicial, constata-se que da narrativa nela veiculada não
decorre logicamente a conclusão, o que acarreta a inépcia da peça
vestibular e, por conseqüência, a extinção do processo sem julgamento
de mérito, nos termos do art. 267, I, do CPC; II - Recurso conhecido e
desprovido. (TJ-SE - AC: 2007211307 SE, Relator: DESA. MARILZA
MAYNARD SALGADO DE CARVALHO, Data de Julgamento: 17/12/2007,
2ª.CÂMARA CÍVEL).
A Autora alega que é credora da Ré em face de saldo devedor

referente a duplicatas. Para comprovar seu crédito, instruiu a petição inicial com apenas
notas fiscais e protestos. Contudo, a Autora não apresentou o contrato de compra e venda
mercantis, o qual comprovaria a relação jurídica e os valores combinados supostamente
entre as partes.
Por esses fundamentos, indispensável a atuação desse D. Juízo
para atestar a inépcia do petitório inaugural, indeferindo-o com base no artigo 330, inciso I,
do Código de Processo Civil, extinguindo-o sem resolução de mérito.
De qualquer sorte, para que se evite qualquer alegação de
preclusão, passa a Ré a refutar as matérias de mérito da demanda.
MÉRITO
A Contestante impugna todos os fatos articulados na inicial o

que se contrapõem com os termos desta contestação, esperando a IMPROCEDÊNCIA DA
AÇÃO PROPOSTA, pelos seguintes motivos.
7/13
.
fls. 131
INSUFICIÊNCIA PROBATÓRIA
8
Não bastassem as considerações preliminares, fato é que há

insuficiência probatória.
Ainda que indiretamente, deveria a peça inicial e prova escrita
apresentada demonstrar a relação jurídica existente entre as partes, ou seja, o contrato de
compra e venda mercantis, o qual deveria conter os valores acertados, para que assim
pudesse chegar a constituição de todo o crédito em comento.
Destaca-se que foi juntado apenas notas fiscais e os protestos.
Incide aqui o artigo 333 do Código de Processo Civil, haja vista
que a Autora não demonstrou os fatos constitutivos do suposto direito, que não poderão ser
detectados por este D. Juízo se não for possível entender-se qual a soma em dinheiro que é
devida.
O que ocorre é que para que haja liquidez, certeza e
exigibilidade, deve provar a relação entre as partes, ou seja, o contrato que comprova as
duplicatas, bem como, os valores acertados, para assim termos o débito efetivo, não
podendo o mesmo ser subordinado a qualquer prova ou complementação.
Admitindo-se o contrário, estaria se autorizando que o credor
unilateralmente complementasse um requisito ausente, legitimando-se a possibilidade de
aceitar a Contestante uma liquidez, com base em apontamentos unilaterais advindos do
credor.
Portanto, não há como este D. Juízo obter convicção de liquidez
e certeza do crédito cobrado. Mediante isto, necessário que a presente contestação seja
julgada totalmente procedente e que a ação de cobrança seja julgada totalmente
improcedente.
8/13
.
fls. 132
DO ÔNUS DA PROVA
Impõe o artigo 333, inciso I, do Estatuto Ritual que o ônus da 9
prova incumbe a Autora, quanto ao fato constitutivo de seu direito.

No caso concreto, temos que a premissa não foi atendida a
contento pela Autora, na medida em que:
Apontou os fatos de forma genérica, sem informações básicas
necessárias a compreensão da pretensão deduzida;
Não logrou êxito em explicar os valores cobrados;
E principalmente não comprovou o contrato formalizado com a
Contestante.
Não bastassem tais fatos, sabidamente a petição inicial deve
ser instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação. Entretanto, a dos
autos não foi instruída, de modo que precluiu para a Autora o direito à produção de prova
documental.
Considerando as disposições cogentes, temos que a Autora não
atendeu ao seu munus probatório, razão pela qual reforçam a Ré o pedido de total
improcedência da demanda.
DA CONCESSÃO DA JUSTIÇA GRATUITA
Trata-se de empresa com inúmeras dificuldades, com despesas

superiores à receita, em especial pela crise que assola o país desde 2015. E
lamentavelmente, a situação financeira da Contestante piorou no ultimo ano, diante da
pandemia do COVID-19 (coronavirus), que foi instalada no Brasil a partir do meio de março
de 2020, momento avassalador e sem precedentes na história recente, que impactou, e
continuam impactando negativamente todos os setores que fomentam a economia do país,
as Recorrentes requerem a isenção do recolhimento do preparo.
9/13
.
fls. 133
Isso porque, em razão das medidas restritivas fixadas pelo
Governo Estadual, as atividades empresariais foram bruscamente afetadas, de modo que as 10
compras de mão de obra, e as vendas para a indústria foram suspensas, bem como, clientes
cuja as vendas foram realizadas, com pagamento futuro, acenaram, e continuam acenando
pela inadimplência e impontualidade do pagamento, em razão de estarem impossibilitados
de exercerem qualquer das atividades que geram o capital para o pagamento de suas
obrigações.
Diariamente têm sido noticiadas diversas medidas na esfera

pública e privada que visam minimizar esses impactos para que possamos passarmos por
esse período sem tantas cicatrizes.
Na esfera jurídica já se fala que a pandemia do novo

coronavirus (COVID-19) poderá ser classificada como um evento de caso fortuito ou força
maior, no entanto, sem precedentes dos nossos Tribunais até o momento.
Sendo assim, a Contestante, vêm enfrentando momentos

delicados financeiramente, o que se comprometeu 100% com a Pandemia, e ainda mais
tendo folha de pagamentos a honrar, bem como, as despesas mensais para serem
cumpridas, contudo, sem rendimentos.
Diante dos fatos, não pode ser permitido deixar de apreciar

uma Defesa pela atual situação financeira da Requerida, diante de uma pandemia mundial
que vem afetando o mundo inteiro, é por óbvio que o recolhimento do preparo traria um
prejuízo ainda maior para as pessoas jurídicas.
10/13
.
fls. 134
Dessa maneira, a concessão do benefício da justiça gratuita é
medida que se impõe nesse momento, evitando-se assim, prejuízos irreparáveis as 11
empresas, que já enfrentam atualmente uma crise financeira sem precedentes.

A possibilidade da gratuidade de justiça já foi sumulado pelo
STJ, nos seguintes termos:
Súmula 481 -Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica

com ou sem fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de
arcar com os encargos processuais. (Súmula 481, CORTE ESPECIAL,
julgado em 28/06/2012, DJe 01/08/2012)
No mesmo sentido é o entendimento firmado em inúmeros

precedentes:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO. GRATUIDADE.

PESSOA JURÍDICA. A gratuidade judiciária pode ser concedida às
pessoas jurídicas. Caso em que se mostra pertinente a concessão do
benefício, diante do contexto probatório existente. RECURSO
PROVIDO. (TJRS, Agravo de Instrumento 70074513037, Relator(a): Ana
Maria Nedel Scalzilli, Décima Sexta Câmara Cível, Julgado em:
22/02/2018, Publicado em: 01/03/2018).
AGRAVO DE INSTRUMENTO. GRATUIDADE. PESSOA JURÍDICA.

DESTITUIÇÃO DE SÍNDICO. QUORUM. MAIORIA ABSOLUTA DOS
PRESENTES NA ASSEMBLÉIA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 1.
Dispõe o enunciado 481 da Súmula do STJ que faz jus ao benefício da
justiça gratuita, a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que
demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.
11/13
.
fls. 135
Ausente qualquer elemento que infirme a hipossuficiência do
agravante, o deferimento da gratuidade de justiça é medida que se 12
impõe. 2. Segundo interpretação literal do artigo 1.349 do Código Civil,

para a destituição do síndico, é necessário o voto da maioria absoluta
dos condôminos presentes à assembleia convocada e não do total dos
co-proprietário. 3. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. (TJDFT, Acórdão
n.1080086, 07149328720178070000, Relator(a): LUÍS GUSTAVO B. DE
OLIVEIRA, 4ª Turma Cível, Julgado em: 07/03/2018, Publicado em:
14/03/2018).
Portanto, deve ser concedido o benefício da justiça gratuita

para a Contestante.
DOS PEDIDOS
Ante o exposto requer:
a) A concessão dos benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, nos

termos do art. 98do CPC;
b) Preliminarmente, necessária a decretação da nulidade da

citação, e consequentemente a condenação da Autora ao pagamento da multa de 5
salários mínimos, nos termos do artigo 258 do Código de Processo Civil. Outrossim,
necessário o indeferimento da petição inicial porque da narração dos fatos não decorre
logicamente a conclusão, conforme o artigo 330, I e seu parágrafo 1º, inciso III do CPC;
12/13
.
fls. 136
c) Não acatando, Vossa Excelência, as preliminares prejudicial
de mérito aqui exposta, a presente Contestação deve ser julgada totalmente PROCEDENTE 13
e, como corolário, a improcedência total da ação de falência, por insuficiência de provas.
d) Por fim, a produção de todas as provas em direito

admitidas.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
São Paulo, 05 de maio de 2021.
VANESSA SOUZA FREI

OAB/SP 231833
13/13
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CINIRA GOMES LIMA MELO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 03/09/2021 às 11:23 , sob o número WJMJ21414629729
fls. 140
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DE

FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO JUDICIAL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DE
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1011844-91.2017.8.26.0564 e código B907906.
SÃO PAULO/SP
Autos do Processo nº 1011844-91.2017.8.26.0564
AÇOS TREFITA LTDA, já qualificada nos autos da AÇÃO

DE FALÊNCIA em epígrafe, que move em face de STEROC SERVIÇOS DE
CONSULTORIA EM GESTÃO EMPRESARIAL LTDA., igualmente qualificada, por
sua advogada, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar
RÉPLICA pelos motivos a seguir expostos:
I. BREVE RESUMO DA PEÇA DE DEFESA:
Alega o Requerido, em sua contestação:

I. Preliminarmente: a) nulidade de citação por edital,
argumentando não ter havido tentativa de citação através de oficial
1
Página
de justiça no endereço da sede da Requerida, nem o exaurimento das
gomesmelo.adv.br
gomesmelo@gomesmelo.adv.br / +55 (11) 3326-4101
Rua Antônio de Barros, 2391, cj. 33 São Paulo SP
.
fls. 141
tentativas de localização; b) inépcia da inicial, sustando a

inexistência de lógica entre a narração dos fatos e a conclusão.
II. No mérito, aduziu que: a) que a Requerida não se desincumbiu
do ônus de provar fato constitutivo de seu direito e que as provas
acostadas são insuficientes.
Com base em tais argumentos, requer a improcedência do

pedido inicial. Todavia, as razões apresentadas pelo réu não são suficientes para afastar a
procedência da presente demanda, consoante será demonstrado a seguir.
II. PRELIMINARMENTE:
II.1) DA IRREGULARIDADE DA PROCURAÇÃO APRESENTADA PELA

REQUERIDA:
Prefacialmente, convém salientar acerca da manifesta

irregularidade da representação processual da Requerida, que anexou procuração às fls.
137, datada de 07 de maio de 2019, sem a identificação da pessoa que a subscreveu e,
tampouco, apresentou seus atos constitutivos.
Com efeito, não se pode concluir que a subscritora ou o

subscritor da referida procuração possua poderes específicos para outorgar poderes de
cláusula ad judicia , ou sequer que o subscritor tenha conhecimento da presente demanda,
razão pela qual, emerge cristalina a irregularidade processual da Requerida.
2
Página
II.2) DA REGULARIDADE DA CITAÇÃO POR EDITAL
gomesmelo.adv.br
.
fls. 142
A Requerida sustenta que não houve o exaurimento das
tentativas de localização e que a escolha dos endereços foi realizada de maneira aleatória
pela Requerente.
Preliminarmente, insta salientar que a Requerida não

acostou aos autos os seus atos constitutivos, razão pela qual, não há documentação
hábil para comprovar as alegações trazidas em sua peça de defesa.
Ademais, insta salientar que, desde o ajuizamento da demanda,

em 19 de maio de 2017, foram feitas numerosas diligências para localizar possíveis
endereços para citação, consoante se verifica em simples análise dos autos do processo.
Ainda, destaque-se que a citação por edital foi publicada apenas

no dia 10 de março de 2021, conforme certidão de cartório acostada aos autos às fls. 120.
Destarte, notadamente, a citação por edital foi realizada como medida excepcional.
Ademais, cumpre mencionar que os endereços não foram

escolhidos de maneira aleatória, visto que foram encontrados na ficha cadastral emitida
pela Junta Comercial do Estado de São Paulo - JUCESP, juntada às fls. 17, vejamos:
A Requerida sustenta, também, que não houve tentativa de

3
Página
citação, através de Oficial de Justiça, no endereço de sua sede, qual seja: Avenida Cabo
gomesmelo.adv.br
.
fls. 143
Adão Pereira, 55, Vila Pereira Barreto, São Paulo/SP. Entretanto, a empresa estava
estabelecida em São Bernardo do Campo, conforme indicado em seu site (documento
juntado às fls. 31/33), no Google, com foto do estabelecimento (às fls. 34).
Ainda, através de pesquisa, a Requerente apurou que o

endereço indicado ficha cadastral da Junta Comercial se confunde com o do escritório de
contabilidade da Requerida, conforme consignado na petição de fls. 30.
No mais, houve, sim, tentativa de citação por Oficial e Justiça,

na sede da Requerida, endereço indicado em seu site: Rua Senador Manoel Cordeiro
Vilaça, 280. Tanto é que foi juntada certidão negativa do Oficial, às fls. 41.
Por conseguinte, haja vista a tentativa anterior não ter logrado

êxito, foi feita a tentativa de citação postal da Requerida (fls. 43) no endereço residencial
de seus sócios JOSÉ RUFINO DE OLIVEIRA FILHO e JULIETA CARDOSO DE
OLIVEIRA, indicado ficha cadastral atualizada emitida pela JUCESP, qual seja: Rua
Manaias, 130 Apto 44 Vila Prudente São Paulo SP CEP: 03140-040, bem como a
citação pessoal, às fls. 67 e 73, nos mesmos termos.
Foi juntada certidão negativa do Oficial de Justiça, às fls. 80.
Isto posto, foi tentada a citação pessoal da Requerida, no

estabelecimento empresarial em São Bernardo do Campo, onde também estava
estabelecida a empresa MINER TOOLS DO BRASIL LTDA, visto que, nos autos do
processo de execução nº 1024180-30.2017.8.26.0564, movido por terceiro contra a
Requerida, foi constatado que esta e a empresa MINER TOOLS estavam estabelecidas no
mesmo endereço e que pertenciam ao grupo empresarial da família Rufino de Oliveira (fls.
4
Página
82/85).
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.
fls. 144
Posteriormente, em razão das medidas adotadas para a
contenção da COVID-19, foi determinada a quarenta. Assim, houve a paralisação das
atividades não essenciais, razão pela qual a Requerida não estava exercendo a atividade
empresarial.
Deste modo, foi requerida a citação da Requerida no endereço

residencial dos sócios JOSE RUFINO DE OLIVEIRA FILHO e JULIETA CARDOSO DE
OLIVEIRA, às fls. 95/96 e 102/103.
Ademais, em razão de a Requerida ter encerrado suas

atividades no estabelecimento empresarial localizado em São Bernardo do Campo - de
acordo com as informações cadastrais do Google, bem como de seu site -, novamente, foi
requerida a sua citação no endereço residencial dos sócios JOSÉ RUFINO DE OLIVEIRA
FILHO e JULIETA CARDOSO DE OLIVEIRA, às fls. 105/106.
Contudo, tal pedido foi indeferido pelo juízo, às fls. 107, sob o
argumento de que a Súmula 51 do Tribunal de Justiça de São Paulo, preleciona que "no
pedido de falência, se o devedor não for encontrado em seu estabelecimento será
promovida a citação editalícia independentemente de quaisquer outras diligências".
Portanto, foram realizadas todas as diligências cabíveis, sendo

apenas promovida a citação por edital em razão de a Requerida não ter sido encontrada em
seu estabelecimento.
Deste modo, considerando que a Requerente tentou citar a

Requerida por aproximadamente 4 (quatro) anos, sem deixar de realizar as devidas
5
Página
diligências para tal, resta evidente que não houve nulidade de citação.
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.
fls. 145
II.3) DA PRELIMINAR ARGUIDA: DO LIAME LÓGICO ENTRE OS FATOS A
CONCLUSÃO
A Requerida sustenta que as pretensões formuladas pela

Requerente não merecem prosperar, pois, supostamente, inexiste ligação entre os fatos
narrados, documentação acostada aos autos e o pedido de pagamento.
Contudo, não assiste melhor razão, isto porque, conforme se

depreende da exordial, a Requerente é credora da Requerida pela importância de R$
69.484,96 (Sessenta e nove mil, quatrocentos e oitenta e quatro reais e noventa e seis
centavos), originada pelas duplicatas 102524-2 e 102524-3.
Os títulos supracitados não foram pagos, assim, venceram e

foram devidamente protestados, consoante se verifica das fls. 13/16.
Ressalte-se que os títulos inadimplidos perfazem dívida líquida

e cujo valor ultrapassa o limite legal de 40 (quarenta) salários mínimos, o que se enquadra
na hipótese do artigo 94, inciso I, da Lei nº 11.101/05.
Além disso, destaque-se que o Código Civil é claro ao dispor

que o inadimplemento da obrigação enseja a mora do devedor, veja-se:
Art. 397 CC: O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida,

no seu turno, constitui de pleno direito em mora o devedor.
Destarte, ante a mora da Requerida, logicamente, surge o

6
Página
direito da Requerente de requerer a decretação da falência.
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.
fls. 146
Ressalte-se que a Requerida, em sua peça de defesa, parece
não ter realizado a análise adequada do pedido inicial, já que, em nenhum momento
a Requerente pede a condenação da Requerida, mas sim a decretação da sua falência.
Assim, a presente demanda não tem por objeto a cobrança

de dívidas e sim a configuração do estado falimentar pelo preenchimento dos
pressupostos do artigo 94, I, da Lei nº 11.101/2005.
Impende salientar, que foi acostada, às fls. 35/36, a notificação

do protesto com a identificação da pessoa que a recebeu, documento necessário para o
requerimento de falência da empresa devedora, nos termos da Súmula 361 do Superior
Tribunal de Justiça.
III. DO MÉRITO
III.1) DA SUFICIÊNCIA PROBATÓRIA
A Requerida sustenta que a relação jurídica e os valores

combinados entre as partes, não restou comprovada porque a Requerente não apresentou o
Contrato de Compra e Venda Mercantil.
Contudo, tal argumento não merece prosperar, isto porque, não

há qualquer disposição legal que imponha às partes a necessidade de celebração de
contrato escrito. Ademais, é cediço que, nos contratos de compra e venda mercantil
cujo objeto é mercadorias, a nota fiscal é documento hábil e suficiente para
comprovar a relação jurídica havida entre as partes, pois, contém a descrição das
7
Página
mercadorias negociadas, os valores e vencimentos.
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.
fls. 147
No presente caso, foram acostados aos autos do processo

documentos suficientes para comprovar os fatos narrados na exordial, quais sejam:
i) a nota fiscal de venda com o comprovante de entrega da mercadoria; e ii) os
respectivos protestos. Assim, resta cabalmente comprovada existência de relação
jurídica, o que torna indubitável a dívida. Ressalte-se que tais documentos não foram
impugnados pela Requerida.
Neste sentido, impende salientar o julgado, a saber:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO.

DUPLICATA SEM ACEITE. FORÇA EXECUTIVA. ART. 15, II, A, B
E C, DA LEI N. 5.474/68. PROTESTO DO TÍTULO POR INDICAÇÃO.
NOTA FISCAL E COMPROVANTE DE ENTREGA DAS
MERCADORIAS. ASSINATURA. FUNCIONÁRIO DA EMPRESA.
FORÇA EXECUTIVA DO TÍTULO. PRESENÇA. EXCESSO DE
EXECUÇÃO. INEXISTÊNCIA. JUROS DE MORA. ART. 397 DO
CÓDIGO CIVIL. TERMO INICIAL. INADIMPLEMENTO DA
OBRIGAÇÃO. SENTENÇA MANTIDA. 1 - Contendo, os
comprovantes de entrega das mercadorias relacionadas nas notas
fiscais eletrônicas referentes a duplicatas sem aceite devidamente
respaldadas pelos protestos dos títulos por indicações, assinatura por
extenso de funcionário da Executada/Embargante, impõe-se
reconhecer a liquidez, certeza e exigibilidade do título, uma vez que
presentes os requisitos exigidos no art. 15, II, alíneas a, b e c, da Lei nº
5.474/68. 2 - Tratando-se de obrigação positiva, líquida e com data certa
de vencimento, nos termos do art. 397 do Código Civil, o devedor já está
constituído em mora desde o inadimplemento da obrigação. Apelação
Cível desprovida. (TJ-DF 07063508420208070003 DF 0706350-
84.2020.8.07.0003, Relator: ANGELO PASSARELI, Data de Julgamento:
02/12/2020, 5ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE:
18/12/2020. Pág.: Sem Página Cadastrada).
Com efeito, o conjunto probatório acostado aos autos do

8
processo em epígrafe demonstra plenamente a relação jurídica existente entre as

Página
partes, bem como a existência da dívida, que é, portanto, líquida, certa e exigível.
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.
fls. 148
III.2) DO ÔNUS DA PROVA
Inicialmente, cumpre mencionar o artigo 373 do Código de
Processo Civil, o qual dispõe que o ônus da prova incumbe ao autor, quanto ao fato
constitutivo de seu direito (inciso I); e ao réu, quanto à existência de fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do autor (inciso II).
Conforme exposto alhures, os comprovantes de entrega das

mercadorias relacionadas nas notas fiscais, referentes às duplicatas sem aceite,
devidamente respaldadas pelos protestos dos títulos por indicações, bem como a assinatura
por extenso de funcionário(a) da Executada, que estão devidamente acostados aos autos
deste processo, implicam o reconhecimento da liquidez, certeza e exigibilidade do título.
Desta maneira, é desnecessária, portanto, a juntada do Contrato

de Compra e Venda Mercantil para comprovação da relação jurídica, pois, não há
qualquer disposição legal que imponha às partes a necessidade de celebração de
contrato escrito. Ademais, é cediço que, nos contratos de compra e venda mercantil
cujo objeto é mercadorias, a nota fiscal é documento hábil e suficiente para
comprovar a relação jurídica havida entre as partes, pois, contém a descrição das
mercadorias negociadas, os valores e vencimentos.
No mais, os fatos trazidos pela Requerente não foram narrados

de forma genérica, uma vez que a situação que causou a lide foi devidamente apresentada,
explicada e, inclusive, comprovada pela documentação acostada aos autos.
Ainda, a Requerida apenas se limita a alegar que a

Requerente que não explicou os valores cobrados, contudo, deixa de apontar o valor
9
Página
que entendia ser correto, bem como o modo que o cálculo deveria ser feito. Ainda,
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.
fls. 149
não apresenta qualquer comprovante de pagamento, tampouco, realiza o depósito

elisivo.
Ademais, a Requerida não apontou fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito da Requerente, apresentando defesa genérica, razão
pela qual não se desincumbiu de seu ônus e, portanto, não merece prosperar o pedido de
improcedência da demanda.
IV) DA CONCLUSÃO
Preliminarmente, requer a intimação da Requerida para que

regularize a sua representação processual, acostando aos autos procuração regular e os seus
atos constitutivos, sob pena de sofrer os efeitos da revelia.
Por todo o exposto, requer a rejeição das preliminares de

nulidade da citação por edital e inépcia da inicial arguidas e, ante a ausência de depósito
elisivo, reitera o pedido inicial, esperando a procedência do feito para decretar a falência
da Requerida, como medida da mais lídima JUSTIÇA.
Nestes termos,
Pede deferimento.
São Paulo, 03 de setembro de 2021.
10
Cinira Gomes Lima Melo

Página
OAB/SP nº 207.660
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fls.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Processo Digital nº: 1011844-91.2017.8.26.0564

DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006,

STEROC SERVIÇOS DE CONSULTORIA EM GESTÃO

pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

Nos termos do art. 231, inciso IV, do Código de Processo Civil,

Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do

Outrossim, nos termos do art. 219 do CPC, a contagem dos

DAS ALEGAÇÕES DA AUTORA

Alega a Autora que é credora da Contestante no valor de R$

DA NULIDADE DA CITAÇÃO POR EDITAL

Percebe-se nos autos uma tremenda confusão com várias

A citação por edital, medida excepcional, só deve ser promovida se

Portanto, a decretação da nulidade da citação por edital é

Art. 256. A citação por edital será feita:

No presente caso, percebe-se que não houve a tentativa de

INÉPCIA DA INICIAL: DA NARRAÇÃO DOS FATOS NÃO DECORRE LOGICAMENTE A

Apura-se, ao verificar o teor da exordial, que as pretensões

. A petição inicial será indeferida quando:

Ora, Excelência, evidente que a petição inicial é ato de

Em suma, o recado contido no inciso III, do 1º§, do artigo 330

processo sem julgamento de mérito - Recurso desprovido. I -

A Autora alega que é credora da Ré em face de saldo devedor

A Contestante impugna todos os fatos articulados na inicial o

Não bastassem as considerações preliminares, fato é que há

prova incumbe a Autora, quanto ao fato constitutivo de seu direito.

DA CONCESSÃO DA JUSTIÇA GRATUITA

Trata-se de empresa com inúmeras dificuldades, com despesas

Diariamente têm sido noticiadas diversas medidas na esfera

Na esfera jurídica já se fala que a pandemia do novo

Sendo assim, a Contestante, vêm enfrentando momentos

Diante dos fatos, não pode ser permitido deixar de apreciar

empresas, que já enfrentam atualmente uma crise financeira sem precedentes.

Súmula 481 -Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica

No mesmo sentido é o entendimento firmado em inúmeros

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO. GRATUIDADE.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. GRATUIDADE. PESSOA JURÍDICA.

impõe. 2. Segundo interpretação literal do artigo 1.349 do Código Civil,

Portanto, deve ser concedido o benefício da justiça gratuita

Ante o exposto requer:

a) A concessão dos benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, nos

b) Preliminarmente, necessária a decretação da nulidade da

e, como corolário, a improcedência total da ação de falência, por insuficiência de provas.

d) Por fim, a produção de todas as provas em direito

VANESSA SOUZA FREI

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DE

Autos do Processo nº 1011844-91.2017.8.26.0564

AÇOS TREFITA LTDA, já qualificada nos autos da AÇÃO

I. BREVE RESUMO DA PEÇA DE DEFESA:

Alega o Requerido, em sua contestação:

de justiça no endereço da sede da Requerida, nem o exaurimento das

tentativas de localização; b) inépcia da inicial, sustando a

Com base em tais argumentos, requer a improcedência do

II.1) DA IRREGULARIDADE DA PROCURAÇÃO APRESENTADA PELA

Prefacialmente, convém salientar acerca da manifesta

Com efeito, não se pode concluir que a subscritora ou o

II.2) DA REGULARIDADE DA CITAÇÃO POR EDITAL

A Requerida sustenta que não houve o exaurimento das

Preliminarmente, insta salientar que a Requerida não

Ademais, insta salientar que, desde o ajuizamento da demanda,

Ainda, destaque-se que a citação por edital foi publicada apenas