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PARA CRIANÇAS
E ADOLESCENTES
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MODELO DA MENTE
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COINVINCER
BRAÇO GIRATÓRIO
Passo 1:
Passo 2:
Passo 3:
longe.
3
E depois que for bem mais longe, ela mentalmente volta o braço direito para a posição inicial, com os dois
fechados. Peça para ela te avisar quando ela tiver concluído.(criança avisa que já girou, superou o segundo giro
Obs: até aqui, a criança girou uma vez de verdade e duas vezes somente na imaginação dela.
Passo 4: Agora peça para a criança abrir os olhos e com os olhos abertos, de verdade,realmente fazer o mesmo
movimento do passo 1 e veja o que acontece: ela de fato supera a primeira marca dela. Daí você diz: UAU! O
que aconteceu? (criança responde algo do tipo: nossa! eu fui bem mais longe agora!) E o que você fez para
melhorar tanto a sua performance? (criança responde: eu treinei ou eu imaginei que treinava) Aqui você
aproveita para lembrá-la de que ela não treinou de fato para melhorar, o que ela fez foi imaginar que estava se
superando e que só de imaginar que conseguia, ela de fato conseguiu. A nossa mente não distingue o real do
imaginário. E aqui está o poder maravilhoso da nossa mente, se você diz que superou ela te leva a superar e se
você diz que não consegue, ela também te dá esse resultado. Vamos usar a sua mente como uma grande aliada?
Aqui temos outro convincer do qual eu gosto muito, porém uso menos.
BALDE E BALÃO
.Por favor, fique de pé. .Estique os dois braços para a frente. .Vire uma palma da mão para cima e deixe a outra
para baixo. .Agora feche os olhos. .Imagine agora que nessa mão que está virada para cima, eu estou colocando
um balde, mas esse balde não está vazio, ele está cheio de areia. Ele já está bastante pesado mas eu ainda
coloco um pouco de água dentro dele e isso faz a areia pesar mais ainda. .Na mão que está virada para baixo,
eu vou amarrar centenas de balões coloridos de gás hélio, daqueles que flutuam, eles ficam presos na sua mão,
subindo em direção ao céu. .Quanto mais pesado vai ficando esse balde de areia úmida, mais esses balões
sobem e flutuam. .E agora, eu resolvo colocar mais areia nesse balde, ele fica mais pesado e pesa mais ainda
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E na outra mão, ela está tão bonita, que eu resolvo amarrar mais 1.000 novos balões de gás aí, porque eu sei que
quanto mais eles sobem, mais feliz você fica e mais o balde pesa.
Obs: caso a pessoa não mova os braços, continue dizendo que está colocando mais areia com água no balde e
mais chumaços de balões, vai acrescentando elementos emocionais, como alegria, paz, leveza ao flutuarem os
balões. E assim que você perceber que houve movimento de subida e/ou descida dos braços, peça para a pessoa
se sente pressionada.
-Fracionamento
-Teste do braço
aprofundamento.
Passo número 1:
mais.
Prove para si mesmo que os seus olhos estão totalmente colados, como
5
OBS: caso os olhos não se colem, repita a sugestão lembrando ao
cliente que somente ele pode fazer com que aquilo aconteça e que ele
Passo número 2:
Leve todo esse relaxamento dos seus olhos lá para o topo da sua
cabeça e permita que ele desça pela sua face relaxando toda a sua
troncos, perna até chegar na pontinha dos seus dedos dos pés.
começando na cabeça e indo até os dedos dos pés. Todo o seu corpo
Passo número 3:
Daqui a pouco eu pedirei para você abrir e fechar os olhos, e cada vez
que você abre e fecha os olhos, aprofunda ainda mais esse relaxamento
O fechar dos olhos é o seu sinal para que todo o seu corpo aprofunde
Agora, pela segunda vez eu pedirei novamente para você abrir e fechar
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E daqui a pouco pela terceira e última vez, eu pedirei novamente para
Passo número 4:
relaxamento físico que precisamos e seu corpo todo está pesado, como
esquerdo, diga o pulso que estiver mais próximo a você), permita que
permitirá que esse braço também fique pesado como um pano molhado.
todo pesar.”
(Se o braço estiver duro e o cliente não o relaxou, diga:” Isso! Muito
bem! Relaxe mais, solta mais! Deixe seu braço todo solto e pesado!”)
‘Daqui a pouco eu vou soltar o seu braço e quando ele cair, permita que
“Pode ser que você sinta sua perna direita mais pesada ou esquerda
Passo número 5:
sua mente.
E eles se vão.
Pode começar em voz alta com o número 100. E eles vão sumindo… 99
permita que eles se vão. Prepare -se agora para todos sumiram…
Sumiram?
OBS: caso ele conte o número 97, 96… fale para ele:
Todos sumiram?
Todos sumiram?
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APROFUNDAMENTO
Imagine que à sua frente agora existe uma escada e essa escada pode
ser do jeito que você quiser, pode ser de madeira, de metal, escada
você já atingiu.
seu corpo dos pés a cabeça enquanto você desce, 6 quanto mais
profundo você vai, melhor você se sente, 5 quanto melhor você se sente
mais profundo você vai, 4 você relaxa e vai mais profundo, 3 mais
mais e mais.
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Dados importantes para ficha de atendimento
Sexo:
Idade:
Data de nascimento:
Endereço (rua/numero):
Cidade:
Cep:
Telefone:
Celular:
E-Mail:
Estado Civil:
Religião:
Importância da religião:
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LAGO SUBCONSCIENTE (técnica de regressão infantil)
relaxamento disfarçado.
passo 3.
história.
primeira vez)
dedos.
Diga:
vida.
(Criança responde)
problema que você veio tratar aqui.No meio de todas essas bolas coloridas aí, têm também
(Criança responde)
(Criança responde)
Muito bem!
pescar?
(Criança responde)
problema)
sabor de sorvete?
anos.
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Obs: aqui você pede para a criança se encontrar com
criança o que ela acredita que faltou pra ela ali naquele
mãos.
Diga:
(criança responde)
tenha sumido)
(criança responde)
Se houver, diga:
dela.
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Repetir os passos de ressignificação até que no lago
mais vê aí?
(criança responde)
Tá legal aí?
(criança responde)
portinha.
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E quando você abre essa porta, você percebe que
aniversário da criança).
familiares…
surpresa.
(Criança responde)
aí dentro.
(criança responde)
decorada ou não?
necessita).
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Como você se sente agora depois desse maravilhoso
corajoso agora)
corajoso!
Eu sou corajoso!
Eu sou corajoso!
Eu sou corajoso!
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Volta à infância
Passo 3:
familiarizado com esse túnel porque percebe que está no seu próprio
caminho.
E depois de caminhar por esse túnel, você percebe, que ele te leva para
a frente da porta da casa da sua infância, você logo percebe que está
Olhe para a essa porta. Como é essa porta? De que cor é essa porta?
Agora abra essa porta e entre. Em que cômodo você está? Como é
esse cômodo aí? Têm algum cheiro familiar? Descreva ele para
mim.(Cliente responde)
responde)
Agora que você já é bem maior, você sabe exatamente o que está
você sabe do que ela precisa para que ela se sinta bem.
Você tem liberdade para conversar com ela, brincar, pegar no colo,
contar uma historinha que ela goste, abraçar, beijar, dizer pra ela o que
você sabe que ela precisa ouvir, cuidar dela, mostrar fotos do seu
celular da sua vida adulta, mostrar suas conquistas, suas vitórias… sei
lá, você sabe o que faltou para essa criança e está aí justamente para
Então eu vou ficar em silêncio e vou te dar um tempo para que você
possa acolher essa pequenininha aí e dar para ela tudo o que ela
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Agora eu quero falar com o “fulaninho”(dizer o nome do cliente no
diminutivo, por exemplo: Cliente é Marcos você diz que quer conversar
com o Marquinhos)
responde)
O que ele te disse? O que ele fez? E como você se sente agora?(cliente
responde e você verifica se a criança está bem. Caso você perceba que
o Marquinhos não está muito bem, diga que quer falar com o Marcos
adulto e pergunte o que ele fez, como fez e o que falou. E se o adulto
acolhida).
Agora que sua criança está muito bem, está tranquila e feliz, se despeça
dela, diga à ela que você precisa ir, que você tem coisas para resolver e
que ela pode continuar ali brincando ou vir com você, morando dentro
Agora que está tudo bem com essa criança linda, vá se direcionando
para a porta dessa casa, saia por ela, feche-a e entre de volta no seu
túnel.
sentindo muito bem, com uma leveza no peito e com a certeza de que
muito tranquilo.
Passo 4:
Emergir o cliente.
emergir
muito tranquilo.
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Eu sou sufuciente
Passo 1:
Fazer indução de Dave Elman (sempre de acordo com a idade do cliente, que poderá ser a
Passo 2:
Eu agora vou contar de 1 até 5 e no 5 você estará no dia no seu nascimento, lá no hospital onde
você nasceu, você estará assistindo ao seu nascimento, você acabou de nascer e está no berço ou
no colo da sua mamãe.E você vê esse bebezinho lindo que acabou de chegar ao mundo e você
observa como ele é lindo, como ele é perfeito, como ele é completo, como ele é
suficiente.Quando alguém brinca com esse bebezinho, ele se esconde e diz: “não olhe para mim,
Ele sorri de volta né?! Porque ele sabe que é suficiente e merece amor e atenção.
Olhe como ele é confiante, olhe como ele sabe que é totalmente suficiente. E sabe por quê ele
tem essa certeza da suficiência dele? É porque desde que estava na barriga da mamãe dele, todas
as necessidades dele eram atendidas. Ele tinha comida, a temperatura era ideal, ele ia com a
mamãe para onde ela ia, ele estava sempre sendo atendido e por isso ele sabe que merece o
melhor. Veja como ele é completo, veja como ele é inteiro, veja como ele é seguro de si. Ele não
está com vergonha. Ele não está tímido. Ele não se acha incapaz. Ele não está constrangido.Olhe
como ele é fofinho, bonitinho, feito de amor. Veja como ele é especial e puro.Muito bem! Deixe
essa cena desse bebezinho lindo aí de lado como se fosse um filme, porque eu ainda quero te
Passo 3:
Agora eu vou contar de 5 até 1 e no 1 você estará em algum momento da sua vida onde você por
algum motivo aprendeu que não era suficiente.5 Você vai ficando cada vez mais jovem4 Você
vai voltando no tempo3 Você vai ficando mais leve e menor2 As marcas do tempo vão
desaparecendo do seu corpo e está chegando nesse momento1 Estamos lá.É dia ou noite?Você
está sozinho ou acompanhado?Você está num lugar aberto ou dentro de algum lugar?Onde você
está? O que está acontecendo?(cliente descreve)Muito bem! Reserve essa cena aí também como
se fosse um outro filme que mais tarde voltaremos a ela. Agora vamos rever mais algumas cenas.
Passo 4:
Agora eu vou contar de 5 até 1 e no 1 você estará em algum outro momento da sua vida onde
você por algum motivo aprendeu ou reforçou que não era suficiente.5 Você vai ficando cada vez
mais jovem4 Você vai voltando no tempo3 Você vai ficando mais leve e menor2 As marcas do
tempo vão desaparecendo do seu corpo e está chegando nesse momento1 Estamos lá.É dia ou
noite?
Você está sozinho ou acompanhado?Você está num lugar aberto ou dentro de algum lugar?Onde
você está? O que está acontecendo?(cliente descreve)Muito bem! Reserve essa cena aí também
como se fosse um outro filme que mais tarde voltaremos a ela. Agora vamos rever mais uma
cena.(aqui surgirá uma segunda cena onde o cliente aprendeu que não era suficiente.)
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Passo 5:
Agora eu vou contar de 5 até 1 e no 1 você estará na cena mais importante que em algum momento da sua vida
fez você acreditar que não era suficiente.5 Você vai ficando cada vez mais jovem4 Você vai voltando no tempo3
Você vai ficando mais leve e menor2 As marcas do tempo vão desaparecendo do seu corpo e está chegando nesse
momento1 Estamos lá.É dia ou noite?Você está sozinho ou acompanhado?Você está num lugar aberto ou dentro
de algum lugar?Onde você está? O que está acontecendo?(cliente descreve)Muito bem! Reserve essa cena aí
também como se fosse um outro filme que mais tarde voltaremos a ela. (aqui surgirá uma terceira cena onde o
Passo 6:
Bom agora nas suas mãos há vários filmes da sua vida.Em uma das mãos há 3 filmes onde você aprendeu,
percebeu que não era suficiente.E em outra mão, há um filme onde você tem ali a prova, a certeza de que você já
nasceu muito suficiente.Por um lado você tem 3 filmes te mostrando onde você aprendeu que não era suficiente.E
por outro lado, tem 1 filme te mostrando que você é suficiente porque já nasceu assim, suficiente.E daqui a
pouco, com essa certeza do filme 1, a certeza de que você é suficiente, porque você nasceu assim e essa é a sua
essência, sua natureza, com essa certeza de que você merece coisas boas, merece atenção, merece amor, você vai
voltar em cada uma daquelas 3 cenas daqueles 3 filmes que você reservou. Mas você vai assistir àquelas 3 cenas e
vai dizer a si mesmo: “Esse não sou eu! Eu sei quem eu sou. Eu sou suficiente.”Pode ir para a cena número 1
onde você achou que não era suficiente, reveja a cena e diga a si mesmo: “Esse não sou eu!Eu não sou mais essa,
porque agora eu sei quem eu sou. Eu sou suficiente.”Muito bem!Agora vá para a cena número 2 e leve o seu
aprendizado de que você é muito suficiente, reveja a cena e diga a si mesmo: “Esse não sou eu!Eu não sou mais
essa, porque agora eu sei quem eu sou. Eu sou suficiente.”Muito bem!E agora vá para a cena número 3 e faça a
mesma coisa, reveja a cena e diga a si mesmo: “Esse não sou eu!Eu não sou mais essa, porque agora eu sei quem
Passo 7:
Agora vamos voltar para aquele primeiro filme, aquele lá do hospital.Eu vou contar de 3 até 1 e no 1 você estará
lá na cena número 1.3,2,1 esteja lá no hospital vendo aquele bebezinho tão fofinho, tão especial.Pegue-o no colo,
sinta o cheirinho gostoso que ele tem. Diga a esse bebezinho o quão amado ele é e como é bom saber que aquele
bebezinho tão completo e perfeito é você.Diga que o ama, que você é grato por aquele bebê guardar toda a sua
essência, toda a sua verdade. Agradeça-o por ele te mostrar o quanto é bom ser você mesmo.Agora abrace bem
carinhosamente esse bebê e sinta ele vindo morar dentro do seu coração. Sinta esse bebezinho com toda a ampla
suficiência que ele tem começar a se fundir em você, a se unir a você até que você e ele se transformem em um
só.
Passo 8:
Agora nós vamos revisitar aquelas outras 3 cenas e como você já sabe quem você é, como você já tem a certeza
da sua suficiência, você vai perceber que algo mudou naquelas 3 cenas. E mudou porque você agora sabe quem
você é.Eu vou contar de 3 até 1 e no 1 você estará lá na cena número 1.3,2,1 esteja lá e experimente essa cena
como alguém que sabe que é muito suficiente, você vai se comportar diferente e se sentir diferente. E me diz o
que está acontecendo.(cliente responde)Agora eu vou contar de 3 até 1 e no 1 você estará lá na cena número
2.3,2,1 esteja lá na cena número 2 e experimente-a como alguém que sabe que é bastante suficiente,você vai se
comportar diferente e se sentir diferente. E me diz como acontece.(cliente responde)E agora eu vou contar de 3
3,2,1 esteja lá na cena número 3 e faça o mesmo, reviva a cena como quem sabe que é amplamente suficiente,
você vai se comportar diferente e se sentir diferente. E me diga o que está acontecendo aí.(cliente responde)
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Passo 9:
Muito bem! Se sentindo muito capaz, muito suficiente, você pode deixar aí todas essas cenas e quando eu
contar até 3 você estará no presente, no hoje, no aqui e agora.1,2,3 você está no presente se sentindo muito
feliz por ter essa certeza de que é suficiente. E agora que você se sente capaz, se sente suficiente, diga para
mim, aonde no seu corpo está essa certeza?(cliente responde por exemplo: na mente)E com essa certeza aí na
sua mente de que você é muito suficiente e capaz, repita comigo:“EU SOU SUFICIENTE”“EU SOU
SUFICIENTE”“EU SOU SUFICIENTE”(Pedir para o cliente repetir essa frase 15 vezes com bastante vigor e
emoção)
Passo 10:
(Opcional)Agora que você já está mais do que certa da sua ampla suficiência, imagine que está sentada em
uma máquina do tempo e que daqui a pouco você irá avançar 10 anos na sua vida. Eu vou contar até 3 e no 3
estaremos no ano X.Como é a sua vida?O que você está fazendo aí? O que ser muito suficiente te permite
fazer e viver aí?Se você pudesse se definir em uma palavra que palavra seria essa?Muito bem! Agora vou
contar de 3 até 1 e estaremos de volta para o dia de hoje aqui na minha sala. 3,2,1 voltamos para o aqui e
agora.
Passo 11:
Emergir o cliente.Agora eu vou contar de 1 até 5 e no 5 você estará de olhos abertos no presente no aqui e
agora se sentindo muito bem e muito tranquilo.1 respira fundo puxa o ar pelo nariz e solta pela boca2 mais
uma vez respira fundo3 se sentindo tranquila e em paz4 pode mexer o corpo, braços, pernas, pescoço, se
preparando para emergir5 no seu tempo quando quiser olhos abertos se sentindo muito bem e muito tranquilo.
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Resumo de técnicas
Técnica do diretor
(Técnica que pode ser utilizada para mudanças de comportamento e mudanças de percepções) Não precisa de
transe formal nem profundo. Eu costumo dizer à criança que se ela quiser fechar os olhos, ela poderá imaginar
melhor.
Passo 1:
Peça à criança para se imaginar sozinha sentada em uma poltrona de teatro em frente a um palco, onde daqui a
pouco ela assistirá à uma cena da própria vida. Essa cena demonstrará o quanto ela teve que lutar contra o
problema X. Mas ela não é a atriz daquela cena, ela não estará na cena. Informe à criança que ela será a
diretora daquela cena, que ela poderá montar o cenário que ela quiser. Você pode dar sugestões dela mexer na
luz, música, efeitos de som, objetos do cenários, posição dos outros atores…
Passo 2:
Diga à criança que alguém está entrando no palco e que aquela pessoa é um ator ou atriz, que pode ou não se
parecer com ela. E que como diretora da cena, ela terá que instruir aquele ator a fazer o papel da criança,
ensiná-lo como fazer para sofrer, reagir mal, chorar, enfim, representar ali o sofrimento ou problema daquela
criança. O ator precisa saber como é se sentir como a criança se sente para representá-la a contento.]
Passo 3:
Peça para a criança gritar:AÇÃO! E deixar o ator representar a cena enquanto ela somente assiste o transcorrer
da cena. Criança precisa se certificar que toda a dor está ali sendo representada pelo ator. Caso seja necessário,
peça a criança para pausar a cena e dar mais instruções para que o ator aja exatamente como a criança agiria na
vida real. Quando a criança estiver satisfeita com a atuação do personagem naquela cena peça a ela que grite:
Passo 4:
Peça agora para a criança criar um roteiro diferente. Ela agora vai dirigir uma nova cena da própria vida, mas
essa cena irá retratar a solução, o problema já resolvido ou a vida na ausência daquele problema. Peça para ela
mudar o cenário, a música, luzes e fazer todos os ajustes devidos. Peça para ela instruir o ator sobre o que falar,
fazer, como respirar, como é a postura dele, como ele deve se sentir, como deve andar,como se sentir em
relação a ele mesmo, o que ele deve pensar sobre si… Depois de passadas todas as informações, voltar para a
Passo 5:
Criança deixa rodar a cena do ator sendo auto suficiente e bem sucedido na vida dele, fazendo e vivendo de
uma maneira saudável e positiva. Lembre a criança de que ela é a diretora e pode colocar em cena qualquer
elemento que ela quiser ali, até que ela fique muito satisfeita com aquela representação da própria vida.
Quando a cena estiver satisfatória, peça para a criança gritar:Corta!! Depois parabeniza o ator pelo excelente
trabalho e o dispensa. Passo 6: Diga a criança que agora é a hora dela ir para o palco e estrelar a própria peça.
Peça para ela se imaginar flutuando até o palco e assumindo o papel dela mesma, naquela cena positiva.
Lembrando-a de incorporar em si mesma todos os recursos que ela já havia colocado ali naquela cena positiva.
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experimentar, ali aquele momento de glória dela mesma.
Passo 7:
Agora, com a criança ainda no palco, peça para que ela se imagine e vivencie cenas futuras da própria vida, cenas
maravilhosas onde ela poderá ser ela mesma com todos os recursos poderosos que existem na mente e no corpo
dela, agora que ela já sabe que é capaz e que consegue superar o que antes não conseguia.
Passo 8:
Medo de dormir Podemos usar o EFT e o meta padrão para ajudar uma criança a dormir
Passo 1:
Peça para a criança se imaginar dormindo sozinha no próprio quarto. Peça para que ela se visualize lá no quarto
agora do jeito que acontece à noite e peça para ela te dizer como se sente e onde no corpo dela está aquela
sensação ruim. Agora peça para que a criança dê uma nota de 0 a 10 para a sensação ruim. Onde o 10 é a nota
máxima para um medo muito grande por exemplo e o 0 é quando todo o medo já foi embora.
Passo 2:
Bom, agora olhe para mim e faça isso também, estes são os pontos assustadores e podemos tirar o medo agora
que nós o pegamos. Basta tocar os pontos assustadores e repetir comigo essa frase: “sinto-me muito melhor
agora” (fazer 3 rodadas de EFT). Após as 3 rodadas perguntar: Como se sente agora? (caso não tenha abaixado
Passo 3:
Agora que você se sente bem e aquele velho medo foi embora, me diga como seria se você se imaginasse
acordando amanhã depois de ter conseguido dormir na sua cama a noite toda, se sentindo muito bem? Criança
responde que seria bom. Como seria esse seu acordar sabendo que você conseguiu o que tanto queria, que era
Passo 4:
E como é no outro dia acordar se sentindo ótimo na sua cama sabendo que você já dorme lá há duas noites
seguidas, como você tanto queria e você conseguiu e se sente muito bem? E como é saber que já faz mais de uma
semana que você dorme aí no seu quarto se sentindo cada vez melhor quando faz isso e acordando cada dia mais
Passo 5:
E como é você fazendo isso todos os dias e vendo sua mãe feliz, seu pai orgulhoso de você e você mesmo se
sentindo muito bem? Como você se sente? Criança responde que está feliz por saber que consegue.
Passo 6:
E se sentindo muito feliz, sabendo que você consegue, como é se imaginar ir pra cama hoje à noite e
adormecendo lá se sentindo muito bem? Como é saber que você consegue fazer isso e se sente muito bem e
orgulhoso de você quando está fazendo isso? Criança diz que não tem mais medo de dormir sozinha.
Passo 7:
Fazer uma ponte para o futuro. Imagine e me diga como é o (dizer o nome da criança) de X anos(criança se
visualiza com 1 ou 2 anos a mais que sua idade atual) super tranquilo dormindo sozinho no quarto dele? Passo 8:
Dizer que a criança fez um ótimo trabalho e que já está pronta para experimentar isso hoje e que você não vê a
hora de saber ótimas notícias sobre ela. Co Criar Histórias( metáfora reversa) Essa técnica serve para crianças
mais velhas ou adolescentes, mas também pode ser usada com adultos. Ela não precisa de transe profundo.
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Co Criar Histórias( metáfora reversa)
Essa ferramenta é ótima para ajudar adolescentes que não conseguem expressar muito bem o que
estão sentindo.
Passo 1:
Peça ao cliente que te conte uma história, pode ser algo que aconteceu de verdade ou ele pode inventar uma
história ali na hora. Diga: “vamos começar um jogo? Eu gostaria que você me contasse uma história, algo que
aconteceu ou você pode inventar uma se quiser, pode ser sobre um animal ou sobre uma pessoa, ou qualquer
outro assunto que você queira. Ele vai começar a contar, e você, prestando bastante atenção e anotando os pontos
chave, pergunta sempre: “e o que mais que aconteceu?” até que a pessoa
te dê uma boa narrativa e conclua a história. Depois você diz: “deixe-me ver se entendi direito” e reconta a
história e pergunta para o cliente se foi assim mesmo, se você contou a história corretamente. Se ele disser que
Passo 2:
Bom, e se tivesse algo na sua vida hoje que se parecesse com essa história, o que seria? E se nessa história
houvesse algo que se parecesse com você, com sua vida de hoje, você seria qual personagem? Quais outras
pessoas e situações estão representadas aí nessa história? Quem ou o quê seria a coisa X ou a coisa Y aí nessa
história? Aqui a pessoa vai começar a fazer correlações de fatos e pessoas reais com a história que ela contou. E o
seu papel é perguntar o que precisaria acontecer com o personagem para que aquilo se resolvesse, extraindo do
próprio cliente os recursos e soluções para o problema real que ele tem.
Passo 3:
Pergunte ao cliente: Você gostaria de criar um novo capítulo ou um novo desfecho para essa história? Cliente
responderá que sim. Crie com ele uma ponte para o futuro. Peça para ele se visualizar no futuro sendo como
gostaria de ser e vivendo como gostaria de viver. Após a ponte para o futuro, diga ao cliente que se ele quiser,
Linha do Tempo (não precisa de transe formal, só diga a criança que se ela quiser fechar os
Passo 1:
Coloque no chão uma linha de barbante ou uma fita bem comprida e fale para a criança que aquela linha ali no
Passo 2:
Peça a ela que pise em cima da linha no lugar onde ela imagina que seja o hoje, o presente.
Passo 3:
Agora peça para a criança andar para trás, andar para o passado e parar onde foi a última vez que ela sentiu ou
vivenciou o problema dela. Peça para ela descrever o que estava acontecendo(criança associada, criança na cena).
Passo 4:
Peça pra ela sair de cima da linha (aqui ela vai se dissociar do problema), vir para o seu lado e quebre o estado,
Passo 5:
Peça para a criança olhar lá na linha do tempo para onde foi aquela cena negativa no passado dela e pergunte
como ela gostaria de ter se sentido naquela cena, ao invés de se sentir mal, o que ela gostaria de ter sentido ali
naquele lugar e naquele momento. Criança responde por exemplo que queria ter se sentido calma ou corajosa.
Passo 6:
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Peça para ela pisar de novo na linha do tempo onde é o presente e andar para um momento onde ela já teve aquele
recurso positivo (calma ou coragem), um momento onde ela se sentiu da forma como gostaria. A criança vai
Passo 7:
Peça a criança, que se sentindo bem e carregando a calma e a coragem, vá para outro momento onde ela também
se sentiu calma e corajosa e peça que ela descreva o momento para você.
Passo 8:
Diga a criança que se sentindo muito bem como ela está agora, sabendo que consegue se sentir calma e corajosa,
levando junto com ela a calma e a coragem que ela vá lá para aquele local do passado na linha do tempo onde ela
estava com o problema. Mas que vá para lá levando a sua calma ou coragem.
Passo 9:
Se sentindo muito calma e corajosa, como é para você agora vivenciar essa cena ai? Vivencie essa cena aí de uma
maneira totalmente positiva como você realmente gostaria que ela tivesse sido..
Passo 10:
Peça para ela descrever a nova cena que ela criou e você vai reforçando os bons sentimentos e fortalecendo o uso
Passo 11:
Feito isso, faça agora uma ponte ao futuro pedindo a criança que ande na linha do tempo, para o futuro e se veja
daqui a 1 ano sendo bem sucedida em algum momento adiante. Peça a ela que descreva o que está vivenciando ali
Passo 12:
Traga a criança de volta para o presente, para o lugar da linha que representa hoje. E dê a ela os parabéns pelo
brilhante trabalho.
Ferramenta muito boa para usarmos com crianças mais velhas ou adolescentes que sofrem
de algum trauma e sabem disso, algum acidente ou situação com forte impacto emocional.
Comece com uma conversa do tipo: Você sabia que nossa mente é muito parecida com um computador? A partir
do momento que nascemos ou até mesmo antes, quanto estamos lá na barriga da nossa mãe, a nossa mente
começa a baixar alguns programas, como por exemplo, o programa que faz chorar, rir ou gritar. Alguns
programas vão se atualizando sozinhos com o passar do tempo, como aquele programa que fazia a gente fazer
xixi na roupa e agora nós já conseguimos segurar e ir ao banheiro. A nossa mente é capaz de baixar novos
programas. É tipo quando seu celular te informa para baixar uma nova versão, mais atualizada, entende? Então,
naquele dia que aconteceu X coisa, sua mente baixou um programa sobre isso, fazendo você se sentir assim como
você se sente agora. Como é pra você pensar sobre aquilo que aconteceu? Como é isso pra você? (aqui criança
fala do medo ou outra emoção negativa) Onde no seu corpo você sente isso hoje? Entendi. E é meio estranho que
até hoje você consiga sentir isso, né? Já que X coisa aconteceu há bastante tempo. Isso porque o programa X foi
instalado. E cada vez que você pensa nisso ou se preocupa com isso esse programa vai ficando cada vez mais
forte. Foi assim que você chegou nesse ponto de estar aqui conversando comigo e por conversar sobre aquele
problema, você sofre como se estivesse lá de verdade. Certamente esse programa está aí, não está? E o que você
acha da gente tirar ele daí? Aqui você vai começar a aplicar a TÉCNICA DO DIRETOR( a que eu ensinei em
aula anterior) A criança como diretora de uma peça de teatro, faz o ator encenar a situação problema, depois faz o
ator encenar a situação resolvida, depois dispensa o ator e flutua para o palco e desempenha o papel de si mesma,
experimentando uma cena melhor ainda. Após a criança subir ao palco e vivenciar a situação resolvida, pergunte
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a ela: “o que você aprendeu sobre si mesmo e sobre a sua própria mente?”(Aqui você vai reforçar os
aprendizados). E agora quando você pensa em estar na situação X como você se sente? Criança responde que não
sente mais medo, por exemplo. Fazer aqui uma ponte para o futuro, onde a criança se vê numa situação nova,
conseguindo ser muito bem sucedida. Traga de volta a criança para o hoje e dê a ela os parabéns.
Círculos do sucesso (não precisa de transe formal, só diga a criança que se ela quiser fechar
os olhos ela poderá imaginar melhor) Ferramenta para buscar e reforçar recursos positivos
internos.
Passo 1:
Peça para a criança imaginar alguém que ela admira muito ou alguém que já tenha conseguido aquilo que ela
tanto quer ter ou ser. Pode ser alguém conhecido ou desconhecido, famoso ou não, pode ser até ela mesma no
futuro, não importa. Pergunte a ela quais as características que fazem dessa pessoa uma pessoa admirável, quais
os recursos que essa pessoa tem e que são muito bons. Poderá ser a coragem, a força, a inteligência… Quais as
características daquela pessoa que ela gostaria de pedir emprestado? Peça para que ela escolha 3 características e
Passo 2:
Se a criança for um desportista, peça para que ela mentalmente se visualize pisando no local da competição e
enxergando ali em frente a ela um círculo dourado no chão, e se não for um desportista, peça que ela somente
Passo 3:
Escolha uma das 3 características que a criança escolheu e estruture para que ela saiba que ali dentro daquele
círculo, há a primeira daquelas características que ela tanto deseja e que daqui a pouco ela entrará naquele círculo
Passo 4:
Diga que vai dizer o número 1 e logo após a criança dará um passo à frente e entrará no círculo (o círculo da
característica número 1). Vá descrevendo as possíveis sensações dela, por exemplo, perceba como é ter pés
velozes ou os pés sobre a coragem, ou essa força que agora está debaixo dos seus pés e você já pode senti-la…
Diga que o círculo vai começando a subir até parar no joelho e a medida em que vai subindo, vai trazendo aquela
Passo 5:
Quando o círculo chegar no joelho diga para ela dar um passo à frente e observar que há um outro círculo ali na
frente, você vai contar 2 e ela vai entrar no segundo círculo brilhante que está no chão levando junto com ela, o
primeiro círculo. Lembre à criança que o segundo círculo é o círculo da segunda característica que ela escolheu.
Passo 6:
Repita o processo de fazer o segundo círculo subir, entregando para a criança o segundo recurso ou característica
que ela tanto queria e reforce isso. Diga que o aro vai subir até o nível do peito trazendo aquela habilidade incrível
Passo 7:
Finalmente, diga a criança para visualizar um terceiro círculo a frente dela e que você vai contar o 3 e ela vai
entrar no terceiro círculo levando os outros dois círculos junto com ela e todos os talentos que ela já adquiriu.
Reforce qual é a terceira característica escolhida por ela que estará ali naquele terceiro círculo. E que ali, ela
começa a absorver a terceira característica importante e que enquanto o círculo sobe até cobri-la com aquele
brilho, a mente dela e o corpo dela, absorvem tudo aquilo e incorporam a ela todas aquelas super caracteristicas,
fazendo uma transformação completa. Reforçar isso na criança e perguntar como ela se sente. Dizer que ela foi
brilhante nesse exercício e na transformação de si mesma. Passo 8: Diga que vai contar até 3 e estalar os dedos e a
criança poderá abrir os olhos se sentindo muito bem! 1,2,3… Abra os olhos e veja como você está incrível.
25
Enurese noturna
(Técnica para ser utilizada quando a criança já passou da idade de parar de fazer xixi na
cama enquanto dorme, mas que por algum motivo, que não seja um problema físico ou
Passo 1:
Pedir para a criança ir ao banheiro sozinha ou acompanhada pelos pais e fazer xixi aos pouquinhos, soltando o
xixi e travando, faz mais um pouquinho e trava, para que ela perceba que ali há um músculo sobre o qual ela tem
controle.
Passo 2:
De volta ao consultório, pedir para a criança se desenhar num papel e fazer ali no corpo dela, o desenho da
bexiga(caso ela não saiba, explicar para ela o que é e para que serve) e o desenho do cérebro.
Passo 3:
Explicar que durante o dia ela não faz xixi na roupa porque a bexiga dela “grita” para o cérebro que já está cheia
e o cérebro faz com que ela vá ao banheiro se aliviar. Mas que durante a noite, a bexiga pede socorro, só que o
sono muito pesado faz com que ela não ouça esse pedido e acaba por fazer o xixi na cama.
Passo 4:
Dizer à criança que dentro de nós tudo se comunica, que os nossos órgãos estão sempre conversando entre eles.
Pedir que a criança desenhe ao lado da bexiga, um botão de controle onde ela poderá aumentar o volume da
“voz” da bexiga e também ao lado do cérebro e ouvidos, para que a mente fique mais atenta e os ouvidos mais
sensíveis aos pedidos da bexiga. Pedir que ela já faça os ajustes necessários ali no desenho dela, tanto na bexiga
quanto na mente e nos ouvidos. Ela também poderá desenhar a bexiga num tamanho um pouco maior para que
Passo 5:
Ensinar à criança que antes de ir para a cama, ela precisa fazer algumas coisinhas como: -parar de beber líquidos
pelo menos 1 hora e meia antes do horário de dormir; -fazer xixi antes de se deitar; -evitar alimentos que
Passo 6:
Aqui você vai começar a fazer um ensaio mental com a criança.(não precisa de transe formal, apenas o uso da
imaginação) Peça para ela se visualizar num dia normal quase na hora de ir dormir e parando de beber líquidos,
comendo só o que é permitido comer à noite, fazendo xixi e se deitando em sua própria cama. Peça para ela se
imaginar fechando bem fechadinha a torneirinha por onde sai o xixi, que é aquele músculo que ela treinou
Passo 7:
Diga à criança que antes de adormecer, ela vai se imaginar ficando bem pequenininha, bem pequenininha e que
ela vai encontrar uma maneira de entrar dentro do próprio corpo dela e fazer alguns ajustes lá dentro (tem criança
que entra pela boca, ouvido, nariz ou simplesmente num passe de mágica já está dentro dela, não importa como,
mas a criança vai parar dentro dela mesma). Depois que a criança já estiver lá dentro, peça para ela começar a
fazer uma viagem pelo próprio corpo e que em primeiro lugar vá lá na bexiga para colocar o botão do volume no
máximo, para o caso da sua bexiga precisar pedir alívio durante a noite a sua mente e seus ouvidos escutarem o
pedido dela. Agora fale para ela continuar viajando dentro dela e ir subindo em direção à mente e aos ouvidos
para ajustá-los de maneira que ambos fiquem alerta e preparados para todos os chamados. Pergunte à criança se
ela acha que precisa ajustar mais alguma coisa ali dentro do corpo dela para que tudo se resolva. Você pode até
pedir para a criança fazer um teste e pedir para a bexiga gritar por alívio para saber se o cérebro dela está de fato
ouvindo bem.
26
Passo 8:
Quando ela disser que já fez tudo o que precisava ser feito, comece a dar sugestões de que a partir de agora ela
irá acordar todos os dias com os lençóis secos porque a mente dela já solucionou aquele problema que ela tinha,
que se ela precisar ir ao banheiro durante a noite ela vai acordar e resolver aquela necessidade, que tudo agora
dentro dela colabora para que ela acorde feliz e orgulhosa de si mesma por ter conseguido, que cada dia é mais
fácil acordar sequinha… Vá aqui dando sugestões positivas de mudanças e reforçando as alterações que vocês
fizeram. E conclua dizendo que ela já está pronta para acordar com os lençóis secos.
Dragão(mudança de comportamento)
(não precisa de transe formal, só diga a criança que se ela quiser fechar os olhos ela poderá
imaginar melhor) Técnica para ser usada quando a criança tiver um mau hábito ou um
mau comportamento.
Passo 1:
Fale com a criança sobre o problema dela. “Então, eu ouvi dizer que você costuma fazer isso ou aquilo…” E
você gosta disso? A criança pode dizer que não gosta ou que gosta, não importa. Se disser que gosta você
pergunta o porquê? O que aquele mau comportamento faz de bom para você? Aí você diz: que legal, uma parte
de você encontrou uma forma de te ajudar! Explore onde, como, quando, o quê ou até mesmo quem está
Passo 2:
Encontrar também os malefícios daquele comportamento ou hábito. “Bem, isso aí te ajuda de várias formas, mas
do que é que você não gosta nesse seu hábito? O que isso tem de ruim? Criança vai respondendo e você vai
Passo 3:
E como vai ser quando você não fizer mais isso? Não tiver mais esse problema? Aqui você vai fazer uma ponte
para o futuro e encorajar a criança a fazer a mudança em si mesma. A criança vai se imaginar vivendo sem
aquele problema. Peça para ela te descrever como seria viver sem aquele problema.
Passo 4:
Eu tenho um jogo que pode te ajudar nisso, você quer jogar? Quando o jogo acabar você vai perceber que aquele
Passo 5:
Imagine aquela parte de você que faz você fazer X. Pense com força agora: E se essa parte de você fosse um
dragão, como ele seria? De que cor seria essa dragão? E a pele dele teria escamas ou seria lisa? Fina ou grossa?
Como são os pés, tem garras? E a cauda dele? E a cabeça? Como é a cabeça? E qual a cor dos olhos?
Passo 6:
E o seu dragão tá olhando para o outro lado ou tá olhando pra você? E seu dragão é menino ou menina? Olha aí
pro seu dragão, tem mais alguma coisa sobre ele? O seu dragão está na sua frente ou do seu lado? De que lado ele
está?
Passo 7:
Agora eu vou falar uma coisa bem baixinho no seu ouvido porque eu não quero que o seu dragão ouça( falar do
lado oposto que o dragão estiver,rsrs). Sussurre no ouvido da criança, fale bem baixinho: “Comece a mudar o seu
dragão agora, nós não queremos nos livrar dele, porque ele ajuda você, mas nós podemos mudar a forma como
ele te ajuda”. Você pode começar mudando a cor dele, de que cor você gostaria que ele fosse? Como seria a pele
dele pra te agradar mais? Olhe para o dragão e veja como ele já está diferente. E o que mais? E a cauda? Quer
mudar os olhos ou os dentes? Ele pode ter um jeito mais legal? Você pode mudar o temperamento dele…
27
Passo 8:
Como o seu dragão se sente agora? E como você se sente também? Você pode se imaginar brincando agora com
seu dragão ou se divertindo com ele quando tiver fazendo tal e tal coisa?( falar os lugares e momentos onde
Passo 9:
E como vai ser sua vida agora? (fazer aqui um reforço da mudança e ponte para o futuro) Peça para a criança se
Passo 10:
Quer dar um abraço no seu dragão? Quer agradecê-lo? Você pode deixar ele com você ou pode deixá-lo ir
brincar. Você sabe que ele ama caçar borboletas não sabe? Aqui a criança pode escolher ficar com ele ou deixá-
BOLHA DE PROTEÇÃO
Essa abordagem oferece à criança um dispositivo de segurança que ela poderá usar como
quiser. Pode ser um meio de se transportar para o passado e futuro numa terapia de
regressão ou até mesmo explorar o desconhecido se sentindo segura e até mesmo se tornar
Passo 1:
Quer que eu te ensine um truque que você poderá usar em muitas ocasiões? Que tal uma bolha mágica? Ela te
protegerá não importando o que estiver acontecendo do lado de fora. Lembra que você tem medo do dentista?
(um exemplo de quando usá-la) Como seria estar lá no dentista sem se sentir incomodado? Bora fazer essa
bolha?
Passo 2:
Inspire bem profundamente e quando expirar, imagine que está fazendo uma grande bolha ao seu redor. Agora
você está inteirinho dentro dessa bolha. E esta é a sua bolha. Você consegue respirar muito bem aí dentro, a
temperatura aí é super agradável pra você. É como se você pudesse flutuar aí dentro. Pode imaginar tudo isso? E
é uma bolha transparente, você consegue ver tudo do lado de fora. E porque a bolha é sua, ela pode ser do jeito
que você quiser, mole ou dura, colorida ou só transparente mesmo, com brilhos ou sem brilhos, pode ser grossa
ou fininha,pode ter o seu cheiro favorito aí dentro também. Essa bolha te mantém afastado de tudo o que te
incomoda. Se você ouvir algo que te deixa triste, essas palavras pularão para fora da bolha e não te machucarão
e cheiros ruins também ficarão de fora. Você está dentro da bolha não está? Estique ela bem muitão até ela ficar
do tamanho dessa sala. Você pode querer que ela cresça e caiba todos que você ama aí com você e às vezes você
pode deixar ela pequena para caber só você aí dentro. E como a bolha flutua, você pode ir agora para o futuro,
para quando você estiver no dentista. Se imagine no dentista com a sua bolha em volta de você. Está lá? Percebe
como é diferente estar aí. O cheiro é o da sua bolha né? O barulho das máquinas e do dentista estão bem suaves
não é? E se você quiser, pode até mesmo colocar a sua música favorita para tocar aí dentro da sua bolha. O que
achou disso? Você poderá usar sua bolha de proteção quando quiser. Está tudo em suas mãos, você agora é o seu
próprio chefe.
28
NARRAÇÃO DE HISTÓRIAS (técnica utilizada para promovermos mudanças internas e
mudanças de comportamentos)
As crianças amam contar histórias e quando ela está participando de uma história de maneira ativa, a sua sessão
vai para outro nível. Você pode usar os brinquedos do seu consultório, pode desenhar numa folha junto com a
criança, pode usar fantoches, máscaras e etc… Você pode começar mais ou menos assim: Vi que você gostou do
meu cachorrinho! Vamos criar uma história pra ele? Qual será o nome dele? E esse outro bichinho aqui vai ser
quem? Como ele vai se chamar? Mas você sabe né, que toda história tem um problema para ser resolvido. Qual
seria o problema do nosso cachorrinho(chamar pelo nome escolhido pela criança) O ideal é que a criança diga
que o problema do cachorrinho seja o mesmo problema dela, mas se não acontecer, traga a criança de volta para o
que você deseja trabalhar com ela. E vá perguntando o que mais acontece naquela história até que vocês tenham
uma boa narrativa. Pergunte à criança, como vocês podem ajudar o cachorrinho, encontrem juntos soluções para
aquela questão do cachorrinho(que é a mesma questão da criança). Fale para a criança ajudar o cachorrinho a
colocar a estratégia criada por vocês em prática. E para finalizar, pergunte à criança como o cachorrinho se sente
agora com o problema dele resolvido. E como o outro bichinho se sente também? Se todos estiverem bem com
aquele desfecho da história, finalize-a e dê os parabéns à criança pela fantástica história que ela criou. E saiba que
para a criança reproduzir externamente aquela cena, ela primeiro a experimentou dentro dela, e que,
(Técnica para sugerir desabafos e perdão. Pode ser usada com crianças mais velhas e
adultos também)
Essa técnica nos permite dar a oportunidade para a criança ou adolescente tirar do peito ou da garganta tudo
aquilo que ela quis dizer e por algum motivo não disse. Essas palavras entaladas na garganta costumam sufocar e
fazer adoecer. Crianças que vivem em famílias disfuncionais podem ter essa necessidade de desabafo e de se
desfazerem de emoções não resolvidas em família. Essa oportunidade de dizerem o que precisam e serem
ouvidas, ainda que de forma imaginativa, faz muito bem a elas. E o bom dessa ferramenta, é que a criança não
precisará dividir nada com você, sentindo se mais à vontade para desabafar. Você fornece o cenário e abre o
Passo 1:
Passo 2:
Peça para a criança se imaginar em um lugar confortável, que pode ser um parque florestal, uma sala de T.V. ou
um outro local que ela goste, porque daqui a pouco ela terá um encontro. Diga que o eu mais novo dela, ou seja,
ela menorzinha estará ali naquele local mas que o eu de hoje, o eu grande também estará para dar apoio e até
Passo 3:
Agora peça para que ela coloque ali naquele local todas as pessoas que ela gostaria de dizer alguma coisa boa ou
ruim e nunca teve a oportunidade. Que hoje ela poderá fazer isso. Hoje ela terá a chance de colocar tudo para
fora, ela não precisará guardar mais nada. Podem ser pessoas da família ou de qualquer outro lugar.
Passo 4:
Diga à criança que isso é só entre ela e essas pessoas e que vai acontecer somente na sua mente dela, que ela não
precisa falar em voz alta porque você quer que ela realmente tenha a chance de colocar tudo para fora.
Passo 5:
29
Então, com você grande aí do lado da criancinha, deixe ela falar tudo o que ela está sentindo e pensando. Ela
pode falar com todas as pessoas desse local e as pessoas não farão nada, elas estão aí somente para ouví-la.
Passo 6:
Leve o tempo que precisar e quando acabar, só acene com a cabeça para que eu saiba que você já tirou tudo o
que carregava no seu coração. Dar um tempo e aguardar criança sinalizar que já acabou.
Passo 7:
Bem, agora, cada uma dessas pessoas vai te responder com um aceno de cabeça para que você saiba que foi
ouvido. Pedir para ela avisar quando todos acenarem com a cabeça.
Passo 8:
Agora é a vez do seu eu mais velho, da criança de hoje dizer algumas palavras diferentes caso ela queira. Vou
fazer silêncio para que você fale e me avise quando tiver acabado.(criança avisa)
Passo 9:
Agora, deixe o seu eu mais novo saber que é amado, que está seguro e que pode contar com você para o que
ele precisar. Diga ao seu eu mais novo que você vai cuidar dele e protegê-lo. Visualize-se abraçando ele e se
misturando a ele para que ele agora esteja unido a você, para que ele se misture a você e cresça aí dentro de
você, ficando do seu tamanho. E se você quiser perdoar essas pessoas que estão aí, pode dizer a elas que você
as perdoa, e se não quiser perdoá-las, somente as dispense para que você não precise nunca mais carregar nada
daquilo em você.(dar um tempo para a criança fazer o que precisa ser feito) E quando você estiver pronto, vai
TAGARELA INTERIOR (Técnica utilizada para crianças que costumam ter um diálogo
interno negativo)
Diga a criança que você está colocando um controle remoto hipnótico na mão dela e Peça a criança que te diga
quando foi a última vez que se sentiu travada ou constrangida por falar em público ou na sala de aula, por
exemplo. Quando ela começar a descrever a cena peça para ela pausar antes do momento em que ela fica
nervosa ou em pânico. Pergunte a criança: o que você está dizendo a si mesma aí nesse momento? Ela vai
responder com algo do tipo: “eu não vou conseguir” ou “está todo mundo rindo de mim”. Pergunte à criança de
onde vem essa voz, se é do lado direito, do lado esquerdo, de frente, de trás e peça para ela mover a voz para o
lado oposto e perceber como muda a maneira como ela se sente. Agora, depois de mudar a direção da voz, peça
a ela que deixe a voz bem fininha ou bem engraçada como a de um personagem de desenho animado que só faz
besteira. Pergunte à criança se aquela mesma frase tem alguma verdade agora para ela, pergunte à criança
como ela responde emocionalmente àquela frase agora. Você pode pedir também para além de mudar a direção
da voz, colocar por exemplo a voz do Pato Donald e diminuir a velocidade da voz, o pato Donald vai falar a
frase bem devagarzinho e aqui a criança já estará dando risada da frase que anteriormente a atormentava e a
paralisava. Agora peça para a criança voltar lá para a sala de aula e se imaginar na mesma cena que antes
causava medo ou nervoso e apertar o play e deixar a cena seguir. Se a voz aparecer ela já sabe o que fazer com
ela. Peça que ela o faça e continue a cena e te diga como é saber que agora ela tem o poder de mudar como se
sente. Agora, a criança já sabe que tem o poder de mudar a voz interior que tanto a atormentava e até mesmo a
paralisava. FOCO Muitos pais me procuram porque os filhos foram diagnosticados com TDAH ou têm
problemas para conseguir se concentrar e focar nos estudos. Aqui, você pode usar o mesmo foco que a criança
tem e usa quando está jogando vídeo game ou praticando a sua atividade favorita e ancorá-lo, para que ela use
essa âncora sinestésica na hora dos estudos. Pergunte à criança qual a atividade que ela gosta de fazer, uma que
a mente dela fique feliz e concentrada, “tem alguma coisa que você pode ficar ali fazendo por horas e se
sentindo focado? Acredite! Sempre tem. Diga: quando você está fazendo isso, como se sente? Imagine por um
30
instante que você está fazendo isso agora, se visualize fazendo isso e perceba se está focado, concentrado. Me
descreva o que você está fazendo aí na sua mente. O que você ouve? O que você vê? O que você sente aí? E
agora, vá para o momento que requer mais atenção no que você está fazendo. Tá focado? Tá concentrado? E
conforme você sente isso, todo esse foco, toda essa concentração e essa capacidade, aperte os seus pés no chão e
continue fazendo o que está fazendo muito focado e muito concentrado. Imagine que quanto mais aperta os pés
no chão, mais focado e concentrado você fica. Aperte os dois pés no chão e sinta isso. Sentiu? Não foi incrível?
Agora, apertando os pés no chão e muito concentrado, imagine que você está na sua carteira da escola ou na mesa
de estudos da sua casa, concentrado em matemática(ou outra matéria). Você é muito bom nisso! Agora volte ao
jogo ou a atividade, vai jogando até perto de chegar no próximo nível e sinta aquela concentração. Como seu
corpo se sente? Deixe a criança descrever a sensação do corpo dela. E se sentindo bem, sentindo isso e aquilo no
seu corpo, pressione os pés no chão e veja a matemática, focado e concentrado, você sabe que é bom nisso aí. E
agora, apertando os pés no chão esteja na sua mesa de estudos ou na escola, como você está e como se sente ai? E
a qualquer hora que você estiver estudando sentado em casa ou na escola, você pode apertar os pés no chão e se
sentir focado, concentrado, sentindo aquele isso e aquele aquilo(descrever as sensações que a criança diz sentir),
quando você se concentra, fica focado e se sai muito bem nas suas outras atividades.
31
CRIANDO UMA NOVA VERSÃO DE UMA MEMÓRIA
Essa ferramenta pode ser muito útil para mudar as emoções negativas sobre algo que
aconteceu e oferecer novos recursos para a criança lidar com as mesmas situações no
futuro.
Exemplo de uma criança que sofreu bullying na escola anterior e se sente temerosa em ir para uma nova
escola: E quando você se imagina chegando na nova escola, como é isso pra você? Ah! Eu me sinto mal. E
quando você se sente mal isso te faz lembrar de quê? Do que é que você está se lembrando agora?
Provavelmente ela vai dizer do dia em que sofreu o bullying. E como você se sente aí no seu corpo agora?
Criança diz alguma sensação ruim que sente enquanto se lembra e fala da cena. Você faz o gesto de arrancar
aquela sensação ruim de dentro do corpo e peça para ela pegar aquele sentimento negativo e jogá-lo na parede,
como se estivesse arrancando-o de dentro dela. Espere ela fazer o gesto. Agora veja aquela cena ali no chão ou
na parede como se fosse um filme. Se você pudesse enviar emoções e recursos para “aquele você” ali do filme
o que você enviaria? Criança diz: eu mandaria isso, isso e aquilo. O que você sabe agora que poderia ter feito
ali naquele momento e que “aquele você” do filme não sabia? Criança responde eu poderia fazer tal e tal coisa.
E se você tivesse por exemplo saído dali deixando aquele menino falando sozinho e fazendo papel de bobo?
Seria uma boa? Se você tivesse feito isso, qual seria a sua sensação? Ou, se na hora em que ele te batia você
tivesse empurrado ele e ele caísse no chão como uma fruta madura? Como você se sentiria? Eu me sentiria
forte ou feliz ou tranquilo. E se sentindo forte, feliz ou tranquilo, envie para aquela cena ali na parede essa
sensação boa, envie para “aquele você” ali da cena essas sensações boas e imagine-o também se sentindo bem,
capaz e feliz. Veja ele se sentindo bem ali naquela cena e tirando aquilo ali de letra. Agora que “aquele você”
ali da cena sabe exatamente o que fazer, o que acontece? O que acontece depois lá naquela cena? O que ele
faz? Criança responde por exemplo: Ele sabe que ele é forte ou que ele pode se defender. E enquanto você
assiste a isso, a essa cena dele forte se defendendo, se imagine agora flutuando para dentro daquela cena e se
sinta tambem forte e capaz de se defender. É bom se sentir assim? E se sentindo assim, mantendo essa
sensação de força e coragem, se imagine entrando na nova escola. Como é agora? Ah! Agora eu me sinto mais
tranquilo. E se essa tranquilidade tivesse uma cor, que cor seria? Amarelo. Ok! Deixe o amarelo preencher
todo o seu corpo e comece a flutuar se sentindo leve e tranquilo. Imagine que você pode flutuar para frente e
para trás, indo para o passado e para o futuro. Imagine-se indo para a sua linha do tempo e colorindo todo o seu
passado com esse amarelo da tranquilidade, como uma onda de tranquilidade chegando em todos os momentos
que você gostaria de ter se sentido assim. Você pode até ver esses momentos mudando de cor enquanto eles
começam a se transformar. E você também pode ir agora para o seu futuro, vá flutuando e derramando desse
amarelo da tranquilidade por toda a sua linha do tempo, sabendo que você tem e pode sentir a tranquilidade
dentro de você. E todos os dias de sol amarelo brilhando te lembram que você é capaz e tranquilo e nos dias
nublados o sol estará aí dentro de você, te lembrando da sua capacidade e da sua tranquilidade. Imagine-se
agora entrando na escola amanhã. Como é agora? Uau! É muito legal! Assim como você!!
32
EU SOU UM PERSONAGEM
(Ferramenta que pode ser usada com crianças depressivas e desesperançosas. Não precisa
Você pode começar mais ou menos assim: Que bom que você decidiu que já sofreu o bastante e está aqui para
trabalharmos juntos! Imagine como será quando você não tiver mais aquela tristeza ou preocupação! Como você
estará se sentindo? Feche os olhos por um momento e imagine isso, você vivendo como gostaria de ser e viver.
O que você pode fazer ou ter, agora que não tem mais aquele problema? Criança diz por exemplo: eu posso
descer para o playground e brincar e conversar com meus amigos. E o que mais que você pode fazer? Criança
vai responder. E se você fosse um personagem numa história, para onde esse personagem iria? Criança
responde. E o que mais acontece? E depois?(deixe a criança ir construindo uma narrativa aqui) A criança pode
dizer que era um alienígena que ficava em um local escuro mas que ele iria para a cidade dos zumbis e ficava
com medo de falar com eles e coisas desse tipo. Aqui você perguntaria o porquê do alienígena estar assim, se era
mesmo verdade que o zumbi chefe agiu daquele jeito, e o que o alienígena poderia fazer de diferente e viajar na
história da criança, encontrando recursos que fortaleçam a criança e seu aprendizado e transformação. Pegue
carona na imaginação da criança e use os personagens dela para levar a solução ao problema. Para ela, é mais
fácil falar de como o alienígena se sente, porque não estará falando dela mesma, entende? E é isso que faz com
que a ferramenta seja um sucesso. Se você começar a contar a história de um lindo ursinho com problemas em
ter amigos, pode ser que a criança não se conecte, porque ela prefere dragões e alienígenas. Por isso, a
importância de se trabalhar com o material que a criança vai trazer e não ficar preso a scripts.
33
LANTERNA DA CONCENTRAÇÃO (ferramenta para melhorar o foco e a
concentração.)
Tenha em seu consultório 3 lanternas. Diga a criança: Eu ouvi dizer que você está tendo problemas em se
concentrar na aula ou na tarefa ou em alguma atividade, é isso mesmo? Criança diz que sim. Me diz se é mais
ou menos isso o que acontece. Apague as luzes, ligue uma lanterna e foque no teto. Depois ligue outra e foque
em outra coisa. E faça o mesmo com a terceira lanterna. Pergunte a criança se é isso que acontece na mente
dela, se a mente dela fica distraída com várias coisas ao mesmo tempo, como aquelas lanternas ali focando e
iluminando coisas diferentes. Se ela disser sim. Diga: “se essa lanterna aqui tivesse apontando para alguma
coisa na sua vida o que seria? E essa outra lanterna aqui, estaria apontando para o quê? E essa? Em qual dessas
coisas você está precisando focar mais agora na sua vida? Apague as outras lanternas e deixe ligada só aquela
escolhida pela criança. Agora feche os olhos e se imagine na situação em que precisa focar. Está lá? Perceba aí
quais são as distrações que poderiam estar te atrapalhando aí e me diga. Essas distrações estão iluminadas pelas
suas lanternas interiores. O que você precisa focar também está aí, não está? Criança vai dizer que sim. Agora
estique a sua mão, como se estivesse segurando uma lanterna e faça um click, desligando a lanterna da
primeira distração. Agora com outro click desligue a segunda lanterna da outra distração. Quantas distrações
tem mais aí? Desligue uma por uma com um click e deixe ligada somente a lanterna em que você deseja focar-
se. E me avise quando acabar. Dar um tempo para a criança. Tudo pronto? Veja se está bem iluminada a sua
atividade ou tarefa ou obrigação? Ajuste bem o foco nisso e se quiser pode até aumentar a luz da sua lanterna
para que você fique muito focado nisso aí. Muito bem! Deixe só isso iluminado e me diga se você consegue
trabalhar nisso aí? Ok! Pode abrir os olhos sabendo que o poder de iluminar e focar estão nas suas lanternas
hipnóticas. E que toda vez que precisar de foco e concentração, é só desligar todas as outras lanternas aí na sua
mente. Você é poderoso e sua mente também. Vocês formam uma grande dupla.
34
MEDO DE CACHORRO
Eu ouvi dizer que você tem medo de cachorro, é isso? E pra você todos os cachorros são perigosos? Você tem
medo de todos eles? Qual foi a última vez que você ficou com muito medo de um cachorro? E você está aqui
hoje porque você não quer mais sentir isso, não é mesmo? Como é que você será quando isso não for mais um
problema para você? Então agora, eu vou te ensinar um truque para você resolver isso, você quer? Eu vou te
ajudar a criar uma bolha de proteção. É a sua bolha! Inspira bem fundo e assopre criando uma bolha bem gigante
em volta de você. Respire de novo e encha mais a sua bolha. Toque nas paredes da sua bolha e sinta se ela é forte
e segura.Se você quiser pode dar uma cor para ela, pode colocar brilho e glitter. Ela pode ser grossa ou fina,
mole ou dura. Pode ter até o seu cheiro preferido aí dentro ou até mesmo a sua música predileta. E agora, você
vai fazer a sua bolha começar a flutuar e você se sente muito bem aí dentro porque a temperatura é ótima, você
respira muito bem e sabe que nada pode te atingir, nada pode atravessar sua bolha de proteção. E agora você vai
flutuando para um lugar que tem cachorro, pode ser qualquer lugar que você queira ir e pode ter só um cachorro
ou vários cachorros, você é quem decide. Que lugar é esse? Quantos cachorros tem aí? Deixe a criança
descrever. Vá dando sugestões de que a criança está muito tranquila porque ela está muito segura na bolha dela.
Agora eu vou contar de 1 até 3 e no 3 você vai começar a falar e entender a língua dos cachorros. 1,2 e 3. Você
agora já entende tudo o que os cachorros querem falar e consegue se comunicar com eles e com os outros
animais também. Você pode abaixar a sua bolha e chegar bem pertinho dele e ouvir tudo o que ele está dizendo e
até mesmo conversar com o cachorro se você quiser. Cenário 1: Se o cachorro estiver tranquilo, siga por esse
caminho aqui: (se a criança for mais novinha, você pode até mudar sua voz e responder como se fosse o
cachorro) Você tá vendo o dono do cachorro aí com ele ou ele está sozinho? Esse cachorro tem um dono não é
mesmo? E ele ama o dono dele e muitas outras pessoas, ou ele é um cachorro muito mau? Os bichos na verdade
são bons, não é? (as crianças gostam de animais e sabem que eles são amorosos) Pergunte a esse cachorro aí se
ele é mau, pergunte se ele ama alguém ou se ele já teve filhotinhos e amava os filhinhos dele. Pergunta se ele
quer só morder e machucar as pessoas ou se ele só deseja brincar, pular e se divertir junto com a criança.
Pergunte a criança se ela quer passar a mão no cachorro e fazer um carinho. Fale para ela pedir permissão ao
cãozinho e se ele permitir, peça que ela faça isso e te diga como ela se sente. Peça para descrever como é a
sensação de tocar o pêlo do animal. Pergunte se você precisa ficar com medo de cachorro e achando que ele vai
te morder o tempo todo. Esse cachorro bonzinho pode dizer que só morde quando alguém o machuca e que ele
faz isso só para se defender. Que se ele recebe carinho ele também só dá carinho. Pergunte o que você pode fazer
para ficar tranquilo quando um cachorro estiver por perto. Aqui, se a criança não ouvir do cachorro boas
sugestões de como se proteger conscientemente, você pode ajudar dando dicas como: Pergunte ao cachorrinho o
que ele acha da ideia de você perguntar ao dono do próximo cachorro que você encontrar, se ele é mansinho
antes de fazer carinho no cãozinho. Porque pode ser que ele seja um cachorro bravo mesmo, mas se ele for
bravo, ela não estará solto, ele estará na coleira com uma focinheira para não morder ninguém não é mesmo?
Então você pode ficar tranquilo, é só não chegar muito perto de um cachorro. E o que mais você pode fazer para
ficar tranquilo e seguro? Peça para o cãozinho te ajudar. Cenário 2: Se o cachorro estiver bravo, vá por esse
caminho: Dentro da sua bolha, pergunte ao cachorro o que aconteceu para que ele ficasse tão bravo assim.
Cachorro pode dizer que está com fome, machucado ou nervoso porque não gosta de barulho ou está só
assustado mesmo. E quando fica com medo e assustado ele quer morder. Faça a criança perceber que houve um
motivo para ele ter ficado bravo, assim como ela também fica brava as vezes. Peça a esse cachorro bravo para
dizer a criança como fazer para que ela fique segura e tranquila. Aqui você pode ajudar dando a dica dela não
brincar com cachorro desconhecido sem antes perguntar ao dono se ele é manso, se ela pode tocar ou somente
não se aproximar muito do animal. Peça para o animal dizer a ela que ele é muito bravo mas que só vai para a
rua preso na coleira, com focinheira e com o dono dele, e que assim o cachorro não tem como morder nenhuma
pessoa. Mas que ele gostou muito de conversar com ela, apesar dele não ser muito bem humorado. Depois da
conversa com o cachorro manso ou com o cachorro bravo, fazer ponte ao futuro com a criança onde ela estará
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MANDANDO EMBORA A DOR
(Técnica para ser utilizada para diminuição de dores e não precisa de transe formal e
nem profundo)
Você pode começar perguntando: E se essa dor aí fosse uma cor, que cor ela seria? Criança vai dizer uma cor
qualquer. E qual cor que se estivesse aí te daria uma sensação melhor? Uma sensação de conforto? Criança
escolhe alguma outra cor. Exemplo: Verde. Verde como o quê? Ah! Verde como um campo de futebol. Muito
bem! Você gosta dessa cor? Eu também gosto muito dessa cor. Agora imagine toda aquela região mudando de
cor e ficando verde, se transformando no mais tranquilizante verde como um enorme campo de futebol, bem
reconfortante, deixando bem refrescante, espalhando por todo o seu corpo e te fazendo sentir uma sensação
muito boa de leveza, como aquele verde que você gosta muito, muito mesmo. Como você se sente aí com esse
verde tomando conta de todo o seu corpo? Criança responde que se sente melhor. E conforme você se sente
melhor, mais leve e mais refrescante, agora, você também pode escolher algo bem macio bem aconchegante
para envolver aquela região. Se você pudesse envolver aquela região com um material bem confortável, com
qual material você a envolveria? Ah! Eu gosto do macio do meu ursinho de pelúcia. Ótimo! Imagine o macio
do seu ursinho, só que mais macio ainda, bem mais macio e mais tranquilizante, enrolando-se em volta daquela
região todinha que está verde agora, para que toda a maciez e conforto também se espalhe por aquela área
verde, mantendo a região fresca e confortável… e qual a sensação agora? Criança responde que está muito
melhor. Muito bem!! Veja como essa sensação maravilhosa faz parte de você agora e você pode manter-se
confortável e tranquilo. E a partir de hoje, todas as vezes que você precisar, você pode pensar nesse verde
macio maravilhoso que te faz muito bem e ele poderá estar em qualquer objeto, em qualquer alimento,
qualquer peça de roupa ou qualquer lugar… Com você se sentindo muito bem, é um bom momento para a
gente encerrar esse momento? O segredo dessa técnica funcionar muito bem é porque ao pedir à para a criança
para dizer qual cor tem aquela dor, ela precisa sair do estado sinestésico para o estado visual, e ao fazer isso ela
já começa a se dissociar da dor. E quando a criança busca uma cor melhor, ela já está atendendo aos seus
comandos embutidos de conforto e tranquilidade. E para achar um material aconchegante, ela precisa sentir o
aconchego nela mesma para escolher um material, ou seja, ali ela já estava buscando uma relação sinestésica
muito melhor para ela. E um lembrete super importante aqui é não dizer essa dor e sim AQUELA dor, para que
a criança se dissocie do desconforto. Eu costumo nem usar o termo dor e sim DESCONFORTO.
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VISUALIZAÇÃO POSITIVA
Ensine à criança que à noite, antes de adormecer, ela vai fazer algo muito poderoso que vai ajudá-la a ser bem
sucedida naquilo que ela gostaria de realizar. Vamos usar aqui o exemplo de uma criança que está insegura
para fazer uma apresentação na escola. Peça para que ela, antes de adormecer, se visualize muito calma e
tranquila lá na escola momentos antes da apresentação. Depois diga para ela iniciar a apresentação e se ver
muito segura, falando calmamente, se lembrando do conteúdo que ela estudou, finalizando com êxito o
trabalho dela, sendo elogiada pelos professores, aplaudida pelos alunos, ela muito orgulhosa de si mesma… E
quando a cena terminar, peça para que a criança repita a mesma cena de sucesso muitas vezes até adormecer.
Cada vez que ela pensa em si mesma sendo bem sucedida, é um caminho neural que fica mais fortalecido e
mais fácil para a mente dela seguir, aumentando assim as chances desse ensaio mental se tornar uma realidade
para ela.
Após a rotina da noite que a criança faz, seja escovar os dentes, fazer xixi e outras coisas mais, quando ela já
tiver feito tudo o que ela costuma fazer antes de dormir, pode começar o exercício. Passo 1: Criança se deita e
se aconchega na cama. Diga à ela: Bem, agora nós vamos começar uma contagem regressiva começando com o
número 20 vamos até o número 1, ok?! (criança concorda) Então conta 20 , inspira bem profundo e expira.
Agora você vai fechar os olhos e vai somente fingir que está dormindo. Mas não é para dormir, é só para fingir.
Faça de conta que está dormindo e deixe todo o seu corpo acreditar que você está dormindo. Como você fica
quando está dormindo? Deixe suas pernas ficarem do jeito que elas ficam quando você dorme de verdade,
deixe os seus pés e os seus braços também se comportarem da mesma forma de quando você dorme um sono
bem pesado. Deixe todo o seu corpo bem pesado, como se você estivesse num sono bem profundo, mas não é
para dormir, é só para fingir que está dormindo. Eu preciso olhar pra você e acreditar que você está dormindo
mesmo. (Aqui, dê um tempo para a criança fazer de conta que todo o corpo dela dorme) Agora abra os olhos
porque a gente precisa contar agora o número 19. Conte 19, inspira bem profundo e expira. Feche os olhos e
finja que está dormindo. Mas não durma. Faça de conta que está dormindo e deixe todo o seu corpo acreditar
que você está dormindo. Deixe suas pernas ficarem do jeito que elas ficam quando você dorme de verdade,
deixe os seus pés e os seus braços também se comportarem da mesma forma de quando você dorme um sono
bem pesado. Deixe todo o seu corpo bem pesado, como se você estivesse num sono bem profundo, mas não é
para dormir, é só para fingir que está dormindo. (Aqui, dê um tempo para a criança fazer de conta que todo o
corpo dela dorme) Agora abra os olhos porque a gente precisa contar agora o número 18. Conte 18, inspira
bem profundo e expira. Feche os olhos e finja que está dormindo. Mas não durma. Faça de conta que está
dormindo e deixe todo o seu corpo acreditar que você está dormindo. Deixe suas pernas ficarem do jeito que
elas ficam quando você dorme de verdade, deixe os seus pés e os seus braços também se comportarem da
mesma forma de quando você dorme um sono bem pesado. Deixe todo o seu corpo bem pesado, como se você
estivesse num sono bem profundo, mas não é para dormir, é só para fingir que está dormindo. (Aqui, dê um
tempo para a criança fazer de conta que todo o corpo dela dorme) Repetir o processo até a criança adormecer…
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Caminho de Recursos Essa técnica pode ser usada com crianças, adolescentes e até
adultos.
Passo 1:
Dar papel e canetinhas e pedir à criança para que ela desenhe o objetivo dela.(o que ela foi buscar lá no seu
consultório com a sua ajuda) Aqui vamos dar o exemplo de uma criança que gostaria de tirar boas notas. Diga
à criança: Desenhe nessa folha em branco o que você gostaria que acontecesse. Demonstre aqui neste papel
através do desenho, como que você gostaria de sair daqui do meu consultório. (criança desenha) Me diga o que
você desenhou aí. (criança fala sobre o desenho, explica o que desenhou) Exemplo: ela segurando um lindo
Passo 2:
Agora me fala uma coisa, o que uma pessoa que já conseguiu atingir esse objetivo aí que você tanto quer e não
conseguiu ainda, precisa ter, precisa saber e precisa fazer para alcançar esse objetivo? Exemplo: uma criança
que tira boas notas e passa de ano tem o quê? Faz o quê? Sabe o quê? Como ela é? Por que ela tira notas boas?
(criança responde) Obs: peça para a criança citar 3 ou 4 recursos que ela considera importante para alcançar o
objetivo que ela deseja. Exemplos de recursos: coragem, força, inteligência, autoconfiança...
Passo 3:
Dar uma folha branca para cada recurso que a criança escolheu e dizer a ela para escrever o nome de cada
recurso em uma folha separada. Exemplo: ela vai escrever inteligência numa folha, boa autoestima em outra e
Passo 4:
Pedir para a criança ficar de pé e colocar no chão lá na frente, o desenho com o objetivo desejado dela. E entre
a criança e o desenho do objetivo, colocar as 3 ou 4 folhas com o nome de cada recurso escrito.(os recursos
Passo 5:
Agora dê um passo para frente e fique de pé em cima desse primeiro recurso aí que você escolheu. (criança dá
um passo e fica em cima da folha branca com o primeiro recurso, por exemplo, a inteligência). Diga a ela:
Agora feche os olhos e me diga: Qual foi um momento da sua vida em que você foi inteligente? Quando na sua
vida você usou a sua inteligência e foi bem sucedido? (criança vai descrever o momento) Faça mais perguntas
sobre esse momento que ela relatou como por exemplo o que ela estava fazendo, onde ela estava, quem estava
com ela, como ela estava fazendo, como ela estava se sentindo… Essas perguntas vão trazer clareza para a
criança de que ela já tem o recurso que julga importante e já até fez uso dele e muitas vezes nem se lembrava.
Passo 6:
gora abra os olhos, dê mais um passo e fique de pé sobre esse outro recurso aí. (criança fica de pé sobre o
segundo recurso) Agora feche os olhos e me diga: Qual foi um momento da sua vida em que você foi ou teve
“nome do recurso”? Quando na sua vida você usou a sua “recurso” e foi bem sucedido? (criança vai descrever
o momento) Faça mais perguntas sobre esse momento que ela relatou,como por exemplo o que ela estava
fazendo, onde ela estava, quem estava com ela, como ela estava fazendo, como ela estava se sentindo…
Passo 7:
Agora abra os olhos, dê mais um passo e fique de pé sobre esse outro recurso aí. (criança fica de pé sobre o
próximo recurso) Agora feche os olhos e me diga: Qual foi um momento da sua vida em que você foi ou teve
“nome do recurso”? Quando na sua vida você usou a sua “recurso” e foi bem sucedido? (criança vai descrever
o momento) Faça mais perguntas sobre esse momento que ela relatou,como por exemplo o que ela estava
fazendo, onde ela estava, quem estava com ela, como ela estava fazendo, como ela estava se sentindo…
Passo 8:
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Agora abra os olhos, dê mais um passo e fique de pé sobre esse outro recurso aí. (criança fica de pé sobre o
próximo recurso) Agora feche os olhos e me diga: Qual foi um momento da sua vida em que você foi ou teve
“nome do recurso”? Quando na sua vida você usou a sua “recurso” e foi bem sucedido? (criança vai descrever
o momento) Faça mais perguntas sobre esse momento que ela relatou,como por exemplo o que ela estava
fazendo, onde ela estava, quem estava com ela, como ela estava fazendo, como ela estava se sentindo…
Passo 9:
Agora pode abrir os olhos. Veja o que está aí na sua frente! UAU! Você aprovado com um boletim lindão
recheado de boas notas. E o que você percebeu nesse seu caminho para chegar até aí? Obs: -Se a criança
disser que não percebeu nada, você diz: Lembra que você me disse que para atingir o seu objetivo você
precisava disso, disso, disso e disso? E o que você percebeu quando você me disse que já usou da sua
“recurso” naquele dia assim assim assado, depois você teve “recurso” naquela outra vez que aconteceu tal
coisa e depois você teve “recurso” quando aconteceu a outra coisa… (vai relembrando a criança o que ela te
contou durante o exercício. A criança irá refletir e dizer algo do tipo: É mesmo! Eu já usei isso! E se você já
usou é porque você tem ou não tem esse recurso? (criança responde e você vai para o passo 10) -Se a criança
disser algo parecido com: Eu percebi que já tenho o que preciso.(vá para o passo 10)
Passo 10:
Agora que você já sabe que aí dentro de você está tudo o que precisa para viver aquele momento que está bem
aí na sua frente, você já está apto a dar o próximo passo e viver o seu objetivo. Eu vou contar de 1 até 3 e no 3
você vai para o futuro, somente no 3 você vai dar um passo, vai ficar em cima do seu objetivo e vai se
imaginar vivendo aquela cena. 1,2 e 3 pode dar um passo à frente e experimentar como é pegar um boletim
lindão desses aí na sua mão. Me diga como você está se sentindo aí nesse momento, o que você ouve das
pessoas a sua volta, o que você está vendo aí, o que você diz para si mesmo… Passo 11: Agora eu vou contar
de 3 até 1 e você no 1 vai começar a dar passos para trás até que você se sinta no hoje, no presente, aqui e
agora. 3,2,1 pode vir. (criança retorna e você a parabeniza pelo belo trabalho).
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Cartas de Perdão
É uma conversa, um bate papo. Há uma metáfora sobre a Roma Antiga, que diz que lá, naquele local, se
praticava a necroforia. Quando algum assassino era descoberto e condenado, a forma dele pagar pelo crime que
cometeu, era ser obrigado a carregar a pessoa morta, a pessoa que ele matou nas próprias costas pelo resto da
vida. E com o passar do tempo, aquele corpo morto que o assassino condenado carregava nas costas, ia se
decompondo e o assassino ia ficando cada vez mais fragilizado, tanto pelo peso absurdo que carregava dia e
noite, quanto pelos vermes e bactérias que decompunham o corpo do cadáver, que com o passar do tempo
também começavam a consumir o corpo dele. E assim, o assassino era consumido, era devorado até ser
dizimado. Eu sei que essa história é muito forte e nada agradável de se ouvir. Mas ela serve como uma analogia
muito boa para usarmos na nossa vida. Quando carregamos dentro de nós uma mágoa, uma raiva de alguém que
nos feriu profundamente, podemos dizer que é como se nós fôssemos aquele condenado lá e estamos carregando
um peso morto em nossas costas. Pesa, incomoda, dói, e aos poucos, essa mágoa vai roubando de nós a paz, a
alegria, os sonhos e outras tantas coisas lindas que trazem vida à nossa vida. É como se morrêssemos um pouco
a cada dia. Muitos de nós já dissemos ou ouvimos alguém dizer: “Pra mim, fulano morreu.” quando queremos
afirmar que estamos muito magoados com alguém. E quando não trabalhamos esse perdão, o fulano morto
caminha conosco dia e noite sobre nossos ombros. O que você acha disso? Você acredita que há sobre você um
peso morto te atrapalhando? Você gostaria de se livrar disso e seguir adiante mais leve? Lembrando que perdoar
não é esquecer e nem concordar com o que o outro fez. Nem tampouco conviver novamente com a pessoa.
Perdoar é decidir deixar isso no seu passado e seguir adiante. (cliente responde se gostaria ou não de fazer o
Passo 1:
Escreva numa folha de papel uma carta para o seu ofensor dizendo a ele tudo o que ele te fez e que o magoou
bastante. Escreva como se você estivesse falando pessoalmente com ele. Diga a ele tudo o que ele fez, como ele
te feriu. Escreva com total liberdade, é uma escrita livre. Não se preocupe com gramática ou concordância
verbal, o intuito da carta é somente dizer a pessoa como ela te feriu. Perceba todas as emoções negativas que
estão em você, tudo aquilo que você costuma remoer e transcreva para o papel.
Passo 2:
Agora escreva nessa segunda carta, todos os prejuízos que você teve com as atitudes daquela pessoa que te
magoou. Por exemplo: Se a pessoa te chamou de incapaz, você pode dizer: “naquele dia em que você me
chamou de incapaz eu acreditei em suas palavras e nunca mais pude tirar uma boa nota em uma prova, eu não
tenho coragem de arriscar porque deixei de confiar em mim…” ou algo parecido. Nessa segunda carta você vai
Passo 3:
E agora, como você já decidiu se libertar de tudo isso, já não que mais carregar nenhuma mágoa dentro do seu
peito, você vai escrever essa terceira carta dizendo que você decidiu perdoar essa pessoa. Você pode dizer
também que está devolvendo à ela tudo aquilo que você carregou e era dela. Também pode dizer que continua
não concordando com o que ela fez, mas que isso não será mais problema seu, que a partir de agora você só vai
lidar com o que é seu, vai dedicar seu tempo à sua vida, vai assumir só a sua vida.
Passo 4:
(Profissional senta-se de frente para o cliente e diz a ele que naquele momento fará o papel do ofensor e que o
cliente vai ler para a pessoa que o ofendeu aquilo que escreveu) Peça ao cliente que leia cada uma das 3 cartas na
ordem em que foram escritas(acusação, prejuízos e perdão) como se estivesse falando com o agressor. O
Passo 5:
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Agora que tudo isso já está resolvido, o que você gostaria de fazer com essas cartas agora? Quer queimar?
Rasgar? Jogar no meu lixo aqui? Deixar comigo para eu jogar fora? (só não deixe o cliente levar para casa,
não seria nada terapêutico ficar relendo isso) Cliente escolhe o que fazer com as cartas e o faz. Agora, respire
Em um reino muito distante, havia um pequeno vilarejo, uma pequena vila onde moravam algumas pessoas.
Esse lugar era muito tranquilo e todas as pessoas se conheciam. Lá nesse lugar tinha um morador muito
especial que era um mago. E esse mago se chamava Mago Margôt. O Mago Margôt tinha uma varinha
mágica e todas as vezes que as pessoas daquele lugar tinham algum problema, elas procuravam Margôt para
pedir ajuda e Margôt as ajudava. Um dia uma senhora precisou de ajuda e foi até a casa do Mago. Chegando
lá ela disse: Mago Margôt eu hoje não estou muito bem estou sentindo bastante raiva. E Margôt pegou a sua
varinha mágica e começou a tocar em alguns lugares do corpo daquela senhora e logo a raiva se foi. E aquela
senhora voltou para casa bastante aliviada. Porém um dia, aconteceu uma grande tempestade em um reino
bem distante. Mas aquela tempestade veio com um furacão que passou pelo vilarejo do Mago. E nesse
furacão, estavam muitas ecas, esse furacão trouxe muitas ecas junto com ele. Tinha a eca do medo, a eca da
raiva, a eca da tristeza, a eca da saudade e todas as ecas que nos fazem sofrer. E depois que esse furacão foi
embora, as pessoas daquele vilarejo ficaram todas cheias de ecas. E quando o Mago Margôt percebeu, tinha
uma fila de pessoas na porta da casa dele pedindo ajuda para se livrarem de muitas ecas. E Margôt começou
a trabalhar. Começou a usar sua varinha mágica para mandar as ecas embora. Mas naquele dia, Margôt usou
tanto, tanto, tanto a varinha mágica que ela quebrou-se. E o Mago teve que pedir para as pessoas irem
embora sem resolver os problemas delas porque ele não teria mais como ajudá-las. Margôt ficou super triste
e foi dormir chateado. Mas durante a noite, Margôt sonhou que alguém lhe dizia que ele poderia ajudar sim
todas aquelas pessoas. Que bastaria ele ensiná-las a tocarem nelas mesmas com os próprios dedos nos pontos
onde a varinha tocaria e tudo se resolveria. No dia seguinte, a campainha da casa dele tocou. Era alguém com
uma eca e que não sabia que a varinha mágica havia quebrado. Porém, Margôt não mandou aquela pessoa
voltar para casa, ele queria testar e saber se aquele sonho tinha sentido. Ele disse: Olha, eu não tenho mais a
varinha, mas faça assim, use o seu dedo e toque o seu corpo mandando essa eca embora. A pessoa seguiu as
instruções dele e a eca desapareceu. Margôt ficou extremamente feliz e a partir daquele dia, nunca mais
ninguém precisou do Mago para sentir alívio, cada morador descobriu o poder de tocar o próprio corpo e
mandar para bem longe aquilo que estava incomodando. Cada um aprendeu a cuidar de si mesmo. E todos
eles voltaram a viver bem felizes assim como eram antigamente. E hoje eu vou ajudar você a ser o seu
próprio Mago Margôt. Nós vamos colar botões no seu bichinho de pelúcia nos mesmos lugares que
precisamos tocar para que as ecas saiam de nós. (Junto com a criança, use cola quente e cole botões nos
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