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2. OBJETIVOS DO CURSO......................................................................... 04
3. CONCEITOS: .......................................................................................... 05
3.1 RAÇA...................................................................................................... 05
3.2 ETNIA.................................................................................................... 06
3.3 RACISMO............................................................................................... 06
3.4 ETNOCENTRISMO................................................................................ 08
3.5 PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO.................................................... 09
3.6.MINORIAS SOCIAIS.............................................................................. 10
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 24
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................
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SUMÁRIO
CFSd – Proteção e Valorização da Raça Humana
Apresentação
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OBJETIVOS DA DISCIPINA
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CONCEITOS
RAÇA
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ETNIA
Devido à comprovação biológica da não existência de raças humanas, a
ciência procurou encontrar uma outra forma de classificar os indivíduos em
grupos. Nesse sentido o conceito de raça foi substituído pelo conceito de etnia.
Este termo então, tendo sido utilizado para designar qualquer agregado de
pessoas que podem ser identificadas como pertencentes a um grupo. De acordo
com este entendimento, as pessoas que possuem os mesmos ancestrais, ou
compartilham com as mesmas crenças ou valores, mesma linguagem ou qualquer
outro traço social ou cultural são consideradas como integrantes de uma mesma
etnia. Essa ampla definição abre a porta para muitos e sérios desentendimentos
sobre pessoas que a utilizam para caracterizar preconceito e discriminação.
RACISMO
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O RACISMO NO BRASIL
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ETNOCENTRISMO
Para refletirmos sobre etnocentrismo, utilizaremos um conceito muito
pertinente do antropólogo Everaldo P. Guimarães:
“O etnocentrismo é uma visão de mundo onde o nosso próprio grupo é
tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos
através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é
existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de
pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza,
medo, hostilidade, etc.”
(Everaldo Guimarães, 1993)
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PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO
O preconceito decorre de uma opinião ou um conceito formado por
antecipação, geralmente com precipitação, destituído de análise mais profunda ou
conhecimento de determinado assunto, sem levar em consideração os
argumentos contrários e favoráveis, ou seja, sem a devida reflexão. O preconceito
está geralmente relacionado com a ignorância, aqui exposta como a ausência de
conhecimento acerca de determinado assunto. Em geral, se constitui em um
julgamento negativo por conta de um aspecto externo, que pode ser raça, cor,
sexo, preferência sexual, opção religiosa, idade ou outros.
A discriminação pode ser considerada como uma conseqüência do
preconceito, as atitudes que um preconceito pode ter como conseqüência. É um
modo injusto de negar os direitos de uma pessoa com base em critérios
estabelecidos por conceitos pré-estabelecidos.
Os casos de discriminação no Brasil são altamente representativos e estão
em todas as esferas da sociedade. Práticas racistas, homofóbicas e machistas
fazem parte do nosso cotidiano, muitas vezes sendo internalizadas por uma
grande parcela da sociedade. Destacamos nesse sentido a influência da mídia
que expõe em muitos momentos, grupos sociais menos favorecidos a situações
humilhantes e vexatórias, seja de forma explícita, com piadas, personagens de
programas humorísticos, etc.; ou implícita, através da transmissão de conteúdos
carregados de preconceitos.
Diante do quadro existente no país, políticas afirmativas se tornaram
necessárias para reverter os prejuízos causados pela discriminação. As cotas para
indígenas e afro descendentes em universidades, a liberação pelo SUS da cirurgia
de mudança de sexo para transexuais, são exemplos de ações afirmativas para
grupos discriminados na sociedade. A ciência jurídica, ainda, procura criar formas
de criminalizar essas práticas. Ressaltamos a lei 11340/2006 (Lei Maria da Penha)
como um exemplo de esforço jurídico, aliado a pressão dos movimentos sociais,
para trazer mais rigor aos casos de violência doméstica e familiar contra mulheres
no Brasil.
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MINORIAS SOCIAS
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sofridos. Mas os casos que chegam às delegacias são apenas a minoria. Cabe
destacar que os boletins de ocorrência das delegacias revelam um número
significativo de registros provenientes das classes A e B, contrariando a tese de
que a violência contra a mulher é resultado de uma cultura da pobreza ou da baixa
escolaridade.
O preconceito contra a mulher sempre foi tão incumbido na sociedade,
principalmente em países mais patriarcalistas como o Brasil, inclusive por conta do
enraízamento cultural de papéis masculinos e femininos cristalizados, que gerou
nelas mesmas uma visão auto-depreciativa de sua posição nas relações sociais e
como tal no mercado de trabalho.
A mulher, independentemente de sua classe social, raça e idade, sofre a
violência de gênero. Se ela pertence às classes menos favorecidas, sofre a
violência de classe. Se ela não for branca, sofre a violência racial. Pode ser vítima
de uma violência agravada, por exemplo, se for negra e pobre. Mas a violência de
gênero está ligada à questão da subordinação feminina culturalmente construída
e, nesse sentido, ela está presente em todas as esferas da sociedade. Assim cabe
a todos os cidadãos reconhecer e superar as relações assimétricas entre os
gêneros femininos e masculinos, buscando oferecer tratamentos iguais a homens
e mulheres.
PRECONCEITO ANTI-HOMOSSEXUAL
Nestes últimos quatro mil anos da história humana, o Ocidente repetiu que
o amor e o erotismo entre pessoas do mesmo sexo eram "o mais torpe, sujo e
desonesto pecado", e que por causa dele, Deus castigava a humanidade com
pestes, inundações, terremotos, etc. Ainda hoje, muitos cristãos atribuem o flagelo
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HISTÓRICO DO NÚCLEO
No dia 30 de junho de 2005 foi realizado em Salvador o I Congresso
Religioso da Polícia Militar tendo com tema “A Paz”. O sargento da PMBA Eurico,
sacerdote de uma religião de matriz africana e pertencente à irmandade da
Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, ao
tomar conhecimento do evento, por meio de um folder de divulgação, observa que
no encontro haveria representantes das religiões católica, protestante e espírita,
entretanto, não fora convidado nenhum representante das religiões de matriz
africana.
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MISSÃO DO NAFROPM
Além de ações sociais, o NAFRO possui a missão de proteger as tradições das
religiões de matriz africana, difundindo seus fundamentos e garantindo o exercício
da prática religiosa de policiais e servidores da corporação militar.
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PUBLICO ALVO
Policiais femininas, esposas, filhas companheiras de militares e funcionárias civis.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O período de formação, em muitos casos, é a única oportunidade
institucional para se debater questões relevantes no serviço policial militar. É
importante inserir, nos cursos de formação, discussões que sejam fundamentais
para o entendimento da sociedade em que esse policial está inserido, seja como
cidadão ou como profissional.
Na sociedade atual, a pressão dos movimentos sociais tem revelado os
preconceitos e discriminações que sofrem, no cotidiano, vários grupos sociais.
Procuramos nessa apostila destacar discussões sobre minorias sociais que
permeiam a sociedade e o ambiente policial militar.
Destacamos neste estudo os conceitos de raça, etnia, racismo,
etnocentrismo, preconceito, discriminação e minorias sociais. Partindo desse
entendimento conceitual, procuramos discutir a situação das mulheres, negros e
homossexuais na sociedade como um todo, bem como no contexto policial, seja
debatendo a relação dos policiais com esses grupos na sociedade, ou discutindo
como esses grupos são tratados dentro da corporação.
Apesar dos esforços de alguns membros da PMBA para diminuir o
distanciamento construído entre a corporação e a comunidade baiana, a luta por
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uma sociedade mais humana ainda tem muitos obstáculos a serem encarados.
Perceber as diferenças e enfrentá-las com respeito é o primeiro passo para se
construir uma polícia que valorize todos os indivíduos como pertencentes à raça
humana.
BIBLIOGRAFIA:
OLIVEIRA, Dijaci David de, LIMA, Ricardo Barbosa de, e SANTOS, Sales Augusto
dos. ‘’A Cor do Medo: O Medo da Cor’’. In: OLIVEIRA, Dijaci David de et al.
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