Aula 02 – Propriedades Físicas dos Gases

 Composição:

O ar é composto basicamente por:

 78% de Nitrogênio;

 21% de Oxigênio;

 1% de Hidrogênio e outros gases;

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 Propriedades Físicas dos Gases:

 Compressibilidade: o ar, assim como todos os gases, tem a propriedade de

ocupar todo o volume de qualquer recipiente, adquirindo o seu formato, já que
não tem forma própria. Assim, podemos encerrá-lo em um recipiente com
volume determinado e, posteriormente provocar-lhe uma redução de volume
usando uma de suas propriedades – a compressibilidade. Podemos concluir
que o ar permite reduzir o seu volume quando sujeito à ação de uma força
exterior.

Ar submetido a um Ar submetido a um
volume inicial V0 volume final V1

V1 < V0

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 Propriedades Físicas dos Gases:

 Elasticidade: propriedade que possibilita ao ar voltar ao seu volume inicial,

uma vez extinto o efeito (força) responsável pela redução do volume.

Ar submetido a um Ar submetido a um
volume inicial V0 volume final V1

V1 > V0

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 Propriedades Físicas dos Gases:

 Difusibilidade: propriedade do ar que lhe permite misturar-se

homogeneamente com qualquer meio gasoso.

Volumes contendo Válvula aberta:

ar e gases: válvula temos uma mistura
central fechada. homogênea.

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 Propriedades Físicas dos Gases:

 Expansibilidade: propriedade do ar que lhe possibilita ocupar totalmente o

volume de qualquer recipiente, adquirindo o seu formato.

Possuímos um recipiente
contendo ar: a válvula
está fechada.

Quando a válvula é aberta

o ar expande, assumindo
o formato dos recipientes.

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 Transformação Isotérmica (Lei de Boyle - Mariotte)
Robert Boyle realizou um experimento em tubos
manométricos em forma de U e J, analisando colunas de
mercúrio em contato com o ar e verificou que em um processo
isotérmico, a grandeza T é constante (Ti = Tf).

Dessa forma, a partir da equação dos gases ideais, teremos

apenas a pressão e o volume do gás operando, o que implica na
Lei de Boyle – Mariotte:

“A temperatura constante, o volume de uma da quantidade de

gás varia inversamente com a pressão.”

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Em outras palavras, o volume do gás é inversamente
proporcional à sua pressão e a relação entre P e V é constante em
todas as etapas do processo. Dessa maneira temos:
P V  cte
Isso implica que, ao isolar P ou V, obtém-se uma função do
tipo:
cte
f ( x) 
x
que fornece um gráfico PV com uma hipérbole, nos quais as
assíntotas são os eixos coordenados P e V. A curva corresponde a
uma isoterma.

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Quanto mais externa à origem a curva for, maior será a

temperatura do processo em questão, resultando em:
P1 V1  P2 V2

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 Transformação Isobárica (Lei de Charles - Jacques Alexandre César Charles)
A figura apresenta um recipiente dotado de um manômetro e
de um termômetro. No interior do recipiente, sob o êmbolo, há
uma certa quantidade fixa de um gás a uma temperatura T1 e
pressão P1. O recipiente é então aquecido, elevando a
temperatura do gás e causando uma expansão térmica dele.

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Essa expansão resulta na elevação do êmbolo. Entretanto, se
não houver nenhuma carga crescente atuando sobre o êmbolo, a
pressão em P2 permanece inalterada.

Como pode ser visto na figura (V1 < V2) e (T1 < T2), para essa
condição de pressão constante verifica-se a existência de uma
relação entre as variáveis de estado (V, T). Ou seja, o volume varia
proporcionalmente de acordo com a variação da temperatura.

Assim, temos:

V1 V2
  Cte
T1 T2

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Exemplo: Um recipiente possui inicialmente um volume de
0,5m3 de gás hélio a 20°C. Qual será o volume ocupado por esse
gás quando a temperatura chegar a 35°C?
V1 V2 T2
  V2  V1 
T1 T2 T1
Para efeito de cálculos, a temperatura deve ser sempre
expressa em kelvin (escala de temperatura absoluta)
273,15K = 0°C

V2  V1 
T2  273,15  35 
0,5     0,52 m 3
T1  273,15  20 

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Os diagramas característicos dessa transformação são
mostrados abaixo:

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 Transformação Isocórica: (Lei de Gay-Lussac - Louis Joseph Gay-Lussac)

Na transformação isocórica o volume de gás permanece

constante (V1 = V2), enquanto variam temperatura e pressão.
Desta forma, o quociente entre P1 e T1, bem como P2 e T2, resulta
sempre em uma constante, pois (P1 < P2) e (T1 < T2).

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Assim, para essa condição de volume fixo, verifica-se uma
relação entre as variáveis de estado (P, T). Ou seja, a pressão varia
proporcionalmente de acordo com a variação da temperatura.

Assim, temos:

P1 P2
  Cte
T1 T2

Exemplo: um recipiente possui um volume fixo de 0,5 m3 de

gás hélio a 20°C e pressão de 6 bar. Qual será a pressão registrada
no manômetro quando a temperatura chegar a 35°C?

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Para efeito de cálculos, a temperatura deve ser sempre
expressa em kelvin (escala de temperatura absoluta)
273,15K = 0°C

P1 P2 T2
  P2  P1 
T1 T2 T1

P2  P1 
T2  273,15  35 
6    6,31bar
T1  273,15  20 

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Os diagramas característicos dessa transformação são
mostrados abaixo:

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 Lei dos Gases Ideais:

Pode haver situações em que tenhamos a variação das três

variáveis citadas (V, T, P). Deste modo, a relação entre elas para os
estados inicial e final de um processo é representada pela Lei dos
Gases Ideais:

P1  V1 P2  V2

T1 T2

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Exemplo: uma certa massa de gás ideal sob pressão de
10 bar e temperatura 200 K ocupa um volume de 0,5 m3.
Qual o volume ocupado pela mesma massa de gás sob
pressão 20 bar e temperatura de 300 K?

Situação Inicial Situação final

V1 = 0,5 m3 V2 = ?
P1 = 10 bar P2 = 20 bar
T1 = 200 K T2 = 300 K

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P1  V1 P2  V2

T1 T2
 T2  P1 
V2  V1   
 T1  P2 

 300 K 10bar 
0,5m  
3

 200 K  20bar 

V2  0,375m3

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 Exercício 1: Um recipiente possui volume de 1m3 e contém
armazenado em seu interior ar comprimido a uma pressão de
12bar e temperatura de 26°C. Qual o volume normal de ar
comprimido armazenado em seu interior, lembrando que a pressão
normal é de 1 atm (1,01325 bar) e temperatura normal é de 20°C?

 Exercício 2: Calcule a variável T1 em um processo em que temos

T2 = 120°C, V1 = V2 e P1 = P2 /3.
a) 295,15K
b) 131,05K
c) 318,15K

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 Exercício 3: Um gás, suposto ideal, está contido num recipiente
cujo volume se mantém constante a qualquer temperatura. Se a
pressão do gás é de 2,0 x 105 Pa a 27°C, pode-se afirmar que a
327°C essa pressão será, em bar, de:

a) 2
b) 4
c) 6
d) 8
e) 24,2

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Constata-se que o ar é muito compressível sob ação de
pequenas forças. Quando contido em um recipiente fechado, o ar
exerce uma pressão igual sobre as paredes, em todos os sentidos.

Por Blaise Pascal, temos: “A pressão exercida em um líquido

confinado em forma estática atua em todos os sentidos e
direções, com a mesma intensidade, exercendo forças iguais em
áreas iguais”.

Supondo um recipiente cheio de um líquido, o qual é

praticamente incompressível, como o apresentado na figura a
seguir:

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Se aplicarmos uma força de 10kgf num êmbolo de 1cm2 de

área, o resultado será uma pressão de 10kgf / cm2 nas paredes do
recipiente.
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Assim, podemos concluir que:

F
P
A

Onde: P = pressão [kgf / cm2]

F = força [kgf]

A = área [cm2]

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