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1. FATOS
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A Parte Autora é titular de benefício previdenciário vinculado
ao Instituto Nacional de Previdência Social – INSS, conforme
comprovam os documentos anexos.
Data do
Idade Valores
Pagamento
60 anos ou mais Todos os valores Fevereiro de 2013
De 46 a 59 anos Até R$ 6.000,00 Abril de 2014
De R$ 6.000,00 a R$
De 46 a 59 anos Abril de 2015
19.000,00
De 46 a 59 anos Acima de 19.000,00 Abril de 2016
Até 45 anos Até R$ 6.000,00 Abril de 2016
De R$ 6.000,00 a R$
Até 45 anos Abril de 2017
15.000,00
Até 45 anos Acima de R$ 15.000,00 Abril de 2018
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Até 45 anos Acima de 6.000,00 Abril de 2022
Veja-se:
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Nesse sentido, é o entendimento da Turma Regional de
Uniformização do Tribunal Regional da 4ª Região:
3. FUNDAMENTAÇÃO DE MÉRITO
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(...)
O art. 18, inciso I, alíneas “a”, “d”, “e” e “h” da Lei n.º
8.213/91, por sua vez, disciplina que:
5
(...)
h) auxílio-acidente
(...).
6
PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DA RENDA
MENSAL INICIAL. PENSÃO POR MORTE. ERRO NA
CONCESSÃO.
[...]
2. Hipótese em que a RMI do auxílio-doença do segurando
falecido e, via de consequência, a RMI da pensão da autora,
foi calculado de forma errada, pois foram utilizadas apenas
12 contribuições no cálculo do salário-de-benefício, enquanto
que o art. 29, da Lei nº 8.213/91, com a redação dada pela
Lei nº 9.876, de 26.11.99, dispunha que o salário-de-
benefício consistia “na média aritmética simples dos
maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta
por cento de todo o período contributivo”
[...]
(TRF2, 2ª Turma Especializada, Remessa Necessária n.
200751070004771, Juiz Federal Marcelo Leonardo Tavares,
julgado em 31/08/2010, sem grifo no original).
7
(TRF3, AC N° 0001317-06.2008.4.03.6120, 10ª Turma, Relator
Des. Federal Baptista Pereira, Data do julgamento
19/06/2012, sem grifo no original)
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No mais, já é entendimento pacificado na Turma Regional de
Uniformização que a existência de Ação Civil Pública não obsta a
propositura de ação individual, conforme segue:
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consentâneo com os princípios que regem o rito do Juizado
Especial Federal. Legalidade em se obrigar o INSS a obrigação
de fazer, consistente em elaborar os cálculos que permitem a
execução. O procedimento está em harmonia com o rito célere
de execução criado no microssistema dos Juizados Especiais
Federais (art. 16 e 17 da Lei nº 10259/01). Calcular benefícios
previdenciários é, sem dúvida, uma das principais funções
institucionais do réu, por tal motivo, conta com aparato muito
superior ao do Judiciário ou da parte autora neste aspecto.
6. Quanto à ausência de interesse de agir por falta de
requerimento administrativo, o entendimento deste Relator é
no sentido de que há efetivamente a necessidade de
requerimento administrativo para que possa existir a lide,
conceituada no direito processual como sendo pretensão
resistida. Sem a resistência do INSS, o Juizado passa a ocupar
o lugar da autarquia, invadindo a seara do Poder Executivo e
ferindo o Princípio da Tripartição dos Poderes. Contudo, o que
tem se aplicado nos casos em que há o julgamento do mérito
em primeira instância, mesmo com a ausência do pedido
administrativo, é que fica mais oneroso tanto em relação ao
tempo, como quanto ao custo operacional do processo,
retroagir ao início. Trata-se de um caso de conflito de normas,
onde prepondera a celeridade e o aproveitamento dos atos
processuais já realizados.
7. Já nas situações em que o processo foi extinto sem
resolução do mérito, não há atos processuais a preservar,
motivo pelo qual deve ser ratificado o decreto de extinção do
processo sem resolução do mérito.
8. Ressalte-se ainda que, mesmo que tenha sido concedida
administrativamente a revisão no valor do benefício, a ação
judicial tem valia no que tange à condenação ao pagamento
de atrasados, não havendo falar-se em falta de interesse
processual.
9. Observe-se que, quando da realização de cálculos, caso não
sejam apuradas quaisquer diferenças em favor da parte autora,
deverá o juízo responsável pela liquidação do julgado proceder
à extinção do feito.
10. Diante do exposto, nego provimento ao recurso do INSS,
mantendo a r. sentença por seus próprios fundamentos.
11. Condeno a Autarquia Previdenciária ao pagamento de
honorários advocatícios, que fixo, por equidade, em R$ 500,00
(quinhentos reais), tendo em vista que a Fazenda Pública foi
vencida em grande parte das suas alegações, bem como por
não ter natureza complexa a presente causa, nos termos doa
rt. 20, §4º do Código de Processo Civil e art. 55 da Lei
9099/95.
12. É o voto.
(Processo 00032185820124036317; Relator JUIZ(A) FEDERAL
LEONARDO VIETRI ALVES DE GODOI; 2ª Turma Recursal –
SP; 06/11/2012, sem grifo no original).
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benefício, devendo ser aplicada a média aritmética simples em relação
aos 80% maiores salários-de-contribuição no cálculo do salário-de-
benefício, bem como ao pagamento dos valores em atraso.
4. TUTELA ANTECIPADA
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Quanto à necessidade premente da Parte Autora em perceber
o benefício em discussão, devidamente revisado, caracterizando risco de
difícil reparação caso a benesse não seja imediatamente revista, resta
cristalina na lide, uma vez que aquela faz uso de tal numerário para
custear as suas necessidades básicas, entre elas sua alimentação.
Frise-se que este risco não está num simples receio subjetivo,
sendo fato reiterado em todo país a situação do cidadão que, sendo
beneficiário da Previdência Social, com todos os requisitos para a
revisão do benefício, é prejudicado pela Autarquia-ré que aplica critérios
próprios para a reliazação dos cálculos, locupletando-se à custa alheia,
além de agir com profundo desrespeito ao exercício da cidadania.
5. JUSTIÇA GRATUITA
6. REQUERIMENTOS
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a) A antecipação dos efeitos da tutela, inaudita altera parte,
visando seja determinada a revisão, imediata, do benefício percebido
pela Parte Autora;
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e3) Arque com o pagamento dos honorários
advocatícios;
Pede deferimento.
(Cidade e data)
Rol de documentos:
...
Esta petição inicial foi elaborada pelo Site Saber Direito Previdenciário.
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