Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Séries de Fourier
Universidade Rovuma
Extensão do Niassa
2020
Natalino António Aly
Séries de Fourier
Universidade Rovuma
Extensão do Niassa
2020
4
1. Introdução
O presente trabalho que tem como tema séries trigonométricas de Fourier visa estimular nos
estudantes o conhecimento de como desenvolver funções de séries de Fourier.
Objectivos
1.1.1. Geral
Conhecer as séries de Fourier
1.1.2. Específicos
Rever as funções periódicas
Representar uma série trigonométrica
Descrever a sua convergência no seu todo
1.2. Metodologias
5
2. Séries trigonométricas
Segundo ( pág. 221), uma função f (x) diz-se periódica no domínio D, se existir um número
positivo T tal que f ( x +T )=f ( x ) , ∀ xϵD .
O gráfico de uma função periódica f (x) pode ser obtido pela repetição do grá.co de f (x) em
qualquer intervalo de comprimento T:
Os exemplos mais familiares são as funções trigonométricas seno, co-seno, tangente e co-
tangentes. As funções constantes f (x)=k (k ∈ R)são funções periódicas, para qualquer valor
de T > 0:
Se uma função periódica f (x)tem um período mínimo T (¿ 0); então designa-se por período
fundamental de f (x) . Para cos x e senx o período fundamental é 2 π , mas, para cos ¿) e
sen(2 x) o período fundamental é π. As funções constantes são periódicas, mas não têm
período fundamental.
Exemplos:
Logo, Logo,
3. Séries trigonométricas
∞
a 0+ ∑ ( an cos ( nx ) +b n sin ( nx ) )
n=1
Esta série designa-se por série trigonométrica e os números a ne b n Por coeficientes da série.
∞
Cada um dos termos da série a 0+ ∑ ( an cos ( nx ) +b n sin ( nx ) ) tem período 2 π. Então se a série
n=1
∞
a 0+ ∑ ( an cos ( nx ) +b n sin ( nx ) ) for convergente, a sua soma será uma função de período 2 π .
n=1
Assim as séries trigonométricas podem ser utilizadas para representar qualquer função
periódica f (x) com qualquer período T. A representação de uma certa função periódica f (x)
em termos de co-senos e senos, está apenas dependente da determinação dos coeficientes
adequados a f ( x) . Para tal utilizar-se-á as Fórmulas de Euler.
Supomos que f (x)é uma função periódica, de período 2 π, e integrável nesse período.
∞
f ( x )=a0 + ∑ ( a n cos ( nx )+ bn sin ( nx ))
n=1
∞
Correspondentes à série f ( x )=a0 + ∑ ( a n cos ( nx )+ bn sin ( nx ))
n=1
3.1.1. Cálculo de a 0
∞
Integrando ambos os membros de f ( x )=a0 + ∑ ( a n cos ( nx )+ bn sin ( nx )) em [ −π , π ] ,Obtem-se
n=1
π π ∞
∫ f ( x ) dx=∫
−π −π
[ a0 + ∑ ( an cos ( nx )+ bn sin ( nx ) ) dx
n=1
]
Se for possível integrar termo a termo (convergência uniforme), então
π ∞ π π
∫ f ( x ) dx=2 π a 0+∑
−π n=1
( an ∫ cos ( nx ) dx+ bn ∫ sin ( nx ) dx
−π −π
)
Como todos estes integrais se anulam, tem-se:
π
1
a 0= ∫ f ( x ) dx
2 π −π
∞
Consideremos m um número natural. Multipliquemosf ( x )=a0 + ∑ ( a n cos ( nx )+ bn sin ( nx )) por
n=1
π π ∞
∫ f ( x ) cos ( mx ) dx=∫
−π −π
[ ]
a 0+ ∑ ( an cos ( nx ) +b n sin ( nx ) ) cos ( mx ) dx
n=1
8
π ∞ π π
−π n=1
(
a 0 ∫ cos ( mx ) dx + ∑ an ∫ cos ( nx ) cos ( mx ) dx +b n ∫ sin ( nx ) cos ( mx ) dx
−π −π
)
O primeiro integral é nulo. Aplicando igualdades trigonométricas conhecidas tem-se
π π π
1 1
∫ cos ( mx ) cos ( nx ) dx= ∫
2 −π
cos [ ( n+m ) x ] dx + ∫ cos [ ( n−m ) x ] dx
2 −π
−π
π π π
π π
1 1
∫ cos [ ( n+m ) x ] dx+ ∫ cos [ ( n−m ) x ] dx, que é igual a π quando n=m. Como em
2 −π 2 −π
π ∞
∫
−π
[ n=1
]
a 0+ ∑ ( a n cos ( nx ) +b n sin ( nx ) ) cos ( mx ) dx Este termo vem multiplicado por a m, Então o
π ∞
[ ]
segundo termo de∫ a 0+ ∑ ( a n cos ( nx ) +b n sin ( nx ) ) cos ( mx ) dx é igual a π am, pelo que
−π n=1
π
1
a n= ∫ f ( x ) cos ( nx ) dx n=1 ,2 , 3 , …
π −π
∞
Multiplicando f ( x )=a0 + ∑ ( a n cos ( nx )+ bn sin ( nx )) por sen(mx), sendo m um número natural
n=1
π π ∞
∫ f ( x ) sin ( mx ) dx=∫
−π −π
[ ]
a0 + ∑ ( an cos ( nx )+ bn sin ( nx ) ) sen ( mx ) dx
n=1
π ∞ π π
−π n=1
(
a 0 ∫ sin ( mx ) dx+ ∑ an ∫ cos ( nx ) sen ( mx ) dx +b n ∫ sen ( nx ) sen ( mx ) dx
−π −π
)
9
π π π
1
∫ sen ( nx ) sen ( mx ) dx= ∫ cos ( ( n−m ) x ) dx−¿ 12 ∫ cos ( ( n+m ) x ) dx ¿
2 −π
−π −π
O último termo é nulo e a primeira parcela do segundo membro anula-se para n ≠ m e é igual a
π quando n=m. Substituindo em
π π ∞
∫ f ( x ) sin ( mx ) dx=∫
−π −π
[ ]
a0 + ∑ ( an cos ( nx )+ bn sin ( nx ) ) sen ( mx ) dx obtém-se:
n=1
π
1
b n= ∫ f ( x ) sin ( nx ) dx n=1 , 2 ,3 , …
π −π
4. Série de Fourier
Em muitos fenómenos da vida real aparecem funções periódicas (ondas de som, batimento
cardíaco…). A série trigonométrica apresentada no princípio, pode ser escrita da seguinte
a0 ∞
maneira f ( x )= + ∑ ¿ ¿, Cujos coeficientes a0, an, bn são determinados por outras equações,
2 n=1
respectivamente (com m substituído por n), é chamada de expansão em série de Fourier de
função f no intervalo – L< x < L. As constantes a0, an e bn são os coeficientes de Fourier de f. A
série de Fourier de uma função f (x) definida no intervalo – L< x < L é
a0 ∞
f ( x )= +∑ ¿ ¿
2 n=1
L
1
a 0= ∫ f ( x ) dx
L −L
L
1 nπx
a n= ∫ f ( x ) cos dx
L −L L
L
1 nπx
b n= ∫ f ( x ) sen dx
L −L L
10
a0 ∞
A sérief ( x )= + ∑ ¿ ¿ no intervalo – L< x < L é simétrico em relação à origem. Ela é
2 n=1
chamada de série de Fourier de f no intervalo [ −L , L ].
L nπx
1)
∫− L cos L
dx=0
L nπx
2)
∫− L sen L
dx =0
3) L
cos
L
dx=
L , m=n {
L nπx mπx
4)
∫− L sen L
cos
L
dx=0
5) L
sen
L
dx=
L ,m=n {
4.2. Convergência das séries de Fourier e aplicações
Em um espaço de funções com produto interno expresso por ima integral a afirmação segundo
a qual:
b 1
lim ‖f k −f ‖=¿ lim
k→∞ k→∞ ( a
)
∫ [ f k ( x )−f (x)] 2 =0 ¿
Não é o mesmo que dizer que a sequência {} converge para função f em todo ponto de [a , b]
(convergência pontual). Essa convergência via produto interno e conhecida como
convergência em média, para enfatizar que ela é calculada por integração, que em certo
sentido é um processo de média generalizado. f : IR→ IR uma função periódica de período 2L,
a0 ∞
seccionalmente diferenciável. Então a série de Fourier de f, dadaf ( x )= + ∑ ¿ ¿, Converge,
2 n=1
em cada ponto x 0 , para
11
1
¿
2
1
ou seja, ¿
2
Teorema de Fourier: Seja f uma função continuamente diferenciável por partes em [−π , π ]
(f tem uma derivada primeira contínua por partes em [−π , π ]). Então, o desenvolvimento em
¿ em cada ponto x 0
1
série de Fourier d f converge pontualmente em [−π , π ] e tem o valor
2
f ( ) f ( )
do interior do intervalo e 2 em ± π. Note que as escrevermos a série de
a0 ∞
Fourier de f como f ( x )= + ∑ ¿ ¿
2 n=1
Definição1: Segundo FIGUEIREDO, uma função f : IR→ IR, diz-se seccionalmente contínua
no intervalo [a , b], se for definida em [a , b] excepto possivelmente num número finito de
pontos x i , i=1,2 , … , n com a ≤ x1 < x 2 <...< x n−1< x n ≤ b , se f é contínua em cada sob intervalo
da forma ¿ a , x 1[,] x 1 , x 2[, … ,] xn , b ¿ e se são finitos os limites laterais em cada ponto
xi ,i=1 , … , n .
Teorema: Seja f uma função contínua em (−∞, ∞), com período 2 π , e considere que f tenha
derivada primeira contínua por partes. Então, a série de Fourier de f converge uniforme e
absolutamente para f em todo intervalo fechado de x. Se f for continuamente diferenciável
por partes em (−∞, ∞) com período 2 π . Então, a série de Fourier de f converge
uniformemente para f e qualquer intervalo fechado do eixo x que não contenha ponto de
descontinuidade def .
∞
2 2
Se f é uma função qualquer de [−π , π ] então, em geral, ‖x́‖ ≥ ∑ ( x́ , e^ n ) (desigualdade de
n=1
π
2
∞
1 2 2 a 20 ∞ 2 2
se, e somente se, ‖x́‖ ≥ ∑ ( x́ , e^ n ) ⟹ ∫ ( f ( x ) ) dx = + ∑ ( an +b n ) (igualdade de Parseval).
n=1 2 −π 2 n=1
∞
funções tais que |f n (x)|≤ M n para todo n e todo x no intervalo a ≤ x ≤ b, então ∑ f n (x ) é
n =1
∞
Se ∑ |f n ( x )| converge, diz-se que a série converge absolutamente;
n =1
Diz-se que uma seqüência { f n ( x) } converge uniforme para a função f (x) no intervalo
a ≤ x ≤ b, se qualquer que seja ε > 0 existe um inteiro positivo α, dependendo de ε, mas
Note que se {f n (x )} for a seqüência das somas parciais {S n ( x)} a série correspondente
∞
n → ∞ , Sn ( x )=lim S n ( x )=¿ ∑ u^ n ( x)¿ coincide exatamente com f (x)[a , b]. A convergência
n →∞ n=1
uniforme é “global”.
A seqüência {
S k (x)} é construída a partir da seqüência { ûk (x)} para o caso da
série de Fourier
∞
Sn ( x )=∑ ( a n cos ( nx )+ bn sen ( nx ) )
n=1
Ou seja, S0=a0
13
∞
S∞ ( x )=∑ an cos ( nx )+ bn sen ( nx )=f ( x )
n=0
a0 ∞
Então, a série + ∑ ¿ ¿ com coeficientes de Fourier, converge para:
2 n=1
L
1
a 0= ∫ f ( x ) dx=0
L −L
L
1 nπx nπx
a n= ∫ f ( x ) cos dx=0 , por f ( x ) cos ser par
L −L L L
L L
1 nπx 2 nπx nπx
a n= ∫ f ( x ) sen dx= ∫ f ( x ) sen dx , por f ( x ) sen ser inpar
L −L L L −L L L
a0 ∞ nπx
Série de Fourier de senos: f ( x )= (
+ ∑ b sen
2 n=1 n L )
4.4. Série de Fourier de co-senos
L L
1 2
a 0= ∫ f ( x ) dx= ∫ f ( x ) dx
L −L L −L
L L
1 nπx 2 nπx nπx
a n= ∫ f ( x ) cos dx= ∫ f ( x ) cos dx , por f ( x ) cos ser par
L −L L L −L L L
L
1 nπx nπx
b n= ∫ f ( x ) sen dx=0 , por f ( x ) sen ser inpar
L −L L L
a0 ∞ nπx
(
Série de Fourier de co-senos: f ( x )= + ∑ an cos
2 n=1 L )
5. Ortogonalidade – Integrais de EULER
Os termos na série são ditos ortogonais com relação ao período , isto é, a integral em
um período do produto de quaisquer dois termos diferentes é nula.
1)
De fato:
2)
De fato:
3)
De fato: (1)
(2)
4)
De fato: (1)
(2)
15
5)
(1)
(2)
6)
7)
) (1)
(2)
16
6. Conclusão
7. Bibliografia