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Natalino António Aly

Séries Fourier

(Licenciatura em Ensino de Matemática com habilitações em Estatística)

Universidade Rovuma

Extensão do Niassa

2020
Natalino António Aly

Séries Fourier

(Licenciatura em Ensino de Matemática com habilitações em Estatística)

Trabalho de pesquisa de Analise Harmónica,


a ser entregue ao docente, para fins
avaliativos.
Sob orientação do docente: Msc. Vital
Napapacha

Universidade Rovuma

Extensão do Niassa

2020
Índice
1. Introdução.............................................................................................................. 4
1.1. Objectivos .......................................................................................................... 4
1.1.1. Geral............................................................................................................... 4
1.1.2. Específicos...................................................................................................... 4
1.2. Metodologias...................................................................................................... 4
2. Séries trigonométricas ............................................................................................ 5
2.1. Funções periódicas ............................................................................................. 5
3.1. Fórmula de Euler para os coeficientes ................................................................ 6
3.1.2. Calculo dos coeficientes de 𝑎𝑛 ..................................................................... 7
3.1.3. Calculo dos coeficientes 𝑏𝑛 ............................................................................ 8
4. Série de Fourier ..................................................................................................... 8
4.2.2. Convergência uniforme – Teorema de Weierstrass ............................................ 11
4.2.3. Convergência: condições de Dirichlet ................................................................ 12
5.1.1. Série de Fourier de senos .............................................................................. 12
5.1.2. Série de Fourier de co-senos ......................................................................... 12
7. Conclusão ............................................................................................................ 16
8. Bibliografia .......................................................................................................... 17
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1. Introdução

O presente trabalho de pesquisa científica visa abordar assuntos relacionados a séries


trigonométricas, ou seja series de Fourier. Partido de que as funções trigonométricas são
caracterizadas por serem funções periódicas que no exemplo mais familiar, são as funções
trigonométricas seno, co-seno, tangente e co-tangentes. As funções constantes 𝑓(𝑥) =
𝑘 (𝑘 ∈ 𝑅) são funções periódicas, para qualquer valor de 𝑇 > 0

1.1.Objectivos

1.1.1. Geral

 Conhecer as series de Fourier

1.1.2. Específicos

 Rever as funções periódicas


 Representar uma série trigonométrica
 Descrever a sua convergência no seu todo

1.2.Metodologias

Na execução do presente trabalho de caracter cientifico usamos as consultas bibliográficas


cujas as suas referencias estão patente na parte final deste trabalho.
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2. Séries trigonométricas

Para se aprender ou entender uma série trigonométrica é basicamente necessário perceber


sobre funções periódicas.

2.1.Funções periódicas
Segundo KULLER, uma função 𝑓(𝑥) diz-se periódica no domínio D, se existir um número
positivo 𝑇 tal que 𝑓 (𝑥 + 𝑇) = 𝑓(𝑥 ), ∀𝑥𝜖𝐷.

O gráfico de uma função periódica 𝑓(𝑥) pode ser obtido pela repetição do grá.co de 𝑓(𝑥) em
qualquer intervalo de comprimento T:

Os exemplos mais familiares são as funções trigonométricas seno, co-seno, tangente e co-
tangentes. As funções constantes 𝑓(𝑥) = 𝑘 (𝑘 ∈ 𝑅) são funções periódicas, para qualquer
valor de 𝑇 > 0:

Como 𝑓 (𝑥 + 2𝑇) = 𝑓 ((𝑥 + 𝑇) + 𝑇) = 𝑓 (𝑥 + 𝑇) = 𝑓(𝑥)

Então, para 𝑛 𝜖 𝑍: 𝑓 (𝑥 + 𝑛𝑇) = 𝑓(𝑥); ∀𝑥𝜖𝐷.

Assim 2𝑇; 3𝑇;… são também períodos de 𝑓(𝑥):

Se 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥) são funções periódicas, de período T, então a função

ℎ(𝑥) = ∝ 𝑓(𝑥) + 𝛽𝑔(𝑥);

Com ∝, 𝛽 ∈ ℝ; também é uma função periódica, de período T.

Se uma função periódica 𝑓(𝑥) tem um período mínimo 𝑇(> 0); então designa-se por período
fundamental de 𝑓(𝑥). Para 𝑐𝑜𝑠 𝑥 e 𝑠𝑒𝑛𝑥 o período fundamental é 2𝜋, mas, para 𝑐𝑜𝑠 (2𝑥) e
𝑠𝑒𝑛 (2𝑥) o período fundamental é 𝜋. As funções constantes são periódicas, mas não têm
período fundamental.
3. Séries trigonométricas

As séries de potências é uma forma de aproximar a função através da combinação linear


(soma dos múltiplos) de potências de 𝑥 que é {1; 𝑥; 𝑥 2 ; 𝑥 3 , … }. Em vez das potências de 𝑥,
podemos utilizar outras sequências de funções (com preferência, as funções cuja suas
propriedades já são conhecidas). Uma destas sequências frequentemente utilizadas é a
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sequência das funções trigonométricas


{1; 𝑐𝑜𝑠 𝑥; 𝑠𝑒𝑛 𝑥; 𝑐𝑜𝑠(2𝑥); 𝑠𝑒𝑛(2𝑥 ); 𝑐𝑜𝑠(3𝑥); 𝑠𝑒𝑛(3𝑥 ), … }. Tal função teria o aspecto de
𝑎0 + 𝑎1 𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝑏1 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑎2 𝑐𝑜𝑠 (2𝑥 ) + 𝑏2 𝑠𝑒𝑛 (2𝑥 ) + ⋯ Onde
𝑎0 , 𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑏0 , 𝑏1 , 𝑏2 , … São números reais. Utilizando a notação de série, somando os
múltiplos dos termos desta sequência, teremos a séries:

𝑎0 + ∑ (𝑎𝑛 cos(𝑛𝑥 ) + 𝑏𝑛 sin(𝑛𝑥))


𝑛=1

Esta série designa-se por série trigonométrica e os números 𝑎𝑛 e 𝑏𝑛 Por coeficientes da série.

Cada um dos termos da série 𝑎0 + ∑∞


𝑛=1(𝑎𝑛 cos(𝑛𝑥 ) + 𝑏𝑛 sin(𝑛𝑥 )) tem período 2𝜋. Então se

a série 𝑎0 + ∑∞
𝑛=1(𝑎𝑛 cos(𝑛𝑥 ) + 𝑏𝑛 sin(𝑛𝑥 )) for convergente, a sua soma será uma função de

período 2𝜋.

Assim as séries trigonométricas podem ser utilizadas para representar qualquer função
periódica 𝑓(𝑥) com qualquer período T. A representação de uma certa função periódica 𝑓(𝑥)
em termos de co-senos e senos, está apenas dependente da determinação dos coeficientes
adequados a 𝑓(𝑥). Para tal utilizar-se-á as Fórmulas de Euler.

3.1.Fórmula de Euler para os coeficientes

Supomos que 𝑓(𝑥) é uma função periódica, de período 2𝜋, e integrável nesse período.

Admita-se que 𝑓(𝑥) pode ser representada por uma série trigonométrica,

𝑓 (𝑥 ) = 𝑎0 + ∑∞
𝑛=1(𝑎𝑛 cos(𝑛𝑥 ) + 𝑏𝑛 sin(𝑛𝑥 ))

Isto é, a série trigonométrica converge e a sua soma é 𝑓(𝑥).

Dada uma função 𝑓(𝑥) nestas condições, pretende-se calcular os coeficientes 𝑎𝑛 e 𝑏𝑛


Correspondentes à série 𝑓(𝑥 ) = 𝑎0 + ∑∞
𝑛=1(𝑎𝑛 cos(𝑛𝑥 ) + 𝑏𝑛 sin(𝑛𝑥 ))

3.1.1. Cálculo de 𝒂𝟎

Integrando ambos os membros de 𝑓 (𝑥 ) = 𝑎0 + ∑∞


𝑛=1(𝑎𝑛 cos(𝑛𝑥 ) + 𝑏𝑛 sin (𝑛𝑥 )) em

[−𝜋, 𝜋], Obtem-se


7

𝜋 𝜋
∫−𝜋 𝑓(𝑥 )𝑑𝑥 = ∫−𝜋[𝑎0 + ∑∞
𝑛=1(𝑎𝑛 cos(𝑛𝑥 ) + 𝑏𝑛 sin(𝑛𝑥 ))] 𝑑𝑥

Se for possível integrar termo a termo (convergência uniforme), então

𝜋 𝜋 𝜋
∫−𝜋 𝑓(𝑥 )𝑑𝑥 = 2𝜋𝑎0 + ∑∞
𝑛=1(𝑎𝑛 ∫−𝜋 cos(𝑛𝑥 )𝑑𝑥 + 𝑏𝑛 ∫−𝜋 sin(𝑛𝑥 )𝑑𝑥 )

Como todos estes integrais se anulam, tem-se:

1 𝜋
𝑎0 = 2𝜋 ∫−𝜋 𝑓 (𝑥 )𝑑𝑥

3.1.2. Calculo dos coeficientes de 𝒂𝒏

Consideremos m um número natural. Multipliquemos 𝑓(𝑥 ) = 𝑎0 + ∑∞


𝑛=1(𝑎𝑛 cos(𝑛𝑥 ) +

𝑏𝑛 sin(𝑛𝑥)) por 𝑐𝑜𝑠 (𝑚𝑥) e integre-se em [−𝜋, 𝜋]

𝜋 𝜋
∫−𝜋 𝑓(𝑥 ) cos(𝑚𝑥 ) 𝑑𝑥 = ∫−𝜋 [𝑎0 + ∑∞
𝑛=1(𝑎𝑛 cos(𝑛𝑥 ) + 𝑏𝑛 sin (𝑛𝑥 ))] cos(𝑚𝑥 )𝑑𝑥

Integrando termo a termo, no segundo membro ficará

𝜋 𝜋 𝜋
𝑎0 ∫−𝜋 cos(𝑚𝑥 ) 𝑑𝑥 + ∑∞
𝑛=1(𝑎𝑛 ∫−𝜋 cos(𝑛𝑥 ) cos(𝑚𝑥 ) 𝑑𝑥 + 𝑏𝑛 ∫−𝜋 sin(𝑛𝑥 ) cos(𝑚𝑥 ) 𝑑𝑥)

O primeiro integral é nulo. Aplicando igualdades trigonométricas conhecidas tem-se

𝜋 1 𝜋 1 𝜋
∫−𝜋 cos(𝑚𝑥 ) cos(𝑛𝑥 )𝑑𝑥 = 2 ∫−𝜋 cos[(𝑛 + 𝑚)𝑥] 𝑑𝑥 + 2 ∫−𝜋 cos[(𝑛 − 𝑚)𝑥] 𝑑𝑥

𝜋 1 𝜋 1 𝜋
∫−𝜋 sen (𝑚𝑥) sen(𝑛𝑥 )𝑑𝑥 = 2 ∫−𝜋 sen[(𝑛 + 𝑚)𝑥 ] 𝑑𝑥 + 2 ∫−𝜋 sen[(𝑛 − 𝑚)𝑥] 𝑑𝑥

1 𝜋
Todos os integrais dos segundos membros se anulam excepto o segundo de ∫ cos[(𝑛
2 −𝜋
+
1 𝜋 𝜋
𝑚)𝑥 ] 𝑑𝑥 + 2 ∫−𝜋 cos[(𝑛 − 𝑚)𝑥 ] 𝑑𝑥, que é igual a 𝜋 quando 𝑛 = 𝑚. Como em ∫−𝜋[𝑎0 +
∑∞
𝑛=1(𝑎𝑛 cos(𝑛𝑥 ) + 𝑏𝑛 sin (𝑛𝑥 ))] cos(𝑚𝑥 )𝑑𝑥 Este termo vem multiplicado por 𝑎𝑚 , Então o
𝜋
segundo termo de∫−𝜋 [𝑎0 + ∑∞
𝑛=1(𝑎𝑛 cos(𝑛𝑥 ) + 𝑏𝑛 sin (𝑛𝑥 ))] cos(𝑚𝑥 )𝑑𝑥 é igual a𝜋𝑎𝑚 , pelo
1 𝜋
que 𝑎𝑛 = 𝜋 ∫−𝜋 𝑓(𝑥 ) cos(𝑛𝑥 ) 𝑑𝑥 𝑛 = 1, 2, 3, …
8

3.1.3. Calculo dos coeficientes 𝒃𝒏

Multiplicando 𝑓 (𝑥 ) = 𝑎0 + ∑∞
𝑛=1(𝑎𝑛 cos(𝑛𝑥 ) + 𝑏𝑛 sin(𝑛𝑥 )) por 𝑠𝑒𝑛 (𝑚𝑥), sendo 𝑚 um

número natural fixo, e integrando em [−𝜋, 𝜋] Obtém-se:

𝜋 𝜋
∫−𝜋 𝑓(𝑥 ) sin(𝑚𝑥) 𝑑𝑥 = ∫−𝜋[𝑎0 + ∑∞
𝑛=1(𝑎𝑛 cos(𝑛𝑥 ) + 𝑏𝑛 sin(𝑛𝑥 ))] sen (𝑚𝑥 )𝑑𝑥

Integrando termo a termo, o segundo membro da igualdade anterior toma a forma de

𝜋 𝜋 𝜋
𝑎0 ∫−𝜋 sin(𝑚𝑥 ) 𝑑𝑥 + ∑∞
𝑛=1(𝑎𝑛 ∫−𝜋 cos(𝑛𝑥 )𝑠𝑒𝑛 (𝑚𝑥 )𝑑𝑥 + 𝑏𝑛 ∫−𝜋 sen (𝑛𝑥 )𝑠𝑒𝑛 (𝑚𝑥 )𝑑𝑥 )

O primeiro integral é nulo e o mesmo acontece no segundo, para 𝑛 = 1, 2, 3, … no último


integral tem-se:

𝜋 1 𝜋 1 𝜋
∫−𝜋 sen(𝑛𝑥 )𝑠𝑒𝑛 (𝑚𝑥 )𝑑𝑥 = 2 ∫−𝜋 cos((𝑛 − 𝑚)𝑥)𝑑𝑥 − 2 ∫−𝜋 cos((𝑛 + 𝑚)𝑥)𝑑𝑥

O último termo é nulo e a primeira parcela do segundo membro anula-se para 𝑛 ≠ 𝑚 e é


igual a 𝜋 quando 𝑛 = 𝑚. Substituindo
𝜋 𝜋
em ∫−𝜋 𝑓(𝑥 ) sin(𝑚𝑥 ) 𝑑𝑥 = ∫−𝜋[𝑎0 + ∑∞
𝑛=1(𝑎𝑛 cos(𝑛𝑥 ) + 𝑏𝑛 sin(𝑛𝑥 ))] sen (𝑚𝑥 )𝑑𝑥 obtém-
se:

1 𝜋
𝑏𝑛 = 𝜋 ∫−𝜋 𝑓 (𝑥 ) sin(𝑛𝑥 ) 𝑑𝑥 𝑛 = 1, 2, 3, …

4. Série de Fourier

Em muitos fenómenos da vida real aparecem funções periódicas (ondas de som, batimento
cardíaco…). A série trigonométrica apresentada no princípio, pode ser escrita da seguinte
𝑎0 𝑛𝜋𝑥 𝑛𝜋𝑥
maneira 𝑓(𝑥 ) = + ∑∞
𝑛=1 (𝑎𝑛 cos + 𝑏𝑛 𝑠𝑒𝑛 ), Cujos coeficientes a0, an, bn são
2 𝐿 𝐿

determinados por outras equações, respectivamente (com m substituído por n), é chamada de
expansão em série de Fourier de função f no intervalo – 𝐿 < 𝑥 < 𝐿. As constantes a0, an e
bn são os coeficientes de Fourier de f. A série de Fourier de uma função 𝑓(𝑥) definida no
intervalo – 𝐿 < 𝑥 < 𝐿 é

𝑎0 𝑛𝜋𝑥 𝑛𝜋𝑥
𝑓 (𝑥 ) = 2
+ ∑∞
𝑛=1 (𝑎𝑛 cos 𝐿
+ 𝑏𝑛 𝑠𝑒𝑛 𝐿
)
9

1 𝐿
𝑎0 = 𝐿 ∫−𝐿 𝑓 (𝑥 ) 𝑑𝑥

1 𝐿 𝑛𝜋𝑥
𝑎𝑛 = 𝐿 ∫−𝐿 𝑓 (𝑥 ) cos 𝑑𝑥
𝐿

1 𝐿 𝑛𝜋𝑥
𝑏𝑛 = 𝐿 ∫−𝐿 𝑓 (𝑥) sen 𝑑𝑥
𝐿

𝑎0 𝑛𝜋𝑥 𝑛𝜋𝑥
A série 𝑓(𝑥 ) = + ∑∞
𝑛=1 (𝑎𝑛 cos + 𝑏𝑛 𝑠𝑒𝑛 ) no intervalo – 𝐿 < 𝑥 < 𝐿 é simétrico
2 𝐿 𝐿

em relação à origem. Ela é chamada de série de Fourier de f no intervalo [−𝐿, 𝐿].

4.1. Coeficientes na Expansão em Série de Fourier

L nx
1) 
L
cos
L
dx  0

L nx
2) 
L
sen
L
dx  0

L nx mx  0, m  n
3) 
L
cos
L
cos
L
dx  
L, m  n

L nx mx
4)  sen cos dx  0
L L L

l nx mx  0, m  n
5) 
L
sen
L
sen
L
dx  
L, m  n

4.2. Convergência das séries de Fourier e aplicações

4.2.1. Convergência em média

Em um espaço de funções com produto interno expresso por ima integral a afirmação segundo
a qual:

𝕓 1
lim𝑘→∞ ‖𝑓𝑘 − 𝑓‖ = lim𝑘→∞ (∫𝕒 [𝑓𝑘 (𝑥) − 𝑓(𝑥)]2 ) = 0

Não é o mesmo que dizer que a sequência { f k } converge para função 𝑓 em todo ponto de

[𝑎, 𝑏] (convergência pontual). Essa convergência via produto interno e conhecida como
convergência em média, para enfatizar que ela é calculada por integração, que em certo
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sentido é um processo de média generalizado. f : IR→ IR uma função periódica de período 2L,
seccionalmente diferenciável. Então a série de Fourier de f,
𝑎0 𝑛𝜋𝑥 𝑛𝜋𝑥
dada 𝑓(𝑥 ) = + ∑∞
𝑛=1 (𝑎𝑛 cos + 𝑏𝑛 𝑠𝑒𝑛 ), Converge, em cada ponto 𝑥0 , para
2 𝐿 𝐿

1
[𝑓(𝑥0 + ) + 𝑓(𝑥0 − )]
2

1 𝑎0 𝑛𝜋𝑥 𝑛𝜋𝑥
ou seja, 2 [𝑓 (𝑥0 + ) + 𝑓(𝑥0 − )] = + ∑∞
𝑛=1 (𝑎𝑛 cos + 𝑏𝑛 𝑠𝑒𝑛 )
2 𝐿 𝐿

Teorema de Fourier: Seja 𝑓 uma função continuamente diferenciável por partes em [−𝜋, 𝜋]
(𝑓 tem uma derivada primeira contínua por partes em [−𝜋, 𝜋]). Então, o desenvolvimento em
1
série de Fourier d f converge pontualmente em [−𝜋, 𝜋] e tem o valor 2 [𝑓(𝑥0 + ) + 𝑓 (𝑥0 − )] em

f (  )  f (  )
cada ponto x0 do interior do intervalo e em ± π. Note que as escrevermos a
2
𝑎0 𝑛𝜋𝑥 𝑛𝜋𝑥
série de Fourier de 𝑓 como 𝑓(𝑥 ) = + ∑∞
𝑛=1 (𝑎𝑛 cos + 𝑏𝑛 𝑠𝑒𝑛 )
2 𝐿 𝐿

Definição1: Segundo FIGUEIREDO, uma função 𝑓 : IR→ IR, diz-se seccionalmente


contínua no intervalo [𝑎, 𝑏], se for definida em [𝑎, 𝑏] excepto possivelmente num número
finito de pontos 𝑥𝑖 , 𝑖 = 1,2, … , 𝑛 com 𝑎 ≤ 𝑥1 < 𝑥2 <. . . < 𝑥𝑛 − 1 < 𝑥𝑛 ≤ 𝑏, se 𝑓 é
contínua em cada sob intervalo da forma ]𝑎, 𝑥1[, ]𝑥1, 𝑥2[, … , ]𝑥𝑛 , 𝑏[, e se são finitos os
limites laterais em cada ponto 𝑥𝑖 , 𝑖 = 1, … , 𝑛 .

Nota: Toda a função contínua é seccionalmente contínua.

Definição2: Segundo SOUSA, uma função 𝑓 : 𝐼𝑅 → 𝐼𝑅, diz-se seccionalmente diferenciável,


se as funções 𝑓 e 𝑓′ forem seccionalmente contínuas.

Teorema: Seja 𝑓 uma função contínua em (−∞, ∞), com período 2𝜋, e considere que 𝑓
tenha derivada primeira contínua por partes. Então, a série de Fourier de 𝑓 converge uniforme
e absolutamente para 𝑓 em todo intervalo fechado de 𝑥. Se 𝑓 for continuamente diferenciável
por partes em (−∞, ∞) com período 2𝜋. Então, a série de Fourier de 𝑓 converge
uniformemente para 𝑓 e qualquer intervalo fechado do eixo 𝑥 que não contenha ponto de
descontinuidade de 𝑓.
11

4.2.1.1. Igualdade de Parseval

Se 𝑓 é uma função qualquer de [−𝜋, 𝜋] então, em geral, ‖𝑥̅ ‖2 ≥ ∑∞ 2


𝑛=1(𝑥̅ , 𝑒̂𝑛 ) (desigualdade

de Bessel), onde ê1 , ê2 ,... é um conjunto ortogonal de vetores de um espaço de dimensão


infinita (espaço euclidiano) . Aqui 𝑥̅ é um vetor arbitrário de V. Além disso, ê1 , ê2 ,... é uma
1 𝜋 𝑎02
base de V se, e somente se, ‖𝑥̅ ‖2 ≥ ∑∞ 2 2
𝑛=1(𝑥̅ , 𝑒̂𝑛 ) ⟹ 2 ∫−𝜋(𝑓(𝑥)) 𝑑𝑥 = + ∑∞ 2 2
𝑛=1(𝑎𝑛 + 𝑏𝑛 )
2

(igualdade de Parseval).

4.2.2. Convergência uniforme – Teorema de Weierstrass

Se ∑∞ ∞
𝑛=1 𝑀𝑛 é uma série convergente de números reais positivos e se ∑𝑛=1 𝑓𝑛 (𝑥) é uma série

de funções tais que |𝑓𝑛 (𝑥)| ≤ 𝑀𝑛 para todo 𝑛 e todo 𝑥 no intervalo 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏, então
∑∞
𝑛=1 𝑓𝑛 (𝑥) é uniforme e absolutamente convergente em 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏.

 Se ∑∞
𝑛=1|𝑓𝑛 (𝑥)| converge, diz-se que a série converge absolutamente;

 Diz-se que uma seqüência {𝑓𝑛 (𝑥)} converge uniforme para a função 𝑓(𝑥) no intervalo
𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏, se qualquer que seja 𝜀 > 0 existe um inteiro positivo 𝛼, dependendo de 𝜀,
mas não de 𝑥, tal que |𝑓𝑛 (𝑥 ) − 𝑓(𝑥) < 𝜀 | quando 𝑛 ≥  e 𝑥 está no intervalo dado.

Note que se {𝑓𝑛 (𝑥)} for a seqüência das somas parciais {𝑆𝑛 (𝑥)} a série correspondente
converge uniformemente.|𝑆𝑛 (𝑥) − 𝑓(𝑥)| < 𝜀 quando 𝑛 ≥  →lim𝑛→∞ |𝑆𝑛 (𝑥) − 𝑓(𝑥)| →
0, ∀𝑥 quando 𝑛 → ∞, 𝑆𝑛 (𝑥 ) = lim𝑛→∞ 𝑆𝑛 (𝑥 ) = ∑∞
𝑛=1 𝑢
̂ 𝑛 (𝑥) coincide exatamente com
𝑓(𝑥) x  [𝑎, 𝑏]. A convergência uniforme é “global”.

 A seqüência { S k (x)} é construída a partir da seqüência { ûk (x)} para o caso da série


de Fourier

𝑆𝑛 (𝑥 ) = ∑∞
𝑛=1(𝑎𝑛 cos(𝑛𝑥 ) + 𝑏𝑛 𝑠𝑒𝑛 (𝑛𝑥 ))

Ou seja, 𝑆0 = 𝑎0

𝑆1 = 𝑎0 + 𝑎1 cos(𝑥) + 𝑏1 𝑠𝑒𝑛 (𝑥 )

𝑆2 = 𝑎0 + 𝑎1 cos(𝑥 ) + 𝑏1 𝑠𝑒𝑛 (𝑥 ) + ⋯ + 𝑎𝑛 cos(𝑛𝑥) + 𝑏𝑛 𝑠𝑒𝑛 (𝑛𝑥 )

𝑆∞ (𝑥 ) = ∑∞
𝑛=0 𝑎𝑛 cos(𝑛𝑥 ) + 𝑏𝑛 𝑠𝑒𝑛 (𝑛𝑥 ) = 𝑓(𝑥)
12

4.2.3. Convergência: condições de Dirichlet

Peter Gustav L. Dirichlet (1805-1859), matemático alemão. Suponha que:

i. 𝑓(𝑥) é definida em [−𝐿, 𝐿], Excepto em um número finito de pontos;


ii. 𝑓(𝑥) é 2L, periódica fora de [−𝐿, 𝐿];
iii. 𝑓(𝑥) e 𝑓 , (𝑥) são seccionalmente contínuas em [−𝐿, 𝐿]

𝑎0 𝑛𝜋𝑥 𝑛𝜋𝑥
Então, a série + ∑∞
𝑛=1 (𝑎𝑛 cos + 𝑏𝑛 𝑠𝑒𝑛 ) com coeficientes de Fourier, converge
2 𝐿 𝐿

para:

a. 𝑓(𝑥), se 𝑥 é um ponto de continuidade;


f (x  )  f (x  )
b. , se x é um ponto de descontinuidade.
2

5.1.1. Série de Fourier de senos

Se 𝑓(𝑥) é uma função ímpar em (− 𝐿, 𝐿), então temos que:

1 𝐿
𝑎0 = ∫−𝐿 𝑓(𝑥 ) 𝑑𝑥 = 0
𝐿

1 𝐿 𝑛𝜋𝑥 𝑛𝜋𝑥
𝑎𝑛 = 𝐿 ∫−𝐿 𝑓 (𝑥 ) cos 𝑑𝑥 = 0, por 𝑓(𝑥 ) cos ser par
𝐿 𝐿

𝐿 𝐿
1 𝑛𝜋𝑥 2 𝑛𝜋𝑥 𝑛𝜋𝑥
𝑎𝑛 = ∫ 𝑓(𝑥 ) sen 𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑥 ) sen 𝑑𝑥, por 𝑓(𝑥) sen ser inpar
𝐿 𝐿 𝐿 𝐿 𝐿
−𝐿 −𝐿

𝑎0 𝑛𝜋𝑥
Série de Fourier de senos: 𝑓 (𝑥 ) = + ∑∞
𝑛=1 (𝑏𝑛 sen )
2 𝐿

5.1.2. Série de Fourier de co-senos

Se 𝑓(𝑥) é uma função par em (− 𝐿, 𝐿), então temos que:

1 𝐿 2 𝐿
𝑎0 = 𝐿 ∫−𝐿 𝑓 (𝑥 ) 𝑑𝑥 = 𝐿 ∫−𝐿 𝑓 (𝑥) 𝑑𝑥

1 𝐿 𝑛𝜋𝑥 2 𝐿 𝑛𝜋𝑥 𝑛𝜋𝑥


𝑎𝑛 = 𝐿 ∫−𝐿 𝑓 (𝑥 ) cos 𝑑𝑥 = 𝐿 ∫−𝐿 𝑓 (𝑥 ) cos 𝑑𝑥, por 𝑓(𝑥 ) cos ser par
𝐿 𝐿 𝐿
13

1 𝐿 𝑛𝜋𝑥 𝑛𝜋𝑥
𝑏𝑛 = 𝐿 ∫−𝐿 𝑓 (𝑥) sen 𝑑𝑥 = 0, 𝑝𝑜𝑟 𝑓(𝑥 )sen 𝑠𝑒𝑟 𝑖𝑛𝑝𝑎𝑟
𝐿 𝐿

𝑎0 𝑛𝜋𝑥
Série de Fourier de co-senos: 𝑓 (𝑥) = + ∑∞
𝑛=1 (𝑎𝑛 cos )
2 𝐿

6. Ortogonalidade – Integrais de EULER


Os termos na série são ditos ortogonais com relação ao período , isto é, a integral em
um período do produto de quaisquer dois termos diferentes é nula.

1)

De fato:

2)

De fato:

3)

De fato: (1)

(2)

Somando membro a membro (1) + (2):

4)
De fato: (1)

(2)

Fazendo (1) + (2) →


14

5)

(1)

(2)

6)

7)

) (1)

(2)
15
16

7. Conclusão
Feito o trabalho conclui em síntese que série trigonométrica é uma série de funções cujos
termos são obtidos multiplicando-se os senos e os co-senos dos múltiplos sucessivos da
Variável independente 𝑥 por coeficientes que não dependem da variável 𝑥 e são admitidos
reais.

Essa série foi desenvolvida por Fourier, em que deu o seu parecer em relação ao assunto e
quanto a convergência há varias teorias que chegam a mesma conclusão. Uma compreensão
mais precisa do significado da convergência da série de Fourier, outras aplicações das séries
de Fourier, relacionadas com a resolução de problemas de valores de contorno e o Teorema de
Parseval, que pode ser usado na determinação da soma de séries numéricas convergentes
também foram ser exploradas. Porem para mais detalhes o desenvolvimento do trabalho da
mais informações sore o assunto.
17

8. Bibliografia

KULLER, R. C, KREIDER, R. D. R. Osteberg e PERKINS F. W. Introdução a Análise


Linear, Editora Unb e livro técnico.Rio de Janeiro. 1972

FIGUEIREDO, D.G. Análise de Fourier e equações diferenciais parciais. Rio de Janeiro:


IMPA.

SOUSA, G. Medeirro. Apostila séries de Fourier, o Sacramento. Porto Editora. 2ª Edicao.


Portugal.1980

J. Campos Ferreira, Introdução a Analise Matem ática, Fundação Gulbenkian, 8a ed., 2005.

W. Trench. Introduction to Real Analysis, Trinity University. 2003.


A. Ferreira dos Santos. Analise Matematica I e II. AEIST. 1994
R. Kreider, D. R. Oste Berg, R. C. Kuller e F. W. Perkins. Introdução a Análise Linear.
Editora Unb. RJ, 1972

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