Você está na página 1de 16

CURSO DE INICIAÇÂO MUSICAL

INTRODUÇÃO

Neste curso vamos tratar da música de uma forma simples e tentar fornecer uma base
para o desenvolvimento individual do aluno, tendo a modéstia e sabendo que se tratando de
música, estudar nunca é o bastante e que se trata de uma matéria infinita por ser a música em se
infinita, não temos a mínima chance de mostrar podemos dizer que a música como é conhecida
universalmente hoje em dia é formada pelo conjunto de sons ordenados que forma uma peça
musical, ou podemos dizer que a música é feita de silêncio, harmonia, melodia, ritmo e alma.

CONJUNTO QUE FORMA A MÚSICA

SILÊNCIO: A parte mais fácil de explicar aqui, mas a mais difícil de obedecer quando se
está tocando um instrumento musical, pausas ou intervalos importantes na música.

Segundo o dicionário online Priberam é isso:

Silêncio

(latim silentium, -ii)


S. m.
1. Estado de quem se abstém ou pára! De falar.

2. Cessação de ruído.

3. Interrupção de correspondência ou de comunicação.

4. Omissão de uma explicação.

5. Sossego, quietude, calma.

6. Segrego, sigilo.

7. Toque nos quartéis e conventos, depois do recolher.

Interj.
8. Expressão usada para impedir de falar ou pedir que alguém se cale. = CALUDA
HARMONIA: É a arte de combinar sons de forma simultânea formando acordes de uma
maneira harmoniosa, pode ser feita por instrumentos como: vozes humanas, violão, guitarra,
piano etc.

Segundo o dicionário online Priberam, é isso:

Harmonia

S. f.

1. Conjunto de sons que constituem acorde musical.

2. Arte de ordenar os acordes musicais.

3. Qualidades que tornam a frase ou o discurso agradável ao ouvido.

4. Boa disposição (no conjunto).

5. Proporção, ordem agradável à vista.

6. Paz e amizade (entre pessoas); concórdia.

7. Conformidade; coerência.

MELODIA: É a arte de tocar em série sons de forma melodiosa, formando fraseados, a


voz humana geralmente faz essa parte nas musicas cantadas, os pássaros também quando estão
cantando, pode ser feita por instrumentos como: voz humana como já foi dito, violão, guitarra,
piano, harpa, contrabaixo, pássaros cantando e etc.

Segundo o dicionário online Priberam, é isso:


S. f.
1. Série de sons que formam um canto agradável.

2. Conjunto de sons que formam uma ou mais frases musicais.

3. Qualidade do canto grato ao ouvido.

4. Peça musical suave, para uma só voz, ou para um coro uníssono.

5. Fig. Suavidade, doçura (no falar).

RITMO: É o andamento ou pulsação, cadência de uma peça musical, pode se dizer


também que é o conjunto de silêncio, harmonia, melodia e andamento (ritmo), é formado por
uma combinação de valores de tempo que formam compassos (vamos estudar mais a fundo isso
em breve), geralmente é marcado pela bateria e contrabaixo ditando o tempo e a forma que os
outros instrumentos vão entrar na peça musical com harmonia e melodia, e na maioria dos estilos
de música caracteriza bem as musicas, tanto que os estilos musicais são divididos em grupos e
subgrupos pelo seu “ritmo”, como já dito, pode ser feito por instrumentos como: Bateria,
contrabaixo etc.

Segundo o dicionário online Priberam, é isso:

Ritmo
(grego rhuthmos, - ou, movimento regular recorrente)
S. m.
1. Cadência; metro.

Veja também:

Ritmar - Conjugar
V. tr.
1. Dar ritmo a.
2. Cadenciar.
V. intr.
3. Fazer-se ouvir com intervalos regulares.

ALMA: Acho que não precisa falar muito sobre essa parte, pois todo mundo tem uma, é algo dito
em sentido metafórico, colocar um pouco de Alma no que está tocando é o que faz diferença em
todos os estilos musicais, fazer de coração ou expressar através da música algo que vem do
coração.

Segundo o dicionário online Priberam, é isso:

S. f.
1.  Relig.  Parte imortal do ser humano.
2. Pessoa, indivíduo.
3. Habitante.
4. Índole.
5. Vida.
6. Consciência.
7. Espírito.
8. Fig. Agente, motor principal; o que dá força e vivacidade.
9. Essência, fundamento.
10. Entusiasmo, calor.
11. Ânimo, coragem, valor.
12. Ente querido.
13. Técn. Interior da arma de fogo.
14. Peça de madeira no interior da rabeca, por baixo do cavalete.
15. Parte bicôncava do carril entre a cabeça e a patilha.
16. Pedacinho de cabedal entre a sola e a palmilha.
17. Pedaço de sola que fortalece o enfranque do calçado.
18. Válvula do fole.
19. O vão entre o calcanhar e o joanete.
20. O vão da maçaroca, do novelo, etc.
21. Chancela ou sinete de carta.
22. Mote de divisa.
23. Peça interior do botão coberto.

UM POUCO DA HISTORIA DA MUSICA

A meu ver a musica existe desde que houve o primeiro som no universo, isso é: Em
algum momento após mais ou menos 13,5 bilhões de anos quando segundo os cientistas houve o
big bang, ou quando Deus criou a Terra e o universo segundo a Bíblia e os religiosos, daí surgiram
todas as coisas e uma delas com certeza foi o som, som é o que forma a música, então não se
pode dizer que é errado afirmar que os sons são música, agora música e a humanidade ou a
música como conhecemos hoje existe desde que o homem percebeu os sons e começou a estudá-
los e então produzi-los de forma ordenada.
No mais, tratar dessa historia toda seria muito dispendioso, ainda mais sabendo que
existem vários fóruns e artigos por aí sobre o assunto, então dou este conselho: Quando tiver
tempo, e se houver interesse, pesquisar sobre essa historia toda na internet, pesquise no Google,
por grupos de estilos musicais, como surgiram, onde surgiram e artistas que trabalham ou fazem
música destes estilos, escute com atenção, perceba as diferenças, escolha o ritmo ou estilo que
mais lhe agradar.

Aqui, alguns sites com material bacana sobre o assunto:

- www.infoescola.com/musica/historia-da-musica/
- www.edukbr.com.br/artemanhas/historiadamusica.asp

SOM

O som deve ser estudado em todos os seus detalhes segundo a acústica (estudo ou área
da física que estuda o som), um som é medido ou relevado segundo sua altura, timbre,
intensidade, o som de qualquer natureza é formado por ondas, a onda é a variação periódica de
uma grandeza física. Uma onda é composta por:

Crista: Pontos de maior intensidade, o topo da onda.


Vale: Pontos de menor intensidade da onda.
Nível Médio: Pontos entre o as Cristas e os Vales

Devemos saber que o som se propaga através do ar e que depende desde veiculo para
alcançar a nossa audição, a velocidade do som é algo que vária um pouco pelas condições
climáticas ou do ar, a velocidade do som no ar é de 340 m/s (metros por segundo), como já foi
dito, o som é formado por ondas, essas ondas têm determinadas freqüências (período), a
freqüência é medida em Hertz (oscilações por segundo), ou seja, essas ondas oscilam, têm uma
freqüência, número de vezes que ela oscila por segundo, isso é o que determina a “altura” de um
som, quanto mais Hertz ele tiver mais “alto” ele é.
No violão o som é produzido de forma analógica, pelas cordas vibrando e produzindo
estas freqüências.
A audição humana tem um limite ou certa abrangência, capacidade, ambiente em que
percebe os sons, esse limite ou limiar, fica entre 16 Hz ate 20000 Hz (20 kHz), portanto a música
que ouvimos e produzimos está dentro desse ambiente.

INTENSIDADE

A intensidade do som está ligada a sua amplitude (quantidade de energia transportada


pelo som), de acordo com isso se diz se é mais forte ou mais fraca.

AMPLITUDE

É a distância entre a crista ou o vale e o nível médio, para entender melhor isso veja o
desenho logo abaixo:

Onde;
λ – Comprimento (período).
y – Amplitude.

ALTURA

Está relacionada com a freqüência (hertz), se o som tem uma freqüência maior ou mais
velocidade, dizemos que ele é mais alto ou agudo, se o som tem uma freqüência mais baixa ou
mais lenta de menor freqüência, dizemos que ele é mais grave. (veja na figura acima o
comprimento das ondas, este período é que determina a freqüência do som, quanto menor for
esse período, mais alto ou agudo é o som ou tem mais oscilações, quanto maior esse período,
mais baixo ou grave com menos oscilações).

TIMBRE

É uma característica muito importante do som, o timbre é que nos permite diferenciar
uma certa fonte sonora, por exemplo quando alguém está tocando um violão nós conseguimos
perceber que o som é de um violão devido ao seu timbre, quando escutamos alguém tocando um
piano pelo seu timbre percebemos pois é um muito característico, o timbre trabalha dessa forma:
ele é o conjunto de ondas sonoras que formam um som.

ESTUDANDO VIOLÃO POPULAR

O violão é o mais popular de todos os instrumentos musicais, quase em toda casa tem ou
já teve um violão nem que seja pra ficar lá no cantinho todo empoeirado, é um instrumento de
fácil acesso, até em loja de material para pesca que não tem nada a ver se encontra violão pra
comprar, com isso o violão se tornou muito popular, sem contar que se você estudar um pouco da
historia da música no Brasil vera que, entre a década de 60 e 80 o violão apareceu como
instrumento mais criativo nas mãos de artistas que tocavam samba e bossa nova, hoje ele é
encontrado nas mãos de muitos artistas.

O LADO CLÁSSICO DO VIOLÃO

O violão já tem certa idade, uma idade bem avançada o homem a muito fez seus
primeiros monocórdios (instrumentos de uma só corda) e daí começou a desenvolver o que se
tornaria o violão, no Egito antigo milhares de anos antes de Cristo já se via instrumentos
semelhantes ao violão, embora muitos digam que foi aqui ou ali não se sabe realmente onde
surgiu o violão exatamente como conhecemos hoje, ele se desenvolveu com o tempo até se tornar
o violão que temos hoje.

PARTES DE UM VIOLÃO

O violão é ou tem um conjunto de peças que o constituem, essas são as partes do violão.

CORPO

O corpo do violão funciona como uma caixa ou câmara acústica que amplifica o som
produzido pelas cordas, a maioria dos violões têm este corpo feito de madeira, a madeira usada
reflete no som do violão madeiras leves produzem um som mais dose já a madeira pesada um
som encorpado e mais áspero.
Corpo do violão.

PONTE

É o que liga ou prende as cordas ao corpo do violão, funciona como meio para
transmissão do som produzido pelas cordas para o corpo por isso é chamado de ponte, está no
corpo do violão e faz parte dele, em alguns violões tem certo tipo de captador elétrico ligado na
ponte, são os captadores piezo eletrônicos.

Ponte do violão.

Captador piezo eletrônico.

BRAÇO
Parte que quem toca pega com a mão esquerda (quando destro) para produzir acordes,
está preso ao corpo do violão, nele está presente uma série de outras partes, como capo traste,
trastes, cordas, e a mão como prefiro dizer.

Braço do violão.

CAPO TRASTE

É o primeiro traste do violão onde se apóiam as cordas no início do braço antes da parte
que é conhecida como a mão do violão, em alguns violões ele é de plástico em outros ele é de
osso e em modelos mais antigos até marfim era usado para fazê-lo.

Capo traste.

TRASTE

São algumas peças de metal como filetes que estão presentes no braço com o intuito de
servir de apoio para as cordas e reduzir seu comprimento fazendo com que estas produzam um
som diferente com uma altura maior, o espaço entre um traste e outro é chamado de casa.

Traste.

CORDAS

Podem ser de nylon ou de aço, em violões clássicos o correto é usar cordas de nylon, as
cordas de nylon têm um som mais doce e suave, produzem pouco brilho, mas são mais
confortáveis de se tocar por produzir menos tensão no braço do violão fica mais leve de se tocar
com elas, cordas de aço são mais pesadas têm um som brilhante e com mais sustein devido à
tensão maior, produzem muita tensão no braço do violão e só devem ser usadas em violões que
têm um tensor, peça que reforça o braço do violão, as cordas no violão são contadas da seguinte
forma: de baixo para cima ou da corda mais fininha até a corda mais grossa, sendo a primeira a
mais fininha e a sexta a mais grossa.

MÃO

Como já foi dito, a mão é a parte após o capo traste, nela ficam as tarraxas do violão
que têm a função de prender e ao mesmo tempo afinar as cordas do violão, aumentando ou
diminuindo, apertando ou afrouxando a tensão das cordas para se obter a afinação desejada.

Mão.

AFINAÇÃO DO VIOLÃO

O violão para se tocar ou estudar deve estar corretamente afinado, o violão é afinado utilizando um
diapasão (peça de metal, que produz e ressoa em uma determinada nota ou freqüência) que servi de referência
para afinar, ou com um aparelho chamado afinador que é mais fácil de utilizar, pois detecta os sons de todas as
cordas e indica quando todas elas estão afinadas, a maior parte das musicas produzidas hoje em dia está
afinada em 440 Hz.

COMO AFINAR O VIOLÃO SEM UM DIAPASÃO OU AFINADOR

É um método de afinação que só deve ser utilizado quando não se tem um afinador ou diapasão, no
CD que foi fornecido junto com o material didático do curso na primeira faixa, você pode ouvir a nota Lá (A).
Esta servirá de ponto de partida para se afinar todas as cordas do violão.
Vamos fazer assim: primeiro você vai escutar a nota Lá (A) e afinar a quinta corda do violão nessa
mesma nota ou altura, escute com muita atenção, pois o som produzido pela corda e sua altura deverá ser a
mesma que foi escutada, esta corda é naturalmente afinada em Lá (A), daí então vamos afinar as outras cordas
a partir desta.
Pressione a sétima casa da quinta corda e em seguida toque-a para produzir uma nota, a nota
produzida será Mi (E), está servi de referência para afinar a sexta corda, escute com muita atenção o som e
afine a sexta corda.
Após isso, pressione e toque a quinta corda na quinta casa, o som produzido será Ré (D) e este serve
de referência para afinar a quarta corda, como antes escute com muita atenção, e só mude de corda quando
esta estiver para seus ouvidos, realmente afinada.
Agora pressione a quarta corda na quinta casa e toque-a, o som ou a nota produzido será Sol (G), e a
terceira corda deve ser afinada nesta nota.
Agora pressione a terceira corda na quarta casa e toque-a, a nota produzida será Si (B), a segunda
corda deve ser afinada com esta nota.
E para afinar a primeira corda, pressione a segunda corda na quinta casa e toque-a, então ela
produzira a nota Mi (E), afine a primeira corda nesta nota.
Feito tudo isso você deve voltar a conferir se as outras cordas permanecem afinadas, pois ao afinar o
violão a tensão sobre o braço do mesmo aumenta, e as cordas que foram afinadas primeiramente perdem um
pouco da sua afinação, então confira até que o violão esteja com certeza todas as cordas afinadas.
Relembrando, a primeira corda é afinada em Mi (E), a segunda em Si (B), a terceira em Sol (G), a
quarta em Ré (D), a quinta em Lá (A) e a sexta em Mi (E).

CIFRAS

É um jeito simplificado de se anotar os acordes ou as notas, começando da nota Lá (A) com a letra
(A) como cifra que se refere a nota Lá, Si (B) ficará com a letra (B) e assim por diante.
Veja o diagrama abaixo:

Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol
A B C D E F G

NOTAS MUSICAIS

As notas musicais são as seguintes: Dó (C), Ré (D), Mi (E), Fá (F), Sol (G), lá (A) e si (B),
a música que conhecemos é feita com essas notas, existe também as intermediarias dessas notas,
são os sustenidos e bemóis, os sustenidos são representados assim (#), sustenido é o que está
presente, por exemplo: entre a nota Dó (C) e a nota Ré (D), existe um meio tom que pode ser
chamado de Dó (C) sustenido, que é representado em cifra assim (C#), está mesma nota pode
ser chamada de Ré (D) bemol, representada em cifra assim (Db).
Para se compreender melhor o que está sendo dito temos que estudar um pouco de
intervalos, intervalo aqui é o estudo dos espaços entre uma nota e outra.
Vamos mostrar isso da seguinte forma:

DÓ DÓ# RÉ RÉ# MI FÁ FÁ# SOL SOL# LÁ

1ª 2ªm 2ª 3ªm 3ªM 4ª 5ªd 5ª 6ªm 6ª

LÁ# SI DÓ

7ªm 7ª 8ª

Veja que no diagrama esta a escala natural, na primeira linha as notas, e na segunda
linha os graus das notas dentro dessa escala, repare que a nota Ré (D) é o segundo grau da
escala ou a segunda como é mais chamada, já a nota Dó sustenido (C#), é a segunda menor
nessa escala, Ré sustenido (D#) é a terça menor, Mi (E) é a terça maior, Fá (F) é a quarta,
Fá# (F#) é a quinta diminuta, Sol (G) é a quinta justa, Sol sustenido (G#) é a sexta menor,
Lá (A) é a sexta, Lá sustenido (A#) é a sétima menor e Si (B) é a sétima maior.

INTERVALO COMPOSTO

É quando uma nota está além de certa escala, quando começa a se repetir a escala
com uma altura diferente mais alta, como exemplo: esta a nota Dó depois do Si no diagrama
anterior, que é chamada de oitava e assim por diante, por exemplo: se, o Ré (D) esta a uma
altura que ultrapassa a escala, ele passa a ser chamado de nona e não segunda.
É muito importante estudar os intervalos com muita atenção no braço do violão para
que se tenha domínio na hora de formar acordes.
Para estudar os intervalos use este braço de violão com todas as notas:

ACORDES, FORMANDO UM ACORDE

O acorde é um conjunto de notas tocadas simultaneamente, todas juntas formando


um só acorde, existem muitos acordes e variações, o mais simples é a tríade, que é formado
por três notas, tocadas simultaneamente, a regra para se montar uma tríade é a seguinte,
tomasse a tônica ou primeira nota que da o nome ao acorde, a terça em relação a essa nota
e a quinta.
Por exemplo: para se formar o acorde de Dó (C), toma-se a nota Dó como tônica, a
terça será Mi (E) e a quinta Sol (G).

Acorde de Dó (C):
Veja este acorde é montada da seguinte forma, na primeira corda logo ela solta já
esta afinada em Mi (E) que é a terça de Dó (C) por tanto ela pode ser tocada solta, na
segunda corda, ela solta esta afinada em Si (B) e esta nota não faz parte do acorde que
queremos montar, então vamos para sua primeira casa, e nesta casa tem uma nota
desejada, a nota Dó (C) que é a tônica esta casa será pressionada ai, a terceira corda é
afinada em Sol (G) e esta é a quinta de Dó (C), portanto é uma nota que queremos no
acorde, então podemos tocar esta corda solta, a quarta corda solta é afinada em Ré (D) e Ré
(D) não é uma nota da tríade que estamos montando, então veja na primeira casa, a nota é
Ré sustenido (D#) ou Mi bemol (Eb), terça menor e esta não faz parte do acorde que
queremos montar, já na segunda casa esta a nota Mi (E) terça maior, esta sim faz parte do
acorde então a corda será pressionada ai, a quinta corda é afinada em La (A) e La não faz
parte do acorde em questão, sua primeira casa tem a nota Lá sustenido (A#) ou Si bemol
(Bb) e esta também não faz parte do acorde, finalmente em sua terceira casa encontramos
uma nota desejada, a nota Dó (C) então esta será pressionada na terceira casa para se obter
a nota desejada, a sexta corda é afinada em Mi (E) e portanto não deve ser pressionada em
lugar algum, porém esta não será tocada já que a tônica do acorde em questão é Dó (C) e
esta logo na quinta corda.

TETRADE

Então já vimos como se monta uma tríade, e formamos o acorde de Dó (C) maior,
agora vamos ver o que é uma tétrade.
A tétrade é um acorde formado com quatro notas tocadas de forma simultânea, diz-
se que é um acorde dissonante, pois parece ter dois sons sendo tocados simultaneamente
enquanto que nas tríades se ouve ou se percebe apenas um som, existem vários tipos de
tétrades, acordes com sétima com nona com sexta...
Vamos montar um Dó com sétima maior (C7M), a única diferença neste acorde é que
nele tem a nota Si (B) é adicionada, pois esta é a sétima em relação a Dó (C).
Acorde de Dó com sétima maior (C7M).
Visamos aqui apenas ter uma breve noção de formação de acordes, aconselho que o aluno
busque as respostas para suas perguntas e se arrisque a montar os acordes.

PENTAGRAMA E LEITURA MUSICAL

O pentagrama é um conjunto de cinco linhas e quatro espaços dispostos na horizontal que em


que se assinalam com símbolos de valor diferente que refere ao tempo ou duração que a nota deve ter,
a nota é denominada de acordo com a linha ou espaço em que estiver.
Logo no inicio do pentagrama esta uma assinatura chamada de clave, as claves podem ser de
Dó (C) de Sol (G) ou de Fá (F), a de Dó (C) é mais usada em partiras de canto e de instrumentos de
sopro que são instrumentos de afinação alta, a de Fá (F) é utilizada para referencia de instrumentos de
afinação baixa como o contra baixo, e a de Sol (G) é utilizada para escrever partiras de instrumentos
médios como o violão.

Veja as claves:

Clave de Sol. Clave de Dó. Clave de Fá.

Cada clave é assinalada em uma linha especifica e isso determina o local onde estará a nota de
referencia, no caso de clave de Sol (G) ela está na segunda linha de baixo para cima no pentagrama e
por tanto a nota que estiver na segunda linha será Sol (G), já na clave de Fá (F) ela esta assinalando a
quarta linha e da essa nota a quarta linha, a de Dó (C) está na terceira linha e por tanto a terceira linha
terá a nota Dó (C).

NOTAS E SEUS VALORES


As notas são representadas no pentagrama com símbolos de valor diferentes entre se, cada símbolo com
um nome e representando um tempo ou período de duração, para entender isso tem que entender o que
é compasso, a assinatura do compasso está logo depois da clave no pentagrama, o compasso, mas
comum é o de 4/4 (quatro por quatro), esta fração se refere a duas coisas, uma é a unidade de tempo
que está em uso ou denominador que no caso é uma semínima, o que significa que quatro semínimas
valem um compasso, por tanto este compasso pode ser entendido assim: Ele é formado por quatro
semínimas ou valores equivalentes, se a fração fosse 3/4 (três por quatro) três semínimas preencheriam
este compasso que seria de três semínimas, com isso temos uma noção do que é um compasso ele é
simplesmente uma subdivisão de tempos de uma peça musical e têm certo valor que preenche este
compasso, que não pode ser menor nem maior que a sua assinatura.

Veja uma relação das notas e seus valores:

Para cada símbolo desses existe também um que indica o mesmo valor de tempo ou duração
em silêncio são as figuras de Silêncio.
Veja no diagrama abaixo:

Com esses diagramas podemos explicar a característica mais importante das notas, note que
uma a semínima tem o valor quatro (4) na tabela de frações, ou seja, em um compasso de 4/4 uma
semínima está como denominadora do compasso, esse quatro por quatro significa que o compasso tem
a duração de quatro (4) semínimas, o valor ou duração de uma semibreve é maior que a semínima e
está equivale a quatro semínimas, uma mínima vale por duas (2) semínimas e tem a duração de duas
(2) semínimas somadas, já no caso da colcheia é diferente ela tem um tempo de duração menor que
uma semínima, a sua duração é a metade do tempo ou duração de uma semínima, logo uma (1)
semínima vale duas (2) colcheias somadas, a semicolcheia em comparação com a semínima é um quarto
do valor de tempo ou duração de uma semínima, ou seja, quatro (4) semicolcheias somadas têm o valor
de tempo ou duração de uma semínima, e finalmente a fusa em comparação com uma semínima tem
um oitavo do valor de duração de uma semínima, ou seja, oito (8) fusas terão somado o valor de
duração de uma semínima.
Com esse entendimento podemos dizer que quatro (4) semínimas preenchem um compasso de
4/4, que uma (1) semibreve preenche um compasso de 4/4, que duas (2) mínimas preenchem um
compasso de 4/4, que oito (8) colcheias preenchem um compasso de 4/4, que dezesseis semicolcheias
preenchem um compasso de 4/4 e que trinta e duas (32) fusas preenchem um compasso de 4/4.
O valor do denominador que no caso do compasso 4/4 é a semínima será também assinalado
no início da partitura em bpm’s (batidas por minuto), escrito da seguinte forma 90 bpm ou 120 bpm,
para fazer uma contagem desses valores de maneira exata precisamos de um metrônomo que é um
instrumento parecido com um relógio que marca esse tempo com batidas e pode ser ajustado de acordo
com valor em bmp (batidas por minuto), se o valor da semínima em uma peça musical for de 90 bpm, o
metrônomo deverá ser ajustado a esse valor para que se possa acompanhar com exatidão o chamado
tempo da música.

Veja esse pentagrama:

Exemplo de partitura simples.

Note que logo no início temos a clave de Sol (G) que assinala a segunda linha como Sol (G),
logo após temos a fração que indica o valor do compasso que neste caso é de 4/4, acima temos uma
semínima e ao lado a indicação do tempo ou duração que esta vale na partitura, neste caso uma
semínima vale pelo tempo equivalente a 90 bpm, note também que este compasso está preenchido com
quatro semínimas e que logo após a quarta semínima temos uma linha vertical que indica o fim do
compasso, um compasso de 4/4 pode ser preenchido por somas de notas de duração diferentes da
semínima, mas por lei a soma da duração dessas notas não pode ultrapassar quatro semínimas.
Neste curso apenas oferecemos uma breve noção de leitura musical aconselho que o aluno
interessado procure se interar da matéria por completo, não tenha a pretensão de achar que vai sair
lendo música da noite pro dia, pois, é como aprender ler e escrever leva certo tempo e deve ser
treinado.

CAMPO HARMONICO, HARMONIA.

Falando em campo harmônico me vem a cabeça uma música e a seção de acordes que vão
sendo tocados, uns após outros, vejo que a seqüência é feita de acordes ou sons que combinam de certo
modo entre se, e isso é por causa do campo harmônico, o campo harmônico é um conjunto de notas ou
de acordes que têm certa afinidade, no caso da nota Dó (C), temos a escala de Dó (C) que é a mais
comum e conhecida, é simplesmente as notas naturais em sua seqüência C, D, E, F, G, A, B.
A partir dessa escala são formados alguns acordes que têm uma afinidade, que se harmonizam
bem uns com os outros, em aula pratica formaremos alguns desses acordes para que o aluno possa
entender bem como é feito, no CD fornecido junto com o material didático na segunda faixa temos o
áudio da seqüência de acordes desse campo, a regra é montar os acordes em saltos de terças maiores
ou menores de acordo com e escala em uso.
O primeiro acorde é o de Dó (C) mesmo, como já o vimos é formado pelas notas Dó (C), Mi (E)
e Sol (G), a regra é montar com saltos de terças, o segundo acorde é o de Ré menor (Dm), seguindo a
escala natural o acorde que obtemos é menor pois a distancia de para Fá (F) é de uma terça menor, o
acorde é formado pelas notas Ré (D), Fá (F) e Lá (A).
O terceiro acorde que é formado a partir da terceira nota dessa escala é o de Mi menor (Em),
como no caso do segundo acorde novamente a terça desse acorde é menor, pois, a distancia entre Mi
(E) e Sol (G) é de uma terça menor, o acorde é formado pelas notas Mi (E), Sol (G) e Si (B).
O quarto acorde é o de Fá (F) esse sim é maior e é formado pelas notas Fá (F), Lá (A) e Dó (C),
o quinto acorde é o de Sol (G) e é formado pelas notas Sol (G), Si (B) e Ré (D), o sexto acorde é o de Lá
menor (Am) e é formados pelas notas Lá (A), Dó (C) e Mi (E), o sétimo acorde é o Si diminuto (B ø)
esse acorde é formado com as notas Si (B), Ré (D) e Fá (F), norte que a terça é menor e a quinta é
diminuta, devido a isso que o acorde recebe esse nome de diminuto.

CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Sendo este um curso para iniciação musical, paramos por aqui sabendo que o aluno tem muito
que aprender dessa matéria, o objetivo do curso é tão somente o de fornecer uma breve noção do
estudo da música, creio que com esse aprendizado e um pouco de esforço o aluno poderá se
desenvolver muito bem na matéria, seja ávido, procure conhecer cada vez mais sobre música, entre na
internet pesquise, leia bastante sobre o assunto, pratique com o instrumento, se aventure a inventar
coisas novas no instrumento.

Você também pode gostar