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T É C P ~ I C A DE PROGRAHAÇAO E CONTROLE DA CONSTBUÇÃO

REPETITIVA - LINHA DE BALANÇO

ESTUDO DE CASO DE un CONJUNTO HABXTACXONAL

BERENICE MADERS

Dissertação apresentada ao corpo docente do Curso d e


Pbs-Graduaqão em Engenharia C i v i l d a E s c o l a d e Engenharia da*
1 J n i v e r s i d a d e F e d e r a l d o R i o G r a n d e do S u l , como p a r t e dos re-
q u i s i t a s p a r a a o b t e n ç a o do t i t u l o d e M E S T R E E M E N G E N H A R I A

Porto Alegre

Maio d e 1987
E s t a d i s s e r t a ç ã o foi j u l g a d a a d e q u a d a p a r a a o b t e n -
ç ã o d o t i t u l o d e MESTRE EM E N G E N H A R I A e a p r o v a d a em s u a f o r -
ma final g e l o O r i e n t a d o r e p e l o Curso d e P ó s - G r a d u a ç ã o .

Orientador

do Curso d e Pós-Graduação em Eng .Civí 1


.ko6rdenador
.

BANCA EXAMINADORA

- ProE. L u i z F e r n a n d o M. Heineck (Orientador)


Ph.D. p e l a U n i v . of L e e d s , I n g l a t e r r a

- P r a f . Francisco Kliemann Neto


Doutor p e l o Institut f l a t i o n a l P o l y t e c h n i q u e
de Lorraine, França,.

- P r o f . Helio Greven
Doutor p e l a U n i v . T g c n i c a d e Hannover, Alemanha
"Aprender C descobrir a q u i l o que voc8 j 5 sabe;
fazer 15 demonstrar que voc? o s a b e ;
ensinar é lembrar aos o u t r o s que eles sabem
tanto quanto você ..."
Ao meu ebpoao e a m i n h a
miie
AGRADECIMENTOS

Ao C o n s e l h o Nacional d e Desenvolvimento CientiEico


e Tecnológico - CNPq, por s e u auxilio f i n a n c e i r o .

A o C u r s o d e P d s - G r a d u a ç ã o em E n g e n h a r i a C i v i l , Uni-
v e r s i d a d e F e d e r a l d o R i o G r a n d e d o Sul, e s p e c i a l m e n t e a o Sr.
L u i z Fernando H e i n e c k p e l o seu encorajamento e o r i e n t a ç ã o em
momentos decisivos.

A minha mãe, por g u i a r - m e n o s caminhos da educação


e p o r proporcionar-me e s t a oportunidade e a meus familiares,
p e l a compreensão e estimulo.

A meu e s p o s o , p e l o s e u c a r i n h o , compreensão e a p o i o
n o s momentos dificeis.

A meu p a i , p e l o seu exemplo d e luta e p e l a s u a c o r -


reç2o d e c a r á t e r q u e ar6 h o j e & m o t i v o d e s a t i s f a ç ã o e o r g u l l i o .

A meus colegas d e curso, n a s pessoas dos amigos


I d o n e e S a n a t i e l , p e l a sua amizade s i n c e t a e a u x í l i o nos momen-
tos de d ú v i d a .

Aos auxiliares de pesquisa, p e l a sua valiosa c o l a b o -


ração, n a s p e s s o a s dos amigos H a r l e y S c a r d o e l l i e R i c a r d o K a r-
s
ten.
LISTA D E F I G U R A S . . . . . . . ' . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . . . ix
L I S T q DE TABELAS.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . xiii
L I S T A DE S Í M B Q L O S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

LISTA D E A B R E V I A T U R A S .......................-................x vi
0 *
R E S U M O ........................*..............................xvii

............ ..,....................................
0 0

ABSTRACT xv lli

CONSTDERAÇÕES INICIAIS. .............................

~ Ú s t i f i c a t i v a s d a R e a l i z a ~ ã od o T r a b a l h o .................. 1
0b-jetivos d o Estudo . . . . . . . . . . , . . . . , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
M e t o d o l o g i a e S e g m e n t a ç ã o do T r a b a l h o . . . . . . , , . . . . . . . . . . . . . 4

1. A C O N S T R U Ç Ã O H A B I T A C I O N A L E S U A ADMINISTRAÇAO . . . . . . . . . . . . . 6

1.1. O A s p e c t o Sócio-EconBmico d a I n d ú s t r i a d a
Construção ...................~...................... 6
1.2. G e n e r a l i d a d e s sobre a C o n s t r u q ã o H a b i t a c i o n a l ........ 8
Caracterizaqão d a s Entidades Envolvi-
das na Execução d e s t e s Empreendimentos ..,.. 8
1.3. I m p o r t Z n c i a d a A d m i n i s t r a ç ã o no S e t o r d a
Edificação .............................,..........-. .10
1 . 4 . A C o n s t r u ç ã o de Conjuntos Habitacionais ..............=

2.-1. A s p e c t o s d a Programação U s u a l e m Obras . . . . , , . . . . . . . . . 15


2.2. I m p o r t a n c i a d a P r o g r a m a ç ã o e do C o n t r o l e
de Obras . . . . . . . . . . . . . . , , . . . , . , . . . . . . . . . . . . . . . . . . - . . . . 1 6
2.3. Aspectos Teúricos d a s P r i n c i p a i s TGcnicaç d e
Programação e Controle .........................,..... 20
2.3.1. G r á f i c o d e Gantt ou D i a g r a m a d e B a r r a s . . . . . . . . 2 1
2.3.2. R e d e s de Planejamento . . . . . . . . . - . . . . . . . . . - . . - . . 2 3
2 . 3 . 3 . T 4 c n i c a d a L i n h a d e B a l a n ç o. . . . . . . . . * . . . , . . . . . 2 5
M E T O D O L O G I A DE A P L I C A Ç Ã O D A LINHA DE B A L A N S O . . . . . . . . . . . . . 28

3 . 1 . Apresentação dos Aspectos Gerais d a T é c n i c a ......... 28


3.1.1. A s p e i t o s Tedricos do Fluxo d e Produ-
ção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3 . 1 . 2 . O Modelo Simulado da .............
Construção 32
3 . 2 . Propriedades Técnicas .................... .. 3 4
3 . 3 . R e p r e s e n t a ç ã o d e u m P r o g r a m a ATRAVES d a
L i n h a d e B a l a n ç o .................,..........,.
3 . 3 . 1 . Estãgios e Instrumentos de Aplicação
da Teenica da Linha de Balanço . . . . . . . . . . . . . . . 38
3 . 3 , l . l . Estãgios de Aplicação da
L i n h a d e Balanço .................... 38
3.3.1.2. Instrumentos BÁSICOS e APLLCAÇÃO
c a ç ã o d a Tgcnica da Linha d e Balanso . . . . . 4 4
3 ..4. Metodologia para o T r a ç a d o d a t i n h a d e B a l a n ç a
r
. c o m o Meio d e Programação .............,.............. 47
3.4.1. S e q ü ê n c i a L ó g i c a d a s A t i v i d a d e s na
Unidade d e Repetição . . . . . . . . . . . . . . ......... 48
3.4.2. Determinação da Planilha Objefivo . . . . . . . . . . . . 52
3 . 4 . 3 . Método G r á f i c o de Programação d a
Linha de Balanço . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3 . 4 . 4 . Método Analitico d e Construção d o
Diagrama da Linha de Balanço ................. 57
3.4.5. D e t e r m i n a ç ã o d e R e c u r s o s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
3.4.5.1. Fator Multiplicação d e Recursos ..... 65
3,4.5.2. Utilização d e Recursos e
Ociosidade .......................... 68
3.4.5.3. Curvas d e Mobilização d c
Recursos . . . .. . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . 74
3 . 4 . 6 . Ritmo Natural dos Trabalhos .................. 78
3.4.7. B a l a n c e a m e n t o d a s E q u i p e s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
3.5. Programação de Recursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
3.6. Comparação e n t r e Programação Paralela e
P r o g r a m a ç ã o d e R e c u r s o s ....................... * 9 8
3 . 7 . O E f e i t o d a Repetição - Curva d e Aprendizagem . . . . -103
3.8. Folgas n a P r o g r a m a s ã o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
3.8.1. Atividades Neutras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . -109

vii
3.8.2. Estãgios Neutros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
3.9. Programação dos Suprimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 3
3.9.1. M a t e r i a i s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 1 3
3 . 9 . 2 . E q u i p a m e n t o s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114
3 . l O . P r o g r a m a ç ã o d e Conjuntos de U n i d a d e s D i v e r s i -
f i c a d a s .......................................... 115
3 . I l . P r o g r a m a ç ã o d a C o n s t r u ~ ã oB e p e t i t i v a e m M ú l -
t i p l o s Andares ....................................... 117
3.12.A Linha de B a l a n ç o c o m o I n s t r u m e n t o d e C o n t r o l e . . . . . .1 2 7

4 . APLICABILIDADE DA LINHA DE BALANÇO AOS C O N J U N T O S


H A B I T A C I O N A I S . U M E S T U D O DE C A S O . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . L 3 9

5 . C O N C L U S Õ E S E S U G E S T ~ E SP A R A F U T U R O S T R A B A L H O S . . . . . . . . . . . . .1 6 8
5 . 1 ; Comparação d a s T g c n i c a s de Programação e
.. C o n t r o l e .......................................... .1 6 8
5.2. Vantagens e Desvantagens da Utilização d a
Linha de Balanço .................,................... 169
5.3. Concluções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .171
5.4. S u g e s t õ e s para Futuros Trabalhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 7 3

BIBLIOGRAFIA ................................................. 175

viii
FIGURA 2 . 1 - G r á f i c o de barras

FIGURA 2 . 2 - Gráfico d e barras interligadas.

F I G U R A 2 . 3 - Planejamento com r e d e s - r e d e s em flechas

FIGURA 2 . 4 - D i a g r a m a de p r e c e d G n c i a s - r e d e s e m b l o c o s .

FIGURA 2 . 5 - Diagrama da l i n h a d e balanço.

F I G U R A 3 . 1 - A n a l o g i a d a L.B. à l i n h a d e p r o d u ç ã o .

F I G U R A 3 . 2 - A n a l o g i a da L . B . ao cronograma d e b a r r a s .

FIGURA 3 . 3 - F i l a simples.

FIGURA 3 . 4 - F i l a s i m p l e s com a t i v i d a d e s s i m u l t â n e a s .

FLGURA 3 . 5 - Fila c i c l i c a 1 .

FIGURA 3 . 6 - Fila c i c l i c a 2 .

F I G U R A 3 . 7 - F r a g m e n t a ç ã o d o p r o j e t o em a t i v i d a d e s - Rede
lógica unitária.

FIGURA 3 . 8 - A l o c a ç ã o de equipes.

FIGURA 3.9 - Definição do r i t m o d e t r a b a l h o - Parãmetros


externos .

FIGURA 3 . 1 0 - Ritmo acelerado - maior número d e equipes m e n o r e s .

FIGURA 3 . 1 1 - Ritmo l e n t o - menor número de equipes m a i o r e s .

FIGURA 3.12(a) e ( b ) - Calibragem das d u r a ç õ e s .

FIGURA-3.13(a) - Planilha objetivo.

FIGURA 3 . 1 3 ( b ) - Rede u n i t á r i a .

FIGURA 3.13(c) - Planilha d e progresso.

FIGURA 3.14 - Rede l ó g i c a .

FIGURA 3 . 1 5 - Rede lógica - estabelecimento de p r a z o s


FIGURA 3 . 1 6 ( a ) e (b) - Diagrama d o programa d e e n t r e g a s .

FIGURA 3 . 1 7 - GrAfico das quantidades em f u n ç ã o d o t e m p o .

FIGURA 3.18 - Faixa de p r o d u ç ã o .

FIGURA' 3 . 1 9 - R e p e t i s ã o da r e d e u n i t á r i a .
F I G U R A 3.20 - Programação p a r a l e l a - metodo g r á f i c o .

FIGURA 3 . 2 1 - Rede unitaria d e a t i v i d a d e s - método analirico

FIGURA 3 . 2 2 - Programação paralela - diagrama L.B. p a r a


metodo analitico .

F I G U R A 3 . 2 3 : F a t o r m u l t i p l i c a ç ã o d e r e c u r s o s p a r a atividade
de escavação.

FIGURA 3 . 2 4 ( a ) - Programação p a r a atividade colocação de


paviflex .
F I G U R A 3 . 2 4 ( b ) - Programação para a t i v i d a d e e x e c u ç ã o d e
contrapiso.

FLGURA 3 . 2 5 - Curva d e mobilização para a t i v i d a d e e x e c u ç a o d a


coberrura .
FIGURA 3.26(a) - Curva d e rnobilização por a t i v i d a d e .

FIGURA 3 . 2 6 ( b ) - Curva d e mobilização g e r a l

F I G U R A 3 . 2 7 - A u m e n t o d o r i t m o n a t u r a l d e p r o d u ç ã o com a m u l -
tiplicação dos r e c u r s o s .

F I G U R A 3 . 2 8 - Redução d o p e r í o d o produtivo com a mulriplicn(ão

dos recursos.

FIGURA 3.29 - Atividades programadas fora d o ritmo natural .

FIGURA 3.30 - A t i v i d a d e em ritmo natural c o m emprego d e u m a


equipe.

FIGURA- 3.31 - Rede unitária das a t i v i d a d e s m o d i f i c a d a s p n r a


programação d e r e c u r s o s .

FIGURA 3 . 3 2 - Diagrama da l i n h a d e balanço para programnqso d e


recursos .
FLGURA 3 . 3 3 - Curva de alocaqão d e recursos - p . r e c u r s o s .
FIGURA 3.34 - Comparação entre programação p a r a l e l a e d c r e c u r -
sos - Variação d e tempo unitário de c o n s t r u ç ã o .

FIGURA 3 . 3 5 - Comparação entre programação p a r a l e l a e d e r e c u r -


s o s - Improdutividade.

FIGURA 3.36(a) - Programação paralela com ritmo m a i s a c ~ l e r a d o .

FIGURA 3 . 3 6 ( b ) - Programação paralela com ritmo menos acelerado.

FIGURA 3.37 - Curva de e f e i t o aprendizado.

FIGURA 3 . 3 8 - E f e i t o dos a t r a s o s não previstos

FIGURA 3 . 3 9 - Programação dos e s t á g i o s a mesma r a z ã o d e p r o d u -


ç" com i n s e r ç ã o de estágios n e u t r o s .

FIGURA 3 . 4 0 - Programação dos e s t á g i o s segundo s e u r i t m o


natural.

FIGURA 3.41 - E s t á g i o s d e construção programados a d i f e r e n t e s


ritmos.

FIGURA 3 . 4 2 ( a ) - P r o g r a m a ç ã o d e um conjunLo d e b l o c o s d e a p a r -
tamentos.

FIGURA 3.42{h) - Programação d e conjunto de b l o c o s com o b r a


grossa acelerada.

F I G U R A 3 . 4 3 - Rede lógica d e e x e c u ç ã o d o p a v i m e n t o .

FIGURA 3.44 - Programa p r i n c i p a l de execução - J a r d i m Guanabara

FIGURA 3 . 4 5 ( a ) , ( b ) , ( c ) e ( d ) - Programas complementares.

tLGURA 3.46 - Programa L . B . de progresso.

FIGURA 3 . 4 7 - Programa L.B. de progresso r e a l .

F I G U R A 3 . 4 8 - Q u a d r o m o d e l o d e controle.

FIGURA 3 . 4 9 - Quadro programa.

FIGURA 3 . 5 0 - Quadro c o n t r o l e d e progresso

FIGURA 4.1 - P r o j c t o d e i m p l a n t a ç a o 'do conjunto habitar-io-


n a 1 ~ r a v a t a i- Area A .

FIGURA 4.2 - Cronograma g e r a l r e a l d a o b r a .

FIGURA 4.3 - ~ r o n o ~ r a m da e' p r e v i s ã o d a o b r a .


F I G U R A 4 . 4 - P r o g r a m a de e x e c u ç ã o das c a s a s .

F I G U R A 4 . 5 - Cronograrna de execução d a empresa B .

FIGURA 4 . 6 - C r o n o g r a m a d e e x e c u ç ã o d a e m p r e s a C.

FIGUR'A 4.7 - C r o n o g r a m a de e x e c u s ã o d a e m p r e s a A .

FIGURA 4 . 8 - Curva d e a l o c a ç ã o d e m ã o - d e - o b r a .

FIGURA 4 . 9 - Curva de alocação para os t r a b a l h o s em


t e r r a e fundações.

FIGURA 4.10 - Curva de alocação p a r a a l v e n a r i a ,

F I G U R A 4 . l l - C u r v a de a l o c a ç ã o p a r a c o b e r t u r a e
reservatórios,

FIGURA 4 . 1 2 - Curva de a l o c a ç ã o p a r a r e v e s t i m e n t o s e
tubulações.

FIGURA 4 . 1 3 -Curva de alocação para e s q u a d r i a s e


pavimentos,

FIGURA 4.14 -Curva d e alocação p a r a as a t i v i d a d e s d e


acabamento.

FIGURA 4 . 1 5 -Comparativo de m ã o - d e - o b r a a l o c a d a para


a l v e n a r i a , reboco e c o l o c a ç ã o d e eletro-
dutos e canalizações.

FIGURA 4.16 -Comparativo d e mão-de-obra alocada para


reboco, p i s o s e x t e r n o s , cercas e arremates.

xii
LISTA DE TABELAS

TABELA 3 . 1 - Programação paralela - m4todo analitico.

TABELA 3 . 2 - Tabela dos f a t o r e s multiplicativos d e recursos.

TABELA 3 . 3 - T a b e l a d e tempos improdutivos

TABELA 3 . 4 - Tabela d e r e c u r s o s .

TABELA 3.5 - T a b e l a d e c o n s u m o s - p r o g r a m a ç ã o p a r a l e l a .

TABELA 3 . 6 - Tabela d e ritmos.

T A B E L A 3 . 7 - ~ a b e l ad e c o n s t i t u i ç ã o d a s e q u i p e s

TABELA 3.8 - Programação d e recursos - m6todo analitico.

TABELA 3 . 9 - T a b e l a d e consumos - programaqão de r e c u r s o s .

TABELA 3.10 - A p r e s e n t a ç ã o d e t i p o s p a r a a t i v i d a d e a l v e n a r i a .

TABELA 3 . 1 1 - P o n d e r a ç ã o das durações.

TABELA 3 . 1 2 -Programa Jardim Guanabara - alocação de r e c i i r s o s .

TABELA 4 . 1 - Tabulação de dados sobre escavação e fundaç6es.

T A B E L A 4.2 - T a b u l a ç ã o d e d a d o s s o b r e a l v e n a r i a .

T A B E L A 4.3 - T a b u l a ç ã o d e d a d o s s o b r e c o b e r t u r a e r e s e r v z t 6 r i o .

TABELA 4.4 - Tabulação d e dados sobre as insLa2ações.

TABELA 4 . 5 - Tabulação de dados sobre o reboco e f o r r o .

TABELA 4 . 6 - Tabulação d e dados sobre p i s o s e e s q u a d r i a s .

TABELA 4 . 7 - Tabulação d e dados sobre a p i n t u r a .

' T A B E ~ A -4 . 8 - Tabulação d e dados sobre complementação, limpeza


e arremates.
LISTA DE S ~ M B O L O S

R - r a z ã o d e construção (casas/semana)

U - r a z ã o d e p r o g r e s s o da a t i v i d a d e ( c a s a s / s e m a n a }

g - tamanho real d a turma da a t i v i d a d e ( h o m e n s )

g1 - t a m a n h o r e a l da turma e x i g i d a p a r a p r o g r a m a ç ã o p a r a l e l a
(homens 1

g1 4 m a i o r d o que u m a e q u i p e , g2=gl=Q (homens)

G - tamanho t e 6 r i c o d a turma e x i g i d a p a r a raz3o d e p r o g r e s s o


da a t i v i d a d e igualar a razão d e construção

i) - t a m a n h o d a e q u i p e da a t i v i d a d e (homens)

M - c o n t e G d o d e homens-hora d a a t i v i d a d e

N - razão d e p r o g r e s s o natural da atividade (casas/seni3na)

N 1 - r a z ã o d e progresso natural d a a t i v i d a d e , quando g = gl


(casaslsemana)

W
2
- razão d e progresso natural d a atividade, quando
tcasaslsemana)

S - duração d a a t i v i d a d e medida desde o i n i c i o d a priniinira


casa ao seu i n i c i o na ú l t i m a c a s a

S n - "Si' q u a n d o a a t i v i d a d e é p r o g r a m a d a e m s u a r a z ã o d~ pro-
gresso natural (dias)

Sp - "s" quando a a t i v i d a d e é p r o g r a m a d a n a r a z ã o de constru-


ção ( d i a s )

SI - "S" quando a a t i v i d a d e P programada a N I ( d i a s )

- "S" quando a a t i v i d a d e 4 programada a N2 (dias)

T - t e m p o p r o d u t i v o por c a s a p a r a uma a t i v i d a d e ( d i a s )

xiv
V - r a z ã o d e progresso da atividade ( c a s a s / s e m a n a )

W - m e d i a d e h o m e n s - h o r a i m p r o d u t i v o s p a r a uma a t i v i d a d e ( h o -
mens-hora)

X - t e m p o d e e s p e r a d e u m a e q u i p e e n t r e o t 6 r m i n o d e uma c a s a
e i n i c i o da prBxima ( d i a s )

Y - níímero i n t e g r a l d e e q u i p e s q u e i m e d i a t a m e n t e e x c e d e m o
tamanho t e ó r i c o da turma

z - número d e e q u i p e s i g u a l ao tamanho t e ó r i c o d e turma

s - número d e dias d e t r a b a l h o da semana.


LISTA DE ABREVIATURAS

APEs - Associaqões d e Poupança e EmprPçtimo

BNH - Banco Nacional d a H a b i t a ç n o

- Construção Civil

- C a i x a s EconBmicas

- Conjuntos Habiracionais

CHZS - Conjuntos Habitacionais d c Interesse Social

CIjPP - Conjuntos Habitacionais dc Promoqão P r i v n d : i

COHAB - Companhia d e Habitação

CPM - Método d o Caminho C r i t i c o

FEE - F u n d a ç ã o d e E c o n o m i a e E s t a t i s t i c a - Secreta-
r i a d e Coordenação e Planejamento/R.S.

ICC - Indústria da Construção Civil

INOCOOP - Instituto d e O r i e n t a ç ã o 2 s Cooperativas


Habitacionais

IPT - I n s t i t u t o d e P e s q u i s a s T e c n o l ó g i ç a s / S ã o P.-iulo

1,B - Linha d e Balanço

NETROPLAN - F u n d a ç ã o M e t r o p o l i t a n a de Planejamcntn

PERT - T é c n i c a d e P r o g r a m a ç ã o e C o n t r o l e da C o n s t r u -
ção p e l o Caminho C r i t i c o

PROMORAR - Programa d e Erradicação da Siib-habitüq20

SRPE - S i s t e m a B r a s i l e i r o d e Poupanqa e Ernprésiirno

SCT - Sociedade d e Crgdito ImobiliArio

SFH - Sistema Financeiro d a Habitação.

xvi
RESUMO

E s t e t r a b a l h o apresenta uma t é c n i c a d e programaç2o


e controle d a construção r e p e t i t i v a denominada L i n h a d c Ralnn-
$0. E uma técnica, surgida na indústria fabril, onde a p r o d u -
ç ã o em s g r i e e em g r a n d e e s c a l a e x i g e a organização dos r n 6 ~ 0 -
doç de p r o d u ç ã o e a racionalização d o t r a b a l h o .

O estudo, i n i c i a l m e n t e , modela o t r a b a l h o de c o n s t r u -
qão de u n i d a d e ç r e p e t i t i v a s , salientando o s p r o b l e m a s d e o r g a -
n i z a ç ã o e administração destes empreendimentos. Num sei;undo
m o m e n t o , s ã o a p r e s e n t a d o s os p r i n c í p i o s t e 6 r i c o s da t E c n i c a
com aplicaçEes prAticas d a programação. Por fim, P analisada
a merodologia usual d e construção d e conjuntos habitzcionais
a t r a v g s d e u m e s t u d o de c a s o e , o b s e r v a d a s a s c o n d i ç õ e s d e
a p l i c a ç a o d a t 6 c n i c a d a L i n h a d e B a l a n ç o , nZo e x i g i n d o m u d i f i -
c a ~ õ e sm u i t o profundas na a t u a l aç5o gerencial n e s t e t i p o d e
obra.

A s conclusões esboçadas confirmam a s vantagens da


t é c n i c a d a Li,nha de Balanço p a r a e s t e s empreendimentos e pro-
p õ e m a s u a u t i l i z a q ã o na o r g a n i z a ç z o do t r a b a l h o n o s c ~ n t e i r o s
repetitivos.

xvii
ABÇTRACT

T b i s v e s e a r c h work is d e d i c a l e d t o the p r e s e n t a t i a n o E
a building c a n s t r u c t i o n programming a n d control t e c h n i q u e calicd
L i n e of B a l a n c e , s p e c i a l l y s u i t e d to r e p e t i t i v e s i t e s , a s t h e
d

a n c s t h a t m i g h t h e Eouna aa low-iacame h a u s i n g . This t e r h n i q u e


is nat p e t knawh or doçumented in 5he p o r t u g u e s e s p e a k i n g
l i t e r a t u r e a s t a m a k e i t a c c e s s i b l e t o p r a c t i o n e r s and p u b l i c
authorities.

T h i s t e c h n i q u e e a s d r i g i n a t e d in t h e m a n u f a c t u r i n g
industry. The rhesis d i s c u s s e s the rationalTsetion and
o r g a n l s a t i o n p r o c e d u r e s n e e d c d on h o u s i n g s i t e s r n o r d e r t o niake
t h e a p p l i t a t i o n a f t h i s nove1 t e c h n i q u e a s u c c e s f u l e x e r c i s e .

T h e t h e ç i s b e g i n s by p u t t i n g forward e v i d e n c e o n
h o u s i n g d e m a n d a n d o n houw t h e b u i l d i n g i n d u s t r y o r g a n i z e s i t s e l i
t a produce h o u s e s i n massive q u a n r i t i e s . Available p r o g r a m m i n g
and c o n t r o l t o c h n i q u e s s u c h as b a r c h a r t s , PERTICPM and sirnulatíon
a r e d i s c u s s e d in t h e l i g h t o f t h e l r s u i r a b i t i t y t o r e p e t i t i v e
canstruc r i o n .

T h e l i n e of b a l a n c e t e c h n i q u e is t h r o u g h l y p r e c c n t e d
a n d d i s c u s s c d od i t s t h e a r e t i c a l p r a c r i c a l a s p e c t s i n c h a p t e r 3
t h a r c o n s t i t u t e s t h e c o r e aE t h ç t h e s i s .

A t t h e end a c a s e s t u d y w h e r e t h e line o £ b a l a n c e
pragrarnrne o £ w o r k m i g h t h a v e b c e n a p p l i e d i s d i s c u s s e d . The
a c t u a l l o w - i n c o m e h o u s i n g s i f e o £ some 8 0 0 dwellings was b u i l t
eis ing conven t ional bar chart, programmes of work; notwithstandingly,
d a t a g a t h e r e d on t h e s e q u e n c e ò f work t h x o u g h o u t t b e s i t ~ ,nn
t h e d u r a t i o n and p r e c e d e n c e a f activities, an t h e i d t e n s i t y a n d
r y t h m o £ work Eram unir to u n l t l e a d s one to c o n c l u d e t h a t line
a f b a l a n c e would not c o n f l i c t s e r i o u s l y witb t h e way thiç site
was t a c k l e d , at l e a s t f o r rhe u n d e r g r g u n d a n d c a r s a s s i n g
activities. In a t h e r w o r d s , this n o v e 1 t ~ c b n i q u em i g h t b e u s e d
w i t h o u t c à 2 l i n g f o r d e + p m o d i f i c a t i a n s of t h e m a n a g e m e n t
p r o c e d u r e s now i n u s e o n b u i l d i n g s i t e s o f r e p e t i t i v e n a t u r ~ .

The t h e s i s c o n c l u d e s b y p o i n t i n g t h e advantages and


d i s a d v a n t a g e s of t h e new p r o g r a m m i n g a n d c o n t r o l l i n g t e c h n i q u e
as a background f o r f u r t h e r s t u d i e s o n its a p p l i c s h i l i t y on
housing construction siteç, s i n c e t h e c a s e study dernonstreted
i t s f e a s ~ b i l i t y a s £ a r a s i t d o e s not go a g a i n s t t h e m a n a g e r i a 1
c o n c e p t s 2nd u s e s o f t h e e x i ç t i n g p r o g r a m m i n g a n d a d m i n i s t r a t i v e
p r o c e d u r e s e m p l o y e d in t h i s s o r t o £ s i t e s .

xix
C O N S ~ D E K A Ç Õ E SI N I C I A I S

A i n e x i s t e n c i a d e uma l i n g u a g e m t g c n i c o - p r d t i c a con-
solidada p a r a a construção c i v i l em nosso meio, q u e a t e n d a t a l
to a e s t u d o s d e n a t u r e z a tgcnica e c i e n t f f i c a quanto a sua d i -
vulgação no m e i o empresarial, f a z necessário o estabelecimento
d e a l g u n s c o n c e i t o s e d e f i n i ç õ e s a s e r e m u s a d o s a o longo d e s t e
trabalho de pesquisa.

S e r v i c o s d e C o n s t r u c ã o Civil

Correspondem a produção e montagem d e componcnres


c o n s f - i t u i n t e ç d a s edificaçoes e demais obras d e engenharia c i -
v i l , incluindo:

a) t r a n s p o r t e , e s t o c a g e m e b e n e f i c i a m e n t o d e rnntc-
r i a i s em o b r a ;

b) produção d e componentes p e l a construtora tpré-mal-


dados 1;

c) montagem de i n s t a l a ç õ e s e s p e c i a i s dos prodiitos d e


construqão (elétrica, h i d r o - s a n i ~ á r i a ,de f o r ç a , etc.);

d) trabalhos auxiliares no c a n t e i r o ;

e) acabamentos e reparos.

Na v e r d a d ~ ,c o r r e s p o n d e m a o s g r a n d e s i t e n s d a r?rçaiiic.n-
taçao, ou s e j a , a l v e n a r i a , instalação e l é t r i c a , p i n t u r a , e t c .

~t ivi'dade

C o r r e s p o n d e a o c o n j u n t o d e t r a b a l h o s e x e c u t a d o s em
o b r a p o r uma m e s m a e q u i p e p r o f i s s i o n a l e q u e p o d e m s e r L e i t o s
continuamente, sem interrupções. Por e x e m p l o , o s t r a b n l t i o s d a
~ l e t r i c i s t a de colocação d a s e l e t r o d u t o s , caixas d e passagem e pontos
de luz e finalmente da c o l o c a ç ã o d a f i a ç g o n o s e l e t r o d u i n s

O p e r a ç ã o ou T a r e f a

Corresponde a noção elementar d e t r a b a l h o em e n g e n h a -


r i a , p o r exemplo: c o l o c a ç ã o d e prumos o u l i n h a s p a r a m a r ~ t e ra
linearidade, decapagem do terreno, medições, marcações, ~ t c .

Componentes d e Construção

São p r o d u t o s bastante elaborados, como e s q u a d r i n s ,


l a j e s pré-fabricadas, elementos estruturais, e s t a c a s , npar~lhos
sanitários, e t c . , q u e f a z e m p a r t e do p r o d u t o final. cuniprindo
funções e s p e c i f i c a s .

-ater ri ais de Construção

São produtos i n d u s t r i a i s pouco e l a b o r a d o s quc con~pnern


as partes da e d i f i c a ç ã a , por e x e m p l o , t i j o l o s , cimento, v i d r o s ,
agregados, fios, tubos, etc.

Combinação de recursos humanos e materiais arit3nados


juntos com a finalidade de atingir objetivos definidos. Quando
4 9
tais objetivos foram atingidos, ele e s t a r á conc l u i d o (MIIKGEl, 1.

Trata-se d e um empreendimento de construção, csspn-

c i a l m e n t e residencial, onde é p r o d u z i d a u m a q u a n t i d a d e s i g n i -
! i c a t i v a de u n i d a d e s (casas e/ou apartamentos), com g r n n d r r ? -
p e t i t i v i d a d e dos processos usados e m cada u m a e com proximida-
de f i s i c a e continuidade temporal de o b r a s q u e c a r a c t e r i z ~ ma
v n i c i d a d e do empreendimento ( I P T J S P ) ' ~ .

xxi
P l a n e j a m e n t o d e um E m p r e e n d i m e n t o

C o n s i s t e n a o r g a n i z a s ã o g e r a l do e m p r e e n d i m e n t o , a
q u a l s e a p o i a num mecanisma de reavaliação permanente d a s con-
d i ç õ e s d e p r o g r e s s o d o projeto, c o m a f i n a l i d a d e d e s e r c m a l -
c n n q a d o s o s o b j e t i v o s d a empresa que são: obter a renta5ilida-
d e prevista para o empreendimento, e x e c u t a r o s t r a b a l h o s d e n -
t r o d o s n i v e i s d e s e j a d o s de a l o c a ç ã a d e mão-de-obra e de equi-
pamentos, e r e s p e i t a r os prazos c o n t r a t u a i s .

Proeramacão de um Em~reendimento

Consiste na previsão das atividades e d e suas i n ~ c r -


r e l a ç õ e s d e antecedsncia e seqUGncia, além d e suas respectivas
duraçpes e d a t a s d e execução.

A p r o g r a m a ç ã o é um i n s t r u m e n t o d e p l a n e j n r n e n t n , pois
6 q u e m d i z q u a n d o a s c o i s a s devem a c o n t e c e r .

Programa

E a relação das atividades, suas interdependEncias


e prazos d e execução, t e n d o por f i n a l i d a d e u m d e t e r m i n a d o obje-
tivo.

R a z ã o d e Construção, d e P r o d u ç ã o o u R i t m o de T r a b a l h o
-

Corresponde a v e l o c i d a d e com q u e a s o ' c i v i d n d c s oti


tareias são deçenvolvidas, Normalmente 6 expressa em t c r n ~ o s
d e homens-hora d e t r n b a I h o por u n i d a d e d e c o n s t r u y ã o ( ~ ! t s / c n s a ,
HBs/pavimento t i p o , e t c . ) .

R a z ã o d e E n t r e g a ou R i t m o d e E n t r e g a

C o r r e s p o n d e a v e l o c i d a d e c o m q u e a s u n i d a d e s c o n c l u-
i
das (casaç prontas, p o r exemplo) são e n t r e g u e s . Representa a
c a d s n c i a d e e n t r e g a d a s c a s a s , ou a p a r t a m e n t o s , o u p a v i m e n t o s
em r e l a ç ã o ao t e m p o . E expressa por uma r e l a ç ã o do núm*ro d e
u n i d a d e s e n t r e g u e s p o r u n i d a d e de tempo ( 1 0 c a s a s l s e m a n a ! ou
p e l o t e m p o d e c o r r i d o p a r a e n t r e g a r uma u n i d a d e (0,l ç e m a n a / c a -
sal.

~ i t m 'o ~ a t u r a l d e T r a b a l h o

E d e f i n i d o p e l o volume d e serviços realizados por uma


e q u i p e p a d r ã o na u n i d a d e d e t e m p o . E s t e r i t m o r e p r e s e n t a a in-
v e r s o da produtividade d a e q u i p e .

C o n i u n t o d e e q u i p e s d e s i g n a d a s p a r a e x e c u ç ã o d c uma
determinada a t i v i d a d e nas unidades d o projeto.

Equipe

Conjunto de profissionais, o f i c i a i s e serventes r p u -


nidos para execução de uma determinada a t i v i d a d e n a s u n i d a d e s
do projeto.

xxiii
--J u s t i f i c a t i v a s d a ~ e a l i z a ~ ãdoo T r a b a l h o

A i d é i a d a r e a l i z a ç ã o d e s t e t r a b a l h o , especificamen-
t e l i g a d a à c o n s t r u ç ã o h a b i t a c i o n a l , s u r g i u da c o n s c i e n t i ~ a ~ j o
dos graves p r o b l e m a s s o c i a i s , relacionados n h a b i t a ç ã o , que o
p a r s e n f r e n t a e do i m p o r t a n t e p a p e l que r e p r e s e n t a o s e t o r d e
e d i f i c a ç õ e s na t e n t a t i v a d e s o l u c i o n á - l o s .

Vive-se um p r o c e s s o d e s o r d e n a d o d e u r b a n i z a ç ã o a c r e s -
c i d a e a l i a d o a um d e f i c i t h a b i t a c i o n a 1 c r e s c e n t e . E s t u d o s r z .-a
2 9
lizados pela Metroplan {Fundação Metropolitana d e P l a i i c j ~rrien-
to), p u b l i c a d o s n o f i n a l de 1 9 8 4 , r e v e l a r a m q u e s e r á p r - c . v i s : a a
n e c e s s i d a d e de 1 3 5 . 8 1 7 n o v a s m o r a d i a s p a r a a s c l a s s e s m a i s h a i -
x a s d a p o p u l a ç ã o a t é o ano d e 1 9 8 7 , a p e n a s na R e g i ã o M e t r o p o l i -
t a n a d e P o r t o A l e g r e , a f i m d e eliminar a c a r ê n c i a h a b i t a c i o -
n a l e x i s t e n t e e f a z e r f r e n t e a demanda que s e d e v e r á c r i a r .

~ s t e ' d é f i c i td e m o r a d i a s é e n f r e n t a d o a t r a v é s d o s e -
tor habitacional d a c o n s t r u ç ã o civil. Para t a n t o , a construt;ão
preparou-se como s e t o r p r o d u t i v o , e x p a n d i n d o o s s e u s ernprec3n-
dimentos e m uma m a i o r e s c a l a , n a t e n t a t i v a d e r e d u z i r o s p r c -
ÇOS f i n a i s dos imóveis à p o p u l a ç ã o d e m a n d a n t e .

E s t e a u m e n t o d e e s c a l a s i g n i f i c o u um m a i o r n ú m e r o dn
imizid;ides cons truídas p o r e m p r e e n d i m e n t o , s u r g i n d o os c h a m n d o s
Conjuntos Habitacionaia.

O p r o c e s s o d e p r a d u ~ ã od e s s e s c o n j u n t o s habitat:ici--
nais, s u r g i d o s d a n o v a o r i e n t a ç ã o no t r a t a m e n t o d a q u e s t ã o tia-
bj. t a c i o n n l , começou a a p r e s e n t a r problemas q u a n t o a s u a gcs-
o E s t e s p r o b l e m a s , q u e vão d e s d e uma o r g a n i z a ç ã o d e f i c i e n -
t e d a p r o d u s ã o até a f a t o r e s e x t e r n o s d e s £ a v o r á v e i s a o p r o c e s -
,o, i m p l i c a m e m b a i x a p r o d u t i v i d a d e nos c a n t e i r o s d c o b r a , f a-
z e n d o com que o o b j e t i v o d e d i m i n u i ç ã o d e c u s t o d o s e m p r e e n d i -
mentes, a t r a v é s d e u m a m a i o r e s c a l a d e p r o d u ç ã o ,
-
nao s e j a al-
cançado e m s u a t o t a l i d a d e .

As e n v o l v i d a s n a p r o c e s s o p r o d u t i v a dos con-
j u n t o s h a b i t a ç i o n a i s vão muito alem d a t e n t a t i v a de reduGão de
c u s t o s por moradia com eventual repasse da economia ao a d q u i -
rente: A cans trução de um maior volume de moradias n o s empre-
eadimcn t a s traz c o n s i g o maior complexidade n a execução do tra-
-
b a f h s , e x i g i n d o das empresas uma p a i o r o r j a n i z a g a o t a n t o ao
a i v e l da administração g e r a l d a empresa, quanto ao n f v e l ope-
r a c i o n a l , no t o c a n t e B gerência dos c a n t e i r o s d e obra,

A n e c e s s i d a d e de uma organizaçso mais e f i c i e n t e no


c a n z e i r o d e o b r a s , preocupada com a manutenção dos p r a z o s e
com o aproveitamento m a i s e f i c i e n t e dos r e c u r s o s , f i c a c l a r a
quando o empreendedor depara-se com um volume de t r a b a l h o t ã o
grande q u a n t o o que encerram o s c o n j u n t a s h a b i t a e i e n a l s , com
u m perzoda de construção e um p l a n o de r e c u r s o s p r é - f i x a d a s
p a r a b desenvolvimento d a o b r a ,

O tema en£ocado n e s t a p e s q u i s a , a ~ e c a i ç ad e Progra-


r~asãoe C o n t r o l e d a h i n h a de Içralanso, é a p r e s e n t a d a corno u m a
a l t e r n a t i v a a mais na administração d o p r o c e s s o p r o d u t i v o n o s
cen t e i r a s de obras d a s c o n j u n t o s h a b i t a c i a n a i s .
0s v s r i o s u s o s da L,B, f a z e m d e l a uma ferramenta p r á -
t i c a para p á a n e j a m e n t o , p r ~ g r a m a G e~ ac o n t r o l e d a c o n s t r u ç ã o
de u n i d a d e s repetitivas. Ela p o s s u i uma forma d e a p r e s e n t a ç ã o
das r e s u l t a d o s d a que l h e empresta c l a r e z a e faci-
l i d a d e de e n t e n d i m e n t o , t r a n ~ mti i n d a com s i m p l i c i d a d e infor-
m a § & ~ a r e s p e i t a da c r o n o l o g i a e p o s i c i o n a m e n t o do t r a b a l h o
em obra. Como instrumento de s u p e r v i s i o da c o i a s t r u s ã o , f a c i -
l i t a a a n á l i s ~e ç o m p a r a ~ ã o dos e s t á g i o s r e a i s de execufao dos
t r a b a l h a s com Q que f o i programado. Tem grande uso na a v a l i a -
ç ã o de mudanças no planejamento e pragramação d a execuçáo d e ç -
t e s t rabalhoa .
Esta disser tação f o i e l a b o r a d a com a i n r e n g ã a d e
a p r e s e n t a r um metoda d e ação administrativa p a t a os empreendi-
m e n t o s que s u p r a a c a r e n c i a de uma m e l h o r o r g a n i z a ç ã o e gerên-
c i a dos t r a b a l h a s de c o n s t r u ~ i i a , g a r a n t i n d o , a s s i m , uma d i m i -
n u i s ; ~ nos cuatos d a construf$o e um canseq!Jenre aumento n a
p o s s i b i l i d a d e de a q u i s i ç ã o d a c a s a p r ó p r i a .

O b i e t i v o s do E s t u d o

E s t e e s t u d o situa-se como u m t r a b a l h o d e d i c a d o 2
abordagem dos p r o b l e m a s de o r g a n i z a ç ã o e e f i c á c i a d a adminis-
t r a ç ã o d a p r o d u ç ã o nos c a n t e i r o s d e o b r a s de c o n j u n t o s h a h i -
tacionnis.

Assim, seu objetivo principal 4 a apresen-


t a ç ã o d a ~ é c n i c ad a L i n h a d e B a l a n ç o , t e n t a n d o e n f o c á - i a den-
t r o de um c o n t e x t o g e r a l que r e p r e s e n t a o d i a - a - d i a da c o n s -
t r u ç ã o c i v i l no Brasil.

O s o b j e t i v o s g e r a i s q u e o r i e n t a r a m o d e s e n c a d ~ a m c Lo
r~
d o e s t u d o e s t ã o listados a s e g u i r .

o parâmetros q u e r e p r e s e n t e m o s : l u-
i) ~ e t e r m i n a ~ ãde
x o s p r o d u t i v o s d a s d i v e r s a s a t i v i d a d e s que a e x e c . u ç ã o d e s t e s
empreendirnen t o s e n c e r r a , a t r a v e s d o acompanhameri. t o e l o i r afiz--
-
l.ise d e dados d e s t a s o b r a s . E s t e s p a r â m e t r o s reproduzem os
p r o c e d i m e n t o s u s u a i s d e g e r ê n c i a d e s t e s g r a n d e s c a n t e i r a s de
o b r a s e d e f i n e m os principias o r i e n t a d o r e s d o s t r a b a l h o s , o u
seja, a m e t o d o l o g i a g e r a l que r e g e o p r o c e s s o produtivo. A
c o n f r o n t a ç ã o d e s t e s d a d o s c o m o s p r i n c í p i o s d a ~ é c n i c ad a L i -
nha d e Balanço t r a r á p o s s i b i l i d a d e s de v e r i f i c a ç ã o das cciridi-
,.
7.oes de a c e i t a ç ã o e ê x i t o d e s t a t é c n i c a no meia e m p r e s a r i a l .

i i ) ~ l a b o r a ~ ãd o
e uma p u b l i c a ç ã o :
- que l e v e ao meio c i e n t í f i c o e t é c n i c o , o co-
nhecimento d e s t a t é c n i c a de programafão e c o n t r o l e de o b r a s ;
- q u e a u x i l i e aos p r o m o t o r e s p z b l i c o s ( C O H A B s e
COOPERATIVAS} e p r i v a d o s na programação e s u p e r v i s ã o d o s eni-
preendirnentos ;
- que sirva de i n s t r u m e n t o d i d á t i c o p a r a o e n s i -
no de técnicas de planejamento, programaqao
- e controle nas
E s c o l a s de E n g e n h a r i a ,
M e t o d o l o g i a e Segrnentação d o T r a b a l h o

O desenvolvimento desta pesquisa deu-se em v á r i a s


e t a p a s , d e s d e a r e v i s ã o d a b i b l i o g r a f i a r e u n i d a no t e m a e em
assuntos a f i n s , a t 6 a confrontação dos p r i n c i p i o s e ç t a b e l e c i -
d o s p e l a t é c n i c a da L.B. com a s i s t e m ã t i c a u s u a l de conduzir
as o b r a s , conhecidas da anslise e observação d e a l g u n s canteiros.

0s capltulos I e I1 tentam caracterizar o s e t a r d a


construção no Brasil e e s b o ç a r ligeiramente o l i p o de compor-
tamento d o s empresários na adrninisrração d a s o b r a s , priccipal-
m e n t e a forma c o m que são feitos o planejamento e a prograxa-
ç ã o das obras. O capltulo I trata especificamente da impor-
t a n c i a s o c i a l e e c o n b m i c a d a construção, d o s a s p e c t o s a d m i n i s -
t r a t i v o s d a s o b r a s e f a z uma l i g e i r a a p r e s e n t a s ã o do tipo de
e m p r e e n d i m e n t o a que s e p r e n d e u a p e s q u i s a . O c a p i r u l o LI f a z
uma an6lise dos a s p e c t o s d a programação rotineira das obras,
d e s t a c a 3 irnportdncia d e possuir-se um sistema d e p r o g r a ~ n ç 3 o
e controle, e f e t i v o e a p r e s e n t a em l i n h a s g e r a i s a l g u m a s das

t 6 c n i c a s d e programação e controle e x i s t e n t e s .

O c a p i t u l o SI1 trata do conhecimento teórico d a t é c -


nica, Nele são apresentados os p r i n c i p i o s e outras informe-
ções sobre a mesma. E s t e embasarnento t e 6 r i c o e a f a m i l i a r i , z a -
qZo com a s a p l i c a ç õ e s da t é c n i c a em p a i s e s estrangeiros se

deu atravgs da p e s q u i s a bibliográfica realizada.

O capitulo IV 4 um c a p i t u l o d e a n á l i s e d o s i s t e m a
gerencial d a s obras estudadas. São obras que s e desenvolveram
tta r e g i ã o m e t r o p o l i t a n a d e P o r t o A l e g r e e q u e merecem a:r~<ão
nest.a p e s q u i s a d e v i d o a sua identificação com as obras para
ss q u a i s e t P c n i c a 4 proposta. São a p r e s e n t a d o s o s d a d o s r r a i s
d e e x e c i i ç ã o do projeto submetido a estudo no capitulo IZI,
sendo eçres confrontados com os p r i n c i p i o s d a L . B . e c o m os
resultados de e x e r c f c i o s d e programasão realizados. Nc<tr7 cn-
p i t u l o são t e c i d a s comparagões e observadas a s semelhanqas a o s
princfpios estabelecidos pela L.B.
e s t a b e l e c i d o s pela L . B . p a r a que no c a p í t u l o f i n a l s e j a m a p r e -
s e n t a d a s as c o n c l u s õ e s .
1. A ;ONSTRUÇÃQ HABITACIONAL E SUA ADMINISTRAÇÃO

-
1.1. O Aspecto sócio-~conôrnicoda 1ndÜstriz da Construçao

~ l é md e s e u p a p e l s o c i a l d e a m e n i z a d o r a d o d é f i c i t
habitacional, a c o n s t r u ç ã o com f i n s r e s i d e n c i a i s também exerce
o i m p o r t a n t e p a p e l d e um i n s t r u m e n t o r e g u l a d o r d a e c o n o m i a n a -
c i o n a l , e m f u n ç ã o de s u a g r a n d e r e l e v â n c i a como a t i v i d a d e e c o -
nõmi ca,

A e v o l u ç ã o e c o n ô m i c a do B r a s i l m o s t r a q u e o c o r r e u u m
p r o c e s s o d e d e s e n v o l v i m e n t o c i c l i c o das i n d ú s t r i a s e , d e s d e a
d é c a d a d e 70 até hoje, o setor da c o n s t r u ç ã o como um t o d o , r c -
v e l o u - sua s i g n i f i c a t i v a p a r t i c i p a ç ã o :

- n a r e n d a i n t e r n a , em t o r n o d e 4 % ;
- na formação b r u t a d e c a p i t a l f i x o , e m t o r n o de 5 0 % ;
- n a r e p r e s e n tat i v i d a d e d a p o p u l a ç ã o e m p r e g a d a , e m
t o r n o d e 30% d e s t a (FEE184) 2 e .

A i n d ú s t r i a da c o n s t r u ç ~ o c o m e ç o u a a d q u i r i r i m p o r -
tância no p r o c e s s o d e d e s e n v o l v i m e n t o b r a s i l e i r o d e s d e o go-
verno Kubitschek. Neste p e r í o d o , c r e s c e u a taxas semelharitcs
a o d o c r e s c i m e n t o m é d i o d a e c o n o m i a como u m t o d o , c o n s o l i d a n -
do-se coma i n d ú s t r i a ( ~ ~ ~ 128.
8 4D e)s d e e n t ã o f i c o u m a r c a d n a
sua g r a n d e s e n s i b i l i d a d e z s a l t e r a ç õ e s d a p o l í t i c a e c o n ô m i c a ,
t e n d o s i d o u s a d a como um i n s t r u m e n t o e s s e n c i a l 3 r e t o m a d a d o
crescimento econÔmico.

P a r a MASCAR^ 49, o p a p e l d a c o n s t r u ç ã o no d e s e n v o l v i -
m e n t o e c o n ô m i c o é muito g r a n d e , e i s t o f i c a e v i d e n c i a d o na
sua a f i r m a ç ã o : "Ou h á c o n s t r u ç ã o , o u não h a v e r á c r e s c i m e n t o
econômico". S u a assertiva f i c a justificada quando a p r e s e n t a
d a d o s que confirmam o g r a n d e p o d e r m u l t i p l i c e d o r d o s e t o r d q
c o n s t r u ç ã o n a e c o n o m i a , m o s t r a n d o que, q u a n d o a e c o n o m i a d e
c o n j u n t o c r e s c e quatro v e z e s , o setor d a construção crescc
s e i s yezes,
O p o d e r m u l t i p l i c a d o r d a c o n s t r u ç ã o e s t á intimamente
r e l a c i o n a d o a s s u a s c a r a c t e r í s t i c a s f u n c i o n a i s como i n d n s t r i a
OU seja:

- p o u c a utilização de c a p i t a l n a p r o d u ç ã o , quando
comparada ã s outras indgstrias;

- p e q u e n a demanda de b e n s i m p o r t a d o s ;

- i n t e n s a a b s o r ç ã o de mão-de-obra com p o u c a o u a e -
nhuma e ç p e c i a l i z a ç ã o ;

- grande v a r i e d a d e d o s insurnos u t i l i z a d o s , provenien-


tes de d i v e r s a s o r i g e n s , o que aquece o u t r o s s e t o r e s da c c o n o -
mia;

- g r a n d e dispersão g e o g r á f i c a d a p r o d u ç ã o .

Sob o p o n t o d e vista de sua dimensão s o c i a l , o s e r o r


d e e d i f i c a ç Õ e s s e f a z importante, p o i s além d a habitação ser
u m d o s b e n s d e maior n e c e s s i d a d e , h á , t a m b é m , o seu carater
de grande g e r a d o r d e empregos. A l é m d o s empregos g e r a d o s d i -
r e t a m e n t e p e l o setor deve-se t e r e m c o n t a a q u e l e s g e r a d o s in-
diretamente, em atividades v i n c u l a d a s 2 p r o d u ç ã o h a b i t a c i o n a l
como: i n d ú s t r i a s de m a t e r i a i s d e c o n s t r u ç ã o e d o m o b i l i ã r i o ,
c o r n e r c i a l i ~ a ~ ãde
o im8veis e financiamentos. Pode-se dizer
que a cada o p e r á r i o empregado d i r e t a m e n t e n a c o n s t r u ç ã o são
empregados o u existem t r a b a l h a n d o em s e t o r e s conexos a cons-
t r u ç ã o outros d o i s MASCAR^^ ' 1 .
E s t e aspecto social d a c o n s t r u ç ã o h a b i t a c i o n a 1 e d a
c o n s t r u ç ã o e m g e r a l f i c a r e a f i r m a d o quando e s t a é v i s t a como
u m a a t i v i d a d e e c o n ô m i c a predominantemente u r b a n a , q u e s e r v e d
amsrtecedora das tensões s o c i a i s nas c i d a d e s , pois absorve
considerável p a r c e l a de mão-de-obra não q u a l i f i c a d a e c o n s t i -
t u i - s e no p r i m e i r o emprego d e g r a n d e p a r t e d o s t r a b a l h a d o r e s ,
p r i n c i p a l m e n t e dos m i g r a n t e s i n t e r n o s (FEE , 1 9 8 2 2 6 ) -
1.2. G e n e r a l i d a d e s s o b r e a Construção H a b i t a c i o n a l

Este t r a b a l h o t r a t a r á especificamente d a c o n s t r u g o
e
, conjuntos h a b i tacionais. A q u i , um c o n j u n t o h a b i t a c i a n a l
s e r á ' c o n s i d e r a d o t a n t o um c o n j u n t o de u n i d a d e s e m b r i õ e s , p a r a
as c a m a d a s s o c i a i s d e m e n o r p o d e r a q u i s i t i v o , como o s d a n o a i -
n a d o s c o n d o m í n i o s d e luxo: V i l l a g e s , v i l a s , j a r d i n s e parques
residenciais , e tc., p a r a a s camadas mais a b a s t a d a s d a s o k i e d a -
de. I s t o é, c o n j u n t o s de c a s a s , a p a r t a m e n t o s o u m i s t o s que
d e t e r m i n e m u m a c a r a c t e r í s t i c a d e r e p e t i ç ã o e um c a r á t e r predo-
minantemente r e s i d e n c i a l , embora p o s s a m i n c l u i r á r e a s de l a a e r
r de p r e s t a ç ã o d e s e r v i ç o s comunitários.

A citação abaixo, t i r a d a do t r a b a l h o s o b r e c o n j u n t o s
habitacionaiç r e a l i z a d o p e l o IPT-SP 1 7 5 , vem
4 2
rerffirmar o papel
i m p o r t a n t e desempenhado p e l o s c o n j u n t o s habitacionais n a s o l u -
ç ã o d-as d e f i c i ê n c i a s no s e t o r d e m o r a d i a s no B r a s i l : "Os con-
j u n t o s h a b i t a c i o n a i s têm s i d a a p o n t a d o s c o m o a t e n t a t i v a m a i s
r a c i o n a l de resolver o problema do d é f i c i t h a b i t a c i o n a l . Ng
e n t a n t o , a p e s a r d e r e p r e s e n t a r uma s o l u ç ã o p a r a a q u e s t ã o d a
m o r a d i a , e s t e s c o n j u n t o s h a b i t a c i o n a i s t ê m s e t o r n a d o mais um
problema a s e r acrescentado 5 c r i s e h a b i t a c i o n a l , pois inferem
como a
-
organizaçao do e s p a ç o u r b a n o , a q u a l i d a d e c
d u r a b i l i d a d e das m o r a d i a s , a capacidade f i n a n c e i r a dos adqui-
rentes e outras".

Estes problemas, a c i m a r e f e r i d o s , p o d e m s e r arncni z a -


d o s a t r a v é s d e um p l a n e j a m e n t o c o n s c i e n t e d e s t a s o b r a s , dcsde
sua
-
concepçao, na f a s e de p r o j e t o e e s c o l h a d o l o c a l p a r a im-
plantação, até as e t a p a s f i n a i s d e s u a e x e c u ç ã o .

c a r a c t e r i z a ç ã o das E n t i d a d e s e n v o l v i d a s n a Execusão
destes Em~reendimen
tos

P a r a a d e f l a g r a ç ã o da c o n s t r u ç ã o d e u m c o n j u n t o h a -
h itacional propriamente d i t o , c o n d o r n ~ n i o sou q u a l q u e r o u r r o
e m p r e e n d i m e n t o d o g ê n e r o , faz-se n e c e s s á r i o o e n v o l v i m e n t o d e
a l g u n s a g e n t e s como: o promotor, o financiador- o coostrutar
? o beneficiário f i n a l ou adquirente.
Ao promotor cabe o r g a n i z a r , implantar, promover e
a c o m p a n h a r o d e s e n v o l v i m e n t o d o programa d e c o n s t r u ç ã o . Quan-
do a promoção Dartir d a i n i c i a t i v a p r i v a d a , tem-se os Conjun-
t o s Habitacionais d e Promoção Privada (CHPP), que a t e n d e m , e m
geral, segmentos populacionais da classe média. A promoção d e
empreendimentos para o s s e g m e n t o s mais pobres da p o p u l a ç ã o é
f e i t a , exclusivamente, p o r 6 r g ã o s p ú b l i c o s : são os Conjuntos
H a b i t a c i o n a i s d e I n t e r e s s e S o c i a l ICHIS). (ENK~').

Estes conjuntos h a b i t a c i o n a i s são f i n a n c i a d o s pelo


Sistema Financeiro da Habitação, através d e s e u s a g e n t e s finan-
ceiros; as Companhias de Habitação, as Cooperativas d e Habita-
ção, as A s s o c i a ç õ e s d e P o u p a n ç a e E m p r g s t i m o IAPES), as Socie-
d a d e s d e C r G d i t o I m o b i l i á r i o (SCIsl, a s C a i x a s E c o n & m i c a ç , Ban-
cos Comerciais e outros ( B N H - L i n h a s d e Financiamento)'.

Muitas v e z e s , e s s e s agentes financeiros são t a m b é m ,


o s a g e n t e s promotores d o s empreendimentos, recebendo c r e d i t o s
para produção e comercialização d a s unidades habitacionais.

E s t e s conjuntos habitacionais s ã o f r u t o s d o s vários


p r o g r a m a s d e h a b i t a ç ã o q u e £ezem p a r t e d a p o l i t i c a h a b i t a c i o -
n a 1 d o a n t i g o B.N.H. E s t e s programas e s t ã o v o l t a d o s para as
d i v e r s a s camadas s o c i a i s demandantes por habitação e são orga-
n i z a d o s e m C a r t e i r a s de Operação e s p e c i f i c a s , as denominados
unidades de execução d a política da h a b i t a ç ã o .

A preocupação d e s t e trabalho 6 especificamente a nli-


m i z a ç ã o d o p r o c e s s o p r o d u t i v o e por i s s o a ênfase será dada
nas relações de produção das unidades habitacionais, i s t o 6 ,
nos a s p e c t o s relativos A organização e B administração da p r o -
dusão junto à empresa construtora responsável p e l a e x e c u q ã o d o
empreendimento.
*
7 . 3 . ~ m p o r t â n c i ad a Administraçao no S e t o r d a ~ d i f i c a ~ ã o

são v á r i a s a s d i f e r e n ç a s e s t r u t u r a i s e de f u n c i o n a -
mento d a c o n s t r u ç ã o c i v i l p a r a as o u t r a s i n d c s t r i a s , Sua

p r o d u ç ã o atomizada e d i v e r s i f i c a d a , a h e t e r o g e n e i d a d e d o s s e u s
insumos, o t i p o de u t i l i z a ç ã o d a m ã o - d e - o b r a e a d i s p e r s ã o geo-
g r á f i c a d a p r o d u ç ã o i m p e d e m que s u a p r o d u ç ã o a l c a n c e n i v e i s
t e c n o l ó g i c o s m a i s e l e v a d o s , como o c o r r e n a s o u t r a s i n d t i s t r i a s
(FEE , 19 82)

Por outro lado, a atuação d a c o n s t r u ç ã o , especialnen-


te a habitacional, s e d á num c o n t e x t o o n d e o s r i s c o s e a com-
p e t i t i v i d a d e s ã o e l e v a d o s , a c o m e r ~ i a l i z a ~ ãdoa p r o d u q ã o e s t a
relacionada $ d e m a n d a local e a l u c r a t i v i d a d e das e m p r e s a s
comparada às outras indüstrias é baixa (PEE, 1 9 8 2 ~e ~ MASCA-
~6"').
Face a e s t e c o n t e x t o r e s t r i t i v o e pouco e s t i m u l a d o r
onde a t u a o setor d a construção & que ele s e c a r a c t e r i z a p o r
s e r , t a l v e z , o s e t o r mais c o n s e r v a d o r d a i n d i i s t r i a , q u e r e a g e
2i i m p l a n t e ç ã o d e q u a i s q u e r novas t é c n i c a s , p r i n c i p a l m e n t e na
z r e a de o r g a n i z a ç ã o d o t r a b a l h o , e s p e c i f i c a m e n t e n o que d i z
r e s p e i t o ao p l a n e j a m e n t o e g e r e n c i a m e n t o d a c o n s t r u ç ã o . Os

e m p r e s á r i o s da c o n s t r u ç ã o p r e f e r e m a a d o ç ã o d e i n s t r u m e n t o s
c o n v e n c i o n a i s de p l a n e j a m e n t o e p r o g r a m a ç ã o d e o b r a s , a te
ent'ão usados, m e s m o que e s t e s não r e v e r t a m e m r e s p o s t a s p o ç l -
tivas.

Para s u s c i t a r maior i n t e r e s s e n a q u e s t ã o do p l a n e -
j a m e n t o e a d m i n i s t r a ç ã o d i r e t a das o b r a s é i m p o r t a n t e que se
s a l i e n t e o p a p e l d e a d m i n i s t r a d o r que o e n g e n h e i r o d e s e m p e n h a
n a c o n d u ç ã o d e s u a s o b r a s e a necessidade de i m p l e r n e n t a ç ã o de
t é c n i c a s de planejamento para o ê x i t o d a s m e s m a s , n o que ss
r e f e r e ã o t i m i z a ç ã o de c u s t o s e p r a z o s . E s t á c l a r o que o pla-

n e j a m e n t o adequado do t r a b a l h o , duranFe a f a s e d e p r o j e t o , e
c o n t r o l e e f e t i v o n a f a s e de execução, são par*ametros de i m p o r -
t â n c i a p a r a o t ê r m i n o d o s t r a b a l h o s n a f o r m a mais e c o n ô m i c a e
c o m a m a i o r r a p i d e z (ARDITI').
P a r a a e m p r e s a de construção, as e s t r a t é g i a s d e a ç ã o
devem o c o r r e r buscando-se a cornpatibilização de recursos e po-

t e n c i a l i d a d e s d a empresa n a a d o ç ã o d o s rumos a s e g u i r , d e c t r o
de u m c o n t e x t o onde o s imperativos p r o d u t i v o s s ã o o a m b i e n t e
em q u é o p e r a m e s t a s e m p r e s a s e a t e c n o l o g i a q u e as mesmas d c -
v e m usar MACE DO^ 1 ).

Na realidade, a conduta diãria das obras a re-


vela como uma atividade de produção onde m6todos confu-
sos e e n i e r g e r i c i a i s s ã o u t i l i z a d a s e o n d e a s d e c i s õ e s s ã o re-
l e g a d a s a o p e r á r i o s p o u c o q u a l i f i c a d o s como contra-mes t r e s e
m e s t r e s , que p o s s u e m p o u c a visão g e r e n c i a l . A s s i m , a má u t i l i -
-
=lçao dos r e c u r s o s e da mão-de-obra refletem m u i t o m a i s
uma f a l h a g e r e n c i a l do q u e as d e s q u a l i f i c a ç Õ e s da m ã o - d e - o b r a .
A o r g a n i z a ç ã o , as instruções, o s m a t e r i a i s , o s e q u i p a m e n t o s e
f erraperitas destinados execução d a a t i v i d a d e p r o d u t i v a s a o
de i n t e i r a r e s p o n s a b i l i d a d e d a g e r ê n c i a de obras que tarnbêrn de-
v e r i a d e f i n i r o s métodos de t r a b a l h o a serem o b s e r v a d o s .

As d i f i c u l d a d e s a p r e s e n t a d a s p a r a a c o n d u ç ã o d e uma
a ç a o g e r e n c i a l e f i c a z , q u e l e v e ao a l c a n c e d o s o b j e t i v o s de
m a i o r p r o d u t i v i d a d e e r e n t a b i l i d a d e nos e m p r e e n d i m e n t o s , e s t ã o
fundamentadas n a s p e c u l i a r i d a d e s d o p r o c e s s o p r o d u t i v o d a c o n s -
t r u ç ã o c i v i l e d o c o n t e x t o e m que e s t e d e s e n v o l v e - s e . Os prin-
..
c i p a i s p r o b l e m a s e n f r e n t a d o s p e l o setor, s e g u n d o E N K 20, saa:

a) sistemas g e r e n c i a i s com e s t r u t u r a ç ã o f a l h a , p r o p i -
c i a n d o pouca flexibilidade e e f i c i ê n c i a d a ação g e r e n c i a l n a
produção;

b) falta de profissionais t r e i n a d o s e m p l a n e j a m e n t o
no setor d a construção;

c) i n é r c i a n a t u r a l d a s empresas 2 a d o ç ã o de i n o v a -
q ã e s ,-a s p e c t o c o n s e r v a d o r d o s e t o r ;

d) forma i n a d e q u a d a de p a g a m e n t o s d o s t r a b a l h o s q u e
i n i b e m m e l h o r i a s n a g e r ê n c i a e não p r e m i a m a p r o d u t i v i d a d e ;

e) f a l t a d e ~ a d r õ e sde p r o d u t i v i d a d e q u e s i r v a m de
o r i e n t a ç ã o , e m f u n ç ã o d a d i v e r s i f i c a ç ã o das envolventes d a
produção;
£1 d i f i c u l d a d e s de e s c o l h a e adoção de novas técni-
cas p o r f a l t a de e s t u d o s d e a n á l i s e e c o n õ m i c a e o p c r a c i o n a l
d a s m e s m a s e p o r f a l t a de treinamento d o s p r o f i s s i o n a i s ;

g) conflitos nos canteiros d e v i d o à s i m u l t a n e i d a d e


de p r o c e s s o s , e q u i p e s , equipamentos, e t c . Diluição d a s respon-
s a b i l i d a d e s pelos s e r v i ç o s e x e c u t a d o s , em f u n ç ã o dos d i v e r s o s
e r n p r e i t e i r o s a t u a n d o no c a n t e i r o de o b r a s ;

h) f l u x o de r e c u r s o s f i n a n c e i r o s i r r e g u l a r e i n c e r t o .

Os e f e i t o s d e uma o r g a n i z a ç ã o do t r a b a l h o m a i s e l a -
b o r a d a e m a i s p r e o c u p a d a com o s f a t o r e s r e l e v a n t e s d a p r o d u ç ã o
i n d u z i r á a uma o t i m i z a ç ã o de r e c u r s o s , que s e r e f l e t i r á e m u m a
m a i o r p r o d u t i v i d a d e do setor. Este a c r é s c i m o de p r o d u t i v i d a d e
ser; c o m p a r t i l h a d o p o r t o d o s os e n v o l v i d o s n o p r o c e s s o p r o d u - -
tivo. P a r a os e m p r e s á r i o s , r e p e r c u t i r á e m reduGão de c u s t o s e
maior. d o m í n i o d o p r o c e s s o p r o d u t i v o ; p a r a o s o p e r á r i o s crn r e -
dução d a s j o r n a d a s e m e l h o r e s c o n d i ç õ e s de t r a b a l h o ; p a r a o s
p r o p r i e t á r i o s ou adquirentes d o s imÕveis em menores p r e q o s d o s
produtos finais.

1.4. A ~ o n s t r u ç ã o d e Conjuntos H a b i t a c i o n a i s

h i d é i a p r i n c i p a l d e s t a p e s q u i s a é e s t u d a r as q u c s -
tÕes r e l a t i v a s a o p l a n e j a m e n t o e programação das o b r a s , que
possam t r a z e r efeitos s o c i a i s b e n é f i c o s , -
c o m o a r e d u ç ã o d e cus
tos, e q u e f a c i l i t e m e o r i e n t e m a a d m i n i s t r a ç ã o d e s t e s e m p r e e-
n
dimentos.

O g e r e n c i a m e n t o da c o n s t r u ç ã o d e c o n j u n t o s h a b i t a -
c i o n a i s no B r a s i l é d e s e n v o l v i d o d e modo s i m i l a r a o d e q u a l q u e r
o u t r o de menor p o r t e n o setor d e e d i f i c a ç õ e s r e s l d e n c i a i s . Os
c o n j u n t o s , p e l a s u a m a i o r d i m e n s ã o e maior c o m p l e x i d a d e t é c n i c a ,
e c o n õ m i c a e u r b a n a , v@em a g r a v a d o s o s p r o b l e m a s g e r e n c i a i s in e -
rentes 3 a t i v i d a d e construtiva (ENK 1984).

O m o n t a n t e d e r e c u r s o s q u e a c o n s t r u ç ã o de u m c o n j u n -
to h a b i t a c i o n a l e n v o l v e é muito grande: e s t e e outros fatores
f a z e m com q u e o r i s c o d e s t e s empreendimentos s e j a a l t o , p rin-
- .-.r -
c i p a l m e n t e n a q u e l e s d e i n i c i a t i v a s o c i a l , com promoçao d e o
g ã o s p ú b l i c o s , d e v i d o a forma d e p a g a m e n t o d a s f a t u r a s .

A i n i c i a t i v a a s e r tomada é a d e p r o m o v e r o a p r i m o r a -
m e n t o d a g e r ê n c i a da c o n s t r u ç ã o d e s t e s c o n j u n t o s , u t i l i z a n d o - s e
d a economia d e escala propiciada p e l o aumento do n f v e l p r o d u t i -
v o d e f o r m a que s e a t i n j a a o t i m i z a ç ã o n a u t i l i z a q ã o d o s r e c u r -
sos disponíveis. Desta atitude resultariam b e n e f í c i o s , tais
c orno :

- minimização d o s custos d e implantação dos conjuntos


n a b i t a c i o n a i s c o m u m a maior l u c r a t i v i d a d e à s e m p r e s a s ;

- minimizasão d o s c u s t o s d i r e t a s d e mão-de-obra em
função da racionalização dos projetos, r e p e t i ç ã o das ativida-
des e c o n s e q i i e n t e aumento de produtividade;

- m i n i m i z a ç ã o dos custos i n d i r e t o s d o s conjuntos ha-


bitacionais e e s c r i t d r i o c e n t r a l da empresa, p e l a reduçno d o
prazo; d a s obras;

- minimização dos custos d o quadro gerencial atravcs


d e uma estrutura empresarial m a i s adequada ao porte d o emprecn-
d i m e n t o e c o m m a i o r e s c o n d i ç õ e s d e atuação;

- minimização d o s d e s p e r d i c i o s e dos e f e i t o s d e es-


cassez d e materiais em o b r a a t r a v é s da sistematização da s u p r i
mento e utilização dos recursos;

- minimização da ocorr&ncia d e transtornos, e s p e r a s


e i n d e f i n i ç õ e s a t r a v é s da promoção d e um m e l h o r a m b i e n t e Je
t r a b a l h o , c o m u m c a n t e i r o m a i s o r g a n i z a d o e uma s e q u ê n c i a d e
atividades bem definida.

P a r a g a r a n t i r e s t e s beneficias a d v i n d o s de u m bom

sistema gerencial, uma s é r i e d e c u i d a d o s devem ser tomados,


t a n t o n o p l a n e j a m e n t o q u a n t o n a e x e c u ç ã o d a s a t i v i d a d e s , como
por exemplo:

- evitar a dispersão dos recursos, tais como mate-


r i z i s , e q u i p a m e n t o s e mão-de-obra, u m a v e z que e s t e s c a n t e i r o s
de obra são extensos;
- t e r s e m p r e em m e n t e o e f e i t o m u l t i p l i c a d o r d o s p r o -
blemas e imprevistos, em função do e l e v a d o volume de ativida-
d e s , o u s e j a , d a e s c a l a d e produção;

- e s t a b e l e c e x uma p r o g r a m a ~ ã o c r i t e r i o s a d a s a t i v i d a -
des e implantd-Ia a l i a d a a um sistema d e s u p e r v i s ã o e c o n t r o l e
capaz e a t u a n t e .
2. G E N E R A L I D A D E S SOBRE TÉCMICAS DE PROGRAMASAO

2.1. Aspectos da Programação Usual em O b r a s

A mais usual e simples t 4 c n i c a d e p r o g r a m a s ã o de


obrasb, o G r ã f i c o d e B a r r a s , f o i i n t r o d u z i d o p o r GANTT, no i n i -
cio deste século. Surgiram e n t ã o , a s t g c n i c a s d e redes, para
a indústria belica e quimica, n a dgcada d e 50. Estas tficnicas
f o r a m ~ r a z i d a sa o u s o d a c o n s t r u ç ã o n a d P c a d a d e 6 0 p r o p o r c i o -
n a n d o u m maior controle e maior coordenação em projetos complz
xos. K e s t a d é c a d a d e 6 0 , foi g r a n d e a p r o d u ç ã o d e t r a b a l h o s
e s c r i t o s s o b r e o tema de R e d e s d e AnBlise e a utilização d a
t é c n i ~ an a s e m p r e s a s a m e r i c a n a s e e u r o p é i a s d e c o n s t r u ç ã o . O
p r o c e s s o d e d i f u s ã o continuou a t é os p r i m e i r o s a n o s d a d e c a d a
de 70, quando atingiu o á p i c e e um patamar c o n s r a n t e , p a r a lo-
go d e p o i s , n o s anos finais d a mesma, i n i c i a r e m - s e a s c r i t i c a s
s e v e r a s e a d i m i n u i ç ã o d a p r o d u ç ã o c i e n t i f i c a na á r e a . Estas
c r i t i c a s fundamentavam-se, principalmente no f a t o d e qirc os
aspectos t e ó r i c o s da tecnica não estavam embasados n a i n d ú s -
t r i a d a construção e que e s t a h a v i a , apenas, sido sumariamente
adaptada 3s c o n d i ç õ e s particulares deste t i p o de a t i v i d a d e
(ARDITI, BIRREL I a).

Já a TGcnica da Linha de Balanço, embora tenlin sido


c r i a d a na d g c a d a d e 40, p a r a que a indústria b é l i c a a m e r i c a n a
tivesse suas atividades melhor programadas e controladas, a p e -
nas começou a t e r seus p r i n c i p i a s aplicados na construção nos
a n o s 60, q u a n d o , também, apareceram a s p r i m e i r a s publicaqõcs
a e s t e r e s p e i t o na I n g l a t e r r a e E E U U . Estas publicações rel3-
tando a utilização d a t g c n i c a p a r a a c o n s t r u ~ ã or e p e t i t i v a
s e g u i r a m a p a r e c e n d o n a d 4 c a d a d e 70. E, a i n d a n a d6cada de 70,

contitiuaram a ç p r o d u q õ e s c i e n t i £i c a s n o t e m a d a L . S . , propagando
o uso e alguns aperfeiçoamentos à t 6 c n i c a (ROESCH~~).
Al&m d e s t a s t é c n i c a s , m u i t a s o u t r a s s u r g i r a m , c o m o a
P r o g r a m a ç ã o Dinamita, a T g c n i c a d a Simulaqão, e t c . , modelos
m a t e m 8 t i c o s q u e t e n t a m reproduzir o t r a b a l h o d e c o n ç t r u q ã o e
p r e v e r o e f e i t o , no e m p r e e n d i m e n t o , d e o p ç õ e s a d m i n i s t r a t i v a s
na cronologia e custo d a construção.
Entretanto, mesmo havendo um número muito grande d e
Instrumentos d e planejamento e programação da construção, as
empresas continuam a usar, quase que exclusivamente o Gráfico
d e B a r r a s , que f o i u n i v e r s a l m e n t e c o n s a g r a d o p o r e s t a i n d ú s -
tria.

Quanto à t é c n i c a d a L . B . , acredita-se que esta s e j a


quase desconhecida no B r a s i l , em funçãa das pouquissimas
r e f e r ê n c i a s e x i s t e n t e s à mesma em l i v r o s e p u b l i c a ç õ e s e s p e -
c i a l i z a d a ~n a drea d e çonstrução, em c u r r i c u l o s de escolas d e
e n g e n h a r i a e d o d e s c o n h e c i m e n t o d e s u a u t i l i z a ç ã o no m e i o e m -
presarial.

2.2. Importancia da Programação e do Controle d e Obras

Este e s t u d o e a f o c a r d , e s p e c i f i c a m e n t e , a aspecto
o p e r a c i o n a l d a e x e c u q ã o d a s obras e a r e l e v l n e i a d e uma o r g a -
a i e a ç ã o e f i c i e n t e d o t r a b a l h a para u m bom e n c a d e a m e n t o d o pro-
c e s s o produtivo.

A b u s c a d e t o d a s as empresas n a sefor d e c o n s t r v q ã o ,
c a d a v e z mais, e principalmente nos d i a s a t u a i s em que o s e t o r
a t r a v e s s a uma d e s u a s crises m a i s a g u d a s , tem sido a d a o t i m i -
z a ç 8 a d a p r o c e s s o p r o d u t i v o da c o n s t r u y ã o m e d i a n t e u m m e l h o r
a p e r f e i ç o a m e n t o dos r e c u r s o s e uma r e d u ~ ã odo p e r i ~ d od e p r o d u
qap, N e s t e s e n t i d o , t e n t a t i v a s d e r e f o r m u l a $ 3 0 do p r o c e s s o d e
construãão t e m s i d o f e i t a s , a t r a v 4 s d a adoção d e novas t e r n o 1 - 0
g i a s de construção que v ã o d e s d e a racionaliza$ão do p r o c e s s o
c o m o u s o d a a l v e n a r i a de b l o c o s a t C ,a t 6 e n i e a s mais s o f f s t i -
c a d a s d e pr8-fabricaçpo. Deste moda, o s c a n t e i r o s d~ o b r a tem

a i d a transfotrnados em verdadeiros p g t i o s d e montagem d e cbrnpo-


n e n t e s e m u i t a 6 p a r t e s d a proceaao tem sido t r a n s f e r i d a s às
fãbritas. N o e n t a n t o , e s t a s a o l u ç õ e s buscadas n ã o t e m r e s o l -
% i d o a e o n t g n t a os problemas d e p r o d u t i v i d a d e e Z u c ~ a t i v i d a d e
almejados p e l o s empresários (ENK~O).

A s i t u a ç ã o e n f r e n t a d a p e l a s empresas e empresãrias d a
construção na adoção d e s t a s t6cnicas não convencionais d e edi-
ficação é a de:

- a l t o s investimentos de c a p i t a l em equipamentos
montagem e produção;

- uma mão-de-obra sem especialização e pouco treina-


da;
- problemas de projetos mal definidos* par i n ~ x p e F i1
@n
c i a dos próprios profissionais;

- atrasos e interrupções do processo produtivo por


f a l t a d e uma organização, e coordenação das atividades mais
efetivas;

- uma d i f i c i l c o r n e r c i a l i z a ç ã o d o s p r o d u t o s , funç5o
de se; desempenho d e f i c i e n t e , criticas à utilização d e s t a s t 4 c -
n i c a s mais modernas na construção e b a i x o p o d e r a q u i s i t i v o d a
população.

Entretanto, esta forma d e incrementar a p r o d u t i v i d a -


d e n ã o 4 c o r o a d a d e sucesso, p o i s o m e i o b u s c a d o p a r a a t i n g i -
la esbarrou nas mesmas lacunas d o processo tradicional d e cons

t ~ ~ ç ã oO U, s e j a , a f a l t a d e uma e f i c i e n t e organização e progra -


maGão d o t r a b a l h o . O uso destas novas técnicas construtivas
n ã o v e m a c o m p a n h a d a d e uma n o v a p r A t i c a o r g a n i z a c i o n a 1 e a
ação seguida é quase a mesma das p r d t i c a s a n t e r i o r e s , isto 6 ,
uma v e z t e r m i n a d o o p l a n e j a m e n r o g l o b a l d a s a r i v i d a d e s e sele-
cionados o s equipamentos d e maior p o r t e , f i c a a cargo d o s XUPS-

tres, contra-mestres e, 9 s vezes, a t 6 de simples o p e r á r i a s , a


definição d a rotina d e t r a b a l h o d i A r i a , a escolha d e ferramen-
t a s e e q u i p a m e n t o s m e n o r e s , a d e t e r m i n a ç ã o d o rarnanho d a s e q u-
i
p e s d e trabalho e , principalmente, a d e t e r m i n a ç ã o da m a n e i r o
d e e x e c u t a r a s d i f e r e n t e s t a r e f a s ( F O N D A B L ~ ~ ) .M e s m o e m a b r a s
r n n i o r e s , o n d e a t u a m e n g e n h e i r o s r e s i d e n t e s , n ã o h d uma p l a n i -
ficasão e programação mais c r i t e r i o s a , sendo a s ações e s o l u -
$fies adotadas emergencialmente motivadas p e l a circunst3ncia:;
prdprias dos trabalhos e p e l o surgimento d e p r o b l e m a s .
O objetivo das técnicas d e planejamento e programa-
ção é a de proporcionar que o s t r a b a l h o s em o b r a realizem-se
d e f o r m a m a i s organizada, evitando-se muitos problemas que po-
d - m s e r p r e v i s t o s ou pressupondo-se aqões c o r r e t i v a s aos d i s -
túrbios inevitáveis. Desta forma, o s s e r v i ç o s aconteceriam
em bases mais econarnicas e p o d e r - s e - i a determinar os f a t o r e s
organizacionais condicionantes d o processo produtivo.

M a s a p r o g r a m a s ã o e m sf m e s m a n ã o t r a r d b e n e f i c i o s
3 produção se n ã o e s t i v e r b a s e a d a em E a t o s r e a i s , d o d i a - a -
d i a em obra. Para que t a n t o o planejamento quanto a progra-
mação e s t e j a m fundamentados na r e a l i d a d e d a s obras, o p r o f i s -
s i o n a l ou e q u i p e r e s p o n s á v e l por sua c o n c e p ç ã o d e v e r d d o m i n a r
o processo p r o d u t i v o da construção. E s t e d o m i n i o sobrt. a p r o -
dução significa conhecer cientificamente as caracteristicas
d o t r a b a l h o na c o n s t r u ç ã o , o q u e torna-se p o s s i v e l p e l a a n á l i -
s e d e ~ i n f o r m a ç õ e s o b t i d a s a t r a v 4 s d e metodos d e controle das
a t i v i d a d e s d e s e n v o l v i d a s em obra.

R O S S O ~ ~c h a m a a t e n ç ã o e m s e u t r a b a l h o p a r a o espíri-

t o f a t a l i s t a r e i n a n t e n a s e m p r e s a s d e c o n s t r u ç ã o em r e l a ç ã o As
possibilidades d e u m a m e l h o r organização do t r a b a l h o através
d e t g c n i c a s de p l a n e j a m e n t o e p r o g r a m a ç ã o e a t r i b u i e s t a s r e a -
ções às e x p e r i ê n c i a s f r a c a s s a d a s no u s o d e a l g u n s i n s t r u m e n t o s
d e programação, que não representavam a realidade da p r u d u ç ã o
e m obra.

Q u a n d o a n a l i s a a p r o d u t i v i d a d e nos c a n t e i r o s , R O S S O ~ ~
destaca q u e 1 / 4 do t e m p o g a s t o e m o b r a é i m p r o d u t i v o , s e n d o
que 93% d e l e 6 causado p o r d e f i c i e n c i a s d e planejamento, pro-
gramação e coordenação d a s obras. Estas deficigncias d e p l a -
nejamento manifestam-se tanto ao n f v e l d a p r o g r a m a ç ã o d e s u a
e x e c u ç ã o , q u a n t o a o nfvel d e p r o j e t o .

A p r o d u t i v i d a d e em o b r a v e m a s e r o p a r â m e t r o que
m e d e o s u c e s s o d a e x e c u ç ã o d e u m e m p r e e n d i m e n t o , p o i s n ~ ~ dn t ~
e f i c i e n c i a de a p l i c a ç ã o d o s f a t o r e s d e p r o d u ç ã o a t r a v é s d a s u a
relaqão básica insumo/produto. É este incremento d e p r o d u t i v i -
dade, que 6 b u s c a d o p e l a s empresas de construção, q u e s e d e b a -
tem e m t e n t a t i v a s d e r a c i o n a l i z a ç ã o do p r o c e s s o d e c o n s t r u i ã o .
Este a c r é s c i m o 6 p e r d i d o f r e n t e aos problemas encontrados na
execução dos c a n t e i r o s de obra, quando f a t o r e s e x t e r n o s c in-
ternos quebram a continuidade do p r o c e s s o p r o d u t i v o , d e r n o n s t r a-
n
do que o planejamento, a coordenação e a programação e f i c i e n t e s
eliminam r e a l m e n t e o s tempos o c i o s o s e p o d e m a u m e n t a r a p r o d u -
t ividade.

R O S S O ~a o~ c o m e n t a r o e s t u d o d e i m p r o d u t i v i d a d e d e s e -
n
volvido por Peer e North, salientou que os tempos improdutivos
gerados por d e f i c i ê n c i a s na organização do t r a b a l h o são provo-
cados, p r i n c i p a l m e n t e , p e l a f a l t a d e coordenaqão e programaqão
d a f o r n e c i m e n t o , t r a n s p o r t e e e n t r e g a d o s r n a t e r ~ a i se c o m p o n e n -
tes e p e l o sequencionamento errôneo das atividades que provocam
erros d e execução e i n t e r f e r ê n c i a s no processo de construção.

A c o n t i n u i d a d e do p r o c e s s o d e c o n s t r u ç ã o 4 f r u t o , em
maior-parte, da as30 g e r e n c i a l e portanto de um planejamento e
progr+mação bem e l a b o r a d o s . S e g u n d o ROSSO", "se o planejarncn-
t o e a programação d a s obras são, v i a de regra, d e f i c i e n t e s ,
i s t o deve-se ao f a t o d e serem e n c a r a d o s m a i s c o m o uma a r t e d o
q u e c o m o urna c i ê n c i a , uma h a b i l i d a d e p e s s o a l o n d e p r e v a l e c e m
m a i s a c a p a c i d a d e d e i m p r o v i s a ç ã o d o que a o r g a n i z a ç ã o , m a i s a
p r ã t i c a d o c a n t e i r o d o que o c o n h e c i m e n t o t é c n i c o e c i e n t i f i c o
do processo d e produção".

A p e s a r d a e x i s t e n c i a d e uma p r o g r a m a ç ã o c r i t e r i o s a -
mente c o n c e b i d a , s ã o i n e v i t a v e i s os a t r a s o s , os imprevistos e
as tomadas d e d e c i s õ e s que contradizem, a l g u m a s vezes, o p l a -
nejamento e a programação o r i g i n a i s . P o r t a n t o , uma p r o g r a m a ç ã o
sem controle 6 i n e f i c a z e um controle sem atualização 6 ine-
fetivo.

A g r a n d e v a r i a b i l i d a d e com q u e c o n v i v e a constru-
ç ã o dificulta a previszo d e durações d e execução d a s a t i v i d a -
d e s em obra e o b r i g a a a d o ç ã o d e t é c n i c a s d e c o n t r o l e a t r a v é s
d a s q u a i s os d e s v i o s d a p r o g r a m a ç ã o p o s s a m s e r i d e n t i f i c a d o s
e que proporcionem a atualização d e s t e s programas.

A n a t u r e z a e m p i r i c a e a v a r i a b i l i d a d e que c a r a c t e r i -
zam a indústria, a alta rotatividade da mão-de-obra c o m qiie
esta t r a b a l h a , o a m b i e n t e e m q u e s e d e s e n v o l v e m as a t i v i d a d e s
- a o -ar l i v r e , sujeitas as i n f l u ? n c i a s d a s intempGries, pelo
menos nos e s t A g i o s i n i c i a i s d a obra - e a incerteza dos f i n a a -
c i a m e n t o s justificam a necessidade d e um sistema de cantrale
dos t r a b a l h o s e m o b r a que r e f l i t a o p r o g r e s s o r e a l a l c a n q a d o ,
os d e s v i o s e atrasos, bem como as c a u s a s d a s situações e n f r s n -
tadas:em obra.

Um s i s t e m a d e controle compreensfvel, que registre


o p r o g r e s s o a l c a n ç a d o e o d i s p ê n d i o d e mão-de-obra e d e ourras
recursos utilizados f o r n e c e r 8 informações valiosas - q u e f a c i -
litarão alterações ao nível do desempenho e estimularão as
a ç õ e s a p r o p r i a d a s a s e r e m t o m a d a s , p e r m i t i n d o , d e s t a f o r m a , que
os p r o b l e m a s d e produqão dos s i s t e m a s sejam e x p o s t o s .

É a t r a v é s d e s t e s i s t e m a e f e t i v o d e c o n t r o l e que s e
~ e r ãd a d o s m a i s f i d e d i g n o s p a r a r e a l i r n e n t a r a programaç~o,
p o i s e s t e s d a d o s r e p r e s e n t a m o próprio empreendimento d e que
se está tratando. Estas in£ormações o b t i d a s a t r a v & s d o contrg
Ze i r q o f o r n e c e r d a d o s para f u t u r a s p r o g r a m a ç õ e s e para os e s -
t u d o s s o b r e a a t i v i d a d e c o n s t r u t i v a q u e v i s e m i d e d t i f i c a r pa-
r â m e t r o ç d e p r o d u t i v i d a d e e f a t o r e s i n t e r f e r e n t e s no f l u x a p r o -
d u t i v o , c o m o f i m U l t i m o d e dominar o p r o c e s s o d e produçzo da
i n d ú s t r i a d a construção, transformando-as em conhecimentas
cientif icos.

7.3. Aspectos T e ó r i c o s d a s Principais Técnicas de Programasão


e Controle

As t é c n i c a s de programasão e c o n t r o l e consideradas
universalmente como a s m a i s comuns e a s m a i s amplamente u s a d a s
nd i n d ú s t r i a d a construção, serão apresentadas a s e g u i r . Es-
tas t é c n i c a s são o gráfico d e Gantt (diagrama de barras), o
gráfico d e barras interligadas, as redes d e análise e a l i n h a
d e balanço, quando tratar-se, e s p e c i f i c a m e n t e , d e o b r a s repe-
titivas.
G r á f i c o d e Gantt ou Diagrama d e B a r r a s

O g r á f i c o d e barras constitui-se no instrumento d e


p r o g r a m a ç ã o que o f e r e c e m a i o r c l a r e z a e f a c i l i d a d e d e c o m p r e -
ensão-. I? um instrumento Ú t i l , t a n t o para uso manual como com-
p u t a d o r i z a d o , e f o r n e c e v a l i o s o auxrlio no desenvolvimento d o s
trabalhos. Por s e r d e f A c i l leitura e entendimento o @fico
d e G a n t t p o d e s e r usado tanto no c a n t e i r o d e o b r a s como n o pró-
p r i o d e p a r t a m e n t o d e p l a n e j a m e n t o d a s e m p r e s a s (CONSLGLO, STBA-
DALI 15' 63.

Sua representação ?t a da FIGURA 2 . 1 , com as zeivida-


des l i s t a d a s n a e s c a l a v e r t i c a l , p r e f e r e n c i a l m e n t e na s u a o r -
dem d e o c o r r ê n c i a , relacionadas ao momento d e execução, que é
a p r e s e n t a d o n a horizontal. C a d a a t i v i d a d e é m o s t r a d a c o m o uma
b a r r a ou l i n h a , q u e s e prolonga d e s d e a d a t a d e i n i c i o 3 data

d e término da atividade. A l é m da d e s c r i ç ã o d a s a t i v i d a d e s ,
informações sobre e n t r e g a s de materiais, distribuição de e q u i -
p e s d e oper8rios e equipamentos e outros dados importantes po-
d e m s e r inseridos no g r á f i c o .

Como i n s t r u m e n t o d e controle, o d i a g r a m a d e b a r r a s
i n d i c a r ã , d u r a n t e a e x e c u ç ã o do p r o j e t o , a s a t i v i d a d e s a t r a s a -
d a s em r e l a ç ã o 2 p r o g r a m a ç ã o , e m b o r a n ã o d e t e r m i n e o efeito
destes a t r a s o s n a s o u t r a s a t i v i d a d e s e na c o m p l e m e n t a ç ã n d o
projeto.

OESCR~ÇÃO ons
ATIVIDADES A8RL MAIO JWHO ( JUWO ( A605TO I bk, I

'
i PROJETADO A
1-1 EXECUTADO
TEMPO
AGORA

FIGURA 2 . 1 - Grbfico de barras.


A FIGURA 2 . 1 apresenta o metodo d e utilização d o dia-
grama de barras p a r a efetivação do c o n t r o l e do processo da
construção. Observa-se que n e s t e gráfico existem duas l i n h a s
d e barras p a r a cada a t i v i d a d e , a linha superior representando
o programa d e s t a a t i v i d a d e no t e m p o e a i n f e r i o r o que r e a l -
mente f o i executado desta mesma a t i v i d a d e até a data de con-
trole.

O d i a g r a m a d e barras é o instrumento de programação


d e m a i o r u s o na I . C . É u s a d o , tarnb$m, como mecanismo de a p o i o
na p r o g r a m a ç ã o r e a l i z a d a a t r a v é s d e t é c n i c a s m a i s s o f i s t i c a d a s .
p r o p o r c i o n a n d o uma apresentaçzo mais simples clara destes
programas.

O Diaerama de Barras I n t e r l i ~ a d a s :

A FIGURA 2 . 2 mostra a representação d e um programa


atraves do gráfico d e Gantt com barras interligadas. Estas
ligações - barras verticais no diagrama - representam as in-
terdependências entre a s a t i v i d a d e s que e l a s v i n c u l a m , e s t a b e -
l e c e n d o a s p r e c e d g n c i a s e n t r e as m e s m a s . Isto 6 , a segunda
a t i v i d a d e $ 6 p o d e r á ser executada após o tPrmino da primeira e
ao s e u final, darã c o n d i ç õ e s d e que s e inicie a terceira.

FIGURA 2.2 - GrAfico de barras interligadas.


E s t a s l i g a ç õ ~ sq u e ilustram a s d e p e n d s n c i a s e x i s t e n -
t e s entre a s a t i v i d a d e e , a u x i l i a m no controle, pois permitem
que s e p a s s a fazer u m a a a d l i s e d e como O S a t r a s a s n a s p r i m e i -
r a s a t i v i d a d e s i n t e r t e r i r ã o d a s suas s u c e s s o r a s ,

2. Redes d e Planejamento

D e s d e o surgimento d a s t h c n k c a s d e a n ã l i s e s c o m r e d e s
e do i n i c i o d e s e u u s o na c o n s t r u ç ã o c i v i l , e l a s t e m e v o l u i d o
e se diversificado em um ntimero de t é c n i c a s q u e r e p r e s e n t a m i n -
t è r a ç õ e s b a s t a n t e c o m p l e x a s eam a f i n a l i d a d e de melhor r e p r e s e -
n
tar Q processo construtivo. S3o m u i t a s a s t é c n i c a s de r e d e s e
d i v e r ~ o so s s e u s usos. Na f , G , as t g c n i c a s da PEKT (Tgcnics
da Avaliacão e Controle d e Programas) e d o CPM ( M P t o d o d a C a m-
i
nha Crfticaj f o r a m u s a d a s , obtendo-se, n o e n t a n t o , resultados
p c u c o * s a t i s f a t ó r i o s (ARDITI'). As a n b l i s e s d e aplicaqãa destas
t e c n i i a s tem p r a v a d o a sua v a l i d a d e e s e u s g r a n d e s beneficias
na f a s e i n i c i a l d o planejamento d a c o n s t r u ç ã o , q u a n d o a l ó g i c a
d e execuçZo do empreendimento P e s t a b e l e c i d a , p r o p o r c i o n a n d o a
courdenae2ío e n t r e os d i v e r s o s projetos e o conhecimento das
p e r s p e c t i v a s f i n a n c e i r a s da empresa (HEINECK, T R I M F L E 3 7 9 6 5 1 .

A t C c n i c a d e r e d e s constitui-se numa d a s m a i s s o f i s -
t i c a d a s tbcnicas de planejamenti e programação. Apresenta as
a t i v i d a d e s o r g a n i z a d a s em ~ i a ~ r a m adse F l e c h a o u d e P r e ç e d s n -
c i a , com determinação d e f o l g a s e n t r e arividades e alocaçEa d
recursos a e s t a s atividades. Possui programas c o m p u t a c i o r i e i s
b a s t a n t e a p e r f e i ç o a d o s q u e proporcionam i n U m e r a s escolhas de
respostas produzidas atrãvbs d o s c á l c u l o s d e alternativas d e
duração e recursos d e s t a s a t i v i d a d e s (Figura 2.3 e 2 . 4 )
( STRADALP 3 .

F I G U R A 2<.3 - Planejamento com r e d ~ a - r e d e s em F l e c h a s .


FOI - Primeiro &a inicio
WI - 6iiimo inicio
~ t 3
m-Primim boto t h i m

Figura 2.4 - Diagrama de p r e c e d ê n -


cia - rede de blocos.

as d u r a ç õ e s a t r i b u i d a s à s a t i v i d a d e s d a s r e d e s p o d e m
ser deterministicas ou probabilisricaç. No p r i m e i r o c a s o , são
e s t i m a t i v a s d e tempo f e i t a s sem um tratamento cientifico r i g o -
r o s o , baseadas e m algum dado d e r e f e r g n c i a que s e p o s s u a . No
estabelecimento de durações de caráter probabilistico estabe-
lece-se a s d u r a ~ õ e sd a s a t i v i d a d e s m a i s p r o v á v e i s d e o c o r r e r e m n
assim, um traramento estatfstico d e s t e s d a d o s d e d u r a ç õ e s é
realizado. Quando do tratamento e s t a t i s t i c o dos d a d o s em ge-
ral, f i c a clara a natureza e s t o c á s t i c a das d u r a ç õ e s d a s a t i v i -
d a d è s e sua produtividade.

0 s programas computacionais de a n á l i s e com r e d e s fa-


c i l i t a m o e s t a b e l e c i m e n t o d o p l a n e j a m e n t o e p r o g r a m a ç ã o da a r i -
vidade construtiva. São r á p i d o s e r i g o r o s o s cm s u a s respostas
A s alternativas d e solução. Apresentam vantagens, principal-
mente, n a s s i t u a ç õ e s em que o p r o c e s s o c o n s t r u t i v o apresenta-
se complexo e n e c e s s i t a d e uma a v a l i a ç ã o m a i s d e t a l h a d a ao nf-
v e l das t a r e f a s e a t i v i d a d e s da obra. Neste contexto tem ca-
contrado um campo m a i s f 6 r t i l de a p l i c a ç ã o n a s g r a n d e s o b r a s .
2 . 3 . 3 . T e c n i c a da L i n h a d e Balanço

Esta $ uma t P c n i c a d e p r o g r a m a ç ã o e c o n t r o l e de uni-


d a d e s repetitivas c u j a relação c l 8 s s i c a é tempolatividade (se-
m e l h a n t e ao Diagrama de B a r r a s ) . B a s e i a - s e , t a m b é m , n o concea.-
t o q u e a p r o d u s ã o m8xima é e n c o n t r a d a quando o t r a b a l h a pragri-
d e tão rapidamente quanto possível num fluxo continuo e cpm a
e s p e c i a l i z a ç ã o d o s operArios em suas t a r e f a s . Isto P , O c o n j u+
n
to d e a t i v i d a d e s 6 repetido em todas a s seções de trabalho (ca-
*.
sas, pavimentos-tipo, apartamentos, e t c . ) em uma s e q u ê n c i a p r-
é
fixada, sendo estas a t i v i d a d e s d e s e m p e n h a d a s p e l a s mesinas e q u i
pes especializadas.

A Linha d e Balanço segue o p s i n c r p i o d a determinadãd


d e u m a r a z ã o d e p r o d u ç ã o ou ritma de t r a b a l h o pare as ativida-
d e s qu'e d e v e r 5 s e r m a n t i d a a o l o n g a d o projeto. Esta r a z 8 a 4
e x p r e s ' ç a e m t e r m o s d o n ú m e r o de u n i d a d e s e x e c u t a d a s n a u n i d a d e
de rempo (ex.: 2 casas/semana) ou tempo gasto p a r a execuqão
em cada c a s a (ex.: 3 diaslcaça).

E s t e ritmo d e t r a b a l h o é i m p o s t o e m i u n ç ã o d o p r s z u
c o n t r a t u a l d e c o n c l u s ã o do p r o j e t o e d a s d u r a ç õ e s d e a t i v i d a -
d e s e d u r a ç ã o total d a u n i d a d e . As durações s ã o definidas num
cálculo iterativo do balanceamento de r e c u r s o s necessários e
disponiveis e dos ritmos de trabalho a serem impostos 2s a t i v i -
dades. No c a p i t u l o 111 e s t e s t e m a s s ã o t r a t a d o s c o m m a i o r p r o -
fundidade. Todas e s t a s informações, a forma de o b t ê - l a s e re-
prcsent5-las são explicitadas.

Os p r o g r a m a s d a l i n h a d e b a l a n ç o c o m p r e e n d e m uma 56-
r i c dc b a r r a s , uma p a r a c a d a a t i v i d a d e , i n c l i n a d a 8 em r a l a ~ 3 o
ao eixo h o r i z o n t a l e m função d e sua r a z ã o d e prbdusão. Esta
a p r e s e n t a ç ã o demonstra a d e p e n d ê n c i a d a s atividades, suas d u -
r a ç õ e s e as seções d o projeto onde d e v e m ocorrer as a t i v i . d a d o s
em um d a d o m o m e n t o (FIGURA 2 . 5 ) .
mo

KI
A- S i r v i c o i P r i l i minorei
70
8- Trebiilhor i r torra m lundsçiii
w C' Alvsnarla

m D" PImviattwnto
40 E - Povlmentaçlo 1
F- Pintura
ao
to G + Complimintaçlo i Llnpiia

to

FIGURA 2.5 - Diagrama d a l i n h a d e balanqo.

Na a p l i c a ç ã o da t 6 c n i c a d a l i n h a de b a l a n ç o p a r a p l -
a
nejarnento e programação d a obra, o administrador t e m condiq6cs
d e o r g a n i z a r o s e u t r a b a l h o em o b r a n ã o s ó em t e r m o s d e q u a n d o ,
mas também em termos d e onde e como.

A partir do diagrama da l i n h a d e b a l a n ç o tem-se con-


d i ç õ e s d e e s t a b e l e c e r o s p e r í o d o s em que a s a t i v i d a d e s d e v e m
o c o r r e r nas diversas unidades, definindo-se, assim, o parâmctro
"quandot'.

C o m a a n s l i s e dos f a t o r e s d o l o c a l d e o b r a , dos obje-


t i v o s q u e s e q u e i r a a t i n g i r e d e o u t r o s f a t o r e s q u e p o s s a m i.n-
t e r f e r i r no d e s e n v o l v i m e n t o d a o b r a , d e f i n e - s e , através d e um
e s t u d o preliminar, o parârnetro "ondet', representando no g r á f i -
co da L.B. qual dever8 ser a seqU&ncia de construção das uni-
dades.

O p a r â m e t r o "como" r e f e r e - s e d e t e r m i n a ç ã o d o s i-c-
c u r s o s a serem utilizados na execução dos servisos e A d c f i n i -
ç ã o d a movimentação d e s t e s recursos através d a s seções d e cra-
b a l h o do c a n t e i r o d e o b r a s . E s t a proposição da utilizaçao das
recursos dar-se-l a t r a v é s d a a n ã l i s e d a s a t i v i d a d e s em f u n ç ã o
d o ritmo d e t r a b a l h o a ser imposto às mesmas, dos meios neces-
sario6 3 manutenção d e s t e r i t m o e d a s I n d i c e s de p r o d u t i v i d a d e
esperados na execução das a t i v i d a d e s .

Estas çaracterfsticas dos programas L.B. tornam-


n o s instrumentos para programação d a construção repetitiva e
meios d e avaliasão do progresso da c o n s t r u ç ã o .
. L . Apresentagão dos Aspectos Gerais d a ~ é c n i c a

A L i n h a de Balanço, a q u i também d e n o m i n a d a L . B . , e
uma t é c n i c a d e p r o g r a m a ç ã o e c o n t r o l e de p r o d u ç ã o em grande
escala. F o i o r i g i n a l m e n t e d e s e n v o l v i d a p a r a o p l a n e j a m e n to ,
p r o g r a m a ç a o e c o n t r o l e d o ciclo p r o d u t i v o d a s i n d ú s t r i a s m a n u -
f a t u r e i r a s , através d a d e t e r m i n a ç ã o dos r e c u r s o s n e c e s s á r i o s
(homens e m ~ q u i n a s )e d a v e l o c i d a d e d e produsão para cada e s -
t g g i o d a m a n u f a t u r a , com o o b j e t i v o d e a t i n g i r - s e uma d e t e r r n i -
n a d a r a z ã o d e p r o d u ç ã o ( t a x a p r o d u t i v a ) ( Ç T R A D A L e C A C H A ~3 l .
A c o n s t r u ç ã o r e p e t i t i v a tem muito e m comum com a
produção f a b r i l , apesar de algumas d i f e r e n ç a s s i g n i f i e a t í -
vas p o d e r e m s e r ressaltadas. A p r i n c i p a l d i f e r e n ç a que se pw
de aqui apresentar é a d a mobilidade d o s p r o d u t o s , i s t a é,
em uma f á b r i c a , e s t e s m o v e m - s e a t r a v é s d e uma l i n h a ou e s t e i -
r a d e p r o d u ç ã o e o s o p e r á r i o s p a r t i c i p a n t e s do p r o c e s s o p r o d u -
tivo s ã o e s t a c i o n ~ r i o s . N a c o n s t r u ç ã o , o p r o d u t o é f i x o e as
e q u i p e s de p r o d u ç ã o & que s e movem ao l o n g o d a l i n h a d e p r o d u -
Ç ~ formada
O por estes produtos (casas, seçoes de
., uma estrada-
e t c . 1 que r e p r e s e n t a m , neste c a s o , os e s t A g i o s de p r o d u ç ã o (Fig.3.l;.

P a r a que a L i n h a d e B a l a n ç o s e j a e f e 2 i v a no p l a n e j a -
mento d a produção, a s s e g u i n t e s c a r a c t e r i s t i c a s devem e s t a r
presentes :

- maior p a r t e do t r a b a l h o q u e permita a fragmenta-


ção e~ a t i v i d a d e s r e p e t i t i v a s ;

- tamanho d o e m p r e e n d i m e n t o q u e p e r m i t a o d e s e n v o l -
vimento do f l u x o p r o d u t i v o s a t i s f a t õ r i o ;

- pré-planejarnento do t r a b a l h o j executado ou via-


b i l i d a d e d e sua e x e c u ç ã o i m e d i a t a ;
- c o n d i g Õ e s d e um controle d a produção se-
rem f a v o r á v e i s ;

- p o s s i b i l i d a d e s de a l t e r a s ã o do p r o j e t o , que f a c i -
l i t e P p r o c e s s o p r o d u t i v o ( e que p o s s a s e r considerada).

E s t a s c a r a c t e r í s t i c a s s ã o n e c e s s á r i a s em f u n ç z o da
b a l a n c e a m e n to d a L i n h a d e p r o d u ç ã o , u m a d a s c o n s i d e r a ç õ e s f e i -
t a s na t é c n i c a . A meta é e q u i l i b r a r o s volumes d e t r a b a l h a pa-
r a que a s u a razão d e p r o d u ç ã o tenda a s e r 3 mesma.

EQUIPE DE
INFRAESTRUTUR~~* \
k,
I
\1
Í- I
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I'+ E
6
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8 1 r '2
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A2"- EQUIPE DE /

Linha de produção ~ o v i m e n t a ç ã odas e q u i p e s


na i n d ú s t r i a nos canteiros de obra

F I G U R A 3.1 - A n a l o g i a d a L.B. 2 Linha de ~ r o d u ~ ã o .

O u t r a a n a l o g i a que p o d e s e r f e i t a à L . B . é a sua
r e p r e s e n t a ç ã o s e - m e l h a n t e à do ~ r á ifc o d e B a r r a s t r a d i c i o n a l .
A diferença e x i s t e n t e entre e s t e s d o i s g r á f i c o s r e s i d e n a in-
c l i n a ç ã o das b a r r a s r e p r e s e n t a t i v a s d a s a t i v i d a d e s , função da
r a z ã o d e p r o d u ç ã o p r o g r a m a d a p a r a as mesmas.

Os p r o g r a m a s da L.3. t a m b é m d i f e r e m dos ~ r á f i c o sd e
B a r r a s p o r a p r e s e n t a r e m a seqUência das a t i v i d a d e s p r i n c i p a i s
e s u a ordem d e p r e c e d ê n c i a , também, .-
p o r p o s s i b i l i t a r e m a ana-
l i s e do r i s c o d e c o l i s ã o e n t r e o s d i v e r s o s f l u x o s p r o d u t i v o s
( v i d e FIGURA 3 . 2 ) .
UNIDADES

FIGURA 3 . 2 - Analogia da L.B, ao c r o n o g r a m a d c b a r r a s


- G r á f i c o de Barras I n c l i n a d a s -

A s p e c t o s T e ó r i c o s do Fluxo de ~ r o d u ç ã o

P a r a o e n t e n d i m e n t o d a s b a s e s do p r o b l e m a d o f l u x o
produtiva, tem-se l a n ç a d o mão d e v á r i o s mode 10s m a t e m á t i c o s .
N e s t e a s p e c t o , o M o d e l o da T e o r i a d a s F i l a s t e m s i d o de g r a n -
d e auxílio. E s t a t e o r i a é a p l i c â v e l a uma g r a n d e q u a n t i d a d e
d e s i t u a ç õ e s , algumas s e n d o f i l a s Ó b v i a s , como ~ o er x e m p l u ,
f i l a s d e E n i b u s , f i l a s no c a i x a d e s u p e r m e r c a d o s , f i l a s n o s
guichês de um b a n c o , e t c ,

E s t e modelo teÕrico das f i l a s tambern a p l i c a - s e 2


L i n h a d e Montagem d e u m a f á b r i c a e ã Construção. Na p r i m e i -
ra, o s f r e g u e s e s s ã o o s p r o d u t o s que e s p e r a m p a r a serem t r a b a -
l h a d o s p e l o operário, que f a z o p a p e l de s e r v i d o r . Um canjun-
to d e f i l a s estabelece-se, pois o s p r o d u t o s a g u a r d a m p a r a s e r e m
s e r v i d o s p o r uma s é r i e d e o p e r á r i o s ,

A a n a l o g i a f e i t a p o r E J U T T A L L ~ "( 1 9 6 1 ) p a r a a cons-
t r u ç a o de casas i n g l e s a s , pode ser f e i t a , também, 5 c o n s t r u -
a
S ã o d e c a s a s no B r a s i l . P o r exemplo, apos a complementação
d a infraeçtrutura. t o d a s as c a s a s a g u a r d a m as e q u i p e s d e al-
v e n a r i a p a r a que executem seu t r a b a l h o . Quando e s t á e r g u i d o o
e s q u e l e t o da casa, das mãos dos p e d r e i r o s p a r a o s
esta passa
c a r p i n t e i r o s que executam a e s t r u t u r a d o t e l h a d o e após a t e l h-a
dura. E n t ã o , as d i v e r s a s e q u i p e s d o s d i s t i n t o s ins t a l a d o r e s
(elétricos, hidráulicos, e t c . ) realizam s e u t r a b a l h o , e assim
por diante. A casa 6 fragmentada d e urna e q u i p e o u t r a e espe-
#

ra, a p o s o t é r m i n o d e cada a t i v i d a d e o u o p e r a s ã o , p e l o i n í c i o
dos t r a b a l h o s d a próxima e q u i p e ,

ATIVIDADE

r
L

FILh FILA FILA

FIGURA 3 . 3 - F i l a simples.

H; s i t u a s õ e s mais c o m p l e x a s e m que s e t e m m a i s d e
uma e q u i p e d e p r o f i s s i o n a i s t r a b a l h a n d o s i m u l t a n e a m e n t e e m u m
l o c a l (FIGURA 3 . 4 ) , o u o mesmo p r o f i s s i o n a l a t u a n d o e m dois
m o m e n t o s d i f e r e n t e s e m um m e s m o l o c a l ( F I G U R A 3 . 5 ) . U m exem-
p l o d e s t e s casos a p r e s e n t a d o n a F I G U R A 3.5 que modela a
a t u a s ã o d a e q u i p e de a l v e n a r i a n a construção d e u m p r é d i o d e
d o i s pavimentos. E s t e s profissionais e x e c u t a m s e u t r a b a l h o
no p r i m e i r o pavimento, esperam p e l a e x e c u ç ã o d a s f o r m a s d e l a -
jes e v i g a s e p e l a sua concretagern e voltam a atuar na nlvana-
r i a do s e g u n d o p a v i m e n t o . Aqui ocorre a f o r m a ç ã o d e s é r i e s a
f l u x o s p a r c i a l m e n t e c í c l i c o s , o que t o r n a m u i t o c o m p l e x a a
a p l i c a ç ã o d a T e o r i a das F i l a s .
FIGURA 3.4 - F i l a s i m p l e s com a t i v i d a d e s s i m u l t % n e a s .

FIGURA 3.5 - F i l a c í c l i c a 1.

3.1.2. O Modelo Simulado da C o n s t r u ç ã o

U m p l a n e j a m e n t o e programação d a p r o d u ç ã o e f e t i v o s
c o seu respectivo controle
A -
s o s a o p o s s í v e i s com u m e n t e n d i -
m e n t o d o s m e c a n i s m o s que r e g u l a m o f l u x o p r o d u t i v o . Assl tii,

embora i n a p t a p a r a a complexidade r e a l d e c e r t o s p r o c e s s o s , s
T e o r i a das F i l a s c o n s t i t u i - s e num v a l i o s o instrumento p a r a s u a
m u d e 1 agem. No entanto, se d e s e j a r - s e uma a v a l i a ç ã o q u a n t i t n -
t i v a d o s f a t o r e s i n f l u e n t e s no f l u x o p r o d u t i v o e d e s e u s e f ' d i -
tos dever-se-á l a n ç a r mão d e t é c n i c a s m a i s a b r a l i g e n t e s como 3

da ~ i r n u l a ~ ã o .

A ~ é c n i c ad a s i m u l a ç ã o é d e m a i o r u s o n o e s t u d o d o
p l a n e j a m e n t o d a p r o d u ç ã o , p o i s p r o p o r c i o n a q u e s e t e n h a urna
idéia d e c o m o q u a l q u e r p l a n o d e p r o d u ç ã o e m p a r t i c u l a r é s e n e -
l l i a n t e ao t r a b a l h o r e a l d e c o n s t r u ç ã o (NUTTALL", 1961).
Q m o d e l o f o r n e c i d o p e l a ~ é c n i c ad a s i m u l a ç ã o se
a d a p t a muito b e m 2 s s o b r e p o s i ç Õ e s de p r o c e s s o s , isto é , adep-
ta-se ã s o p e r a ç o e s que f o r m a m uma s é r i e d e f i l a s c z c l i c a s .

U m exemplo d e m o d e l o com f i l a s c í c l l c a s e o d a eogs-


t r u ç ã o de c a s a s d e d o i s p a v i m e n t o s , o n d e a a l v e n a r i a d e s e n v o l -
ve-se até o n z v e l da p r i m e i r a l a j e , quando, e n t ã o , n e c e s s i t a -
s e o t r a b a l h o do c a r p i n t e i r o para execução d a s f o r m a s de v i g a s
? l a j e s deste pavimento.

A ~ a~ c oSn c r e t a g e m d e s t a e s t r u t u r a , é iniciada a al-


v e n a r i a do s e g u n d o p a v i m e n t o , e x e c u t a d a a t é o n í v e l d o s b e i -
r a i s , o n d e novamente a e q u i p e de c a r p i n t a r i a é r e q u i s i t a d a y a -
r a o s t r a h a l h o s do t e l h a d o e a l g u n s arremates. Os trabalhos
d e c o l o c a ç ã o de l a d r i l h o s e a z u l e j o s p o d e m , e n t ã o , s e r ~ mi n i -
c i a d o s , sendo n e c e s s á r i a a presença d a equipe d e l a d r i l h i s t a s .
P o r fim, s ã o r e a l i z a d o s o s a r r e m a t e s f i n a i s p e l o s c a r p i n t e i -
r o s . ' A F I G U R A 3,6 i l u s t r a perfeitamente a p r e c e d ê n c i a e x i s -
t e n t e e n t r e e ç t a s a t i v i d a d e s e i d e n t i f i c a a c a r a c t e r í s t i c a c:-
clica d o f l u x o p r o d u t i v o ,

IA-Almnari a lQ pavimenta
2A-Alvenaria 29 p a v i w a t o
38-Reves timen t o s

13-~urmas lajes e vigas


I? pavimento
2B-Formas lgjes e vigas
20 pavimenta
3EEaquadrias, acabamen-
t o s , pisos
C-Azule j o s - 1 adrilhos

P L G U R A 3 . 6 - F i l a c i c l i c a 2.

~ a m b é m , e m relação h v a r i a b i l i d a d e dos tempos d e


execução d a s a t i v i d a d e s , a Teoria d a s i m u l a ç ã o alcanga b o n s
resultados. Usa d i s t r i b u i ç õ e s d e d a d o s d e t e m p o d e a m o s t r a s
41i 1
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A ~ é c n i c ad a Linha de Balanço e s t á a p t a a p r o g r a m a r
t a n t o o emprega de mão-de-obra, q u a n t o e q u i p a m e n t o s e m a t c -
riais. Ajusta-se a diferentes t i p o s de p r o j e t o s e f a c i l i t a a
c o n s i d e r a ç ã o e a n á l i s e de i n f l u ê n c i a s de c u s t o s i n d i r e t o s ,
e f e i t o s de a p r e n d i z a d o e o u t r o s ; p o r i s s o p o d e - s e l o g r a r êxi-
to a o u t i l i z á - l a n a programação de e m p r e e n d i m e n t o s . ~ l e md i s -
s o a d o t a o p r i n c i p i o b á s i c o para a e f e t i v i d a d e d e p r o g r a m a s d e
construção q u e é a c o n s i d e r a ç ã o do a r r a n j o s e q u e n c i a l das a t i -
v i d a d e s do p r o j e t o , ou s e j a , a rede l ó g i c a que o r d e n a a execu-,
ç ã o das mesmas.

~ v i d ê n c i a sde c a s o s e s t u d a d o s p e l a N B A - National
B u i l d i n g Agency , e m algumas cons t r u ç ã e s d e s e n v o l v i d a s e m ci d a -
des i n g l e s a s , i n d i c a r a m um acréscimo s u b s t a n c i a l n a p r o d u t i v i -
d a d e e m f u n ç ã o d o uso d a t é c n i c a da L.B. para programaçüo e
c o n t r o l e d a s obras. E s t a p r o p o r c i o n o u o a r r a n j o d a mão-de-
o b r a em e q u i p e s e q u i l i b r a d a s e g a r a n t i u a e x e c u ç ã o das a t i v i -
d a d e s c r i t i c a s d e n t r o dos p r a z o s e s t a b e l e c i d o s ILUMSDEN "1.
A padronização dos p r o j e t o s , p r i n c i p a l m e n t e nos con-
j u n t o s r e s i d e n c i a i s , p e r m i t e que a c o n s t r u f ã o s i g a de u m a f o r -
m a r e p e t i t i v a , p o s s i b i l i t a n d o q u e e f i c i ê n c i a s d e t e m p o e c u s to
sejam alcançadas. E s s a e f i c i ê n c i a p o d e s e r o b t i d a a t r a v é s do
b a l a n c e a m e n t o d a s e q u i p e s de t r a b a l h o e n t r e s i e d e s t a s com
os d e m a i s recursos IASHLEY ') .
Com um planejamento e q u i l i b r a d o da mio-de-obra c dos
o u t r a s r e c u r s o s , como p o s s i b i l i t a a L . B . , o gerente de ohras
p o d e a l c a n ç a r u m a c o n t i n u i d a d e na e x e c u ç ã o d e t o d a s a s a t i v i -
dades d a s unidades repe titivas , maximizando a p r o d u t i v i d a d e d a
niáo-de-obra e equipamentos. O ê x i t o d e s t e ~ l a n jea m e n t o d e p e n -
de de uma combinação d e i n t u i ç ã o , f r u t o da experiência d e quem
p l a n e j a , e da a n á l i s e p r e c i s a d a r e l e v â n c i a dos f a t o r e s e m
questão, que s e aliam a t é c n i c a s quantitativas.

A i d é i a da o t i r n i z a ~ ã odos p r o c e s s o s de c o n s t r u ç ã o
admite que um aumento s u b s t a n c i a l de p r o d u t i v i d a d e p o d e
s e r al c a n ç a d o q u a n d o a s e q u i p e s t r a b a l h a m c o n t í n u a e p e r m a n e n -
t e m e n t e nos p r o j e t o s o r g a n i z a d o s e m s e ç õ e s q u e r e p r e s e n t a m um
a r r a n j o d e p r o c e s s o s c o n s t r u t i v o s que um p r o j e t o e n g l o b a .
Assim, c a d a t a r e f a o u a t i v i d a d e d e f i n e um fluxo p r o d u t i v o e a
c o n s t r u F ã o como u m todo & v i s t a como um g r a n d e c o n j u n t o d e s t e s
fluxos.

A t é c n i c a da L , B . p o d e s e r d i t a como a t é c n i c a d a s
L i n h a s de F l u x o . N e l a e s t á i n s e r i d a a n o ç ã o de f l . u x o s p r o d u -
t i v o s a s s o c i a d a ZI i d é i a d o s r i t m o s d e p r o d u ç ã o d o s m e s m o s . A
constriição é m o s t r a d a como um f l u x o r í t m i c o de l i n h a s d e p r p -
d u ç ã o e a c o n t i n u i d a d e do t r a b a l h o é g a r a n t i d a , p o i s e m sua
c o n c e p ç ã o c a d a e q u i p e tem u m f l u x o i n i n t e r r u p t o de t r a b a l h o
*.
com uma v e l o c i d a d e d e t r a b a l h o c o n s t a n t e d e s e ç ã o â s e S n o d o
projeto,

A c a r a c t e r i z a ç ã o dos r i t m o s p r o d u t i v o s p a r a c a d a
a t i v i d a d e ou t a r e f a é levada c o n s t r u ç ã o como u m t o d o , e s t a -
belecendo-se u m a r a z ã o d e e n t r e g a ( o u r i t m o de p r o d u ç ã o ) , iç-

t o é, e m um p r o j e t o r e p e t i t i v o , quantaç u n i d a d e s d e v e m s e r
f i n a l i z a d a s a cada p e r í o d o (ex.: 1 caçaldia, 1 pavimentolse-
mana, 1 q u a d r a / m ê s , etc.).

N o s e g m e n t o do t r a b a l h o , p o d e r - s e - á v e r i f i c a r as p 0 -
t e n c i a l i d a d e s da t é c n i c a d a L.B. como o r i e n t a d o r a da a q u i s i -
-.,
são de m a t e r i a i s e componentes de c o n s t r u ç ã o , da utilízn$uo d e
e q u i p a m e n t o s e d a alocação de mão-de-obra para a realizasao
dos trabalhos. A p a r t i r dos diagramas L.B. uma v a r i e d a d e da
c o n c l u s Õ e s e novos d i a g r a m a s podem s e r o r i g i n a d o s , como:

- d i a g r a m a d o m o d e l o de m o v i m e n t a ç ã o d a s e q u i p e s de
t r a b a l h o no c a n t e i r o ;

- c u r v a d e alocação d e mão-de-obra e o número de


e q u i p e s d i s t i n t a s n e c e s s á r i a s para manter a razão p r o d u t i v a
desejada;

- d i a g r a m a d e a l o c a ç ã o e u ~ i l i z a ~ ãd o s e q u i p a m e n t o s
e m obra;

- d i a g r a m a de a q u i s i ç ã o e utilização d e m a t e r i a i s e m
o b r a , b a s e a d o no o r ç a m e n t o e cronologia d a s a t i v i d a d e s , nos
fluxos de c a i x a d a empresa, e t c . ;
D u r a n t e a c o n s t r u ç ã o , a L.B. é c a p a z de d e t e c t a r as
a t i v i d a d e s e m a t r a s o e m r e l a ç ã o ao p r o g r a m a e e s t a b e l e c e r o
e f e i t o p r o v á v e l n a s o p e r a ç õ e s s u b s e q l l e n t e s do p r o c e s s o . Tani-
bém p r o p o r c i o n a u m m e i o de p r e v e r - s e os e f e i t o s d e m e d i d a s
correkivas para atingir-se o objetivo original do programa.
C o m o i n s t r u m e n t o de a n á l i s e a ~ é c n i c ad a L . B . proporciona q u ~
se e s t a b e l e ç a com muita r a p i d e z , e p a r a q u a l q u e r p r o j e t o , o
estado a t u a l do m e s m o , c o n s t i t u i n d o - s e num Ú t i l v e í c u l o de
-
inforrnaçoes s o b r e a a n d a m e n t o d a obra.

A e f e t i v i d a d e do c o n t r o l e p r o v i d o p e l a t é c n i c a em
u,~ia s i t u a ç ã o r e p e t i t i v a p o s s i b i l i t a t a n t o a a a d m i n i s t r a d o r ,
q u a n t o a o o p e r á r i o , um p a d r ã o p r e c i s o de medida dos seus de-
sempenhos. Mão h á d ú v i d a s d e que a chave p a r a o ê x i t o d e u m a
a t i v i d a d e , o n d e o beneficio t o t a l do t r a b a l h o r e p e t i t i v o p o d e
s e r e n c o n t r a d o , e s t á n a h a b i l i t a ç ã o da a d m i n i s t r a d o r e m a h a s -
-
t e c e r ~ so p e r á r i o s com o s m a t e r i a i s n a v e l o c i d a d e e m que sao
consumidos n a c o n s t r u ç ã o , e em s a b e r e s t i m u l a r o operário a
m a n t e r o ritmo de t r a b a l h o d e s e j a d o .

3 . 3 , R e p r e s e n t a c ã o de um P r o a r a m a a t r a v é s da L . B .

Os o b j e t i v o s da i m p o s t a p e l a ~ i n h ad e
B a l a n ~ as ã o :

- e n c o n t r a r a r i t m o de e n t r e g a p r o g r a m a d o p a r a as
unidades ;

- manter um ritmo d e t r a b a l h o r e p e t i t i v o c o n s t a n t e ;

- m a n t e r a movimentação d a m ã o - d e - o b r a e equipamen-
tos d e forma c o n t í n u a através d a s s e ç õ e s d o p r o j e t o , a f i m de

q u e uma f o r ç a p r o d u t o r a e q u i l i b r a d a s e j a m a n t i d a e e m p r e g a d a
plenamente t

- t i r a r b e n e f í c i o s do t r a b a l h o r e p e t i t i v o .

Para a l c a n ç a r e s t e s objetivos, e t é c n i c a d a L . 3 .
utiliza-se d a e l e i ç ã o d e uma u n i d a d e d e r e p e t i ç ã o , d o s e q u e n -
c i o n a m e n t o l ó g i c o das a t i v i d a d e s n e s t a u n i d a d e e d a d e t e r r n i -
n a ç ã o de um r i t m o d e e n t r e g a ou r i t m o de t r a b a l h o nestas u n i -
dades .-
s ã o vários o s e s t á g i o s de e os i n s t r u m e n -
tos u t i l i z a d o s n a d e f i n i ç ã o de um p r o g r a m a de t r a b a l h o a t r a v é s
da L.B. E l e s s e r ã o a p r e s e n t a d o s a s e g u i r , dando-se a ê n f a s e
necessária a cada um d e l e s .

3,3.1. E s t á g i o s e Instrumentos d e ~ ~ l i c a ~d aã ~o é c n i c ad a L . B .

A m e t o d a l o g i a empregada p a r a a f o r m u l a ç ã o d e u m p r o -
g r a m a da L . B . compreende q u a t r o ( 4 ) e s t á g i o s :

- fragmentação do p r o j e t o em a t i v i d a d e s ;
- alocação de e q u i p e s para r e a l i z a ç ã o d e s t a s ativi-
dades;
- determinação d e um ritmo d e e n t r e g a d a s u n i d a d e s
o u v e l o c i d a d e de t r a b a l h o ;
- adequação d a s durações das a t i v i d a d e s p a r t i c u l a -
res a e s t e ritmo.

A p a r t i r d e s t e s q u a t r o e s t á g i o s surgem o s i n s t r u r n c n -
tos b E s i c o s d e a p l i c a ç ã o d a t é c n i c a , que levam ã e x p r e s s ã o li-
na1 - o diagrama d a L . B .

3.3.1.1. E s t á n i o s de ~ a l i ç a c ã o da L.B.

N e s t e item, o s q u a t r o e s t á g i o s d e a p l i c a ç ã o d a t é c -
n i c a da L . 3 . s ã o d e s c r i t o s com maiores detalhes.

19 ESTAGIO - O projeto & d i v i d i d o em suas atividades


o u o p e r a ç õ e s componentes. P o r e x e m p l o , a c o n s t r u ç ã o d e uma
c a s a p o d e s e r d i v i d i d a e m uma s é r i e de a t i v i d a d e s : fundações,
alveiiaria, c o b e r t u r a , ins t a l a ç õ e s e l é t r i c a s e h i d r á u l i c a ç , 'co-
locação d e e s q u a d r i a s , r e v e s t i m e n t o s , p a v i m e n t a ç ã o , pintura e
outras.
D e s t a fragmentação do p r o j e t o e m a t i v i d a d e s r e s u l t a
a rede unitária b á s i c a .
A n t e s da s u b d i v i s ã o do p r o j e t o e m a t i v i d a d e s c / o u
..,
o p e r a ç o e s , um e s t u d o c r i t e r i o s o d o mesmo e uma d e f i n i c ã o do
p r o c e s s o c o n s t r u t i v o a s e r u t i l i z a d o devem s e r r e a l i z a d o s
(FIGURA 3.7).
20 ESTAGIO - E s t a s operafÕes o u a t i v i d a d e s s ã o , en-
tão, d e s i g n a d a s a e q u i p e s de t r a b a l h o responsáveis, e x ç ~ u s i v a -
mente, p e l a sua execu$ão; ou s e j a , equipes de p e d r e i r o s , car-
p i n t e i r o s , ins t a l a d o r e s e l é t r i c o s e hidráulicos, p i n t o r e s e
outros.
A constituição das e q u i p e s dá-se e m f u n ç ã o d o valuiW
d e t r a b a l h o que e n c e r r a m as a t i v i d a d e s e s e g u n d o a f o r m a o s u a l
e m q u e s e a g r u p a m o s p r o f i s s i o n a i s na f o r m a ç ã o d e e q u i p e s de
trabalho 3.8).
(FIGURA

FIGURA 3 . 7 - Fragmentação do p r o j e t o em a t i v i d a d e s -
R e d e ~ õ . g i c a~ n i t á r i a -

FIGURA 3 . 8 - locação de equipes.

30 ESTAGIO - Os r i t m o s d e p r o d u ç ã o o u v e l o c i d a d e s d e
t r a b a l h o s ã o e s t a b e l e c i d o s a t r a v ê s de p a r â m e t r o s c o m o : n í h a r o
d e s e ç õ e s d e t r a b a l h o d o e m p r e e n d i m e n t o , d u r a c ã o do t r a b a l h a
e m c a d a s e ç ã o , p r a z o d e t é r m i n o do e m p r e e n d i m e n t o e condições
e m p r e s a r i a i s e de m e r c a d o p a r a c o n t r a t a ç ã o d e o p e r a r i o s . T s to
-
e, p a r a a d e t e r m i n a s ã o d o ritmo d e p r o d u ç ã o a l g u n s p a s s o s d e -
vem s e r s e g u i d o s :
a) d i v i s ã o d o empreendimento ou p r o j e t o g l o b a l em

seções d e t r a b a l h o , ou s e j a , casas, pavimentos, apartamentos,


etc., estabelecendo-se, assim, a unidade de repetição a s e r
adotada;

b ) determinação das durações das a t i v i d a d e s d e c a d a


e q u i p e d e trabalho em c a d a s e ç ã o , i s t o 6 , delimitacão do tempo
nccessárin p a r a que cada e q u i p e especializada complete seu
trabalho na u n i d a d e d e r e p e t i ç ã o .

A duração de c a d a a t i v i d a d e na unidade produtiva


(casa, a p a r t a r n e n l o , pavimento) 6 função d e t r g s v a r i á v r i s :

- os ritmos naturais d e s t e s profissionais ao e x e c u -


tarem estas atividades, ou seja, a produtividade alcançada por
o p e r á r i o s direramente envolvidos nestes t r a b a l h o s : e x p r r s s a em
~ ~ s / r n H\ H s / m , erc., e

- a s noqões empresariais de dimensionamento de c q u i -


peç, &u seja, a e x p e r i ê n c i a em a l o c a r o s r e c u r s o s , s u f i c i c n t ~ s
e n e c e s s á r i o s em r e l a ç ã o ao conteúdo d e trabalho e prazrc; a
serem cumpri-dos;

- os c i c l o s produtivos determinados p e l a tecnologia


construtiva utilizada.

c) a d e f i n i ç ã o d e um p r a z o d e t é r m i n o d o empreendi-
mcnto ou e n t r e g a das unidades totalmente concluidas (FIGURA
3.91.

D u a s s i t u a ç õ e s podem o c o r r e r na d e t e r m i n a ç ã o d a r a -
zão de p r o d u ç ã o do e m p r e e n d i m e n t o :

1) u m r i t m o u n i t á r i o d e p r o d u ç ã o m a i s lento, resul-
tando e m um ritmo de entrega das u n i d a d e s m a i s a c e n t u a d o , com
u n i d a d e s c o n c l u í d a s s e n d o entregaes e m maior número p o r u n i d a -
de de t e m p o . N e s t a situação, os t r a b a l h o s em c a d a seçno são
mais prolongados, a entrega de unidades começa ap6s d e c o r r i d o
u~ longo w e r f o d o e a s e q u i p e s d e t r a b a l h o s a o m e a o r e s .

Assim, a manutenção do ritmo de t r a b a l h o progr;iniaJo


d6-se a t r a v e s d a alocação d e uma quantidade maior d e e q u i p e s
por atividade (FIGURA 3.10);
N* DE CASAS

FIGURA 3.9 - I n f l u ê n c i a d o s parâmetros e x t e r n o s na defini-


ç ã o do r i t m o de t r a b a l h o .

2) u m ritmo u n i t á r i o d e produção m a i s r á p i d o , r e s u l -
t a n d o e m um ritmo de e n t r e g a das u n i d a d e s menos a c e n t u a d o , com
u n i d a d e s c o n c l u í d a s s e n d o e n t r e g u e s em m e n o r n Õ m e r o p o r u n i d a -
de de tempo. Neste c a s a , a entrega d a s u n i d a d e s começa m a i s
c e d o , p o i s o p e r í o d o d e p r o d u ç á o das unidades é mais c u r t o ,
d e v i d o a o m a i o r número d e profissionais p o r e q u i p e .

A manutenção do rirmo de t r a b a l h o p r o g r a m a d o dá-se


através d a adoção d e um menor n6mero d e e q u i p e s p o r a t i v i d a d e
( F I G U R A 3.11),
4:CASA --
"
30 CASA

20CASA --

- 20 --DIAS

PIGURA 3.10 - ~ i t m oa c e l e r a d o d e e n t r e g a . A e q u i p e E 1 s ó es-


t a r á d i s p o n i v e l para o trabalho na 30 u n i d a d e .

ti* DE CASAS
t

28 DIAS

F I G U R A 3.11 - R i t m o lento de e n t r e g a . A equipe B l e s t á d i s p o -


nível p a r a t r a b a l h a r j á na 20 u n i d a d e .
40 ESTAGIO - N a e l a b o r a ç ã o d a r e d e u n i t á r i a , a s pra-
c e d ê n c i a s tgcni cas e n t r e atividades determinam que algumas
d e l a s desenvolvam-se p a r a l e l a m e n t e , o u s e j a , tenham r e a l i z a ç ã o
simultânea. Dentre e s t a s a t i v i d a d e s p a r a l e l a s , a q u e l a s d e d u -
r a s : ~ m a i s pro1,ongada tornam-se o p r i n c i p a l c i c l o de t e m p o o u
o mõdulo c l c l i c o . E s t e mÓdulo i m p o r t a n t e na c o n s t r u ç ã o re-
p e t i t i v a , p o i s e s t a s a t i v i d a d e s mais l o n g a s t r a n s f o r m a m - s e e m
c r í t i c a s e s ã o o Ünico p r o c e s s a c o n t í n u o d o e m p r e e n d i m e n t n o u
-
p r o j e t o , p o r nao admitirem f o l g a s .

P a r a e l i m i n a r a s f o l g a s d o p r o c e s s o , t o d a s as o u t r a s
a t i v i d a d e s p a r a l e l a s devem t e r s e u s t e m p o s o u d u r a ç õ e s a d e q u a -
das b d u r a ç ã o d a s c r í t i c a s . Desta forma t e n t a - s e eliminar a
d e s c o n t i n u i d a d e do p r o c e s s o ( F I G U R A 3.12).

SEM L . B

1 MASOS 1
[COBERTURA 1

2 DIAS

I DIA 2 DIAS' I DfA 2 DIPS


Lf;SciQ@~d COTO II C. R ~ B E-Q H O ~
IPAVIMFN'IACÃQ~
:-I
2 DIAS I DIA

FIGURA 3 . 1 2 - ~ d e ~ u a ~d aãs o a t i v i d a d e s p a r a l e l a s .
A a m p l i a ç ã o d a duraç& das a t i v i d a d e s p a r a l e l a s dá-
se p e l a r e d u ç ã o d o tamanho das e q u i p e s , a p r o x i m a n d o - s e , assim,
o s e u c i c l o r e p e t i t i v o d e um f l i i x o c o n t i n u o .

t
A p a r t i r d o cumprimento d o s q u a t r o e s t Z g i e s i n i c i a i s
de aplicaqão da t é c n i c a da L . B . , resultam d o i s d a a i d s t s u r n e n t o a
b á s i c o s relacionados 3 programação com L.B.: o programa Se
e n t r e g a das u n i d a d e s (ou p l a n i l h a o b j e t i v o ) e a r e d e CPM u n i -
tgria. A e l a b o r a ç ã o do p r o g r a m a L . B . s e r á realizada e m f a n ~ a o
d o s d a d o s f o r n e c i d o s p o r e s t e s d o i s instrumentos CF~GURA
3.13(a) e 3.13(b)).

O t e r c e i r o instrumento b á s i c o p a r a a p l i c a ç ã o d a t é c -
n i c a d a L.B. é o diagrama de progresso (ou p l a n i l h a de p r o g r e s -
so) que r e p r e s e n t a o t r a b a l h o r e a l i z a d o e m o b r a a t é d e t e r m i n a -
do i n s t a n t e considerado. E a t.3. c o m a f u n ç ã o e s p e c i f i c a de
c o n t r o l a r a e x e c u ç ã o do p r o g r a m a .

A p a s s a g e m p o r e s t e s e s t á g i o s de a p l i c a ç ã o , a g e r e -
são d o s i n s t r u m e n t o s b á s i c o s e a formulação d o s p r o g r a m a s L , B .,
fecham o c i c l o d e s t a t é c n i c a como mecanismo d e e
c o n t r o l e d a c o n s t r u ç ã o repetitiva.

~ , 3 . 1 . 2 . Instrumentos B á s i c o s para ~ ~ l i c a d
~ a ã ~oc c a i c ad a L . B .

Como f o i dito na seGão a n t e r i o r , os instrumentos bã-


s i c o s r e l a c i o n a d o s i n t i m a m e n t e à a p l i c a ç ã o d o s c o n c e i t o s da
~ e c n i c ad a L i n h a d e B a l a n ç o s ã o t r ê s : a p l a n i l h a o b j e t i v o , L

r e d e CPM u n i t á r i a e a p l a n i l h a de progresso. As definições


c par t i c u l a r l d a d e s de cada instrumento serão apresentadas a
seguir.

PLANXLHA O B J E T I V O - ou programa d e e n t r e g a , n a d a
m a i s ê d o q u e u~ c r u n o g r a m a d e e n t r e g a s d a s u n i d a d e s c o n c l u z -
das. R e p r e s e n t a a r a z ã o e m q u e a s u n i d a d e s devem s e r f i n a l i -
zadas, ou s e j a , "n" u n i d a d e s p o r u m p e r í o d o d e t e m p o . A razao
de entrega é representada diagramaticamente n a p l a n i l h a o h j r -
tivo, o n d e o e i x o v e r t i c a l é m a r c a d o com o n ú m e r o d e u n i d a d e s
a serem c o n c l u í d a s e o e i x o h o r i z o n t a l é m a r c a d o e m p e r í o d o s
de t e m p o ( F I G U R A 3.13Ca)).

REDE CPM U N I T ~ R I A- diagrama l ó g i c o que m o s t r a a se-


q l l ê n c i a de e x e c u s ã o das a t i v i d a d e s a s e r e m f i n a l i z a d a s a n t e s da
conclusão da unidade. Trata-se de uma r e d e l ó g i c a s i m p l i f i c a d a
q u e e x p r e s s a um p l a n o de c o n s t r u ç ã o , r e p r e s e n t a n d o a s a t i v i d a -
des c o n s e c u t i v a s d o p r o j e t o unitário e o t e m p o e s t i m a d o p a r a
sua execução ( F I G U R 3.13(b)).
A

PLANILHA DE PROGRESSO - ou d e c o n t r o l e , t r a t a - s e de
um d i a g r a m a que i n d i c a o andamento d e cada a t i v i d a d e e m c a d a
unidade construtiva, a qualquer momento. A planilha indica o
que d e v i a t e r s i d o r e a l i z a d o e m cada a t i v i d a d e e em cada unida-
de construtiva - o programado p e l a L i n h a d e B a l a n ç o - e o pro-
gresso real d a s a t i v i d a d e s . Seu eixo h o r i z o n t a l é m a r c a d o com
o t e m p o e o e i x o v e r t i c a l r e p r e s e n t a o n c m e r o a c u m u l a d o d e uni-
d a d e s a serem c o n c l u í d a s ou a s s e ç õ e s e l o t e s do empreendimento
que d e v e m s e r e x e c u t a d a s a t é a data d e avaliação.

A F I G U R A 3.13(c) é a p l a n i l h a de p r o g r e s s o p a r a a dé-
cima o i t a v a s e m a n a d e e x e c u ç ã o de u m p r o j e t o . Mo eixo horizon-
t a l d e s t a p l a n i l h a estão marcadas a s a t i v i d a d e s cons t l t u i n t e s
d a rede u n i t á r i a . O eixo v e r t i c a l c o i n c i d e com o e i x o d a p l a -
n i l h a o b j e t i v o e t e m marcadas as u n i d a d e s do p r o j e t o . A Linha
f i n a s u p e r i o r d e s t a f i g u r a r e p r e s e n t a o e s t á g i o p r o g r a m a d o pa-
r a c a d a a t i v i d a d e na d a t a de c o n t r o l e e as b a r r a s v e r t i c a i s o
e s t á g i o r e a l d e s t a s a t i v i d a d e s n e s t a data.

O u t r o exemplo de p l a n i l h a de p r o g r e s s o é o apresenta-
do n a F I G U R A 3.50 d a p á g i n a 139, N e s t e t i p o d e .gráfico ati-
ns
-
v i d a d e s s ã o r e p r e s e n t a d a s p e l a s linhas i n c l i n a d a s e m r e l a ç a o a
u m p a r d e e i x o s , onde s ã o i d e n t i f i c a d o s o t e m p o e a l o c a l de
trabalhos.
N * DE
CASAS

F I G U R A 3.131a) - Planilha objetivo.


~ a z ã od e e n t r e g a -
3 u n i d a d e s /semana.

FIGURA 3 . 1 3 ( b } - Rede u n i t á r i a .
ATIVIDADES

FIGURA 3.131~) - P l a n i l h a de progresso.

k e t o d o l o g i a p a r a o T r a ç a d o d a L i n h a de B a l a n ~ o coma

A r n e t o d o l o g i a a s e r a d o t a d a n a programação d e u m e m -
preendimento através d a L . B . e s t á d i r e t a m e n t e l i g a d a ao t i p o
de programa que s e d e s e j a obter. O s d o i s p r i n c i p a i s métodos
de p r o g r a m a ç ã o d a L . B .
,.
sao:

- O ~ ê t o d od e ~ r o ~ r a m a ~Pãa or a l e l a
- O ~ é t o d od e ~ r o g r a m a ç ã o d e R e c u r s o s

N a p r o g r a m a ç ã o p a r a l e l a , a razão d e p r o d u ç ã o , d e f i -
nida p e l o r i t m o de e n t r e g a a d o t a d o , é i m p o s t a a t o d a s as a r i -
vidadcs, e x c e t o G q u e l a s cujo ritmo máximo de trabalho 6
m e n o r que a r a z ã o d e produção. A F I G U R A 3 , 2 0 m o s t r a um p r o g r -
a
na d e c o n s t r u ç ã o d e 2 0 0 c a s a s d e f i n i d o p e l o método de p r o g r a -
masão p a r a l e l a .

Na de r e c u r s o s c a d a a t i v i d a d e é p r o g r a -
m a d a com s u a r a z a o de produção n a t u r a l , a q u a l e s t a da
razão de c o n s t r u ç ã o d e s e j a d a . A FIGURA 3.32 m o s t r a o programa
d e c o n s t r u ç ã o d a s 200 c a s a s quando o m é t o d o a d o t a d o é o da
programação de recursos.
uma comparação entre e s t e s d o i s métodos de progyama-
a

gãa é e s t a b e l e c i d a nas s e ç õ e s do t r a b a l h o , a p o s
a p r e s e n t a ~ ã sd e t a l h a d a de cada um d e l e s .

CI

3.4.1: seqbência ~ Õ g i c adas A t i v i d a d e s na Unidade de R e p e t i q a o

Coma f i c o u e x p o s t o anre>rioãmente, as r e d e s l ó g i c a s
constituem-se em um dos instrumentos de que a técnica d a L , B .
se u t i l i z a , Sua f u n ç g o e a p e d f l c a é a de pxcigramar a seqben-
c i a de a t i v i d a d e s e m cada unidade do c o n j u n t o d e u n i d a d e s do
projeta,

As informações b á s i c a s q u e uma rede pode f o r n e c e r

vidadés ;
b) o n ú m e r o e c a t e g o r i a dos o p e r á r i o s n e c e s s á r i o s a
cada atividade, a t r a v é s de:

- conteúdo de homens-hora das a t i v i d a d e s


- t i p o de o p e r á r i o s q u e executam-nas
- tamanho d a s equipes
limitações e s t a b e l e c i d a s para a tamanho d a t u r m a .

N o c a s o d e a t i v i d a d e s s u b c o n t r a t a d a s , a duraG& da
atividade e q u a i s q u e r limitações n a r a z ã o d e p r o d u ç ã o d e v e m
ser estabelecidas;

c) n e c e s s i d a d e d e f o l g a s n a programação. E s t a s fol-
gas s g o i n c l u í d a s p a r a e v i t a r q u a l q u e r i n t e r f e r ê n c i a e n t r e a s
t u r n a s e m função d e d e s v i o s n a programação.

As r e d e s u n i t á r i a s , quando c o n c e b i d a s p a r a a u x i l i a r
o t r a ç a d o do d i a g r a m a L.B., s ã o consideradas como u m a s g r i e
l i n e a r de e s t á g i o s . N e s t e s c a s o s , a montagem d a r e d e u n i t á r i a
e x i g e certos cuidados:

a ) um n ú m e r o máximo de a t i v i d a d e s s e r p r o g r a m a d o eni
p a r a l e l o e m í n i m o em s é r i e d e n t r o d e um m e s m o e s t ã g i o ;

b) cada e s t á g i o deve c o n t e r , t a n t o q u a n t o p o s s í v e l ,
o t r a b a l h a de um p r o f i s s i o n a l o f i c i a l ;
c) o n d e as a t i v i d a d e s p a r t i c i p a n t e s d e u m e s t z g i o
interagem, deve-se, onde p o s s í v e l ,
-
p r o g r a m a r a e x e c u s a o d o t r-
a
b a l h o p o r e q u i p e s mistas ou p o r homens t r e i n a d o s e m v á r i z s es-
p e c i a l i d a d e s , o u s e j a , transformar as a t i v i d a d e s d o e s t á g i o e m
'
#

uma s o ;
d ) q u a n d o uma m e s m a e q u i p e , em u m e s t á g i o , e x e c u t a r
d i v e r s a s a t t v i d a d e s em c a d a u n i d a d e d e r e p e t i ç ã o e c a d a arivi-
d ~ d en e c e s s i t a r uma v i s i t a p r e p a r a t ó r i a , e s t e "looping" d e v ~
ser planejado.

C o n s i d e r e - s e um p r o j e t o d e c o n s t r u ç ã o de 2 0 0 c a s a s .
A FIGURA 3.14 a s e g u i r , m o s t r a a r e d e l ó g i c a u n i t á r i a d a se-
q u ê n c i a d e a t i v i d a d e s n a c o n s t r u ç ã o de uma d a s casas, a , q u i
c o n s i d e r a d a a u n i d a d e d e r e p e t i ç ã o do p r o j e t o .

E s t a r e d e f o i traçada conforme a m a n e i r a u s u a l -
racional de execução das atividades em abra. Suas durações o u
p r a z o s d e r e a l i z a ç ã o s ã o e s t i m a t i v a s b a s e a d a s em d a d o s d e rir-
mos de t r a b a l h o d o s o p e r á r i o s e n o s recursos n e c e s s á r i o s e
disponíveis para sua execução.

Como a t é c n i c a da L.B. é g e r a d a , também, a partir


d e um p r o g r a m a d e e n t r e g a s , quando a n a l i s a r - s e a r e d e com o
o b j e t i v o de dar s u p o r t e 2 construção do d i a g r a m a L . B . , deve-
mos n o s d e t e r no evento f i n a l .

P a r a f a c i l i t a r o e s t a b e l e c i m e n t o d a s p r a z o s d a s ou-
t r a s a t i v i d a d e s e m f u n ç ã o do e v e n t o f i n a l , p r o c e s s o s i m i l a r
ao d o c á l c u l o d e t a r d e s d o s e v e n t o s n a t é c n i c a d e r e d e s deva
s e r usado. Neste c ã l c u l o , ao e v e n t o f i n a l é a t r i b u í d o a i n s -
t a n t e z e r o e os demais p r a z o s s ã o o b t i d o s a p a r t i r da; (FIGU-
FIGURA 3.15 - Rede lógica - E s t a b e l e c i m e n t o de p r a z o s .
3.4.2. Determinação da P l a n i l h a Objetivo

-
N a s e ç a o a n t e r i o r e s t a b e l e c e u - s e q u e o p r o g r a m a de
-
e x e r u ç a o d e uma c a s a toma 4 0 dias de traballio, sendo o prazo
C o n t r a t u a 1 p a r a a c o n s t r u ç ã o de 2 0 0 c a s a s de 210 d i a s , o u s e -
j a , c e r c a d e 150 d i a s d e t r a b a l h o . A r a z ã o da e n t r e g a d a s c a -
ças c a n c l u ~ d a s ,n e c e s s á r i a p a r a que s e mantenham os p r a z o s ,
s e r á de aproximadamente 9 c a s a s / s e m a n a , c o n s i d e r a n d o - s e u m p e -
r í o d o d e t r a b a l h o semanal de 4 8 horas {semana d e 5 d i a s , com
9,b h o r a s d i á r i a s de t r a b a l h o ) .

FIGURA 3 . 1 6 ( a )

F I G U R A 3.16(b)
A FIGURA 3.161a) apresenta uma representação d i a g r a -
m á t i c a do p r o g r a m a d e e n t r e g a s , a ordenada expondo a quanti-.
d a d e d e c a s a s c o n c l u í d a s e m q u a l q u e r i n s t a n t e d e t e m p o do p r o -
g r a m a e a a b s c i s s a c o r r e s p o n d e n d o ao e i x o d o s t e m p o s , d a t a s em
q u e as u n i d a d e s p r o n t a s devem s e r e n t r e g u e s . A F I G U R A 3+16(b)
a p r e s e n t a u n a o u t r a r e p r e s e n t a ç ã o do p r o g r a m a d e e n t r e g a s o u
p l a n i l h a o b j e t i v o , embora s i g n i f i q u e a mesma c o i s a em e s s ê n c i a .

U m a v e z e s t a b e l e c i d o o r i t m o d e e n t r e g a das u n i d a d e s
c o n ç l , u í d a s , as q u a n t i d a d e s a s s o c i a d a s a q u a l q u e r tempo p o d e m
ser determinadas. são as chamadas q u a n t i d a d e s d a L i n h a d e Ba-
lanço.

A equação que define e s t a s q u a n t i d a d e s d a L.B. em


f u n ç ã o do t e m p o p o d e s e r c o n f u n d i d a c o m a d e u m a r e t a , s e con-
siderar-se c o n s t a n t e a razão d e e n t r e g a ou taxa produt<.va.
Assim,

onde: Q = q u a n t i d a d e s d a Linha d e b a l a n ç o ,
t = t e m p o no q u a l s e d e s e j a c o n h e c e r o nÜmero de
quantidades concluidas,
r = razão de e n t r e g a ou r i t m o de produção,
c = uma c o n s t a n t e .

FIGURA 3 . 1 7 - ~ r á f i ç od a s q u a n t i d a d e s e m f u n ç ã o d õ t e m p o .
A equação de q u a n t i d a d e s no e x e m p l o d a F I G U R A 3 . 1 7

para o i n s t a n t e
cons i de r ado

para o i n s t a n t e t2

T r a b a l h a n d o a equação obtém-se o u t r a s equaçoes :

Logo, conhecendo-se o s v a l o r e s d e Ql em t l e a ra-


zao d e entregas exigida "r", podemos conhecer Q2, O U , a l t e r -
nativimente, o i n s t a n t e t 2 em que a q u a n t i d a d e Q I deve s e r
atingida,

3.4.3. -
~ é t o d o~ r á f i c od e ~ r o ~ r a r n a ~dãao ~ i n h ad e B a l a n ç o

Considere-se a p l a n i l h a objetivo que define a e n t r e -


g a de n o v e (9) c a s a s p o r semana e confronte-se e s t e p r o g r a m a 2
rede u n i t a r i a . v e r i f i c a - s e , e n t ã o , que as s e r v i ~ o sp r e l i m i n a -
r e s de e s c a v a ç ã o terão que i n i c i a r 4 0 d i a s a n t e s d a e n t r e g a
d a p r i m e i r a c a s a , o s s e r v i ç o s d e a l v e n a r i a t e r ã o que i n i c i a r
t r i n t a e t r ê s ( 3 3 ) d i a s a n t e s e a s s i m por d i a n t e , até c h e g a r
aos s e r v i ç o s f i n a i s de acabamento e l i m p e z a q u e deverão i n i -
c i a r d o i s (2) d i a s a n t e s da e n t r e g a da u n i d a d e (FIGURA 3 . 1 5 ) .

U m a extensão da attákise d e s t e s tempos pode s e r l e v a -


da B q u e s t ã o d o s m a t e r i a i s a equipameatas, p o i s a d a t a limite
para i p r c i o d e cada a t i v i d a d e corresponderá, tambzm, ao prazo
limite p a r a que o s respectivos materiais e equipamentos e s t e -
j a m e n t r e g u e s no l o c a l da obra.

Considerando-se que a urilizapao d a s m a t e r i a i s e

equipamentos netessãrios execuç& da primeira a t i v i d a d e s e


dõ e uma t a x a cons t a n r e , igual a razáo de produgão, p o d e - s e

I
t r a ç a r a l i n h a d e e n t r e g a de m a t e r i a i s e e q u i p a m e n t o s p a r a e s -
ta a t i v i d a d e . E s t a linha e a linha de e n t r e g a d e u n i d a d e s à e -
f i n e m uma f a i x a p r o d u t i v a p a r a as unidades ( F I G U R A 3.18).

F I G U R A 3.18 - Faixa de produção.

Com a definição da reta que r e p r e s e n t a a d a t a l i m i t e


da i n í c i o d a p r i m e i r a atividade d a rede u n i t á r i a em cada casa,
tem-se, no d i a g r a m a d e e n t r e g a s , a d e t e r m i n a ç ã o das d u a s r e t a s
que delimitam o t e m p o para execução d a rede u n i t á r i a , q u e se
r e p e t e a cada u n i d a d e ( F I G U R A 3.19).

Assim, ficam d e f i n i d a s as duas r e t a s d e t e r m i n a n t e s


do p r o d u t i v o para cada u n i d a d e do p r o j e t o e d e s t e como
u m t o d o , ou s e j a , r e t a s que r e p r e s e n t a m a e v e n t o f i n a l e i n i -
cial d a r e d e u n i t á r i a e c u j a i n c l i n a ç ã o e m r e l a ç ã o a o e i x o d a s
a b s c i s s a s r e p r e s e n t a a razão de p r o d u ç ã o n e c e s s á r i a o u r i t m o
d e t r a b a l h o que o s objetivos e x i g e m . As r e t a s q u e d e f i n e m as
f a i x a s d e produçãa d a s a t i v i d a d e s p a r t i c u l a r e s q u e compreendem
a r e d e u n i t ã r i a e que s ã o i n d i s p e n s á v e i s A execução de cada
u n i d a d e , podem s e r traçadas p a r a l e l a m e n t e Bs duas a n t e r i o r e s ,
guardando as r e l a ç õ e s d e p r e c e d ê n c i a e t e m p o s de duração ex-
plicitados n a r e d e da FIGURA 3 . 1 4 , a t r a v é s dos eventos. Nes-
t e caso, tem-se rim t i p o d e programação d i t a p a r a l e l a , onde a s
a t i v i d a d e s são programadas a mesma razão de p r o d u ç ã o .
150 DIAS

FIGURA 3 . 1 9 - ~ e ~ e t i ~d ãa or e d e u n i t á r i a .

CASAS
200

F I G U R A 3.20 - Programasão paralela - ~ é t o d og r á f i c o .


3 . 4 . 4 . ~ g t a d o~ n a l í t i c od e c o n s t r u ç ã o do D i a g r a m a L . B .

U m a o u t r a f o r m a d e orientar-se a c o n s t r u ç ã o d e u m d i -
a
.-
g r a m a da L.B. e a t r a v é s de c á l c u l o s a r i t m é t i c o s p a r a a c o n s t i t u-
i
das e q u i p e s u t i l i z a d a s e d a s d u r a ç ã e s das a t i v i d a d e s , em
f u n ç ã o d o r i t m o de t r a b a l h o n e c e s s á r i o p a r a q u e se mantenha o
programa de entregas.

O m e s m o e x e m p l o utilizado p a r a a a p r e s e n t a ç ã o do me-
todo gráfico s e r á usado p a r a demonstração do m é t o d o a n a l í t i c o .

Seja o c o n t r a t o de construção d a s 2 0 0 c - a s a s no mes-


mo p e r í o d o de l i 0 dias de t r a b a l h o . Este prazo de execuqão
e x i g e que sejam c o n c l u í d a s e e s t e i a m a p t a s para a e n t r e g a nove
1 9 ) c a s a s l s e m a n a , a p a r t i r da c o n c l u s ã o d a p r i m e i r a c a s a . O
c á l c u l o d e s t a r a z ã o de entrega é f e i t o a p a r t i r d a d e f i n i ç a o
d o tempo necessário para c o n s t r u ç ã o de u m a c a s a , o b t i d o a t r a -
vés d a rede unitária, e, tambgm, e m f u n ç ã o d o n ú m e r o d e c a s a s
e prazo de execução d o c o n t r a t o .

Este c á l c u l o é efetuado através da relagão:

onde: R = ritmo d e e n t r e g a ou razão de c o n s t r u ç ã o ;


n = número d e unidades a serem construídas ;
T = tempo t o t a l d i s p o n í v e l p a r a e x e c u $ ã a do e m p r e e n -
dimento ;
Dt = p e r c o d a n e c e s s z r i o à c o n s t r u ç ã o de uma c a ç a s u -
mado a o u t r o s tempos r e l a t i v o s ao i n í c i o d a
obra.

Antes do c á l c u l o d a razão de p r o d u ç ã o , a rede unilá-


Lia já deve e s t a r e l a b o r a d a , os quantitativos de c a d a a t i v i d a -
d e l e v a n t a d o s e uma e s t i m a t i v a d e d u r a ç ã o p r o p o s t a e m f u n ç a u
do ritmo n a t u r a l d a mão-de-obra a s e r utilizada.

Uma t a b e l a (TABELA 3 . 1 ) é então elaborada, ande


aãú I i s t a d a s t o d a s as a t i v i d a d e s que compõem a r e d e p r i n c i p a l
(rede d a s a t i v i d a d e s i - f eas - FIGURA 3.21) e os respectlvv~
TABELA 3.1 - Programaçio paralela.

R~1,80 casss/dia 9,6h/dia

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J I.Jl
CO
con t e z d o s d e t r a b a l h o que cada a t i v i d a d e e m p a r t i c u l a r e n g l o b a .
A r e l a ç ã o d a s a t i v i d a d e s é a p r e s e n t a d a n a p r i m e i r a c o l u n a (1.)
a
da t a b e l a . A segunda ( 2 . ) c o l u n a r e f e r e - s e ao c o n t e G d o d e tra-
b a l h o - e m h o m e n s - h o r a p o r c a s a , que c a d a a t i v i d a d e e n c e r r a . Na
a
terceira (3.) coluna, são apresentados os tamanhos das turmas
d e d i f e r e n t e s p r o f i s s i o n a i s que c a d a a t i v i d a d e e x i g e , p a r a que
s e j a m a n t i d a a razão d e e n t r e g a d e s e j a d a . E s t e v a l o r d e tama-
n n o d a s t a r m a s , o u s e j a , o n ú m e r o total d e p r o f i s s i o n a i s envol-
v i d o s numa m e s m a t a r e f a é d e n o m i n a d o ''G" e s e u cálculo 6 feito
a t r a v é s da s e g u i n t e relação:

G=- R x M
J

onde, : R = r a z ã o de e n t r e g a d a s u n i d a d e s , ou s e j a , razão de
c o n s t r u ç ã o e x i g i d a , d a d a e m número d e c a s a s l s c -
mana;
M = conteúdo d e t r a b a l h o em cada a t i v i d a d e , d a d o em
homens-horalcasa, t i r a d o do o r ç a m e n t o ;
J = n ú m e r o d e h o r a s de t r a b a l h o semanais,

E m g e r a l , o v a l o r d e "G", t a m a n h o t o t a l d a t u r m a ,
r e s u l t a s e r u m nürnero f r a c i o n á r i o e f a z - s e n e c e s s á r i o o s e u
arredondamento. Este arredondamento deve s e r f e i t o em f u n ç ã o
d o n;mero Ó t i m o d e o p e r á r i o s estimados p a r a t r a b a l h a r e m em u m a
casa, d e n o m i n a d o H. O v a l o r d e H, a p r e s e n t a d o n a q u a r t a c o l u -
n a d a T A B E L A 3.1 deve e s t a r a s s o c i a d o ao r i t m o n a t u r a l dr
execução do t r a b a l h o .
F I G U R A 3.21 - R e d e u n i t ã r i a de a t i v i d a d e s . D u r a ç ã o q u a r e n t a ( 4 0 ) dias.
O f a t o de raramente o tamanho r e a l d a e q u i p e total
igualar-se ao t a m a n h o teórico G dá origem aos dois métodos
e x t r e m o s de p r o g r a m a ç ã o d a L.B., chamados: p r o g r a m a ç ã o d e r e -
cursos e programação p a r a l e l a .

Na paralela, cada a t i v i d a d e p r o g r i d e à
razão i g u a l 2 razão d e c o n s t r ~ ~ ãR.
o ~ n t ã o ,p a r a c a d a a t i v i -
dade ;

M x R
J

U = R casas/semana;
g i G homens;
g = tamanho real da turma da a t i v i d a d e (homens);
U = razão d e p r o d u ç ã a r e v i s a d a .

N a p r o g r a m a ç ã o d e recursos, c a d a a t i v i d a d e t e m o s e u
tamanho de turma r e a l e s c o l h i d o de m a n e i r a que e s t e j a o m a i s
p r ó x i m o p o s s i v e l d o tamanho t e ó r i c o d a t u r m a G.

c a s a s /semana,

onde : RN = razão d e produção n a t u r a l d a a t i v i d a d e ( c a s a s /


semana) -

Quando g=H, iç t o é, u m a e q u i p e p r o g r i d e a sua ra-


zão d e produção natural, diz-se que e l a p r o g r i d e em s e u rirma
natural.

A q u i n t a c o l u n a d a TABELA 3.1 e s t á reservada p a r a


o n ú m e r o N d e e q u i p e s q u e s e r ã o n e c e s s á r i o s e m f u n ç ã o d o n<rne-
ra t o t a l d e o p e r á r i o s e n v o l v i d o s n a a t i v i d a d e e d o número de
o p e r á r i o s e x i g i d o s p a r a o desempenho d a a t i v i d a d e e m c a d a ca-
sa, H- Assim,
tia sexta c o l u n a é representado o valor g, ala s e j a ,

o t a m a n h o r e a l da t u r m a q u e e x e c u t a r á a a t i v i d a d e ,

Como n a a p r e s e n t a ç ã o do v a l o r de g deve-se usar


va1or;es i n t e i r o s , p o i s t r a t a - s e d o n;mero de o p e r á r f os e n v o l -
v i d o s , um n o v o c á l c u l o d a razão d e p r o d u ç ã o ( o u ritmo d e t r a -
b a l h o ) d e v e s e r e f e t u a d o p a r a cada a t i v i d a d e , d e s t a v e z u s a n d o
os v a l o r e s r e a i s de G e H (número d e o p e r á r i o s ) .

E s t e v a l o r r e v i s a d o do r i t m o de t r a b a l h o , q u e c o r -
r e s p o n d e ao r i t m o r e a l a s e r t m p o s t o n o c a n t e i r o d e o b r a , o c u -
pará a sétima c o l u n a da t a b e l a e pode s e r calculado a t r a v é s
d a seguinte relação:

onde :' U = razão de p r o d u ç ã o r e v i s a d a ;


R = ritmo de e n t r e g a s d e s e j a d o ;
G = tamanho t e ó r i c o das e q u i p e s ;
g = t a m a n h o r e a l das e q u i p e s , v a l o r i n t e i r a .

A duração e m dias de t r a b a l h o p a r a u t g r m i n o d e ~ ã -

da c a ç a , D ( o i t a v a coluna d a t a b e l a ) , p o d e s e r , e n t ã o , recal-
culada e m função das 9 . 6 h o r a s de t r a b a l h o d i z r i a s e d o n ú m e r o
de o p e r ã r i o s e n v o l v i d o s . E s t e valor arredondado para i n t e i s a ,
D1, s e r á a p r e s e n t a d o n a n o n a c o l u n a d a t a b e l a .
O somatõrio dos d i v e r s o s valores D das diferentes
1
a r i v i d a d e s r e p r e s e n t a r á a duração r e v i s a d a de e x e c u ç ã o de c a -
d a casa. q u a n d o n ã o s e prevêem f o l g a s .

A d é c i m a c o l u n a d a t a b e l a a p r e s e n t a o t e m p o em dias,
q u e p a s s a e n t r e o i n í c i o d e uma a t i v i d a d e n a p r i m e i r a c a s a e
o i n i c i o d a m e s m a a t i v i d a d e n a Última, respeitando-se o r i trno
de trabalho desta atividade. E s t e v a l o r d e tempo é chamada 5
e é o b t i d o através d a equação 3 . 4 . 1 2 .

o 1 niímero de d i a s d e t r a b a l h o da sefiana.
A F I G U R A 3 . 2 2 m o s t r a o r e s u l t a d o o b t i d o q u a n d o o rnG-
t o d o d a p r o g r a m a ç ã o p a r a l e l a f o i a d o t a d o a t r a v é s d e um c ~ l c u l o
analítico. A s atividades s ã o programadas em ritmos múltiplos
a o seu ritmo n a t u r a l , aproximadamente s e m e l h a n t e ao r i t n - 0 d e
c o n s t r u ç ã o e s t a b e l e c i d o no i n i c i o d o p r o c e s s o , adotandb-se
g > G. A m o n t a g e m do g r á f i c o é f e i t a a t r a v é s d o s d a d o s da TA-
B E L A 3.1.

3.4.5, -
D e t e r m i n a ç ã o de R e c u r s o s

A p r o g r a m a ç ã o d e um p r o j e t o de c o n s t r u S ã o f r e q u e n t e -
me.nte i n i c i a com a c o n s i d e r a ç ã o d o s r e c u r s o s a s e r e m u t i l i . z a -
dos. P r o f i s s i ~ n a i s l i g a d o s ao s e t o r d e planejamento e p r o g r a -
-
maçao d e o b r a s t ê m m a n i f e s t a d o g r a n d e i n t e r e s s e n a formaliza-
-
s a o de m e i o s q u e p r o p o r c i o n e m , com m a i o r f a c i l i d a d e e e x a t i -
dão, a alocação destes recursos, p r i n c i p a l m e n t e os d e mão-de-
obra (TRIMBLE 6G, 1984).

A t u a l m e n t e , o problema d a d e t e r m i n a ç ã o d e r e c u r s o s ,
a nível o p e r a c l o n a l , é v i s to como u m a q u e s t ã o d e b o m s e n s o d o
m e s t r e o u ç u p e r v i s o r d e o b r a s , que u t i l i z a - s e de s e u s conheci-
mentos empíricos para alocar e s t e s r e c u r s o s às r e s p e c t i v a s a t i
vidades. A s d e c i s õ e s s ã o t o m a d a s com b a s e e m a l g u n s p o u c o s
fatores intervenienres na produção. Os p r o g r a m a s d e abocaçgo
d e t e r m i n a d o s diariamente o u s e m a n a l m e n t e , d e s c o n s i d e r a m m u i t a s
vezes a s p e c t o s da d i s p o n i b i l i d a d e e m o b i l i d a d e d o s r e c u r s o s
necessãrios .
É i m p o r t a n t e que s e t e n h a e m m e n t e q u e ' d u r a n t e u d e -
s e n v o l v i m e n t o d e uma a t i v i d a d e o s r e c u r s o s p o r e l a c o n s u m i d o s ,
s e j a m equipamentos, materiais ou mão-de-obra, n ã o podem s e r
d e s l o c a d o s a o u t r o L u g a r q u a l q u e r do c a n t e i r o s e m q u e s e j a i , ,
t e r r o m p i d o o t r a b a l h o no l o c a l d e o r i g e m . A s s i m , s e d e v i d o âo
r i t m o de t r a b a l h o i m p r i m i d o , uma a t i v i d a d e deve i n i c i a r c m uma
-
s e ç a o do p r o j e t o
a n t e s d e s e u t é r m i n o n a s e ç ã o p r e c e d e n t e , um&
alocação a d i c i o n a l d e s t e s r e c u r s o s s e r á necessária.

A técnica d a L.B., como v i s to n a s s e ç õ e s a1iterj.o r e s ,


t r a t a ' d a determinação dos recursos fundamentada na idéia da
c o n t i n u i d a d e d o t r a b a l h o a t r a v é s das u n i d a d e s r e p e t i t l v a s do
p r o j e t o e na manutenção d e s t e r i t m o d e t r a b a l h o c o n s t a n t e np

atividade.

F a t o r ~ u tli p l i c a ç ã o d e R e c u r s o s

A d e t e r m i n a ç ã o dos r e c u r s o s n e c e s s á r i o s à execução

d e uma c e r t a a t i v i d a d e e s t á intimamente r e l a c i o n a d a à p r o d u t i -
v i d a d e q u e p o d e s e r o b t i d a do g r u p o d e p r o f i s s i o n a i s que irá
desempenhá-la e ao ritmo de t r a b a l h o que s e d e s e j a i m p o r , o
qual 6 £ u n ç ã o do p,razo disponível p a r a produção e do n t m e r o
d e u n i d a d e s a s e r e m construídas.

O tamanho d e e q u i p e n e c e s s á r i o p a r a e x e c u ç ã o d e uma
atividade, i s t o é, o n ú m e r o d e o p e r á r i o s e n v o l v i d o s n a m e s m a ,
é deduzido e m f u n ç ã o do conteúdo d e t r a b a l h o que cada a t i v i d a -
w

d e e n c e r r a e do p r a z o de que s e d i s p õ e para exeçuçao d e s t a


atividade. E s t a duração unitária mantém r e l a ç ã a d i r e t a com o
p r a z o g l o b a l d e f i n a l i z a ~ ã o da o b r a e com o r i t m o d e t r a b a l h o
a d o t a d o e r e l a ç ã o i n v e r s a com o número d e homens a d m i t i d o s nas
equipes.

A d e f i n i ç ã o do numero de e q u i p e s a s e r e m a d o t a d a s
p a r a manutenção do r i t m o d e t r a b a l h o e s t a b e l e c i d o , o chamado
f a t o r multiplicação de r e c u r s o s da a t i v i d a d e , é d i r e t a m e n t e
p r o p o r c i o n a l h j o r n a d a de t r a b a l h o d o s o p e r á r i o s ( e q . 3 . 4 . 7 ) .
A FIGURA 3 . 2 3 a p r e s e n t a o s i g n i f i c a d o d e s t e fator
multiplicas& n a p r o g r a m a ç ã o d a a t i v i d a d e de e s c a v a ç ã o . Neste
exemplo sâo n e c e s s á r i a s duas ( 2 ) equipes d e aperários para
q u e s e mantenha a razão de produção d e n o v e ( 9 ) c a s a s /semana,
p o i s a p r i m e i r a equipe só e s t á liberada para o t r a b a l h o
AI
após a d a t a programada p a r a i n z e i o d a atividade n a s e g u n d a
casa.
i
CASAS

II
w

H LEGENDA

E - € S E M DA EQUIPE
# r ~ ~ r r # awo ATIVI~ADE
WA CASA I

I TÊRMINO DE A T i V I M D E
NA C*% L

.- *
.A
--
-. - - - - - - V - - - - -

FIGURA 3 . 2 3 - F a t o r m u l t i p l i c a ç ã o de r e c u r s o s
p a r a atividades de e s c a v a ç ã o .

Enquanto uma a t i v i d a d e e s t á s e n d o d e s e n v o l v i d a , o s
r e c u r s o s q u e e l a consome e s t ã o i n t e i r a m e n t e empregados n a s u a
execução até que e l a s e j a c o m p l e t a d a . N o c a s o a p r e s e n t a d o na
F I G U R A 3 . 2 3 , o s r e c u r s o s empregados para o desempenho d a a t i -
v i d a d e ( r e c u r s o A ) e s t ã o plenamente u t i l i z a d o s a t é o p o n t o
1
que c o r r e s p o n d e ao f i n a l da a t i v i d a d e n a p r i m e i r a c a s a .
al,
Como p o d e s e r o b s e r v a d o , e s t e r e c u r s o s Õ p o d e r á s e r u t i l i z a d o
n o v a m e n t e no p o n t o a ou seja, u m momento a n t e s d o i n i c i o d a
2'
mesma a t i v i d a d e n a t e r c e i r a c a s a . Porém, a n t e s que i s t o o c o r -
r a , a a t i v i d a d e p r e c i s a s e r i n i c i a d a na s e g u n d a c a s a e n e c e s -
s i t a d e r e c u r s o s i d ê n t i c o s a o s u s a d o s na p r i m e i r a casa. Diz-
se, p o r t a n t o , que o f a t o r multiplicação d e r e c u r s o s para a t i -
vidade é d o i s ( 2 ) .

S e g u i n d o - s e o mesmo r a c i o c í n i o u s a d o p a r a a g r e g a ç ã o
de r e c u r s o s das o u t r a s a t i v i d a d e s do programa d a F I G U R A 3 . 2 2
tem-se o s s e g u i n t e s v a l o r e s p a r a o s f a t o r e s m u l t i p l i c a ç ã o de
r e c u r s o s d a s atividades ( v i d e TABELA 3 . 2 ) .
TABELA 3 . 2 - Tabela d o s fatores multiplicativos d e recursos.

ATIVIDADE TIPO DE R E C U R S O
1 FATOR
HULTIPLICACÃO

A serventes l*O
3 carpinteiros 1 .O
C serventes 2.0
D p e d r e i r o s e serventes 7. O
E pedreiros e serventes 11.0
F carpinteiros, instalador 6.0
H marclneiros 7.0
instalador elétrico 3.0
=1
=2 carpinteiros 3.0
8.0
3 pintores
K pintores 6.0
L serventes 1. O
M carpinteiros 2.0

Deve s e r lembrado que e s t e s r e c u r s o s a d i c i o n a i s q u e


s ã o i n s d i s ~ e n ásv e i s à m a n u t e n ç ã o do p r o g r a m a es t a b e l e c i d o são
f r u t o s d o ritmo de t r a b a l h o i m p o s t o . De fato, s e a r a z ã o d e
p r o d u ç ã o e x i g i d a na e x e c u ç ã o do p r o j e t o é a l t a , a a t i v i d a d e
poderá s e r r e p e t i d a v á r i a s vezes em o u t r a s u n i d a d e s , com r c -
c u r s o s m u l t i p l i c a d o s , até que o s r e c u r s o s e m p r e g a d o s n a e x e -
cução d a a t i v i d a d e n a p r i m e i r a u n i d a d e estejam l i v r e s p a r a
novamente s e r e m u t i l i z a d o s .

E s t e f a t o r multiplicação d e r e c u r s o s refere-se ao
número de e q u i p e s d e i g u a l formação a serem u t i l i z a d a s , n o ca-
so e s p e c í f i c o do recurso tratado s e r mão-de-obra, p a r a que s e
m a n t e n h a o ritmo e s t a b e l e c i d o . C o r r e s p o n d e , no m é t o d o a n a l i -
t i c o , ao v a l o r N a p r e s e n t a d o na q u i n t a c o l u n a d a TABELA 3 . 1
q u e r e p r e s e n t a o número d e e q u i p e s n e c e s s á r i a s e m c a d a a t i v i -
dade d e s t e programa.
3.4.5.2. ~ t i l i z a c ã odos Recursos e Ociosidade

A a d o ç ã o de um Único x i t r n o d e t r a b a l h o ( o u razão d e
p r o d u ç ã o ) para t o d a s as a t i v i d a d e s do p r o g r a m a que é f e i t a n o
rnétodó d e programasão p a r a l e l a vem acompanhada d a n e c e s s i d a d e
I

d e u m a m u l t i p l i c a ç ã o d o s r e c u r s o s a serem u t i l i z a d o s p a r a q u e
s e m a n t e n h a e s t e r i t m o , e p o d e o c a s i o n a r p r o b l e m a s de o c i o s i d a -
de forçada devido a r e u t i l i z a ç ã o d e s t e s recursos não o c o r r e r
imediatamente após sua l i b e r a ç ã o ( F I G U R A 3 . 2 3 ) .

Analisando-se, a t r a v é s d a F I G U R A 3 . 2 4 ( a ) e (b), p a r -
t e do p r o g r a m a d a F I G U R A 3 . 2 2 para duas atividades tomadas
como e x e m p l o , p o d e r - s e - á verificar o a s p e c t o d e o c i o s i d a d e que
os r i t m o s i m p õ e m , quando e s p e r a s n a reutilização s ã o i m p o s t a s
a alguns r e c u r s o s ( e q u i p a m e n t o s e mão-de-obra) .
<

Os r e c u r s o s a s e r e m utilizados na a t i v i d a d e fiação
e c o f ~ o c a ç ~doe t o m a d a s , por exemplo, p r o p o s t a s no programa da
FIGURA 3.22 serão reutilizados a cada três casas, i s t o é, o

p r i m e i x o g r u p o d e s t e s r e c u r s o s s e r á usado n a s c a s a s 1, 4 , 7 ,
10,. .., os d o s e g u i n t e grupo n a s c a s a s 3 , 6 , 9 , 1 2 , . ,. (FIGU-
RA 3 . 2 4 ( a ) ) .

No entanto, estes r e c u r s o s envolvidos n a a t i v i d a d e


acima d e s c r i t a n ã o s ã o a p r o v e i t a d o s i m e d i a t a m e n t e a p ó s s u a l i -
beração d a unidade a n t e r i o r . Um p e r í o d o d e e s p e r a E < impos-
t o , o q u e r e p r e s e n t a um p e r í o d o i m p r o d u t i v o ou d e ociosidade
d a mão-de-obra e equipamentos, caso não se p o s s a u t i l i z a r c s -
t e s recursos em o u t r a s a t i v i d a d e s o u t a r e f a s do c a n t e i r o d u -
r a n t e este p e r í o d o .

A F I G U R A 3 . 2 4 ( b ) mostra uma parte a m p l i a d a do p r o -


grama d a a t i v i d a d e colocação d e p a v i f l e x e rodapés, apresen-
- a d a n a FIGURA 3,22. Pode-se v e r i f i c a r que são n e c e s s á r i o s
q u a t r o ( 4 ) g r u p o s de r e c u r s o s e q u e c a d a um d e l e s é r e u t i l i z a -
do novamente a cada quatro u n i d a d e s . O reaproveitamento dos
r e c u r s o s , n e s t e caso, também aio s e d á i m e d i a t a m e n t e a s u a l i -
beração, impondo-se p e r i o d o s d e o c i o s i d a d e .

E s t a ociosidade é denominada o c i o s i d a d e i n t e r n a da
a t i v i d a d e e r e s u l t a do a r r e d o n d a m e n t o do n ú m e r o d e h o m e n s por
e q u i p e p a r a um i n t e i r o s u p e r i o r (quarta c o l u n a d a t a b e l a 3 . 1 )
e utilização d e p e r í o d o s d e tempo d e d i a s i n t e i r o s e m e i o s dias
na p r o g r a m a ç ã o (nona coluna da TABELA 3.1).

O r e s u l t a d o da programação p a r a l e l a e s t a b e l e c e situa-
-
çoes em que g, tamanho r e a l da turma é maior o u i g u a l a G, ta-
manho t e ó r i c o d a turma. Assim, e m muitos c a s o s a m ã o - d e - o b r a
d a a t i v i d a d e é superestimada e os o p e r á r i o s d e s i g n a d o s p a r a
e s t a a t i v i d a d e não ficam empregados utilmente p o r t o d o t e m p o :
o u t r a b a l h a m m a i s lentamente d e n t r o d e uma f a i x a mais a m p l a d e
t e m p o do q u e n e c e s s i t a m , o u ficam o c i o s o s p o r um Po-
de-se c a l c u l a r e s t e t e m p o i m p r o d u t i v o t o t a l p a r a t o d o s o s ca-
s o s d o empreendimento e m q u a l q u e r a t i v i d a d e , o u s e j a , o t e m p o
médio- i m p r o d u t i v o por c a s a nesta a t i v i d a d e .

As F I G U R A S 3 . 2 4 ( a ) e (b) m o s t r a m a t i v i d a d e s que ne-


. c e s s i t a m do t r a b a l h o de três e q u a t r o equipes para q u e o s e u
r i t m o natural d e c o n s t r u ç ã o s u p e r e a r a z ã o d e c o n s t r u ç ã o .

Nas f i g u r a s , p e r c e b e - s e que, a m e d i d a q u e o t e m p o d e
p r o j e t o t r a n s c o r r e , maiores são os periodos d e e s p e r a das e q u i p e s -
para r e i n i c i a r e m os t r a b a l h o s . A s s i m , conclui-se que este

t e m p o médio i m p r o d u t i v o p o r c a s a p a r a cada a t i v i d a d e é:

onde : (n - 1 ) x s
sp = dias,
u

t e m p o q u e t r a n s c o r r e desde o início da a t i v i d a d e n a p r i m e i r a
c a s a a t g s e u i n i c i o na Última, quando p r o g r a m a d a 2 r a z ã o de
construção.

t e m p o q u e t r a n s c o r r e d e s d e o i n í c i o da a t i v i d a d e n a p r i m e i r a
P L G U R A 3.24(a) - programação p a r a a t i v i d a d e c o l o c a s z o
de paviflex.

RITMO M A f V R h L

t2

II
10
9

I
7 PROGRAMAÇ~~OPARALELA
6
DE ~nmuçk
RAGO m WZÃO EUTREDA
s
4
S
2
I
TEMPO

FIGURA 3 . 2 4 ( b ) - Programação p a r a a t i v i d a d e execução


de c o n t r a p i s o .
c a s a a t é s e u i n r c i o na Última, quando programada e m s e u r i t m o
natural. Sendo:

O t e m p o i m p r o d u t i v o para e s t a a t i v i d a d e n a s n ca-
ças, l e m b r a n d o - s e que as e q u i p e s n ã o e s p e r a m p a r a i n i c i a r e m
s e u t r a b a l h o na primeira casa, é:

onde : R-
- = N, o n ú m e r o de e q u i p e s do g r u p o ;
H
J d = j o r n a d a de t r a b a l h o d i z r i a .

A média de tempo i m p r o d u t i v o p o r c a s a é o b t i d a d a
s u b s t i t u i ç ã o das equações ( 3 . 4 . 1 3 ) e (3.4.17) e d a divisão
p o r n:

W = J x g
(RN - U) x (n - N)
HHs ,
n x R M x U

onde : J = j o r n a d a de t r a b a l h o s e m a n a l para RN e m
casasisemana.

Nas s i t u a ç õ e s r e a i s , n, o nGmero de u n i d a d e s do p r o -
jeto a s e r e m construidas é muito grande s e comparado a N , nÚ-
m e r o d e e q u i p e s e n v o l v i d a s na a t i v i d a d e ; assim:

S u b s t i t u i n d o a equação do r i t m o n a t u r a l , R N = -
Jd x g
M
e q u a ç ã o ( 3 . 4 . 9 1 , quando R A e m c a s a s / d i a , na e q u a ç ã o (3.4.19)
tem-se p a r a c a d a c a t e g o r i a profissional e n v o l v i d a n a e q u i p e o
s e g u i n t e t e m p o médio i m p r o d u t i v o :
As equações (3.4.191, (3.4.20) e (-3.4.21) c a l c u l a m
o t e m p o médio i m p r o d u t i v o p a r a cada a t i v i d a d e e m u m a casa do
projeto, o u s e j a , o t e m p o médio i m p r o d u t i v o u n i t á r i o (W).

O t e m p o m é d i o i m p r o d u t i v o total imposto p e l a p r o g r a -
mação p a r a l e l a a o p r o j e t o é dado pela s e g u i n t e e q u a ç ã o :

onde: i = atividades i n c l u í d a s na
j = Gltima atividade da programação p a r a l e l a .

No e x e m p l o q u e e s t á s e n d o t r a t a d o , o t e m p o m é d i o
unitãrio (w) e o tempo improdutivo total resultaram ser
de 1 9 6 , 3 1 homens-hora e 3 9 . 0 6 5 , 7 homens-hora r e s p e c t i v a m e n t e .
Estes v a l o r e s , assim como o s valores d a i m p r o d u t i v i d a d e e m ca-
d a a t i v i d a d e , s ã o apresentados na TABELA 3 . 3 q u e s e g u e . Com-
p a r a n d o a i m p r o d u t i v i d a d e total d o p r o j e t o com o t o t a l d e ho-
mens-hora programados para o p r o j e t o ( T A B E L A 3.5) , perce-
be-se que e s t e v a l o r corresponde a 9,76%, o que s i g n i f i c a
que n e s t e programa a i m p r o d u t i v i d a d e i m p o s t a é relativamente
alta.

Desta £orma, a programação p a r a l e l a pode l e v a r a va-


p o r e s de i m p r o d u t i v i d a d e ou o c i o s i d a d e forçada excessivamente
altos q u e e x i j a m que novas c o n s i d e r a ç õ e s s e j a m f e i t a s e u m
n o v o programa proposto.

E s t e p e r í o d o improdutivo das a t i v i d a d e s , que apare-


ce como uma o c i o s i d a d e £ o r ç a d a i m p o s t a 2 atuação das equipes
p e l a a d o ç ã o dos ritmos de ~ r o d u ~ ãdoi f e r e n t e s d e s e u ritmo
n a t u r a l , p o d e s e r c o n t o r n a d a através de a l g u m a s m e d i d a s :
TABELA 3 . 3 - Tebila de' tewpoa iuprodutivoa

,*. I

89 ATf V I D A D E S H SP su g a w G u uw
X
(dia='
Xi.Jd4Wi.U'J%~-- (RN-U)

.("-Hi) w s ms/
IW. u
I
A Limpeza 14.52 110,6 101 3 3 1 2.72 1,80 1,98 0,05 286.56 7.21

1 Locaçáa 1,72
---
110,6 99 2 2 I 0,89 1.80
-
2,03
-
0.06 228.08 6 .O4

29.90
-
110,6 104 6
-
1,93
-
0.07
-
399,ll
Aivenatia,
fuada~ões f5,44 110.6 112 42' 6 7 14,15 1.80 1,78 - - .-
Alvoaoria.
-E
-- ve rges
Telhado,
-
108
-
44
-
4
- ---
11 2 1 . 4 5
-
1,85 0.14
-
1.80 1043,06 31.7 1

i
- Revsatimento,
raaervarõrlo
-
61.08 110.6 106
-
24 4 b 11,45 L,80 1.89 0.14 1042,90 30.68

-E
-- pisou
208,28 110,6 111 78 6 13 39,OS 1.80
_ _
1,80 '
_
-
L _
-
-
-
B Esquadrias
-- ---
Instalação
35,25 110,B 105 14
--7
2
- -
6,61
-
1.80
-
1,91 0,20 711.12 21.50

'1 ~ l i t r i c ~ 13,34 110.6 93 6 2 3 2,SO 1.80 2,16 0,27 1021,25 26,67

Forro
I? 13.40 110.6
-
107
- - 3
-1 , 8 0- -
2,906 2 0,DS
-
169,lZ 1 7 5.99

113 6 2 3 3,08 1,BO 1,69 - - -


I" Vidro. 1
- 5.00 _
110.6 104
--
i 1' 0,95 L,80
--
1,92 0.63 57,3t i,67

J Pintura interna 39,21 11L,b 102 16 2 B 7.35 1.80 9 6 0,35 1290.14


34,83

E Pintura cxterna 33,19 l10,6 115 12 2 6 6.22 1.80 1,74 - - "

Paviflex.
I, rodapcs 19.92 110,6 104 8 2 i 3,74 1.80 I,93 0,13 483,12 lt,37

Cerca d i v i n i r i a

39065,70
- tentando-se, t a n t o q u a n t o possível, programar as
a t i v i d a d e s p a r a serem e x e c u t a d a s e m r i t m o s c o m p a t i v e i s com o
s e u ritmo n a t u r a l ;

* - programando-se as a t i v i d a d e s afins, que s e u t i l i -


zam d a mesma c a t e g o r i a p r o f i s s i o n a l e c u j a execução possa o c o r
r e r e m s e q u ê n c i a , numa Única a t i v i d a d e chamada a t i v i d a d e paco-
te;
- utilizando-se d o s períodos d e o c i o s i d a d e d a s e q u k
p e s p a r a d e s c a r g a s e armazenagens programadas de m a t e r i a i s e
c o m p o n e n t e s o u p a r a c o n f e c ç ã o de componentes cons t r u t i v o s a
serem u t i l i z a d o s n a construção d a s u n i d a d e s , o u ainda e m ou-
t r a s t a r e f a s compatIveis com s u a s c a t e g o r i a s p r o £ i s s i o n a i s ;

- utilizando-se d e s t e s r e c u r s o s d i s p o n í v e i s e m ou-
t r a s a t i v i d a d e s f o r a do c i c l o de p r o d u ç ã o , durante o p e r í o d o
o c i o s o n a atividade o r i g i n a l .

3.4.5.3. Curvas d e ~ o b i l i z a ç ã ode Recursos

A s curvas de mobilização de r e c u r s o s s ã o d i a g r a m a s
e x t r a í d o s da r e p r e s e n t a ç ã o g r á f i c a dos programas da L i n h a d e
B a l a n s o , o s q u a i s apresentam a movimentasão das e q u i p e s de
trabalho, o l o c a l e o momento e m que e s t e s r e c u r s o s s ã o u t i -
l i z a d o s e m cada a t i v i d a d e ,

O c a r á t e r r e p e t i t i v o dos p r o j e t o s , c o m os quais a
Linha d e Balanço t r a t a , fundamenta a n e c e s s i d a d e de conhecer-
se o número real de u n i d a d e s em que cada e q u i p e p a r t i c u l a r de
p r o f i s s i o n a i s d e v e r á t r a b a l h a r e a ordem e m que e s t a s u n i d a d e s
s e r ã o t r a b a l h a d a s p a r a , f i n a l m e n t e , montar-se a c u r v a d e m o k i -
lização g e r a l d e s t e s r e c u r s o s .

0 s r e c u r s o s e x i g i d o s p a r a q u e s e mantenha o r i t m o
p r o g r a m a d o d e e x e c u ç ã o p o d e m s e r avaliados a p a r t i r d o s r e c u r -
s o s d e s t i n a d o s p a r a a execução d e uma u n i d a d e .

Os r e c u r s o s de mão-de-obra n e c e s s g r i o s ã e x e c u ~ ã od o
e x e m p l o e m q u e s t ã o s ã o a p r e s e n t a d o s na TABELA 3 . 4 , a p a r t i r d a s
durações atribuzdas 2 s a t i v i d a d e s e s p e c í f i c a s da rede d a FZGU-
RA 3.21.
TABELA 3 . 4 - Tabela de recursos.

~ u r a ~ ã oLecursos de To tais
ATIVIDADE ião-de-obra (homens-
(dias)
(homens) dias)

9 - Limpeza do terreno f *O 3.0

B - ~ o c a ç ã od a o b r a 0.5 1.0

D - ~ u n d a ~ õ e sa ,t e r r o s e
reaterro

3 - Alvenaria, vergas,
impermeabilização

F - .Cobertura e reser-
vatório

Ft- instalação elétrica


F"- ~ n s t a l a ç ã oh i d r o -
sanitária

G - Revestimentos, p i s o s
e marcos

H - Portas e janelas

11- ~ i a ~ á ot o,m a d a s ,
interruptores

12- Forro

I'- ~ o l o c a ~ ãd oe apare-
lhos
111- ~ o l a c a ~ ãdoe v i d r o s

J - Pintura i n t e r n a

K - P i n t u r a externa

K'- P a v i f l e x , rodapés
L - ~ e r n o ~ ãeo l i m p e z a

M - Cerca d i v i s ó r i a
Assim, p a r a a execução de uma c a s a , o conteúdo de
t r a b a l h o que deve s e r r e a l i z a d o é 1 6 1 homens-dia. No entan-
to, s e r i a u m e r r o p e n s a r - s e que p a r a a construção das 2 0 0 c a -
s a s do p r o j e t o s ã o n e c e s s á r i o s 32.200 homens-dia de t r a b a l h o ,
q u a n d o s e d e s e j a m a n t e r o r i t m o d e c o n s t r u ç ã o d e 1.8 c a s a ç l d i a ,
ou s e j a , 9 casas/sernana. P a r a que e s s e r i t m o s e j a mantido,
uma m u l t i p l i c a ç ã o d o s r e c u r s o s deve s e r i m p o s t a como é p o s s í -
v e l v e r na TABELA 3 , 2 .

U m a a n á l i s e d e t a l h a d a d o diagrama d a L.B. p a r a a a t-
i
v i d a d e de e x e c u ç ã o d o t e l h a d o , p o r e x e m p l o , f o r n e c e i n f o r m a -
ç õ e s s o b r e a m o b i l i z a ç ã o d a s s e i s e q u i p e s de 3 o p e r á r i o s que
e s t a n e c e s s i t a para sua r e a l i z a ç ã o . Estes dados d e mobiliza-
ç á o e os d a d e s r n o b i l i z a ç ã o d a mão-de-obra p e r m i t e m que s e c o n s
trua a c u r v a de m o b i l i z a ç ã o d e s t a a t i v i d a d e (FIGURA 3.25).

iTRECHO COM ESCALA REDUZIDA

9 I G U R A 3 . 2 5 - Curva d e m o b i l i z a ~ ã o d e mão-de-obra p a r a a ati-


v i d a d e d e e x e c u ç ã o do t e l h a d o .
D a observação d a F I G U R A 3.25 p e r c e b e - s e que, s e n d o
t r ê s C3) o p e r á r i o s a mão-de-obra e x i g i d a p a r a a r e a l i z a ç ã o da
a t i v i d a d e de e x e c u ç ã o do t e l h a d o ( 4 - 6 ) , i n c r e m e n t o s de t r ê s
(3) s ã o dados ao histograma a cada u n i d a d e na linha do e v e n t o
6 e , 'subseqllentemen te, d e d u z i d o s quando as e q u i p e s não e s t ã o
mais envolvidas no p r o c e s s o . A b a s e do h i s t o g r a m a e s t e n d e - s e
n o i n í c i o da a t i v i d a d e na p r i m e i r a c a s a a t é o s e u término na
Última.

A ã r e a e n c e r r a d a n o histograrna é o p r o d u t o d a mão-
de-obra p e l o t e m p o d e e x e c u ç ã o da atividade e e x p r e s s a o con-
t e ú d o de t r a b a l h o e n v o l v i d o n a m e s m a e m homens-dia o u homens-
semana.

N a FIGURA 3 . 2 5 , p o r e x e m p l o , a m o b i l i ~ a ~ ãeo d e s m o -
b i l i z a ç ã o dos recursos ocorrem num m e s m o r i t m o . As á r e a s 2
d i r e i t a e à e s q u e r d a do histograma s ã o iguais. L o g o , compen-
sam-se. Assim, a b a s e e q u i v a l e n t e do h i s t o g r a m a p o d e s e r to-
mada como s e n d o 125.5 - 12.5 = 113. O conteúdo de trabalho
que a a t i v i d a d e e n c e r r a (ãrea d o h i s t o g r a r n a ) é dado p e l o p r o -
duto de s u a b a s e e q u i v a l e n t e p e l a sua a l t u r a ( n ú m e r o d e operá-
r i o s n e c e s s á r i o s à a t i v i d a d e x f a t o r multiplicação d e r e c u r -
sos), o u s e j a , 1 1 3 x 2 0 = 2260 h o m e n s - d i a para execução do
t e lhado.

0 s conteúdos de trabalho encerrados e m cada a t i v i -


d a d e p o d e m s e r c a l c u l a d o s p a r a t o d a s a s a t i v i d a d e s com b a s e
n a á r e a s o b o h i s tograma, a exemplo d o q u e £ o i f e i t o p a r a a
a t i v i d a d e d e e x e c u ç ã o do t e l h a d o na F I G U R A 3.25.

O v a l o r d a b a s e e q u i v a l e n t e do h i s t o g r a m a de mão-de-
o b r a p o d e s e r o b t i d o d e f o r m a a n a l í t i c a a t r a v é s da equação
3.4.23, ao invés d a l e i t u r a no histograma.

Q - FMR
+ D1 ,
U

= número t o t a l d e v e z e s que a a t i v i d a d e é r e p e -
tida;
= r a z ã o de c o n s t r u ç ã o ( u n l d a d e s / p e r I o d o de tem-
po) ;
FRH = f a t o r multiplicação de recursos;

D1 = duração da a t i v i d a d e (semanas, dias).

E s t e s v a l o r e s r e l a t i v o s 5 s a t i v i d a d e s , a p o s terem
s i d o L a l c u l a d o ç , podem s e r l i s t a d o s numa t a b e l a ( T A B E L A 3.5)
que a s s e s s o r a r á o s e t o r de p l a n e j a m e n t o f o r n e c e n d o inforrna-
ç Õ e s mais e l a b o r a d a s .

A a n á l i s e d a TABELA 3 . 5 p e r m i t e q u e s e o b s e r v e o
acréscimo de consumo de mão-de-obra imposto pelo ritmo. Este
consumo, quando as atividades s ã o executadas c o n f o r m e o p r o g r -
a
ma, é estimado com um v a l o r aproximadamente 12% s u p e r i o r ao
p r e v i s t o n a s r e l a ç õ e s d i r e t a s , ou s e j a , 179 h o m e n s - d i a l c a s a e
35.761 h o m e n s - d i a no p r o j e t o como um t o d o . E s t e acréscimo d e
consumo c o i n c i d e c o m a í m p r o d u t i v i d a d e c a l c u l a d a q u e f i c a e m
torno: de 1IX.

As FIGURAS 3.26(a) e Ib) mostram as curvas d e rnobi-


l i z a ~ ã om o n t a d a s a p a r t i r do d i a g r a m a L . B . A FIGURA 3 . 2 6 ( a )
r e p r e s e n t a a mobilização e d e s r n o b i l i ~ a ~ ãda
o mão-de-obra por
a t i v i d a d e , e n q u a n t o a FIGURA 3 . 2 6 C b ) e a r e p r e s e n t a ç ã o d a cur-
v a g e r a l de m o b i l i z a ç ã o de mão-de-obra.

3.4.6. R i t m o Natural das Atividades

Um dos c r i t é r i o s mais u s u a i s de j u l g a r - s e a organi-


z a ç ã o do t r a b a l h o r e p e t i t i v o e o desempenho dos o p e r á r i o s é
o d a p r o d u t i v i d a d e o b t i d a no c a n t e i r o , e x p r e s s a p e l a r e l a ç ã o
número de u n i d a d e s p r o d u z i d a s e t e m p o g a s t o na s u a p r o d u ç ã o .

A p r o d u t i v i d a d e d a mão-de-obra, embora não s e j a o


Ú n i c o , é um fator de grande relevância na d e f i n i ç ã o do r i t m o
e m q u e o s t r a b a l h o s s e desenvolvem. Qualquer e m p r e i t e i r o , que
p a r t i c i p a r d e um empreendimento, p r o g r a m a a e x e c u ç ã o d a o b r a
t e n d o e m mente as d e s p e s a s com materiais, e q u i p a m e n t o s e p r i n -
c i p a l m e n t e mão-de-obra. I s t o s e j u s t i f i c a p e l o fato d a p a r -
t i c i p a ç á o d o s c u s t o s d e mão-de-obra no custo t o t a l do empreen-
d i m e n t o o c o r r e r e m uma p r o p o r ç ã o b a s t a n t e e l e v a d a (PEER. S . e
NORTB, T.R., 197454).
7 I

TABELA 3 . 5 - T a b e l a de consumos.

I Durações
alocados Homns-dia Fator mui-
tipficaçao
Pico de
recursos
Base equivalcn-
t a do tiisro-
grama
'"'
histograma
Houens-dias p /
completar todas
Homens-dias/
~ i v i d a d ena-
as atividades razm de produ~ao
t: por
atividade de,
5 bias Homens . fBCUr5OS
NQ de
homens Dias - iioaiens-dias . Horriens-dias Bomns-dias

A 1 ~ 0 3 ~ 0 3,O 1 1 ,o - 3,O 115,4 346,2 346 1,73


B 0.5- 2 ~ 0 1 ,o 1 ,o 230 , 114,9 229,8 2 30 1 ~ 1 5
C 1 ,o 3,o 3a 0 2a o 690 114.8 . 688,8 6 89 3,45
b 4 ao 6 s.0 24 ,O 7 ,o 4 2 ,O 114,9 4825,8 4826 24,13
R 6,o 4 ,o 24,O 11 ,O 44,O L14,6 ' 5042,4 5042 25,21
P 3n5 490 14,O 6.0 24,O , 2 15 2760 2760 13,80
Ft la5 2,O 3,O 330 6 ,o 114.7 688.2 688 3,44
P' 3,O 2 ,O 6 DQ 5 ,O 10,O 115,1 11 5 1 . 1151 5,76'
G 7-5 6 ,o 45 ,O 13,O 78,O 115 11 7 7 8 11778 58,89
11 3,5 2,O 7,o 7,o 14,O 114,4 1601,6 1602 8,Ol
1,50 2,O 3 ,O 3,o 6,Q 114,7 688,2 688 3,44
=I
1,50 2 ao 3 ~ 0 3 0 n 6,o 1I4,,7 688,2 68 8 3,44
=2
,
I' 2,O' 2,O 4 ~ 0 3,o 6 ,o 115,2 691.2 69 1 3,45
1" 0,s 190 0,s 1,O 1 ,o 114,9 114,9 115 0,58
J 4,O 2,O . 8,O 8,O 16 ,O 114,3 1828,8 1829 * 9.15
K 3,5 230 7,o ovo 12,O 115 1380 1380 6.90
b* 2 •0 2 ,o 4 ~ 0 4 ,o 8,o 114,6 916,8 917 4,59

iM 0, 5
1 ,o
190
1 90
0,s
1 90
I *o 2 ,o
2 ,o
114,9
114,8
114,9
229,6
115
230 1,15
0,58

1 - -
2,o

I 1 161 1 287.0 I 35.764,4 , 35.761 178,85


t
!?I-GIJRA 3 . 2 6 i a ) Curva de m o b i l i z a ç ã o p o r a t i v i d a d e .
I FIGURA 3 . 2 6 ( b ) - C u r v a de r n o b i l i z a ç ã o g e r a l .
E s t e ritmo de construçao das u n i d a d e s d o e m p r e e n d i -
mento é função do r i t m o n a t u r a l em que a maioria das o p e r a ç õ e s
o u atividades envolvidas no processo p r o d u t i v o s ã o e x e c u t a d a s .
Entenda-se p o r ritmo n a t u r a l o volume de serviços r e a l i z a d o s
p o r u m a e q u i p e padrão, na u n i d a d e de t e m p o , o u seja, o r i t m o
n a t u r a l representa o inverso da p r o d u t i v i d a d e da e q u i p e fm2 d e
área/~h).
A p r o d u t i v i d a d e no c a n t e i r o para cada a t i v i d a d e e s t á
i n t i m a m e n t e relacionada a o s r e c u r s o s a l o c a d o s a s u a e x e c u ç ã o .
Assim, s e o s r e c u r s o s empregados nas a t i v i d a d e s de produção d e
u m a c a s a s ã o d o b r a d o s , e n t ã o , a r a z ã o de e n t r e g a d e s t a s c a s a s
também ser;, a não s e r que um número m u i t o e l e v a d o de o p e r á -
rios a t r a p a l h e o t r a b a l h o . Isto é, s e o s r e c u r s o s a p l i c a d o s
p e r m i t e m uma razão de entrega de duas c a s a s por mês e e s t e s
recurços são d u p l i c a d o s , ter-se-á uma razão de e n t r e g a duas v-
e
z e s maior, 4 c a s a s por mês. Estes novos r e c u r s o s a l o c a d o s ,
n e s t a c a s a , foram empregados na produção de novas unidades
(FIGURA 3.27(a) e (b)).

Quando e s t e s r e c u r s a s adicionais forem i n c o r p o r a d o s


aos r e c u r s o s i n t e i r a m e n t e u t i l i z a d o s na e x e c u ç ã o de uma u n i d a -
d e , o c o r r e r á uma redução no tempo g a s t o para produção d e s t a
u n i d a d e ; o r i t m o da c o n s t r u ç ã o será a c e l e r a d o . Q u a n d o a re-
d u ç ã o no d e c o n s t r u ç ã o f o r de m e t a d e do p e r z o d o a n t e -
r i o r , t a m b é m o c o r r e r á uma d u p l i c a ç ã o d o r i t m o de e n t r e g a d a s
u n i d a d e s do p r o j e t o (FIGURA 3.28).

A d i f e r e n g a b á s i c a que s e e s t a b e l e c e e n t r e a s s i t u a -
ç õ e s a p r e s e n t a d a s n a s FIGURAS 3 . 2 7 e 3.28 é q u e , na primeira
( F I G U R A 3-27], o s n o v o s r e c u r s o s s ã o a l o c a d o s na p r o d u ç ã o d e
novas u n i d a d e s simultaneamente ã p r o d u ç ã o das p r i m e i r a s ( F I G U -
RA 3.27(a) e (b)) . N a s e g u n d a situação ( F I G U R A 3.281, e s t e s
n o v o s r e c u r s o s s ã o i n c o r p o r a d o s aos r e c u r s o s a n t e r i o r e s p a r a
p r o d u ç ã o de uma mesma u n i d a d e . Ocorre uma redução d o p e r í o d o
d e execução da a t i v i d a d e na u n i d a d e .
FIGURA 3.27(a) -
Atividade -
ocorren
do no ritmo natu-
ral - 1 equipe.

FIGURA 3.27(b) -
-
Atividade ocorren
do no ritmo natu-
ra 1 - 2 equipes.
wr

t
DAS
CASAS

-
Atividade ocorren
do no ritmo natu-
ral - 3 equipes.

F I G U R A 3.27 - A u m e n t o do r i t m o de p r o d u ç ã o com a
multiplicaçãa dos r e c u r s o s .
A e s c o l h a de uma d e s t a s duas e s t r a t é g i a s e s t á i n t i -
mamente a s s o c i a d a
análise d a programação g l o b a l , e m c a d a u m
de seus fatores i n t e r v e n i e n t e s . Mo e n t a n t o , um par%metxo d e
extrema importância a s e r considerado é a q u e l e do limite máxi-
m o d e homens e m trabalho e m uma mesma u n i d a d e q u e garantam as
taxas de p r o d u ~ividade esperadas ( interfergncias por excessos de operAr ios 1.

C a b e s e r d i t o que é a duração d a atividade na u n i d a -


d e de produGão, função d e alocação de r e c u r s o s e da p r o d u t i v i -
d a d e da mão-de-obra empregada, que d i t a o ritmo n a t u r a l de
q u a l q u e r a t i v i d a d e , quando relacionada jornada de t r a b a l h o
estipulada (semanal o u m e n s a l ) . P o d e - s e p e r c e b e r na FIGURA
3.27 que uma mesma e q u i p e continua p r o d u z i n d o 2 casas/mês, em-
b o r a o r i t m o d e a t i v i d a d e tenha s i d o acelerado, p o i s a sua du-
ração permanece i n a l t e r a d a . , O o p o s t o ocorre n a situação d a
F I G U R A 3.28 j á que houve um acréscimo de mão-de-obra p o r a t i -
vidade e p o r u n i d a d e e uma consequeate reduFão do p e r í o d o p r o -
dutivo.
E m t o d o s os c a s o s apresentados nas F I G U R A S 3.27 e
3.28 o c o r r e um emprego de r e c u r s o s com 100% de u t i l i z a ç ã o ,
uma v e z que n ã o foram i m p o s t o s p e r í o d o s de e s p e r a 5 s e q u i p e s .
p o i s os ritmos imprimidos s ã o múltiplos do r i t m o n a t u r a l .

situações poderão ocorrer e m que a u t i l i z a ç ã o d o s


r e c u r s o s n ã o seja p l e n a . o caso d a programação p r e v e r , p o r
e x e m p l o , ritmos de 3 , 5 o u 7 u n i d a d e s p o r mês, quando o ritmo
n a t u r a l é d e 2 unidades/rnês. I s t o i m p l i c a e m e s p e r a s das e q u i
p e s p a r a r e i n í c i o dos t r a b a l h o s (FIGURA 3.29) e m n o v a s u n i d a -
d e s e d e s p e r d i c i o de h o r a s d e t r a b a l h o , p o i s o p o t e n c i a l total
de t r a b a l h o das e q u i p e s não e s t á s e n d o usado.

A idéia d e que a programaçio deve o c o r r e r no r i t m o


n a t u r a l dos t r a b a l h o s , para uma utilização d o s r e c u r s o s d e 100%
p o d e s e r de d i f i c i l i m p l a n t a ç ã o , na ~ x á t i c a , d e v i d o a i m p o s s i -
bilidade d e e n c o n t r a r - s e um r i t m o fundamental comum a todas
atividades.
(61 U m conjunto d t rscurrm
Duroçdor I m 6 i
Unida&

-
I E . 3 4 5 6 7 MESES

(b) D o i conjuntos de recursos


D u r o ~ o : me10 mBs
Unido &

F I G U R A 3.28 - ~ e d u ~ ãdoo p e r í o d o p r o d u t i v o com


a multiplicação de r e c u r s o s .
7 ..
6 .r

FiGURA 3 . 2 9 ( a ) -
4
Atividade ocorren-
do no r i t m o de
3 unidades /mês com
I o uso de 2 equipes.

IIi DAS A
CASAS

14..
9. --
8..
7..

6 .
FIGURA 3.29 (b) -
B .. Atividade oco rren-
4 .. do no ritmo de
5 unidades /mês com
S.
o uso de 3 equipes.
2 ..

1
I e s 4 TEMPO

CASAS t

FIGURA 3.29(c) -
A t i v i d a d e ocorren-
do no ritmo d e
7 unidades /mês com
o uso de 4 equipes.
1
j
I 2 3 4 TEMPO

F I G U R A 3.29 - A t i v i d a d e s programadas f o r a do r i t m o n a t u r a l
que 6 d e 2 u n i d a d e s p o r m @ s .
R e s t a a o p ç ã o de p r o g r a m a r - s e as a t i v i d a d e s e m s e u s
ritmos n a t u r a i s p a r t i c u l a r e s , o q u e p r o v o c a r i a u m a l a r g a m e n t o
d o p e r í o d o p r o d u t i v o t o t a l , p o d e n d o t r a z e r problemas d e p r a z o
( F I G U R A 3.30).

F I G U R A 3.30 - A t i v i d a d e s e m r i t m o n a t u r a i com
e m p r e g o d e uma e q u i p e .

N a p r á t i c a , deve-se e n c o n t r a r um r i t m o fundamental
r c a u m a t o d a s a t i v i d a d e s , como d i t a a p r o g r a m a ç ã o p a r a l e l a .
I s t o o c o r r e a p e n a s e m s i t u a ç õ e s onde e x i s t a m u i t a f l e x i b i l i -
dade a s s o c i a d a às e s t i m a t i v a s d a s d u r a ç õ e s d a s a t i v i d a d e s o u
o n d e h o u v e r um a r r a n j o d e s t a s . Quanto A s d u r a ç õ e s das a t i v i -
d a d e s usadas na programação, sabe-se que e s t a s j á t r a z e m con-
s i g o u m a g r a n d e i n c e r t e z a , f u n ç ã o de s u a o r i g e m h i s t ó r i c a
( f r u t o d e u m a r o t i n a de obra da e m p r e s a ) o u do c a r á t e r i m p o -
s i t i v o de sua determinação. J; no a r r a n j o das a t i v i d a d e s , t e m
se como l i m i t a ç õ e s , n a s a l t e r a ç õ e s d o s métodos d e t r a b a l h o ,
a p e n a s o b o m s e n s o no u s o d e n o v a s t é c n i c a s . No e n t z n t o , is-
t o n ã o d i m i n u i o p r o b l e m a de e s t i p u l a r - s e u m ritmo f u n d a m e n t a l
Único.
3.4.7. Balanceamento das E q u i p e s

N e s t a s e ç ã o , será enfocada a adaptação dos m e i o s d e


produção d a s d i v e r s a s atividades que constituem um p r o j e t o a o s
ritrnhs d e t r a b a l h o a serem i m p o s t o s . ~ t e n ~ ãe so p e c í f i c a s e r á
dada c o n s t i t u i ç ã o das e q u i p e s de t r a b a l h o c o m o o b j e t i v o
f i n a l de a t i n g i r - s e um r i t m o fundamental comum a t o d a s a s a t i -
v i d a d e s que represente, t a n t o quanto possível, um número mÚl-
t i p l o de r i t m o s n a t u r a i s d e s t a s a t i v i d a d e s .

S e na t e n t a t i v a d e o b t e n ç ã o de um ritmo c o m u m a
t o d a s as a t i v i d a d e s do processo de c o n s t r u ç ã o , exaurirem-se
as p o s s i b i l i d a d e s de o b t ê - l o através de u m balancearnento d a s
atividades, q u a l q u e r que s e j a a combinação d o s f a t o r e s d e mul-
t i p l i c a g ã o d o s r e c u r s o s , a solução deverá, e n t ã o , s e r b u s c a d a
através d o balancearnento das e q u i p e s . Note-se que e m b a l a n -
ceamento d e atividades d e v e - s e e n t e n d e r as v a r i a ç õ e s p o s s í v e i s
no número de equipes de trabalho a s e r e m utilizadas, com o fim
de ajustá-las ao ritmo desejado. 52 o balancearnento de e q u i -
p e s t r a t a d e v a r i a ç õ e s p o s s í v e i s no ncmero de p r o f i s s i o n a i s
q u e e s t a s e q u i p e s particulares de trabalho d e t ê m a f i m d e atin-
g i r - s e e s t e mesmo objetivo.

Tome-se como e x e m p l o algumas das a t i v i d a d e s e n v o l v i -


d a s na e x e c u ç ã o d o p r o j e t o das 200 c a s a s : alvenaria, cobertura
e revestimentos. mostra v a l o r e s de duração, r i -
A TABELA 3 . 6 t
m o n a t u r a l e tamanho de e q u i p e para e s t a s atividades.

Para a j u s t a r - s e as atividades a um r i t m o c o m u m de
aproximadamente 9 c a s a s /semana ajus t o u - s e os t a m a n h o s das
equipes d e t r a b a l h o , j á que no b a l a n c e a m e n t o d a s a t i v i d a d e s
não s e obteve resultados satisfatórios.

Os a j u s t e s f e i t o s na c o n s t i t u i ç ã o das e q u i p e s e s t ã o
b a s e a d o s n a s p o s s i b i l i d a d e s d e redução o u a c r é s c i m o d o n ú m e r o
d e o f i c i a i s n e s t a s equipes, uma v e z q u e o dimençionamento das
equipes baseia-se, g e r a l m e n t e , na p r o d u t i v i d a d e d e s t e s p r o f is-
sionais.
TABELA 3 . 5 - Tabela de ritmos.

ATIVIDADE DURAÇÃO R I T M O NATURAL


coas~r~urçÃo
DA EQUIPE

1 . 3 semanas 8.8 casaslsernana 2 pedreiros


Alvenaria 1 servente

1 carpinteiro
Cobertura 0.9 s emanas 4 . 3 casas /semana 1 servente

4 pedreiros
Reves t i m e n t o s 1 . 2 semanas 12.2 casas /semana 4 serventes

2 pintores
Pintura 1 . 3 semanas 9 . 3 casas/semana 2 serventes

Mas e q u i p e s q u e realizam o s t r a b a l h o s de e x e c u ç ã o
d a c o b e r t u r a e p i n t u r a , p o r e x e m p l o , f o r a m a c r e s c e n t a d o s mais
d o i s p r o f i s s i o n a i s , um e m c a d a uma das e q u i p e s , e n q u a n t o que na
e q u i p e dos revestimentos r e d u z i u - s e o número d e p r o f i s s i o n a i s .
A n o v a f o r m a ç ã o das e q u i p e s e s e u s r i t m o s n a t u r a i s
de t r a b a l h o consequentes d e s t e s a j u s t e s s ã o listados a s e g u i r
na TABELA 3 . 7 .

TABELA 3 . 7 - Tabela de constituição das equipes.

ATIVIDADE CONSTITULÇÃO
DURAÇÃO RITMO NATURAL
DA E~~~~~

Alvenaria 2 pedreiros
1 . 3 semanas 8 . 8 casaslsemana
I servente

Cobertura 0.5 semanas 8 . 6 casaslsemana 2 carpinteiros


1 servente

Reves tirnentos 1 . 7 semanas 3 pedreiros


9.2 casaslsemana
4 serventes

Pintura 0.9 semanas 9 . 3 casas/semana 3 pintores


S a b e - s e que e m algumas s i t u a ç õ e s o t a m a n h o d a e q u i -
pe é i n f l e x í v e l , mesmo a s s i m , o u t r o s meios d e v e m s e r t e n t a d o s
p a r a f a z e r o balanceamento, procurando-se sempre a t i n g i r o s b -
j e t i v o que é o menor r i t m o n a t u r a l p o s s í v e l .

E n t r e e s t e s o u t r o s m e i o s citados p o d e e s t a r a o r g a -
-
nizaçao d a s a t i v i d a d e s e m p a c o t e s de t r a b a l h o , q u e n a d a m a i s
s ã o do que o a g r u p a m e n t o das a t i v i d a d e s . E s t e p a c o t e d e ati-
v i d a d e s aumenta o alcance d o b a l a n c e a m e n t o , p o i s aumenta o c o n -
t e G d o d e t r a b a l h o e a duração de e x e c u ç ã o d o mesmo, r e d u z i n d o -
se o r i t m o natural de execução. C o m e s t e n o v o r i t m o mais b a i -
x o , a s c h a n c e s de combinação com o u t r a s a t i v i d a d e s , n a o b t e n -
ç ã o d o r i t m o comum, tornam-se maiores.

E m resumo, o b a l a n c e a m e n t o das e q u i p e s p o d e s e r ob-


t i d o a t r a v é s de d o i s m é t o d o s :

a) ajuste do tamanho d a s e q u i p e s e m r e l a ç ã o ao con-


t e ~ d ode t r a b a l h o (HHs) que e n c e r r a a a t i v i d a d e . Resulta d a í
a d e t e r m i n a $ ã o de uma duração p a r a e s t a a t i v i d a d e i g u a l ou
m ú l t i p l a da maior duralão comum 2 s a t i v i d a d e s da r e d e .

b) agrupamento das a t i v i d a d e s que s ã o e x e c u t a d a s p o r


u m mesmo t i p o de p r o f i s s i o n a l , aumentando-se, a s s i m , a duração
da atividade d e s t a e q u i p e de forma q u e u m r i t m o n a t u r a l menor
e mais f l e x í v e l é obtido.

N a v e r d a d e , e s t e s dois m é t o d o s d e b a l a n c e a m e n t o , n o r
m a l m e n t e , não £ o r n e c e m r e s u l t a d o s s a t i s f a t ó r i o s quando a p l i c a -
dos isoladamente. O a j u s t e do tamanho d a s e q u i p e s d e v e s e r
f e i t o a p ó s o agrupamento d a s a t i v i d a d e s , i s t o é, o balancea-
m e n t o deve s e r r e a l i z a d o a p a r t i r d e uma c o m b i n a ç ã o d o s d o i s
rng todos.
E s t e s balanceamentos de a t i v i d a d e s e e q u i p e s p o d e m
l e v a r a s i t u a ç õ e s a l t a m e n t e r e g e t i t i v a s onde o s r e c u r s o s s a o
utilizados p l e n a m e n t e e s u a movimentação a t r a v é s das s e ç õ e s
d o p r o j e t o dê-se e m i n t e r v a l o s d e tempo muito pequenos (movi-
mentação d i á r i a , por exemplo). Isto leva a uma a l t a e s p e c i a -
l i z a ç ã o d o t r a b a l h o ; no e n t a n t o , e s t a s s i t u a ç õ e s t o r n a m os
t r a b a l h o s mais s e n s í v e i s a p r o b l e m a s d e mau t e m p o , d e e s t o q u e
de m a t e r i a l e mão-de-obra e e x i g e m uma s u p e r v i s ã o mais e f i -
ciente.
Na seção deste t r a b a l h o , será apresentado o
m r t o d o de programasão de r e c u r s o s , s e n d o , posteriarmente, fei-
t a s comparaSÓes e n t r e d o i s m ê t o d o s de ~ r o ~ r a m a ç ãdoa L.B.

3.5. o Recursos
~ r o g r a m a ~ ãde

Como d i t o e m s e ç õ e s a n t e r i o r e s , a p r o g r a m a ç ã o d e r e -
cursos t e m c o m o r e g r a b á s i c a p r o g r a m a r a e x e c u ç a o d e c a d a u m a
d a s a t i v i d a d e s q u e constituem um p r o j e t o em sua razão n a t u r a l
de progresso, a d o t a n d o u m número i n t e i r o d e ritmos n a t u r a i s d e
modo a o b t e r uma razão p r o d u t i v a q u e m u i t o s e a p r o x i m e d a ra-
zão de construção d e s e j a d a . E s t e ritmo d e t r a b a l h o m Ú l t i p l o
d o ritmo n a t u r a l é o b t i d o multiplicando-se o ntirnero d e e q u i p e s
a s e r e m utilizadas, s e m , no e n t a n t o , forçar-se uma v e l o c i d a d e
p a d r ã o d e t r a b a l h o , e v i t a n d o - s e , a s s i m , as o c i o s i d a d e s f o r ç a -
das d-a mão-de-obra,

O e x e m p l o a s e r a p r e s e n t a d o p a r a d e m o n s t r a ç ã o d o m6-
t o d o d e p r o g r a m a ç ã o de recursos d a L.B. & o m e s m o que vem s e n -
d o u s a d o a t é e n t ã o para a p r o g r a m a ç ã o p a r a l e l a - a e x e c u ~ ã o d e
2 0 0 casas e m u m a razão d e c o n s t r u ç ã o de 1.80 casasldia ou
9 c a s a s /semana.

A rede u n i t ã r i a usada para programar o empreendimen-


t o a t r a v é s da de recursos n ã o é a mesma u t i l i z a d a
na paralela. Algumas v a r i a ç õ e s l ó g i c a s f o r a m i n -
s e r i d a s como m o s t r a a F I G U R A 3 . 3 1 . Estas rnodificaçÕes i n s e r i -
d a s o b j e t i v a r a m a redução do n ú m e r o d e p r o f i s s i o n a i s de u m a
mesma c a t e g o r i a , prevendo-se a sua utilização em outras ativi-
dades c o m p a t í v e i s com a sua e s p e c i a l i z a ç ã o , eliminando-se, as-
sim, a o c o r r ê n c i a d e a l g u m a s a t i v i d a d e s p a r a l e l a s e diminuin-
do-se' o s homens-hora improdutivos.

N e s t a n o v a rede, os profissionais e n v o l v i d o s na exe-


-
cuçao d o s revestimentos i n t e r n o s e e x t e r n o s da casa tambem
executa rã^ as atividades de colocação d e e s q u a d r i a s m e t ã l i ~ a s
5 m a r c o s e, a i n d a , a q u e l a s r e l a t i v a s à c o n f e c ç ã o d o p i s o c i -
mentado. O s c a r p i n t e i r o s e n v o l v i d o s c o m a c o l o c a ç ã o de p o r t a s
e janelaç de m a d e i r a e x e c u t a r ã o a c o l o c a ç ã o d o forro, A
e x e c u ç a o d o s serviços de i n s t a l a ç ã o e l é t r i c a e h i d r o - s a n i t a r i a
s e r ; mais s i m u l t â n e a e l i m i n a n d o - s e parte d a ociosidade provo-
cada p e l a sua programação p a r a l e l a .

A FIGURA 3.32 a p r e s e n t a o d i a g r a m a L.B. resultante


quando p r o g r a m a - s e o e m p r e e n d i m e n t o pelo m é t o d o d e prograrna-
$20 de recursos. N o t e - s e que além do tempo médio u n i t á r i o d e
p r o d u ç ã o ter a u m e n t a d o , e m relação ao d a programação p a r a l e l a ,
também o p e r í o d o total de produção f o i ampliado. A duração
e s t i m a d a d o p r o j e t o é de 2 1 5 d i a s , a p r o x i m a d a m e n t e 4 3 % s u p e -
rior à p r e v i s t a n a programação p a r a l e l a .

A TABELA 3 . 8 a p r e s e n t a o s v a l o r e s de d u r a ç ã o das
a t i v i d a d e s , número d e e q u i p e s e n v o l v i d a s e o r i t m o de t r a b a l h o
a d o t a d o e m cada atividade. A f o r m a de o b t e n ç ã o d e s t e s v a l o r e s
já f o i a p r e s e n t a d a na seção 3 . 4 . 4 , quando f o i d e s e n v o l v i d o o
método d e paralela.

N a c o n s t r u ç ã o do d i a g r a m a d a F I G U R A 3 . 3 2
-
sao reç-
p e i t a d o s o s v a l o r e s d a TABELA 3 . 8 , p r i n c i p a l m e n t e no q u e t a n -
ge aos ritmos i m p r i m i d o s 2 s atividades e 3 duração d a s m e s m a s .

A c u r v a d e a l o c a ç ã o de r e c u r s o s q u e r e s u l t a do p r o -
g r a m a acima a p r e s e n t a d a na F I G U R A 3 . 3 3 . O pico d e alocação
de r e c u r s o s é 2 6 7 o p e r a r i o s em um p e r í o d o aproximado d e q u a -
r e n t a ( 4 0 ) dias apenas. Tentando aproximar-se a f i g u r a r e s u l -
t a n t e d a alocação p r e v i s t a em um t r a p g z i o r e g u l a r , através d a
compensação d a s áreas, o p i c o o b t i d o é de 2 5 0 homens em u m p e -
r í o d o d e c e r c a d e 1 6 4 d i a s , o que p r e v e u m c o n t e ú d o d e t r a b a -
lho d e 28490 homens-dias.

A TABELA 3 . 9 mostra o c á l c u l o a n a l í t i c o d o c o n t e Ü d o
d e t r a b a l h o e n v o l v i d o no p r o j e t o . O v a l o r o b t i d o é de 2 8 5 4 3
homens-dias para todo o p r o j e t o e d e c e r c a de 1 4 3 h o m e n s - d i a s
p o r unidade.

A s d i f e r e n ç a s o b s e r v a d a s n o s r e s u l t a d o s o b t i d o s com
o s métodos gráfico e analítico devem-se às i m p e r f e i ç õ e s d o
método o n d e as c o m p e n s a ç õ e s d e á r e a s s ã o f e i t a s in-
tuitivamente, p o r o b s e r v a ç õ e s v i s u a i s .
FIGURA 3.33 - R e d e u n i t á r i a de a t i v i d a d e s rnodif i c a d a p a r a p r o g r a m a ç ã o
de recursos. Duraçao: 41,5 dias,
Linhas de thrmino
dos otividodes

FIGURA 3.32 - diagrama d e l i n h a de balanço p a r a


programação de recursos.
TABELA 3 . 8 - Programação de recursos - M é t o d o analítico.

2& $43 :.A on.L \ I


O .A Tmanho
R B Z ~ Ore- ~ura~ão/ ~ura~ão Tempo desde
5 - c z " 2I I I
ç u 7
v i s a d a de d i a s para arredonda-o início í?a
zs;z
NP ATIVIDADES plw
CI
B
Q
2
2a.s
s1Sviui
h uP
ma*
o m ,i? da
equipe
construgáoumacasa
. u D
ria L? casa a t é
na última
A [ Limpeza
O

serv. 14,52 2,72 3,O


P a
1 ,o 3,o
g t D1
1,o
S
10 1
---- 1,98
--
B , Locação t carp. 4,72 0,89 1 1 ,o 1 ,O 2,03 O , 50 99
I 0,5
C I Escavação serv. 29,90 5,6i 2 3,O 6 ,o 1,93 1,10 1,o 104
Alvenaria de pedra, v i g a de
pedr. 75,44 14,15 2 . 7,O 14,O 1.78 3,93 4 ,o 112
1 1 4 2 , 10,O3 2 0 ,8
O T2 , 6 8 1 5,96 p 119
- - ppp
6,O
carp. 61,08 11,45 2 5,o 10,0 1,57 3,18 3,s 12 7
Rasgos e i n s t a l a ç a o
pt
elétrica eletr. 13,92 2,64 1 3,o 3,O 2 ,O4 1.45 1,50 98
F,, R a s g o s e i n s t a l a ç ã o encan. 24,79 4,65 1 4,o 4,O 1,94 2,58 2,50 103
h i d r o - s a n i tj.nt
ãerno-exrrer---
ipp-a
Revestimento
pedr. 208,28 39,05 3 13aO 39,O 1,HO 7.23 7,50 111
no, marco, contrapiso, piso
11 Porras-janelas-forro carp. 50,65 9,50 1 9,o l,71 117
9,O 5,3 5.5

I1 ~ia~ão-tomadas eletr. 13,34 2,50 1 . 2 ~ 0 2,O 1,44 1,39 1,50 138


A

12. Aparelhos encan. 16,25 J,08 1 3,o 3,o 1,75 1,69 1,50 114

X3. Vidros vidr. 5,00 0,95 1 I,o 1,O 1,92 0,52 O ,50 104

J1, P i n t u r a i n t e r n a - e x t e r n a p i n t o r 7 2 , 4 0
--13,75
- 1
- 13.0
- -
13,0
--
1,70 7,53
- -7,50 117
i
P a v i f l6x-rodapés coloc. 19.92 3,74 1 3,o 1.44 138
J2 1 _I - - - -
3,O -2 ,O8
-2 , o
5
I
~emoção-limpeza serv. 5,00 0,95 1
-
1,o 1,O 1,92 0,52 O, 50 104
L Cerca d i v i s ó r i a carp. 10,00 1,90 1. 2,o 2,O 1,92 1 ,O4 1 ,O0 10 4
_ *-- 1,.
-
f 1

TABELA 3 . 9 - , T a b e l a d e consumos Programação d e recursos.

9
Recur- Homens- Fator valente ari~idadena do
multipli histogr- de
NP ATIVIDADES ~ k alo d i a por
~ u t a sos histogt- razao
*tivida- ca~ãO de roduçk
recurso: homens ~orriens-dias produçao
de
A 1,o 3,o 3,o 304,s 1,52
Limpeza
- - -
1.98
, 1 ,o 1 ,o
0,5 230 1 DO
- - -
98,5
-98,5
-0,49 2,03

C ~scava~ão

112,4 4720,s
Alvenaria, impermeabiliza-
E cao. wrRaei, cx. inspecao --- - -
p Telhado, reservat6rio 3,5 4,O 14,O 5,0 20,O 127,7 2554 12,77 1 ,S7

--I n s t a l a ç ã o
p* elétrica Ia5
-
2,o
-
4,5
-
3 0 a
-
588,6
-
2,94
-
2,04
plr ~nstalaçãohidm-sanitária 2,s 2 ~ 0 5 ,o 4,O 8,O '103,s 828 4.14 1,94
Revestimentos, marcos, 7,SO 6,O 45,O 13,O 78,O 111,4 8689,Z 43,45 1,80
,
G contrapiso.piso

H Portas-janelas-forro 5,s z30 11,O 9,O 18,O 117,2 2109,6 10,55 1,71
-. --

Ii qiação-tomadas 1.50 2,O 3a0 2,o . 4 ~ 0 139 556 2,78 1,44


1

I
Aparelhas
Vidros
1,50
0,50
2,O

1.0
---- 684,6
52,l
3,42
O ,26
1,75
1,92

-
J1 Pintura
--7.50 2,O
----
3055 15,28 1,70

2 ,o 3,O 6,O 138,8 832,8 4,16 1,44


J2 P a v i f lex-rodapé 290 4,o .
. --
K ~erno~ão-limpeza 0 15 1ao 0,5 2 ao 0, 5 1U4,l 52,l 0,26 1.92

L Cerca d i v i s ó r i a , 1,OO 2,O 2.0 416,4 2,08 1,92


- - - - - - -
& 149,s
. 28542,8 142,7
-
3 . 6 . comparação e n t r e Programaçao P a r a l e l a e ~ r o ~ r a r n a ~d ãe o
Recursos

O s d o i s p r i n c i p a i s t i p o s de programação d a t é c n i c a
d a LZnha de Balanço foram a p r e s e n t a d o s n a s s e ç õ e s a n t e r i o r e s ,
t e n d o s i d o a p l i c a d o s a um mesmo p r o j e t o . O s programas r e s u l -
t a n t e s p e r m i t i r a m que as s e g u i n t e s c o n c l u s õ e s e s b o ç a d a s p o r
DARLOW f o s s e m confirmadas :

a) o tempo u n i t á r i o médio d e c o n s t r u ç ã o n a programa-


ç ã o p a r a l e l a é o menor possível e não v a r i a com o r i t m o de
c o n s t r u ç ã o a d o t a d o nem com o número de u n i d a d e s q u e e n c e r r a o
projeto (FIGURA 3 . 3 4 ) ;
-
b ) n a programagao de r e c u r s o s , o tempo u n i t á r i o mé-
d i o d e c o n s t r u ç ã o é extremamente p r o l o n g a d o , d e c r e s c e com o
aurnenro do r i t m o de construção e cresce com o número de c a s a s
do p r b j e t o . Quando o r i t m o d e construção 6 muito baixo, e s t e
t e m p o u n i t a r i o m é d i o t o r n a - s e excessivamente g r a n d e , p o r v e z e s
inaceitável (FIGURA 3 . 3 2 e 3 . 3 4 ) .

C) OS c u s t o s d i r e t o s de mão-de-obra p o r u n i d a d e não
variam com o ritmo de c o n s t r u ç ã o a d o t a d o , quando e m programa-
ç ã o de r e c u r s o s , j á que as a t i v i d a d e s s e g u e m a u m ritmo d e
trabalho natural. M a programação p a r a l e l a , no e n t a n t o , h á
u m decréscimo a s s i n t ó t i c o destes c u s t o s com o aumento do ritmo
de construção, uma v e z que a duração u n i t á r i a das a t i v i d a d e s
f i c a prolongada pois é menor o número de o p e r á r i o s empregados
na execução das mesmas (FIGURA 3 . 3 5 e 3 . 3 6 ( a ) e ( b ) ) . No en-
tanto, considerando-se o p r o j e t o como um todo, n ã o ha-
v e r v a n t a g e n s econÔmicas em um r i t m o muito a c e l e r a d o de t r a b a -
lho e m f u n ç ã o do número maior de e q u i p e s a s e r a d o t a d o .

Algumas outras diferenças entre a programação p a r a -


l e l a e a d e recursos podem s e r a p r e s e n t a d a s :

d) a programação d e p r o j e t o s c o m p o s t o s é mais f a c i l -
mente e l a b o r a d a através da programação p a r a l e l a , p o i s , n a Pro-
gra mação d e r e c u r s o s , o s - i n t e r v a l o s e n t r e e q u i p e s s u c e s s i v a s
n o i n í c i o do p r o j e t o s ã o d i f e r e n t e s dos i n t e r v a l o s d a s m e s m a s
no f i n a l do p r o j e t o (FIGURA 3.32);
FIGURA 3.34 - Cornparaçáo e n t r e p r o g r a m a ç ã o p a r a l e l a
e de recursos - Variação d e tempo u n i -
t á r i o de c o n s t r u ç ã o .
FIGURA 3 . 3 5 - ~ o m p a r a ç ã oe n t r e programação p a r a l e l a
e de r e c u r s o s - Improdutividade.
N* CASAS

OiAS

FIGURA 3 . 3 6 ( a ) - ~ r o g r a m a ç ã op a r a l e l a com r i t m o m a i s a c e l e r a d o .
Menor n ú m e r o de o p e r á r i o s p o r e q u i p e . Yaior
número de equipes.

PI* CASAS

DIAS

FIGURA 3 . 3 6 ( b ) - programação p a r a l e l a com r i t m o menos a c e l e r a -


do. M a i o r n h e r o d e o p e r á r i o s p o r e q u i p e . M-
e
n o r número d e e q u i p e s .
e) a a l o c a ç ã o d i r e t a de m ã o - d e - o b r a durante o
d o d e e x e c u ç ã o do p r o j e t o v a r i a com o método de ~ r o g r a m a ç ã o .
Na p a r a l e l a , a d i s t r i b u i ç ã o de mão-de-obra direta
no t e m p o a p r e s e n t a a f o r m a t r a p e z o i d a l . Na de
r e c u r ' s o s , a d i s t r i b u i ç ã o de mão-de-obra no t e m p o é i r r e g u l a r e
o número de o p e r á r i o s e m s e r v i ç o , e m q u a l q u e r momento, é i n f e -
3 .A
r i o r ao d a p r o g r a m a ç ã o p a r a l e l a ( F I G U R 26 .e 3.33) ;

f ) o s d e s v i o s e n t r e o programa e o p r o g r e s s o r e a l da
o b r a s ã o m a i s f r e q u e n t e s e mais s i g n i f i c a t i v o s n a p r o g r a m a ç ã o
p a r a l e l a , p o i s os ritmos de t r a b a l h o i m p o s t o s , n a g r a n d e m a i o -
ria das a t i v i d a d e s , ;b a s t a n t e d i f e r e n t e do r i t m o n a t u r a l .

g) as e s p e r a s in troduzidas p e l a parale-
l a , e n t r e o t r a b a l h o d e uma e q u i p e n u m a u n i d a d e e n a u n i d a d e
s ub seqlfen t e , p r o p o r c i o n a m uma i n t e r r u p ç ã o na continuidade execucio-
nal. r E s t a interrupção t r a z como conseqÜ@ncia redução na p r o d u t i -
v i d a d ' e p o t e n c i a l ganha com a repetição. N a programação de
r e c u r s o s , e s t e s e f e i t o s d e descontinuidade por espera d e l o c a i s
d e trabalho não ocorrem.
3 . 7 . O Efeito da Repetição - Curva de A p r e n d i z a g e m

S u b s t a n c i a i s melhorias d e p r o d u t i v i d a d e podem ser


a l c a n ç a d a s quando s e e s t a b e l e c e um p r o c e s s o r e p e c i t i v o nos p r-
o
j e t o s : de c o n s t r u ç ã o . O s decréscimos g r a d u a i s o b t i d o s n o t e m p o
-
o p e r a c i o n a l d e t r a b a l h o s repetitivos, a melhor o r g a n i z a ç a o e
m a i o r e s p e c i a l i z a ç ã o d a s t a r e f a s e o maior grau d e m e c a n i z a ç ã o
d e c o r r e n t e s d e uma p r o d u ç ã o em s é r i e levam a e c o n o m i a s nos
cus t o s o p e r a c i o n a i s d i r e t o s e nos c u s t o s i n d i r e t o s d a c o n s tru-
ç ã o (menores c u s t o s d e mão-de-obra, c u s t o s de f i n a n c i a m e n t o ,
m a q u i n a r i a , equipamentos, s u p e r v i s ã o , e t c . ) .

O alto g r a u de r e p e t i ç ã o nos e m p r e e n d i m e n t o s p o d e
s e r a l c a n ç a d o d e v a r i a s formas:

(a) A n í v e l de projeto:
Com a e a tipificação dos componen-
t e s dn c o n s t r u ç ã o e da p r G p r i a c o n s t r u ç ã o .

( b ) A n í v e l de planejamento:
Com a adoção d e métodos d e t r a b a l h o e de t e c n o -
l o g i a s que p r o p o r c i o n e m a e s p e c i a l i a a ç ã o das a t i v i d a d e s .

(c) A n i v e l de empresa:
C a m a atuação das e m p r e s a s e m c e r t o s tipos d e
c o n s t r u ç ã o ( p o r e x e m p l o , atuação e x c l u s i v a e m o b r a s como c o n -
j u n t o s h a b i t a c i o n a i s o u condomínios, o b r a s d e i n f r a e s t r u t u r a ,
etc.), p r o p o r c i o n a n d o a especialização das mesmas em c e r t o s
serviços.

O s e f e i t o s b e n é f i c o s do a u m e n t o d e p r o d u t i v i d a d e ad-
vindos d a r e p e t i ç ã o são representados p e l a curva d e a p r e n d i -
zado, q u e r e l a c i o n a o t e m p o o p e r a c i o n a l g a s t o p o r u n i d a d e com
o n ú m e r o de unidades p r o d u z i d a s . A f i l o s o f i a desta curva é
q u e q u a n t o mais v e z e s uma a t i v i d a d e é e x e c u t a d a , m e n o r o t e m p o
g a s t o em e x e c u t á - l a ( F I G U R A 3.37).
F I G U P A 3 . 3 7 - Curva d o E f e i t o A p r e n d i z a d o IGATES, M . & SCARPA, h . 3 0 )

N a v e r d a d e e s t e p r o c e s s o de a p r i m o r a m e n t o da p r o d u -
-
tividade, o u e f e i t o a p r e n d i z a d o , s e d á e m duas f a s e s que s a o :

- a fase d i t a de a p r e n d i z a g e m d a o p e r a ç ã o , na q u a l
o s ope r ã r i o s a d q u i r e m conhecirnen t o s s u f i c i e n t e s s o b r e a tare-
fa a s e r e x e c u t a d a . É quando a p r o d u t i v i d a d e aumenta rapida-
mente e,

- a f a s e de a q u i s i ç ã o d a rotina, n a q u a l uma g r a d u a l
m e l h o r i a d a p r o d u t i v i d a d e d a mão-de-obra é o b t i d a através d a
Eamiliarização com o t r a b a l h o e de a l g u m a s p e q u e n a s m o d i f i c a -
,..
7 0 2 s nos m é t o d o s e o r g a n i z a ç ã o do t r a b a l h o .

N a p r á t i c a é d i f i c i l e s b o ç a r uma d e l i m i t a ç ã o e n t r e
a f a s e d e a p r e n d i z a d o da o p e r a ç ã o e d a a q u i s i ç ã o d a rotina.'
N o e n t a n t o , s u a existência d e v e s e r c o n s i d e r a d a , quando s e d e -
sejar- comparar as curvas de a p r e n d i z a d o d e d i f e r e n t e s e q u-
i
p e s de t r a b a l h o e na p r o p o s i ç ã o dos t e m p o s p a r a a p r o g r a m a ç ã o .

O p r o c e s s o d e a p r e n d i z a d o e aperfeiçoamento d a mão-
de-obra deve s e r i n c e n t i v a d o d u r a n t e o p e r í o d o e m q u e o c o r r a .
Uma d a s m a n e i r a s d e a l c a n ç a r - s e e s t e o b j e t i v o é a a d o ç ã o d e
p l a n o s de i n c e n t i v o s q u e remunerem o o p e r á r i o p e l o a p e r f e i ç o a -
mento a d q u i r i d o . No e n t a n t o , p a r a q u e s e j a l u c r a t i v o e c o m p e -
t i t i v o , e s t e p l a n o d e incentivos d e v e r 5 g a r a n t i r o e f e i t o
a p r e n d i z a d o e f i x a r u m a l v o a s e r a t i n g i d o com b a s e n o t e m p o
g a s t o p a r a c o m p l e t a r uma o p e r a ç ã o a p ó s o p e r í o d o d e a p r e n d i z a -
do. Mas não d e v e r á p e n a l i z a r , no p r i n c i p i o , as o p e r a ç õ e s q u e
demandem um m a i o r p e r z o d o de t e m p o , e m f u n ç ã o d a a d a p t a ç ã o .

A c o n s i d e r a ç ã o do e f e i t o aprendizado na p r o g r a m a ç ã o
das a t i v i d a d e s t o r n a - s e mais c o m p l e x a quando a p r o g r a m a ç ã o s e
d á e m t e r m o s de ritmos naturais d e s t a s a t i v i d a d e s . N e s t e ti-
p o de programação o s c u i d a d o s a serem t o m a d o s s ã o r e f e r e n t e s
a o f a t o d e que o g a n h o de tempo o b t i d o a t r a v é s do e f e i t o a p r e -
n
d i z a d o não s e j a d e s p e r d i ç a d o em p e r í o d o s d e e s p e r a ( p e r í o d o s
o c i o s o s ) p a r a o r e i n i c i o das a t i v i d a d e s d e c a d a e q u i p e nas
prÓximas u n i d a d e s a serem t r a b a l h a d a s .

S e g u n d o LUMSDEN'~, o c o n f l i t o pode s e r expresso como


e s t a n d o , essencialmente, e n t r e duas a l t e r n a t i v a s :

- conservar uma r a z ã o c o n s t a n t e de r e p e t i ç ã o b a s e a -
d a e m um ritmo n a t u r a l d e r i v a d o da consideração d e e s t i m a l i -
vas d e tempo para o trabalha, reduzindo o t a m a n h o das e q u i -
pes ;
- c o n s e r v a r o m e s m o número d e o p e r á r i o s e a c e i t a r
a l g u m t e m p o i m p r o d u t i v o que p o s s a o c o r r e r d e v i d o a uma c o r n b i -
nação d a d u r a ç ã o r e d u z i d a das a t i v i d a d e s , q u a n d o e m r i t m o na-
t u r a l e na r a z ã o de c o n s t r u ç ã o .

E m f u n ç ã o d o e f e i t o a p r e n d i z a d o , o tempo m é d i o c u m u -
l a t i v o p a r a e x e c u ç ã o d e uma t a r e f a r e p e t i t i v a d e c r e s c e e x p o -
n e n c i a l m e n t e , quando o número d e r e p e t i ç õ e s a u m e n t a g e o m e t r i -
camente. I s t o l e v a ao a p a r e c i m e n t o o u a u m e n t o d o s p e r í o d o s d e
e s p e r a d a s e q u i p e s p a r a a retomada d o t r a b a l h o e m n o v a s u n i d a -
des. E m d e c o r r e n c i a , a c e n t u a - s e a reação n a t u r a l d e o c u p a r - s e
e s t a s - m e s m a s e q u i p e s e m outras a t i v i d a d e s q u e n e c e s s i t e m d o s
s e r v i ç o s d e s t a s c a t e g o r i a s de profissionais. p r e e n c h e n d o . as-
sim, os p e r í o d o s o c i o s o s ,

A ~ r á t i c ad e u t i l i z a ç ã o d e u m a e q u i p e p a r a e x e c u g ã b
de v á r i a s a t i v i d a d e s é comum na i n d ú s t r i a d a c o n s t r u ç ã o e
justifica-se porque muitos t r a b a l h o s e n v o l v i d o s e m c o n s t r u ç Q e ~
do t i p o r e p e t i t i v o demandam, g e r a l m e n t e , m a i o r t e m p o d e axecu-
ç ã o d o que o j u l g a d o n e c e s s á r i o . E s t e t i p o de a t i t u d e d e t e r m i -
n a , tambgrn, uma d e s c o n t i n u i d a d e m u i t o g r a n d e nos trabalhos em
o b r a e uma r o t a t i v i d a d e , i g u a l m e n t e alta, d o s operários a t r a -
v e s d a s a t i v i d a d e s d o p r o j e t o , e m p r e j u í z o ao fenômeno d o efei-
to a p z e n d i z a d o .
Os e f e i t o s favoráveis da r e p e t i ç ã o podem ser t o t a l
ou parcialmente neutralizados por fatores a d v e r s o s a f a l -
t a d e c o n t i n u i d a d e do t r a b a l h o , problemas rneteorol6gicos , orga-
-
nizaçao i n a d e q u a d a d o s c a n t e i r o s de obra, p r o b l e m a s d e s u p r i -
mentos d e m a t e r i a i s e o u t r o s . Por i s s o , o s u c e s s o das o p e r a -
$Ões d e c a r á t e r repetitivo e s t á intimamente l i g a d o a um comple-
to prz-planejamento e a o r g a n i z a ç ã o d o s t r a b a l h o s de c o n s t r u -
a

qao.

S u r g e m d i £ i c u l d a d e s n a e l a b o r a ç ã o d o s p r o g r a m a s quan-
do s e - t e n t a c o n s i d e r a r o e f e i t o a p r e n d i z a d o , p o i s , n a p r á t i c a ,
é d i f , í c i l e s t i m a r u m valor para a quantidade de homens-hora n e -
c e s s á r i o s a c a d a a t i v i d a d e durante a e x e c u ç ã o do p r o j e t o . Sen-
d o a s s i m , é mais d i f í c i l a i n d a p r e v e r o a c r é s c i m o d e p r o d u t i v i -
dade que o c o r r e r á em função da repetição. E s t a s i n c o r r e ç õ e s no
p r o g r a m a p o d e m s e r contornadas com a u t i l i z a s ã o de f o l g a s pro-
gramadas o u a d o ç ã o d e m e d i d a s que c o r r i j arn o r i t m o g e r a l de
produção d e perzodo a p e r í o d o .

3.8. Folgas na ~ r o ~ r a r n a ~ ã o

A s f o l g a s de programação devem s e r i n s e r i d a s com a


f i n a l i d a d e de absorver e v e n t u a i s erros de e s t i m a t i v a das dura-
ç õ e s das a t i v i d a d e s e atrasos causados p o r f a l t a d e condições
de t r a b a l h o , assegurando-se d e s t a forma que nenhuma a t i v i d a d e
i n t e r f i r a n a e x e c u ç ã o das o u t r a s .

E s t a s f o l g a s de podem s e r d e d i v e r s o s
tipos :

a) s i m p l e s m e n t e p e q u e n o s p e r r ' o d o s d e t e m p o l i v r e s .
as v e r d a d e i r a m e n t e denominadas f o l g a s ;

b ) p e r i o d o s programados p a r a a e x e c u ç ã o de o u t r a s
a t i v i d a d e s d e caráter secundário como recebimento e d e s p a c h o
de m a t e r i a i s e componentes, i n t e r r u p ç õ e s r e c r e a c i o n a i s e o u -
t r a s , as denominadas a t i v i d a d e s n e u t r a s ;

c) g e r i o d o s livres de uma maior duração - os d e - n o m i -


nados e s t á g i o s n e u t r a s que f a c i l i t a m a de s e r v i ç o s
como Infraestrutura, s u p e r e s t r u t u r a e acabamentos e m r i t m o s
múltiplos de s e u s ritmos n a t u r a i s e que d i v e r g e m e n t r e s i -
~ t aé g o r a o s diagramas da L . B . apresentados neste
t r a b a l h o não t e m i n c l u i d a a i d é i a de f o l g a s de programação.

A t é c n i c a de Linha de Balanço b a s e i a - s e na d a t a de
o c o r r ê n c i a dos e v e n t o s , que s ã o na v e r d a d e o último momento pa-
r a a atividade s e r c o n c l u í d a . N ~ Oe x i s t e nenhum e s p a ç o d e t e m -
p o entre as s u c e s s i v a s atividades que a d m i t a a o c o r r ê n c i a de
p r o b l e m a s t a i s como: e s c a s s e z de mão-de-obra e materiais, mau
t e m p o o u má q u a l i d a d e do solo e o u t r a s , que p o d e m a c a r r e t a r
a t r a s o s na programação das atividades.

U m a o u t r a i n d i c a ç ã o d a necessidade d e s e incluir f o l -
gas n a programação advém do f a t o d e que as d u r a ç õ e s d a s a t i v i -
d a d e s s ã o e s t i m a t i v a s e não s e p o d e p r e v e r a r e a l p r o d u t i v i d a d e
a l c a n ç a d a p e l o s o p e r á r i o s em obra. A programação d e uma o b r a
deve, i n i c i a l m e n t e , b a s e a r - s e e m uma s u p o s i ç ã o d e desempenho
padrão qual f o l g a s são a d i c i o n a d a s .

P e l a característica d e c o n t i n u i d a d e de t r a b a l h o q u e
a t é c n i c a da L.B. i m p õ e , pode-se s e n t i r o s r e a i s d a n o s c a u s a -
d o s p o r a t r a s o s e m uma dada a t i v i d a d e p a r a as demais a t i v i d a -
O exemplo q u e s e r á m o s t r a d o a s e g u i r , e v-
des d a rede l ó g i c a . i
dencia e s t e s distúrbios (FIGURA 3 . 3 8 ) .
Analisando-se a p e n a s uma p a r t e da r e d e d e a t i v i d a d e s
de uma u n i d a d e h a b i t a c i o n a l , i s t o é, as atividades 2-3 e 3-4,
percebe-se que s e a l g u m a das q u a t r o e q u i p e s q u e executam a a t L
v i d a d e 2-3 a t r a s a r seu t r a b a l h o e m uma das u n i d a d e s , a e x e c u -
ç ã o d a a t i v i d a d e 2-3 r e s t a r á em a t r a s o e m t o d a s as u n i d a d e s
seguintes. I s t o deve-se ao fato q u e a p e n a s uma e q u i p e , p o r hj--
p ó t e s e , r e a l i z a o s t r a b a l h o s da a t i v i d a d e 3-4 e m todas unida-
d e s d o p r o j e t o , e que o i n z c i o r e t a r d a d o d e s t a a t i v i d a d e e m
uma d a s u n i d a d e s conseqlientemente s e e s t e n d e r á à s demais u n i -
dades a serem t r a b a l h a d a s .
&rasa i r p o i t o a atlvld.&
5 ' 4 devido ao a t r a i o I #
Equipe I

H* DE
CASAS

Inicio r i o t da o t i v l d i d i 3 - 4
com a t raro.

FIGURA 3 . 3 8 - E f e i t o d o s a t r a s o s não p r e v i s t o s ,

A vantagem de s e f a z e r a ~ r o ~ r a r n a ~cãoan t a n d o c o m
p e r í o d o s d e f o l g a e n t r e a s a t i v i d a d e s , r e s i d e n a p o s s z v e l com-
-
g e n s a ç a o d e s t e s a t r a s o s com a utilização d e s t e s p e r í o d o s 1.ivres
p r e v i s t o s p a r a e x e c u g ã o das a t i v i d a d e s .

Uma p r á t i c a q u e p o d e s e r f a c i l m e n t e s e g u i d a é a d e
compensar as v a r i a ç õ e s a l e a t ó r i a s de p r o d u t i v i d a d e a t r a v é s d e
f o l g a s que r e p r e s e n t a m a t i v i d a d e s n e u t r a s como r e c e b i m e n t o e
d e s p a c h o d e c o m p o n e n t e s , armazenagem e es tocagem d e m a t e r i a i s ,
moldagem d e componentes pré-fabricados e outras.

A i n d a , um o u t r o m é t o d o que s e r v e d e p r o t e ç ã o p a r a o
a l c a n c e d o s o b j e t i v o s d a programação é a q u e l e q u e s e u t i l i z a
da? interrupções n a t u r a i s do processo e f a z d e s t e s p e r í o d o s est9-
g i ~ ~
neutros. Estas interrup~ões r e p r e s e n t a m a delimitação de p e r i -
o
dos b e m definidos do processo de c o n s t r u ç ã o como a passagem dos
t r a b a l h o s de infraestrutura p a r a s u p e r e s t r u t u r a o u d e s t e s p a r a
os d e acabamento, etc. E s t a s q u e b r a s p o d e m s e r planejadas a d -
rnitinao-se f o l g a s q u e , o u s e r ã o c o n s u m i d a s p a r a que se compen-
s e m a t r a s o s n a programação, c a s o houverem, o u s e r ã o periodos e m
que o s p r o b l e m a s de e s t o q u e , r e p a r o s e o u t r o s serão s o l u c i o n a -
dos.

Deve-se t e r e m m e n t e , no e n t a n t o , que a i n t r o d u ç ã o d e
f o l g a s , s e j a d e que t i p o f o r e m , f a r á com q u e o ~ e r i o d od e e x e -
-
cuças d a a b r a p r o l o n g u e - s e e as i m p l i c a ç õ e s d e s t a a t i t u d e devam
e s t a r c o r r e t a m e n t e c o n h e c i d a s e e s t u d a d a s , principalmente am
empreendimentos o n d e a s faturas d e p a g a m e n t o d o s s e r v i ç o s ea-
p r e s a o u a l i b e r a ç ã o das p a r c e l a s d e financiamento e s t ã o b a s e a -
n a s medições dos s e r v i ç o s executados.
d o ~

3.8.1. A t i v i d a d e s N e u t r a s

A função d a i n c l u s ã o d e a t i v i d a d e s n e u t r a s n o s p r o -
g r a m a s é a d e a t r a s a r o i n í c i o d a s a t i v i d a d e s s u b s e q U e n t e s pa-
r a que s e j a m r n i n i m i z a d o s o s e f e i t o s d e a t r a s o s a n t e r i o r e s e m
t o d a a programação, ou s e j a , e l i m i n a r o s d i s t G r b i o s do f l u x o
r e g u l a r de t r a b a l h o .

través destas f o l g a s i m p o s t a s , h a v e r á a formaEão d e


estoques de trabalho, ou seja, as e q u i p e s d e e x e c u ç ã o de uma
a t i v i d a d e p r e c e d e n t e , completam-se e m v á r i a s u n i d a d e s q u e s ó
s e r ã o t r a b a l h a d a s , novamente, p e l a e q u i p e ou e q u i p e s que e x e -
c u t a m a a t i v i d a d e s e g u i n t e , após s u c e d i d o o p e r í o d o o c u p a d o
pelas a t i v i d a d e s n e u t r a s . Quanto maiores f o r e m e s t e s e s t o q u e s
d e t r a b a l h o , m e n o r e s o s d i s t ú r b i o s no f l u x o r e g u l a r da p r a d u -
ç ã o e m a i o r a p r o b a b i l i d a d e de que e s t e s s e j a m e l i m i n a d o s .
A s s i m , o s a t r a s o s que podem ocorrer r e f l e t i r ã o , a p e n a s , e m f l u -
t u a ç õ e s n o número de u n i d a d e s e s t o c a d a s .

Com a i n c l u s ã o d e s t a s a t i v i d a d e s n e u t r a s , que r e p r e -
s e n t a m f o l g a s na p r o g r a m a ç ã o , o p e r i o d o d e e x e c u ç ã o d e u m a u n i
dade - c o n s t r u t i v a f i c a e s t e n d i d o . Com o prolongamento d a d u r a -
$20 dos s e r v i ç o s , p o d e x á o c o r r e r um s u b s t a n c i a l a c r é s c i m o nos
custos d e c o n s t r u ç ã o , p r i n c i p a l m e n t e nos c u s t o s i n d i r e t o s .
-
Portanto, ao se progra mar a e x e c u ç a o de uma u n i d a d e , deve-se
e s t a r a t e n t o a q u e s t ã o do l u c r o mínimo que s e p r e t e n d e o b t e r
no e m p r e e n d i m e n t o .

A utilização de f o l g a s também p o d e r á a u m e n t a r o r i s c o
de seguir-se a t e n d ê n c i a de a b a n d o n a r o programa e adotas-se os
n z v e i s de p r o d u t i v i d a d e u s u a i s , o b t i d o s no p e r Í o d o i n i c i a l d a
o b r a d u r a n t e o r e s t a n t e do t r a b a l h o .

3 . 8 . 2 . E s t á g i o s Neutros

Como j á f o i d i t o a n t e r i o r m e n t e , as f o l g a s o b t i d a s
a t r a v é s d a i n ç e x ç ã o de p e r í o d o s , d i t o s e s t á g i o s n e u t r o s , entre
as p r i n c i p a i s fases da construção, acrescentam à programação a
p o s s i b i l i d a d e d e p r o g a m á - l a s e m ritmos m ú l t i p l o s d e s e u s r i t -
mos n a t u r a i s , mesmo que e s t e s sejam muito d i s t i n t b s , ao i n v é s
de u m r i t m o comum a t o d a s elas, o b t i d o a t r a v é s d e a p r o x i m a ç õ e s
e ajustamentos.

E s t a p r o g r a m a ç ã o s e g u n d o o s r i t m o s p r ó p r i o s das a t i -
v i d a d e s p r o p i c i a que o s r e c u r s o s d e m ã o - d e - o b r a sejam u t i l i z a -
d o s plenamente ( f a t o r de u t i l i z a ç ã o d e 100%).

A programação c o m a i n c l u s ã o d e f o l g a s do t i p o e s t á -
g i o s n e u t r o s t r a z , também, a vantagem d e p o d e r - s e com f a c i l i d a -
de. a b s o r v e r a t r a s o s d e v i d o & s i n t e m p é r i e s , p r i n c i p a l m e n t e n a s
f a s e s i n i c i a i s da o b r a , quando o s t r a b a l h o s s ã o m u i t o d e p e n d e-
n
t e s d e s t e fator. Ou, a i n d a , a p o s s i b i l i d a d e d e p r o g r a m a r - s e
as a t i v i d a d e s subsequentes a e s t a f a s e prejudicada p e l o mau
tempo e m u m ritmo m a i s e l e v a d o , compensando o s d i s t ú r b i o s .

N o e n t a n t o , ao n í v e l d e a t i v i d a d e , a c o n j u n t o de
e q u i p e s e m s e u s f l u x o s d e t r a b a l h o não f i c a m p r o t e g i d o s d e p r-
o
blernas de e s t o q u e d e m a t e r i a i s , de r e p a r o s c o n s t r u t i v o s e -u-
tros.

Quando a s a t i v i d a d e s s ã o p r o g r a m a d a s a uma m e s m a ra-


.
zao d e p r o d u g ã o e x i g i n d o , assim, q u e t a n t o o n ú m e r o d e e q u i p e s
coma o t a m a n h o d e , l a s s e j a b a l a n c e a d o , e s t e s p e x i o d o s de f ~ l g a
i n s e r i d o s e n t r e a s f a s e s de c o n s t r u ç ã o ( e s t á g i o s n e u t r o s ) é que
a b s o r v e r ã o as v a r i a ç õ e s ocasionais d e p r o d u t i v i d a d e , e v i t a n d o
o s r i s c o s p r o v á v e i s à complementação d e cada e s t á g i o d a c o n s -
trução. E s t a p r o p r i e d a d e f i c a bem r e p r e s e n t a d a n a F I G U R A 3 . 3 9 ,
onde s ã o r e p r e s e n t a d o s o programa e a situação real d s exe-
cuçãb d a o b r a .

FIGURA 3 . 3 9 - ~ r o ~ r a m a ç ãdoo s e s t á g i o s a mesma razão d e p r o -


d u ç ã o com i n s e r ç ã o d e e s t á g i o s n e u t r o s ,

Os e s t á g i o s neutros são determinados p e l o s p r ó p r i o s


ritmos d e t r a b a l h o n a s si t u a ç õ e s e m que as a t i v i d a d e s e , c o n -
s e q u e n t e m e n t e , as f a s e s da c o n s t r u ç ã o que e l a s d e t e r m i n a m , s ã o
p r o g r a m a d a s e m r a z õ e s de produção que s ã o m G l t i p l o s d o s r i t m o s
n a t u r a i a d e s t a s atividades. A FIGURA 3 . 4 0 e x e m p l i f i c a e escla +

rece este tipo de programação. 2 também, o que acontece


e n t r e as a t i v i d a d e s n a p r o g r a m a ç ã o d e r e c u r s o s .

E i m p o r t a n t e ressaltar que nos casos d e prograrnaçzo


como a d a F I G U R A 3 . 4 1 a mão-de-obra necessária aos serviços
só é ~ e c r u t a d ano momento de s u a r e a l u t i l i z a ç ã o , o u seja, no
i n i c i o d a e x e c u ç ã o d a s atividades.

N a v e r d a d e , a p r á t i c a em o u t r o s p a í s e s t e m d e £ i n i d p
como s o l u ç ã o m a i s a p r o p r i a d a p r o g r a m a r - s e l a n ç a n d o mão d a s a l -
t e r n a t i v a s de f o l g a s d e programação. Uma c o m b i n a ç ã o das A t i -
v i d a d e s N e u t r a s e ~ s t á g i o sN e u t r o s t r a r i a maior e f e t i v i d a d e
n a p r e s e r v a ç ã o da i n t e g r i d a d e d o s t r a b a l h o s r e p e t i t i v o s
( L U M S D E N "'1.
FIGURA 3 . 4 0 - ~ r o g r a m a ~ ãdoo s e s t á g i o s s e g u n d o s e u
ritmo n a t u r a l .

N o c a s o e s p e c í f i c o dos e s t á g i o s n e u t r o s , q u e e s t a -
b e l e c e m f o l g a s e n t r e fases e s p e c í f i c a s do p r o c e s s o c o n s t r u t i -
vo, h a v e r i a c o n d i ç Ó e s de e s t a b e l e c e r e m - s e i n t e r v a l o s d e ç e g a -
r a ç ã o e n t r e a e x e c u ç ã o d a s d i v e r s a s f a s e s da c o n s t r u ç ã o ; p o r
e x e m p l o , a fase d e superestrutura p o d e r i a s e r programada em um
r i t m o m a i s l e n t o do que a i n f r a e s t r u t u r a p a r a q u e s e f o r m a s s e m
os e s t á g i o s n e u t r o s que a b s o r v e r i a m e v e n t u a i s d i s t G r b i o s cau-
sados por p r o b l e m a s m e t e o r o l Ó g i c o s e de d e s c o n h e c i m e n t o d a
r e a l n a t u r e z a do s o l o (FIGURA 3.41 ) .

t
JNIDAOES

TEMPO
FIGURA 3 . 4 1 - ES t á g i o s d e cons t r u F ã o p r o g r a m a d o s
a d i f e r e n t e s ritmos.
E m v i s t a d o q u e foi d i t o no p a r á g r a f o a n t e r i o r e n a
o b s e r v a ç ã o d a F I G U R A 3.41, p e r c e b e - s e que o e ç t g g i o n e u t r o e n -
t r e as a t i v i d a d e s d e infraestrutura e superestrutura e a maior
v e l o c i d a d e d e r e a l i z a ç ã o d e s t a p r i m e i r a e t a p a d a c o n s t r u ç a o re-
sulta'm na f o r m a ç ã o de e s t o q u e s d e t r a b a l h o p a r a as e q u i p e s que
executam o s t r a b a l h o s na fase da superestrutura. Note-se, tam-
bém, q u e ao i m p r i m i r maior v e l o c i d a d e na e x e c u ç ã o d e q u a l q u e r
f a s e d a construção, d e v e - s e c o n t a r com o a u m e n t o do c o n s u m o dos
insumos d a c o n s t r u ç ã o n e s t e p e r c o d o e c o m o e v e n t u a l maior d e -
s e m b o l s o d e capital.

3 . 9 . ~ r o ~ r a r n a ~dos
ã o Suprimentos

"Uma obra, s e j a e l a de p e q u e n o , m é d i o o u g r a n d e p o r -
r e , p o d e r á tornar-se d e f i c i t á r i a c a s o a empresa de c o n s t r u ç ã a
c i v i l r e s p o n s á v e l p e l a sua execução n ã o d i s p o n h a d e um b e m
e s tru'turado s e t o r d e s u p r i m e n t o s 6"'. 0 suprimento d e m a t e r i a l
-as o b r a s r e p r e s e n t a p a r t e c o n s i d e r á v e l d o c u s t o de uma o b r a e
n o s d i a s de h o j e a disponibilidade d e d i n h e i r o e m c a i x a cada
vez menor.

~ l é md i s s o , uma d a s m a n e i r a s d e r e d u z i r - s e o tempo
d e c o n s t r u ç ã o de uma o b r a é através de um c o n t r o l e e f e t i v o n o s
e s t o q u e s de material, p o i s assim não h a v e r á nn

t r a b a l h o d e v i d o B c a r ê n c i a de i n s u m o s .

M o c a s o p a r t i c u l a r da L . B . , acredita-se que o s u c e s -
s o d e s u a a p l i c a ç G o na c o n s t r u ç ã o r e p e t i t i v a r e p o u s a e m u m s i 5
tema e £i c i e n t e de suprimentos de m a t e r i a i s (LUMSDEN~~) .
U m bom s i s t e m a d e s u p r i m e n t o s d e v e e s t a r a p o i a d o e m
u m s i s t e m a de informações atualizado, que r e f l i t a o r e a l e s -
t á g i o , e m q u e s e encontram o s t r a b a l h o s e p o s s i b i l i t e
d e i n s u m o s q u e s e r ã o n e c e s s á r i o s 2 s próximas e t a p a s d a obra.

3.9.1. Materiais

A p a r t i r dos diagramas d a L . B . é possível montar--se


c r o n o g r a m a s de a q u i s i ç ã o de materiais com b a s e em i n f o r m a ç õ e s
p r e c i s a s d o s m o m e n t o s e l o c a i s do c a n t e i r o d e o b r a s o n d e s e r ã o
utilizados. O s q u a n t i t a t i v o s de cada t i p o de m a t e r i a l p o d e m
s e r o b t i d o s d o orçamento.

~ t então
é t e m sido considerado de b o a p r á t i c a a
e x i s t ê n c i a de u m almoxarif ado e m obra, c u j a r e s p o n s a b i l i d a d e
e x c l u ' s i v a é a do s u p r i m e n t o de materiais. N o e n t a n t o , em obras
d e p o r t e muito e l e v a d o , como o s c o n j u n t o s h a b i t a c i o n a i s , o n d e
a q u e s t ã o d o s m a t e r i a i s e n g l o b a uma g r a n d e q u a n t i d a d e e v a r i e -
d a d e de i n s u r n o s d a c o n s t r u ç ã o , que devem e s t a r ã d i s p o s i ç ã o e m
d i v e r s o s p o n t o s do c a n t e i r o de o b r a s no e x a t o m o m e n t o d e s u a
utilização, c u m p r e que e x i s t a um s i s t e m a d e s u p r i m e n t o m a i s
estruturado, q u e garanta a e f i c i ê n c i a d a e n t r e g a d o s m a t e r i a i s .

N e s t a s s i t u a ç õ e s o n d e a q u e s t ã o do s u p r i m e n t o d e ma-
t e r i a i s torna-se complexa, p o d e - s e p e n s a r e m desenvolver um
s i s t e m a e s p e c i a l de £ u n c i o n a m e n t o do almoxarifado o u s e e a r de
s u p r i m e n t o s , com e q u i p e s e s p e c i a i s , a e l e v i n c u l a d a s , -
c u j a fun
ção é- e x c l u s i v a m e n t e a requisição, o r e c e b i m e n t o , a carga e

d e s c a r g a , a e s t o c a g e m , o t r a n s p o r t e e f i n a l m e n t e a e n t r e g a d e-
s
t e s m a t e r i a i s n o s respectivos l o c a i s do c a n t e i r o o n d e s e r ã o
utilizados.

A dos equipamentos é f e i t a d a mesma i o r -


ma q u e a d a mão-de-obra, mas o c o n t e ú d o d e t r a b a l h o é e x p r e s s o
em horas-rnãquina/unidade ou, s i m p l e s m e n t e , m a q u i n a s . E m al-
guns c a s o s , a programação dos equipamentos s e t o r n a mais ne-
c e s s á r i a d o que a d a mão-de-obra, pois o equipamento
apresenta-se c o m o o f a t o r mais i m p o r t a n t e n a e x e c u ~ ã od o s t r a -
balhos, ou é o insumo mais escasso e c a r o .

N a d e c i s ã o de s e p r o g r a m a r uma d e s t a s a t i v i d a d e s ,
c u j o fator p r e p o n d e r a n t e é o equipamento, s e g u n d o uma r a z ã o d e
p r o d u ç ã o s e m e l h a n t e ã r a z ã o d e e n t r e g a de u n i d a d e s d e s e j a d a ,
rode-se c h e g a r e m s i t u a ç õ e s nas q u a i s o s c á l c u l o s i n d i q u e m o
u s o d e f r a ç õ e s d e e q u i p a m e n t o , o que é impraticável. Nestas
condições, t r ê s s e r ã o as p o s s i b i l i d a d e s de e s c o l h a : p o d e r - s e - ;
o p t a r p o r r e a l i z a r o t r a b a l h o c o m um n ú m e r o d e e q u i p a m e n t o s in
-
f e r i o r (aproximação a o i n t e i r o i n f e r i o r } e, e n t ã o , o t r a b a l h o
s e g u i r á mais l e n t o , o u s e j a , com u m r i t m o d e t r a b a l h o i n f e r i o r
ao d a e n t r e g a , ou, a l t e r n a t i v a m e n t e , u t i l i z a r - s e um número d e
e q u i p a m e n t o s s u p e r i o r (aproximação a o i n t e i r o s u p e r i o r ) e o
t r a b a l h o s e g u i r á um ritmo s u p e r i o r ao d a e n t r e g a . Como t e r c e-
i
r a a l t e r n a t i v a , r e s t a r á programar o t r a b a l h o com um número in-
f e r i o r d e e q u i p a m e n t o s (aproximação ao i n t e i r o i n f e r i o r ) , uti-
lizando-se de horas-extras de t r a b a l h o p a r a m a n t e r - s e um ritmo
de t r a b a l h o i g u a l a o da e n t r e g a .

O campo d e d e c i s ã o d a d o s equipament os e
o da otirnização do trabalho. N a a d o ç ã o de uma s o l u ç ã o , a t e n -
tativa deve s e r a d e e n c o n t r a r a m e l h o r a l t e r n a t i v a , i s t o é,
a q u e l a q u e c o m b i n e um p r o g r a m a de e m p r e g o d o s e q u i p a m e n t o s e
q u e d e t e r m i n e a m á x i m a u t i l i z a ç ã o d e s t e s com o m í n i m o c u s t o d e
alocação possivel,

3 . 1 0 . : ~ r o ~ r a r n a ç ãd oe C o n j u n t o s d e U n i d a d e s D i v e r s i f i c a d a s

E x i s t e m a l g u n s p r o j e t o s onde as u n i d a d e s c o n s t i t u i n -
t e s s ã o b a s t a n t e similares, i s t o é, s u £ i c i e n t e m e n t e s e m e l h a n -
tes que p e r m i t e m que a programação s e r e a l i z e e m r e l a ç ã o ap

c o n t e i i d o de t r a b a l h o d e uma u n i d a d e , d i t a & d i a ou padrão.


Neste tipo d e e m p r e e n d i m e n t o , t o d a s as a t i v i d a d e s r e a l i z a d a s
nesta unidade-tipo são também r e a l i z a d a s n a s o u t r a s e o s c o n -
-
t e G d o s d e t r a b a l h o que e s t a s a t i v i d a d e s e n g l o b a m , s e n a o s a o
-
iguais p a r a t o d a s a s u n i d a d e s , s ã o muito s e m e l h a n t e s . Para
os outros projetos e m que e x i s t e uma d i v e r s i f i c a ç ã o m u i t a g r a -
n
d e n a e i p o l o g i a d a s u n i d a d e s , o que c o n s e q i i e n t e m e n t e se re-
f l e t e e m d i s t i n t o s c o n t e Ú d o s de t r a b a l h o , a programação da t.lcni-
c a d a L i n h a d e B a l a n ç o e x i g e a p r e p a r a ç ã o de um d i a g r a m a b a s e -a
d a , por exemplo:

- n a c a s a q u e ocorre c o m m a i o r f r e q u ê n c i a , o u
- na c a s a que e n c e r r a o maior c o n t e G d o de t r a b a l h o ,

- n a c a s a e s c o l h i d a como t í p i c a , o u a i n d a ,
- n a s d i f e r e n t e s c a s a s que o e m p r e e n d i m e n t o e n t e r r a .

A s e g u n d o uma c a s a t í p i c a e x i g e q u e s e
f a ç a uma l i s t a g e r n d e t o d a s a s a t i v i d a d e s e n v o l v i d a s na e,xecu-
ç ã o d e cada c a s a com a sua r e s p e c t i v a d u r a ç ã o . ~ a m b é r ns e c o n s -
-
t r ó i u m a r e d e l ó g i c a que mostra a s e q u ê n c i a de t a r e f a s e / o u ati
v i d a d e s que s ã o comuns a t o d o s t i p o s de casa, a q u a l s e r á c o-
m
p a r a d a a s l i s t a g e n s p r e p a r a d a s p a r a os d i v e r s o s t i p o s d e c a s a s .
Uma n o v a l i s t a g e m & f e i t a , e n t ã o , c o m as a t i v i d a d e s r e p r e s e n -
t a d a s na r e d e , onde s ã o a c r e s c e n t a d o s o s t e m p o s d e r e a l i z a c ã o
d a a t i v i d a d e para c a d a t i p o d e c a s a e o r e s p e c t i v o n ú m e r o d e
casas d e s t e tipo que o p r o j e t a e n c e r r a .

C o m o exemplo podemos tomar a a t i v i d a d e a l v e n a r i a .


E s t a a t i v i d a d e , e m função d a d i f e r e n t e t i p o l o g i a d a s c a s a s , tem
d i f e r e n t e s durações. N a TABELA 3.10, a p r e s e n t a d a a s e g u i r , s a o
a p r e s e n t a d a s as d u r a ç õ e s p a r a a a t i v i d a d e a l v e n a r i a nos d i s t i n -
tos t i p o s de casa, bem como o número d e u n i d a d e s d e cada t i p o
que e s t e p r o j e t o f i c t í c i o encerra.

TABELA 3 . 3 0 - A p r e s e n t a ç ã o d e t i p o s p a r a a t i v i d a d e a l v e n a r i a .

N o de u n i d a d e s
Tipo de casa ~ u r a ~ ã(semanas)
o
( casas)

P a r a a e l a b o r a ç ã o de um m o d e l o de c a s a d i t o t í p i c a ,
q u e r e p r e s e n t e t o d o s o s d i f e r e n t e s t i p o s de c a s a s d o p r o j e t a ,
devem s e r c o n s t r u í d a s t a b e l a s i g u a i s a T A B E L A 1.10 para todas
as atividades d a r e d e t í p i c a . A duração estabelecida na rede,
p a r a 'cada uma d a s a t i v i d a d e s n e l a a p r e s e n t a d a s é o b t i d a a t r a -
v é s d e u m c á l c u l o p o n d e r a d o das durações d e s t a s a t i v i d a d e s n o s
d i f e r e n t e s t i p o s que o p r o j e t o e n c e r r a . A TABELA 3.11 apre-
s e n t a o c ~ l c u l od e d u r a ç ã o d a a t i v i d a d e a l v e n a r i a e m f u n ç ã o do
n ú m e r o d e u n i d a d e s d e c a d a um d o s q u a t r o t i p o s d e c a s a n o p r o -
j e t o e d a s d u r a ç õ e s d e s t a a t i v i d a d e e m c a d a um d e s t e s t i p o s d e
casa.
TABELA 3.11 - ~ o n d e x a ç ã od a s d u r a ç õ e s .

~ u r a ç ã o da a t i - Tempo t o t a l p /
N? d e c a s a s vidade alvena- atividade p o r
T i p q de c a s a r i a (semanas) cas a

A 35 0.6 21
B 15 0.8 12
C 20 0.6 12
D 40 O .5 20

TOTAL 110 65

Tempo total da alvenaria em todas casas = 65 semanas


~Úmerot o t a l de casas no projeto = 110 casas

Logo, a duração d a a t i v i d a d e na r e d e t í p i c a s e r á de
aproximadamente 0 . 6 semanas p a r a a a t i v i d a d e a l v e n a r i a .

E s t e c á l c u l o ponderado d e v e s e r f e i t o para t o d a s a s
a t i v i d a d e s da r e d e t í p i c a e a programação r e a l i z a d a c o m b a s e
n a s d u r a ç õ e s o b t i d a s d e s t e s c á l c u l o s p a r a cada a t i v i d a d e .

E n t r e t a n t o , deve-se t e r e m mente que a e s c o l h a do


t i p o de c a s a a s e r a d o t a d a como p a d r ã o para a c o n f e c ç ã o d o
programa d e e x e c u ç ã o e s t a r á a c r i t é r i o do p l a n e j a d o r , que d e v-
e
r ã conhecer e m d e t a l h e s o p r o j e t o como um t o d o e cada t i p o d i z
t i n t o d e u n i d a d e que e s t e p r o j e t o e n c e r r a , a s s i m como a sua
r e p r e s e n t a t i v i d a d e no c o n t e x t o geral do e m p r e e n d i m e n t o .

3,11. Programação da C o n s t r u ç ã o ~ e p e t i t i v ae m ~ Ú l t i ~ l o s
Andares

A t é c n i c a d a L i n h a d e B a l a n ç o , embora tenha s i d o ex-


p l o r a d a com m a i o r ê n f a s e n a p r o g r a m a ç ã o d a c o n s t r u ç ã o r e p e t i -
riva de c a s a s , também p o d e s e r a p l i c a d a à e l a b o r a ç ã o d a p r o -
gramação d e c o n s t r u ç ã o de blocos de e d i f í c i o s q u e c o n s t i t u e m
conjuntos residenciais-
A c o n s t r u ç ã o d e a p e n a s um d o s e d i f í c i o s d e um c o n j u n -
to residencial j á evidencia as c a r a c t e r í s t i c a s de r e p e t i t i v i d a -
de. Excluindo-se as f u n d a ç õ e s , o pavimento t é r r e o e a c o b e r t u -
r a , a c o n s t r u ç ã o dos d e m a i s p a v i m e n t o s é o r i e n t a d a p e l a m e s m a
çeqUêkcia d e a t i v i d a d e s .
claro que a construção r e p e t i t i v a e m e d i f i c i o s
g u a r d a algumas d i f e r e n ç a s d a c o n s t r u ç ã o r e p e t i t i v a e m c a s a s ,
Por exemplo:

- a e s t r u t u r a d e u m p a v i m e n t o s u p e r i o r não p o d e ser
c o n s t r u í d a antes que a do p a v i m e n t o i n f e r i o r t e n h a s i d o e x e c u -
t a d a , e x c e t o e m sistemas c o n s t r u t i v o s a l t a m e n t e s o f i s t i c a d o s
que p r e v ê e m a utilização d e m a c a c o s h i d r á u l i c o s p a r a e l e v a g ã o
dos pavimentos s u p e r i o r e s enquanto o s i n f e r i o r e s a i n d a e s t ã o
sendo montados ;

%
- o s a p a r t a m e n t o s , embora r e p r e s e n t e m m o r a d i a s indi-
v i d u a i s , e também o s a n d a r e s , n ã o p o d e m s e r e n t r e g u e s s e p a r a -
d a m e n t e , m a s a p e n a s como um b l o c o c o m p l e t o ;

- a s a t i v i d a d e s d e o b r a g r o s s a (estrutura, a l v e n a r i a ,
i n s t a l a ç Õ e s , etc.) são r e a l i z a d a s de b a i x o para cima, e n q u a n t o
a s de obra f i n a (,revestimento, pavimentação, p i n t u r a , etc.)
-
saa, e m g e r a l , r e a l i z a d a s d e cima p a r a b a i x o , o q u e t r a z com-
p l e x i d a d e a o s d i a g r a m a s da L . B . Mesmo assim, t e n d o e m m e n t e
estas e s p e c i f i c i d a d e s da c o n s t r u ç ã o usual de e d i f ; c i o s , e lan-
ç a n d o mão de a l g u m a s a d a p t a ç õ e s p o s s í v e i s e n e c e s s á r i a s , 6 sa-
t i s f a t z r i o p r o g r a m a r - s e e s t e s t i p o s de o b r a com a L i n h a d e
Balanço.

A maioria dos problemas s u r g i d o s na a p l i c a ç ã o d e


métodos d e p r o g r a m a ç ã o e p l a n e j a m e n t o a c o n s t r u ç ã o de e d i f í -
4

cios o c o r r e d e v i d o a f a l h a s na i d e n t i f i c a ç ã o dos p r o j e t a s d e
e d i f í c i o s como s e n d o p r o j e t o s h í b r i d o s . N a verdade, como já
f o i d i t o a n t e r i o r m e n t e , são t r ê s o s momentos n a c o n s t r u ç a o de
um e d i f í c i o : a f a s e de s e r v i ç o s p r e l i m i n a r e s , funda@Ões e e x e -
-
cuçao d o p a v i m e n t o t é r r e o , que c o r r e s p o n d e a o p r i m e i r o m o m e n t o ;
a fase d e c o n s t r u ç ã o dos pavimentos t i p o e , p o r f i m , a execu-
ção da cobertura.
A r e p e t i ç ã o d o p r i m e i r o e t e r c e i r o momento s ó s e da-
r; p e r i o d i c a m e n t e , n o i n í c i o e t é r m i n o d e u m b l o c o d e a p a r t a -
m e n t o s , enquanto q u e , para o segundo momento, a repetição s e
d a quase t o n s t a n t e m e n t e . E s t a p e c u l i a r i d a d e da construção d e
e d i f f c i o s d i f i c u l t a , muitas v e z e s , a sua p r o g r a m a ç ã o p e l a L.B.
P o r e s t e s motivos, em g e r a l , o p r i m e i r o e t e r c e i r o momentos
p o d e m s e r s u p r i d o s na a p r e s e n t a ç ã o dos d i a g r a m a s da L . B . , em-
b o r a s e j a m s e r v i ç o s que mereçam g r a n d e atenção do p l a n e j a d o r e
d e v e m s e r c o n v e n i e n t e m e n t e es t u d a d o s na p r o g r a m a ç ã o , d e v i d o a
sua i n f l u ê n c i a t é c n i c a no andamento d a s a t i v i d a d e s p e r t e n c e n -
tes a L i n h a de B a l a n ç o . .

U m a s o l u ç ã o mais v a n t a j o s a p a r a a p r o g r a m a ç a o d a
.,
c o n s t r u ç ã o r e p e t i tiva e m c o n j u n t o s h a b i tacionais d e s t e t i p o
s e r i a e d a c . o n t r a t a ç ã o de s u b - e m p r e i t e i r o s para a realização
d o s s e r v i ç o s c a r a c t e r í s t i c o s do p r i m e i r o e t e r c e i r o m o m e n t o s ,
r e l e g a n d o a p r o g r a m a ç ã o com a L . B . apenas a o s s e r v i ç o s r e p e t i -
t i v o s d o s e g u n d o momento. E n t r e t a n t o , e s t e s s e r v i f o s devem
s e r l e v a d o s e m c o n s i d e r a ç ã o e s u a execução d e v e e s t a r r e l a c i o -
n a d a aos s e r v i ç o s c o n s t a n t e s d a L . B . ,
-
para que nao d e i x e d e
o c o r r e r a ligasão l ó g i c a imprescindível dos s e r v i ç o s d a s vá-
r i a s f a s e s n o t e m p o e no e s p a ç o .

A c o m p l e x i d a d e i m p o s t a ao d i a g r a m a L . B . pela dife-
rente o r i e n t a ç ã o na execução d o s s e r v i ç o s de o b r a g r o s s a e
o b r a f i n a p o d e s e r amenizada através d e d u a s a t i t u d e s . A pri-
m e i r a d e l a s s e r i a no â m b i t o d o p r o j e t o , com o m e s m o s e n d o pen-
s a d o e e s t r u t u r a d o p a r a q u e a r e a l i z a ç ã o d o s s e r v i ç o s d e aca-
b a m e n t o e m o b r a não necessariamente t i v e s s e m q u e o c o r r e r d e
c i m a p a r a baixo. E s t a s o l u ç ~ oa n í v e l d e r e v e s t i m e n t o e p i n -
t u r a , p o r e x e m p l o , o c o r r e r i a com a d e t e r m i n a ç ã o d e f a c h a d a s
que m a r c a s s e m a t r a v é s d e j u n t a s , vigas ou o u t r o s elementos,
os l i m i t e s d e cada pavimento. A nível d e ocor-
r e r i a a t r a v é s d a recomendação de m a t e r i a i s b a s t a n t e r e s i s t e n -
t e s a abrasão, desgaste e outro tipo qualquer d e deterioração
e, também, p e l a adoção de equipamentos d e transporte v e r t i c a l
e horizontal d e m a t e r i a i s e f e r r a m e n t a s que r n i n i m i z e m trân-
s i t o s o b r e os p a v i m e n t o s .
C

A segunda a t i t u d e a s e r tomada s e r i a apenas no a m b i -


t o d a programação, com a mesma s e n d o p e n s a d a de u m a f o r m a que
g u a r d e a s p e c u l i a r i d a d e s da construção c o n v e n c i o n a l d o s e d i f í -
cios. Assim, as a t i v i d a d e s de acabamento s e r i a m p l a n e j a d a s e
grogr&nadas para o c o r r e r e m na f o r m a t r a d i c i o n a l e m que c o s t u -
meiramente a c o n t e c e m , o u s e j a , e x e c u t a d a s d e cima p a r a b a i x o .
E s t e t i p o de solução, no entanto, p r o v o c a r i a um p r o l o n g a m e n t o
s u b s t a n c i a l no p e r i o d o d e e x e c u ç ã o da o b r a , e m b o r a a i n d a s e
preservassem os b e n e f ;cios da e s p e c i a l i z a ç ã o e da organização
do t r a b a l h o ( F I G U R A 3.42ca)). Uma a l t e r n a t i v a q u e rninimi z a r i a
o e f e i t o indesejbvel do p r o l o n g a m e n t o do p e r í o d o d e e x e c u ç ã o d a
obra 6 a elaboração do p r o g r a m a com as a t i v i d a d e s da o b r a
grossa aceleradas, i s t o é, com uma i n c l i n a ç ã o m í n i m a e m r e l a -
ç ã o ao e i x o v e r t i c a l . E s t e tipo de programa r e d u z i r i a t a n t o
q u a n t o p o s s i v e l a d u r a ç ã o d e s t a e t a p a de o b r a e e s t e g a n h o d c
t e m p o c o m p e n s a r i a o a u m e n t o de d u r a ç ã o d a o b r a e m f u n ç ã o d a s
a t i v i d a d e s de a c a b a m e n t o .

A FIGURA 3 . 4 2 ( a ) t r a z um e x e m p l o d e a p l i c a ç ã o d e s r a
s e g u n d a alternativa, programação segundo a forma convencional
de execução d a s o b r a s . Note-se q u e e x i s t e uma d e l i m i t a ç ã o e l -
a
r a das d u a s f a s e s d i s t i n t a s , i s t o é, o b r a g r o s s a e o b r a f i n a e
que h á u m p r o l o n g a m e n t o do p e r í o d o d e o b r a e m f u n ç ã o d a e s p e r a
de l o c a i s de t r a b a l h o p a r a r e a l i z a ç ã o dos t r a b a l h o s de a c a b a -
men t o .
A FIGURA 3 . 4 2 ( b ) apresenta a segunda a l t e r n a t i v a d e
t r a t a r a p r o g r a m a ç ã o com a a c e l e r a ç ã o d a f a s e d e o b r a g r o s s a
q u e reduz a e s p e r a d e l o c a i s de t r a b a l h o p a r a o s s e r v i ç o s d e
acabamento,

E importante salientar que m e s m o q u e s o l u ç õ e s a l t e-


r
n a t i v a s possam s e r adotadas p a r a abrandar o s p r o b l e m a s d e e x e -
cugão e da programa5ão d e s t a ,
-
a açao deve s e d a r a nFvei de
p r o j e t o , pois e na f a s e d e p r o j e t o q u e d e v e m s e r e v i t a d a s e s -
tas dificuldades, I s t o é, a e l a b o r a ç ã o d o p r o j e t o deve s e r
r e a l i z a d a t e n d o - s e e m mente a e x e c u ç ã o d a o b r a e n ã o a e x e c u -
são a d a p t a r - s e 2 s f a l h a s e i n d e f i n i ç õ e s do p r o j e t o .
ATIVID~OESoe ATIY I B ~ D E SDE
OBIU OROSSA ACABAYEHTO

FIGURA 3 . 4 2 ( a ) - programação d e um c o n j u n t o d e
b l o c o s de a p a r t a m e n t o s .

1
HmDE PNdIYEHTCã
BLOCOS

ATIVIDADES O €
OBRA 6 A O S S k
BLOCO 4

BLOCO 3

BLOCO 2

BLOCO I

FIGURA 3 . 4 2 ( b ) - p r o g r a m a ç ã o do c o n j u n t o d e b l o c o s
obra grossa acelerada.
Uma a l t e r n a t i v a d e s o l u ç ã o para e l a b o r a ç ã o dos p r o -
gramas d e c o n s t r u ç a o d e s t e s b l o c o s d e e d i f í c i o s , que c o n c i l i a
a s u a f o r m a d e a p r e s e n t a ç ã o ao modo d e c o n s t r u ç ã o das u n i d a -
d e s e d e o b r a como um t o d o , é a q u e l a m o s t r a d a na F I G U R A 3 . 4 4 .
E s t e ;programa r e f e r e - s e a um empreendimento que p r e v ê a c o n s -
.,
~ r u ç a od e trinta e dois ( 3 2 ) b l o c o s d e q u a t r o ( 4 ) p a v i m e n t o s
c a d a um, constituídos d e q u a t r o ( 4 ) a p a r t a m e n t o s p o r a n d a r .

O empreendimento em questão - C o n j u n t o Residenc.ia1


J a r d i m Guanabara - d i s t i n g u e - s e p e l a e x i s t ê n c i a d e t r ê s 1 3 ) ti-
p o s d e b l o c o s d i f e r e n t e s com d i s t i n t o s c o n t e i i d o s de á r e a c o n s -
truída. N o e n t a n t o , d e v i d o gs pequenas v a r i a ç õ e s d e s t a s a r e a s ,
umas em r e l a ç ã o 2s o u t r a s , considera-se como b l o c o p a d r ã o n a
2
programaçao, a q u e l e d e á r e a c o n s t r u í d a i g u a l a 1090,lO m , q u e
representa o valor i n t e r m e d i á r i o destas á r e a s .

O p r a z o e s t i p u l a d o para término da obra f o i d e d o i s


( 2 ) anos, ou s e j a , v i n t e e q u a t r o 1 2 4 ) meses. Destes, tomam-
se a p e n a s d e z o i t o (18) meses p a r a programar a e x e c u ç ã o , d e i -
x a n d o os s e i s ( 6 ) r e s t a n t e s como f o l g a p a r a a b s o r ç ã o de a t r a -
s o s e con t r a - t e m p o s .

A execução dos p r i m e i r o s s e r v i ç o s , t a i s como i m p l a-


n
taç& do c a n t e i r o de o b r a s e execução d a s f u n d a ç õ e s , foi e s t i -
mada em d o i s (2) meses, sendo a l g u n s d e s t e s s e r v i ç o s subem-
preitados, Restavam p o r t a n t o d e z e s s e i s ( 1 6 ) meses p a r a p r o -
-
gramaçao das demais a t i v i d a d e s necessgrias ã execução de cada
unidade.

A rede da FIGURA 3 . 4 3 mostra as a t i v i d a d e s a serem


e x e c u t a d a s p a r a flnalização de u m a u n i d a d e de que
a q u i f o i a d o t a d a como sendo u m p a v i m e n t o . Logo, as a t i v i d a d e s
d a rede l ó g i c a vão r e p e t i r - s e cento e v i n t e e oito (128) vezes
a t e a'conclusão do e m p r e e n d i m e n t o e m um r i t m o d e t r a b a l h o d e
0,5 p a v i m e n t o s / d i a .
FIGURA 3 . 4 3 - R e d e 1 6 ~ i c ad e e x e c u ç ã o do p a v i m e n t o .
A duração u n i t á r i a d e c o r r e n t e da a l o c a f ã o de operá-
rios apresentada na T A B E L A 3 . 1 2 f o i de o i t e n t a ( 8 0 ) dias e o
p r a z o r e a l de e x e c u ç ã o d a obra f i c o u e m t r e z e n t o s e t r i n t a e
quatro ( 3 3 4 ) dias.
..,
O p r o g r a m a e l a b o r a d o propõe a execuçao da o b r a em
d u a s e t a p a s d e l i m i t a d a s p e l a e x e c u ç ã o do r e b o c o e x t e r n o d o s

N a p r i m e i r a e t a p a programou-se o s t r a b a l h o s p a r a s e -
rem e x e c u t a d o s n o s d e z e s s e i s (16) p r i m e i r o s b l o c o s , finllizan-
do-se a c o n s t r u ç ã o d e um mesmo p a v i m e n t o e m t o d o s b l o c o s p a r a
w

depois iniciar-se a e x e c u ç a o do próximo p a v i m e n t o , 0s Últimos


d e z e s s e i s (16) b l o c o s também f o r a m p r o g r a m a d o s s e g u i n d o e s t e
critério.

E s t e t i p o de o r i e n t a ç ã o dos t r a b a l h o s das a t i v i d a -
d e s C n i c i a i s d a r e d e u n i t á r i a (até o r e b o c o e x t e r n o ) s u r g i u d a
n e c e s s i d a d e d e serem a t a c a d o s no mínimo d o z e ( 1 2 ) b l o c o s a f i m
de e v i t a r a o c i o s i d a d e das e q u i p e s , j á que a a l v e n a r i a c o n s u -
m i a u m p e r í o d o d e treze (13) d i a s p a r a sua e l e v a ç ã o e i i e c e s s i -
c a v a - s e de um i n t e r v a l o d e q u a t o r z e ( 1 4 ) dias p a r a a c o l o c a ç ã o
d e v i g o t a s e tavelas, d i s p o s i ç ã o de f e r r a g e n s d a s l a j e s e v i -
gas, colocação d a s tubulações nas l a j e s , concretagem e cura,
a n t e s que i n i c i a s s e a a l v e n a r i a no p r õ x i ~ op a v i m e n t o .

Na segunda e t a p a , estando f e c h a d o o e s q u e l e t o dos


dezesseis (14) rime ir os b l o c o s , a execução das a t i v i d a d e s
p o s t e r i o r e s ao r e b o c o p o d i a s e r i n i c i a d a . O c r i t é r i o adotada
f o i a r e a l i z a s ã o d o s t r a b a l h o s num m e s m o b l o c o , d o q u a r t o ( 4 9 )
aa p r i m e i r o (lf?) p a v i m e n t o .

O r e b o c o externo, por sua v e z , f o i planejado para


s e r e x e c u t a d o d e b l o c o a b l o c o , de cima p a r a b a i x o , o b e . d e c e n -
C s uma n o v a e s c a l a no d i a g r a m a d e p r o g r a m a ç ã o (FIGURA 3 , 4 4 1 ,
onde i n c l u s i v e as u n i d a d e s e r a m a s f a c h a d a s e n ã o m a i s os
pavimentos.

O diagrama d a F I G U R A 3 . 4 4 r e p r e s e n t a o programa
p r i n c i p a l que o r g a n i z a a e x e c u ç ã o das a t i v i d a d e s c r F t i c a s da
rede u n i t á r i a . As demais a t i v i d a d e s , a q u e l a s q u e não f a z e m
TABELA 3.U - Prog:aia Jardim G u a n a ã a r i .

I
Trmpn de*.
"""""' ""'/'"
pr da, i q u i Prv dc i q u i -
Timanhn
r.., da
ipuipi
Rii.4~
r.viand.
de coni-
Ourr~lo
d i a * p,
um p 4 v .
E:::- d r e i.'-
t i o no 10
NY .' ATXYKMOf comanda
-
vidrdr
P- pe* truqlo p4v. o t l

-
-
- --
N-
H
- C " H E U O 0 ~!~>ulkium

A Alviniti* prdr.
---
L208 61.9
'
10 6 60 0,CO I . O 26)

8 Vigora~ ~ P V C L ~ A pidr. 106' 5 3

C
Ftrrsyrui.
visotq.
lijii e firr. 63
-- 3,18 0

E, Concrrtigcm 1.0 259


F T u h u l a ~ l o hidrlulics cncon. V6 3 2 b,0 G,6O 3.3 3.0 211
p a r t e do c a m i n h o c r í t i c o mas que s ã o i g u a l m e n t e i n d i s p e n s á v e i s
- -
a e x e c u ç a o das u n i d a d e s , e s t ã o d i s p o s t a s em programas comple-
m e n t a r e s , que guardam a l ó g i c a e s t a b e l e c i d a n a r e d e . Estes
programas s ã o a p r e s e n t a d o s n a s F I G U R A S 3 . 4 5 ( a ) , ( b ) , (c) e (d) .
E s t e modo d e f a z e r a programação e a p r e s e n t á - l a atra-,
vés d e programas p r i n c i p a i s e complementares pode d i f i c u l t a r
u m p o u c o o e n t e n d i m e n t o do programa g e r a l , m a s s e h o u v e r u m bom
s i s t e m a d e r e f e r ê n c i a , que f a ç a as l i g a ç õ e s dos p r o g r a m a s enrre
s i e d e s t e s com o p r i n c i p a l , e s t a s d i f i c u l d a d e s s e r ã o m i n i m i z a -
das.

3 . 1 2 . A L i n h a d e B a l a n ç o como I n s t r u m e n t o d e C o n t r o l e

G r a n d e p a r t e d o s d e s v i o s d e p r o g r a m a que o c o r r e m du-
r a n t e a e x e c u s ã o d a s o b r a s surgem e m f u n ç ã o d a v a r i a b i l i d a d e
d o p r o c e s s o de c o n s t r u ç ã o . Em decorrência destes desvios e
como g a r a n t i a d e que o s o b j e t i v o s s e r ã o a l c a n ç a d o s , s u r g e a
n e c e s s i d a d e d o uso d e m e c a n i s m o s e f e t i v o s d e c o n t r o l e , c u j a
f u n ç ã o é c o m p a r a r a s i t u a ç ã o r e a l d e p r o g r e s s o na o b r a , e m UP
d a d o momento, c o m o que e r a e s p e r a d o no p r o g r a m a .

E s t a v a r i a b i l i d a d e t e m o r i g e m em alguns f a t o r e s que
devem s e r c o n h e c i d o s como:

- a i n e x a t i d ã o nas estimativas dos tempos m é d i o s d e


execução das a t i v i d a d e s , ou s e j a , d i f i c u l d a d e s de fazer-se uma
p r e v i s ã o c o r r e t a da p r o d u t i v i d a d e d e m ã o - d e - o b r a ;

- a t r a s o s no t r a b a l h o c a u s a d o s p o r c i r c u n s t ~ n c i a s
f o r a d o c o n t r o l e d o s o p e r á r i o s , e, às vezes, d o s admi-
nis t r a d o x e s , o u s e j a , , fenômenos m e t e o r o 1 6 g i c o s , greves - boico-
t e s , etc.;

- atrasos d e c o r r e n t e s d a d e m o r a d o s u p r i m e n t o d e ma-
t e r i a i s , d i s p u t a s d e mão-de-obra, etc.

E s t a s v a r k a c õ e s a l t e r a m a d u r a ç ã o do c o n t r a t o e o s
gastos d e mão-de-obra p r e v i s t o s , podendo o c a s i o n a r g r a n d e s d i -
f i c u l d a d e s ã empresa, e m termos d e c a p i t a l investido. Na ver-
dade, c o n t r o l a r o t e m p o d e e x e c u ç ã o das a t i v i d a d e s s i g n i f i c a
c o n t r o l a r o fluxo de c a i x a e , e m Ú l t i m a análise, i m p l i c a em
BLOCO?
E wwmm1

FIGURA 3 . 4 5 ( a ) - Programa complementar 1 - Jardim Guanabara


FIGURA 3 . 4 5 ( b ) - Programa complementar 2 - Jardim Guanabara.
- I,
BCbtOS t
LiYIUNlOf

L**
1

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8.

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3-45Idl - Programa complementar 4 - Jardim ~ u a n a b a r a .


lucratividade.

E s t e c o n t r o l e d o p r o g r e s s o do t r a b a l h o n o l o c a l , q u e
& m e d i d o a t r a v é s d a comparação do t r a b a l h o e x e c u t a d o com o pro-
g r a m a d o , p o d e s e r m e l h o r r e a l i z a d o através d a r e p r e s e n t a ç ã o
g r á f i c a do e s t a d o r e a l d e p r o g r e s s o do p r o j e t o p e l a L i n h a de
Balanço. A f o r m a d e a p r e s e n t a ç ã o do p r o g r a m a p r o p o r c i o n a d o pe-
la L .B., que r e l a c i o n a as unidades onde se r e a l i z a m a s ativi-
dades, a d a t a e m q u e e s t a s devem e s t a r o c o r r e n d o , p r o p i c i a q u e
o c o n t r o l e p o s s a s e r f e i t o de uma maneira b a s t a n t e s i m p l i f i c a -
da.
A FIGURA 3.46 a p r e s e n t a um p r o g r a m a de c o n s t r u ç ã o o b -
t i d o com a L.B. o n d e s e e s t i p u l o u uma d a t a d e c o n t r o l e . A ver-
t i c a l l e v a n t a d a a p a r t i r d e s t e p o n t o do e i x o d o s t e m p o s defi-
n i r á n a s f a i x a s relativas a cada uma das a t i v i d a d e s q u e com-
põem .o p r o j e t o , o l o c a l onde e l a s devem e s t a r s e n d o e x e c u t a d a s
e onde d e v e m ter s i d o completadas. A e f e t i v a ç ã o do controle
s e dá q u a n d o se c o n t r a p õ e neste g r g f i c o o e s t á g i o r e a l em que
s e e n c o n t r a o p r o j e t o , marcando o p r o g r e s s o efetivo d e c a d a
a t i v i d a d e em cada seção (FIGURA 3.47).

Uma o u t r a f o r m a d e r e p r e s e n t a r o p r o g r e s s o d a o b r a e
efetivar o c o n t r o l e das a t i v i d a d e s é f e i t a a t r a v é s d o g r á f i c o
de progresso d a FIGURA 3 . 1 3 ( c ) . E s t e g r á f i c o fornece fotogra-
f i a s instantâneas d o a n d a m e n t o de t o d a s as a t i v i d a d e s da o b r a
no i n s t a n t e em que e s t á sendo e f e t u a d o o c o n t r o l e . Contrapon-
do-se e s t a p l a n i l h a d e p r o g r e s s o com a p l a n i l h a d e o b j e t i v o s
pode-se e v i d e n c i a r o s a t r a s o s o u a d i a n t a m e n t o s d a o b r a e m re-
lação a o p r o g r a m a d o .

A a n á l i s e d o g r á f i c o de c o n t r o l e L.B., que r e t r a t a o
e s t á g i o r e a l d a o b r a na d a t a e s t a b e l e c i d a p a r a a v a l i a ç ã o d o
p r o g r - e s s o d o empreendimento, p r o p i c i a que s e p o s s a p r e v e r c o m
r e l a t i v a f a c i l i d a d e o s e f e i t o s de a t r a s o s n a s e q l l ê n c i a d o s
t r a b a l h o s , p r i n c i p a l m e n t e quando s e e x a m i n a o m o d e l o d e m o v i -
m e n t a ç ã o d a s e q u i p e s a t r a v é s das s e ç õ e s d e t r a b a l h o p a r a c a d a
a t i v i d a d e d o projeto.

O e s t u d o dos diagramas d e c o n t r o l e d e v e r á d a r c o n d i -
ções -de d e c i d i r - s e s o b r e o s n o v o s r i t m o s de t r a b a l h o a s e r e m
impostos para que s e m a n t e n h a m os objetivos p r i n c i p a i s do p r o - ,
grama o r i g i n a l . Conhecendo o diagrama d e c o n t r o l e L . B . , o adrni-
nistradar poderá identificar as f a l h a s e alocar as conseqüen-
tes responsabilidades, adotando, posteriormente. a s m e d i d a s c o r -
retivbs que assegurem a lucratividade desejada.

A a p l i c a ç ã o da T é c n i c a da L i n h a d e Balanço facilita
o diagndstico das perturbações e d e s v i o s de programa antes que
cresçam a proporqões maiores (LUMSDEN").

I
UNIDADES

YOYEUTO
DE CONTROLE

FIGURA 3 . 4 6 - Programa L . B . de progresso:


exigido p a r a 4 s semana.
TEMPO

MOMENTO -DE COHTROLC

FIGURA 3 . 4 7 - Programa L.B. de p r o g r e s s o real - Progres


a
so r e a l na 4 . s e m a n a . A t r a s o s em algumas
unidades.

O g r á f i c o de c o n t r o l e L . B . recebe o nome e s p e c í f i c o
d e planilha o u q u a d r o de p r o g r e s s o .
Um e x e m p l o d e s t e t i p o d e
d i a g r a m a é mostrado na F I G U R A 3 . 4 8 e 3 . 1 3 ( c ) da p á g i n a 4 8 .
A F I G U R A 3 . 4 8 é u m e x e m p l o g e n é r i c o q u e mostra como r e p r e s e n -
t a r e c o n f r o n t a r o d e s e n v o l v i m e n t o programado com o p r o g r e s s o
r e a l , e s t a n d o assinalado no s e u e i x o d o s t e m p o s o momento em
q u e s e e f e t u a a avaliação d a o b r a . A p a r t e do g r á f i c o repre-
s e n t a t i v a do p e r í o d o a n t e r i o r a e s t a data, a p r e s e n t a a compa-
ração p r o g r a m a v e r s u s p r o g r e s s o , e n q u a n t o a parte relativa
ao ~ e r x o d op o s t e r i o r r e f e r e - s e , e x c l u s i v a m e n t e , ao p r o g r a m a
que a i n d a d e v e s e r c u m p r i d o .

E s t e s instrumentos de p r o g r a m a ç ã o e c o n t r o l e , e m
função do d i f e r e n t e ~ r a ude c o m p r e s s ã o dos i n d i v í d u o s q u e o
m a n i p u l a m e d a necessidade de t e r - s e meios v e r s á t e i s e p r á t i -
cos de f a z e r c o n t r o l e em obra, f o r a m a p r e s e n t a d o s em um m o d e l o
s i m p l i f i c a d o d e diagrama L . B . E s t a forma mais c l a r a de a p r e -
C
s e n t a s ã o do programa e f e i t a a t r a v é s d e um q u a d r o q u e d e v e
f i c a r e x p o s t o em l o c a l visivel no escrit6rio da obra. Mes-
t e q u a d r o , s ã o a p r e s e n t a d a s as l i n h a s d e f l u x o d a s a t i v i d a d e s
do p r o g r a m a , as quais e s t ã o r e p r e s e n t a d a s p o r c o r d õ e s e l á s t i -
cos c o l o r i d o s , p r e s o s ao quadro através d e p e r c e v e j o s , a l f ine-
tes de c a b e ç a c o l o r i d a o u s i m i l a r e s .
E s t e s cordões e s t ã o in-
--
clinados e m r e l a ç ã o a o s e i x o s cartesianos (a?
- t e m p o e YY -
-
seçao de t r a b a l h o ) segundo o r i t m o de t r a b a l h o q u e d e v e s e r
imprimido A a t i v i d a d e . As d i f e r e n t e s c o r e s d o s cordães f a c i -
litam a v i s u a l i a a ç ã o e i d e n t i f i c a ç ã o das a t i v i d a d e s (FIGURA
3,491.

Durante a materializasão do p r o j e t o , a m e d i d a q u e as
a t i v i d a d e s vão s e n d o executadas nas diversas u n i d a d e s , pode-se
i r d e m a r c a n d o no q u a d r o a sua r e a l i z a ç ã o a t r a v é s d e n o v o s p e r -
c e v e j o s ou a l f i n e t e s que são i n s e r i d o s . A demarcação d a e x e -
-
cuçao d a s a t i v i d a d e s v a i d a n d o a o s c o r d õ e s a s inclinações do
fluxo d e t r a b a l h o r e a l d e c a d a a t i v i d a d e ( F I G U R A 3 . 5 0 ) . Esta
é uma m a n e i r a p r á t i c a d e f a z e r - s e o controle em obra e , também,
de conhecer-se o novo ritmo a s e r imprimido às a t i v i d a d e s . Es-
t e novo ritmo a s e r i m p r i m i d o p a r a manutenção do programa o r i -
g i n a l é d a d o p e l a n o v a inclinação dos c o r d õ e s .

to, I

0 f. PROGRESSO
1 r

4 8 i2 k h 24 20 32 36 40
SEMANAS

FIGURA 3 h 8 - Quadro m o d e l o de controle.


FIGURA 3 . 4 9 - Quadro p r o g r a m a .

A s n o v a s d a t a s de e n t r e g a das u n i d a d e s , d e c o r r e n t e s
d a a l t e r a ç ã o do ritmo d e c o n s t r u ç ã o , podem s e r l i d a s diretamen-
t e no g r á f i c o L.B. modificado.

O exemplo apresentado nas FIGURAS 3.49 e 3.50 refere-se ao


p r o j e t o de construção d e duzentas (200) c a s a s e m trinta e q u a -
t r o ( 3 4 ) semanas. O programa p r e v ê a e n t r e g a d e aproxirnadamen-
te q u i n z e (15) casas/semana, a p a r t i r d a v i g é s i m a p r i m e i r a s e -
mana, c o n f o r m e o programa p a r a l e l o a d o t a d o .

A F I G U R A 3.50 r e p r e s e n t a o estágio em que s e encon-


tra a o b r a na d é c i m a s e m a n a . Segundo o programa (FIGURA 3 . 4 9 1 ,
deveriam estar f i n a l i z a d o s , e m todas as unidades, as a t i v i d a -
d e s de s e r v i ç o s preliminares, a s c a v a ç o e s e f u n d a ç õ e s , e a al-
venaria. N o e n t a n t o , p e r c e b e - s e q u e n o andamento d a o b r a , an-
tecipou-se o término d a s duas primeiras atividades e a alvena-
ria, a p e s a r d e pouco i r r e g u l a r , f o i f i n a l i z a d a n a d a t a p r e v i s t a
no p r o g r a m a . Q u a n t o às o u t r a s a t i v i d a d e s , o seu estágio de
e x e c u ç ã o a p r e s e n t a - s e m u i t o aquém d o p r o g r a m a d o :
Q
DATA DE CONTROLE

F I G U R A 3.50 - Quadro c o n t r o l e d e p r o g r e s s o .

Nota: Os pontos são os percevejos ou t a x a s que ajudam a determinar


a inflexão dos elásticos.
- a c o b e r t u r a e s t á f i n a l i z a d a em apenas s e t e n t a ( 7 0 )
casas, embora devesse t e r s i d o completada e m cerca d e c e n t o e
v i n t e (120) casas. 1s t o d e t e r m i n a que, para - s e manter o p r a z o
o r i g i n a l p a r a execução d a c o b e r t u r a , o ritmo d e t r a b a l h o d a
e q u i p e d e s t a a t i v i d a d e d e v e r i a s e r de v i n t e e s e i s (26) c a s a s /
semana;
- o r e v e s t i m e n t o , a e x e m p l o d a c o b e r t u r a , também e s -
t á finalizado e m s e t e n t a (70) c a s a s , quando d e v e r i a e s t a r em
quase cem (100) c a s a s ;

- o pavimento está c o n c l u í d o em apenas d e z ( 1 0 ) ca-


sas, quando d e v e r i a e s t a r finalizado e m q u a s e u m q u a r t o das
d u z e n t a s 1200) c a s a s ;

- por f i m , a pintura, que d e v e r i a e s t a r r e a l i z a d a em


v i n t e e cinco (25) casas ainda não i n i c i o u .

Se o p t a r - s e p o r m a n t e r os o b j e t i v o s do p r o g r a m a o r i -
g i n a l - , todos e s t e s atrasos deverão s e r c o r r i g i d o s , i m p o n d o - s e
h

as a t i v i d a d e s u m r i t m o d e t r a b a l h o s u p e r i o r ao p r o g r a m a d o , q u e
é dado pela nova i n c l i n a ç ã o dos cordões a p a r t i r d a d a t a de
controle.

A a v a l i a ç ã o do p r o g r e s s o d a e x e c u ç ã o d e u m p r o j e t o
r e p e t i t i v o , q u e é uma m e d i d a d o t r a b a l h o r e a l i z a d o , e a s u a
c o m p a r a ç ã o com o que f o i p r o g r a m a d o , tornam-se s i g n i f i c a t i v a -
m e n t e m a i s s i m p l e s quando s e utilizam o s p r i n c í p i o s e i n s tru-
mentos da L i n h a d e Balanço.
4 . A P L I C A B I L I D A D E D A LINHA DE B A L A N Ç O C O M O S C O N J U N T O S
HABITACIONAIS

A p r Q p o s i ~ ã 0d e s t e c a p i t u l o 4 apresentar o estudo d e
caso d o e m p r e e n d i m e n t o a n a l i s a d o , a f i m d e c a r a c t e r i z a r a s p o-
s
s i h i l i d a d e s d e ê x i t o d e uma p r o g r a m a ç ã o f e i t a a t r a v g s d a L . B .
E s t a a n á l i s e b a s e i a - s e na d e t e r m i n a ç ã o d e t e n d ê n c i a s n a t u r a i s
d e o r i e n t a ç ã o dos trabalhos em c a n t e i r o s d o t i p o repetitivo.
O s d a d o s o b t i d o s n a c o l e t a d e i n f o r m a ç õ e s são confrontados com os
p r i n c l p i o s que norteiarn a a p l i c a ç ã o da t g c n i c a da L . B . p a r a
e l a b o r a ç ã o d a s conclusões finais d e s t e trabalho.

Os meios utilizados na c o l e t a d e d a d o s p a r a a n ã l i s e
foram'
- c o n t a t o s junto a e m p r e s a s e 6 r g ã o s p ú b l i c o s p a r a
requisição d e a r q u i v o s d e registro de trabalho di8rio d a s obras,
c o n j u n t o s d e p l a n t a s , o r ç a m e n t o s e d e m a i s d o c u m e n t o s q u e possi-
b i l i t a s s e m o e x e r c i c i o d a p r o g r a m a ç ã o a t r a v é s da L . B . ;

- obtenção d e informações sobre a sistemática d e


ataque das o b r a s , faturarnento e pagamento dos serviços j u n t o
à s empresas e 6rgãos p ú b l i c o s competentes.

O caço analisado neste estudo t r a t a de um conjunto


habitacional d e promoção pública, atravgs da Companhia d e Habi-
t a ç ã o do R i o G r a n d e d o S u l - COHABIRS. C o n s t a d e 868 c a s a s j6
c o n c l u f d a s e c o n s t r u i d a s no s i s t e m a c o n v e n c i o n a l d e a l v e n a r i a
d e t i j o l o s p e l a e m p r e s a v e n c e d o r a d a l i c i t a ç ã o e p o r o u t r a s em-
p r e s a s por e l a subempreitadas.

A m e t o d o l o g i a u s a d a na an8lise do e m p r e e n d i m e n t o f o i
a d e estudar individualmente cada empresa envolvida no proces-
so, t i r a r c o n c l u s õ e s particulares e , então, tentar generalizar
e s t a s conclusões.

O e m p r e e n d i m e n t o em questão - c o n j u n t o h a b i t a c i o n a l
G r a v a t a i - A r e a A - ' c o m p r e e n d e u a c o n s t r u ç ã o d e 868 c a s a s e m a l -
v e n a r i a d e t i j o l o s d i s t r i b u i d a s em 3 4 q u a d r a s r e s i d e n c i a i s .
E s t a s q u a d r a s s ã o f o r m a d a s p o r dois ( 2 ) t i p o s de c a s a s , que
d i f e r e m p e l a á r e a construída e n ú m e r o de dormitórios que con-
têm. - N a formação d a s q u a d r a s não e x i s t e u m a r e g u l a r i d a d e quan-
t o a o - n ú m e r o d e u n i d a d e s e q u a n t o 2 p r o p o r ç ã o de c a s a s d e cada
tipo, o c o r r e n d o uma g r a n d e a l e a t o r i e d a d e . Estas quadras eram
o r g a n i z a d a s e m q u a t r o ( 4 ) lotes d i s t i n t o s .

As c a s a s maiores do e m p r e e n d i m e n t o , com t r ê s ( 3 ) d c r -
m i t õ r i o s , possuem uma área de 4 2 . 3 5 rn2 e s ã o chamadas p e l o ;r-
gão promotor - COHABIRS - de RS-42. As m e n o r e s , com a p e n a s
d o i s ( 2 ) d o r m i t ó r i o s , p o s s u e m 3 6 . 3 0 m2 e s ã o denominadas R S - 3 6 .
E s t a s u n i d a d e s habitacionais s ã o p a d r o n i z a d a s p e l a COHAB e e s -
t ã o d i s s e m i n a d a s p o r quase t o d o s os c o n j u n t o s h a b i t a c i o n a i s d e
casas e s p a l h a d o s p e l o R i o Grande do S u l , c u j a promoção é deste
A -
orgao. Seus p r o j e t o s v a r i a m muito p o u c o a r q u i t e r o n i c a r n e n t e
com as t e c n o l o g i a s c o n s t r u t i v a s u t i l i z a d a s ( e m t e r m o s d e e s p a -
ços). L

Neste empreendimento, em p a r t i c u l a r , existe predomi-


n â n c i a das unidades menores, R S - 3 6 , com u m t o t a l d e 5 2 9 c a s a s
deste tipo. A p a r t i c i p a ç ã o de c a s a s do t i p o B S - 4 2 é d e 3 4 9 ca-
sas. I s t o s i g n i f i c a urna p r o p o r ç ã o de 40% d e c a s a s d o t i p o 1
(RS-36) e 40% de casas do t i p o 2 (BS-42) no empreendimen-
to.

A o b t e n ç ã o d o s d a d o s p a r a análise d e s t e c a s o d e u - s e
através d e c o n t a t o d i r e t o com a e m p r e s a c o n t r a t a d a p a r a o b r a e
c o m o Órgão p r o m o t o r . As informações foram r e t i r a d a s d o s B o l e -
tins ~ i á r i od e O b r a s f o r n e c i d o s p e l a empresa e d e alguns c o n t a -
tos com a s f o n t e s .

N a t o m a d a i n i c i a l d o e m p r e e n d i m e n t o , e m f u n ç ã o do
e l e v a d o volume d e t r a b a l h o e n v o l v i d o n a e x e c u ç ã o d a s u n i d a d e s ,
a empresa construtora d e c i d i u s u b e m p r e i t a r p a r t e d a o b r a . Es-
tabeleceu-se e n t ã o , a s e g u i n t e situação, i l u s t r a d a p e l a FIGURA
4.1:

- sob a r e s p o n s a b i l i d a d e d i r e t a de e x e c u ç ã o d a c o n s -
t r u t o r a p r i n c i p a l (A) f i c a r a m 197 c a s a s d i s t r i b u í d a s e m 8 qua-
dras
I I 9 , II8, 117,
120> I I 6 s II5s I I 4 ) i

..- - + ..a. IL.. - i - L-.. . C..


I. * *..
FIGURA 4 . 1 - Projeto d e implantação d o Conjunto Habiracional ,........ ........-
estudado.
auav~i~j
< .,i.l,n.,..
..
i..,.
.
Y
, ... I I 1
- s o b a r e s p o n s a b i l i d a d e da s u b e m p r e i t e i r a IB) Eica-
r a m 405 casas d i s t r i b u í d a s em 16 q u a d r a s ( H ~ H~1 8,, H1,, H14,

- s o b a r e s p o n s a b i l i d a d e d a s u b e m p r e i t e i r a (C) f i c a -
ram 2 6 6 c a s a s d i s t r i b u í d a s em 10 q u a d r a s (Il, 12, 1 3 , 1 4 , 15*

D e s t e empreendimento analisado, tarnbêm f a z i a m p a r t e


c i n c o ( 5 ) quadras destinadas aos s e r v i ç o s comunitários:
e s c o l a , c r e c h e , mercado, canchas d e e s p o r t e e uma reservada ã
v a l a de oxidação do sistema de e s g o t o . Por f a l t a d e m a t e r i a l
r e f e r e n t e ã c o n s t r u ç ã o d e s t a s q u a d r a s nos d a d o s e i n f o r m a ~ õ e s
r ~ c o b i d a s , e s t e s e q u i p a m e n t o s c o m u n i t á r i o s não f o r a m i n c l u í d o s
no e s t u d o .

O cronograma real d e c o n s t r u ç ã o é o a p r e s e n t a d o na
FIGURA 4 . 2 . N e l e e s t ã o c a r a c t e r i z a d o s o s momentos de e x e c u ç ã o
d e c a d a a t i v i d a d e em t o d a s a s unidades d a o b r a . Este crinograma
p o d e s e r c o n f r o n t a d o ao de p r e v i s ã o d a o b r a m o s t r a d o n a s FIGU-
RAS 4 . 3 e 4 . 4 .

O período d e execuqão da obra havia,sido e s t i p u l a d o


e m d o z e ( 1 2 ) m e s e s ; no e n t a n t o , h o u v e um p r o l o n g a m e n t o d e s t e
t e m p b e m f u n ç ã o d e a t r a s o s o c o r r i d o s no i n i c i o da o b r a d e v i d o
ao mau t e m p o reinante no d e c o r r e r d a o b r a e p e l o a b a n d o n o d o
t r a b a l h o p o r uma d a s s u b e m p r e i t e i r a s . O t e m p o final d e e x e c u -
ç ã o d o e m p r e e n d i m e n t o r e s u l t o u em quinze ( 1 5 ) m e s e s .

N o e n t a n t o , quando c o n f r o n t a m - s e o s c r o n o g r a m a s d e
previsão e o cronograma r e a l d e obra, apesar de sua d i f e r e n t e
fragmentação d a s atividades, observa-se que o s atrasos n a f i -
n a l i z a ~ ã o d a s m e s m a s a p r e s e n t a m - s e r e l e v a n t e s a p a r t i r das a t i -
v i d a d e s de r e b o c o das unidades, c o i n c i d i n d o com o p e r í o d o d e r e s -
c i s ã o de c o n t r a t o , de s u b e m p r e i t a d a d a empresa (3). Este p e r í o -
d o c a r a c t e r i z o u - s e p o r uma r e d u ç ã o no número de o p e r á r i o s em
a b r a de c e r c a de 5 4 % , como p o d e s e r observado no g r á f i c o d a
FIGURA 4.8.

Quando o s a t r a s o s s ã o a n a l i s a d o s e m r e l a ç ã o a o s d i a s
e f e t i v o s d e t r a b a - l h o , v e r i f i c a - s e que d o s 4 5 7 d i a s em q u e t r a n s
-
AflVIDADEç AÜO SET OUT N O V DEZ JAFI FEV MAR ABFI MA) JUH JUL AGO S f T OUT

SERV. PRWMINARES X IM100t-X XXXX XXX

FIGURA 4 . 2 - Cronograma g e r a l r e a l d a o b r a .

NOTA: As a t i v i d a d e s d e s e n v o l v e r a m - s e no d e c o r r e r d e t o d o s
o s m e s e s d e m a r c a d o s , e s t a n d o mais c o n c e n t r a d a a a t i v i d a d e na-
q u e l e s meses e m que e s t a demarcação e s t á m a i s f o r t e m e n t e gri-
fada..
L *

SEAVICOS DA

2. ALVENARIA

3 COBERTURA

4. REVESTIMENTOS

5 ESOUADRIAS '

7. ACABAMENTOS

FIGURA 4 . 3 - Cronograma d e p r e v i s ã o da obra.


FIGURA 4 . 4 - Programa d e execução das c a s a s .
AO0 SEI OUT Nüü DEZ JAH FEV M4R ABA MA1 JUN JUL AOO Sff Oüf

MESES

FIGURA 4 . 8 - Curva d e a l o c a ç ã o de mão-de-obra.


correu a obra apenas 356 foram d i a s trabalhaveis, r e p r e s e n t a n -
do c e r c a d e 7 7 , 9 % d o tempo. Os d e m a i s d i a s foram d o m i n g o s , fe-
r i a d o s o u d i a s i m p r a t i c á v e i s ao t r a b a l h o d e v i d o a o m a u t e m p o c
greves. Este a s p e c t o da e f e t i v i d a d e do tempo torna-se i m p o r t a-
n
t e na medida em q u e o s d i a s não t r a b a l h 8 v e i s r e p r e s e n t a m uma
p a r c e l a substancial do tempo, n ã o podendo ser e s q u e c i d o s n o e x e-
r
c i c i a de programação da execução de qualquer empreendimento.

Com o s d a d o s obtidos m o n t o u - s e tabelas que evidencia-


ram a F o r m a d e e x e c u ç ã o d o s s e r v i ç o s no e m p r e e n d i m e n t o . Estas
t a b e l a s f o r a m e l a b o r a d a s h s e m e l h a n ç a d o s p r o g r a m a s L.B., c o m
r e f e r ê n c i a s a o i n s t a n t e e l o c a l o n d e eram e x e c u t a d a s a s d i f e r e -
n
tes atividades. Para f a c i l i t a r a análise, e s t a s a t i v i d a d e s f o -
ram r e u n i d a s e m o i t o ( 8 ) g r u p o s d e s e r v i ç o :

t r a b a l h o s em t e r r a e f u n d a ç õ e s ;
alvenaria;
cobertura e reservatdrio;
instalaçães;
r e b o c o e forro;
p i s o s e esquadrias;
pintura;
a r r e m a t e s e limpeza.

A anS2ise global do empreendimento, encerrando o t r a -


b a l h o das três empresas envolvidas, revelou q u e , na e t a p a da
e x e c u ç ã o r e f e r e n t e 3 obra grossa, o p r i n c i p i o o r i e n t a d o r do
ataque d a s quadras f o i , embora intuitivamente, muito s e m e l h a n t e
a q u e l e proposto p e l a L . B . Ou s e j a , a s q u a d r a s e r a m t r a b a l h a d a s
em uma s e q u e n c i a com c a d a a t i v i d a d e s e n d o realizada de forma
r e l a t i v a m e n t e c o n t i n u a , em uma m e s m a u n i d a d e .

A F I G U R A 4 . 1 , p r o j e t o d e i m p l a n t a ~ ã od a s u n i d a d e s e m
q u a d r a s , a p r e s e n t a graficado o caminhamento seguido p e l a s em-
p r e s a s no ataque das q u a d r a s . A observação da trajetória se-
g u i d a p e l a s e q u i p e s d e trabalho r e v e l a a tendCncia natural d e
a t a q u e d a s q u a d r a s p r 6 x i m a s n a s e q u ê n c i a do t r a b a l h o , e v i d e n -
c i a n d o a a t u a ç ã o d a s diversas frentes de t r a b a l h o a t u a n t e s no
empreendimento.
TABELA 4 . 1 - Total d e horas trabalhadas nas quadras para
e x e c u ç ã o d o s t r a b a l h q s em t e r r a e
I , I fundações.

SEAIIOOS- 1 T(LOASAS~5AS
I~-U111-12 :u-wIIW I ~ S ii2-Y
I I I ~ IMFS ~ WI-U 1~ IUHIIU-uw-19 WP
1 - ICH I E 1113-JI
S ~ ~ 1 81-Y MI-nHII-15 I I H ~m-ãI ~ W
W-21 IPN ~ HIFZMT-16 WIIw-21 IOIK
114-21 W I 1111-22 ld
*.
8 I! 8 $i
. u % a a # i ! r a e - g . . . . u
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1 8 8
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8.
I
H
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u
I# 'a u.":nah
i : b t l U u a8 i %R
4lU
t . 8
1
TABELA 4.2 - Total de horas trabalhadas nas quadras
para execução da aJve~aria.

-
~iPO [{ S[RVICOS2 T!I~ ASEPm:SAS

Sfft. 121-31
m-47 117-12
HU-2/1I9-38
115-31112-52
11&-15
HI7-34
HIY-59
181-13
182-34
163-24
H13-37
184-2&
185-17
r.H-2II1J-17187-19
1&6-38
PJl-29HI8-15m-24 18&-28 1ii7-16 fil.-l7 Iij-21 rorAL
!lHo! !W.2418'/-JIj114-24iii5-16 HH-22HI2-22
I ~
i4 ti
~
~
~
5 ~ Q
~ ~. ~i U jil

~ tt.~ ~ ~ 43 ~1 43 32 32 !~
\I 13 1& ij ~ 24 ~l ~ . i~~! ~ 48 32 41 24 ~~
H
H
~ tl
3232
~
48
48 41 41
J2
49 U
32 32
~~ 4& ~
32 32 32 3232
U !!324& ~24 U
41
~4
~ij
15 24 4& 43 4& 24 32 32 48 24 24 48 48 J2 48 43 ~i4
\~
13
U U 43 4$
41 41
43 41 U 4a a
43 41
~ ~
41
.
4& 41
U 4&
4.1 43
41 41
41
43
4& 43 ,,41 43
j76
m
19 4$ 48 4& J2 . . 43 43 41 .. 41 614
~ U U . U ~ U U 43 4t4a ~
~ 41 ~ 41 41 I 43 41~. ~ 41 48 ~ 41 43 m
~
26
íi
41
~ 4& . 4.\ 4.\
41
. I~
144
21 43 4& 41 96
~ 41 41 I~í
ff !
li34 I
8
~ 9
~ I
~ I
D . I
" 8
4~ 8
i~ ' I
~ I
~ I
~
~
. i
8
~ 8

~
~ II
g .' 8 I-'
T01rL 531 ~)4 5& 31'2 m 2M m 216 248 376 392 392 112 ~ m 2n 264 12i 184 232 22\ 2\8 136 m 8 \<3 248 2!.\ 4& 96 96 m 192 96 VI
o
TABELA 4 . 3 - Total d e horas trabalhadas n a s quadras para execu-
ção d a cobertura e insta'laç'ão dos reservat6rios.
TABELA 4 . 4 - Total d a s horas t r a b a l h a d a s n a ç q u a d r a s para execu-
ç ã o das instalações e l é t r i c a s e hidrosanitárias.
T A B E L A 4.5 - Total d a s horas t r a b a l h a d a s >nas quadras para execu-
ç ã o d o r e b o c o e c o l o c a ç ã o do forro.

IIM
TABXLA 4 . 6 - Total d e h o r a s trabalhadas n a s q u a d r a s p a r a exe-
cução dos pisas e colocação das esquadrias.

NAS-
T A B E L A 4.7 - T o t a l d e h o r a s t r a b a l h a d a s n a s q u a d r - a s
para execução d a pi'it'Gra.

9 121-M Ia17a?-12IHkW llt-31 IIW


TABELA 4 . 8 - Total d e horas t r a b a l h a d a s n a s q u a d r a s para exe-
cução dos arremates e l i m p, e- z a g e r a l .
TRABALHOS EIYI
TERRA E FUNBAÇÕES

DF ESQUADRIAS

COMPLEMENTACÃE~,
LtYPEZA E ARRE -

F I G U R A 4 . 5 '- Çronogroma da E x e c u ~ b o d a Em preso B


TET~RAE FUNDACÕE

REBOCO E COLOCA

DE ESQUADRAS

, I

I xx%x
I
COM PL E MENTAÇÃ O
LIMPEZA E ARREMA - XXX X xx
T €S.
-

. FIGURA 4.6
-
- Cronoprarno do Esecuçbo da Emprosa C
TRABALHOS EM

ALVENARIA

COBERTURA E

DE ESOUADRiAS

FIGURA 4.7 - Cronogroma da Exocuqfio da Enp:iso A


Durante a sua permanência no c a n r e i r o d e obras a sub-
c o n t r a t a d a 3 f i n a l i z o u , em t o d a s a s u n i d a d e s das quadras sob
s u a responsabilidade, os s e r v i ç o s d e e s c a v a ç õ e s , f u n d a ç õ e s e
alvenaria. O fechamento das casas com a cobertura, a s s i m como
a cofoca$ão dos dutos do sistema de alimentação de água e c n c r -
g i a e l é t r i c a e o esgotamento de Aguas servidas f i c a r a m e x e c u t a -
d a s em 80% d a s r e f e r i d a s c a s a s . Os o u t r o s s e r v i ç o s ( r e b o c o ,
c o l o c a ç ã o d e f o r r o s , pisos, e s q u a d r i a s e p i n t u r a ) foram rea-
l i z a d o s ou apenas iniciados em algumas u n i d a d e s .

Percebeu-se q u e nas a t i v i d a d e s e x e c u t a d a s p e l a s u b -
contratada B a orientação s e g u i d a era a d e realização de um
trabalho consecutivo e quase continuo nas quadras onde eram
realizados e s t e s s e r v i ç o s . Este p r i n c i p i o d e continuidade e
s e q l i g n c i a o r g a n i z a d a do t r a b a l h o f i c o u m e l h o r e v i d e n c i a d o n a s
a t i v i d a d e s d e obra grossa. Os trabalhos d e obra fina, d e f i n i -
dos como d e acabamento, parecem estar associados a um d e s c u i d o
ou dificuldade de orientação ordenada d e sua e x e c u ç ã o .

Acredita-se q u e pelo s i s t e m a c o n s t r u t i v o v i g e n t e ,
m u i t a s irregularidades n o fluxo d e trabalho dos acabamentos
s e j a m i n e r e n t e s a o p r o c e s s o d e c o n s t r u ç ã o , e a l g u m a s v e z e s po-
dem t e r s i d o c a u s a d o s p e l o d e s c a s o na o r g a n i z a ç ã o d e s t a s a t i -
vidades.

E s t a s o b s e r v a ç õ e s podem s e r v i s u a l i z a d a s n a c r o n o -
g r a m a d a F I G U R A 4.5. Esta figura, montada a t r a v e s de d a d o s d e
obra c o l e t a d o s , a p r e s e n t a c l a r a m e n t e a forma e s p a r s a d e r e a l i -
zação destas a t i v i d a d e s . A e x e c u ç ã o d o s r e v e s t i m e n t o s e colo-
cação de f o r r o s , por exemplo, embora tenham s i d o m a i s concen-
t r a d a s em determinados periodos d e tempo, a p a r e c e m em trabalho
desde a d e c i m a o i t a v a ( 1 8 ~ )s e m a n a , a t 6 as Ú l t i m a s semanas.
S i t u a c õ e s i d g n t i c a s ocorrem com o s s e r v i s o s d e p i n t u r a , p i s o e
colocação d e esquadrias. Os s e r v i ç o s de a r r e m a t e , complernenta-
qlo e l i m p e z a d e o b r a s , entretanto, c o n c e n t r a r a m - s e n o p e r í o d o
d a s d e z e n o v e (19) Ú l t i m a s s e m a n a s , o c o r r e n d o c o m m a i s f r e q u ê n -
cia em d e t e r m i n a d a s semanas.
A a n á l i s e f e i t a no c r o n o g r a m a d a e m p r e s a B, p o d e s e r
e s t e n d i d a ao d a empresa C com pequenas variações nas d n t a s de
i n i c i o e tgrmino dos s e r v i ç o s (FIGURA 4 . 4 ) .

J A o cronograma da Qmpresa A d e m o n s t r a uma o r g a n i z a -


ç ã o m a i s d e f i c i e n t e d o trabalho. Acredita-se que isto tenha
o c o r r i d o e m d e c o r r g n c i a do a c r g s c i m o d e u n i d a d e s n o s e u l o t e
d e t r a b a l h o , e m f u n s ã o d o a f a s t a m e n t o da e m p r e s a 3 (FIGURA
4.7).

A r e p r e s e n t a s 3 0 d a t r a b a l h o d e o b r a m o s t r a d a na F I G U -
R A 4.7 a p r e s e n t a a s a t i v i d a d e s m a i s e s p a r s a s c o m n i t i d a ç i n t e-
r
- - u g ç õ e s q u e d e v e m t e r sido o c a s i o n a d a s p e l a d u p l a a ç ã o d o s o p e -
rarios, n a s suas quadras o r i g i n a i s e n a s quadras restantes da
e m p r e s a B.

O g r s f i c o d a F I G U R A 4.8 e o s d a d o s d a TABELA 4 . 9
a p r e s e n t a m a a l o c a ç ã o de r e c u r s o s e h o r a s t r a b a l h a d a s d u r a n t e o
p e r i o d o d e e x e c u ç ã o do empreendimento. Pode-se o b s e r v a r n o g r-
á
f i c o nitidamente, a r e d u ç ã o do número d e o p e r s r i o s s o f r i d a c o m
a r e c i s ã o d e contrato da empreiteira B. Não f o s s e e s s e f a t o ,
teria-se um periodo de p r o d u ç ã o m e n o r , c o m p a t i v e l a o prazo c o n -
r r a t u a l , e o a s p e c t o do g r A f i e o de a l o c a ç ã o d e r e c u r s o s s e r i a
b a s t a n t e s e m e l h a n t e ao da programação d e r e c u r s o s .

Os d a d o s da TABELA 4 . 9 , quando analisados, evidenciam


a varias30 o c o r r i d a na i n t e n s i d a d e d e t r a b a l h o e m a l g u n s g r u p o s
de serviço ao longo do p e r i o d o d e e x e c u ç ã o e m o s t r a m o t e m p o
t o t a l utilizado para execução de cada a t i v i d a d e e o total de
horas trabalhadas em cada mEs.

Analisando-se o g r ã f i c o da FIGURA 4 . 1 2 , pode-se ve-


r i f i c a r uma g r a n d e q u e d a no n ú m e r o d e o p e r i r i o s q u e t r a b a l h a -
vam n a e x e c u ç ã o d o r e b o c o d a s u n i d a d e s e m m e a d o s do m8s de
março-. Este primeiro d e c l i n i o pode ser c o m p a r a d o ao d a c u r v a
d e a l o c a ç ã o d a F I G U R A 4.8 que demonstra nitidamente a r e t i r a d a
do c a n t e i r o d e o b r a s d e parte dos profissionais com a rescisão
d e c o n t r a t o d e s u b e r n p r e i t e i r a com a e m p r e s a B .
TABELA 4.9 - Durações d o s s e r v i ç o s ao l o n g o do tempo (em h o r a s ) .

as Horas t r a b a l h a d a s
Out/79 Nav/79 Dez/79 Jan/80 Fcv/80 ~ a r i 8 0 Abri80 Mai/8O Jun/60 ~ u l / 8 OAgo/m -
Set/80 - -
Out/80 TOTAL

I
- - - - 1,880
--
Trab.t$nda
Pundaçoer
112
-
928 704
- -
e

-- - 4.568
-
2) ~ l e v a ç ã o
-- Alvenaria
- ré-la je
88
-
368
280
1.168
432
2.232 1.920.
928 1.304'
I

728
1.144
355
408
-
- '
-
- -
e -- -
- -
-- 6.859
4.496
--- L _ _ - - -

3) Cobertura
' Estrutura
Telliamcnto
-
--
- - 416 696 1.608
1.224
1.528
874
464
442
472
96 -
-- -
320
-
- -- -- 5.504
3.381
Rescrvsr . -
e
'
390
390
355
3E5 1.220 730 326
- - - -
500 302 - - - - - 3.833

-
-
- -- 200
75
100 1.286
615 1.104
1.440 1.848
960 24 '
0,36 1.368
- - -528 144
-
432
- 336
-
408
-- 9.026
2.778
Eletrodut.
Tubul . e .. 65 900 1.651 2.064 764 - - - - 5.424
5j L s q u a d r i a s

Portas, j n n .
P i s o madeira -
-- 1 -
-
816
192
936
360
I
Iõb
864
1 180
144
720
-
816
,
624
490
240
264
57
-
30
40
+

5.588
2,314

, i c . - - - - - - - 76B A--
- - 2.064

,
G>~cahamcntos
- 600 686 816 1.500 1.224 1.584

1
Pintura
1nst . e l é t r . - -- 244 - 221 360 48 1.373
Coloc.apar. -- .. - 216 - 521
Piso exter. .- - 96 384 422 -
Cerca,arrem
1
- - - - - - - I - - - 1.008 1.008 96 192 600 2.904
Tucai de
serviço ], 112 1.488 2.616 4.600 7.563 12.477 11.364 7.793 ,4.164 4.942 4.493 4,493 2.976 1.795 1.254 72.576
1
4

AW SLT OUT ,nm OIZ ~ * n FEW 'UM rem NAI xiii JWL rso .ser CUT
MESES

F I G U R A 4.11 - Curva de a l o c a ç ã o p a r a c o b e r t u r a
e. .r e s e r v a t ó r i o s .

U- m-R*s'
wfl

- 3

M O SEf OUT WW DEZ Jul PEV IAR MII r*r dJiUii #A rW OUT
mzs
- F I G U R A 4.12 - Curva de a l o c a ç ã o p a r a revestimentos
S u b m e t e n d o - s e o g r u p o d e g r 8 f i c o s a um e s t u d o c o n j u n -
co, conclui-se que a a l o c a ç ã o d e mão-de-obra na execução das
atividades é varidvel e que há u m a t e n d ê n c i a a continuidade
operacional d a s a t i v i d a d e s , ou s e j a , as m e s m a s a t i v i d a d e s são
e x e c u t a d a s na s 4 r i e d e c a s a s d o e m p r e e n d i m e n t o .
A60 SiT OUT

.FIGURA 4 , 9
MOV

-
OEZ JAM
I

PEV
u
MAR 4üR MA! JUN JlL
I

AQO S€f OUT

Curva de a l o c a ~ ã op a r a o s t r a b a l h o s e m t e r r a
-
-

e fundações.
1 I I r
hG0 SET a T NBV DEZ JAN FEV MhR ABR MAI JUN JUL 4GO SET OüT
MESES

F I G U R A 4.10 - C u r v a d e a l o c a ~ ã op a r a a l v e n a r i a .
Eiquodrlaa 8 Paulmintoi

F I G U R A 4.13 - Curva de a l o c a ç ã o p a r a esquadrias


e pavimentos.

FIGURA 4 . 1 4 - Curva de a l o c a ç ã o p a r a as atividades


de acabamento.
5 . CONCLUSÕE s E SUGESTÕES PARA FUTUROS TRABALHOS

A p a r t e f i n a l d e s t e e s t u d o prende-se a n á l i s e das
p o s s i b i l i d a d e s de s u c e s s o d a programação e l a b o r a d a a t r a v é s d a
L.B. A s c o n c l u s Õ e s e s b o ç a d a s a t r a v é s d e s t a análise s ã o a p r e s e n -
t a d a s em d o i s momentos. N o p r i m e i r o momento h á u m a c o m p a r a ç ã o
da ef i c i e n c i a d a s t é c n i c a s de programação quando u t i l i z a d a s e m
o b r a s d e c a r á t e r r e p e t i t i v o ; num segundo m o m e n t o , o c o r r e a s z n -
t e s e das o b s e r v a ç õ e s f e i t a s na organização do c a n t e i r o d e obras
d a s e m p r e s a s envolvidas no c a s o e s t u d a d o .

5.1. ~ ó r n ~ a r a ~dãaos ~ é c n i c a sde Programação e C o n t r o l e-

E s t a comparação é f e i t a , primeiramente, analisando-se


a forma de a p r e s e n t a ç ã o dos p r o g r a m a s e as informações f o r n e c i -
das p e l o s mesmos. Os de Gantt e d a L i n h a d e B a l a n ç o
a p r e s e n t a m a s mesmas c a r a c t e r í s t i c a s d e c l a r e z a e s i m p l i f i c a ç ã o
de a p r e s e n t a ç ã o , s u p e r a n d o as r e d e s PERT e CPM q u e , e m g e r a l ,
m o s t r a m a s i n f o r m a ç õ e s de f o r m a complexa e i n t e l i g í v e l a p e n a s
"
apos treinamento dos profissionais que v ã o u t i l i z á - l a s .

Quanta a s r e laçÕes t e c n o l Ó g i c a s das a t i v i d a d e s , e l a s


não s ã o c l a r a m e n t e m o s t r a d a s n o s g r á f i c o s d e G a a t t , m e s m o q u a n -
d o n a £orrna d e b a r r a s i n t e r l i g a d a s . I s t o r e p r e s e n t a uma dea-
v a n t a g e m e m r e l a ç ã o às r e d e s e à t é c n i c a d a L . B . Os programas
L.B., a p e s a r d a s e m e l h a n ç a ao g r á f i c o de Gantt, a p r e s e n t a m Ac l ' a -
r a m e n t e as i n t e r r e l a ç õ e s e n t r e as a t i v i d a d e s m a i s i m p o r t a n t e s
d o p r o b e s ç o (as c r í t i c a s ) , s u a s durações e t a m b é m e m q u a i s s e -
ç õ e s d o p r o j e t o executar-se-ão a s mesmas.

Q u a n t o ao nível d e informasao, os g r á f i c o s de G a n t t
colocam-se e m posição i n f e r i o r por apresentarem p l a n o s super-
f i c i a i s de e x e c u ç ã o do t r a b a l h o , mas p o r s u a c l a r e z a e facili-
d a d e d e e n t e n d i m e n t o , complementam a s o u t r a s t é c n i c a s .
E n q u a n t o a s r e d e s trabalham , na m a i o r i a d a s vezes,
com informações d e t a l h a d a s e pormenorizadas, o s diagramas d a
L.B., a e x e m p l o dos g r á f i c o s d e G a n t t , utilizam-se de e x t r a t o s
s u p e r f i c i a i s e, 8s vezes, insuficientes. Mas o s diagramas L.B.
s ã o a d e q u a d o s para o planejamento i n i c i a l , p o i s s i m p l i f i c a m as
d e c i s õ e s a c e r c a da d i r e ç ã o d o t r a b a l h o , v e l o c i d a d e d e t r a b a l h a ,
número de a t i v i d a d e s p o r c i c l o de t r a b a l h o , e t c .

Ao a n a l i s a r - s e , separadamente, a e f i c i ê n c i a d o u s o
dcs t a s t é c n i c a s de programação para obras r e p e t i t i v a s , concl u i -
se que o g r á f i c o d e G a n t t , e m função de seu nível de d e t a l h e d e
informações s e r m u i t o s u p e r f i c i a l , a p r e s e n t a - s e i n a p t o para e s -
te t i p o de p r o g r a m a ç ã o . As r e d e s PERT e C P M m o s t r a m - s e ímpro-
p r i a s d e v i d o à complexidade de a p r e s e n t a ç ã o , o c a s i o n a d a p e l o
e l e v a d o nGmero de a t i v i d a d e s a s e r e m r e p e t i d a s n a s i n ú m e r a s
u n i d a d e s que compõem o p r o j e t o , e as s u a s f a l h a s d e l ó g i c a ao
i m p o r ,certas p r e c e d ê n c i a s 2 s a t i v i d a d e s que p o d e m s e r e x e c u t a -
d a s p a r a l e l a m e n t e a outras. J; a Linha d e Balanço modela per-
f e i t a m e n t e o fluxo de t r a b a l h o do p r o c e s s o r e p e t i t i v o d e p r o d u -
ç ã o , p o i s l o c a l i z a a s e ç ã o d e t r a b a l h o , programa o momento d e
-
execuçao e a equipe d e s t i n a d a 2 realização do mesmo, r e s p o n d e n -
do a t r ê s p e r g u n t a s b á s i c a s : como, onde e q u a n d o s e r á r e a l i z a d o
o trabalho.

5.2. Vantagens e Desvantagens d a utilização d a L i n h a de B a l a n ç o

A s p r i n c i p a i s v a n t a g e n s d a ~ é c n i c ad a Linha d e B a l a n -

- a c l a r e z a e s i m p l i c i d a d e de representação dos p r o -
gramas ;
- a f a c i l i d a d e de t r a n s m i s s ã o das i n f o r m a ç Ó e s d a pro-
gramaçao ;
- a representação, na p r o g r a m a , do i n t e r v a l o d e t e n p o
e m q u e c a d a a t i v i d a d e d e v e s e r e x e c u t a d a e m c a d a s e ç ã o do p r o -
jeto;
- a r e p r e s e n t a ç ã o , no p r o g r a m a , d a f o l g a e x i s t e n t e
e n t r e a execução das atividades;
- a v i s u a l i z a ç ã o i m e d i a t a das a t i v i d a d e s que d e s v i a -
ram-se do p r o g r a m a i n i c i a l e suas i n f l u ê n c i a s n a s d e m a i s e t a p a s
d a obra, quando u s a d a como i n s t r u m e n t o de c o n t r o l e ;

*
I
- a f a c i l i d a d e de c á l c u l o e r a p i d e z de análise d o s
programas;

- a grogramaGão de e n t r e g a de u n i d a d e s c o n c l u í d a s
d e s d e o s p r i m e i r o s p e r i o d o s do p r o c e s s o p r o d u t i v o , com p o s s i b i -
l i d a d e d e r á p i d a comercialização d a s u n i d a d e s e r á p i d o r e t o r n o
do c a p i t a l ;

- a d i f e r e n t e forma d e c o n d u z i r a o b r a , p o s s i h i l i t a n -
do m e n o r t u r b u l ê n c i a no consumo d e m ã o - d e - o b r a .

- a p o s s i b i l i d a d e d e programar-se a utilização de
equipamentos e de componentes de construção;

- a possibilidade de programar-se a aquisição e uso


de m a f e r i a i s e m obra.

As d e s v a n t a g e n s e n e c e s s i d a d e s g e r a d a s p e l a T P c n i c a
d a Linha de Balanço são: ,

- a n e c e s s i d a d e d e manter-se um e f i c i e n t e d e p a r t a m e n -
to d e c o m p r a s de materiais o u e s t a b e l e c e r l o c a i s p a r a a e s t o c a -
gem d e s t e s , e m função d a u t i l i z a ç ã o gradual d e s t e s m a t e r i a i s
p r e v i s t a n a programação;

- a c o m p l e x i d a d e de r e p r e s e n t a s ã o d o s p r o g r a m a s quan-
do v á r i a s etapas ou s u b - p r o j e t o s do e m p r e e n d i m e n t o n ã o s ã o r e -
petitivos;

- a n e c e s s i d a d e de programar-se tarefas ocasionais


p a r a a consumo d a o c i o s i d a d e d e mão-de-obra imposta p e l a p r o -
gramação p a r a l e l a ;

- a p o s s i b i l i d a d e d e d e p r e d a ç ã o das u n i d a d e s concluí-
das e n ã o o c u p a d a s e m l o c a i s p r o p e n s o s a e s t a a ç ã o , devido 5
entrega p a r c i a l das unidades. Estas situações exigem a manu-
t e n s a o d e v i g i a s para assegurar as boas c o n d i ç õ e s do p r o d u t o .

Apesar d a s d e s v a n t a g e n s a p r e s e n t a d a s , a L.B. aparece


como a t ê c n i c a mais a p r o p r i a d a à condução d o s t r a b a l h o s e m can-
t e i r o s d e o b r a r e p e t i t i v o s . E s t a s d e s v a n t a g e n s p o d e m s e r solu-
c i o n a d a s com u m a p o l i t i c a o r g a n i z a c i s n a l da ernpres a mais a d e q u-
a
d a aos p r o b l e m a s de o b r a e uma administração d o s c a n t e i r o s mais
criteriosa.

~ p Ó sa p r e s e n t a d a s a s v a n t a g e n s e d e s v a n t a g e n s d a T ~ C -
n i ç a d a L . B . , cabe analisar-se as condições g e r a i s d e s u c e s s o e
a c e i t a ç i o d a m e s m a no m e i a e m p r e s a r i a l .

Sabe-se que, e m b o r a h a j a uma preocupação c r e s c e n t e de


grande p a r t e d a s empresas c o n s t r u t o r a s e m c o n h e c e r m é t o d o s o r -
g a n i z a c i o n a i s de t r a b a l h o que d e terminem m e n o r t u r b u l ê n c i a e
d e s p e r d í c i o s e m obra, p o u c o s s ã o o s q u e conseguem a d o t a r e man-
t e r até o f i n a l d a obra um método de p r o g r a m a ç ã o e c o n t r o l e d o
trabalho. O s v í c i o s dos métodos u s u a i s de c o n s t r u ç ã o e a t e n -
d e n c i a geral a d e c i s õ e s e m e r g e n c i a i s a d o t a d a s e m c a n t e i r o v @ m
a c o l a b o r a r para a i n é r c i a e f a l t a d e a u d á c i a do c o r p o t é c n . i c o
d a s e m p r e s a s e m utilizar novos m é t o d o s d e o r g a n i z a ç ã o do tra-
balho.

P o r o u t r o l a d o , o s m é t o d o s construtivos p o u c o r e n o -
v a d o s vem a c o m p r o m e t e r o s u c e s s o de m é t o d o s de p l a n e j a m e n t o e
p r o g r a m a ç ã o que esbarram n a s i n t e r f e r ê n c i a s d o p r o c e s s o p r o d u -
tivo e em p r o j e t o s f a l h o s , e l a b o r a d o s s u p e r f i c i a l m e n t e .

E n t r e t a n t o , embora o t r a b a l h o de c o n s t r u ç ã o e s t e j a
a p o i a d o em £ a l h a s o r g a n i z a c i o n a i s t ã o m a r c a n t e s , ao o b s e r v a r -
se o processo em c a n t e i r o e a n a l i s a r - s e a l i n h a de a ç ã o do tra-
b a l h o , p e r c e b e - s e que t e n t a t i v a s d e o r g a n i z a ç ã o s ã o f e i t a s e
chegam a assemelhar-se, e m alguns a s p e c t o s , a o s m é t o d o s d e p l a -
nej amen to e programação da construção.

O empreendimento a n a l i s a d o n e s t e e s t u d o e a p r e s e n t a -
d o no c a p í t u l o IV m o s t r a s i t u a ç õ e s e m q u e um f l u x o p r o d u t i v o
semelhante ao proposto p e l a L.B. é u t i l i z a d o ; e m o u t r a s , um
r i t m o de t r a b a l h o f o i p r é - e s t a b e l e c i d o , a exemplo do que ocor-
r e no p r o g r a m a L . B . (FIGURA 4 . 4 ) .
N o e n t a n t o , o b s e r v a - s e também q u e , n u m mesmo p r o c e s -
so produtivo e m b o r a a primeira e t a p a - obra grossa - o c o r r a com
uma c e r t a o r g a n i z a ç ã o , a e t a p a s e g u i n t e , a d o s a c a b a m e n t o s , s e -
gue d e , f o r m a a l e a t ó r i a , s e m q u e h a j a uma seqilência d o t r a b a l h o .
E s t e $ i p o de a t i t u d e pode s e r r e f l e x o de uma maior p r e o c u p a ç á o
n o s e s t á g i o s i n i c i a i s d a obra o n d e o emprego d e c a p i t a l 6 g r a n -
d e , p o i s a p e n a s al4m d a m e t a d e da o b r a , q u a n d o j A s e execurarn
os a c a b a m e n t o s , a s faturas começam a ser d e maior valor e e s t e
c a p i t a l investido é recuperado.

Outra e x p l i c a s ã o p a r a e s t a s o c o r r ê n c i a s p o d e e s t a r
n o s t i p o s d e acabamentos a d o t a d o s , na u t i l i z a ç ã o d o s m é t o d o s
c o n s t r u t i v o s que n e c e s s i t a m a p r e s e n ç a d e um mesmo p r o f i s s i o n a l
várias v e z e s n u m a m e s m a s e ç ã o de t r a b a l h o p a r a execução d e p e -
quenas t a r e f a s .

Do e x p o s t o a c i m a , o b s e r v a - s e que, embora algumas al-


t e r a ç õ e s n a ação c o n s t r u t i v a s e j a m p r o p o s t a s , como a e s p e c i a l i -
z a ç ã o d o t r a b a l h o e a adogão de r i t m o s de p r o d u ç ã o , o c o r r e u m a
g r a n d e i d e n t i f i c a ç ã o d o s p r i n c i ~ i o sp r o p o s t o s p e l a L . B . com a
maneira u s u a l de tratar-se a s obras. Assim s e n d o , a adcção d e
u m a programação do t r a b a l h o a t r a v é s d a L . B . não s i g n i f i c a r i a
v i o l e n t a r a p r á t i c a v i g e n t e nas obras d e s t e caráter, embora
e x i g i s s e u m e s t u d o m a i s d e t a l h a d o d o p r o c e s s o c o n s t r u t i v o e uma
m a i o r o r g a n i z a ç ã o d a c o n s t r u t o r a como e m p r e s a .

C a b e r e s s a l t a r neste momento e m que s e f i n a l i z a o t r -


a
b a l h o , a i m p o r t â n c i a d o s d e s e m p e n h o s e m obra, p o i s nenhuma p r o -
g r a m a ç ã o é e f e t i v a s e não h o u v e r , d u r a n t e o p r o c e s s o d e c o n s t r-
u
.+

c o r r e ç o e s no f l u x o d e t r a b a l h o programado. Existem fato-


res q u e fogem à e que p o d e m i n t e r f e r i r s i g n i f i c a t i -
v a n e n t e n o f l u x o de t r a b a l h o , t o r n a n d o o b s o l e t o o programa. P-
a
r a que. i s t o n ã o o c o r r a e x i s t e a n e c e s s i d a d e c o n s t a n t e d e r e a v a -
l i a Ç á o d o s planos t r a ç a d o s . Qualquer m é t o d o d e programação só
l o g r a r á s u c e s s o s e e s t i v e r a s s o c i a d o a o c o n t r o l e d a cons t r u ç â o .
5 . 4 . Sugestões para Futuros Trabalhos

0 s trabalhos sugeridos e s t ã o relacionados


-a organiza-
ç ã o do t r a b a l h o e m c a n t e i r o s d e obra, a p r o d u t i v i d a d e da mão-de
obra ã modelagem d o fluxo de produção n a c o n ~ t r u ~ ã o .P e s q u i -
sas nestas á r e a s c o m p l e t a r i a m os d a d o s q u e p r o p o r c i o n a r i a m o
e n t e n d i m e n t o p e r f e i t o do t r a b a l h o e m o b r a e p o s s i b i l i t a r i a m a
simulação dos fluxos de produção com m o d e l o s r n a t e m ã t i c o s a p r o -
priados. E s t e s e s t u d o s são:

- o p r o s s e g u i m e n t o d e s t e e s t u d o c o m p e s q u i s a s e m ou-
t r o s c a n t e i r o s d e obra p a r a formação d e u m a c e r v o d e d a d o s d e
o b r a e d e e x e r c í c i o s de programação;

- a p r o p o s i ç ã o d a t é c n i c a p a r a um e m p r e e n d i m e n t o e
acompanhamento de s e u d e s e m p e n h o ;

- a i r n p l e r n e n t a ç ã o d a t é c n i c a atrav&s de computador;

- e s t u d o s de p r o d u t i v i d a d e em c a n t e i r o s d o t i p o r e -
petitivo, com a n á l i s e d a s d u r a ç õ e s d a s a t i v i d a d e s ;

- e s t u d o s s o b r e m é t o d o s de c o n t r o l e d e t r a b a l h o em
obras ;
- estudos a c e r c a de e s t r a t é g i a s d e dimensionamenta d e
e q u i p e s nestes c a n t e i r o s repetitivos;

- p e s q u i s a de outros modelos de p r o g r a m a ç ã o a d a p t a -
v e i s ao f l u x o d e t r a b a l h o d a construção;

- e s t u d o s s o b r e as p r i n c i p a i s interferzncias do pro-
cesso c o n s t r u t i v o tradicional e suas i n f l u ê n c i a s n o desempenho ;

- e s t u d o dee s t r a t é g i a s de ataque ao c a n t e i r o i n c l u i -
n
do s e q u e n c i o n a m e n t o do t r a b a l h o d e u n i d a d e a u n i d a d e , nÜmero d e
frentes de trabalho, d i s p e r s ã o d a s e q u i p e s a d e q u a d a ao l o n g o do
c a n t e i r o , p r a z o s t o t a i s de c o n s t r u ç ã o .

Em r e l a ç ã o as i d é i a s abordadas e termos s u g e r i d o s n e s
-
~e t r a b a l h o , p o d e - s e d i z e r que a t 6 c n i c a é a p e n a s u m i n s t r u m e n -
t o a s e r u s a d o na b u s c a da racionalização d a produção n o s can-
teiros. Cabe, no e n t a n t o , alertar que as soluções acerca da
m e l h o r e ç t r a t 6 g i a d e a c ã o a a d o t a r 15 u m a d e c i s ã o g e r e n c i a l .
A g e r 6 n c i a é o elemento dinâmico e v i t a l a q u a l q u e r
o b r a e f i c a r & , s e m p r e , s o b sua r e s p o n s a b i l i d a d e a u t i l i z a ç ã o
c o r r e t a dos instrumentos e meios d e produção. A produção
cient!fica cabe o p a p e l de fornecer todas as informações ne-

c e s s d r i a s a o entendimento do processo produtivo.


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