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PM/SP

Soldado PM de 2ª Classe

ATUALIDADES Questões relacionadas a fatos políticos, econômicos, sociais e culturais, nacionais e


internacionais, ocorridos a partir do 2º semestre de 2016, divulgados na mídia local e/ou nacional. ........ 1

Questões ........................................................................................................................................... 55

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ATUALIDADES Questões relacionadas a fatos políticos, econômicos,
sociais e culturais, nacionais e internacionais, ocorridos a partir do 2º
semestre de 2016, divulgados na mídia local e/ou nacional.

Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br

POLÍTICA

Sistema Político Brasileiro


O sistema político brasileiro tem base nas ideias iluministas do pensador francês Montesquieu. O
pensador defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário em sua obra “O
Espírito das Leis”. Para ele o poder concentrado na mão do rei leva à tirania, então o Estado deveria
dividi-lo em poder executivo (executa as leis, o governo), legislativo (cria as leis, o congresso) e judiciário
(que julga e fiscaliza os poderes).
No Brasil o voto é universal, ou seja, todo cidadão com a idade mínima de 16 anos pode participar do
processo político e eleger seus representantes. O país é uma república federativa presidencialista, onde
o Chefe de Estado, no caso o presidente, é eleito através do voto direto da população e os estados
possuem autonomia política, com a possibilidade de criar leis específicas.
Assim como na obra de Montesquieu o país possui a divisão do poder entre Executivo, representado
pelo presidente da república, Legislativo, que é representado pelo congresso nacional e Judiciário que é
representado pelo Supremo Tribunal Federal.

Poder Executivo
O poder executivo é compreendido pelo presidente da república e seus ministros de Estado no sistema
federativo brasileiro, com atribuições e responsabilidades definidos pela constituição federal. Nos estados
da federação e no distrito federal, o poder executivo é exercido pelos governadores e seus secretários,
com atribuições e responsabilidades controlados pela constituição estadual. Nos municípios, os
representantes do poder executivo são os prefeitos e seus secretários, que também possuem atribuições
e responsabilidades, definidas na lei orgânica de cada município.
O presidente, governadores e prefeitos são eleitos através de sufrágio (voto) universal. O eleitor tem
o direito de escolher aquele que melhor se encaixa em sua visão política. Todos os candidatos devem
ser filiados a um partido político e, quando eleitos, possuem mandato com tempo determinado. No Brasil
as funções de presidente, governador e prefeito possuem duração de 4 anos cada, com a possibilidade
de reeleição. Durante suas campanhas os candidatos discutem seus programas de governo e os rumos
que pretendem dar ao país.
Existem punições ao presidente da república em caso de crime de responsabilidade, como previsto na
constituição federal, além de punição para infrações penais comuns. Para ser submetido a julgamento o
presidente precisa ter acusação admitida por pelo menos dois terços da Câmara dos Deputados. Nos
casos de infrações penais ele é julgado pelo Supremo Tribunal Federal e em caso de crimes de
responsabilidade é julgado pelo Senado Federal.
Entre as principais funções do presidente da república estão a execução de leis e expedição de
decretos e regulamentos; prover cargos e funções públicas; promover a administração e a segurança
públicas; emitir moeda; elaborar o orçamento e os planos de desenvolvimento econômico e social nos
níveis nacional, regional e setoriais; exercer o comando supremo das forças armadas; e manter relações
com estados estrangeiros.
Além das funções executivas, o presidente conta ainda, em alguns casos, com poder legislativo. O
poder pode ser aplicado em veto a leis aprovadas pelo Congresso Nacional e a edição de medidas
provisórias com força de lei de aplicação e execução imediatas.
Os ministros de estado e auxiliares diretos do presidente podem ser nomeados ou demitidos livremente
por ele. Para assumir alguma das funções a pessoa deve ter no mínimo 21 anos de idade, brasileiros
natos, e estar no exercício dos direitos políticos. Os ministros nomeados pelo presidente são responsáveis
por diversas políticas de governo, em diversos campos de atuação, como educação, economia, cultura,
finanças e justiça, entre diversos outros. Os ministros podem ser convocados para justificar seus atos

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perante a Câmara dos Deputados, o Senado ou qualquer uma de suas comissões para explicar atos ou
programas.

Poder Legislativo
O Poder Legislativo é representado por pessoas que devem elaborar as leis que regulamentam o
Estado, conhecidos por legisladores. Na maioria das repúblicas e monarquias o poder legislativo é
formado por um congresso, parlamento, assembleia ou câmara.
Seu objetivo é elaborar normas de abrangência geral ou em raros casos individual, que são
estabelecidas aos cidadãos ou às instituições públicas nas suas relações recíprocas.
Entre as principais funções do poder legislativo estão a de fiscalizar o Poder Executivo, votar
leis orçamentárias e, em situações específicas, julgar determinadas pessoas, como o Presidente da
república ou os próprios membros do legislativo.
No Brasil, o Poder legislativo é exercido em âmbito federal, estadual e municipal. O Congresso
Nacional é formados pela Câmara dos Deputados e o Senado Federal e é responsável pelo Poder
Legislativo federal. Possui a função de elaborar e aprovar as leis do país, e também controlar os atos do
executivo e impedir abusos pela fiscalização permanente. Nos estados é exercido pelas assembleias
legislativas e nos municípios pelas câmaras municipais, ou de vereadores

Poder Judiciário
O Poder Judiciário é exercido pelos juízes e possui a capacidade e a prerrogativa de julgar, de acordo
com as regras constitucionais e leis criadas pelo poder legislativo em determinado país.
No Brasil, o judiciário não depende dos demais poderes nem possui controles externos de fiscalização.
Sua função é a de aplicar a lei a fatos particulares e, por atribuição e competência, declarar o direito e
administrar justiça. Além disso, pode resolver os conflitos que podem surgir na sociedade e tomar
decisões com base na constituição, nas leis, nas normas e nos costumes, que adapta a situações
específicas.
O poder judiciário possui a divisão entre a União(Federal) e os estados, com a denominação de justiça
federal e justiça estadual, respectivamente.
Entre os órgãos que formam o poder Judiciário estão o Supremo Tribunal Federal (STF), Superior
Tribunal de Justiça (STJ), além dos Tribunais Regionais Federais (TRF), Tribunais e Juízes do Trabalho,
Tribunais e Juízes Eleitorais, Tribunais e Juízes Militares e os Tribunais e Juízes dos estados e do Distrito
Federal e Territórios.
O STF é o órgão máximo do Judiciário brasileiro. Sua principal função é zelar pelo cumprimento da
Constituição e dar a palavra final nas questões que envolvam normas constitucionais. É composto por 11
ministros indicados pelo Presidente da República e nomeados por ele após aprovação pelo Senado
Federal.
Os juízes que atuam em tribunais superiores são nomeados pelo presidente da república, porem
precisam de aprovação do Senado. Outros cargos são preenchidos através de concurso público. Os
juízes têm cargo vitalício, não podem ser removidos e seus vencimentos não podem ser reduzidos.

Operação Lava Jato1


O nome do caso, “Lava Jato”, decorre do uso de uma rede de postos de combustíveis e lava a jato de
automóveis para movimentar recursos ilícitos pertencentes a uma das organizações criminosas
inicialmente investigadas. Embora a investigação tenha avançado para outras organizações criminosas,
o nome inicial se consagrou.
A operação Lava Jato é a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o Brasil já teve.
Estima-se que o volume de recursos desviados dos cofres da Petrobras, maior estatal do país, esteja na
casa de bilhões de reais. Soma-se a isso a expressão econômica e política dos suspeitos de participar
do esquema de corrupção que envolve a companhia.
No primeiro momento da investigação, desenvolvido a partir de março de 2014, perante a Justiça
Federal em Curitiba, foram investigadas e processadas quatro organizações criminosas lideradas por
doleiros, que são operadores do mercado paralelo de câmbio. Depois, o Ministério Público Federal
recolheu provas de um imenso esquema criminoso de corrupção envolvendo a Petrobras.
Nesse esquema, que dura pelo menos dez anos, grandes empreiteiras organizadas em cartel pagavam
propina para altos executivos da estatal e outros agentes públicos. O valor da propina variava de 1% a
5% do montante total de contratos bilionários superfaturados. Esse suborno era distribuído por meio de
operadores financeiros do esquema, incluindo doleiros investigados na primeira etapa.

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http://lavajato.mpf.mp.br/entenda-o-caso

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As empreiteiras - Em um cenário normal, empreiteiras concorreriam entre si, em licitações, para
conseguir os contratos da Petrobras, e a estatal contrataria a empresa que aceitasse fazer a obra pelo
menor preço. Neste caso, as empreiteiras se cartelizaram em um “clube” para substituir uma concorrência
real por uma concorrência aparente. Os preços oferecidos à Petrobras eram calculados e ajustados em
reuniões secretas nas quais se definia quem ganharia o contrato e qual seria o preço, inflado em benefício
privado e em prejuízo dos cofres da estatal. O cartel tinha até um regulamento, que simulava regras de
um campeonato de futebol, para definir como as obras seriam distribuídas. Para disfarçar o crime, o
registro escrito da distribuição de obras era feito, por vezes, como se fosse a distribuição de prêmios de
um bingo.
Funcionários da Petrobras - As empresas precisavam garantir que apenas aquelas do cartel fossem
convidadas para as licitações. Por isso, era conveniente cooptar agentes públicos. Os funcionários não
só se omitiam em relação ao cartel, do qual tinham conhecimento, mas o favoreciam, restringindo
convidados e incluindo a ganhadora dentre as participantes, em um jogo de cartas marcadas. Segundo
levantamentos da Petrobras, eram feitas negociações diretas injustificadas, celebravam-se aditivos
desnecessários e com preços excessivos, aceleravam-se contratações com supressão de etapas
relevantes e vazavam informações sigilosas, dentre outras irregularidades.
Operadores financeiros - Os operadores financeiros ou intermediários eram responsáveis não só por
intermediar o pagamento da propina, mas especialmente por entregar a propina disfarçada de dinheiro
limpo aos beneficiários. Em um primeiro momento, o dinheiro ia das empreiteiras até o operador
financeiro. Isso acontecia em espécie, por movimentação no exterior e por meio de contratos simulados
com empresas de fachada. Num segundo momento, o dinheiro ia do operador financeiro até o beneficiário
em espécie, por transferência no exterior ou mediante pagamento de bens.
Agentes políticos - Outra linha da investigação – correspondente à sua verticalização – começou em
março de 2015, quando o Procurador-Geral da República apresentou ao Supremo Tribunal Federal 28
petições para a abertura de inquéritos criminais destinados a apurar fatos atribuídos a 55 pessoas, das
quais 49 são titulares de foro por prerrogativa de função (“foro privilegiado”). São pessoas que integram
ou estão relacionadas a partidos políticos responsáveis por indicar e manter os diretores da Petrobras.
Elas foram citadas em colaborações premiadas feitas na 1ª instância mediante delegação do Procurador-
Geral. A primeira instância investigará os agentes políticos por improbidade, na área cível, e na área
criminal aqueles sem prerrogativa de foro.
Essa repartição política revelou-se mais evidente em relação às seguintes diretorias: de
Abastecimento, ocupada por Paulo Roberto Costa entre 2004 e 2012, de indicação do PP, com posterior
apoio do PMDB; de Serviços, ocupada por Renato Duque entre 2003 e 2012, de indicação do PT; e
Internacional, ocupada por Nestor Cerveró entre 2003 e 2008, de indicação do PMDB. Para o PGR, esses
grupos políticos agiam em associação criminosa, de forma estável, com comunhão de esforços e unidade
de desígnios para praticar diversos crimes, dentre os quais corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Fernando Baiano e João Vacari Neto atuavam no esquema criminoso como operadores financeiros, em
nome de integrantes do PMDB e do PT.

Por onde começou

Primeira etapa
A Lava Jato começou em 2009 com a investigação de crimes de lavagem de recursos relacionados ao
ex-deputado federal José Janene, em Londrina, no Paraná. Além do ex-deputado, estavam envolvidos
nos crimes os doleiros Alberto Youssef e Carlos Habib Chater. Alberto Youssef era um antigo conhecido
dos procuradores da República e policiais federais. Ele já havia sido investigado e processado por crimes
contra o sistema financeiro nacional e de lavagem de dinheiro no caso Banestado.

Interceptações telefônicas
Em julho de 2013, a investigação começa a monitorar as conversas do doleiro Carlos Habib Chater.
Pelas interceptações, foram identificadas quatro organizações criminosas que se relacionavam entre si,
todas lideradas por doleiros. A primeira era chefiada por Chater (cuja investigação ficou conhecida como
“Operação Lava Jato”, nome que acabou sendo usado, mais tarde, para se referir também a todos os
casos); a segunda, por Nelma Kodama (cuja investigação foi chamada “Operação Dolce Vita”); a terceira,
por Alberto Youssef (cuja apuração foi nomeada “Operação Bidone”); e a quarta, por Raul Srour (cuja
investigação foi denominada “Operação Casa Blanca”).
O monitoramento das comunicações dos doleiros revelou que Alberto Youssef, mediante pagamentos
feitos por terceiros, “doou” um Land Rover Evoque para o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo
Roberto Costa.

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Primeiras medidas
Em 17 de março de 2014, foi deflagrada a primeira fase ostensiva da operação sobre as organizações
criminosas dos doleiros e Paulo Roberto Costa. Foram cumpridos 81 mandados de busca e apreensão,
18 mandados de prisão preventiva, 10 mandados de prisão temporária e 19 mandados de condução
coercitiva, em 17 cidades de 6 estados e no Distrito Federal.
Ao comparecerem a um dos endereços das buscas, um prédio onde funcionava a empresa Costa
Global, vinculada a Paulo Roberto Costa, policiais federais decidiram ir até a residência do investigado
para pegar as chaves da empresa, em vez de arrombá-la. Enquanto os policiais se deslocavam, parentes
do ex-diretor foram flagrados, por câmeras de monitoramento do edifício, retirando do local sacolas e
mochilas contendo provas de crimes.
Em 20 de março de 2014, aconteceu a segunda fase ostensiva da operação. O ex-diretor da Petrobras
Paulo Roberto Costa foi preso e foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro.
Em seguida, os procuradores da República do caso viriam a acusar o ex-diretor e seus familiares pelo
crime de obstrução à investigação de organização criminosa.
Nessas medidas iniciais, mais de 80 mil documentos foram apreendidos pela Polícia Federal, além de
diversos equipamentos de informática e celulares. A análise desse material somou-se aos
monitoramentos de conversas e aos dados bancários dos investigados que foram coletados e analisados
eletronicamente no sistema Simba (Sistema de Investigação de Movimentações Bancárias), do Ministério
Público Federal.
Para analisar todo o material apreendido nas primeiras etapas da investigação e propor acusações, o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, designou, em abril, um grupo de procuradores da
República. No mês que se seguiu, os integrantes dessa força-tarefa chegaram às conclusões que
culminaram no oferecimento das primeiras denúncias.
Foram oferecidas 12 ações penais em face dos grupos criminosos, envolvendo 74 denunciados
(número a ser ajustado para 55 caso se considere a parcial sobreposição de réus nas diferentes
acusações), pela prática de crimes contra o sistema financeiro nacional, formação de organização
criminosa e lavagem de recursos provenientes desses crimes, de corrupção e de peculato.
Paralelamente, os procuradores da República fizeram pedidos à Justiça (15 medidas cautelares),
obtendo o bloqueio de praticamente todo o patrimônio dos acusados no Brasil, o que somou mais de R$
50 milhões, valor esse que, se espera, seja revertido aos cofres públicos.

Segunda etapa
As provas colhidas apontavam para a existência de um grande esquema de corrupção e lavagem de
dinheiro na Petrobras. O aprofundamento das investigações para apurar os crimes marcou o início da
segunda fase do caso.
Foram expedidos pela Justiça mandados de intimação, cumpridos em 11 de abril de 2014, quando a
estatal voluntariamente colaborou e entregou os documentos procurados, evitando buscas e apreensões.
Nesse mesmo dia, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, 2 de prisão temporária, 6 de
condução coercitiva e 15 de busca e apreensão, em cinco cidades. O objetivo era o aprofundamento da
investigação sobre os doleiros.
Em maio de 2014, uma reclamação da defesa para o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu as
investigações por algumas semanas. Levando informações parciais ao STF, a defesa alegou que haviam
sido investigadas pessoas que somente o Supremo poderia investigar, em especial deputados federais.
Após receber informações adicionais sobre o caso, o ministro Teori Zavascki concluiu que não houve
usurpação por parte do juiz, porque a identificação de parlamentares era recente e o STF já havia sido
informado sobre o fato. O julgamento determinou a cisão do caso, para que apenas a parte relativa aos
parlamentares indicados permanecesse no STF.
Nessa mesma época, o Ministério Público da Suíça entrou em contato com o MPF e informou que
Paulo Roberto Costa tinha mais de US$ 23 milhões em bancos suíços, dinheiro incompatível com seus
rendimentos lícitos. Os valores foram bloqueados.
Em trabalho integrado com a força-tarefa do Ministério Público Federal, os auditores fiscais da Receita
Federal forneceram um dossiê contendo provas de que Paulo Roberto Costa e familiares estavam
envolvidos na lavagem de milhões de reais oriundos da Petrobras. Os procuradores da República
obtiveram então, perante a Justiça, 11 mandados de busca e apreensão e um mandado de condução
coercitiva, que foram cumpridos pela Polícia Federal em 22 de agosto de 2014.
Já se sabia que algumas diretorias da estatal, como a que foi chefiada por Costa, têm orçamentos que
podem ser superiores aos de alguns dos 39 Ministérios vinculados à Presidência da República. Também
era do conhecimento dos procuradores da República a corrupção em que o ex-diretor estava envolvido,
bem como se suspeitava que a abrangência do esquema era maior. Aconteceu, então, outro evento que

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representou um avanço da investigação: a colaboração de Paulo Roberto Costa por meio de um acordo
de delação premiada.

Colaborações
Em 27 de agosto de 2014, Paulo Roberto Costa assinou acordo de colaboração com o Ministério
Público Federal. A iniciativa foi do próprio ex-diretor, que prestou importante auxílio para a apuração dos
fatos em troca de benefícios.
No acordo, negociado com procuradores da República da força-tarefa, Costa se compromete a
devolver a propina que recebeu (incluindo os milhões bloqueados no exterior), a contar todos os crimes
cometidos, bem como a indicar quem foram os outros criminosos. Caso ficasse provado que, em algum
momento, ele mentiu ou ocultou fatos, todos os benefícios seriam perdidos.
Como houve a sinalização de que políticos do Congresso Nacional, sujeitos à atuação do Supremo
Tribunal Federal, estariam envolvidos, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que tem atribuição
originária para atuar em tais casos, autorizou o processo de negociação, ratificando o acordo de
colaboração e determinando que os procuradores da República da força-tarefa, por delegação, e os
policiais federais do caso colhessem os depoimentos de Paulo Roberto Costa, o que foi feito ao longo do
mês que se seguiu. O acordo de colaboração foi então homologado pelo STF, que decide sobre o
encaminhamento das investigações em relação a parlamentares.
Depois de Paulo Roberto Costa, foi a vez de Alberto Youssef recorrer aos procuradores da República
para colaborar em troca de benefícios.
Alguns outros acordos de colaboração, não menos importantes, foram negociados pela força-tarefa do
caso Lava Jato e submetidos, por não envolverem situações especiais como a de parlamentares, ao juiz
federal da 13ª Vara Federal, em primeiro grau de jurisdição. As informações e provas decorrentes desses
acordos feitos em primeiro grau alavancaram as investigações, permitindo sua expansão e maior
eficiência.

Primeiras denúncias da segunda etapa


Os depoimentos e provas colhidas em decorrência das colaborações, bem como a análise de materiais
apreendidos, documentos, dados bancários e interceptações telefônicas, permitiram o avanço das
apurações em direção às grandes empresas que corromperam os agentes públicos.
Em 14 de novembro de 2014, foram executados, pela Polícia Federal em conjunto com a Receita
Federal, 85 mandados, sendo 4 de prisão preventiva, 13 de prisão temporária, 49 de busca e apreensão
e 9 de condução coercitiva, em diversas cidades do país, especialmente em grandes e renomadas
empresas de construção como Engevix, Mendes Júnior Trading Engenharia, Grupo OAS, Camargo
Correa, Galvão Engenharia, UTC Engenharia, IESA Engenharia, Construtora Queiroz Galvão e
Odebrecht Plantas Industriais e Participações.
No dia 11 de dezembro de 2014, na semana de combate à corrupção, os procuradores da República
da força-tarefa ofereceram cinco denúncias criminais contra 36 pessoas pela prática de 154 crimes de
corrupção, 215 de lavagem de dinheiro e de organização criminosa. Dentre os acusados, 23 pertencem
aos quadros das construtoras OAS, Camargo Correa, UTC, Mendes Júnior, Galvão Engenharia e
Engevix. O valor da propina apontado nas acusações é da ordem de R$ 300 milhões. O Ministério Público
pediu o ressarcimento de aproximadamente R$ 1,2 bilhão. As penas individuais podem somar mais de
cem anos de prisão.
Em 14 de dezembro de 2014, os procuradores da República protocolaram denúncia criminal contra
quatro pessoas, incluindo o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, pela prática de
corrupção envolvendo US$ 53 milhões, crimes financeiros, e de lavagem de dinheiro. Foram dois atos de
corrupção, 64 de lavagem e sete crimes financeiros. O ressarcimento pedido é da ordem de R$ 140
milhões, que se soma ao pedido de perdimento de R$ 156 milhões.

Prisão de Nestor Cerveró


Em 14 de janeiro de 2015, o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cuñat Cerveró foi
preso preventivamente ao desembarcar no Aeroporto do Galeão, Rio de Janeiro, quando chegava de
viagem de Londres. No dia 13 de janeiro, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência
de Cerveró e de seus familiares, em função de seu envolvimento em crimes de corrupção passiva e
lavagem de dinheiro que foram denunciados pelo MPF em dezembro de 2014 (Ação Penal nº 5083838-
59.2014.404.7000).
A prisão e as buscas foram obtidas pelo MPF durante o recesso judiciário. A prisão preventiva foi
requerida por haver fortes indícios de que Cerveró continuava a praticar crimes, como a ocultação do

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produto e proveito do crime no exterior, e pela transferência de bens (valores e imóveis) para familiares.
Também havia evidências de que ele buscaria frustrar o cumprimento de penalidades futuras.
Em 22 de janeiro de 2015, foi decretada nova prisão preventiva de Nestor Cuñat Cerveró, atendendo
a pedido de aditamento da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) que atua no caso Lava Jato.
Segundo o juiz Sérgio Moro, responsável pela ação penal que investiga esquema de corrupção na
Petrobras, a nova prisão foi decretada para assegurar a aplicação da lei penal, tendo em vista a
possibilidade de Cerveró dissipar seu patrimônio, dificultado futura punição. A isso se somou a existência
de cidadania e passaporte espanhóis, o que ex-diretor omitiu das autoridades.
O juiz também assentou sua decisão em novas evidências, trazidas pelo MPF, de que a empresa
Jolmey, proprietária de imóvel em que o investigado residiu por vários anos, pertence de fato ao ex-diretor.
Os documentos oferecidos pela Força Tarefa indicaram que a empresa foi usada para que Cerveró
internalizasse e usufruísse no Brasil a propina que ganhou no exterior, conferindo-lhe aparência de
dinheiro legítimo. Reforçou a prisão, também, a existência de operações imobiliárias subvaloradas, o que
pode caracterizar outro tipo de subterfúgio para lavar dinheiro. Esses tipos de prática tornam mais difícil
a identificação e a recuperação dos valores desviados.

Aprofundamento das investigações


Em 5 de fevereiro, a pedido da Força-tarefa do MPF, a Polícia Federal desencadeou mais uma fase
da Operação Lava Jato. Com o deferimento dos pedidos pela 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba,
foram cumpridos um mandado de prisão preventiva, três de prisão temporária, 18 de condução coercitiva
e 40 de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina.
O objetivo foi produzir provas sobre pagamentos de propinas para agentes públicos relacionados à
diretoria de serviço da Petrobras e à BR Distribuidora, subsidiária da empresa. Os trabalhos realizados
foram desdobramentos das fases anteriores da operação, dentro do compromisso do MPF de
aprofundamento das investigações e, assim como aconteceu nas outras fases, contaram com apoio da
Receita Federal.
Os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão cumpridos no estado de Santa Catarina,
por sua vez, tiveram seus pedidos baseados em depoimentos prestados por uma testemunha ao MPF e
à PF e em indícios de prática de lavagem de dinheiro, corrupção e fraudes em licitações relacionadas a
contratos firmados entre a empresa que foi alvo dos mandados e a BR Distribuidora. O que mais chamou
a atenção foi que o esquema de corrupção, envolvendo a BR distribuidora, ainda era um esquema atual,
que não foi estancado apesar de todas as investigações e ações até então feitas.

Colaboração Premiada
Acordos de colaboração com investigados e réus
Para incentivar os criminosos a colaborar com a Justiça, várias leis trouxeram a possibilidade de se
conceder benefícios àqueles acusados que cooperam com a investigação. Esses benefícios podem ser
a diminuição da pena, a alteração do regime de seu cumprimento ou mesmo, em casos excepcionais,
isenção penal. Essa colaboração é extremamente relevante na investigação de alguns tipos de crime,
como por exemplo: no de organização criminosa, em que é comum a destruição de provas e ameaças a
testemunhas; no de lavagem de dinheiro, o qual objetiva justamente ocultar crimes; e no de corrupção,
feito às escuras e com pacto de silêncio.
Há duas formas de colaboração premiada. Na primeira, o criminoso revela informações na expectativa
de, no futuro, tal cooperação ser tomada em consideração pelo juiz quando da aplicação da pena. Na
segunda, o criminoso entra em acordo com o Ministério Público, celebrando, após negociação, um
contrato escrito. No contrato são estipulados os benefícios que serão concedidos e as condições para
que a cooperação seja premiada.
A lei brasileira que detalhou como funciona a colaboração premiada é chamada Lei de Combate às
Organizações Criminosas (Lei 12.850/2013). Embora não houvesse previsão expressa de acordos de
colaboração entre o criminoso e o Ministério Público antes da lei, eles já vinham sendo feitos desde a
força-tarefa do caso Banestado (entre 2003 e 2007).
Em cada acordo, muitas variáveis são consideradas, tais como informações novas sobre crimes e
quem são os seus autores, provas que serão disponibilizadas, importância dos fatos e das provas
prometidas no contexto da investigação, recuperação do proveito econômico auferido com os crimes,
perspectiva de resultado positivo dos processos e das punições sem a colaboração, entre outras. Há uma
criteriosa análise de custos e benefícios sociais que decorrerão do acordo de colaboração sempre por
um conjunto de procuradores da República, ponderando-se diferentes pontos de vista. O acordo é feito
apenas quando há concordância de que os benefícios superarão significativamente os custos para a
sociedade.

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Acordos de colaboração no caso Lava Jato
Cinco procuradores da República que trabalham hoje no caso Lava Jato atuaram na força-tarefa do
Banestado. Na ocasião, foi redigido o primeiro acordo de colaboração escrito e clausulado na história
brasileira, entre Ministério Público e acusado, exatamente com Alberto Youssef. Foi nesse período
também que se desenvolveu mais intensamente a experiência de colaboração, tendo sido feitos 18
acordos escritos de colaboração, os quais foram aperfeiçoados ao longo do tempo.
Se não fossem os acordos de colaboração pactuados entre procuradores da República e os
investigados, o caso Lava Jato não teria alcançado evidências de corrupção para além daquela
envolvendo Paulo Roberto Costa. Existia prova de propinas inferiores a R$ 100 milhões. Hoje são
investigados dezenas de agentes públicos, além de grandes empresas, havendo evidências de crimes de
corrupção envolvendo valores muito superiores a R$ 1 bilhão. Apenas em decorrência de acordos de
colaboração, já se alcançou a recuperação de cerca de meio bilhão de reais.
Todos os acordos feitos pela força-tarefa de procuradores da República do caso Lava Jato foram
homologados pela Justiça, parte pela 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba e parte pelo Supremo Tribunal
Federal. O termo do acordo deve ser juntado às ações penais em que a colaboração será utilizada, após
a sua homologação, por força de lei.
Dos 15 acordos de colaboração feitos pelo Ministério Público Federal no caso Lava Jato, 11 foram
feitos com investigados ou réus soltos, e em todos os casos foram estes que procuraram o Ministério
Público para as negociações, acompanhados e sob orientação de seus advogados. Quatro foram feitos
com pessoas presas, e em três deles, após o acordo, houve mudança do regime de prisão.

PROCESSO DE IMPEACHMENT DE DILMA2


Às 13h34 desta quarta-feira (31/08/16), Dilma Rousseff (PT) sofreu impeachment e encerrou seu
mandato frente à Presidência da República. Em discurso após a votação no Senado, Dilma disse que
sofreu um segundo golpe e prometeu uma oposição “firme e incansável”. Às 16h49, Michel Temer (PMDB)
deixou a vice-presidência oficialmente e foi empossado presidente. Mais tarde, na primeira reunião
ministerial, respondeu aos opositores, prometendo não levar “desaforo para casa”: “golpista é você”.
Após 73 horas, o julgamento do impeachment no Senado terminou com o veredicto de condenação de
Dilma por crime de responsabilidade, pelas "pedaladas fiscais" no Plano Safra e por ter editado decretos
de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional. Foram 61 a favor e 20 contrários ao
impeachment, sem abstenções. Em uma segunda votação, os senadores decidiram manter a
possibilidade de Dilma disputar novas eleições e assumir cargos na administração pública.
Governistas surpresos com a segunda votação prometeram recorrer. Segundo o colunista Gerson
Camarotti, a divisão foi costurada entre PT e PMDB para aliviar Dilma. O senador Aloysio Nunes (PSDB-
SP) decidiu entregar o cargo, mas Temer não aceitou. O senador Fernando Collor, que sofreu
impeachment em 1992, criticou: "dois pesos, duas medidas”.

DISCURSO DE DILMA
Em seu primeiro pronunciamento, a agora ex-presidente Dilma Rousseff afirmou que a decisão é o
segundo golpe de estado que enfrenta na vida e que os senadores que votaram pelo seu afastamento
definitivo rasgaram a Constituição. Ao lado de aliados, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi
enfática: "Ouçam bem: eles pensam que nos venceram, mas estão enganados. Sei que todos vamos
lutar. Haverá contra eles a mais firme, incansável e enérgica oposição que um governo golpista pode
sofrer.

POSSE DE TEMER
Três horas após o afastamento de Dilma Rousseff, Michel Temer foi empossado o novo presidente da
República. A cerimônia durou apenas 11 minutos. Ao apertar a mão de Temer, o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), disse a ele: "Estamos juntos".
Na primeira reunião ministerial do governo, Temer afirmou que agora a cobrança sobre o governo será
"muito maior" e rejeitou a acusação de que o impeachment foi um golpe. "Golpista é você, que está contra
a Constituição", afirmou dirigindo-se a Dilma.

O novo presidente embarca para a China, onde participa, nos dias 4 e 5, em Hangzhou, da Cúpula de
Líderes do G20, grupo das 20 principais economias do mundo. Temer afirmou que vai "revelar aos olhos
do mundo que temos estabilidade política e segurança jurídica." Durante a ausência, assume
provisoriamente a Presidência o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara.

2
31/08/2016 – Fonte: http://especiais.g1.globo.com/politica/processo-de-impeachment-de-dilma/2016/impeachment-de-dilma/

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REPERCUSSÃO E MANIFESTAÇÕES
Após a votação final do impeachment, houve protestos a favor e contra Temer pelo país. Na Avenida
Paulista, um grupo protestava contra o impeachment, enquanto outro comemorava com bolo e
champagne.

REPERCUSSÃO INTERNACIONAL
A rede norte-americana CNN deu grande destaque à notícia em seu site e afirmou que a decisão é
“um grande revés” para Dilma, mas "pode não ser o fim de sua carreira política". O argentino “Clarín”
afirma que o afastamento de Dilma marca “o fim de uma era no Brasil”. O “El País”, da Espanha, chamou
a atenção para a resistência da ex-presidente, que decidiu enfrentar o processo até o final, apesar das
previsões de que seu afastamento seria concretizado.

E como fica agora?3


O rito da destituição de Dilma foi consumado e o Partido dos Trabalhadores (PT), que a sustentava,
passa à oposição, depois de 13 anos no poder. Mas o Senado manteve os direitos políticos dela, o que
lhe permitirá se candidatar a cargos eletivos e exercer funções na administração pública.
A saída da presidenta era desejada, segundo as pesquisas, por 61% dos brasileiros, o que não impede
que tenha sido uma comoção nacional.

Senadores aprovam parecer, Dilma vira ré e vai a julgamento em plenário4


O Senado aprovou por 59 votos a 21 na madrugada desta quarta-feira (10/08/2016), após quase 15
horas de sessão, o relatório da Comissão Especial do Impeachment que recomenda que a presidente
afastada Dilma Rousseff seja levada a julgamento pela Casa.
Com isso, ela passa à condição de ré no processo, segundo informou a assessoria do Supremo
Tribunal Federal (STF). O julgamento final da presidente afastada está previsto para o fim do mês no
plenário do Senado.
Antes da votação do texto principal, os senadores já tinham rejeitado, também por 59 votos a 21, as
chamadas "preliminares" que questionavam o mérito da denúncia contra Dilma. Depois do texto principal,
houve a votação de três destaques (propostas de alteração do texto principal), apresentados por
senadores defensores de Dilma com o objetivo de restringir os delitos atribuídos a ela. Todos os
destaques foram rejeitados.
Embora estivesse presente ao plenário, o único dos 81 senadores que não votou foi o presidente da
Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele afirmou que tomou essa decisão para se manter isento. "Procurei
conduzir com isenção. Desconstruir essa isenção agora não é coerente", explicou.
Após a votação, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, responsável pela defesa de Dilma, disse
acreditar que ainda é possível reverter o resultado no julgamento final do impeachment, embora
reconheça que não “é uma situação fácil” para a presidente afastada.

Lava Jato: Queiroz Galvão pagou R$ 10 milhões a alto escalão da Petrobras5


A força-tarefa da Operação Lava Jato informou hoje (2/8/2016) que colheu provas documentais de que
a construtora Queiroz Galvão destinou ao menos R$ 10 milhões em pagamentos ilegais para funcionários
de alto escalão das diretorias de Serviços e Abastecimento da Petrobras entre 2010 e 2013, com o
objetivo de firmar contratos e obter vantagens indevidas junto à petroleira estatal.
A cifra total de repasses ilegais a funcionários da estatal e a partidos políticos, contudo, pode ser muito
maior, de acordo com a Polícia Federal. O doleiro Alberto Yousseff revelou aos investigadores ter tido
acesso a um balanço do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa em que constava
uma dívida de R$ 37 milhões ligada à construtora Queiroz Galvão. Os integrantes da força-tarefa
afirmaram que a atuação ilegal da Queiroz Galvão envolveu todas as modalidades de contravenções
investigadas no âmbito da Lava Jato. “A Queiroz tem uma peculiaridade, ela representa todos os pecados,
todas as espécies de crimes que nós verificamos na Operação Lava Jato”, disse o procurador da
República Carlos Fernando dos Santos Lima, em Curitiba, em entrevista sobre a 33ª Operação da Lava
Jato, deflagrada nesta terça-feira(2/8/2016).

3
31/08/2016 – Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/09/01/opinion/1472682823_081379.html
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12/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/politica/processo-de-impeachment-de-dilma/noticia/2016/08/senadores-aprovam-parecer-dilma-
vira-re-e-vai-julgamento-em-plenario.html
5
02/08/2016 – Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-08/lava-jato-queiroz-galvao-pagou-10-milhoes-para-diretores-da-
petrobras

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Além do repasse direto de propina a funcionários da estatal, a empreiteira repassou dinheiro a políticos
e partidos por meio de caixa 2 de campanha e utilizou ainda doações legais de campanha como meio de
pagamento de vantagens indevidas a partidos, informou a força-tarefa.

Presos
Na 33ª fase da Lava Jato, deflagrada hoje (2/8/16), a PF prendeu preventivamente os ex-executivos
da Queiroz Galvão Othon Zanoide e Idelfonso Colares. Um mandado de prisão temporária continua
pendente, contra Marco Pereira Reis, ex-executivo do consórcio Quip, cuja participação majoritária é da
Queiroz Galvão. São investigados contratos para obras no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro e
nas refinarias de Abreu e Lima (PE), do Vale do Paraíba (SP), Landulpho Alves (BA) e de Duque de
Caxias (RJ). A Queiroz Galvão é a empreiteira com o terceiro maior volume de contratos com a Petrobras,
de mais de R$ 20 bilhões.
O investigadores apuram ainda o esquema de lavagem de dinheiro por meio de contas no exterior
mantidas pelo consórcio Quip, formado também pelas empresas UTC Engenharia e Iesa. O consórcio foi
responsável pela construção e reforma de plataformas de exploração de petróleo como a P-55 e P-53.

CPI no Senado
Os investigadores informaram também haver fortes indícios de que outros R$ 10 milhões foram pagos
pela Queiroz Galvão, provavelmente a parlamentares, para que executivos da empresa não fossem
convocados a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras no Senado, em 2009.

Sergio Moro solta Monica Moura, mulher de ex-marqueteiro do PT6


Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, mandou soltar Monica Moura, mulher do ex-
marqueteiro do Partido dos Trabalhadores (PT) João Santana. A decisão, desta segunda-feira
(01/08/2016), foi confirmada pelo advogado de defesa, Fábio Tofic Simantob. Segundo o juiz, Monica
Moura está proibida de atuar em campanhas eleitorais no Brasil.
O casal foi preso durante a 23ª fase da Operação Lava Jato, em fevereiro deste ano. De acordo com
a força-tarefa da Lava Jato, foram encontrados indícios de que Santana recebeu US$ 3 milhões de
offshores ligadas à Odebrecht, entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki, entre
2013 e 2014.
De acordo com a Polícia Federal e com o Ministério Público Federal (MPF), o dinheiro é oriundo de
propina retirada de contratos da Petrobras e da Sete Brasil - empresa criada para operação do pré-sal.
Zwi é representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels e, segundo os procuradores, foi citado por delatores
da operação do esquema como elo de pagamentos de propina.

Rodrigo Maia: conheça o perfil do novo presidente da Câmara7


O deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), 46 anos, foi eleito na madrugada de quinta-feira
(14/07/2016), com 285 votos, presidente da Câmara dos Deputados. Maia venceu em segundo turno o
deputado Rogério Rosso (PSD-DF), que até então era apontado como candidato favorito do Palácio do
Planalto para o cargo. Rosso somou 170 votos. Outros cinco parlamentares votaram em branco.

Mandato tampão
Rodrigo Maia ficará à frente da Câmara até fevereiro de 2017. Em discurso no plenário da Casa, o
deputado vencedor destacou sua biografia e se disse pronto para assumir o comando. “Ofereço a
dimensão da experiência que acumulei em quase 20 anos aqui dentro e a correção pela qual pautei minha
vida pública”, pontuou Maia.
Citando a crise econômica que atinge o país e o conturbado momento político pelo qual passa o
Congresso, o deputado afirmou que as repúblicas "nunca se consolidam sem a força dos parlamentos".
“Quando a Câmara é atacada ou mal defendida, é a cada um dos nossos mandatos que atacam”, disse
Maia. “Sei que estou pronto para navegar nessa tormenta, que passará. A Câmara, o Congresso e o
Brasil são maiores que qualquer crise”, finalizou.

Trajetória política
Formado em economia, Rodrigo Maia é deputado federal pelo Rio de Janeiro há cinco legislaturas. Foi
eleito para o primeiro mandato em 1998. Tentou se eleger prefeito do Rio em 2012, tendo Clarissa
Garotinho (PR-RJ) como vice.
6
01/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/08/sergio-moro-manda-soltar-monica-moura-diz-defesa.html
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14/07/2016
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-07/rodrigo-maia-conheca-o-perfil-do-novo-presidente-da-camara

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Maia também ocupou o cargo de secretário de Governo do Rio de Janeiro (1997-1998) e de secretário
de Governo do Município do Rio de Janeiro (1996). Antes de chegar ao Democratas (DEM), o parlamentar
foi filiado ao PFL e ao PTB. Maia assumiu a presidência nacional do DEM, partido que ajudou a criar, em
2007.
Filho do ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia (DEM), Rodrigo Maia integra um bloco informal dos
chamados governistas independentes. Além do DEM, compõem o grupo o PSDB, o PSB e o PPS.

Histórico na Casa
No primeiro turno da votação para presidência da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) conquistou os
apoios do PSDB, DEM, PPS e PSB.
Na Casa, o representante do Democratas votou a favor da admissibilidade do processo de
impeachment da presidenta, agora afastada, Dilma Rousseff. O deputado também votou a favor da
proposta de emenda à Constituição (PEC) que previa mudar a maioridade penal de 18 para 16 anos em
caso de crimes graves.
Em 2015, foi presidente e relator da proposta de reforma política. É presidente da Comissão Especial
da DRU (Desvinculação das Receitas da União). Atualmente, é membro efetivo das comissões de
Finanças e Tributação.

Por 11 a 9, Conselho de Ética aprova parecer pela cassação de Cunha8


O Conselho de Ética aprovou nesta quarta-feira (14/06/2016), por 11 a 9, parecer do deputado Marcos
Rogério (DEM-RO) pela cassação do mandato do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ). A decisão ocorre uma semana após ser divulgada notícia de que o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão de Cunha.
O peemedebista é acusado, no processo por quebra de decoro parlamentar, de manter contas secretas
no exterior e de ter mentido sobre a existência delas em depoimento à CPI da Petrobras no ano passado.
Ele nega e afirma ser o beneficiário de fundos geridos por trustes (entidades jurídicas formadas para
administrar bens e recursos).

Ministério de Temer tem 6 partidos que governaram com Dilma9


O ministério do governo de Michel Temer, anunciado nesta quinta-feira (12/05/2016), tem seis partidos
que fizeram parte da chapa anunciada pela presidente Dilma Rousseff na reforma ministerial de outubro
de 2015, antes do desembarque de partidos como o PMDB e o PP. São eles: PMDB, PP, PR, PRB, PSD
e PTB.
Temer foi notificado às 11h25 da decisão do Senado Federal, que aprovou nesta manhã a abertura
de processo de impeachment e o afastamento por até 180 dias de Dilma da Presidência da República.
Em seguida, anunciou por meio de sua assessoria os nomes dos ministros que integrarão o novo
governo.
Entre os 24 nomes anunciados, alguns já haviam sido divulgados informalmente por interlocutores de
Temer ao longo das últimas semanas, como Henrique Meirelles (Fazenda), Romero Jucá (Planejamento),
Eliseu Padilha (Casa Civil) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo).
Dos ministros anunciados por Temer, quatro assumiram pastas do governo Dilma na reforma
ministerial de outubro. São eles: Eliseu Padilha (PMDB), que era da Aviação Civil no governo da petista
e passa a assumir a Casa Civil de Temer; Gilberto Kassab (PSD), que, da pasta de Cidades, passa a
assumir Comunicações; Henrique Eduardo Alves (PMDB), que se mantém no Ministério do Turismo; e
Helder Barbalho (PMDB), que passou de Portos para Integração Nacional.

Comparação partidária
Em outubro do ano passado, Dilma anunciou uma reforma com redução de 39 para 31 ministérios.
Faziam parte do ministério do governo 9 partidos, sendo que o PT era a sigla com mais pastas (9). Ele
era seguido de perto pelo PMDB, que tinha 7. Os demais (PTB, PR, PSD, PDT, PCdoB, PRB e PP) tinham
1 pasta cada um. Oito ministros não eram filiados a partidos.
Já no novo governo Temer, são 24 ministérios com 11 partidos. A sigla que lidera é o PMDB, com 7
pastas, seguido do PSDB (3) e do PP (2). PR, PRB, PSD, PTB, DEM, PPS, PV e PSB têm 1 ministério
cada um. Quatro ministros não são filiados a partidos.

8
14/06/2016
Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/06/em-votacao-apertada-conselho-de-etica-aprova-cassar-eduardo-cunha.html
9
12/05/2016 Fonte: http://g1.globo.com/politica/processo-de-impeachment-de-dilma/noticia/2016/05/ministerio-de-temer-tem-6-partidos-
que-governaram-com-dilma.html

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Além da manutenção dos seis partidos já citados, o governo Temer se destaca por ter pastas lideradas
por partidos da oposição - DEM, PSDB, PPS e PV.
Entre as pastas que foram extintas, estão Aviação Civil, Comunicação Social, Portos e a Controladoria
Geral da União. Outras ainda passaram por fusões, como as pastas de Educação e de Cultura, que se
uniram para formar o ministério de Educação e Cultura, e os ministérios do Desenvolvimento Agrário e
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que viraram o Ministério do Desenvolvimento Social e
Agrário.
Além disso, duas pastas foram criadas: a de Fiscalização, Transparência e Controle e a Secretaria de
Segurança Institucional.

Eduardo Cunha é preso em Brasília por decisão de Sérgio Moro10


O ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi preso nesta quarta-
feira (19/10/2016), em Brasília. A prisão dele é preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. A decisão
foi do juiz Sérgio Moro no processo em que Cunha é acusado de receber propina de contrato de
exploração de Petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro.
A Polícia Federal (PF) informou que o ex-presidente da Câmara foi preso na garagem de um edifício.
Já o advogado dele disse que a prisão aconteceu no apartamento funcional de Cunha.
O deputado cassado embarcou às 15h em um avião da Polícia Federal (PF) no aeroporto de Brasília
com destino a Curitiba, onde ficará preso. O avião chegou ao aeroporto, na Região Metropolitana de
Curitiba, às 16h45. De lá, Cunha seguiu para a superintendência da PF.
No despacho que determinou a prisão, Moro diz que o poder de Cunha para obstruir a Lava Jato "não
se esvaziou". O juiz havia autorizado a PF a entrar na casa de Cunha no Rio de Janeiro para prendê-lo.
Moro é responsável pelas ações da operação Lava Jato na 1ª instância. Após Cunha perder o foro
privilegiado com a cassação do mandato, ocorrida em setembro, o juiz retomou na quinta-feira
(13/10/2016) o processo que corria no Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesta segunda (17/10/2016), Moro havia intimado Cunha e dado 10 dias para que os advogados
protocolassem defesa prévia.
Em nota divulgada por seus advogados, Cunha afirmou que a decisão de Moro que resultou na prisão
é "absurda" e "sem nenhuma motivação".
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), em liberdade, Cunha representa risco à instrução
do processo e à ordem pública. Além disso, os procuradores argumentaram que "há possibilidade
concreta de fuga em virtude da disponibilidade de recursos ocultos no exterior" e da dupla cidadania.
Cunha tem passaporte italiano e teria, segundo o MPF, patrimônio oculto de cerca de US$ 13 milhões
que podem estar em contas no exterior.
Para embasar o pedido de prisão do ex-presidente da Câmarax, a força-tarefa da Operação Lava Jato
listou atitudes, que conforme os procuradores, foram adotadas por Cunha para atrapalhar as
investigações.
Entre elas, a convocação pela CPI da Petrobras da advogada Beatriz Catta Preta, que atuou como
defensora do lobista e colaborador da Lava Jato Julio Camargo, responsável pelo depoimento que acusou
Cunha de ter recebido propina da Petrobras.
Atitudes de Cunha para atrapalhar a Lava Jato, segundo o MPF:
– Requerimentos no TCU e à Câmara sobre a empresa Mitsui para forçar o lobista Julio Camargo a
pagar propina;
– Requerimentos contra o grupo Schahin, cujos acionistas se tratavam de inimigos pessoais do ex-
deputado e do seu operador, Lucio Bolonha Funaro;
– Convocação pela CPI da Petrobras da advogada Beatriz Catta Preta, que atuou como defensora do
lobista Julio Camargo, responsável pelo depoimento que acusou Cunha de ter recebido propina da
Petrobras;
– Contratação da KROLL pela CPI da Petrobras para tentar tirar a credibilidade de colaboradores da
Operação Lava Jato;
– Pedido de quebra de sigilo de parentes de Alberto Youssef, o primeiro colaborador a delatar Eduardo
Cunha;
– Apresentação de projeto de lei que prevê que colaboradores não podem corrigir seus depoimentos,
como fez o lobista Julio Camargo, ao delatar Eduardo Cunha (refere-se ao projeto de lei de autoria do
deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), um dos membros da tropa de choque que o ex-deputado federal
Eduardo Cunha liderava);

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19/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/10/juiz-federal-sergio-moro-determina-prisao-de-eduardo-cunha.html

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– Demissão do servidor de informática da Câmara que forneceu provas que evidenciaram que os
requerimentos para pressionar a empresa Mitsui foram elaborados por Cunha, e não pela então deputada
“laranja” Solange Almeida;
– Suspeita do recebimento de vantagem indevida por emendas para bancos e empreiteiras;
– Manobras junto a aliados no Conselho de Ética para enterrar o processo que pede a cassação do
deputado;
– Ameaças relatadas pelo ex-relator do Conselho de Ética, Fausto Pinato (PRB-SP);
– Relato de oferta de propina a Pinatto, ex-relator do processo de Cunha no Conselho de Ética.

PEC 241: tire dúvidas sobre a proposta que limita gastos públicos11
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto para o aumento dos gastos
públicos pelas próximas duas décadas foi aprovada pela Câmara dos Deputados em primeiro turno na
madrugada desta terça-feira (11).

Veja abaixo perguntas e respostas sobre a proposta:

O que propõe a PEC 241, conhecida como PEC do Teto de Gastos?


A PEC do teto de gastos, proposta pelo governo federal, tem o objetivo de limitar o crescimento das
despesas do governo. A medida fixa para os três poderes - além do Ministério Público da União e da
Defensoria Pública da União - um limite anual de despesas.

Por que o governo quer limitar os gastos?


Essa proposta é uma das principais "armas" da equipe econômica para tentar reequilibrar as contas
públicas nos próximos anos e impedir que a dívida do setor público, que atingiu 70% do Produto Interno
Bruto (PIB) em agosto, aumente ainda mais.A justificativa do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é
de que governo vem se endividando e pagando juros muito altos para poder financiar essa conta.

Como é calculado esse limite de gastos?


Segundo o texto, o governo, assim como as outras esferas, poderão gastar o mesmo valor que foi
gasto no ano anterior, corrigido pela inflação. Ou seja, tirando a inflação, o limite será o mesmo valor do
ano que passou.
A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é a desvalorização
do dinheiro, quanto ele perde poder de compra num determinado período. O texto da PEC prevê que,
para o ano de 2017, os gastos públicos serão corrigidos em 7,2%.

Há algum prazo de duração?


Sim. A proposta é de que a PEC seja aplicada pelos próximos 20 anos.

Não poderá sofrer qualquer alteração?


Sim. A partir do décimo ano, o presidente da República que estiver no poder poderá alterar o formato
de correção das despesas públicas. No entanto, a proposta de revisão terá de ser enviada ao Congresso
Nacional por meio de projeto de lei complementar. Será admitida somente apenas uma alteração nos
critérios de correção por mandato presidencial.

O que acontece se o limite não for obedecido?


Caso alguns dos Poderes ou órgãos a eles vinculados descumpram o limite de crescimento de gastos,
ficará impedido no exercício seguinte de, por exemplo, reajustar salários, contratar pessoal, realizar
concursos públicos e criar novas despesas até que os gastos retornem ao limite previsto pela PEC.

A medida se aplica para todos os tipos de gastos do governo?


Em 2017, haverá exceção para as áreas de saúde e educação, que somente passarão a obedecer o
limite a partir de 2018, segundo o governo. Atualmente, a Constituição especifica um percentual mínimo
da arrecadação da União que deve ser destinado para esses setores.
Em entrevista à rádio Estadão, o presidente Michel Temer disse que o teto não é para a saúde, para
a educação ou para a cultura. O teto é global. Ele afirmou ainda que quando o governo for formalizar
qualquer proposta de orçamento, é possível que tenha de rever projetos de obras públicas, por exemplo,
"para compensar sempre saúde e educação".

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Fonte: 11/10/2016 http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/10/veja-perguntas-e-respostas-sobre-pec-que-limita-gastos-publicos.html

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E no caso das transferências entre o governo federal e os municípios?
A PEC determina que alguns outros gastos não precisarão se sujeitar ao limite estabelecido pela
medida, como as transferências do governo federal para Estados e municípios e os gastos para a
realização de eleições.

O projeto enfrenta resistência?


Sim. Desde que foi apresentado pela equipe econômica do governo, ainda no primeiro semestre deste
ano, o projeto enfrenta resistências por parte de setores da sociedade. Partidos que fazem oposição ao
presidente Michel Temer, por exemplo, argumentam que, se aprovada, a proposta representará o
"congelamento" dos investimentos sociais.
Para uns, ela é uma medida muito rígida para durar tanto tempo, e deveria ser flexível para se adaptar
às mudanças do país.
Para a professora Cristina de Mello, da PUC-SP, se houver uma queda abrupta da arrecadação, por
exemplo, a dívida aumentaria, porque os gastos serão congelados em um patamar alto.
Segundo a professora, o argumento de que uma medida de longo prazo passa mais credibilidade é
falacioso. Isso porque, se antes do prazo de dez anos, o governo precisar mexer em alguma regra, a PEC
gerará desconfiança.
"Se daqui a alguns anos, for necessário fazer um gasto maior e mudar o índice de inflação por outro
mais confortável, vai haver descrença. Por que escolheram esse critério e não outro? Pode haver
maquiagem de dados", disse em entrevista à BBC.

O que diz quem apoia o projeto?


O mercado financeiro vê a proposta com bons olhos, já que uma medida válida por um período tão
extenso passaria a mensagem de que o Brasil está comprometido com o equilíbrio das contas.
Jolanda Battisti, da FGV, afirma que o prazo representa que o governo está "comprando tempo" para
colocar a dívida sob controle.
"É como se uma pessoa endividada que diz que vai te pagar de volta, mas só dez reais por semana,
e não em grandes prestações."
Um plano de longa duração, afirma, substitui ações mais drásticas, como aumentar impostos ou cortar
despesas imediatamente, o que poderia agravar o desemprego.

Renan lê PEC 241 em plenário e texto passa a tramitar no Senado12


O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), leu em plenário nesta quarta-feira (26) a
ementa da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que estabelece um limite para os gastos públicos
pelos próximos 20 anos. Com isso, a PEC passa a tramitar no Senado.
Tida como prioridade pelo governo do presidente Michel Temer para reequilibrar as contas públicas, a
PEC foi aprovada na madrugada desta quarta pela Câmara em segundo turno, por 359 votos a 116 (e 2
abstenções) e, agora, passará a ser analisada pelo Senado.
Mais cedo, nesta quarta, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), entregou a PEC aprovada
pelos deputados a Renan. A proposta, agora, será remetida à CCJ.
Ao fazer a leitura da PEC em plenário, Renan Calheiros disse que sugeriu o nome de Eunício Oliveira
(CE), líder do PMDB no Senado, para relatar da proposta. Cabe ao presidente da Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, José Maranhão (PMDB-PB) indicar o relator.
Segundo Renan, o presidente da CCJ demonstrou disposição em escolher o líder do PMDB para
relatar o texto na comissão.
Em plenário, Renan afirmou que a proposta seguirá o calendário “natural” e que foi acordado entre
líderes partidários.
Pelo cronograma acertado entre Renan Calheiros e os líderes partidários (veja todas as datas ao final
desta reportagem), a votação da PEC em primeiro turno está prevista para 29 de novembro e, em segundo
turno, para 13 de dezembro.
Por se tratar de uma emenda à Constituição, para entrar em vigor, o texto precisa do apoio de, pelo
menos, três quintos dos senadores (49 dos 81). Se os parlamentares aprovarem algum tipo de mudança
no texto original, a PEC retornará à Câmara.

PEC 241
A PEC 241 prevê que, nos próximos 20 anos, os gastos da União (Executivo, Legislativo e Judiciário)
só poderão crescer conforme a inflação do ano anterior.

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http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/10/renan-le-pec-241-em-plenario-e-texto-passa-tramitar-no-senado.html

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A partir do décimo ano, porém, o presidente da República poderá propor ao Congresso uma nova base
de cálculo.
Em caso de descumprimento, a PEC estabelece uma série de vedações, como a proibição de realizar
concursos públicos ou conceder aumento para qualquer membro ou servidor do órgão.
Inicialmente, os investimentos em saúde e educação deveriam obedecer o limite estabelecido pela
PEC, mas, diante da repercussão negativa e da pressão de parlamentares da base aliada, o Palácio do
Planalto decidiu que essas duas áreas só serão incluídas no teto a partir de 2018.

Cronograma
O cronograma definido por Renan Calheiros e líderes partidários estabelece o seguinte rito da PEC
241 no Senado:
- Ainda nesta semana: texto é encaminhado à CCJ, onde será designado um relator;
- 1º de novembro: parecer do relator é apresentado, e senadores terão uma semana para análise;
- 8 de novembro: audiência pública para debater a PEC (especialistas a favor e contrários à proposta
serão chamados);
- 9 de novembro: votação do parecer do relator (se a PEC for aprovada, o texto será enviado ao
plenário);
- Data a definir: audiência pública para debater a PEC no plenário (especialistas a favor e contrários à
proposta serão chamados);
- 29 de novembro: votação da PEC em primeiro turno no plenário;
- 13 de dezembro: votação da PEC em segundo turno no plenário (se for aprovada, a proposta será
promulgada e as novas regras passarão a valer).

Aprovada na Câmara, PEC 241 passa a tramitar no Senado como PEC 5513
Aprovada pela Câmara dos Deputados na madrugada desta quarta-feira (26), a Proposta de Emenda
à Constituição (PEC) 241, que estabelece um limite para os gastos públicos pelos próximos 20 anos,
recebeu nova numeração ao passar a tramitar no Senado, sob a numeração de PEC 55.
A mudança na numeração da PEC não implica necessariamente em uma mudança no conteúdo da
proposta (os senadores ainda analisarão o texto e poderão propor alterações). De acordo com a
Secretaria-Geral da Mesa, a modificação ocorre para organizar o sistema do Senado.
Tida como prioridade pelo governo do presidente Michel Temer para reequilibrar as contas públicas, a
PEC foi aprovada pela Câmara em segundo turno, por 359 votos a 116 (e 2 abstenções) e, agora, passará
a ser analisada pelo Senado.
Mais cedo, nesta quarta, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), entregou o texto da PEC
ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
A proposta já foi remetida à Comissão de Constituição e Justiça do Senado e, posteriormente (veja o
calendário completo ao final desta reportagem), será analisada, em dois turnos, pelo plenário.

Relatoria
Ao fazer a leitura da PEC em plenário, nesta quarta, Renan Calheiros sugeriu o nome de Eunício
Oliveira (CE), líder do PMDB no Senado, para relatar da proposta. Cabe ao presidente da CCJ, José
Maranhão (PMDB-PB), porém, indicar o relator.
Segundo Renan Calheiros, Maranhão "demonstrou disposição" em escolher o líder do PMDB para
relatar o texto. O nome de Eunício, mesmo sem um anúncio oficial pelo Senado, já aparece como relator
da matéria, no sistema eletrônico.
Em plenário, Renan afirmou que a proposta seguirá o calendário "natural" e que foi acordado entre
líderes partidários.
Pelo cronograma acertado entre Renan Calheiros e os líderes partidários, a votação da PEC em
primeiro turno está prevista para 29 de novembro e, em segundo turno, para 13 de dezembro.
Por se tratar de uma emenda à Constituição, para entrar em vigor, o texto precisa do apoio de, pelo
menos, três quintos dos senadores (49 dos 81). Se os parlamentares aprovarem algum tipo de mudança
no texto original, a PEC retornará à Câmara.

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http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/10/aprovada-na-camara-pec-241-vira-pec-55-no-senado.html

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Temer sanciona lei que eleva teto para aderir ao Supersimples14
O presidente da República, Michel Temer, sancionou nesta quinta-feira (27/10/2016), durante evento
no Palácio do Planalto, o projeto que amplia o teto de faturamento para que empresas possam aderir ao
Supersimples, programa que simplifica o pagamento de tributos. As mudanças entram em vigor em 2018.
Hoje, para ser incluída no programa uma microempresa tem que ter faturamento anual de até R$ 360
mil. No caso da empresa de pequeno porte, o limite é de R$ 3,6 milhões por ano.
O projeto sancionado eleva o limite para microempresa para R$ 900 mil e, para empresas de pequeno
porte, para R$ 4,8 milhões.
No caso de Microempreendedor Individual (MEI), o projeto eleva o teto de faturamento anual de R$ 60
mil para R$ 81 mil a partir de 2018.
Outros pontos do projeto são a regulamentação dos "investidores-anjo", pessoas que financiam com
recursos próprios empreendimentos em estágio inicial, e a possibilidade de pequenos negócios do setor
de bebidas optarem pelo Simples Nacional.
Além disso, o projeto amplia o prazo de parcelamento de dívidas tributárias de micro e pequenas
empresas de 60 para 120 meses. Essa regra entra em vigor assim que a regulamentação for feita pelo
Comitê Gestor do Simples Nacional, vinculado à Receita Federal.
Salões de beleza
Na cerimônia, o presidente Michel Temer também sancionou o projeto de lei que cria a possibilidade
de contratos de “parceria” entre salões de beleza e profissionais, como cabeleireiros e maquiadores.
De acordo com o texto, os estabelecimentos não precisarão contratar conforme as regras da CLT,
podendo pagar um percentual pela prestação dos serviços. Na prática, significa uma flexibilização dos
contratos de trabalho nessas empresas.
Pela proposta, o profissional receberá uma “cota-parte” pela prestação do serviço, enquanto o
contratante ficará com um percentual do que foi pago pelo cliente a título de “aluguel” dos materiais e uso
da estrutura do estabelecimento.
Este modelo poderá ser usado para a contratação de cabeleireiro, manicure, barbeiro, esteticista,
depilador e maquiador.
O texto destaca que esses profissionais podem não ter vínculo de emprego com a empresa. Pela
proposta, os salões que optarem por esse tipo de contratação poderão adotar o regime especial de
tributação previsto no Estatuto da Micro e Pequena Empresa. O “profissional-parceiro” será enquadrado
como Microempreendedor Individual (MEI).
A parceria precisa ser oficializada por meio de contrato que fixe o percentual que será retido pelo salão
por cada serviço prestado pelo parceiro. A empresa terá que reter os tributos e contribuições
previdenciárias devidas pelo profissional em decorrência das atividades desenvolvidas.

Ao STF, Maia diz que críticas à PEC do teto têm 'natureza política'15
A Câmara dos Deputados enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal na qual afirma que a
PEC do teto de gastos, apresentada pelo governo federal, não ofende a autonomia dos poderes da
República. Segundo o documento de 24 páginas, assinado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia,
parte dos questionamentos contra a proposta tem aspecto "sombrio e pessimista" e revelam "natureza
política".
A manifestação foi enviada em ação de deputados do PC do B e PT contra a PEC, que terá que passar
por julgamento de mérito no plenário do Supremo, o que não tem data para acontecer.
"As alegações de violação a direitos fundamentais (à educação e à saúde) e ao princípio da proibição
de retrocesso social revelam vaticínio sombrio e pessimista, escorado em argumentos metajurídicos -
incapazes de disfarçar a natureza eminentemente política da controvérsia", diz Maia.
A PEC, anunciada pelo governo como medida que vai reequilibrar as contas públicas, condiciona pelos
próximos 20 anos o aumento das despesas da União (Legislativo, Executivo e Judiciário) à inflação do
ano anterior.
Há duas semanas, o ministro Barroso, relator do caso, rejeitou conceder liminar para suspender o
andamento da ação. Para ele, uma intervenção do Judiciário só se justificaria se houvesse clara violação
de cláusula pétrea da Constituição - itens que não podem ser alterados por meio de emenda -, o que não
ficou demonstrado.
Segundo Rodrigo Maia, não há ofensa à autonomia porque os entes da União manterão a prerrogativa
de elaborar o próprio orçamento. "Não prospera a alegação relativa à proeminência do Poder Executivo
quanto à iniciativa de alteração do limite de gastos improcede igualmente a alegação de ofensa à

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http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/10/temer-sanciona-lei-que-eleva-teto-para-aderir-ao-supersimples.html
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http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/10/ao-stf-maia-diz-que-criticas-pec-do-teto-tem-natureza-politica.html

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autonomia dos Poderes Legislativos (Câmara dos Deputados e Senado Federal) e Judiciário, do
Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União, sabido que essa autonomia compreende
tão somente a possibilidade de apresentação da respectiva proposta de orçamento."
Rodrigo Maia completou que, mesmo com a PEC, será mantida a atribuição dos parlamentares do
Congresso de darem "a última palavra" sobre o orçamento da União.
"As normas eventualmente resultadas da PEC 241/2016 mantêm intacto o cerne da competência
atribuída aos representantes do povo em matéria orçamentária pública: deputados e senadores
continuarão tendo a última palavra sobre cada montante de recursos públicos a serem alocados em cada
programação orçamentária."

Supremo admite corte de salário de servidores em greve16


O Supremo Tribunal Federal (STF) considerou legítima nesta quinta-feira (27/10/2016) a possibilidade
de órgãos públicos cortarem o salário de servidores em greve desde o início da paralisação.
Não poderá haver o corte nos casos em que a greve for provocada por conduta ilegal do órgão público,
como, por exemplo, o atraso no pagamento dos salários.
Com a decisão, a regra passa a ser o corte imediato do salário, assim como na iniciativa privada, em
que a greve implica suspensão do contrato de trabalho.
Mas os ministros abriram a possibilidade de haver acordo para reposição do pagamento se houver
acordo para compensação das horas paradas.
A decisão tem repercussão geral, devendo ser aplicada pelas demais instâncias judiciais em processos
semelhantes.
No julgamento, os ministros analisaram um recurso apresentado pela Fundação de Apoio à Escola
Técnica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec), que, em 2006, foi impedida pela Justiça estadual de
realizar o desconto na folha de pagamento dos funcionários em greve.
Relator do caso e primeiro a votar quando começou o julgamento, em 2015, o ministro Dias Toffoli
afirmou que a decisão não derruba o direito de greve nem a possibilidade de os servidores recorrerem ao
Judiciário.
“Qualquer decisão que nós tomarmos aqui não vai fechar as portas do Judiciário, seja para os
servidores seja para o administrador público. O que estamos decidindo é se, havendo greve do servidor
público, é legal o corte de ponto”, afirmou na sessão.
Primeiro a se manifestar contra o desconto, Fachin defendeu que a suspensão do pagamento só
ocorresse após uma decisão judicial que reconhecesse a ilegalidade da greve.
“A suspensão do pagamento se dá no momento da própria gênese do movimento paredista. Está se
interpretando que o trabalhador deve ir a juízo para um obter direito que lhe é assegurado
constitucionalmente [salário]”, argumentou.
Em vários momentos, ministros que defendem o corte na remuneração alertaram para os prejuízos
causados à população com a paralisação dos serviços.
“O administrador público não apenas pode, mas tem o dever de cortar o ponto. O corte de ponto é
necessário para a adequada distribuição dos ônus inerentes à instauração da greve e para que a
paralisação, que gera sacrifício à população não seja adotada pelos servidores sem maiores
consequências”, afirmou Roberto Barroso.
O ministro Gilmar lembrou que, em quase todos os países, servidores com estabilidade no emprego
não têm o direito sequer de fazer greve.

Câmara conclui votação de projeto que muda regra do pré-sal17


A Câmara dos Deputados concluiu na noite desta quarta-feira (9/11/2016) a votação do projeto de lei
que muda as regras de exploração do petróleo do pré-sal. O texto já passou pelo Senado e segue agora
para sanção do presidente Michel Temer.
Na Câmara, o texto-base foi aprovado no dia 5 de outubro em uma sessão bastante tumultuada, mas
ficou pendente a análise de destaques (sugestões de alteração ao texto original). Uma parte foi apreciada
no dia 24 de outubro, mas ficaram faltando dois, que foram votados e rejeitados nesta quarta.
A proposta, defendida pelo governo, desobriga a Petrobras a participar de todos os consórcios de
exploração do pré-sal.
Pela lei vigente, a Petrobras atua em todos os consórcios de exploração de blocos licitados na área
do pré-sal com um mínimo de 30% de participação na qualidade de operadora, a quem cabe conduzir a
execução direta ou indireta de todas as atividades de exploração e produção.

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http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/10/supremo-admite-corte-de-salario-de-servidores-em-greve.html
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09/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/11/camara-conclui-votacao-de-projeto-que-muda-regra-do-pre-sal.html

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A proposta aprovada no Congresso Nacional estabelece que a Petrobras poderá estabelecer aqueles
campos nos quais terá interesse em participar dos consórcios de exploração.
O projeto determina ainda que o Conselho Nacional de Política Energética dará preferência à estatal
para se manifestar, num prazo de 30 dias, sobre se irá ou não participar da exploração.
Contrária à proposta, a oposição argumenta que a mudança nas regras de exploração permitirá que
os campos de pré-sal passem para as mãos de empresas privadas multinacionais.
O presidente da estatal, Pedro Parente, por outro lado, já disse ser "importante" que a Petrobras tenha
opção de participar ou não dos consórcios.

O empresário bilionário surpreendeu o mundo ao contrariar as pesquisas e derrotar Hillary


Clinton na disputa pela Casa Branca18
Mesmo com Hillary Clinton apontada como favorita em praticamente todas as pesquisas de intenção
de voto e nas projeções feitas por institutos e pela imprensa, Donald Trump foi eleito o 45º presidente dos
Estados Unidos. Em seu discurso de vitória, prometeu reunir a nação e reconstruir a infraestrutura do
país, dobrando o crescimento econômico.
"Serei presidente para todos os americanos", disse. "Trabalhando juntos, vamos começar a tarefa
urgente de reunir nossa nação. É isso que quero fazer agora por nosso país."
Trump disse que Hillary ligou para ele para parabenizá-lo pela vitória. "Ela me ligou para me
parabenizar por nossa vitória, e eu a parabenizei por uma campanha muito, muito dura. Ela lutou muito
forte", disse presidente eleito em seu discurso.

DERROTA DOLOROSA'
Algumas horas após o anúncio da vitória de Trump, Hillary Clinton fez o discurso em que reconheceu
a derrota. A democrata disse que o resultado foi "doloroso", agradeceu à família, aos Obama e aos
apoiadores de campanha. “Eu sei o quão desapontados vocês se sentem. É doloroso e vai ser por muito
tempo. Nós vimos que a nossa nação está mais dividida do que pensávamos”, afirmou.
Hillary ressaltou a participação das mulheres na campanha e disse que uma mulher "mais cedo ou
mais tarde" vai chegar à Casa Branca. Trump teve a campanha marcada por acusações de assédio e
declarações machistas.
A democrata disse que seu partido preza por uma "transferência pacífica" de poder. "Essa perda dói,
mas nunca deixem de acreditar que lutar pelo que é certo vale a pena", disse.
Bastante aplaudida, Hillary desejou sucesso a Trump e disse que deseja que ele trabalhe em prol de
todos os americanos.
Logo após o discurso de Hillary, Barack Obama fez um pronunciamento no qual disse que "não poderia
estar mais orgulhoso" de Hillary. O presidente dos EUA disse também que "não é segredo" que ele e
Trump têm diferenças significativas, mas afirmou que instruiu sua equipe a garantir uma transição de
sucesso para o próximo presidente.

VITÓRIA EM ESTADOS-CHAVE
O republicano conquistou vitórias surpreendentes sobre Hillary em estados-chave para definir o
resultado, abrindo o caminho para a Casa Branca e abalando os mercados globais que contavam com
uma vitória da democrata.
Contrariando as sondagens, Michigan, Wisconsin e Pensilvânia votaram em um republicano pela
primeira vez desde os anos 1980. Juntos, esses estados têm 46 delegados. Além disso, Hillary perdeu
em Flórida, Carolina do Norte e Ohio, que são alguns dos chamados "swing states" – que têm grande
número de delegados no colégio eleitoral e onde, historicamente, não há favorito. Quase sempre, eles
são decisivos nas eleições americanas. A Flórida tem 29 delegados, Ohio tem 18, e Carolina do Norte,
15. O candidato precisa ter 270 delegados para ser eleito presidente.
Os democratas contavam com votos dos estados do Centro-Oeste, como Iowa, Ohio e Wisconsin, por
causa do tradicional apoio dos negros e dos trabalhadores brancos. Mas muitos dos brancos dessa
região, especialmente sem formação universitária, decidiram votar em Trump. A importância dessa classe
para os democratas tinha sido subestimada em projeções feitas antes do pleito, segundo o jornal "The
New York Times". Analistas dizem o apoio desses trabalhadores a Obama já tinha sido menor em 2012,
principalmente pelo receio de perder o emprego para outros países.
Os trabalhadores rurais de estados centrais e do Norte também escolheram em peso o republicano e
fizeram diferença no resultado.

18
09/11/2016 Fonte: http://especiais.g1.globo.com/mundo/eleicoes-nos-eua/2016/donald-trump-presidente-dos-eua/

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Quando entrou o número de delegados do estado de Wisconsin na conta da agência Associated Press,
Trump alcançou 276 delegados, ultrapassando o limite de 270 necessários para ser o vencedor no
Colégio Eleitoral. Mesmo tendo menos votos totais, Trump será eleito porque a votação nos EUA é
indireta, e cada estado tem um peso diferente.

ECONOMIA

Inflação do aluguel19
A FGV divulga o IGP-M, conhecido como "inflação do aluguel" por ser usado para reajustado a maioria
dos contratos imobiliários, de agosto. Em julho, o índice desacelerou para 0,32%, mas ainda acumula alta
de 11,79% nos últimos 12 meses.

Desemprego sobe para 11,3% no 2º trimestre, aponta Pnad, do IBGE20


O desemprego subiu para 11,3% no trimestre encerrado em junho, segundo dados divulgados nesta
sexta-feira (29/08/16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é a maior já
registrada pela série histórica da Pnad Contínua, que teve início em janeiro de 2012.
No trimestre encerrado em março, o índice de desemprego foi de 10,9% e no período de abril a junho
de 2015, de 8,3%. No trimestre de março a maio, a taxa bateu 11,2%.
A população desocupada cresceu 4,5% em relação ao primeiro trimestre e chegou a 11,6 milhões de
pessoas. Já na comparação com o 2º trimestre de 2015, o aumento foi de 38,7%.
Por outro lado, a população ocupada somou 90,8 milhões de pessoas e mostrou estabilidade em
relação ao 1º trimestre e queda de 1,5% sobre o período de abril a junho de 2015. Segundo Cimar
Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, a ocupação se manteve estável em relação
ao trimestre anterior, no entanto, foi menor do que em 2015. "Com o crescimento da população em idade
para trabalhar (1,3%) e a redução da população ocupada, o nível da ocupação no ano caiu de 56,2% para
54,6%." A Pnad entrevista 211 mil domicílios em 3.464 municípios e 15.756 setores do país.
Também não houve alteração em relação à quantidade de trabalhadores com carteira assinada, que
ficou em 34,4 milhões. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, esse número caiu
4,1%. De acordo com Azeredo, essa retração gera "um movimento de pressão" ao mercado de trabalho.

Rendimento
Em um ambiente de desemprego em alta, o rendimento médio dos trabalhadores acabou caindo e
atingiu R$ 1.972. Sobre o 1º trimestre, a renda diminuiu 1,5% e em relação ao 2º trimestre do ano passado,
4,2%.
"Os trabalhadores estão ganhando menos. Você tem no segundo semestre massa de rendimento de
trabalho circulando menos do que o que estávamos tendo no trimestre passado e no ano anterior. Isso
vai reduzir consumo, gastos e vai refletir no comércio, na indústria, ou seja, vai criar esse círculo vicioso
que você vê no mercado de trabalho”, analisou o técnico.

Produção da indústria cresce 1,1% em junho, diz IBGE21


A produção da indústria brasileira cresceu 1,1% em junho, na comparação com o mês anterior,
apresentando o quarto resultado positivo nessa base de comparação, segundo informou o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (2/8/16).

Veículos puxam alta


De maio para junho, o que puxou o aumento da produção nacional foi o setor de veículos automotores,
reboques e carrocerias, que cresceu 8,4%. Na sequência, contribuíram também perfumaria, sabões,
produtos de limpeza e de higiene pessoal (4,7%); metalurgia (4,7%) e confecção de artigos do vestuário
e acessórios (9,8%), entre outros.
Entre as grandes categorias econômicas, a produção de bens de capital aumentou 2,1%; a de bens
de consumo semi e não-duráveis, 1,2%, a de bens de consumo duráveis, 1,1%, e de bens intermediários,
0,5%.

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30/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/agenda-do-dia/edicoes/2016/08/30.html
20
29/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/07/desemprego-fica-em-113-no-2-trimestre-diz-ibge.html
21
02/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/08/producao-da-industria-cresce-11-em-junho-diz-ibge.html

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Atividade extrativas puxam queda
Entre as atividades que registraram queda na produção no primeiro semestre do ano, estão as
indústrias extrativas (-14,0%) e a de veículos automotores, reboques e carrocerias (-21,2%), que
exerceram as principais pressões negativas.
Outras contribuições negativas partiram de máquinas e equipamentos (-16%), coque, produtos
derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,9%), metalurgia (-11,9%) e equipamentos de informática,
produtos eletrônicos e ópticos (-27%), entre outros.

Dívida pública sobe 2,77% em junho, para R$ 2,95 trilhões22


A dívida pública federal brasileira, que inclui os endividamentos interno e externo do governo, subiu
2,77% em junho, para R$ 2,95 trilhões, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira (25/07/2016).
Em maio, o endividamento público havia somado R$ 2,87 trilhões.
O aumento da dívida pública em junho está relacionado com a emissão líquida de títulos públicos, ou
seja, acima do volume dos resgates (papéis que venceram no mês passado) em R$ 61,1 bilhões.
Em junho (2016), foram resgatados R$ 1,31 bilhão em papéis, enquanto que as emissões de títulos
da dívida somaram R$ 62,42 bilhões. A alta da dívida também está relacionada com as despesas com
juros, que totalizaram R$ 18,67 bilhões no mês passado.

Dívida interna X externa


No caso da dívida interna, houve alta de 3,41% em junho, para R$ 2,74 trilhões. A emissão de títulos
públicos e as despesas com juros contribuíram para o aumento da dívida interna no mês passado.
No caso do endividamento externo, houve uma queda de 10,34% no mês passado, para R$ 120
bilhões. No caso da dívida em moeda estrangeira, o recuo decorreu da queda do dólar no período.
Como a dívida no exterior é cotada em moeda estrangeira, principalmente o dólar, quando essa moeda
cai frente ao real, consequentemente diminui o valor da dívida externa.

Contratos de swap
Os ativos indexados à variação da taxa de câmbio, por sua vez, somaram 7,40% do total (R$ 210
bilhões) em junho, contra R$ 237 bilhões (8,67% do total) em maio deste ano.
Esta dívida atrelada ao dólar se deve à emissão, pelo Banco Central, de contratos de swap cambial –
que funcionam como uma venda de dólares no mercado futuro (derivativos) para evitar uma alta maior na
cotação do dólar.
Os swaps cambiais são contratos para troca de riscos. O BC (Banco Central) oferece um contrato de
venda de dólares, com data de encerramento definida, mas não entrega a moeda. No vencimento deles,
o BC se compromete a pagar uma taxa de juros sobre valor dos contratos e recebe do investidor a
variação do dólar no mesmo período.
É uma forma de a instituição garantir a oferta da moeda norte-americana no mercado, mesmo que
para o futuro, e controlar a alta da cotação. Recentemente, a instituição informou que pretende emitir
menos destes contratos, o que tende a baixar o patamar da dívida atrelada à variação da taxa de câmbio.

No 1º mês de governo, Temer mantém linhas gerais de Dilma na economia23


O presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), assumiu o governo há um mês (em 12/05/2016)
prometendo mudar os rumos da economia, mas boa parte das medidas anunciadas neste início de gestão
mantém as linhas gerais daquilo que já tinha sido proposto anteriormente pela equipe econômica da
presidente afastada, Dilma Rousseff.
Assim como propunha o então ministro da Fazenda de Dilma, Nelson Barbosa, a nova equipe
econômica propôs, e conseguiu, ampliar o rombo autorizado para as contas públicas neste ano. Quando
ainda estava no poder, Dilma queria autorização para um déficit primário nas contas do governo de até
R$ 96,6 bilhões, mas a nova equipe econômica já conseguiu permissão legal para um rombo bem maior:
de até R$ 170,5 bilhões neste ano.
Nos últimos dias, ao invés de cortar gastos públicos, foi anunciada uma liberação de R$ 38,5 bilhões
em despesas dos ministérios – apesar de o governo já estar estimando um déficit fiscal de R$ 113,9
bilhões em 2016. Há, ainda, uma margem de R$ 18,1 bilhões para incorporar os chamados "riscos fiscais"
– que são a renegociação com os governadores e a repatriação de recursos.
Na mesma linha do governo da presidente afastada, a equipe de Temer também quer reformar a
Previdência Social e, por isso, já negocia com parte das centrais sindicais. A proposta, novamente, é de
22
25/07/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/07/divida-publica-sobe-277-em-junho-para-r-295-trilhoes.html
23
12/06/2016
Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/06/no-1-mes-de-governo-temer-mantem-linhas-gerais-de-dilma-na-economia.html

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estabelecer uma idade mínima de aposentadoria, atingindo inclusive os atuais trabalhadores – com regras
de transição para reduzir os impactos para quem está perto de se aposentar.
O novo governo também apoiou a renovação da Desvinculação de Recursos da União (DRU) –
mecanismo que permite ao governo mais liberdade para gastar recursos do Orçamento, com uma alíquota
de 30%, assim como propunha a equipe econômica do governo Dilma Rousseff.
Apesar de defender o corte de despesas, o governo interino de Temer também apoiou, no Legislativo,
o reajuste dos salários dos servidores públicos, medida que terá impacto superior a R$ 50 bilhões nas
contas públicas até 2018. Esse reajuste foi negociado pela equipe de Dilma, e mantido pela nova gestão.
Em um momento em que vários estados passam por dificuldades, como Rio de Janeiro, Rio Grande
do Sul e Santa Catarina, entre outros, a nova equipe econômica, assim como a anterior, já começou a
renegociar os contratos das dívidas dos estados com a União.
O governo Dilma havia concordado em ir alongando as dívidas estaduais por 20 anos, diminuindo as
parcelas mensais, com a possibilidade de redução em 40% na prestação da dívida por 24 meses. Para
isso, exigia uma série de contrapartidas.
Já a equipe econômica de Temer informou que é “consenso” que o governo federal deve conceder
aos estados um “alívio temporário” no pagamento de suas dívidas enquanto continuam as discussões
das contrapartidas para equilibrar as contas estaduais.
No caso do aumento de tributos, o discurso da nova equipe econômica é um pouco diferente. O
governo Dilma Rousseff elevou vários impostos e vinha propondo o retorno da Contribuição Provisória
sobre Movimentação Financeira (CPMF) para reequilibrar as contas públicas. O ministro da Fazenda,
Henrique Meirelles, não defende o tributo, mas também não afasta a possibilidade de elevar impostos, de
forma temporária, "em algum momento".
A principal proposta da nova equipe econômica, que é estabelecer um teto para os gastos públicos,
também é semelhante ao que havia sido proposto anteriormente pelo governo Dilma Rousseff. A equipe
anterior enviou uma proposta do Congresso prevendo uma série de "gatilhos" caso esse teto fosse
atingido, como demissão de servidores (por meio de PDV) e até mesmo congelar o aumento do salário
mínimo. A proposta do ministro Meirelles é de fixar um teto para os gastos tendo por base a inflação do
ano anterior.

Propostas novas
Apesar de manter as linhas gerais, a nova equipe econômica também trouxe propostas novas, como,
por exemplo, o retorno de R$ 100 bilhões em empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) em até dois anos.
A medida tem o potencial de diminuir a dívida pública em igual proporção e de reduzir o pagamento
de subsídios por parte do governo, em R$ 7 bilhões por ano – assim que a totalidade dos recursos for
devolvida. Entretanto, a operação está sendo alvo de investigação por parte do Tribunal de Contas da
União (TCU). Analistas apontam que essa devolução pode ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
A nova equipe econômica também quer limitar o pagamento de subsídios, para gerar uma economia
de aproximadamente R$ 2 bilhões por ano, além de extinguir o chamado fundo soberano – buscando os
recursos lá depositados, que somam cerca de R$ 2 bilhões.
Ao contrário do governo Dilma, o presidente em exercício Michel Temer diz apoiar projeto aprovado
pelo Senado que altera as regras de exploração de petróleo do pré-sal, retirando da Petrobras a
exclusividade das atividades no pré-sal e acabando com a obrigação de a estatal a participar com pelo
menos 30% dos investimentos em todos os consórcios de exploração da camada.

Senado aprova indicação de Ilan Goldfajn para Banco Central24


O Senado aprovou nesta terça-feira (07/06/2016), por 56 votos favoráveis, 13 contrários e uma
abstenção, a indicação de Ilan Goldfajn para a presidência do Banco Central. A aprovação ocorreu horas
após Goldfajn ser sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, na manhã desta
terça, e ter o nome aprovado pelo colegiado.
A votação se deu no dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, se reúne para discutir
se a taxa básica de juros permanece em 14,25% ano ou será alterada. A reunião começou nesta terça,
mas a decisão só será anunciada após novo encontro na quarta-feira.
Com o nome de Goldfajn aprovado pelo plenário do Senado, para que ele assuma o cargo, basta o
nome dele ser publicado em ato do presidente em exercício, Michel Temer, e que ocorra a cerimônia de

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07/06/2016
Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/06/senado-aprova-indicacao-de-ilan-goldfajn-para-banco-central.html

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1270721 E-book gerado especialmente para SAMUEL AZEVEDO PIRES
posse. Isso pode ocorrer antes do fim da reunião do Copom, na quarta-feira (08/06/2016), o que permitiria
que ele participe do segundo dia do encontro.
A possibilidade de Ilan Goldfajn participar somente do segundo dia de reuniões do Copom, na quarta,
no lugar de Alexandre Tombini, seria inédita mas não ilegal.

Recessão e contas públicas


Segundo Ilan Goldfajn, a situação econômica do país exige “grande atenção” pois o país atravessa “a
pior recessão da história brasileira, com desemprego em alta e relevante desafio fiscal.”
As contas públicas passam por forte deterioração e, para este ano, o governo estima um rombo de
até R$ 170,5 bilhões – o maior da história, se confirmado.
Sobre as contas públicas, Goldfajn informou que a equipe do ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, está consciente e mobilizada para devolver ao país a credibilidade perdida nos últimos anos.
Ele acrescentou que a eficiência da política de juros será maior se os esforços para controlar os gastos
públicos forem bem-sucedidos.
“A atuação harmônica e autônoma entre o Ministério da Fazenda e o Banco Central será um fator-
chave de sucesso para a recuperação econômica sustentável que todos queremos ver à frente”, avaliou.

Brasil cai para a 81ª posição em ranking de competitividade de países25


O Brasil perdeu mais 6 posições no ranking das economias mais competitivas do mundo, caindo para
a 81ª colocação em 2016 -– a pior posição já atingida no ranking de competitividade elaborado desde
1997 pelo Fórum Econômico Mundial.
A pior colocação até então tinha sido o 75º lugar, registrado no ano passado. Em 4 anos, o Brasil caiu
33 posições, revelando o agravamento da crise econômica e o declínio da produtividade no país.
O ranking de 2016 avalia 138 países e foi divulgado nesta terça-feira (27) no Brasil pelo Fórum
Econômico Mundial em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC). O levantamento é uma espécie de
termômetro do nível de produtividade e das condições oferecidas pelos países para gerar oportuniades e
para que as empresas possam obter sucesso.
Após 4 anos consecutivos de perda de posições, o Brasil está, agora, abaixo de países como Albânia,
Armênia, Guatemala, Irã e Jamaica, além de ter ficado ainda mais atrás de países como Chile(que subiu
6 posições, para 51º lugar) África do Sul, México, Costa Rica, Colômbia, Peru e Uruguai. Veja lista
completa mais abaixo
O ranking é calculado a partir de dados estatísticos e de pesquisa de opinião realizada com executivos
dos 138 países participantes. Segundo o Fórum Econômico Mundial, 118 variáveis são analisadas e
agrupadas em 12 categorias: instituições, infraestrutura, ambiente macroeconômico, saúde e educação
primária, educação superior e treinamento, eficiência do mercado de bens, eficiência do mercado de
trabalho, desenvolvimento do mercado financeiro, prontidão tecnológica, tamanho de mercado,
sofisticação empresarial e inovação.
Fatores determinantes para a queda
O relatório destaca que a economia brasileira foi afetada no último ano pela deterioração de fatores
considerados básicos para a competitividade, como ambiente econômico, desenvolvimento do mercado
financeiro e, principalmente, capacidade de inovação.
"É como uma maratona, se você não corre, a turma toda passa na sua frente. E fomos ultrapassados
por muitos porque ficamos parados", diz Carlos Arruda, professor da FDC e coordenador da pesquisa no
Brasil. "O Brasil tem marco regulatório atrasado, infraestrutura deficiente e qualidade humana deficiente.
Isso tudo gera perda de produtividade", acrescenta.
Ele destaca entre as consequências da perda da competitividade, além da redução da atratividade
para investimentos, está a deterioração do mercado de trabalho e da renda.
A "boa notícia", segundo o coordenador da pesquisa, é que os indicadores apontam que o Brasil
chegou "ao fundo do poço". "Todos os indicados sugerem que o Brasil chegou na sua pior posição", diz
Carlos Arruda, citando a melhora dos índices de confiança e o ambiente político mais favorável para
aprovação de reformas e atração de investimentos.
"Se o país fizer reformas, melhorar a gestão pública, simplificar o marco regulatório, modernizar a
legislação trabalhista e previdenciária, isso terá um efeito fantástico na posição do Brasil. Foi o que
aconteceu com o México e está acontecendo com a Índia e a Colômbia. Esse é o 'para casa' do passado",
afirma o coordenador da pesquisa.

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27/09/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/09/brasil-cai-para-81-posicao-em-ranking-de-competitividade-de-
paises.html

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1270721 E-book gerado especialmente para SAMUEL AZEVEDO PIRES
Entre as oportunidades promissoras para o país, o relatório cita: a maior inserção internacional; espaço
para o investimento privado; a internacionalização das empresas brasileiras; nova pauta de inovação
tecnológica; e simplificação e modernização dos marcos regulatórios.
Já os principais desafios para se fazer negócios no Brasil apontados por executivos em pesquisa de
opinião foram: tributação, corrupção, leis trabalhistas e ineficiência da b urocracia estatal.
"O desenvolvimento da competitividade brasileira só será possível a partir da incorporação de
tecnologias, amadurecimento das empresas e empresários, aumento da produtividade e ganhos de
comércio internacional, desenvolvida e orientada via uma agenda clara e transparente", conclui o relatório.

Suíça e Cingapura lideram ranking


A edição 2016 do ranking não trouxe alterações nas 3 primeiras posições. A Suíça segue em 1º lugar
pelo oitavo ano consecutivo. Além de líderes em inovação e sofisticação, os suíços têm registrado taxa
de desemprego estável e ganhos reais de salário.
Cingapura e Estados Unidos seguem na 2ª e 3ª posições, respectivamente. Holanda e Alemanha
inverteram as posições, completando o top 5. Suécia e o Reino Unido aparecem na sexta e sétima
posições. Japão e Hong Kong caem duas posições cada, e Finlândia ficou em 10º lugar.
Entre as características comuns dos países líderes do ranking, o relatório destaca a capacidade de se
inserir na chamada quarta revolução industrial, caracterizada pelo desenvolvimento de tecnologias de
fronteira como computação cognitiva, robótica, internet das coisas, biotecnologia e impressão 3D.
O Chile é o país da América Latina mais bem posicionado, subindo do 35º para o 33º lugar, seguido
do Panamá (42º lugar).
China aparece na 28ª posição. Já a Índia ganhou 16 posições, saltando para o 39º lugar.

Os menos competitivos
Iêmen, Mauritânia, Chade, Burundi e Malaui ocupam, pela ordem, os últimos lugares do ranking.

Dívida pública sobe 3,1% em setembro e atinge patamar inédito de R$ 3 tri26


A dívida pública federal brasileira, que inclui os endividamentos interno e externo do governo, registrou
alta de 3,1% em setembro e chegou a R$ 3,04 trilhões, informou nesta terça-feira (25) o Tesouro Nacional.
É a primeira vez que a dívida supera o patamar de R$ 3 trilhões. Em agosto, o endividamento público
somava R$ 2,95 trilhões.
De acordo com o governo, o aumento está relacionado com a emissão líquida, ou seja, colocação de
títulos públicos no mercado acima do valor gasto com pagamento de títulos vencidos, além das despesas
com juros.
Em setembro, as emissões de títulos públicos somaram R$ 78,34 bilhões. Já o gasto com os títulos
vencidos totalizou R$ 16,36 bilhões. A diferença entre os dois valores, R$ 62 bilhões, é quanto a dívida
pública aumentou somente por conta da colocação de títulos no mercado.
Além disso, também houve no mês passado uma despesa com juros de R$ 29,74 bilhões - que
contribuiu para elevar a dívida na mesma proporção.

Programação para 2016


O atingimento da marca de R$ 3 trilhões para a dívida pública, que ocorreu em setembro, já era
esperada pelo Tesouro Nacional. A expectativa da instituição, divulgada no início deste ano, é de que a
dívida pública continuará avançando em 2016 e poderá chegar a R$ 3,3 trilhões no fim do ano.
Segundo o Tesouro, as necessidades brutas de financiamento da dívida pública neste ano, por meio
da emissão de títulos, são de R$ 698 bilhões, mas estão previstos R$ 108 bilhões em recursos
orçamentários. Com isso, a necessidade líquida de financiamento é de R$ 589 bilhões.

Dívida interna X externa


No caso da dívida interna, houve aumento de 3,21% em setembro, para R$ 2,92 trilhões. A queda
decorre do emissão líquida de papéis (acima dos vencimentos) no período e das despesas com juros -
que impulsionaram a dívida para cima em setembro.
No caso do endividamento externo, houve uma alta de 0,81% no mês passado, para R$ 126 bilhões.
O aumento ocorreu devido às despesas com juros, que somaram R$ 1,15 bilhão, que foram em parte
compensadas pelo resgate líquido de R$ 140 milhões em títulos da dívida externa.

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25/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/10/divida-publica-sobe-em-setembro-e-atinge-patamar-inedito-de-r-3-
trilhoes.html

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1270721 E-book gerado especialmente para SAMUEL AZEVEDO PIRES
Compradores
Os números do Tesouro Nacional também revelam que a participação dos investidores estrangeiros
na dívida pública interna voltou a cair em setembro. No mês passado, os investidores não residentes
detinham 14,97% do total da dívida interna (R$ 437 bilhões), contra 15,67% (R$ 443 bilhões) em agosto.
Com isso, os estrangeiros seguem na quarta colocação de principais detentores da dívida pública
interna em setembro, atrás dos fundos de previdência (24,26%, ou R$ 708 bilhões) - que seguem na
liderança -, das instituições financeiras (24,14% do total, ou R$ 704 bilhões), e dos fundos de investimento
(21,4% do total, ou R$ 625 bilhões).
Perfil da dívida
O Tesouro Nacional informou ainda que o estoque de títulos prefixados (papéis que têm a correção
determinada no momento do leilão) somou R$ 1,13 trilhão em setembro, ou 38,9% do total, contra R$
1,07 trilhão, ou 38,1% do total, em agosto. O cálculo foi feito após a contabilização dos contratos de swap
cambial.
Os títulos atrelados aos juros básicos da economia (os pós-fixados) também tiveram sua participação
elevada em setembro. No fim do mês passado, estes títulos públicos representavam 24% do volume total
da dívida interna em mercado, ou R$ 701 bilhões, contra 23,6% do total (R$ 668 bilhões) em agosto.
A parcela da dívida atrelada aos índices de preços (inflação) somou 32,8% do total em setembro deste
ano, ou R$ 958 bilhões, contra 33,2% do total em agosto de 2016 – o equivalente a também a R$ 940
bilhões.

Contratos de swap
Os ativos indexados à variação da taxa de câmbio, por sua vez, somaram 4,2% do total (R$ 122
bilhões) em setembro, contra R$ 143 bilhões (5,06% do total) em agosto deste ano.
Esta dívida atrelada ao dólar se deve à emissão, pelo Banco Central, de contratos de swap cambial –
que funcionam como uma venda de dólares no mercado futuro (derivativos) para evitar uma alta maior na
cotação do dólar.
Os swaps cambiais são contratos para troca de riscos. O BC oferece um contrato de venda de dólares,
com data de encerramento definida, mas não entrega a moeda. No vencimento deles, o BC se
compromete a pagar uma taxa de juros sobre valor dos contratos e recebe do investidor a variação do
dólar no mesmo período.
É uma forma de a instituição garantir a oferta da moeda norte-americana no mercado, mesmo que
para o futuro, e controlar a alta da cotação. Recentemente, a instituição informou que pretende emitir
menos destes contratos, o que tende a baixar o patamar da dívida atrelada à variação da taxa de câmbio.

Desemprego fica em 11,8% no 3º trimestre, indica Pnad do IBGE27


O desemprego ficou em 11,8% no trimestre encerrado em setembro, segundo dados divulgados nesta
quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa segue como a maior de
toda a série histórica da Pnad, que teve início em 2012. No trimestre encerrado em agosto, o índice
também ficou em 11,8%.
No terceiro trimestre de 2015, o índice havia atingido 8,9%. No período de abril a junho deste ano, a
taxa bateu 11,3%.
"É um trimestre que já se poderia dizer, em função da leitura de série histórica, que já deveria começar
a apresentar algum fôlego", disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
A população desocupada somou 12 milhões de pessoas – um aumento de 3,8% sobre o trimestre de
abril a junho de 2016 e de 33,9% frente ao mesmo trimestre de 2015.
"Você tem um aumento expressivo da desocupação, um aumento que é constante e significativo.
Chegamos a 12 milhões de pessoas desocupadas. Dados indicam um cenário complicado", afirmou
Azeredo.
A população ocupada atingiu 89,8 milhões de pessoas. O número mostra uma queda de 1,1% em
relação ao trimestre anterior e de 2,4% sobre o terceiro trimestre do ano anterior. "O contingente de
trabalhadores desce da marca de 90 milhões, que foi atingida pela primeira vez no segundo trimestre de
2013", disse o coordenador do IBGE.
Com o aumento do desemprego, caiu o número de empregados com carteira assinada. As
contratações formais recuaram 0,9% sobre o trimestre de abril a junho e 3,7% em relação ao observado
um ano atrás.
De acordo com o IBGE, ficaram estáveis – em ambas as comparações – os números relativos aos
empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (10,3 milhões de pessoas), dos

27
27/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/10/desemprego-fica-em-118-no-trimestre-encerrado-em-setembro.html

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trabalhadores domésticos (6,1 milhões de pessoas) e dos empregados no setor público (11,3 milhões de
pessoas).
O número de empregadores chegou a 4,1 milhões e mostrou crescimento expressivo de 10,1% em
relação ao trimestre de abril a junho de 2016. Frente a um ano atrás, não houve variação significativa.
A categoria das pessoas que trabalharam por conta própria (21,9 milhões de pessoas) apresentou
redução de 4,7% em relação ao trimestre de abril a junho de 2016 (menos 1,1 milhão de pessoas). Na
comparação com o trimestre de julho a setembro de 2015, a queda foi de 1,7% (menos 378 mil pessoas).
Na análise dos setores das pessoas que estão ocupadas, o IBGE destaca que, em relação ao trimestre
de abril a junho de 2016, foi registrada queda de 4,2% na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca
e agricultura, 3,7% na construção, de 1,8% no comércio, reparação de veículos automotores e
motocicletas e de 2,1% nos serviços domésticos.
De acordo com Azeredo, a indústria é o principal setor responsável pelo resultado negativo. "Em
relação ao ano passado, ela apresenta uma queda de 1,3 milhão de trabalhadores. E é importante
destacar esse comportamento da indústria, por ser um dos setores de atividades mais importantes e que
agregam um contingente de porte de trabalho de melhor qualidade. Ou seja, está na indústria o maior
número de trabalhadores com carteira assinada e é na indústria que apresenta a maior queda, desde o
início da crise, do contingente de carteira assinada”, destacou.

Salários
O rendimento médio real normalmente recebido pelos trabalhadores cresceu em relação ao trimestre
anterior e caiu sobre um ano antes ao chegar a R$ 2.015.
"Isso que parece ser uma notícia favorável [aumento] pode ser consequência da queda continuada da
carteira assinada e do trabalhador por conta própria. Ou seja, pode ter saído da ocupação quem tinha
renda mais baixa, aumentando então o rendimento médio."
Na comparação com o trimestre de abril a junho de 2016, o único rendimento médio que apresentou
alta foi o do grupamento de atividade da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca

Confiança econômica da zona do euro cresce em outubro28


A confiança econômica da zona do euro foi muito melhor do que o esperado em outubro, impulsionada
pelo maior otimismo na indústria e serviços, mostrou nesta sexta-feira (28) pesquisa mensal da Comissão
Europeia.
A Comissão disse que o indicador de confiança econômica subiu para 106,3 em outubro, ante 104,9
em setembro, bem acima das expectativas do mercado de uma pequena queda para 104,8.
Separadamente, o indicador de clima de negócios, também calculado pela Comissão, subiu para 0,55,
ante 0,44 em setembro, a leitura mais elevada desde julho de 2011.
As expectativas de preço de venda entre as indústrias aumentaram acentuadamente para 3,2 pontos
em outubro, ante 0,0 em setembro e -0,8 em agosto, aproximando-se da média de longo prazo de 4,7.
Entre os consumidores, no entanto, as expectativas de inflação para os próximos 12 meses
permaneceu fraca, caindo para 4.3 em outubro de 4,7 em setembro, e permanecendo bem abaixo da
média de longo prazo de 19.

Petrobras conclui compra de ativos na Argentina e Bolívia29


A Petrobras concluiu todas as etapas da aquisição de 33,6% da concessão de Rio Neuquen, na
Argentina, e de 100% do ativo de Colpa Caranda, na Bolívia, por um valor de US$ 56 milhões, após
ajustes, segundo comunicado ao mercado nesta sexta-feira (28).
O negócio está relacionado à venda, pela Petrobras, da totalidade de sua participação de 67,19% na
Petrobras Argentina (PESA) para a Pampa Energía, em transação concluída em julho com o pagamento
de US$ 897 milhões.
"Os ativos de Rio Neuquen e Colpa Caranda têm valor estratégico para a Petrobras", disse a estatal
brasileira no comunicado.

Exportações impulsionam alta anual do PIB dos EUA no 3° trimestre30


A economia dos Estados Unidos cresceu no ritmo mais rápido em dois anos no terceiro trimestre, com
a alta nas exportações e a recuperação do investimento em estoques compensando a desaceleração nos
gastos do consumidor.

28
28/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/10/confianca-economica-da-zona-do-euro-cresce-em-outubro.html
29
28/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2016/10/petrobras-conclui-compra-de-ativos-na-argentina-e-bolivia.html
30
28/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/10/exportacoes-impulsionam-alta-do-pib-dos-eua-no-3trimestre.html

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1270721 E-book gerado especialmente para SAMUEL AZEVEDO PIRES
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a uma taxa anual de 2,9% após expansão de 1,4% no segundo
trimestre, informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira (28) em sua primeira estimativa. Essa
foi a taxa de crescimento mais forte desde o terceiro trimestre de 2014.
Economistas consultados pela Reuters esperavam crescimento a uma taxa anual de 2,5% no terceiro
trimestre.
Apesar da moderação nos gastos do consumidor, o crescimento no terceiro trimestre poderia ajudar a
dissipar quaisquer preocupações de que a economia corre o risco de estagnar. Ao longo do primeiro
semestre do ano, o crescimento teve média de apenas 1,1%.
Embora o Federal Reserve esteja principalmente focado no emprego e na inflação, sinais de força
econômica darão suporte ao aumento da taxa de juros em dezembro. O banco central norte-americano
elevou seus juros em dezembro passado pela primeira vez em quase uma década.
Os gastos do consumidor continuaram sustentando a economia no terceiro trimestre, mesmo que o
ritmo tenha desacelerado ante os 4,3% no segundo trimestre. Os gastos do consumidor, que respondem
por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, subiram a uma taxa de 2,1%.
Um aumento nas exportações de soja ajudou a diminuir o déficit comercial no terceiro trimestre. As
exportações cresceram a uma taxa de 10%, o maior aumento desde o quarto trimestre de 2013. Como
resultado, o comércio contribuiu com 0,83 ponto percentual ao crescimento do PIB, após somar apenas
0,18 ponto percentual no trimestre entre abril e junho.
As empresas elevaram os gastos para refazer os estoques. Elas acumularam estoques a uma taxa de
US$ 12,6 bilhões no último trimestre, contribuindo com 0,61% para a expansão do PIB.

22,5% dos brasileiros não sabem o que farão com a 1ª parcela do 13º31
Pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) feita entre os dias 1º e 12 de outubro em
todo o país mostra que 22,5% dos brasileiros não sabem como aplicarão a 1ª parcela do 13º salário. É o
dobro do ano passado, quando os indecisos somavam 11,8%.
“Esse resultado gera incerteza sobre o desempenho do Natal. O varejo poderá ser beneficiado se os
indecisos resolverem comprar”, diz Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo
(ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). Segundo ele,
para que isso se concretize, o comércio precisa focar em ofertas, promoções e descontos, a fim de atrair
quem está indeciso.
A enquete da ACSP aponta que 42,5% dos consumidores usarão a primeira parcela para quitar débitos
– situação estável frente ao ano passado (41,2%).
Os que têm intenção de guardar o dinheiro somam 20%, contra 29,4% no ano passado. Já os que vão
gastar com presentes são 5% (8,8% em 2015).
Os que utilizarão o benefício para viajar são 2,5%, sendo que no ano passado eram 5,9%. Para Burti,
a parcela poderá aumentar se as agências investirem em pacotes promocionais e se o dólar continuar
em queda.
Reformar a casa deve ser opção de 2,5% dos brasileiros (2,9% em 2015). Embora a parcela seja
pequena, é significativa, o que se explica pela desistência de pessoas de comprar imóveis – optando pela
reforma, segundo a ACSP. Assim, é uma boa perspectiva para lojas de material de construção.

'Inflação do aluguel' acumula alta de 8,78% em 12 meses, diz FGV32


O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) fechou o mês de outubro em 0,16%, depois de avançar
0,20% em setembro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Um ano atrás, a variação foi de 1,89%.
No ano, de janeiro a outubro, o índice acumula alta de 6,63% e, em 12 meses, de 8,78%.
Usado no cálculo do indicador, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede os preços no
atacado, variou de 0,18% para 0,15%.
Já o índice que calcula os preços no varejo e é usado no IGP-M registrou variação de 0,17%, em
outubro, ante 0,16%, em setembro.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que também entra no cálculo do IGP-M, mas com
peso menor do que o dos outros, desacelerou, de 0,37% em setembro para 0,17%, no mês seguinte.

31
28/10/2016 Fonte http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2016/10/225-dos-brasileiros-nao-sabem-o-que-farao-com-1-parcela-
do-13.html
32
28/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/10/inflacao-do-aluguel-acumula-alta-de-878-em-12-meses-diz-fgv.html

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Leilão linhas de transmissão e subestações da Aneel é nesta sexta33
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realiza nesta sexta-feira (28) o leilão de 6,8 mil
quilômetros de linhas de transmissão e 16 subestações. A disputa deve ter início às 11h30 na sede da
BM&FBovespa, em São Paulo.
Estão sendo oferecidos 24 lotes de empreendimentos que vão passar por 10 estados: Bahia, Ceará,
Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.
Trata-se do primeiro grande leilão da Aneel sob o governo do presidente Michel Temer, o que faz do
certame uma espécie de teste do nível de disposição dos investidores em relação à investimentos de
infraestrutura no Brasil.
Se todos os lotes forem arrematados, a Aneel estima que deverão ser investidos R$ 12,6 bilhões na
construção dessas novas linhas e que elas devem entrar em operação num prazo de até 60 meses após
a assinatura dos contratos, prevista para fevereiro de 2017.
Regras do leilão
Pelas regras do leilão, o vencedor de cada lote será o grupo que se dispuser a receber a remuneração
mais baixa pela construção e operação da linha de transmissão em relação ao valor teto fixado pela
Aneel. O remuneração máxima de todos os lotes é de R$ 2,6 bilhões anuais. O concessionário vencedor
terá direito ao recebimento da chamada RAP (Receitas Anuais Permitidas) por 30 anos.
O teto de remuneração foi elevado pela Aneel para tornar os empreendimentos mais atrativos a
investidores. No leilão anterior, realizado em abril, o teto de remuneração foi de R$ 2,3 bilhões anuais e
10 dos 24 lotes ofertados não receberam propostas.
A Aneel adotou também para este leilão os chamados “lotes condicionantes” e “lotes condicionados”.
Caso o lote condicionante não receba nenhuma proposta financeira, os lotes que são condicionados a
ele não podem ser licitados. Essa mudança ocorreu por causa da interdependência entre os sistemas de
transmissão.
O edital manteve a proibição de participação de empresas que nos últimos três anos tenham um atraso
médio superior a seis meses na entrada de operação comercial de instalações de transmissão, que
tenham cometido no mesmo período três ou mais infrações por atraso na execução de obras de
transmissão, que sejam concessionárias ou permissionárias de distribuição de energia ou que estejam
em recuperação judicial ou extrajudicial.
Expectativas
A Aneel espera ter investidores para todos projetos, inclusive com competição em alguns deles. A
expectativa do mercado é de que haja maior interesse de investidores neste leilão, inclusive com disputa
entre empresas e presença de concorrentes não tradicionais, embora linhas vistas como mais complexas
por questões ambientais ou fundiárias ainda possam ficar sem proposta.
O receio de que não haverá participantes suficientes para todos lotes deve-se principalmente à
conjuntura econômica do país, que ainda apresenta condições muito limitadas de financiamento. O Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por exemplo, vai oferecer empréstimos a
custo de mercado para os participantes da licitação, e não mais pela Taxa de Juros de Longo Prazo
(TJLP).
Além disso, a estatal Eletrobras já avisou que não deverá participar do leilão, enquanto prioriza colocar
no prazo uma série de obras atrasadas de suas subsidiárias.

Lucro da Eletrobras cai para R$ 875 milhões no 3º trimestre34


A estatal Eletrobras apresentou lucro de R$ 875 milhões no terceiro trimestre, revertendo prejuízo no
mesmo período do ano passado, após contabilizar novas receitas relacionadas a indenizações devidas
pela União à companhia desde a renovação antecipada de seus contratos de concessão, segundo dados
divulgados nesta quinta-feira.
As indenizações decorrem de um pacote de medidas do governo para redução das tarifas de energia,
no final de 2012.
A companhia registrou um saldo contábil de R$ 1,499 bilhão ao incluir uma atualização monetária
referente a essas indenizações, cujo recebimento foi reconhecido em seu balanço do segundo trimestre.
No terceiro trimestre de 2015, o prejuízo da elétrica havia sido de R$ 4,225 bilhões.
As indenizações renderam também mais R$ 1,931 bilhão à Eletrobras devido à participação detida
pela estatal na transmissora de energia Cteep, que reconheceu o direito a compensações bilionárias em
seu balanço do terceiro trimestre.

33
28/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/10/leilao-da-aneel-de-linhas-de-transmissao-e-subestacoes.html
34
10/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2016/11/lucro-da-eletrobras-cai-para-r-875-milhoes-no-3-trimestre.html

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Com o resultado, a Eletrobras registra o segundo trimestre consecutivo de lucros, após acumular mais
de R$ 30 bilhões em perdas desde 2012
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) do trimestre subiu para R$ 3,237
bilhões, ante R$ 3,149 bilhões negativos no mesmo período de 2015.

Comissão aprova relatório e PEC do teto de gastos avança no Senado


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (9) o relatório do
senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) favorável à Proposta de Emenda à Constituição que estabelece um
teto para os gastos públicos. O placar da aprovação foi de 19 votos favoráveis e sete contrários – o
presidente do colegiado, José Maranhão (PMDB-PB), não vota.
Após aprovarem o texto-base, os senadores da comissão rejeitaram um destaque ao texto e
preservaram o conteúdo da proposta aprovada pela Câmara. O destaque queria estabelecer um
referendo popular para determinar se a proposta entraria ou não em vigor.
Depois de passar pela CCJ, a proposta seguirá para o plenário principal do Senado, onde passará por
dois turnos de votação. Para a medida, que já foi aprovada pela Câmara dos Deputados, entrar em vigor,
será necessário o apoio de, pelo menos, 49 senadores nas duas votações.
A medida estabelece que as despesas da União só poderão crescer conforme a inflação do ano
anterior e é considerada pelo governo um dos principais mecanismos para tentar reequilibrar as contas
públicas do país. Criticada pela oposição, a PEC foi apelidada de "PEC da maldade".
No início da manhã, alunos do Ensino Médio tentaram entrar no Senado para acompanhar a sessão.
Impedidos pela Polícia Legislativa, os manifestantes continuaram do lado de fora e tentaram barrar o
trânsito de pessoas e veículos.
No momento em que o texto era aprovado na CCJ, houve protesto nos corredores do Senado (veja
vídeo abaixo).

Relatório
No relatório, Eunício Oliveira diz que não identificou “qualquer violação” à Constituição na proposta
apresentada pelo governo Temer. Na visão do parlamentar peemedebista, a PEC é constitucional e “não
fere” a independência entre os poderes.
Em outubro, a Procuradoria Geral da República (PGR) afirmou, por meio de nota, que a proposta do
Executivo federal é “inconstitucional” porque “ofende” a independência dos poderes. A nota da PGR foi
rechaçada pelo Palácio do Planalto, que, à época, considerou a manifestação um ato corporativista.
“A PEC não ofende quaisquer princípios ou regras constitucionais, muito menos as chamadas
cláusulas pétreas. Ao contrário, [...] a proposta em análise se volta à realização de vários objetivos da
república, previstos na Constituição: garantir o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza e promover
o bem de todos”, afirma Eunício no parecer.
No relatório, Eunício também afirma que a PEC, diferentemente do que acusa a oposição, vai aumentar
os investimentos em saúde e educação.
“Em relação à saúde, o Novo Regime Fiscal elevará o piso em 2017, de 13,7% da Receita Corrente
Líquida para 15%. Considerando os valores atuais [...] esse aumento de percentual implicará elevação
do piso de gastos com saúde em cerca de R$ 9 bilhões já em 2017”, escreveu Eunício em trecho do
relatório.
Parlamentares da oposição, entretanto, argumentaram que a PEC representará o "congelamento" de
investimentos sociais, nas áreas de saúde e educação, e reclamam que a medida não deveria se estender
por 20 anos. Os oposicionistas alegam que a regra deveria ser mais flexível para se adaptar as mudanças
econômicas no país.

Emendas
Senadores oposicionistas apresentaram uma série de emendas (sugestões de alteração ao texto)
para, entre outros pontos, retirar os investimentos na área de saúde, educação e ciência e tecnologia do
teto de gastos.
Mas o relator Eunício Oliveira se posicionou contrariamente às possíveis modificações, alegando que
tais alterações iam de encontro aos objetivos da proposta.
“Saúde e educação são áreas essenciais para o desenvolvimento do país e bem-estar da população.
A PEC mantém a atual regra para o piso da Educação até 2017 e a partir daí estabelece um crescimento
pela inflação. Ao contrário de interpretações equivocadas que alardeiam que vamos tirar recursos da
educação e da saúde, isso não é verdade, não vamos tirar um centavo da saúde e da educação”, afirmou
Eunício.

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Senadores governistas são contrários a alterações do texto porque mudanças no teor da PEC
obrigariam que a medida voltasse para a Câmara. O Palácio do Planalto quer aprovar o texto ainda neste
ano para que as regras já comecem a valer em 2017.
Eunício também deu parecer contrário a uma emenda da senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM)
que sugeria a realização de um referendo de consulta à população para que o teto de gastos entrasse
em vigor. A parlamentar queria condicionar validade da PEC à aprovação da proposta por meio de
referendo pela população.
O relator propôs ainda a rejeição de emendas dos senadores Ângela Portela (PT-RR), José Pimentel
(PT-CE) e Humberto Costa (PT-PE) que pretendiam estabelecer na proposta um limite para o pagamento
de juros e encargos da dívida pública. Eunício afirmou que a diminuição da dívida pública é “essencial”
para a reorganização da economia do país.

Voto em separado
Contrário à proposta, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) apresentou, em nome de oposicionistas,
um voto em separado no qual recomendou a rejeição da PEC pela CCJ.
Para Requião, a proposta do teto de gastos apresenta diversas inconstitucionalidades. Uma delas está
no fato de a PEC retirar, na visão do senador paranaense, a prerrogativa que o presidente da República
tem de elaborar a peça orçamentária com autonomia, uma vez que deverá obedecer ao teto de gastos.
“Eliminar, como pretende a PEC 55, a possibilidade do chefe do poder Executivo legitimamente eleito
definir o limite de despesas de governo, significa retirar-lhe uma das principais prerrogativas de orçamento
e gestão. É o impeachment do próximo presidente da República”, afirmou Requião.
O parlamentar também disse que a proposta fere a Constituição ao limitar, a partir de 2018, os
investimentos em educação e saúde à inflação acumulada no ano anterior, uma vez que a Carta Magna
prevê um piso, baseado na arrecadação, de investimento nessas áreas. “O congelamento real significará
um gigantesco retrocesso à educação básica”, acrescentou Requião.
Apesar do voto em separado da oposição, prevaleceu a análise do relatório de Eunício Oliveira
favorável à proposta.

Bate-boca
Antes de o colegiado concluir a análise da PEC, os ânimos se exaltaram no plenário da comissão. Em
tom elevado, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) disse que o governo estava tentando recuperar a
economia que o PT durante 13 anos “quebrou”.
Também em tom elevado a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) defendeu a realização de um referendo
popular para que a PEC entre em vigor.
“Não é possível que nós, aqui nessa sala refrigerada, com ar condicionado, vamos votar contra os
direitos do povo brasileiro. Como que vocês se sentem fazendo uma coisa dessas? Tenham coragem e
decência de colocar essa proposta nas urnas”, bradou Gleisi.
Lindbergh Farias (PT-RJ) também protestou contra a proposta, afirmando que o ajuste fiscal está
sendo “feito em cima dos mais pobres”.

SOCIEDADE

Perdas e danos35
Há dez anos o Brasil aprovava um novo marco legal para o combate às drogas. A Lei 11.343/2006
nascia com a perspectiva de intensificar penas para o crime de tráfico e reduzir a criminalização dos
usuários. Seu efeito, porém, mostrou-se desastroso: cadeias superlotadas, mais mulheres nas prisões e
criminalização da população negra e pobre. Por outro lado, não há nenhum indicador de que as redes de
tráfico tenham sido coibidas.
De 2005 até dezembro de 2014, segundo dados do Ministério da Justiça, a população carcerária teve
um salto vertiginoso de 111,4%, ultrapassando a marca de 620 mil presos. Isso colocou o Brasil na
vergonhosa posição de quarto país com a maior população carcerária do mundo, atrás apenas dos EUA,
China e Rússia.
Em 2005, o porcentual de pessoas incriminadas por tráfico de drogas correspondia a 11% da
população carcerária. Em 2014, segundo dados do Infopen, esse número alcançou 27%. Se
considerarmos apenas as mulheres, o impacto foi ainda mais cruel: 64% das presas no Brasil respondiam
por tráfico de drogas.

35
23/08/16 – Fonte: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/08/23/opinion/1471971725_335436.html

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O grande responsável por essa desastrosa situação foi o aumento da pena mínima de três para cinco
anos, mesmo para pequenos traficantes. Soma-se a isso a relutância dos juízes em aplicar a diminuição
de pena para réus primários e a insistência no encarceramento, muito embora o Supremo Tribunal Federal
já tenha decidido que a equiparação a crime hediondo não impede a aplicação de penas alternativas,
como ocorre para outros crimes não violentos como o furto.
O resultado é uma distorção racista e classista, já enraizada na cultura brasileira, mas bastante
escancarada no sistema prisional: embora não existam dados sociodemográficos específicos dos presos
por tráfico de drogas, o perfil geral da população prisional brasileira é composto majoritariamente por
negros (61,6%) e de baixa escolaridade (oito em cada dez estudaram, no máximo, até o ensino
fundamental). O foco da atuação policial no combate à venda de drogas no varejo e ao transporte feito
por "mulas" faz com que um contínuo fluxo de jovens desempregados sejam levados ao sistema prisional
mesmo sem praticar qualquer ato violento, enquanto as grandes organizações têm seu complexo sistema
de comércio e corrupção inalterado.
A lógica militar de combate às drogas faz com que 90% das prisões por tráfico sejam em flagrante e
por pequenas quantidades. Esta pessoa provavelmente passará todo o processo no regime fechado de
prisão por suposto "perigo à ordem pública" - pautado não na violência da pessoa, mas na ideia abstrata
do "inimigo traficante" produzida pela mídia. A guerra às drogas é a grande responsável por manter em
prisão provisória, ou seja, sem julgamento definitivo, 40% dos atuais presos do Brasil.
Em uma década, o Brasil acumulou conhecimento e dados suficientes para deixar claro que sua
política antidrogas vem promovendo um violento massacre às populações mais vulneráveis e tornado
cada vez mais insustentável o sistema prisional. Existe uma demanda crescente dentro e fora do país
para a revisão da abordagem proibicionista e tratamento da questão dentro de seu devido lugar, que é a
saúde pública.
Nesse sentido, o STF (Supremo Tribunal Federal) tem em suas mãos uma oportunidade histórica.
Ainda nesse semestre deve ser retomado o julgamento sobre o Recurso Extraordinário nº 635.659, da
Defensoria Pública de São Paulo, que discute a descriminalização do porte de drogas para consumo
pessoal.
Esperamos que os ministros do Supremo assumam para a si a responsabilidade de corrigir essa
distorção, deixando de punir usuários e abrindo caminho para uma política de drogas menos violadora,
menos encarceradora e menos seletiva.

Japonês da Federal é preso em Curitiba por facilitar contrabando36


O policial federal Newton Ishii, chamado de Japonês da Federal e que ficou conhecido durante a
Operação Lava Jato, foi preso na terça-feira (07/06/2016), em Curitiba. Ele foi condenado pelo crime de
facilitação do contrabando. O processo transitou em julgado, ou seja, não cabe recurso.
O mandado foi expedido pela Vara de Execução Penal da Justiça Federal, em Foz do Iguaçu, no oeste
do Paraná. Ao saber da decisão, Ishii se apresentou espontaneamente na Superintendência da Polícia
Federal da capital paranaense, onde continuava detido nesta manhã de quarta-feira (08/06/2016).
De acordo com o advogado do agente, Oswaldo de Mello Junior, Ishii foi condenado a quatro anos,
dois meses e 21 dias em virtude da Operação Sucuri, que descobriu envolvimento de agentes na
entrada de contrabando no país.
As investigações mostraram que os agentes facilitavam a entrada de contrabando no país, pela
fronteira com o Paraguai, em Foz do Iguaçu.

Mais de 5.200 migrantes morreram no mundo neste ano, diz OIM37


Mais de 5.200 migrantes morreram até agora este ano em todo o mundo, um número em alta de 20%
em relação ao mesmo período do ano passado, anunciou nesta sexta-feira (28) a Organização
Internacional para as Migrações (OIM).
De um total de 5.238 mortes, 3.930 pessoas morreram tentando cruzar o Mediterrâneo, 170 a mais
que durante todo o ano de 2015, informa a agência com sede em Genebra em um comunicado.
O Alto Comissariado para os Refugiados das Nações Unidas (ACNUR) anunciou na quarta-feira um
balanço diferente, de mais de 3.800 mortos no Mediterrâneo desde janeiro, indicando que é um recorde
em comparação a 2015.
A rota marítima mais perigosa continua sendo a que leva para a Itália. Esta semana, mais de 280
migrantes morreram em barcos que partiram da Líbia para a Itália, de acordo com a OIM.

36
08/06/2016
Fonte: http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/06/japones-da-federal-e-preso-em-curitiba.html-Adaptado
37
28/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/10/mais-de-5200-migrantes-morreram-no-mundo-este-ano.html

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Este balanço de mortos e desaparecidos no mundo significa que 13 migrantes morreram a cada dia
em 2016, enfatiza a agência. Os corpos de mais de 60% deles não foram encontrados.
A OIM também observou que mais de 500 migrantes morreram na América Latina, citando o caso de
87 hondurenhos, 10 deles crianças, que morreram ao tentar atravessar o México entre 1º de janeiro e 23
de outubro.

Paris abre 1º centro humanitário para receber migrantes38


Paris inaugurou nesta quinta-feira (10) o 1º centro humanitário para migrantes e refugiados, como parte
das medidas adotadas pelas autoridades francesas para evitar a formação de acampamentos informais
nas ruas.
O centro instalado em uma antiga estação ferroviária ao norte da capital, com capacidade para 400
pessoas, receberá migrantes durante cinco a 10 dias.
Destinado apenas para homens, o centro acolherá por dia de 50 a 80 pessoas, o que corresponde ao
número de migrantes que chegam diariamente a Paris.
Lá, os migrantes poderão passar por exames médicos, receber ajuda psicológica e assistência jurídica,
antes da transferência para outras instalações, de acordo com a situação pessoal.
"A ideia é criar um lugar onde cada migrante poderá ser recebido de forma digna e humana", afirmou
a associação humanitária Emmaüs, que administrará o local.
Os migrantes receberão informações sobre seus direitos e como proceder para obter asilo.
"Também vamos propor uma ajuda de retorno voluntário a seus países", explicou Didier Leschi, diretor
do Escritório Francês de Imigração e Orientação (Ofii).
Um segundo estabelecimento destinado a mulheres e famílias com filhos será inaugurado no início de
2017 na periferia sudeste da capital.
A Europa vive sua pior crise migratória desde a Segunda Guerra Mundial, com a chegada de 1,5 milhão
de migrantes que cruzaram o Mediterrâneo desde 2014, fugindo da guerra e da pobreza.
A França foi considerada durante muito tempo um país de trânsito. Em 2015 recebeu 80.000 pedidos
de asilo, contra quase um milhão na Alemanha. Mas este ano, o número de solicitações deve alcançar
100.000.
Apesar do aumento ser considerado modesto na comparação com outros países, as autoridades se
viram obrigadas a criar de forma urgente novas estruturas de abrigo.
O centro, em uma antiga área industrial de 10.000 metros quadrados, está dividido em oito
departamentos com 50 vagas cada. Cada estrutura tem 12 cabines de madeira com calefação e cama,
sala de jantar e banheiro. Também serão disponibilizadas áreas de lazer, com mesas de pingue-pongue
e totó.
O projeto tem valor total de 16,4 milhões de euros entre o investimento e os custos operacionais.
Para a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, filha de imigrantes da Andaluzia, o centro é "uma alternativa
digna" para que os migrantes não permaneçam nas ruas.
As autoridades desmantelaram na semana passada um grande acampamento improvisado ao
nordeste da capital com mais de 3.800 pessoas.
Em outubro, a polícia desalojou a 7.000 migrantes, incluindo 2.000 menores de idade, de um
acampamento de migrantes em Calais, norte da França, onde as pessoas viviam em condições
miseráveis à espera de uma oportunidade para tentar chegar ao Reino Unido.
A seis meses da eleição presidencial, a questão dos migrantes e refugiados se tornou um tema central
da campanha.
O governo do presidente François Hollande, que bate recordes de impopularidade, tenta demonstrar
que controla a situação.

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Desemprego no Japão cai para 3% em julho, melhor resultado em 20 anos39


A taxa de desemprego no Japão caiu em julho um décimo de ponto percentual, para 3%, o que
representa o melhor resultado do país nas duas últimas décadas, segundo o governo. Esta é a taxa de
desemprego mais baixa no Japão desde maio de 1995, afirmou um porta-voz do Ministério do Interior e
Comunicações.

38
10/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/11/paris-abre-1-centro-humanitario-para-receber-migrantes.html
39
30/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/08/desemprego-no-japao-cai-para-3-em-julho-melhor-resultado-em-20-
anos.html

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O dado correspondente ao sétimo mês do ano está um décimo acima da maioria das previsões feitas
pelos economistas. O número de pessoas sem emprego em julho foi de 2,03 milhões, o que representa
190 mil pessoas ou 8,6% a menos que no mesmo mês de 2015.
O número de pessoas empregadas aumentou em 980 mil (ou 0,3%) em relação a julho do ano
passado, para 64,79 milhões. Para cada 100 solicitantes de emprego, foram oferecidos no Japão em julho
137 postos de trabalho, mesmo número que em junho. O dado volta a ressaltar a extrema rigidez vivida
pelo mercado de trabalho japonês.
No entanto, o dado recorde foi afetado pela divulgação simultânea da despesa das famílias japonesas
também em julho, mês no qual caiu, em termos reais, 0,5% em taxa anualizada. Embora este retrocesso
do indicador - o quinto consecutivo - seja menor do que o previsto pelos analistas, o número destaca o
enfraquecimento da demanda interna, principal motor da terceira maior economia mundial, e a aparente
incapacidade do governo japonês para virar esta tendência. A maioria dos economistas consultados nesta
terça-feira (30/08/16) pelo jornal econômico "Nikkei" situam as razões por trás desta situação na ausência
de aumentos salariais significativos, apesar da melhora do mercado de trabalho motivada pelas
perspectivas pessimistas, que proporcionam um menor crescimento econômico no país este ano. A
despesa média mensal das famílias com dois ou mais residentes foi de 278.067 ienes (US$ 2.731). A
renda média por família assalariada caiu 1,8% (taxa anualizada) em julho, para 574.227 ienes (US$
5.639).

Vai a 247 o nº de mortos após forte terremoto na Itália40


O número de mortos após o forte terremoto que atingiu a região central da Itália na quarta-feira
(24/08/16) subiu para 247, informou a Defesa Civil nesta quinta (25/08/16), 27 horas após o tremor. O
último balanço aponta ainda que 350 ficaram feridos e centenas seguem desaparecidos.
O tremor matou, por enquanto, 190 na província de Rieti e 57 na província de Ascoli. As buscas por
sobreviventes não tem previsão de interrupção durante a madrugada, segundo as autoridades.
Escavadeiras estão sendo usadas nos maiores desmoronamentos, mas em diversos pontos bombeiros
e socorristas usam as próprias mãos para retirar escombros e tentar alcançar vítimas.
Na cidade de Accumoli, cerca de 150 sobreviventes passaram a primeira noite após o terremoto em
um abrigo improvisado em um parque público, onde voluntários também estavam recebendo doações. O
município fica no alto de uma colina e sofreu graves danos, com o desabamento de várias casas e
rachaduras nas ruas. Sem luz, os moradores também foram obrigados a enfrentar baixas temperaturas
durante a madrugada.

Mais de 4 mil migrantes morreram até julho no Mediterrâneo41


Mais de 4 mil migrantes e refugiados perderam a vida durante o ano, o que representa um aumento
de 26% em relação ao mesmo período de 2015, anunciou nesta terça-feira (02/08/16) a Organização
Internacional para as Migrações (OIM). Um total de 4.027 migrantes morreram quando tentavam cruzar
o Mediterrâneo, mas também nas estradas do norte da África e na fronteira entre Turquia e Síria, informa
um comunicado da agência com sede em Genebra. Deles, 3.120 pessoas morreram no Mediterrâneo
entre 1º de janeiro e 31 de julho deste ano, segundo a OIM.
A rota marítima mais perigosa continua sendo a travessia à Itália, que deixou 2.692 mortos, muito à
frente dos itinerários à Grécia (383 mortos) e à Espanha (45 mortos). Quanto aos desaparecidos no
Mediterrâneo, a OIM aumentou nesta terça-feira o balanço após a descoberta recente de 120 corpos nas
praias da cidade líbia de Sabrata. A organização e a guarda-costeira líbia não souberam informar se estes
desaparecimentos se devem a um ou a vários naufrágios de embarcações de migrantes. Além do
Mediterrâneo, o norte da África foi neste ano a região mais perigosa, com 342 migrantes mortos.

Em carta ao bloco, Serra diz que presidência do Mercosul está vaga42


O ministro das Relações Exteriores, José Serra, enviou carta aos chanceleres do Ururguai, Argentina
e Paraguai na qual declara que o Brasil considera vaga a presidência do Mercosul. Na última sexta-feira
(29/07/16), o Uruguai, então ocupante do cargo, afirmou que seu período na presidência do bloco havia
terminado, sem transferir o mandato para um país sucessor. A sucessora seria a Venezuela. A
presidência pro tempore do Mercosul muda de seis em seis meses, na ordem alfabética dos países. No
entanto, Brasil, Argentina e Paraguai são contra a presidência dos venezuelanos. Na carta, Serra disse
que a Venezuela não preenche requisitos para presidir o Mercosul.

40
25/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/08/vai-247-o-n-de-mortos-apos-forte-terremoto-na-italia.html
41
02/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/08/mais-de-4-mil-migrantes-ate-julho-de-2016.html
42
02/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/08/em-carta-ao-bloco-serra-diz-que-presidencia-do-mercosul-esta-vaga.html

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Proposta da Argentina
Nesta segunda-feira (1/08/2016), a Venezuela rejeitou a reunião de coordenadores proposta pela
Argentina visando resolver as divergências em torno da presidência do Mercosul.
A Argentina propõe que seja feita uma reunião de coordenadores, com representantes de Brasil,
Paraguai e da própria Argentina, para destravar as divergências sobre a Venezuela assumir a presidência
do bloco.

Entenda as diferenças entre União Europeia, zona do euro e espaço Schengen43


Em um referendo histórico realizado no dia 23 de junho de 2016, os britânicos votaram pela saída do
Reino Unido da União Europeia, bloco econômico do qual o Estado começou a fazer parte em 1973. Essa
é a primeira vez em que um membro da UE opta por sair do bloco europeu - decisão que tem muito
potencial para influenciar a geopolítica mundial nos próximos anos.
O Reino Unido já não fazia parte de outros dois acordos característicos da União Europeia: a zona do
euro e o espaço Schengen. Entenda, a seguir, quais são as diferenças entre cada um deles.
União Europeia: é uma união econômica e política formada atualmente por 27 países europeus. Ela
tem suas origens na Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) e na Comunidade Econômica
Europeia (CEE), organizações internacionais formadas pela França, Itália, Alemanha Ocidental, Bélgica,
Holanda e Luxemburgo nos anos 50.
Tratado de Maastricht: a União Europeia do modo como conhecemos hoje foi instituída em 1993 com
o Tratado de Maastricht. A partir dele, foram estabelecidas metas de livre circulação de mercadorias, de
pessoas, de serviços e de capitais, tendo como objetivo a estabilidade política do continente europeu.
Mercado e política: o mercado comum da UE possui um sistema de políticas de regulamentação que
são aplicadas a todos os seus Estados-membros. O bloco econômico também possui diversos tratados
e leis em comum. O conselho da União Europeia é a instituição da UE onde os ministros de cada Estado-
membro aprovam leis e coordenam políticas internas e externas. Sua sede fica em Bruxelas, cidade que
é considerada a capital da União Europeia.
Zona do euro: já a zona do euro, em que é adotada como moeda comum o euro, foi criada somente
em 1998. Ela não é composta por todos os países que fazem parte da União Europeia – atualmente,
apenas 19 dos 27 Estados-membros da UE utilizam o euro como moeda. É o caso, por exemplo, da
República Tcheca, que faz parte da UE mas utiliza como moeda a coroa tcheca(CZK). Existem ainda
alguns pequenos países que não fazem parte da UE oficialmente mas que utilizam o euro, como é o caso
de Andorra, Mônaco e do Vaticano.
Critérios: a criação do euro teve como intenção fortalecer a economia dos países que o adotassem
como moeda e também facilitar e ampliar as relações comerciais entre países da UE. No entanto, foram
estabelecidos alguns critérios para adesão à moeda – o país que desejar aderir ao euro deve ter alta
estabilidade nos preços e não apresentar déficit excessivo no orçamento nacional, por exemplo.
Espaço Schengen: é a área resultante de uma políticade abertura de fronteiras, ou seja, onde a
circulação de pessoas é livre. Ele coincide com grande parte do território da União Europeia – atualmente,
apenas a Irlanda e Reino (que atualmente estuda um processo de saída da EU) integram o bloco e não
assinaram o acordo de Schegen. Além disso, Islândia, Noruega e Suíça, que não são Estados-membros
da UE, fazem parte do acordo.
Fronteiras: dentro do espaço Schengen, as viagens entre um país e outro são consideradas
domésticas. Por isso, não há obrigatoriedade de controle de passaporte nas fronteiras, a não ser quando
se chega de um país de fora ou quando se deixa a zona Schegen.
Documentos: cidadãos residentes dos países que fazem parte do espaço Schengen podem viajar
dentro da zona sem passaporte, portanto apenas um documento de identidade. Os turistas, no entanto,
devem portar obrigatoriamente o passaporte.
Estado de emergência: em casos de risco para a segurança nacional de algum país, é possível que
ele reative o controle das suas fronteiras mesmo dentro do espaço Schengen. É o caso da França, por
exemplo, que decretou um estado de emergência para o país após os atentados terroristas de novembro
de 2015. Com essa medida, a polícia francesa voltou a fazer controle de passaporte tanto na entrada
quanto na saída do país, independentemente da origem ou destino do viajante.

O Reino Unido decidiu sair da União Europeia. E agora?44


Aconteceu: o Reino Unido decidiu em referendo que não quer mais ser parte da União Europeia (UE).

43
22/07/2016 – Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/atualidades/entenda-diferencas-uniao-europeia-zona-euro-espaco-
schengen-961601.shtml
44
24/06/2016 – Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/atualidades/reino-unido-votou-sair-uniao-europeia-agora-956652.shtml

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Ninguém sabe exatamente o que acontece agora, e esse é justamente o problema. Os mercados
reagiram levando a libra para seu menor nível em 31 anos e derrubando as ações europeias.
O primeiro-ministro David Cameron renunciou e o próprio país pode se desfazer. O "fico" ganhou na
Escócia, que se sente traída, já que os riscos econômicos pesaram na sua decisão de ficar dentro do
Reino Unido em outro referendo, realizado em setembro de 2014. A maioria da população da Irlanda do
Norte também votou por permanecer no bloco, e o partido político Sinn Féin já defende uma votação no
país para decidir sobre uma possível unificação com a República da Irlanda, que não faz parte do Reino
Unido e faz parte da UE.
Em pesquisa antes da votação, 88% dos economistas britânicos concordaram que a economia
britânica seria prejudicada pela Brexit [junção das palavras em inglês Britain (Grã-Bretanha) e exit
(saída)]. Na semana passada, 10 vencedores do Nobel divulgaram uma carta alertando para
consequências graves e duradouras.
A economia do país é bastante dependente do comércio internacional e 44% dos bens e serviços
exportados pelo Reino Unido têm a União Europeia como destino. Sair da UE dispara negociações não
só com o resto do continente mas também com cerca de 50 países que têm acordos com o bloco, além
de novas tarifas e barreiras.
É razoável supor que a União Europeia vai dificultar a vida dos britânicos, sob risco de estimular a
debandada demais países. O comércio provavelmente continuará intenso, mas não como antes. Isso
aumenta a incerteza e os custos no curto prazo, especialmente para setores como o financeiro. Não por
acaso, os grandes bancos trabalharam sem parar durante a apuração prevendo uma "catástrofe".

Risco para a União Europeia


"Acreditamos que as implicações para a UE (União Europeia) e a União Monetária Europeia são pelo
menos tão importantes do que para o Reino Unido", diz nota assinada pelo banco inglês Barclays em
janeiro.
A saída do país desperta novamente o temor de dissolução do bloco que tanto assustou os mercados
no pico da última crise do euro.
"O precedente de um estado membro saindo da união abriria a caixa de Pandora: poderia ser usado
como argumento político por partidos extremos e populistas, tanto da direita quanto da esquerda, para
pressionar por uma saída da UE, incluindo em alguns países do euro", diz o texto.

Previsões para o Reino Unido


De acordo com um relatório do think tank independente Open Europe, tudo depende do que o Reino
Unido fará com essa tal liberdade.
Ao decidir sair do bloco, o país perde o poder de voto e a partir daí é o bloco que estabelece o
calendário e os termos do rompimento.
No melhor cenário, o país consegue não apenas manter o livre comércio com a Europa mas também
se abre ainda mais para o resto do mundo. Nesse caso, o PIB seria 1,6% maior em 2030. No pior cenário,
sem acordo algum, o PIB cairia 2,2% no mesmo horizonte. O mais provável, no entanto, é alguma
combinação das duas coisas - colocando as estimativas numa janela mais realista entre perda de 0,8%
e ganho de 0,6%.
Tudo depende também do comportamento da economia europeia nas próximas décadas. Se ela
superar seus desafios e voltar a apresentar dinamismo, o custo da separação aumenta para a Grã-
Bretanha - e vice-versa.
Nenhum país saiu por livre e espontânea vontade da União Europeia até hoje. A Grécia quase saiu
algumas vezes, mas por causa de crises de liquidez e negociações tensas sobre pacotes de resgate, não
por um ato de vontade dos gregos.
"Se o Reino Unido colocasse tanto esforço em reformar a UE como teria de fazer para sair dela com
sucesso, tanto o país quanto a UE ficariam bem melhores", diz o relatório.

Grã-Bretanha é o mesmo que Reino Unido?


O termo "Grã-Bretanha" muitas vezes é usado como sinônimo de "Reino Unido", mas isso não é
inteiramente correto. Grã-Bretanha é o nome da grande ilha onde ficam apenas três dos quatro países
que formam o Reino Unido: Inglaterra, País de Gales e Escócia. O quarto membro, a Irlanda do Norte,
fica em outra ilha: a ilha da Irlanda, onde fica também a República da Irlanda - está um Estado
independente que não realizou referendo e continua fazendo parte da União Europeia. No mapa abaixo,
a área em destaque, amarela, representa o Reino Unido.

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Começa cessar-fogo do governo colombiano e as Farc45
O esperado cessar-fogo e de hostilidades bilateral e definitivo entre o governo colombiano e a guerrilha
das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) começou à 0h (horário local, 2h em Brasília)
desta segunda-feira (29/08/2016).
"Neste 29 de agosto começa uma nova história para a Colômbia. Silenciamos os fuzis. Acabou a guerra
com as Farc!", escreveu à meia-noite o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, em sua conta no
Twitter.
O fim das hostilidades é um marco na história da Colômbia que durante 52 anos viveu o conflito armado
com esse grupo guerrilheiro, o maior do país, uma disputa que se calcula deixou 7 milhões de vítimas e
cerca de 260 mil mortos.
Fruto do acordo de paz assinado em Havana na quarta-feira (24), Santos anunciou no dia seguinte
que tinha ordenado iniciar o cessar-fogo a zero hora de hoje. "Quero informar aos colombianos que como
chefe de Estado e como comandante-em-chefe de nossas Forças Armadas, ordenei a cessação de fogo
definitivo com as Farc a partir de zero hora da próxima segunda-feira, dia 29 de agosto", disse na ocasião
o presidente.
Neste domingo (28), o chefe das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como "Timochenko",
confirmou o início do cessar-fogo em declaração feita na capital cubana.
"Em minha condição de comandante do Estado-Maior Central das Farc-EP ordeno a todos nossos
comandantes, a todas nossas unidades, a todos e cada um de nossos e nossas combatentes a cessar o
fogo e as hostilidades de maneira definitiva contra o Estado colombiano a partir das 24h da noite de hoje",
leu o máximo chefe da guerrilha.
No primeiro minuto de hoje, as mensagens relativas ao início do cessar-fogo inundaram as redes
sociais para anunciar o que se denominou popularmente de um "novo amanhecer" para o país.
"A partir desta hora os colombianos começam a viver um momento histórico e desejado por anos
#AdiosALaGuerra", publicou a Chancelaria na rede social.
Desde o dia 20 de julho do ano passado regia no país o último cessar-fogo unilateral das Farc como
medida para gerar confiança no processo de paz, que foi respondido pelo governo com a suspensão de
bombardeios a acampamentos dessa guerrilha, o que reduziu de maneira considerável a intensidade do
conflito.

Acordo histórico
O acordo com as Farc, grupo armado desde 1964 e maior guerrilha da Colômbia, permitirá superar em
grande parte um confronto que já deixou 260 mil mortos, quase 7 milhões de deslocados e 45 mil
desaparecidos.
Entretanto, ainda estão ativos o Exército de Libertação Nacional (ELN) e grupos de crime organizado
dedicados ao tráfico e à mineração ilegal. Além das Farc e do ELN, na chamada guerra interna da
Colômbia, participaram agentes do Estado e grupos paramilitares de extrema-direita.
Um setor influente na Colômbia, liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010), se opõe
firmemente ao decidido em Havana por considerar que deixará crimes das Farc sem punição.
O acordo é histórico porque desde 1983 o país fracassou em três tentativas de negociar a paz, como
informa o jornal "El Tiempo". Essas tentativas ocorreram durante os governos de Belisario Betancur,
César Gaviria e de Andrés Pastrana.
Após o anúncio, o presidente americano Barack Obama falou ao telefone com Juan Manuel Santos
para o parabenizar pelo acordo. "O presidente reconheceu este dia histórico como um momento crítico
no que será um longo processo para implementar totalmente um acordo de paz justo e duradouro que
pode fazer avançar a segurança e a prosperidade ao povo colombiano", diz o comunicado da Casa
Branca.

População da Colômbia rejeita acordo de paz com as Farc46


Contrariando as expectativas, a população da Colômbia rejeitou o acordo de paz entre o governo e as
Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em um plebiscito no domingo (02/10/2016).
Com 99,8% das urnas apuradas, o "não" obteve 6.429.730 votos, que equivalem a 50,23% do total,
enquanto o "sim", que começou liderando a apuração, alcançou 6.370.274, que representam 49,76%, de
acordo com o Registro Nacional do Estado Civil.
As pesquisas antes da votação indicavam que o “sim” ganharia com relativa tranquilidade. Uma
consulta do instituto de pesquisas Datexco feita para o jornal "El Tiempo", de Bogotá, e a emissora W

45
29/08/2016 Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/08/comeca-cessar-fogo-do-governo-colombiano-e-as-farc.html
46
02/10/2016 Fonte:http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/10/populacao-da-colombia-rejeita-acordo-de-paz-com-farc.html

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Radio, com 2.019 pessoas, apontava que o "sim" liderava com 59,5% dos entrevistados dizendo que são
a favor do acordo, enquanto 33,2% afirmavam se inclinar pelo "Não". Outros 4,7% se diziam indecisos e
2,6% não opinaram.
Apesar da rejeição, os dois lados envolvidos reiteraram a disposição de manter a paz. Em Havana, o
líder das negociações pelas Farc, Rodrigo Londoño Echeverri, mais conhecido como Timochenko, disse
pouco depois da divulgação do resultado que "as Farc mantêm sua vontade de paz e reiteram sua
disposição de usar somente a palavra como arma de construção para o futuro". Ele afirmou ainda que
"com o resultado de hoje, sabemos que nosso desafio como movimento político é maior e requer que
sejamos mais fortes para construir uma paz estável e duradoura".
Timochenko encerrou sua declaração com uma mensagem positiva, dizendo que "ao povo colombiano
que sonha com a paz, que conte conosco. A paz triunfará".
Já o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse respeitar a "decisão democrática" e afirmou
que "buscará a paz até o último minuto" de seu mandato. Em um pronunciamento à população, ele
acrescentou que "o cesar fogo e de hostilidades bilateral e definitivo segue vigente e assim continuará".
Ele informou ainda que os chefes da negociação regressarão a Cuba já na segunda-feira e voltarão a
dialogar com os representantes das Farc.
De acordo com especialistas ouvidos pelo "El Tiempo", a decisão final sobre a manutenção da paz
recairia sobre as mãos da Farc, que não parece disposta a retomar o confronto. Além de já ter entregue
armas, a organização também anunciou a decisão de compensar financeiramente suas vítimas e mantém
sua decisão de seguir sua luta politicamente, através de um partido legalmente constituido.
A Anistia Internacional lamentou o resultado do plebiscito. "Hoje entra para a história como o dia em
que a Colômbia deu as costas ao que poderia ter sido o fim de um longo conflito de 50 anos, que devastou
milhões de vidas", disse Erika Guevara-Rosas, diretora para as Américas da AI, segundo a agência EFE.

Itália enfrenta problema de realojar 4 mil pessoas depois de terremoto47


Mais de 4 mil pessoas passaram a segunda noite fora de suas casas depois dos fortes terremotos de
quarta-feira (26) passada no centro da Itália, segundo dados da Defesa Civil do país.
Os terremotos não causaram vítimas, nem grande devastação na região afetada, mas prejudicaram
milhares de casas nas quais não se pode entrar.
Os danos e os problemas se somam à situação que já se tinha criado depois do terremoto do dia 24
de agosto com um epicentro a 50 quilômetros e que devastou povoados inteiros e causou 297 mortos.
Segundo os dados da Defesa Civil, foram atendidas cerca de 4 mil pessoas de Camerino, Visso, Ussita
e Castelsantangelo sul Nera, as localidades do epicentro dos tremores, mas o dado é aproximado, já que
centenas ainda dormem em seus carros ou em casas de familiares.
Para os deslocados foram organizados ginásios de esportes, alguns acampamentos com tendas, ou o
depósito de ônibus, no caso de Camerino.
Cerca de 800 pessoas foram transferidas ontem para vários hotéis das localidades do litoral Adriático,
porque a solução a qual as autoridades escolheram é a de não montar mais acampamentos devido ao
intenso frio que castiga esta região aos pés dos Apeninos.
"A situação é dramática. Temos milhares de desalojados, cerca de 5.000, derrubadas e estradas
cortadas. São danos muito disseminados por toda a região que se somam aos que já causou o (terremoto)
do dia 24 de agosto", explicou o diretor do Departamento de Bombeiros, Bruno Frattasi, em entrevista ao
jornal "Il Messaggero".
Em relação ao terremoto do dia 24 de agosto, os danos são menores e o primeiro terremoto fez com
que o povo abandonasse suas casas "e provavelmente isto salvou muitas vidas", explicou Frattasi.
Segundo os dados dos bombeiros são cerca de 20 povos, entre eles Camarim com mais de 6.000
habitantes e outros 6.000 estudantes universitários, os que sofreram grandes danos.
A isto se unem colégios fechados em todas estas localidades e na maior parte da região de Las
Marcas, assim como uma atividade comercial e turística completamente destroçada.

'Palhaços macabros' começam a se espalhar pelo norte da Europa48


A sombra da febre dos "palhaços macabros" começa a pairar sobre o norte da Europa com a chegada
do Dia das Bruxas, e os casos, que vão da brincadeira de mau gosto ao ataque indiscriminado com facas,
se multiplicam da Suécia até a Alemanha.
Já existem dezenas de incidentes registrados, o medo se espalha e também cresce a lista daqueles
que ficaram feridos por causa deste "comportamento sinistro", que começou nos Estados Unidos,
47
28/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/10/italia-enfrenta-problema-de-realojar-4-mil-pessoas-depois-de-
terremoto.html
48
28/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/10/palhacos-macabros-comecam-se-espalhar-pelo-norte-da-europa.html

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baseado no subgênero de filmes de terror nascido com a versão cinematográfica de "It: Uma Obra Prima
do Medo", um livro Stephen King.
O episódio mais grave registrado nestes países ocorreu há alguns dias em Varberg, no oeste da
Suécia, quando um homem disfarçado de palhaço esfaqueou, sem falar nenhuma palavra, um jovem e
fugiu provocando ferimentos leves no ombro.
Em Aachen, no oeste da Alemanha, um jovem ciclista ficou ferido no último final de semana ao cair de
sua bicicleta após ser assustado por um palhaço macabro que saltou dos arbustos.
Na cidade dinamarquesa de Frederiksvaerk, no norte de Copenhague, outro palhaço sinistro provocou
na semana passada um acidente de trânsito ao assustar um motorista, que conseguiu escapar ileso.
Especialmente na Suécia e Alemanha foram registrados um aumento de casos nos últimos dias, com
relatos de palhaços que surgem do nada com navalhas, machados e até motosserras para assustar
transeuntes ou viajantes de um trem, puxando uma pessoa para o solo ou até mesmo empurrando para
uma fonte.
As denúncias se multiplicaram nas delegacias desses países, que também recebem várias chamadas
de pessoas - normalmente idosos - preocupadas pela situação.
"Recebemos chamados de muitos idosos que estão preocupados com este tipo de informação", explica
um porta-voz da polícia de Neubrandenburg, na Alemanha, ao jornal "Bild".
A classe política já começou a reagir para tentar evitar que esses incidentes aconteçam nos dias que
antecedem o Dia das Bruxas (31 de outubro), uma festa de origem anglo-saxônica que cada vez mais
ganha força na Europa.
O ministro do Interior da Suécia, Anders Ygeman, foi claro recentemente ao afirmar: "Não queremos
situações onde algumas pessoas possam entrar em apuros por colocar uma máscara de palhaço, talvez
de brincadeira".
Segundo apontou, as forças de segurança suecas "estarão em alerta" após o acúmulo de casos nos
últimos dias em diferentes países.
Joachim Herrmann, ministro do Interior da Baviera, advertiu em declarações ao "Passauer Neue
Presse" que "este tipo de brincadeira de mau gosto podem ter consequências fatais" e afirmou que a
polícia perseguirá sem exceção aqueles que efetuarem essas práticas.
O ministro da Justiça do estado federado da Renânia do Norte-Vestfália, Thomas Kutschaty, ressaltou
em declarações ao "Bild" que "ameaçar de morte não é divertido, mas um crime" punível com até "um
ano de prisão".
A polícia do estado alemão de Baden-Wurttemberg recomendou aos cidadãos que não fujam dos
atacantes, mas que enfrentem, sem violência, mas com um contundente "saia!".
Um efeito colateral desta moda de mau gosto são os palhaços profissionais, explica a Associação
Alemã de Empresários Circenses, que já percebem um claro prejuízo a sua imagem.
"Um palhaço deve estar associado a diversão e alegria. As pessoas deveriam rir deles. Com estes
ataques, os palhaços se transformam em objetos de medo", lamentou o presidente deste grupo, Dieter
Seeger.
Na cidade norueguesa de Fredrikstad, uma escola infantil decidiu proibir as fantasias de palhaço na
festa do Dia das Bruxas, depois que vários alunos afirmaram ter sido assustados por palhaços.

Brasil é eleito para Conselho de Direitos Humanos da ONU49


Brasil e Cuba foram escolhidos nesta sexta-feira (28) como membros do Conselho de Direitos
Humanos da ONU para o período entre 2017 e 2019.
Os dois países ocuparão as vagas latino-americanas que ficarão vagas a partir do próximo dia 1º de
janeiro de 2017 ao vencerem a Guatemala, terceiro país candidato na disputa, em uma votação realizada
nesta sexta-feira (28) na Assembleia-Geral das Nações Unidas.
A candidatura cubana obteve o apoio de 160 dos 193 países-membros da ONU. Já o Brasil recebeu
137 votos favoráveis. A Guatemala, por sua vez, terminou a votação com 82 apoios.
Cuba já era membro do Conselho de Direitos Humanos e conquistou a reeleição na votação de hoje.
O Brasil, por sua vez, volta depois de um intervalo de um ano. Bolívia, Equador, El Salvador, Panamá,
Paraguai e Venezuela seguem representando a região no órgão em 2017.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU é formado por 47 membros, que cumprem mandatos de
três anos, com limite de uma reeleição.
Cuba, Rússia e Arábia Saudita

49
28/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/10/brasil-e-eleito-para-conselho-de-direitos-humanos-da-onu.html

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A reeleição de Cuba foi criticada por diferentes organizações de direitos humanos, como a Human
Rights Watch (HRW). Segundo a ONG, para ser uma candidata crível, Havana deveria acabar com a
"repressão sistemática dos dissidentes e com a recusa de permitir visita dos observadores da ONU".
A HRW e outras ONGs também questionaram as candidaturas de outros países, especialmente da
Rússia e Arábia Saudita, por suas ações militares na Síria e no Iêmen, respectivamente. Os sauditas
conseguiram a reeleição, enquanto os russos foram superados por Hungria e Croácia dentro do grupo do
leste europeu.

O que pensa Trump: 30 propostas e declarações polêmicas do presidente eleito dos EUA
Desde as primárias republicanas, Donald Trump chamou atenção por suas propostas e declarações
polêmicas.
De certa forma, o politicamente incorreto se tornou uma de suas marcas registradas.
A BBC Brasil listou 30 promessas, acusações e opiniões do presidente eleito dos Estados Unidos -
resta agora saber o que é real e o que, como desconfiam analistas, não passa de retórica (bem-sucedida)
de campanha.
Confira:

1. Americanos de origem árabe comemoraram os ataques de 11 de Setembro


Trump fez reiteradas declarações afirmando que, em 11 de setembro de 2001, milhares de americanos
de origem árabe celebraram em Nova Jersey os ataques aéreos às torres gêmeas em Nova York.
Ele afirmou que tais comemorações "dizem algo" sobre muçulmanos morando nos EUA.
No entanto, não há nenhum registro que comprove as afirmações de Trump.

2. Mesquitas nos EUA deveriam ser vigiadas


Trump acredita que muçulmanos devem ser rastreados e alvo de leis antiterrorismo.
Em relação ao tema, ele voltou atrás em alguns pontos como, por exemplo, na posição de manter um
banco de dados de todos os muçulmanos nos EUA, mas reitera que não se importa em ser considerado
politicamente incorreto por defender o monitoramento de mesquitas.

3. Mulheres devem ser julgadas pela aparência


Um vídeo de 2005 exibiu Trump fazendo comentários obscenos e misóginos sobre mulheres e
provocou numerosas alegações de assédio sexual contra ele.
Num comício, ele sugeriu que uma dessas mulheres que o acusou não era atraente o suficiente para
ser assediada.
Além disso, pessoas que trabalharam em seu reality show "O Aprendiz" o acusaram de julgar
concorrentes do sexo feminino pela aparência.
E uma ex-Miss Universo, concurso do qual ele é dono, o acusou de misogenia - Trump a chamou "Miss
Piggy" depois que ela ganhou peso.

4. Idade limite para mulheres é 35 anos


Num áudio divulgado pela rede CNN, no qual Trump comenta o corpo de suas próprias filhas e sobre
namorar mulheres mais jovens, ele diz que 30 anos é a "idade perfeita" para elas - e que, ao completarem
35 anos, devem "sair de cena".

5. EUA deveriam usar afogamento como método de interrogatório


Trump já defendeu métodos de interrogatório controversos e bastante criticados, como afogamento,
na luta contra o grupo autodenominado Estado Islâmico.
Argumentou que isso não é nada se comparado com práticas brutais adotadas pelos extremistas, como
a "decapitação".

6. Estado Islâmico deve ser mandado para o 'inferno'


Além de declarar que o Estado Islâmico deve ir para o inferno, Trump afirmou reiteradamente durante
a campanha que nenhum outro seria mais duro na luta contra o EI. Disse que pretende enfraquecer os
extremistas cortando acesso ao petróleo nas regiões onde o conflito é mais intenso.

7. O mundo seria melhor se os ditadores Saddam Hussein e Muammar Gaddafi ainda


estivessem no poder
Trump disse à CNN que ele acredita que a situação do Iraque e da Líbia estão "muito piores" do que
estavam sob o comando dos dois ditadores falecidos.

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Ao mesmo tempo em que admite que Hussein era um "cara horrível", Trump avalia que o ex-ditador
iraquiano "foi melhor" na luta contra os terroristas.
"Ele era um cara ruim. Muito ruim. Mas você sabe de uma coisa? Ele matou terroristas. Isso foi muito
bom. Ele não lia os direitos para eles, eles não tinham voz. Eles eram terroristas. Pronto."

8. Deve ser erguido um muro enorme entre EUA e México (e os mexicanos devem pagar por ele)
Trump defende construir um muro separando os EUA e o México. Durante a campanha, ele sugeriu
que os mexicanos que vêm para os EUA são criminosos. "Eles estão trazendo drogas, cometendo crimes.
E eles são estupradores."
Um muro na fronteira, segundo ele, não só evitaria a entrada de latinos sem visto, como também a de
imigrantes sírios.
Também disse acreditar que o México deve pagar pelo muro, que, conforme estimativa feita pela BBC,
poderia custar entre US$ 2,2 bilhões e US$ 13 bilhões (R$ 7 bilhões e R$ 41 bilhões).

9. Os cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais devem ser deportados


Estima-se que 11 milhões de ilegais estejam vivendo nos EUA - e, para Trump, todos deveriam ser
deportados.
Apesar das críticas de que tal medida seja xenófoba e cara - a BBC estima que custaria US$ 114
bilhões (R$ 366 bilhões) -, o republicano diz que seu plano de deportação em massa é viável.
Além disso, afirma, suas reformas para a imigração iriam acabar com a cidadania concedida aos filhos
de imigrantes ilegais que nasceram em solo americano. Ele não apoia nenhum tipo de caminho para
legalizar a situação de trabalhadores sem documentos.

10. Muçulmanos não devem ser aceitos nos EUA


Em um comunicado para a imprensa, divulgado durante a onda de ataques terroristas em San
Bernardino, na Califórnia, Trump defendeu fechar as portas do país para muçulmanos até que os políticos
americanos entendam o que está acontecendo.
Mas voltou atrás e passou a defender aumentar as exigências para quem quer imigrar para os Estados
Unidos.

11. Imigrantes sírios que buscam asilo nos EUA serão mandados embora
Trump diz acreditar que os ataques terroristas em Paris, ocorridos quase um ano atrás, provaram haver
terroristas fingindo ser migrantes e capazes de provocar danos catastróficos.
E que, por isso, iria se opor aos pedidos de asilo de sírios nos EUA e prometeu deportar aqueles que
já estão em território americano.

12. EUA deveriam investir no tratamento da saúde mental para evitar assassinatos em massa
Trump afirma não acreditar que um maior controle de armas seja a resposta para previnir assassinatos
em massa.
Em um documento no qual se posicionou favorável ao direito de portar armas de fogo, o republicano
revelou que ele próprio tem uma licença.
Para ele, "o governo não tem se meter em dizer que tipos de armas de fogo são boas nem definir se
pessoas honestas devem ser autorizadas a portar armas".
Trump também se opõe ampliar a verificação de antecedentes criminais antes de autorizar venda e
porte de armas.

13. Vladimir Putin é um "líder"


Trump elogiou a liderança do presidente russo Vladimir Putin e criticou a atual relação dos EUA com
a Rússia.
Em entrevista à CNN, disse: "Eu provavelmente iria me dar muito bem com ele. Não acho que teria o
tipo de problemas que estamos enfrentando agora".

14. É preciso criar um código de imposto mais simples


Trump quer que alguém que ganha menos de US$ 25 mil (R$ 79,5 mil) por ano não pague nenhum
tipo de imposto sobre renda - a proposta prevê que essas pessoas apresentem um formulário único, de
uma página apenas.
Ele também defende reduzir imposto sobre empresas para 15% e que multinacionais consigam
repatriar dinheiro mantido no exterior a uma taxa de 10%.

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15. Administradores de fundos de cobertura estão escapando de punições
Para o presidente eleito, o atual código tributário dos EUA protege administradores de fundos de
cobertura (uma classificação genérica para fundos de investimento que aplicam em diversos mercados
ao mesmo tempo e, assim, minimizam perdas com grandes oscilações).
A posição é compartilhada por integrantes do partido oposicionista, o Democrata, como a senadora
Elizabeth Warren, para quem os administradores desses fundos não pagam impostos suficientes.
No entanto, analistas que avaliaram detalhes do plano de Trump para regular esses fundos afirmam
que o efeito seria oposto: eles seriam beneficiados com corte de taxas.

16. Relação comercial com a China deve ser mais equilibrada


Para melhorar as condições de competição com a China, Trump diz ser preciso rever uma série de
práticas.
Ele afirmou que vai forçar os chineses a parar de depreciar a própria moeda e a intensificar padrões
internacionais trabalhistas e ambientais.
O presidente eleito também é crítico ao que chama de atitude negligente do gigante asiático em relação
às regras de propriedade intelectual e pirataria.

17. Estatísticas de desemprego nos EUA estão equivocadas


Trump tem dito repetidamente que o desemprego é de 20% - uma vez chegou a citar a taxa de 42%.
No entanto, o órgão que contabiliza o número de pessoas sem trabalho nos EUA calcula que a taxa
seja de 5,1%.
O republicano insiste, porém, que esse não é um número real.

18. Movimento em defesa de negros vítimas da polícia busca problemas


Trump zomba de ex-candidatos democratas como Martin O'Malley, que pediu desculpas aos
integrantes do movimento de protesto contra a brutalidade policial.
Durante a campanha, ele se lançou como o candidato que defende a aplicação da lei.
"Eu acho que eles estão à procura de problemas", disse sobre o grupo Black Life Matters ("Vidas
negras importam"). Também postou no Twitter um gráfico controverso, no qual pretendendia mostrar que
os afro-americanos matam brancos e negros em taxas muito mais altas do que as mortes cometidas por
brancos ou policiais.
Porém, o gráfico cita como fonte dos números um órgão fictício, o "Crime Statistics Bureau".
As estatísticas divulgadas por ele têm sido amplamente contestadas por dados reais do FBI.

19. Patrimônio líquido pessoal é de US$ 10 bilhões (R$ 39,1 bilhões)


Baseada em 92 páginas de dados sobre o patrimônio pessoal de Donald Trump, a Bloomberg calculou
que os bens do magnata valem cerca de US$ 2,9 bilhões. Para a Forbes, valem US$ 4 bilhões.
Em resposta, Trump insistiu em um comunicado de imprensa que seu patrimônio vale "mais de US$
10 bilhões".
Por mais de uma vez, disse que "autofinanciou" a própria campanha e descreveu seu início no mundo
dos negócios como um "pequeno empréstimo de um milhão de dólares" de seu pai.

20. Plano de saúde dos veteranos de guerra deve ser revisto


Trump quer retirar o caráter executivo do Departamento de Assuntos de Veteranos, que cuida dos
americanos que lutaram em guerras.
Ele afirma que o tempo de espera para consultas médicas de veteranos só aumentou, e culpou
intervenções anteriores por isso. Milhares morreram enquanto na espera para atendimento, acrescenta.
O republicano promete investir no tratamento de "feridas invisíveis", como estresse pós-traumático e
depressão. E aumentar o número de médicos que se especializam em saúde da mulher para ajudar a
cuidar do crescente número de veteranas.

21. Obamacare é um "desastre"


Trump diz ser favorável revogar o programa de saúde criado pelo presidente Barack Obama, que tem
como objetivo ampliar o número de americanos atendidos por planos de saúde.
Ao mesmo tempo, o presidente eleito defendeu que "todo mundo tem que ser coberto" pelo sistema.
Um porta-voz dele disse à Forbes que Trump irá propor "um plano de saúde que irá devolver autoridade
para os Estados e operar sob os princípios do livre mercado".

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22. Aquecimento global é balela
Enquanto diz acreditar que manter ar e água limpos é importante, Trump afirma que o fenômeno da
mudança climática é uma notícia falsa.
Para ele, as exigências ambientais sobre empresas as torna menos competitivas no mercado global.
"Eu não acredito que devemos colocar em perigo as empresas dentro do nosso país", disse à CNN.
"Custa muito e ninguém sabe ao certo se vai funcionar", declarou sobre as restrições ambientais.

23. Atuação de lobistas deve ser mais restrita


Quando candidato, Trump defendeu proibir que servidores públicos atuem imediatamente como
lobistas tão logo deixem seus cargos no governo - propõe uma proibição de cinco anos para essa
transição.
O presidente eleito também quer uma proibição definitiva para altos funcionários, impedindo-os de
fazer lobby em nome de governos estrangeiros.
Pediu ainda ao Congresso para mudar as leis de financiamento de campanha na tentativa de banir
que pessoas que fazem lobby para governos estrangeiros levantem fundos para as eleições americanas.

24. Sou um "cara muito legal"


Em seu livro mais recente, Crippled América ("América Debilitada"), Trump escreveu: "Eu sou um cara
muito legal. Acredite em mim, me orgulho de ser um cara legal, mas também sou apaixonado e
determinado a fazer nosso país grande novamente".
Segundo o site Gawker, o republicano chama a si mesmo de um "cara legal" em vários momentos da
obra.
Ele repetiu a autoavaliação em seu monólogo de abertura em participação no programa humorístico
de TV Saturday Night Live e em entrevista ao Washington Post.

25. Tóquio e Seul devem construir arsenais nucleares


Para Trump, o Japão e Coreia do Sul não deveriam esperar tanto dos EUA e se beneficiariam se
tivessem suas próprias armas nucleares.
Uma guerra nuclear entre o Japão e a Coréia do Norte, nas palvras de Trump, pode ser "terrível", mas
seria "muito rápida".

26. A Otan é uma trapaça


O Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan) é uma trapaça, diz ele.
Na sua avaliação, os EUA pagam mais do que ninguém para fazer parte da aliança.
Depois dessa declaração, porém, ele minimizou as críticas.

27. Os médicos devem ser punidos por administrar abortos


Em entrevista à emissora MSNBC, Trump disse que, se o aborto se tornasse ilegal, as mulheres devem
ser punidas por fazê-los.
Ele se retratou dizendo que os médicos deveriam ser responsabilizados e punidos no lugar delas.

28. As regras eleitorais são injustas


Trump chamou o sistema interno para escolher o candidato republicano de "torto" e "injusto".
Ele repetidamente entrou em confronto com os republicanos durante seu processo de nomeação e
reclamou da forma como seus próprios correligionários trataram sua candidatura durante as primárias.
Para o presidente eleito, regras foram manipuladas para permitir que o senador Ted Cruz ganhasse
mais delegados que ele em alguns Estados.
Ele também reclamou do processo eleitoral americano como um todo quando as pesquisas colocaram
a democrata Hillary Clinton na liderança.

29. O salário mínimo federal deve aumentar


Trump acredita que o valor, de US$ 7,25/hora (R$ 23,23), deve ser reajustado.

30. Hillary Clinton é uma criminosa


Trump, por mais de uma vez, afirmou que sua adversária, a democrata Clinton, cometeu crimes.
Ele a acusou de ter subornado a advogada-geral dos EUA Loretta Lynch com a promessa de manter
o emprego dela caso fosse eleita presidente e se escapasse da acusação do uso de e-mail privado
quando era secretária de Estado. Em um dos debates, chegou a dizer que ela "estaria presa" se ele fosse
presidente.

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Também disse que ela "destruiu" as mulheres que acusaram seu marido, o ex-presidente Bill Clinton,
de atos impróprios.
Em seu discurso da vitória, porém, ele elogiou a adversária. Disse que Hillary "lutou muito" durante a
campanha e que os americanos, incluindo ele, tem uma "dívida de gratidão" com ela pelos anos de
serviços prestados ao país.

CULTURA
A cultura no Brasil é um reflexo da formação do país, já no período colonial, quando começam a surgir
as primeiras relações entre portugueses e indígenas, no primeiros anos do contato. Ao longo de mais de
cinco séculos de transformação, ela incorpora elementos de todos aqueles que ajudaram a criar o país
ou que vieram para o Brasil em buscas de vida nova. Do churrasco ao acarajé, catolicismo a umbanda,
norte ao sul, o Brasil é um país de contrastes, definidos por seus habitantes que convergem seus
costumes, crenças e práticas em território nacional.
Mesmo admitindo a existência de diversos estudos e discussões antropológicas sobre o conceito de
cultura, podemos considerá-la, grosso modo, da seguinte forma: a cultura diz respeito a um conjunto de
hábitos, comportamentos, valores morais, crenças e símbolos, dentre outros aspectos mais gerais, como
forma de organização social, política e econômica que caracterizam uma sociedade. Dessa forma,
podemos pensar na seguinte questão: o que caracteriza a cultura brasileira? Certamente, ela possui suas
particularidades quando comparada ao restante do mundo, principalmente quando nos debruçamos sobre
um passado marcado pela miscigenação racial entre índios, europeus e africanos e que sofreu ainda a
influência de povos do Oriente Médio e da Ásia. Além de celebrar seus escritores, como Nelson
Rodrigues, dramaturgo, jornalista e escritor, que deixou um legado que ressurge cada vez mais forte
através de suas obras sempre atuais, inexoráveis ao tempo, o cenário cultural brasileiro é marcado pelo
retomada da produção cinematográfica que tem levado alguns cineastas do Brasil a dirigir filmes na
Europa e nos Estado Unidos. José Padilha é o exemplo mais recente deste fenômeno. Depois do sucesso
com “Tropa de Elite”, ele dirigiu o remake de Robocop. No embalo da Copa do Mundo e das Olimpíadas
do Rio de Janeiro, que acontecem em 2016, ritmos musicais de diversas regiões do Brasil têm feito muito
sucesso no exterior. A culinária brasileira, conhecida pela forte influência europeia, africana e indígena
também ganha lugar de destaque.

Diversidade Cultural no Brasil


A diversidade cultural reflete os diferentes costumes e práticas que compõem a sociedade brasileira.
O Brasil é um país de dimensões continentais, que passou por diversos processos de ocupação,
migração, imigração e emigração, incorporando os traços de diversos povos e sociedades para compor
uma cultura única e diversificada. Além disso, por conter um extenso território, apresenta diferenças
climáticas, econômicas, sociais e culturais entre as suas regiões.
Entre as principais fontes de contribuição para a formação da cultura brasileira, estão os diferentes
povos indígenas que habitaram e ainda habitam o território brasileiro, os africanos escravizados e os
colonizadores e imigrantes europeus.
Para facilitar o entendimento da diversidade cultural brasileira é possível dividi-la pelas cinco regiões,
lembrando porém que cada localidade possui características únicas, que muitas vezes não podem
simplesmente serem englobadas de maneira simples.

Arte Brasileira50
A arte brasileira surge da mistura de outros estilos e se inicia desde o período da Pré-História há mais
de 5 mil anos, até a arte primitiva. Ela também foi influenciada pelo estilo artístico de outras sociedades.
Dentre elas, temos a arte da Pré-História brasileira, com vários sítios arqueológicos espalhados pelo
território e tombados pelo IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Outra a ser citada
é a arte indígena, na época do descobrimento do Brasil, quando no início, havia cerca de 5 milhões de
índios. Atualmente, esse número foi reduzido, assim como parte de sua cultura.
Outra arte brasileira a ser citada é a do Período Colonial. O Brasil transformou-se em colônia de
Portugal, depois da chegada de Cabral e eram feitas construções simples, como as feitorias, várias vilas,
engenhos de açúcar como representação da arte. Após a divisão do Brasil em capitanias hereditárias, foi
necessária a construção de casas para os colonizadores.
Na invasão dos holandeses que ficaram no nordeste do Brasil por quase 25 anos, no início de 1624,
se instalou uma cultura vinda dos povos holandeses. Apesar dos portugueses terem defendido o Brasil

50
Textos adaptados de: Ministério da Cultura, www.historias-da-arte.info e www.suapesquisa.com

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de invasores, estes ainda conseguiram instalar-se. Artistas e cientistas vieram para o Recife, trazendo a
cultura holandesa. Outro estilo surgido foi o Barroco, ligado ao catolicismo. A influência da Missão Artística
Francesa, no início do século XIX, quando a família real veio ao Brasil foi intensa. A população começou
a imitar a cultura europeia. Eram pintados retratos da família real e algumas imagens dos índios
brasileiros.
A Pintura Acadêmica, também no século XIX, na arte brasileira, retrata a riqueza clássica, sendo que
era refletido um padrão de beleza ideal (padrões propostos pela Academia de Belas Artes). Já no início
do século XX, presenciamos o Modernismo Brasileiro, marcado inicialmente pela Semana de Arte
Moderna. E, antes disso, o Expressionismo já começa a chegar ao Brasil e fazer história com Lasar Segall
(1891-1957) que contribui para o Modernismo. Após a Semana de Arte Moderna, vários artistas
começaram a desenvolver um estilo próprio de pintura, sendo ela mais valorizada no país.
Além do já citado Lasar Segall, o Brasil tem grandes pintores, cujas obras têm reconhecimento
internacional. Entre os principais destaques, podemos incluir:

Cândido Portinari - Foi um dos pintores brasileiros mais famosos. Nasceu na cidade de Brodowski
(interior do estado de São Paulo), em 29 de dezembro de 1903. Destacou-se também nas áreas de poesia
e política. Durante sua trajetória, ele estudou na Escola de Belas-Artes do Rio de Janeiro; visitou muitos
países, como a Espanha, a França e a Itália, onde finalizou seus estudos. No ano de 1935 ele recebeu
uma premiação em Nova Iorque por sua obra "Café". Deste momento em diante, sua obra passou a ser
mundialmente conhecida. Dentre suas obras, destacam-se: "A Primeira Missa no Brasil", "São Francisco
de Assis" e “Tiradentes". Seus retratos mais famosos são: seu autorretrato, o retrato de sua mãe e o do
famoso escritor brasileiro Mário de Andrade. Características principais de suas obras: Retratou questões
sociais do Brasil; Utilizou alguns elementos artísticos da arte moderna europeia; Suas obras de arte
refletem influências do surrealismo, cubismo e da arte dos muralistas mexicanos; Arte figurativa,
valorizando as tradições da pintura.

Anita Malfatti - Foi uma importante e famosa artista plástica (pintora e desenhista) brasileira. Nasceu
na cidade de São Paulo, no dia 2 de dezembro de 1889 e faleceu na mesma cidade, em 6 de novembro
de 1964. Era filha de Bety Malfatti (norte-americana de origem alemã) e pai italiano. Estudou pintura em
escolas de arte na Alemanha e nos Estados Unidos (estudou na Independent School of Art em Nova
Iorque). Em sua passagem pela Alemanha, em 1910, entrou em contato com o expressionismo, que a
influenciou muito. Já nos Estados Unidos teve contato com o movimento modernista. Em 1917, Anita
Malfatti realizou uma exposição artística muito polêmica, por ser inovadora, e ao mesmo tempo
revolucionária. As obras de Anita, que retratavam principalmente os personagens marginalizados dos
centros urbanos, causou desaprovação nos integrantes das classes sociais mais conservadoras. Em
1922, junto com seu amigo Mario de Andrade, participou da Semana de Arte Moderna. Ela fazia parte do
Grupo dos Cinco, integrado por Malfatti, Mario de Andrade, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e
Menotti del Picchia. Entre os anos de 1923 e 1928 foi morar em Paris. Retornou a São Paulo em 1928 e
passou a lecionar desenho na Universidade Mackenzie até o ano de 1933. Em 1942, tornou-se presidente
do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo. Entre 1933 e 1953, passou a lecionar desenho nas
dependências de sua casa. Principais obras: “A boba”, “As margaridas de Mário”, “Natureza Morta -
objetos de Mário”, “A Estudante Russa”, “O homem das sete cores”, “Nu Cubista”, “O homem amarelo”,
“A Chinesa”, “Arvoredo” e “Interior de Mônaco”, entre outros.

Di Cavalcanti - Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di


Cavalcanti, foi um importante pintor, caricaturista e ilustrador brasileiro. Nasceu no Rio de Janeiro, em 6
de setembro de 1897. Desde jovem demonstrou grande interesse pela pintura. Com onze anos de idade
teve aulas de pintura com o artista Gaspar Puga Garcia. Seu primeiro trabalho como caricaturista foi para
a revista Fon-Fon, em 1914. Participou do Primeiro Salão de Humoristas em 1916. Mudou para São Paulo
em 1917. No mesmo ano, fez a primeira exposição individual para a revista "A Cigarra". Participou da
Semana de Arte Moderna de 1922, expondo 11 obras de arte e elaborando a capa do catálogo. Em 1923,
foi morar em Paris como correspondente internacional do jornal Correio da Manhã. Retornou para o Brasil
dois anos depois e foi morar no Rio de Janeiro. Em 1926, fez a ilustração da capa do livro O Losango de
Cáqui de Mário de Andrade. Neste mesmo ano participa como ilustrador e jornalista do jornal Diário da
Noite. Foi premiado, junto com o pintor Alfredo Volpi, como melhor pintor nacional na II Bienal de São
Paulo. Seu estilo artístico é marcado pela influência do expressionismo, cubismo e dos muralistas
mexicanos (Diego Rivera, por exemplo). Abordou temas tipicamente brasileiros como, por exemplo, o
samba. O cenário geográfico brasileiro também foi muito retratado em suas obras. Em suas obras são
comuns os temas sociais do Brasil (festas populares, operários, as favelas, protestos sociais, etc).

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Estética que abordava a sensualidade tropical do Brasil, enfatizando os diversos tipos femininos.
Principais obras: “Pierrete”, “Samba”, “Mangue” e “Cinco Moças de Guaratinguetá”, entre outras.

Tarsila do Amaral - foi uma das mais importantes pintoras brasileiras do movimento modernista.
Nasceu na cidade de Capivari (interior de São Paulo), em 1º de setembro de 1886. Na adolescência,
Tarsila estudou no Colégio Sion, localizado em São Paulo, porém, completou os estudos numa escola de
Barcelona (Espanha). Desde jovem, demonstrou muito interesse pelas artes plásticas. Aos 16 anos,
pintou seu primeiro quadro, intitulado Sagrado Coração de Jesus. Em 1906, casou-se pela primeira vez
com André Teixeira Pinto e com ele teve sua única filha, Dulce. Após se separar, começa a estudar
escultura. Somente aos 31 anos começou a aprender as técnicas de pintura com Pedro Alexandrino
Borges (pintor, professor e decorador). Em 1920, foi estudar na Academia Julian (escola particular de
artes plásticas) na cidade de Paris. Em 1922, participou do Salão Oficial dos Artistas da França, utilizando
em suas obras as técnicas do cubismo. Retornou para o Brasil em 1922, formando o "Grupo dos Cinco",
junto com Anita Malfatti, Mario de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia. Este grupo foi o
mais importante da Semana de Arte Moderna de 1922. Em 1923, retornou para a Europa e teve contatos
com vários artistas e escritores ligados ao movimento modernista europeu. Entre as décadas de 1920 e
1930, pintou suas obras de maior importância e que fizeram grande sucesso no mundo das artes. Entre
as obras desta fase, podemos citar as mais conhecidas: Abaporu (1928) e Operários (1933). No final da
década de 1920, Tarsila criou os movimentos Pau-Brasil e Antropofágico. Entre as propostas desta fase,
Tarsila defendia que os artistas brasileiros deveriam conhecer bem a arte europeia, porém deveriam criar
uma estética brasileira, apenas inspirada nos movimentos europeus. Características de suas obras: Uso
de cores vivas; Influência do cubismo (uso de formas geométricas); Abordagem de temas sociais,
cotidianos e paisagens do Brasil; Estética fora do padrão (influência do surrealismo na fase
antropofágica). Principais obras: “Abaporu”, “Autorretrato”, “Retrato de Oswald de Andrade”, “Estudo
(Nu)”, “Natureza-morta com relógios”, entre outras.

Volpi - Alfredo Foguebecca Volpi, artista plástico ítalo-brasileiro. É considerado um dos principais
artistas da Segunda Geração da Arte Moderna Brasileira. Ganhou destaque com pinturas representando
casarios e bandeirinhas de festas juninas (sua marca registrada). Nasceu na cidade de Lucca (Itália) em
14 de abril de 1896. Atuou como pintor decorador de residências de famílias da alta sociedade paulistana,
fazendo pinturas em paredes e murais; Ganhou o prêmio de melhor pintor nacional na Bienal de Artes de
1953; Fez afrescos na Capela São Pedro de Monte Alegre e Participou da 1ª Exposição de Arte Concreta
em 1956. Estética: explorou as formas e composição de cores com grande impacto visual. Nos anos 50
enveredou para o campo do abstracionismo geométrico. Foi neste período que começou a retratar
bandeirinhas de festas juninas. Principais obras: "Mulata", "Fachada e Rua", "Festa de São João",
"Grande Fachada Festiva" e "Fachadas".

Literatura brasileira51
A literatura no Brasil viveu vários períodos, geralmente recebendo influência de escolas europeias.
Houve ainda um movimento que tentou criar uma identidade puramente nacional, voltada à abordagem
de temas cotidianos. Os principais momentos da produção literária no Brasil foram:

Quinhentismo (século XVI) - Representa a fase inicial da literatura brasileira, pois ocorreu no começo
da colonização. Representante da Literatura Jesuíta ou de Catequese, destaca-se Padre José de
Anchieta com seus poemas, autos, sermões cartas e hinos. O objetivo principal deste padre jesuíta, com
sua produção literária, era catequizar os índios brasileiros. Nesta época, destaca-se ainda Pero Vaz de
Caminha, o escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral. Através de suas cartas e seu diário, elaborou uma
literatura de Informação (de viagem) sobre o Brasil. O objetivo de Caminha era informar o rei de Portugal
sobre as características geográficas, vegetais e sociais da nova terra.

Barroco (século XVII) - Essa época foi marcada pelas oposições e pelos conflitos espirituais. Esse
contexto histórico acabou influenciando na produção literária, gerando o fenômeno do barroco. As obras
são marcadas pela angústia e pela oposição entre o mundo material e o espiritual. Metáforas, antíteses
e hipérboles são as figuras de linguagem mais usadas neste período. Podemos citar como principais
representantes desta época: Bento Teixeira, autor de Prosopopeia; Gregório de Matos Guerra (Boca do

51
Texto adaptado de www.suapesquisa.com

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Inferno), autor de várias poesias críticas e satíricas; e padre Antônio Vieira, autor de Sermão de Santo
Antônio ou dos Peixes.

Neoclassicismo ou Arcadismo (século XVIII) - O século XVIII é marcado pela ascensão da burguesia
e de seus valores. Esse fato influenciou na produção da obras desta época. Enquanto as preocupações
e conflitos do barroco são deixados de lado, entra em cena o objetivismo e a razão. A linguagem complexa
é trocada por uma linguagem mais fácil. Os ideais de vida no campo são retomados (fugere urbem = fuga
das cidades) e a vida bucólica passa a ser valorizada, assim como a idealização da natureza e da mulher
amada. As principais obras desta época são: Obra Poética, de Cláudio Manoel da Costa; O Uraguai, de
Basílio da Gama; Cartas Chilenas e Marília de Dirceu, de Tomás Antonio Gonzaga; e Caramuru, de Frei
José de Santa Rita Durão.

Romantismo (século XIX) - A modernização ocorrida no Brasil, com a chegada da família real
portuguesa em 1808, e a Independência do Brasil em 1822 são dois fatos históricos que influenciaram na
literatura do período. Como características principais do romantismo, podemos citar: individualismo,
nacionalismo, retomada dos fatos históricos importantes, idealização da mulher, espírito criativo e
sonhador, valorização da liberdade e o uso de metáforas. As principais obras românticas que podemos
citar: O Guarani, de José de Alencar; Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães;
Espumas Flutuantes, de Castro Alves; e Primeiros Cantos, de Gonçalves Dias. Outros importantes
escritores e poetas do período: Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo, Junqueira Freire e Teixeira e
Souza.

Realismo - Naturalismo (segunda metade do século XIX) - Na segunda metade do século XIX, a
literatura romântica entrou em declínio, juntos com seus ideais. Os escritores e poetas realistas começam
a falar da realidade social e dos principais problemas e conflitos do ser humano. Como características
desta fase, podemos citar: objetivismo, linguagem popular, trama psicológica, valorização de
personagens inspirados na realidade, uso de cenas cotidianas, crítica social, visão irônica da realidade.
O principal representante desta fase foi Machado de Assis, com as obras: Memórias Póstumas de Brás
Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro e O Alienista. Podemos citar ainda como escritores realistas
Aluísio de Azedo, autor de O Mulato e O Cortiço e Raul Pompéia, autor de O Ateneu.

Parnasianismo (final do século XIX e início do século XX) - O parnasianismo buscou os temas
clássicos, valorizando o rigor formal e a poesia descritiva. Os autores parnasianos usavam uma
linguagem rebuscada, vocabulário culto, temas mitológicos e descrições detalhadas. Diziam que faziam
a arte pela arte. Graças a esta postura foram chamados de criadores de uma literatura alienada, pois não
retratavam os problemas sociais que ocorriam naquela época. Os principais autores parnasianos são:
Olavo Bilac, Raimundo Correa, Alberto de Oliveira e Vicente de Carvalho.

Simbolismo (fins do século XIX) - Esta fase literária inicia-se com a publicação de Missal e Broqueis,
de João da Cruz e Souza. Os poetas simbolistas usavam uma linguagem abstrata e sugestiva, enchendo
suas obras de misticismo e religiosidade. Valorizavam muito os mistérios da morte e dos sonhos,
carregando os textos de subjetivismo. Os principais representantes do simbolismo foram: Cruz e Souza
e Alphonsus de Guimaraens.

Pré-Modernismo (1902 até 1922) - Este período é marcado pela transição, pois o modernismo só
começou em 1922, com a Semana de Arte Moderna. Está época é marcada pelo regionalismo,
positivismo, busca dos valores tradicionais, linguagem coloquial e valorização dos problemas sociais. Os
principais autores deste período são: Euclides da Cunha (autor de Os Sertões), Monteiro Lobato, Lima
Barreto, autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma, e Augusto dos Anjos.

Modernismo (1922 a 1930) - Este período começa com a Semana de Arte Moderna de 1922. As
principais características da literatura modernista são: nacionalismo, temas do cotidiano (urbanos),
linguagem com humor, liberdade no uso de palavras e textos diretos. Principais escritores modernistas:
Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Cassiano Ricardo, Alcântara Machado e Manuel Bandeira.
Neorrealismo (1930 a 1945) - Fase da literatura brasileira na qual os escritores retomam as críticas e
as denúncias aos grandes problemas sociais do Brasil. Os assuntos místicos, religiosos e urbanos
também são retomados. Destacam-se as seguintes obras: Vidas Secas, de Graciliano Ramos; Fogo
Morto, de José Lins do Rego; O Quinze, de Raquel de Queiroz; e O País do Carnaval, de Jorge Amado.

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Os principais poetas desta época são: Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade e Cecília
Meireles.

Arquitetura Brasileira52
A arquitetura indígena é baseada nas convicções mágicas que tinham tanto para a moradia quanto
para o conjunto urbano. A disposição geométrica de uma aldeia visa funcionalidade, mas também é
orientada pelo gosto. Uma aldeia circular, com orientação norte-sul, tendo como eixo a casa central
servindo de passagem e como espaço de reuniões, seu conceito é a “aldeia do além”: assim, o arco da
existência supera o tempo e o trânsito terreno em função do infinito. Esta filosofia governa os atos de
viver, as expressões plásticas e mais ainda a poesia, compondo uma cultura bem definida.
Já os portugueses começam da estaca zero, os pioneiros improvisavam-se construtores para levantar
moradias e entrincheiramento a fim de se defenderem dos índios e de outros brancos. Na necessidade
da conquista e manutenção do espaço cria-se um sistema feudal e organizam-se os arraiais, como no
caso de Salvador uma cidade cercada por muros de taipa, essa técnica, embora precária quando bem
mantida, perpetua-se ao longo dos séculos. Em cada uma das regiões ocupadas recursos locais são
utilizados na construção, como a carnaúba no Piauí que ainda hoje é utilizada.
Até a primeira metade deste século grande parte das casas no Recife era construída como no século
do descobrimento. A “casa-fortaleza”, como era denominada, utilizava pedra, cal, pau a pique e era
telhada e avarandada. Não se tem amostras, mas sabe-se através dos documentos que obedeciam às
prescrições da Coroa ao conceder-se uma sesmaria. Com o crescimento das vilas, os construtores
começam a procurar materiais mais resistentes e passam a utilizar a pedra. A primeira obra em pedra
parece ter sido a torre de Olinda, construída por seu primeiro donatário (Duarte Coelho).
A grande produção desta época é de fortalezas e o número de arquitetos é grande, porém a maioria
ocultos. A arquitetura “arte” foi preocupação dos missionários, pois sabiam da importância da construção
das Igrejas na catequese. Esta arquitetura toma vulto com a chegada de Francisco Dias e Luís Dias,
assim como Grandejean de Montiny, no século XIX e Le Corbusier no século XX. Deve-se notar aqui as
conquistas holandesas, os batavos muito produziram com alta qualidade e fazem com que Recife torne-
se a cidade mais importante da colônia, porém não se misturam com os produtores da insipiente arte
local. É com a ajuda de Pieter Post, arquiteto incluído na expedição de Nassau, que se realizam um
conjunto de obras urbanísticas e arquitetônicas notáveis. É nesta época que o barroco começa a dar
sinais de vida, e as Igrejas buscam construir com luxo, enquanto o povo continuará a viver da maneira
mais simples até os anos setecentos. A prosperidade da arquitetura religiosa deve-se, também, à
instituição das Irmandades que construíam suas igrejas, às vezes, rivalizando com as Ordens. Os artistas
eram disputados e razoavelmente retribuídos.
Nosso barroco floresce de maneira torta e não é comparável aos outros movimentos no mundo, pode-
se dizer que é mais parecido com o alemão do que com o italiano. A arquitetura civil é inexpressiva e
servia, praticamente, a fins religiosos. Quase todos os arquitetos brasileiros da primeira metade do século
XVIII, constroem igrejas de nave octogonal, a primeira, construída entre 1714 e 1730, é a de Nossa
Senhora da Glória do Outeiro, no Rio de Janeiro, muito importante por representar uma evolução em
relação às igrejas portuguesas ou mesmo qualquer igreja da época. Outras Igrejas brasileiras de plano
octogonal são: a igreja paroquial de Antônio Dias (1727); a Igreja de Santa Efigênia em Ouro Preto (1727),
ambas atribuídas a Manuel Francisco Lisboa, pai de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho; igreja do
Pilar em Ouro Preto (1720); igreja de São Pedro dos Clérigos de Recife (1728-1782), de Manoel Ferreira
Jácome; igreja da Conceição da Praia em Salvador, projetada por Manoel Cardoso Saldanha, que foi a
última de importância construída na Bahia, também a última de plano octogonal a ser erguida, tanto no
Brasil quanto em Portugal.
Na segunda metade do século XVIII, Minas Gerais passa a dominar a arquitetura religiosa em igrejas
como: o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo (1757-1770); a de São Pedro
dos Clérigos, em Mariana (1771) e a Capela do Rosário de Ouro Preto. Antônio Francisco Lisboa, o
Aleijadinho principal escultor e arquiteto da época deixou vasta obra, adepto do estilo rococó, soube
integrar melhor do que ninguém a arquitetura e a escultura, a decoração rebuscada à sobriedade da
arquitetura religiosa portuguesa. Ele modifica a estrutura do altar suprimindo o baldaquim ou elevando-o
até a abóbada. A igreja de São Francisco em Ouro Preto foi inteiramente projetada, construída e decorada
por Aleijadinho num espaço de vinte e oito anos entre 1766 e 1794, o que explica sua extraordinária
unidade. Sua capela-mor é uma das obras mais importantes de Aleijadinho.
A transferência da Corte de Dom João VI para o Brasil provoca mudanças sensíveis na arquitetura.
Em 1816 chega ao Rio de Janeiro a chamada Missão Francesa incumbida, por Dom João, da educação

52
http://www.coladaweb.com/artes/arquitetura/arquitetura-brasileira

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artística do povo brasileiro. Liderada por Lebreton, a missão trouxe como arquiteto Auguste-Henri-Victor
Grandjean de Montigny (1776-1850), que introduziu o Neoclassicismo e fez adeptos. A primeira obra, que
foi encomendada a ele, foi a da Academia de Belas-Artes, edifício cujas obras paralisadas durante anos,
por ocasião da morte do Conde da Barca, responsável pela vinda de Grandjean. Tal fato faz com que o
arquiteto passe a dedicar-se a outros projetos, como o edifício da Praça do Comércio, já demolido, a
Alfândega, o antigo Mercado da Candelária e várias residências, além de ter sido o primeiro professor de
arquitetura do Brasil. Atuaram também nesta época os arquitetos José da Costa e Silva, Manuel da Costa
e o Mestre Valentim da Fonseca e Silva, autor da ornamentação do passeio público do Rio de Janeiro.
Já no começo do século, o Art Nouveau e o Art Deco aparecem de forma restrita, principalmente em
São Paulo, e seu expoente máximo é Victor Dubugras, que faleceu em 1934. A Semana de Arte Moderna
de 1922 e a sequente revolução de 1930 são a alavanca da arquitetura moderna no Brasil. Já em 1925 o
arquiteto Gregori Warchavchik publicou seu Manifesto da Arquitetura Funcional. É interessante notar que
a Casa Modernista que Warchavchik construiu em São Paulo, em 1928, é anterior à construção da Casa
das Rosas, da Av. Paulista. Le Corbusier, arquiteto modernista francês, visitou o Brasil pela primeira vez
em 1929 e realizou conferências no Rio e em São Paulo; chegou a propor um plano de urbanização para
o Rio de Janeiro que não foi executado. Provavelmente o seria, não fosse a Revolução que colocou
Getúlio Vargas no poder e Júlio Prestes no exílio. Mas a revolução traz vantagens para a arquitetura:
Lúcio Costa torna-se diretor da Escola Nacional de Belas Artes, para onde chama Warchavchik. Por
motivos políticos, sua gestão não dura um ano, mas não sem frutos. Cedo uma nova geração de
arquitetos surgia: Luiz Nunes, os irmãos M.M.M. Roberto, Aldo Garcia Roza, entre outros.
Em 1935, é realizado o concurso para o prédio do Ministério da Educação no Rio de Janeiro, cujo
primeiro prêmio foi para um projeto puramente acadêmico; porém, por decisão do Ministro Gustavo
Capanema, o projeto passa para as mãos de Lúcio Costa, que reúne uma equipe com outros
concorrentes, entre eles Oscar Niemeyer. Le Corbusier faz nova visita ao Brasil para opinar sobre o
projeto do concurso e também para discutir o projeto da Cidade Universitária do Rio de Janeiro. Lúcio
Costa deixou, em 1939, a chefia da equipe que construía o Ministério da Educação e em seu lugar assume
Oscar Niemeyer, no início de uma carreira brilhante, que tem seu apogeu juntamente com Lúcio Costa,
com a construção de Brasília, vinte anos mais tarde. No mesmo ano de 1939, acontece a Exposição
Internacional de Nova York, onde o Pavilhão do Brasil, obra de Lúcio e Oscar, causa furor.
A arquitetura brasileira dá sinais de vida mundialmente. Niemeyer constrói o conjunto da Pampulha
em Belo Horizonte durante a prefeitura de Juscelino Kubitschek, que depois o leva para Brasília, onde
realizará um conjunto de obras notáveis juntamente com o plano geral de Lúcio Costa. Oscar Niemeyer
também esteve à frente da equipe que construiu o parque do Ibirapuera em São Paulo entre 1951 e 1955.
No Ibirapuera, o paisagismo é de Roberto Burle Marx, que tem vasta obra a ser apreciada e é o maior
expoente dessa arte no país.
Em 1954, foi construído o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, de Affonso Eduardo Reidy. Outro
arquiteto modernista de grande importância é Villanova Artigas, autor, entre outras obras, da Faculdade
de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Artigas, que esteve exilado por causa do
regime militar, quando retornou ao Brasil, viu-se obrigado a fazer uma prova de admissão para poder
lecionar na faculdade que ele mesmo projetara, prova que ficou registrada em forma de livro.
Não é possível, neste breve esforço, abranger toda a produção arquitetônica contemporânea, porém
não podemos deixar de citar aqui a grande obra de Lina Bo Bardi, mulher de Pietro Maria Bardi, autora
de projetos como o do SESC Pompéia, em São Paulo ou o do MASP (Museu de Arte de São Paulo), cuja
arrojada estrutura foi uma imposição do terreno. O projeto deveria conservar o antigo belvedere, e a
solução encontrada por Lina foi construir um prédio sustentado apenas por quatro pilares nas
extremidades do terreno, uma vez que o túnel da Av. 9 de julho, que passa por baixo do terreno, não
permitia outra conformação. O resultado é uma grande caixa de vidro suspensa, envolta em dois pórticos,
formados pelos pilares somados às vigas de sustentação da cobertura. Seu vão livre, de setenta e dois
metros em concreto protendido, é uma aventura a ser apreciada.

Cinema no Brasil53
Em 1896, chegaram ao Rio de Janeiro aparelhos de projeção cinematográfica, em 1898, foram
realizadas as primeiras filmagens no Brasil. Somente em 1907, com o advento da energia elétrica
industrial na cidade, o comércio cinematográfico começou a se desenvolver. Nesta fase predominou
filmes de reconstituição de fatos do dia-a-dia. A partir de 1912, das mãos de Francisco Serrador, Antônio
Leal e dos irmãos Botelho eram produzidos filmes com menos de uma hora de projeção, época em que

53
http://www.infoescola.com/cinema/historia-do-cinema-brasileiro/

. 46
1270721 E-book gerado especialmente para SAMUEL AZEVEDO PIRES
o cinema nacional encarou forte crise perante o domínio norte-americano nas salas de exibição, os
cinejornais e documentários é que captavam recursos para as produções de ficção. Em 1925, a qualidade
e o ritmo das produções aumenta, o cinema mudo brasileiro se consolida e os veículos de comunicação
da época inauguram colunas para divulgar o nosso cinema. Entre os anos 30 e 40, o cinema falado abre
um reinício para a produção nacional que limita-se ao Rio em comédias populares, conhecidas como
chanchadas musicais que lançaram atores como Mesquitinha, Oscarito e Grande Otelo.
A década de 30 foi dominada pela Cinédia e os anos 40 pela Atlântida. No período de 1950 a 1960,
em São Paulo, paralelo à fundação do Teatro Brasileiro de Comédia e abertura do Museu de Arte
Moderna, surge o estúdio da Vera Cruz que através de fortes investimentos e contratação de profissionais
estrangeiros busca produzir no Brasil, uma linha de filmes sérios, industrial, com uma preocupação
estético-cultural hollywoodiana e com a participação de grandes estrelas como Tônia Carreiro, Anselmo
Duarte, Jardel Filho, entre outros. A Vera Cruz tinha uma produção cara e de qualidade, mas faltava-lhe
uma distribuidora própria e salas para absorver a sua produção, uma de suas produções foi premiada em
Cannes, o filme Cangaceiro, de Lima Barreto. Em oposição às produções paulistas e cariocas, surgem
cineastas independentes que a partir da década de 60, buscam manter a pretensão artística da Vera
Cruz, como por exemplo Walter Hugo Khouri, e uma esfera neorrealista, com o filme “Rio 40°” de Nelson
Pereira dos Santos. Nesta fase há o fenômeno de filmes feitos na Bahia, por baianos e sulistas, como o
“Pagador de Promessas”, é o surgimento do Cinema Novo, movimento carioca que abarca o que há de
melhor no cinema nacional, época de intensa produção e premiação de nomes como os de Glauber
Rocha, Serraceni, Ruy Guerra, entre outros.

Televisão no Brasil54
A primeira emissora de televisão no Brasil, a TV Tupi, foi inaugurada há 60 anos, em 18 de setembro
de 1950. No começo, os programas eram ao vivo e caracterizados pela improvisação, experimentação
em linguagem (adaptada do rádio e do teatro) e falta de aparelhos receptores, devido ao alto custo.
O idealizador da TV brasileira foi Assis Chateaubriand (1892-1968), dono dos Diários Associados, um
império de comunicação que incluía dezenas de jornais, revistas e rádios. Como não havia televisores no
país, o empresário contrabandeou 200 aparelhos. Até os anos 1960, novas emissoras foram inauguradas,
como a TV Excelsior, a Globo, a Bandeirantes e a Rede Record. Nesse período a TV Tupi entrou em
decadência, até ter a concessão cassada em 1980.
Segundo o IBGE, há hoje nos domicílios brasileiros mais TVs (95%) do que geladeiras (92%). Nesta
primeira década do século, o veículo passa por transformações, como a chegada da TV Digital e a
convergência com outras mídias. A despeito disso, a regulamentação para o setor no Brasil é um das
mais atrasadas do mundo e favorece a manutenção de oligopólios.

Música Brasileira55
Podemos dizer que a MPB surgiu ainda no período colonial brasileiro, a partir da mistura de vários
estilos. Entre os séculos XVI e XVIII, misturaram-se em nossa terra as cantigas populares, os sons de
origem africana, fanfarras militares, músicas religiosas e músicas eruditas europeias. Também
contribuíram, neste caldeirão musical, os indígenas com seus típicos cantos e sons tribais. Nos séculos
XVIII e XIX, destacavam-se nas cidades, que estavam se desenvolvendo e aumentando
demograficamente, dois ritmos musicais que marcaram a história da MPB: o lundu e a modinha. O lundu,
de origem africana, possuía um forte caráter sensual e uma batida rítmica dançante. Já a modinha, de
origem portuguesa, trazia a melancolia e falava de amor numa batida calma e erudita. Na segunda metade
do século XIX, surge o Choro ou Chorinho, a partir da mistura do lundu, da modinha e da dança de salão
europeia. Em 1899, a cantora Chiquinha Gonzaga compõe a música Abre Alas, uma das mais conhecidas
marchinhas carnavalescas da história. Já no início do século XX começam a surgir as bases do que seria
o samba. Dos morros e dos cortiços do Rio de Janeiro, começam a se misturar os batuques e rodas de
capoeira com os pagodes e as batidas em homenagem aos orixás.
O carnaval começa a tomar forma com a participação, principalmente de mulatos e negros ex-
escravos. O ano de 1917 é um marco, pois Ernesto dos Santos, o Donga, compõe o primeiro samba que
se tem notícia: Pelo Telefone. Neste mesmo ano, aparece a primeira gravação de Pixinguinha, importante
cantor e compositor da MPB do início do século XIX. Com o crescimento e popularização do rádio nas
décadas de 1920 e 1930, a música popular brasileira cresce ainda mais. Nesta época inicial do rádio
brasileiro, destacam-se os seguintes cantores e compositores: Ary Barroso, Lamartine Babo (criador de
O teu cabelo não nega), Dorival Caymmi, Lupicínio Rodrigues e Noel Rosa. Surgem também os grandes
54
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/
55
http://www.suapesquisa.com/mpb/

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intérpretes da música popular brasileira: Carmen Miranda, Mário Reis e Francisco Alves. Na década de
1940 destaca-se, no cenário musical brasileiro, Luis Gonzaga, o "rei do Baião". Falando do cenário da
seca nordestina, Luis Gonzaga faz sucesso com músicas como, por exemplo, Asa Branca e Assum Preto.
Enquanto o baião continuava a fazer sucesso com Luis Gonzaga e com os novos sucessos de Jackson
do Pandeiro e Alvarenga e Ranchinho, ganhava corpo um novo estilo musical: o samba-canção.
Com um ritmo mais calmo e orquestrado, as canções falavam principalmente de amor. Destacam-se
neste contexto musical: Dolores Duran, Antônio Maria, Marlene, Emilinha Borba, Dalva de Oliveira, Angela
Maria e Caubi Peixoto. Em fins dos anos 50 (década de 1950), surge a Bossa Nova, um estilo sofisticado
e suave. Destaca-se Elizeth Cardoso, Tom Jobim e João Gilberto. A Bossa Nova leva as belezas
brasileiras para o exterior, fazendo grande sucesso, principalmente nos Estados Unidos. A televisão
começou a se popularizar em meados da década de 1960, influenciando na música. Nesta época, a TV
Record organizou o Festival de Música Popular Brasileira. Nestes festivais são lançados Milton
Nascimento, Elis Regina, Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso e Edu Lobo. Neste mesmo período,
a TV Record lança o programa musical Jovem Guarda, onde despontam os cantores Roberto Carlos e
Erasmo Carlos e a cantora Wanderléa. Na década de 1970, vários músicos começam a fazer sucesso
nos quatro cantos do país. Nara Leão grava músicas de Cartola e Nelson do Cavaquinho. Vindas da
Bahia, Gal Costa e Maria Bethânia fazem sucesso nas grandes cidades.
O mesmo acontece com Djavan (vindo de Alagoas), Fafá de Belém (vinda do Pará), Clara Nunes (de
Minas Gerais), Belchior e Fagner (ambos do Ceará), Alceu Valença (de Pernambuco) e Elba Ramalho
(da Paraíba). No cenário do rock brasileiro destacam-se Raul Seixas e Rita Lee. No cenário funk
aparecem Tim Maia e Jorge Ben Jor. Nas décadas de 1980 e 1990 começam a fazer sucesso novos
estilos musicais, que recebiam fortes influências do exterior. São as décadas do rock, do punk e da new
wave. O show Rock in Rio, do início dos anos 80, serviu para impulsionar o rock nacional.Com uma
temática fortemente urbana e tratando de temas sociais, juvenis e amorosos, surgem várias bandas
musicais. É deste período o grupo Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Titãs, Kid Abelha, RPM, Plebe
Rude, Ultraje a Rigor, Capital Inicial, Engenheiros do Hawaii, Ira! e Barão Vermelho. Também fazem
sucesso: Cazuza, Rita Lee, Lulu Santos, Marina Lima, Lobão, Cássia Eller, Zeca Pagodinho e Raul
Seixas.
Os anos 90 também são marcados pelo crescimento e sucesso da música sertaneja ou country. Neste
contexto, com um forte caráter romântico, despontam no cenário musical: Chitãozinho e Xororó, Zezé di
Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo e João Paulo e Daniel. Nesta época, no cenário pop destacam-
se: Gabriel, o Pensador, O Rappa, Planet Hemp, Racionais MCs e Pavilhão 9. O século XXI começa com
o sucesso de grupos de rock com temáticas voltadas para o público jovem e adolescente. São exemplos:
Charlie Brown Jr, Skank, Detonautas e CPM 22.

Teatro no Brasil56
Uma das primeiras manifestações do teatro no Brasil ocorreu no século XVI como forma de
catequização. O teatro era utilizado pelos jesuítas para instruir religiosamente os índios e colonos. O
padre Anchieta é um dos principais jesuítas que utilizou estes tipos de representações que eram
chamadas de teatro de catequese. Esse teatro possuía uma preocupação muito mais religiosa do que
artística, os atores eram amadores e não existiam espaços destinados à atividade teatral, as peças eram
encenadas em praças, ruas, colégios entre outros. Já no século XVII, além do teatro de catequese emerge
outros tipos de teatros que celebram festas populares e acontecimentos políticos, alguns lembram muito
o carnaval como conhecemos hoje, as pessoas saíam às ruas para comemorações vestidas com
adereços, desfilando mascaradas, dançando, cantando e tocando instrumentos.
Com a chegada da família real no Brasil, em 1808, o teatro dá um grande salto. D. João VI assina um
decreto de 28 de maio de 1810 que reconhece a necessidade da construção de "teatros decentes" para
a nobreza que necessitava de diversão. Grandes espetáculos começaram a chegar ao Brasil porém, além
de serem estrangeiros e refletirem os gostos europeus da época eram somente para os aristocratas e o
povo não tinha qualquer participação, o teatro não tinha uma identidade brasileira. No século XIX o teatro
brasileiro começa a se configurar e um grande marco foi a representação da tragédia Antônio José ou O
Poeta e a Inquisição de Gonçalves Magalhães em 13 de março de 1838. Esse drama foi encenado por
uma companhia genuinamente brasileira, com atores e propósitos nacionalistas formado pelo ator João
Caetano.
Nessa época surgem as Comédias de Costume com o escritor teatral Luiz Carlos Martins Pena que
buscava em fatos da época situações para arrancar da plateia muitos risos. Muitos autores teatrais

56
www.arte.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=196

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surgiram como Antônio Gonçalves Dias, Manuel Antônio Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Castro
Alves, Luís Antônio Burgain, Manuel de Araújo Porto Alegre, Joaquim Norberto da Silva, Antônio
Gonçalves Teixeira e Souza, Agrário de Menezes, Barata Ribeiro, Luigi Vicenzo de Simoni e Francisco
José Pinheiro Guimarães. Em 1855 surge o teatro realista no Brasil, o teatro deixa de lado os dramalhões
e visa o debate de temas atuais, problemas sociais e conflitos psicológicos tentando mostras e revelar o
cotidiano da sociedade, o amor adúltero, a falsidade e o egoísmo humanos. Um dos mais importantes
autores dessa época é Joaquim Manoel de Macedo, autor da obra-prima A Moreninha, de Arthur Azevedo.
A Semana de Arte Moderna de 1922, que foi um marco para as artes não abrangeu o teatro que ficou
esquecido, adormecido por longos anos.
A renovação do teatro brasileiro veio em 1943, com a estreia de Vestido de Noiva, de Gianfrancesco
Guarnieri e Nelson Rodrigues, sob a direção de Ziembinski, que escandalizou o público e modernizou o
palco brasileiro. Vestido de Noiva fez um grande sucesso assim como o Auto da Compadecida, de Ariano
Suassuna. Vale destacar Teatro Brasileiro de Comédia formado por grandes artistas como Cacilda
Becker, Tônia Carrero, Sérgio Cardoso, Paulo Autran, Fernanda Montenegro, entre outros e o Teatro de
Arena que encenou a peça Eles Não Usam Black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri, em 1958, um grande
sucesso. Com o golpe militar em 1964 veio a censura e um número enorme de peças foram proibidas e
somente a partir dos anos 70 o teatro novamente ressurge mostrando produções constantes.

Centenas de obras de arte estão em risco após terremoto na Itália57


Enquanto continuam as buscas por sobreviventes entre os escombros do terremoto de magnitude 6.2
que atingiu a Itália, um outro alerta veio à tona: o patrimônio histórico e cultural da região corre perigo.
Segundo um levantamento divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério para os Bens Culturais, 293
bens históricos e culturais foram destruídos ou estão seriamente ameaçados em um raio de 20 km do
epicentro do terremoto.
A maior parte dos danos aconteceu em Amatrice, onde basílicas, igrejas, bibliotecas, portas romanas,
torres e pontes de grande valor histórico viraram pó.
"Amatrice era muito importante porque foi uma cidade fundada na metade do século 12. Não é um
vilarejo que cresceu, foi uma cidade projetada, como Brasília. O plano da cidade é único na Itália", explicou
à BBC Brasil o professor Alessandro Viscogliosi, da Faculdade de Arquitetura da Universidade Sapienza,
em Roma.
Há anos ele pesquisa e escreve sobre a região, onde tinha uma casa que também desabou no
terremoto.
"No momento do terremoto eu deveria estar em Amatrice com um grupo de seis estudantes e outros
colegas professores", contou Viscogliosi. O grupo adiou a pesquisa por questões médicas.
Ele coordena um projeto de pesquisa sobre o patrimônio histórico e urbanístico da região. No verão,
quando o clima é quente, costumam acontecer os trabalhos de pesquisa de campo. "Amatrice era uma
cidade especial também porque dela dependiam cerca de 80 outros vilarejos menores vizinhos. São
muitas casas medievais e igrejas com obras de arte espalhadas pela região", afirmou Viscogliosi.
Até o momento, sabe-se que na cidade foram gravemente atingidas pelo terremoto a basílica de São
Francisco, a Igreja de Santo Agostinho e o museu cívico.
A cidade vizinha de Accumoli também abriga portas medievais e palácios, e sua história remonta ao
século 11. Em 1643, a vila foi comprada pela família Medici (mecenas de grandes artistas como
Michelangelo e Rafael) e mais tarde vendida ao reino de Nápoles.

Próximos passos
O Ministério para Bens Culturais ativou quatro unidades de crise para avaliar os danos e prevenir
maiores estragos.
"Agora ainda estamos buscando sobreviventes. Assim que as condições mínimas de segurança forem
garantidas, equipes irão à região", disse à BBC Brasil por telefone a partir de Roma, Paolo Iannelli,
engenheiro membro da unidade de crise.
Segundo ele, o ministério conta com protocolos e procedimentos que já foram usados em outras
situações de emergência. Os próximos passos incluem mapeamento dos danos e análise técnica dos
bens a serem retirados do local, protegidos ou restaurados.
"Agora o maior desafio é minimizar o dano aos bens culturais que ainda estão em pé. Se chove, por
exemplo, pode se perder o material sob os escombros em museus e bibliotecas", acrescentou Ianello.
Outro risco também seriam possíveis roubos e danos, principalmente a obras de arte dentro das
igrejas.

57
29/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/08/centenas-de-obras-de-arte-estao-em-risco-apos-terremoto-na-italia.html

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1270721 E-book gerado especialmente para SAMUEL AZEVEDO PIRES
"A grande desgraça do terremoto em Áquila (em 2009) foi que preciosas estátuas de terracota
desabaram no chão e se quebraram. Mas também é preciso ficar atento aos ladrões de obra de arte",
afirmou o professor Viscogliosi.
Em gesto de solidariedade, o governo convidou os italianos a visitarem museus neste domingo, 28,
quando toda a arrecadação dos ingressos será doada aos esforços de reparação dos bens artísticos
atingidos pelo terremoto.

'Aquarius', de Kleber Mendonça Filho, é selecionado para festival de NY58


"Aquarius", filme do diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho protagonizado por Sonia Braga,
estará na 54ª edição do Festival de Cinema de Nova York, um dos mais importantes dos Estados Unidos.
A lista de 25 filmes da mostra principal foi anunciada nesta terça-feira (09/08/2016) e inclui importantes
nomes da indústria cinematográfica, entre eles Pedro Almodóvar, que exibirá o seu "Julieta", e Ken Loach,
com "I, Daniel Blake", vencedor da Palma de Ouro em Cannes neste ano.

Repercussão em Cannes
Com estreia prevista para 1º de setembro de 2016, o longa disputou a Palma de Ouro no Festival de
Cannes, em maio. O júri, no entanto, escolheu como vencedor o representante britânico de Loach. No
festival francês, o filme ficou marcado pelo protesto contra o impeachment de Dilma Rousseff que o diretor
e o elenco fizeram no tapete vermelho.
Além disso, ganhou a simpatia da crítica, tendo sido aplaudido por vários minutos após o fim da sessão.
O jornal britânico "Daily Telegraph" deu o seguinte título à resenha: "'Aquarius' vai fazer você querer morar
no Brasil". A atuação de Sonia Braga no papel de uma mulher que se recusa a deixar de viver do modo
como deseja, também foi elogiada.

O abraço da serpente' é vencedor nos Prêmios Platino com 7 estatuetas59


O filme colombiano "O abraço da serpente" (2015), de Ciro Guerra, foi o grande vencedor da terceira
edição dos Prêmios Platino de Cinema Ibero-Americano, ao ganhar em sete das oito categorias às quais
concorria, entre elas as de melhor filme de ficção e direção (veja, abaixo, a lista de ganhadores). A
cerimônia de entrega aconteceu neste domingo (24/07/2016) no Centro de Convenções de Punta del
Este, no Uruguai. O filme brasileiro "Que horas ela volta?", de Anna Muylaert levou um prêmio fora de
competição.

Nova regra da Lei Rouanet pode gerar prejuízos aos cofres públicos, diz TCU60
Medida tomada pouco antes do afastamento da presidenta Dilma Rousseff para acelerar a análise da
prestação de contas de projetos da Lei Rouanet pode gerar prejuízos, conforme entendimento do Tribunal
de Contas da União (TCU). Pela medida, são dispensados de análise financeira os projetos cujo valor
captado seja menor ou igual a R$ 600 mil. De acordo com o TCU, tais projetos correspondem a 88,39%
dos beneficiados pelo programa e a aproximadamente R$ 2,3 bilhões, ou 41,68% do montante total dos
recursos captados, considerando o período de 2007 a 2011.
A análise financeira é a segunda etapa da análise da prestação de contas de projetos financiados por
meio de incentivos fiscais. Nessa etapa, é analisada a regularidade das demonstrações financeiras, dos
documentos comprobatórios das despesas e do nexo causal com o objeto pactuado. A primeira etapa é
uma análise técnica da execução do projeto, do alcance dos objetivos e da finalidade, proporcionais à
captação de recursos para o projeto cultural. Para o TCU, a dispensa da segunda etapa pode resultar em
potencial risco de danos ao erário porque analisar apenas a execução do projeto não comprova o
adequado emprego de recursos federais envolvidos.
A medida consta na Portaria 58, de 10 de maio de 2016 do Ministério da Cultura, publicada ainda na
gestão de Juca Ferreira. Ao assumir a pasta, o ministro Marcelo Calero enviou uma consulta ao TCU
sobre a regularidade do normativo. A intenção era rever, se necessário, a medida e eliminar o "grande
estoque de prestações de contas ainda pendentes desde 2011", como consta no relatório do TCU. Dados
de junho do Ministério da Cultura mostram que havia 12.109 projetos no passivo da Lei Rouanet,
propostas aprovadas entre 1992 e 2011, que não tiveram as contas examinadas.

58
10/08/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2016/08/aquarius-de-kleber-mendonca-filho-e-selecionado-para-festival-
de-ny.html
59
25/07/2016 – Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2016/07/o-abraco-da-serpente-e-vencedor-nos-premios-platino-com-7-
estatuetas.html
60
02/08/2016 – Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-08/nova-regra-da-lei-rouanet-pode-gerar-prejuizos-ao-
governo-diz-tcu

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1270721 E-book gerado especialmente para SAMUEL AZEVEDO PIRES
Olimpíada
O TCU também se manifestou sobre a Instrução Normativa 7, de 10 de maio de 2016, segundo a qual
projetos da Lei Rouanet ligados ao Jogos Olímpicos e Paraolímpicos deste ano podem captar recursos
acima do atual limite de renúncia, que é de 0,05% para pessoa física e de 3% para pessoa jurídica. Para
o Tribunal de Contas, essa medida é regular.
No entendimento do TCU, a exceção já existe em casos de projetos ligados à restauração ou
recuperação de bens de valor cultural reconhecido pelo ministério, e a medida apenas a amplia para os
Jogos, o que é regular, dada a "relevância e o ineditismo" dos eventos.
Questionado sobre o impacto dos posicionamentos do TCU e as medidas que serão adotadas a partir
de agora, o Ministério da Cultura disse que seguirá as recomendações do TCU.

Garry Marshall, diretor de 'Uma linda mulher', morre aos 81 anos61


Conhecido por comédias românticas, ele teve complicações de pneumonia. Conhecido ainda por
comédias românticas como "Um salto para a felicidade" (1987), "Noiva em fuga" (1999), "Diário de
princesa" (2001) e a sequência "Diário de princesa 2: Casamento real" (2004), Marshall também criou um
clássico da TV americana, a série de TV "Happy days", exibida entre 1974 e 1984.
Mas o principal trabalho do diretor foi mesmo "Uma linda mulher", espécie de conto de fadas
ambientado nos anos 1990 que transformou Julia Roberts na "namoradinha da América" e estabeleceu
Richard Gere de vez como um dos grandes galãs de Hollywood. Para muitos, é a comédia romântica por
excelência.
Os Prêmios Platino do Cinema Ibero-Americano valem para o cinema em espanhol e em português.
Quem promove é Entidade Espanhola de Gestão de Direitos Audiovisuais (Egeda) em parceria com a
Federação Ibero-Americana de Produtores (FIPCA).
Das oito categorias em que estava indicado, "O abraço da serpente" não levou apenas o prêmio de
melhor roteiro, que foi o chileno "O clube", escrito por Pablo Larraín, Guillermo Calderón e Daniel
Villalobos.

Lei Rouanet: entenda como funciona a Lei de Incentivo à Cultura62


Criada em 1991, a Lei de Incentivo à Cultura, mais conhecida como a Lei Rouanet, foi assim batizada
por causa do então ministro da Cultura Sérgio Paulo Rouanet.
A lei é conhecida por sua política de incentivos fiscais para projetos e ações culturais: por meio dela,
cidadãos (pessoa física) e empresas (pessoa jurídica) podem aplicar nestes fins parte de seu Imposto de
Renda devido. Atualmente, mais de 3 mil projetos são apoiados a cada ano por meio desse mecanismo.

A Lei Rouanet (8.313/91) institui o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), que tem o
objetivo de apoiar e direcionar recursos para investimentos em projetos culturais. Os produtos e
serviços que resultarem desse benefício serão de exibição, utilização e circulação públicas.

O mecanismo de incentivos fiscais da Lei Rouanet é apenas uma forma de estimular o apoio da
iniciativa privada ao setor cultural. Ou seja, o governo abre mão de parte dos impostos, para que esses
valores sejam investidos na Cultura.
Podem solicitar o apoio por meio da Lei Rouanet pessoas físicas que atuam na área cultural, como
artistas, produtores e técnicos, e pessoas jurídicas, como autarquias e fundações, que tenham a cultura
como foco de atuação. As propostas enviadas ao Ministério da Cultura (MinC) podem abranger diversos
segmentos culturais, como espetáculos e produtos musicais ou de teatro, dança, circo, literatura, artes
plásticas e gráficas, gravuras, artesanato, patrimônio cultural (museus) e audiovisual (como programas
de rádio e TV).
No processo para receber o benefício, a proposta deve ser aprovada pelo MinC e, se isso ocorrer, o
titular do projeto pode captar recursos com cidadãos ou empresas. O ciclo de aprovação de projetos
incluem diversas etapas e se finaliza com a avaliação da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura
(CNIC), que é formada com paridade de membros do poder público e da sociedade civil. Todas as
decisões são públicas e podem ser consultadas no Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura
(Salic).

61
20/07/2016
Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2016/07/diretor-de-uma-linda-mulher-garry-marshall-morre-aos-81.html
62
15/04/2016
Fonte: http://www.ebc.com.br/cultura/2016/04/lei-rouanet-entenda-como-funciona-lei-de-incentivo-cultura - Adaptado

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Incentivos
Quem fornece os recursos é chamado de incentivador e, com a Lei Rouanet, tem parte ou o total do
valor do apoio deduzido no Imposto de Renda devido. O valor do incentivo para cada projeto cultural pode
ser feito por meio de doação ou patrocínio. No caso da doação, o incentivador não pode ser citado ou
promovido pelo projeto. Podem ser beneficiados nesta modalidade apenas pessoas físicas ou jurídicas
sem fins lucrativos.
Quando o incentivo é realizado por patrocínio, é permitida a publicidade do apoio, com identificação
do patrocinador, que também pode receber um percentual dos produtos que projeto, como CDs, ingressos
e revistas, para distribuição gratuita.

Fundo Nacional de Cultura


A Lei Rouanet também inclui o Fundo Nacional de Cultura (FNC), constituído de recursos destinados
exclusivamente à execução de programas, projetos ou ações culturais. Para receber este apoio,
propostas são escolhidas por processos seletivos realizados pela Secretaria de Incentivo e Fomento à
Cultura (Sefic). As iniciativas aprovadas celebram um convênio ou um contrato de repasse de verbas com
o FNC.

Com os recursos do FNC, o MinC pode conceder prêmios, apoiar a realização de intercâmbios
culturais e propostas que não se enquadram em programas específicos, mas que têm afinidade
com as políticas da área cultural e são relevantes para o contexto em que irão se realizar (essas
iniciativas são chamadas de propostas culturais de demanda espontânea).

Polêmicas
A Lei Rouanet costuma ser alvo de dúvidas sobre a destinação das verbas para projetos culturais.
Sobre o tema, no início de abril de 2016 o Ministério da Cultura esclareceu por meio de nota que "a
concessão de incentivo fiscal a projetos culturais é uma possibilidade disponível a qualquer cidadão
brasileiro que atua na cultura".
O repasse de recursos não é feito de forma direta para nenhum projeto aprovado por meio do incentivo
fiscal: "quem decide o financiamento são as empresas ou cidadãos que patrocinam ou doam aos projetos.
A decisão não é do governo", explica o MinC, que diz ainda que "o posicionamento político, artístico,
estético ou qualquer outro relacionado à liberdade de expressão (do artista ou prjeto avaliado) não é
objeto de análise, sendo que a Lei veta expressamente 'apreciação subjetiva quanto ao seu valor artístico
ou cultural'".

Mulher negra substituirá Tony Stark como Homem de Ferro nas HQs63
Uma mulher negra vai substituir Tony Stark como Homem de Ferro em um nova série do herói nos
quadrinhos, informa nesta quarta-feira (06/07/2016) a revista "Time". A versão sairá após a conclusão de
"Guerra Civil II", que está começando agora nos Estados Unidos.
Riri Williams, descrita como um "gênio da ciência que entrou no MIT aos 15 anos, é uma nova
personagem que já havia aparecido em um número de "Invincible Iron Man" lançado em maio.
A personagem havia criado sozinha uma armadura própria baseada em um modelo antigo feito por
Tony Stark.
Em entrevista à "Time", o roteirista Brian Michael Bendis, criador de Riri Williams, explicou que a
personagem surgiu "de maneira orgânica", e não em uma reunião na qual alguém determinou sua
aparição. "É inspirada no mundo ao meu redor e que não é suficientemente representado na cultura
popular", afirmou Bendis.
Ao comentar recepção de Riri Williams entre os fãs de quadrinhos, o roteirista citou outros heróis
surgidos nos quadrinhos da Marvel nos últimos anos e a versão negra e latina do Homem-Aranha
lançada em 2012.
"Felizmente, por causa de meu envolvimento na criação de Miles Morales, Jessica Jones e outros
personagens, temos o benefício da dúvida mesmo entre os fãs mais ardorosos. Há fãs que dizem
'mostrem coisas novas' e há fãs que dizem 'não faça nada diferente do que tinha quando eu era criança'.
Então, quando você está apresentando novos personagens, sempre vai ter gente ficando paranoica a
respeito do fato de você estar arruinando a infância delas", brincou.
"Tenho passado por isso com Miles Morales, Jessica Jones, Maria Hill. Eu sabia que estava em boas
mãos com Mike Deodato e outros artistas que me ajudaram a visualizar Riri." Nome artístico do paraibano

63
06/07/2016
Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2016/07/adolescente-negra-substituira-tony-stark-como-homem-de-ferro-nas-hqs.html

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Deodato Taumaturgo Borges Filho, Mike é um desenhista brasileiro que já assinou HQs do Homem-
Aranha, Hulk, Thor e Vingadores, dentre outros.

Por 8 votos a 1, Supremo declara válida lei sobre direitos autorais64


O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) validou hoje, por oito votos a um, a lei aprovada pelo
Congresso, em vigor desde 2013, que regulamenta a gestão dos direitos autorais, recebidos pelos artistas
como remuneração pela veiculação de suas músicas.
O Supremo concluiu o julgamento, iniciado em abril deste ano, de duas ações apresentadas por
associações de músicos e compositores para derrubar trechos da lei, que alterou as regras dos direitos
autorais e permitiu participação do governo na arrecadação e distribuição dos valores.
De 1998 a 2013, a gestão dos direitos autorais era realizada somente pelo Escritório Central de
Arrecadação e Distribuição (Ecad), integrada por nove associações, que representam diversas categorias
do setor: músicos, arranjadores, regentes, intérpretes, compositores, entre outros.
Parte da categoria, no entanto, apontava abusos nas taxas cobradas de rádios e emissoras de TV, por
exemplo, bem como desigualdade na remuneração dos artistas. Por isso, apoiaram a lei, que introduziu
a participação do Ministério da Cultura na gestão.
Nesta quinta, a análise do caso continuou com o voto do ministro Marco Aurélio Mello, que havia
pedido, em abril, mais tempo para analisar a questão.
Marco Aurélio foi o único que concordou com os pedidos das entidades, que argumentava que as
mudanças levaram à intervenção pública no setor.
Oito dos 11 ministros votaram contra as ações: além do relator, ministro Luiz Fux, também foram
contrários os ministros Luiz Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Cármen
Lúcia, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.
Os ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello não estavam no plenário e não participaram do
julgamento.
O relator Luiz Fux considerou que a nova legislação garante transparência na gestão dos recursos e
busca preservar os autores.
Votos
Nesta quinta, Marco Aurélio Mello entendeu que a nova legislação fere o princípio de liberdade das
associações. "A liberdade das associações está garantida na Constituição e é pressuposto da
democracia", disse o ministro.
Ricardo Lewandowski, que concordou com o relator Luiz Fux, apontou que é papel do Estado atuar
para garantir o direito de cultura por parte dos cidadãos.
Em seu voto, em abril, Luís Roberto Barroso afirmou que CPIs no Congresso e audiências no STF
atestaram falhas na gestão dos direitos autorais que justificaram a intervenção do Legislativo.
“As alterações promovidas garantem maior transparência, eficiência, modernização e fiscalização na
gestão dos direitos coletivos. Eu, por convicção filosófica, acho que os monopólios, sejam estatais ou
privados, são por definição problemáticos e tendem a produzir ineficiência e abuso de poder”, afirmou,
em referência ao poder do Ecad anterior à norma.
Na mesma linha, Rosa Weber entendeu não haver intervencionismo do governo na gestão, mas
“necessária correção de rumos”. “Em jogo uma atividade privada de interesse público, eu não visualizo
intervencionismo estatal em contrariedade à nossa lei fundamental [Constituição], e sim uma atuação
fiscalizadora no exercício de legítimo poder de polícia”, disse.

Hacker pega 18 meses nos EUA por vazar na web fotos de famosas nuas65
Um homem de 36 anos foi condenado nos Estados Unidos a 18 meses de prisão por envolvimento no
vazamento de fotos de famosas nuas, como a atriz Jennifer Lawrence e a modelo Kate Upton.
(Correção: ao ser publicada, esta reportagem errou ao informar, no título, que o hacker havia sido
condenado a 18 anos de cadeia. No texto, a informação estava correta).
De acordo com a sentença, Ryan Collins, nascido na Pensilvânia, acessou ilegalmente mais de 100
contas pessoais da Apple e Google, incluindo de algumas celebridades do show business, segundo
informou nesta quinta-feira (27) a Promotoria americana.
Entre novembro de 2012 e setembro de 2014, Collins enviou e-mails para suas vítimas em potenciais
sob o disfarce de um representante da Apple e Google, fazendo com que lhe fornecessem seus nomes
de usuário e senhas.

64
28/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/10/por-8-votos-1-supremo-declara-valida-lei-sobre-direitos-autorais.html
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28/10/2016 Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/10/homem-e-condenado-nos-eua-por-roubar-e-vazar-na-web-fotos-de-
famosas-nuas.html

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Com as respostas, ele acessou ilegalmente as contas e roubou informações pessoais, incluindo
imagens e vídeos privados que mais tarde foram veiculados na internet.
Os investigadores identificaram mais de 600 vítimas de Collins, muitas das quais pertenciam a indústria
do entretenimento de Los Angeles.
O vazamento em massa de fotografias nuas e privadas de celebridades foi conhecido como o
"celebgate" e afetou, a partir de agosto de 2014, entre outras, Jennifer Lawrence, Ariana Grande, Kate
Upton, Kim Kardashian, Rihanna, Scarlett Johansson, Mary Elizabeth Winstead e Kirsten Dunst.
No mês de maio, Collins já se tinha declarado culpado das acusações.

Temer diz que ampliou orçamento da Cultura 'em um momento de arrocho'66


O presidente da República, Michel Temer, afirmou, nesta segunda-feira (7), em cerimônia de entrega
da Ordem do Mérito Cultural, que o orçamento da Cultura foi ampliado "em um momento de arrocho".
As medalhas foram entregues por Temer, a primeira-dama Marcela Temer e o ministro da Cultura,
Marcelo Calero em palco montado no salão nobre do Palácio do Planalto. Ao todo, 30 pessoas e seis
instituições foram agraciadas com a principal condecoração da área cultural, como o Museu do Samba,
sambistas, artistas, cineastas e designers. O evento, com shows de artistas, custou mais de R$ 600 mil.
"Aumentamos em mais de 40% o orçamento destinado ao Ministério da Cultura para 2017. (...) E isso
justamente em um momento de arrocho, em um momento de aperto. A cultura foi priorizada neste
momento", disse ao elogiar as apresentações musicais e o ministro Marcelo Calero.

Lei do Audiovisual
Em fala improvisada – Temer preferiu não ler o discurso previamente preparado – o presidente ainda
anunciou que o governo vai renovar até 2022 os benefícios da Lei do Audiovisual.
A iniciativa estimula o apoio econômico de pessoas jurídicas e físicas a obras cinematográficas em
troca de abatimentos no Imposto de Renda.
“Gostaria de anunciar que iremos renovar por mais cinco anos, até 2022, os benefícios da Lei do
Audiovisual”, afirmou.
O evento teve como tema o centenário do samba, com foco na importância do estilo musical para a
construção da identidade nacional, e contou com apresentações do Neguinho da Beija Flor, Márcio
Gomes, Áurea Martins e André Lara. No início da cerimônia, Fafá de Belém cantou o Hino Nacional.
A homenageada da noite foi a sambista Dona Ivone Lara com o grau máximo de grã-cruz. Natural do
Rio de Janeiro, construiu carreira na escola de samba Prazer da Serrinha, cuja divisão interna levou à
criação da Império Serrano.

Custo do evento
O evento fechado da entrega da Ordem do Mérito Cultural custou aos cofres públicos mais de R$ 600
mil, sem licitação.
Os contratos do Ministério da Cultura foram publicados nesta segunda-feira no "Diário Oficial da União"
na forma de "extrato de inexigibilidade de licitação", ou seja, sem necessidade de licitação.
Procurada pelo G1, a assessoria do Ministério da Cultura informou:
"A entrega da Ordem do Mérito Cultural é realizada há 22 anos e reconhece o trabalho de
personalidades brasileiras e estrangeiras na promoção e na divulgação da cultura brasileira. A cerimônia
de 2016 vem sendo planejada desde maio, quando foi aberta consulta para a indicação dos nomes dos
agraciados. Já foram agraciados pela Ordem do Mérito Cultural mais de 500 personalidades e instituições.
As contratações realizadas por inexigibilidade estão de acordo com a legislação de licitações."
Um dos contratos publicados nesta segunda-feira pelo Ministério da Cultura, no valor de R$ 596,8 mil,
é destinado à contratação da empresa Treco Produções Artísticas Ltda., "representante exclusiva de
artistas consagrados pela crítica especializada e/ou opinião pública".
Segundo o extrato publicado no "Diário Oficial", a empresa prestará serviços de "roteiro, direção
artística, direção de arte, direção geral, produção artística e apresentações musicais" na cerimônia no
Palácio do Planalto, que homenageará o samba.
O outro contrato, também sem licitação, no valor de R$ 15 mil, é destinado à contratação da cantora
Fafá de Belém, "artista consagrada pela crítica especializada e opinião pública", para ela se apresentar
no evento organizado pelo governo Temer.

Ordem do Mérito Cultural


A Ordem do Mérito Cultural foi criada em 1995 e já agraciou mais de 500 personalidades e instituições.

66
07/11/2016 Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/11/temer-diz-que-ampliou-orcamento-da-cultura-em-momento-de-arrocho.html

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O conselho que define os homenageados é formado pelos ministros Marcelo Calero (Cultura), José
Serra (Relações Exteriores), Mendonça Filho (Educação) e Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia,
Inovação e Comunicações).
Qualquer pessoa pode fazer uma indicação ao Ministério da Cultura, responsável pela comenda. Uma
pré-avaliação então é realizada por uma comissão técnica, que encaminha a lista dos indicados para
consideração do conselho.

Questões

01. (INSTITUTO CIDADES – Auditor – CONFERE/2016) Ex-executivo de alto escalão da Petrobras,


Nestor Cerveró foi identificado como o autor de um relatório que levou a empresa a adquirir, em 2006,
uma determinada refinaria, negócio que, anos depois, mostrar-se-ia prejudicial à companhia. Segundo
relato do comitê de auditoria da Petrobras, concluído em 24 de outubro de 2014, Nestor Cerveró teria
omitido informações relevantes em apresentações à Diretoria Executiva e ao Conselho de Administração
da empresa, que resultaram em "substanciais perdas financeiras para a Petrobras". Em 2015, tornar-se-
ia nacionalmente conhecido por seu envolvimento no denominado "Escândalo do Petrolão". A referida
refinaria citada no texto, fica localizada na cidade de:
(A) Buenos Aires, na Argentina.
(B) Pasadena, nos Estados Unidos.
(C) De Santiago, no Chile.
(D) De Toronto, no Canadá.

02. (Prefeitura de Florianópolis – FEPESPE/2015) O Brasil vive hoje uma importante crise
econômica. Entre seus reflexos estão a queda na produção e o aumento do desemprego.
Assinale a alternativa que identifica uma das causas desta crise.
(A) O fim das relações comerciais com a China.
(B) A queda na produção de alimentos.
(C) O aumento das exportações
(D) O desequilíbrio das contas públicas.
(E) Os empréstimos feitos a outros países como a Índia, o Chile, a Bolívia e a Venezuela.

03. (Prefeitura de Florianópolis – FEPESPE/2015) O noticiário faz frequentes referências a uma


operação da Polícia Federal conhecida como “Lava Jato”.
Identifique o objetivo desta operação.
(A) Impedir a evasão de divisas.
(B) Apurar um esquema de corrupção em uma empresa estatal brasileira.
(C) Apurar as denúncias de corrupção na Fundação de Amparo ao Meio Ambiente
(D) Prender os responsáveis pela falsificação de medicamentos distribuídos nas Farmácias Populares
do Brasil.
(E) Impedir a tentativa de venda dos ativos da PETROBRAS e a transferência das suas ações para a
iniciativa privada.

04. (MPE-SP – Oficial de Promotoria – VUNESP/2016) Em julho, EUA e Cuba retomaram suas
relações diplomáticas e abriram embaixadas nos respectivos territórios depois de vários meses de
negociações que puseram ponto final a mais de meio século de ruptura.
(http://glo.bo/1NyuLEg)

Apesar da reabertura das relações diplomáticas,

(A) os Estados Unidos ainda mantêm o embargo econômico a Cuba.


(B) os dois países não se decidiram sobre a necessidade de vistos para viajantes.
(C) Cuba recusa-se a devolver as instalações da prisão de Guantánamo.
(D) os cubanos residentes em Miami têm negados os vistos de permanência.
(E) o governo cubano dificulta a presença de turistas estadunidenses no país.

05. (MPE-SP – Oficial de Promotoria – VUNESP/2016) O Órgão Especial do Tribunal de Justiça (TJ)
de São Paulo determinou a suspensão do fornecimento da substância fosfoetalonamina, nesta quarta-
feira (11.11.2015).

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Mais de duas mil liminares já tinham pedido a droga, que era distribuída pela USP São Carlos. A
USP recorreu, afirmando que não tinha condições de produzir o remédio em larga escala e que, além
disso, não há pesquisas que atestem a eficácia da droga.
(http://goo.gl/R8iSzt. Adaptado)
Supostamente, a droga teria efeito
(A) na prevenção do diabetes.
(B) no combate ao câncer.
(C) na cura de meningite viral.
(D) no retardamento das consequências da osteoporose.
(E) contra a hepatite tipo C.

06. (CODAR – EXATUS/2016) Ministro do Supremo Tribunal Federal que foi designado como relator
do processo da Operação Lava-Jato:
(A) Dias Toffoli.
(B) Edson Fachin.
(C) Roberto Barroso.
(D) Teori Zavascki.

07. (Prefeitura de Nova Ponte – Advogado – IBEG/2016) No mês de novembro de 2015 o Supremo
Tribunal Federal mandou prender o senador Delcídio do Amaral, líder do governo no Senado, acusado
de obstruir as investigações da “Operação Lava Jato”. É a primeira vez desde a redemocratização
brasileira, em 1985, que um senador é preso no exercício de seu mandato. Sobre esse fato analise as
afirmativas a seguir.
I. A prisão de Delcídio é preventiva sem data para ser relaxada.
II. O esquema que envolvia a fuga de Cerveró para a Espanha, via Paraguai foi revelado a partir de
uma gravação.
III. O advogado Edson Ribeiro, por participar, também teve sua prisão decretada.
IV. Delcídio, estando preso não manterá seu mandato como senador e seu suplente assumirá.
V. O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki foi quem autorizou a prisão.
Estão CORRETAS as afirmativas.
(A) I, II, III e V apenas.
(B) I, II, III e IV apenas.
(C) I, II e III apenas.
(D) I, II, III, IV e V.

08. (CRO – RJ - Analista Tecnologia da Informação - INAZ do Pará/2016) Historicamente a política


partidária no Brasil sempre esteve envolvida em escândalos, são desvios de verbas da educação,
merenda escolar, saúde e obras públicas. O processo de Impeachment da presidente Dilma Rousseff
teve início em 2 de dezembro de 2015, pelo Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, a
partir de denúncia por crime de responsabilidade oferecida pelo procurador de justiça aposentado Hélio
Bicudo e pelos advogados Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal. Marque a alternativa abaixo que
apresenta as razões para o Impeachment da presidente.
(A) Enriquecimento ilícito devido ao acúmulo capital em conta bancária pessoal.
(B) O Impeachment de Dilma enquadra-se nas leis orçamentária e de improbidade administrativa.
(C) A acusação se dá unicamente devido ao seu envolvimento em atos de corrupção na Petrobrás.
(D) Foi descoberto desvio de verba para a campanha política, oriundo de empresa particular não
declarada.
(E) Desde o início do processo a presidente Dilma vem sendo acusada de crime de peculato.

09. CRO – RJ - Analista Tecnologia da Informação - INAZ do Pará/2016) A crise política pela qual
passa o Brasil já dura bastante tempo. A política de juros e pagamento de impostos no Brasil vem
causando descontentamento na população de trabalhadores desse país, porque reduz a capacidade de
compra dos mesmos. Os escândalos políticos e os desvios de dinheiro público têm causados uma revolta
ainda maior, sobretudo em época de recessão e aumento do preço da cesta básica do brasileiro. O feijão
é um dos produtos da cesta básica que mais tem subido de preço.
Disponível em http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2016/06/preco-do-feijao-sobe-33-em-2016.html .
Acesso em: 20 agosto 2016.
(A) A causa do aumento de preço do feijão está no campo, devido a condições climáticas como frio,
chuva, estiagem e o custo de produção.

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(B) A causa do aumento de preço do feijão está na política de preços do governo que não compra a
safra dos produtores.
(C) A causa pode estar relacionada à escassez de mão de obra para a colheita do feijão e à falta de
incentivo do governo federal.
(D) A causa do aumento de preço do feijão é unicamente devido ao custo para escoá-lo. O transporte
rodoviário é muito caro no Brasil.
(E) A causa está relacionada exclusivamente ao aumento de preço dos produtos químicos utilizados
na produção do feijão.

10. (Prefeitura de Lages – SC – Procurador – FEPESE/2016) Jurista brasileiro que ganhou projeção
nacional por sua atuação na Operação Lava Jato.
(A) Celso de Mello
(B) Eduardo Cunha
(C) Gilmar Mendes
(D) Sergio Moro
(E) Rodrigo Janot

11. (Prefeitura de Lages – SC - Agente Administrativo – FEPESE/2016) A chamada “Lei da Ficha


Limpa” atrapalhou os planos de muitos políticos que pretendiam concorrer às eleições deste ano e que
tiveram seus registros de candidatura impugnados.
Assinale a alternativa que indica um motivo que pode tornar um candidato “ficha suja”, segundo a
referida lei.
(A) A rejeição de contas relativas ao cargo ou função pública.
(B) Notícia de conhecimento público de cometimento de crime de corrupção.
(C) Ser ateu ou professar religião não cristã.
(D) Acusação de atentado ao pudor, mesmo que não comprovada.
(E) Condenação em primeira instância por crimes como lavagem de dinheiro, corrupção, peculato ou
abuso de poder econômico.

12. (SEJUS-PI - Agente Penitenciário – NUCEPE/2016) Em plebiscito histórico, os britânicos


decidem deixar a União Europeia, abrindo um período de incertezas para o país e para o maior bloco
econômico do planeta. O resultado final foi apertado, com uma diferença de menos de 4% em favor do
Brexit, uma contração das palavras “Britain” e “exit”, algo como “saída britânica” em inglês. Sobre a
conjuntura atual da União Europeia e a saída britânica do bloco é CORRETO afirmar que:
(A) A saída de um país membro do bloco não é um fato inédito, já tendo ocorrido com a Sérvia em um
processo de ruptura que durou dois anos.
(B) Com a saída britânica o bloco passará a contar com 27 países, dos quais 8 compondo a zona do
Euro, ou seja, compartilhando a moeda única.
(C) Para os partidários da saída do Reino Unido os imigrantes representam uma concorrência em um
mercado de trabalho saturado.
(D) Os eurocéticos, composto basicamente por líderes sindicais e demais movimentos sociais,
configuraram o principal grupo de oposição ao Brexit.
(E) O Brexit não afetará os acordos comerciais unilaterais do Reino Unido com o bloco, nem as
exportações e empregos gerados pela cadeia produtiva.

13. (Prefeitura de Piedade – SP – Técnico Legislativo - PUBLICONSULT/2016) Técnico Legislativo


“Responsável por conduzir o julgamento de mérito do impeachment da presidente afastada Dilma
Rousseff, _______________, defendeu nesta quinta-feira que acusações diferentes das pedaladas
fiscais e da maquiagem nas contas públicas não sejam levadas em consideração nas etapas seguintes
do processo que pode levar à perda definitiva do mandato da petista e à inelegibilidade de oito anos”.
(Fonte: veja.abril.com.br, 12/08/2016)
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna:
(A) o juiz Sérgio Moro
(B) o Presidente da Comissão Especial do impeachment, senador Raimundo Lira
(C) o Presidente do Senado Federal, Renan Calheiros
(D) o Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski

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14. (Prefeitura de Piedade – SP – Técnico Legislativo - PUBLICONSULT/2016) “Diante da
resistência do Congresso em aprovar medidas de ajuste fiscal, o presidente do Banco Central
_____________ afirma que interesses coletivos precisam prevalecer sobre os individuais para o Brasil
voltar a crescer”.
(Fonte: www1.folha.uol.com.br, 14/08/2016)

Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna:


(A) Ilan Goldfajn
(B) Henrique Meirelles
(C) Alexandre Tombini
(D) Joaquim Levy

15. (Prefeitura de Piedade – SP – Técnico Legislativo - PUBLICONSULT/2016) “Uma tentativa de


golpe de Estado na Turquia ocorreu em 15 de julho de 2016, porém fracassou. A investida foi
supostamente orquestrada por uma facção pertencente às Forças Armadas Turcas. Entretanto, ainda não
estão claros os motivos da ofensiva militar nem seus principais líderes”. Qual a capital da Turquia?
(A) Istambul
(B) Damasco
(C) Ancara
(D) Bagdá

16. (IF-PA - Assistente em Administração – FUNRIO/2016) Observe atentamente as seguintes


informações:
I – Parte da ciclovia Tim Maia desaba no Rio de Janeiro.
II – Teatro chora a morte da atriz Tereza Rachel.
III – Novela “Dez Mandamentos” repete no cinema o sucesso que fez na tevê.
IV – CBF aumenta número de participantes na série A de 2016.
Quantas dessas quatro frases correspondem a fatos efetivamente ocorridos em 2016?
(A) Apenas as duas primeiras.
(B) Apenas as três primeiras.
(C) Apenas as três últimas
(D) Apenas as duas últimas.
(E) As quatro estão corretas.

17. (CASSEMS – MS - Assistente Administrativo - MS CONCURSOS/2016) O governo da


presidenta Dilma Rousseff está sendo acusado de praticar manobra contábil para cumprir as metas
fiscais, fazendo parecer que há equilíbrio entre gastos e despesas nas contas públicas. Qual o apelido
dado à manobra?
(A) Superávit primário
(B) Ajuste fiscal
(C) Pedalada fiscal
(D) Manobra orçamentária

18. (MPE-SP - Analista Técnico Científico – Biólogo – VUNESP/2016)


Justiça homologa acordo de leniência com Andrade Gutierrez
O juiz federal Sérgio Moro homologou o acordo de leniência entre a empreiteira Andrade Gutierrez e
o Ministério Público Federal.
(G1, 08.05.2016.)
Nos termos do acordo, em troca de poder continuar mantendo contratos com o poder público, a
empresa
(A) decidiu não mais financiar campanhas de candidatos e partidos políticos, assim como se
comprometeu a desmontar o seu escritório de lobby em Brasília.
(B) firmou que os seus executivos devem se manifestar apenas no que for estabelecido
expressamente pelos contratos firmados, para evitar práticas de suborno e corrupção.
(C) resolveu submeter todos os seus contratos a auditorias externas e, a título de transparência,
repatriou os seus recursos depositados em paraísos fiscais.
(D) aceitou pagar R$ 1 bilhão em multas, além de garantir a colaboração em todas as investigações
de corrupção em que possa estar envolvida.

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(E) estabeleceu limites para o valor das obras públicas das quais participará de agora em diante,
evitando os projetos mais custosos e com maior risco de corrupção.

19. (MPE-SP - Analista Técnico Científico – Biólogo – VUNESP/2016) A Procuradoria-Geral da


República ofereceu nesta sexta- -feira (6 de maio) denúncia ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) contra
o governador pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade de documento particular. A
acusação tem como base desdobramentos da Operação Acrônimo, que investiga um suposto esquema
de financiamento ilegal de campanhas políticas.
(Folha de S.Paulo, 06.05.2016. Adaptado)
O governador denunciado foi
(A) Geraldo Alckmin, de São Paulo.
(B) Fernando Pimentel, de Minas Gerais.
(C) Luiz Fernando Pezão, do Rio de Janeiro.
(D) Beto Richa, do Paraná.
(E) Flávio Dino, do Maranhão.

20. (MPE-SP - Analista Técnico Científico – Biólogo – VUNESP/2016) Depois de diminuir de cinco
para quatro os dias úteis do serviço público, o presidente anunciou nesta quinta-feira (14 de abril) que
mudará o fuso horário do país para economizar energia. O horário de verão é mais uma medida do
governo para tentar resolver a crise energética. Nos últimos meses, a seca provocada pelo El Niño
diminuiu ainda mais a geração de energia, já afetada pela falta de infraestrutura.
(Folha de S.Paulo, 14.04.2016. Adaptado)
A notícia trata da situação energética
(A) na Venezuela.
(B) na Bolivia.
(C) no Paraguai.
(D) no Peru.
(E) no Equador

21. (ELETROBRAS-ELETROSUL - Técnico de Segurança do Trabalho – FCC/2016) As agências


Standard & Poor's, Moody's e Fitch tornaram-se mais conhecidas dos brasileiros a partir do ano de 2015
e ainda são notícia neste ano de 2016 porque
(A) indicam a venda do pré-sal como medida de saneamento econômico da Petrobras e mantêm a
recomendação para que os juros continuem elevados.
(B) defendem amplas reformas políticas, sobretudo no poder executivo e recomendam novas medidas
econômicas, dentre as quais a reinstalação da CPMF.
(C) sustentam a perspectiva de deterioração da economia brasileira e continuam mantendo o
rebaixamento do grau de investimento do país.
(D) são porta-vozes do governo estadunidense que pretende a adesão do Brasil ao bloco
Transpacífico e aconselham o governo a ampliar as reservas cambiais.
(E) contestam legalmente o afastamento da Presidente e defendem a redução da carga tributária que
onera os produtos destinados à exportação.

Respostas

01. Resposta: B
A compra pela brasileira Petrobras de uma refinaria de petróleo em Pasadena, Texas (EUA), em 2006,
levantou suspeitas de superfaturamento e evasão de divisas na negociação. Em 2006, a Petrobras pagou
US$ 360 milhões por 50% da refinaria (US$ 190 milhões pelos papéis e US$ 170 milhões pelo petróleo
que estava em Pasadena). O valor é muito superior ao pago um ano antes pela belga Astra Oil pela
refinaria inteira: US$ 42,5 milhões.

02. Resposta: D
Em 2015, o governo federal revisou a meta fiscal para o ano com um déficit primário (despesas maiores
do que receitas, sem contar os juros da dívida pública) de R$ 51,8 bilhões.

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03. Resposta: B
A Operação Lava começou investigando uma rede de doleiros que atuavam em vários Estados e
descobriu a existência de um vasto esquema de corrupção na Petrobras (Estatal brasileira de petróleo),
envolvendo políticos de vários partidos e as maiores empreiteiras do país.

04. Resposta: A
O presidente cubano Raúl Castro voltou a pedir nesta o levantamento do embargo econômico imposto
à ilha ao presidente americano Barack Obama durante reunião entre os líderes em Havana, no Palácio
da Revolução, em março de 2016. Apesar das negociações para a retomada de relações entre os dois
países, o embargo, que existe desde a década de 1960 ainda vigora.

05. Respostas: B
A fosforiletanolamina ou fosfoetanolamina é um composto químico orgânico presente naturalmente no
organismo de diversos mamíferos. A fosfoetanolamina ganhou um grande destaque, a nível nacional, no
final de 2015 em função de seu possível potencial de utilização no combate ao câncer.

06. Resposta: D
O ministro Teori Zavascki é o relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.

07. Resposta: A
Entre os itens destacados, apenas o item IV está incorreto. Durante o tempo em que esteve preso, o
senador continuou com seu mandato. Para que haja a cassação do mandato algum partido precisa entrar
com representação contra o senador por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética do Senado.

08. Resposta: B
O julgamento do impeachment no Senado terminou com o veredicto de condenação de Dilma por crime
de responsabilidade, pelas "pedaladas fiscais" no Plano Safra e por ter editado decretos de crédito
suplementar sem autorização do Congresso Nacional.

09. Resposta: A
A causa desse aumento de preços está no campo. No Paraná, onde um quarto do feijão nacional é
produzido, a safra foi complicada. O maior produtor de feijão do país teve problemas no começo, no meio
e no fim da plantação.

10. Resposta: D
Juiz Sérgio Moro é o responsável pela ação penal que investiga esquema de corrupção na Petrobras,
conhecido como operação Lava Jato.

11. Resposta: A
A Lei Ficha Limpa ainda proíbe a candidatura de quem for condenado, em decisão sem a possibilidade
de recurso pelos crimes:
- contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público;
- contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os que estão previstos na
lei que regula a falência;
- contra o meio ambiente e a saúde pública;
- eleitorais, que estabelece penas que privam a liberdade;
- de abuso de autoridade, quando houver condenação à perda de cargo ou à impossibilidade de
exercer função pública;
- de lavagem ou ocultação de bens, direito e valores;
- de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos;
- de redução à condição análoga à de escravo;
- contra a vida e a dignidade sexual;
- praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando.

12. Resposta: C
Entre diversos motivos, o primordial é a questão da imigração. O argumento central era de que o Reino
Unido não poderia controlar o número de pessoas entrando no país enquanto continuasse no bloco.

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13. Resposta: D
Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski foi o responsável por conduzir
o julgamento de mérito do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

14. Resposta: A
Ilan Goldfajn, anunciado como presidente do Banco Central (BC) no governo de Michel Temer. Atual
economista-chefe e sócio do banco Itaú, Goldfajn assumiu o BC em um momento delicado: a instituição
enfrenta uma crise de credibilidade por supostos excessos de ingerência política e a alta de preços insinua
estourar a meta oficial pelo segundo ano consecutivo.

15. Resposta: C
Ao contrário do que muitos pensam, Istambul não é a capital da Turquia, Ancara é a sua capital e esta
localizada na Anatólia Central.

16. Resposta: B
I - Um trecho de cerca de 20 metros da Tim Maia, na Avenida Niemeyer, em São Conrado, na Zona Sul do
Rio, desabou na manhã do dia 21/04/2016.
II – Morreu, a atriz Tereza Rachel no dia 02/04/2016.
III – O filme os Dez Mandamentos foi lançado no dia 28/01/2016.

17. Resposta: C
O governo da ex-presidente Dilma Rousseff foi acusado de praticar manobras fiscais, afim de cumprir
as metas, essa manobra ficou conhecida como pedaladas fiscais.

18. Resposta: D
Em troca de poder continuar mantendo contratos com o poder público, a empresa aceitou pagar R$ 1
bilhão em multas, além de garantir a colaboração em todas as investigações de corrupção que possa
estar envolvida.

19. Resposta: B
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou no dia 6 de maio de 2016 ao Superior Tribunal
de Justiça (STJ) o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), pelos crimes de corrupção
passiva e lavagem de dinheiro, em razão de fatos apurados na Operação Acrônimo. O empresário
Benedito Rodrigues de Oliveira, o Bené, também foi denunciado.

20. Resposta: A
A Venezuela reverteu no dia 15 de abril de 2016 uma mudança de fuso horário de meia hora que foi
uma das marcas registradas do governo do falecido presidente Hugo Chávez.
Chávez atrasou os relógios do país 30 minutos em 2007 para que as crianças pudessem acordar para
ir à escola com luz do sol.
Mas seu sucessor, Nicolás Maduro, decidiu retomar o sistema anterior, quatro horas atrás do Horário
do Meridiano de Greenwich (GMT, na sigla em inglês), para ter mais luz solar no final da tarde, quando o
consumo de energia chega ao máximo.
Uma seca grave está afetando o reservatório de Guri que gera dois terços do consumo energético da
Venezuela, e a falta de luz e água é frequente.
(Disponível em: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/04/venezuela-muda-fuso-horario-criado-por-
chavez-para-poupar-energia.html)

21. Resposta: C
A agência de classificação de risco Moody's rebaixou a nota do Brasil e tirou o grau de investimento –
selo de bom pagador – do país no dia 24 de fevereiro de 2016, o rating, que é usado como referência
para os investidores estrangeiros aplicarem recursos no Brasil, foi cortado em um nível, passando de BB+
para BB, com perspectiva negativa.

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