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Minicontratos

Entendendo o Mini Índice (WIN)


Sobre o autor

Régis Sarmiento Chinchila

Graduado em Estatística pela UNESP (Universidade Estadual


Paulista). Atua no mercado financeiro desde 2001 com
experiência profissional em consultorias financeiras (como
CMA e Enfoque) e em corretoras de valores (como Banif,
Citibank e Gradual Investimentos). Ingressou na Terra
Investimentos em 2015 onde é Analista de Investimentos,
com certificação CNPI desde 2005 pela APIMEC/CVM.

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Sumário

Introdução 4

História e contextualização dos Minicontratos 5

Mercados Futuros 10

O que são os Contratos Futuros? 12

O que são os minicontratos WIN? 14

Vantagens de Operar WIN 15

Margem de Garantia 17

Limite de Oscilação WIN 19

Ajuste Diário 20

Códigos de Negociação 21

Características Técnicas do Mini Índice (WIN) 23

Tributação 25

Bem-Vindo! Início dos Negócios no mercado de Minicontratos WIN 26

Dicas importantes para se tornar um trader de Índice WIN 27

Plataformas de Alta Performance - Estação de Trading 30

Perfil de Risco e Psicológico 31

Planejamento Operacional 34

Abordagens Operacionais no Trader 38

Chegamos ao final do E-book! 39

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Introdução

Olá, investidor, tudo bem?

A Terra Investimentos preparou este e-book especial sobre


o Minicontrato Futuro de Índice (WIN). Com ele, você
aprofundará seus conhecimentos e entenderá melhor o
mundo dos minicontratos para iniciar sua trajetória
e expandir as possibilidades de investimentos.
Entre os principais temas que iremos abordar estão as
características dos minicontratos, história, conceitos,
vantagens, tipos de análises, planejamento operacional e
detalhes importantes para que você consiga iniciar este tipo
de operação.

Boa leitura!

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História e contextualização
dos Minicontratos

Os minicontratos futuros são atualmente bastante utilizados


no mercado financeiro, com características próprias como
lotes menores, vencimentos, ajustes diários, margem de
garantia, limites de oscilação, entre outros.

O crescimento desse tipo de contrato aconteceu porque os


investidores precisavam contar com alguma ferramenta para
proteger seus negócios e/ou carteiras de investimentos, bem
como para se arriscarem especulando no mercado.

A seguir, vamos conhecer detalhes históricos curiosos que


ajudarão você a mergulhar no conteúdo deste ebook.

Vamos lá!

Tales de Mileto: um grande exemplo de negociação futura

Tales de Mileto, matemático, astrônomo e filósofo grego, é a


primeira referência que temos sobre negociações a futuro da
história. Entre 625 – 558 A.C., Mileto previu - com nove meses
de antecedência - que teria uma excelente colheita de
azeitonas.

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Na época, com pouco dinheiro para investir
em terrenos e sementes, Mileto decidiu
reservar todos os depósitos de azeitona e
contratar, antecipadamente, as prensas que
eram utilizadas para transformar as
azeitonas em azeite de oliva e assim fez uma
oferta pela exclusividade de uso dessas
prensas durante a próxima colheita.

Foi a partir desse momento que Mileto


negociou o primeiro contrato futuro, a fim
de poder utilizar os depósitos e as prensas de
azeitona durante a colheita da próxima
safra. E sua previsão estava correta: foi uma
excelente colheita.

Embora ninguém acreditasse na previsão de


Tales, os donos das prensas e dos depósitos
aceitaram sua oferta, uma vez que mesmo
usando taxas mais baratas, eles entenderam
que poderiam se proteger caso aceitassem a
proposta.

Nos mercados futuros, esse tipo de contrato


é firmado para proteger, por exemplo, um
produtor de soja que não quer arriscar sua

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safra e ficar exposto às variações de preço do mercado
internacional. Mas voltando e fazendo um paralelo com o
mercado de hoje, poderíamos dizer que Tales estava
especulando, enquanto os donos das prensas e dos depósitos
realizaram uma operação de hedge (proteção).

A safra foi excelente, causando uma corrida para alugar


depósitos e prensas. Tales então voltou a negociar e elevou o
preço, obtendo um grande lucro.

Trazendo para o cenário atual, com o mercado de futuros,


Tales depositou uma margem de garantia pelo uso das
prensas e dos depósitos, revendendo sua posição com lucro
depois.

As previsões e expectativas são a base das operações dos


minicontratos. Por exemplo, acreditando que o Ibovespa vai
subir, você compra um minicontrato do Índice com
expectativas futuras. Se estiver correto, você terá lucro na
operação!

Origem dos Contratos Futuros: Commodities Agrícolas

Os contratos futuros surgiram com objetivo de melhorar as


condições de negociação das commodities agrícolas.

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Acredita-se que este tipo de negociação já ocorria desde o
século XII.

Na época, os preços dos produtos agrícolas e suas variações


eram uma preocupação e havia pessoas interessadas em
celebrar negociações com datas futuras, uma vez que essa
era uma forma que poderia beneficiar todos os envolvidos.
No caso, os produtores garantiriam a venda, e os
compradores garantiriam a compra dentro do valor
esperado.

Os contratos futuros não foram criados para serem


instrumentos especulativos, mas, sim, para servirem de
instrumento de proteção contra grandes variações de preços.
Entretanto, a especulação faz parte dos negócios e, com isso,
acaba aumentando a liquidez e fomentando negócios com
alta alavancagem nos contratos

Tulipamania: a primeira Bolha Financeira

No século XVII, as tulipas chegaram aos países baixos e pela


sua beleza acabaram sendo muito procuradas, fazendo com
que os holandeses ficassem obcecados por elas. Foi então
que, no início do século XVII, estas flores se tornaram um
símbolo de status no país: quanto mais rara fosse a Tulipa,

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mais valiosa ela se tornava, fazendo com que seus preços só
aumentassem.

Porém, havia um problema no mercado de tulipas: sua


sazonalidade. As flores demoravam cerca de 7 e 12 anos para
florescerem.

Com base nisso, os especuladores holandeses, querendo


manter a negociação das flores ao longo do ano inteiro,
começaram a vender contratos de tulipas, que se
assemelhavam bastante com os atuais contratos de futuros
negociados na Bolsa.

Os contratos das tulipas firmavam o compromisso do


comprador em adquirir uma tulipa em determinada data
futura, por preço já pré-determinado.

Nas primeiras décadas do século XVII, esses contratos


tiveram muito sucesso, fazendo com que fossem negociados
na Bolsa de Amsterdã. Mas em 1636 a Bolsa holandesa
passou pela primeira crise financeira do país.

Enquanto os contratos eram negociados com o objetivo de


proteção, o risco era baixo. Porém, a partir do momento em
que esses contratos passaram a ser negociados de forma
especulativa, seus participantes deixaram de lado a relação

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com as tulipas e passaram a se preocupar apenas em
revender os contratos com lucro, sem considerarem as
obrigações que estes contratos estabeleciam.

A bolha das tulipas estourou em 1636, quando um comprador


não arcou com o compromisso de comprar as tulipas, como
constava no contrato. O ocorrido gerou pânico no mercado e,
consequentemente, fizeram com que os preços caíssem
drasticamente, fazendo com que outros investidores
decidissem não honrar seus contratos também, levando os
vendedores à falência.

E foi assim que os contratos das tulipas passaram a ser


considerados a primeira bolha do mercado financeiro. A
Tulipamania mostrou com muita clareza o que ocorre
quando os futuros se tornam ferramentas especulativas.

Mercados Futuros

Bolsa de Chicago

A primeira Bolsa de Mercadorias e Futuros surgiu com a


criação da Chicago Board of Trade (CBOT) em 1848.
Inicialmente, a CBOT negociava apenas commodities
agrícolas e, só a partir de 1973, passou a negociar contratos
baseados em ativos financeiros. Atualmente, a CBOT negocia
mais de 50 diferentes contratos de futuros.

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As preocupações dos produtores
americanos em garantir a venda de seus
produtos, bem como dos usuários finais em
assegurar a disponibilidade dos mesmos
produtos para industrializá-los resultaram
na criação dos contratos futuros.

Inicialmente, o principal entrave à efetivação destes


contratos foi o risco de crédito. Com o objetivo de trazer
mecanismos de proteção ao mercado de grãos do
centro-oeste dos Estados Unidos, um grupo de empresários
criou a mais antiga e mais importante bolsa de commodities
agrícolas do mundo.

Origem no Brasil

No Brasil, a história do mercado futuro iniciou em 1917 com a


criação da Bolsa de Mercadorias de São Paulo. O objetivo era
a negociação de contratos futuros de algodão.

Em 1991, a Bolsa de Mercadorias de São Paulo fechou um


acordo com a Bolsa Mercantil & de Futuros. Em 1997, com a
celebração de um acordo com a Bolsa Brasileira de Futuros
(BBF), a BM&F consolidou-se como o principal centro de
negociação de derivativos da América do Sul.
Em 2017, houve a fusão da BM&F BOVESPA e CETIP, criando
a B3.

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O que são os Contratos Futuros?

Contrato futuro é um tipo de contrato derivativo, ou seja, um


contrato mútuo que estabelece um valor econômico
derivado do seu valor temporal - pagamento futuro -
baseado em um ativo objeto (referência ou lastro).

Os contratos futuros são contratos de compra e venda que


seguem padrões pré-determinados. Através deles,
compradores e vendedores se comprometem a negociar
uma quantidade de ativo financeiro ou ativo real, em uma
data futura, a um preço previamente estabelecido.

Portanto, o mercado futuro opera através de contratos onde


se estabelece um compromisso entre as duas partes,
definindo-se os seguintes aspectos:

Quem é o comprador e o vendedor?


O contrato é de venda ou compra?
Qual é a data futura?
Qual é o ativo (commodities, moeda estrangeira, ação,
valor mobiliário, etc)?
Por qual preço predefinido?

No mercado futuro, os participantes apostam em cotações


futuras destes ativos para se proteger ou simplesmente
especular.

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O contrato futuro estabelece a liquidação física ou financeira
mediante a concretização da compra e venda de certa
quantidade de uma mercadoria ou ativo financeiro em data
futura, por um preço estipulado.

Porém, no mercado futuro, o comprador ou vendedor não


precisa “carregar sua posição” até a data de vencimento. Isto
é possível porque, neste caso, os preços dos ativos são
ajustados diariamente, segundo as expectativas do mercado
- expressas pelas cotações desses ativos na B3.

Desta forma, o investidor pode negociar e transferir sua


obrigação para outra pessoa, antes da data de vencimento
do contrato, obtendo lucro ou prejuízo, conforme o preço do
dia.

Por exemplo, um investidor pode utilizar os minicontratos de


Índice Ibovespa com a finalidade de proteger (hedge) sua
carteira de investimento em ações, vendendo o contrato
WIN. Por outro lado, em uma situação em que acredite no
movimento de alta do IBOV, poderá comprar Mini Índice WIN
como instrumento de alavancagem nas suas operações.

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O que são os minicontratos WIN?

Em 2001, foram criados os minicontratos para dar


oportunidade de negociação a pequenos e médios
investidores.

Minicontratos são ativos financeiros negociados em lotes


menores. São acordos de compra e venda de produtos como
moeda, índices e commodities (negociados na Bolsa de
Valores), tendo data e valor previamente estabelecidos.

O minicontrato de índice Bovespa (WIN) acompanha os


movimentos do Ibovespa, que é o indicador mais importante
do desempenho médio das cotações das ações negociadas
na B3.

Qual a diferença entre operar o Índice (IND) e o Mini Índice


(WIN)?

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Exemplo para Índice Ibovespa Futuro cotado a 100.000
pontos:

IND: quando negociamos o contrato cheio de índice futuro


(IND), com lote mínimo de 5 contratos, o valor financeiro
envolvido na negociação é de aproximadamente R$500 mil.

WIN: na negociação com minicontratos, o valor envolvido é


de R$ 20 mil, pois cada ponto no Mini Índice vale R$ 0,20 e o
lote mínimo é de 1 contrato.

Vantagens de Operar WIN

As principais vantagens de investir em minicontratos são alta


liquidez, alavancagem e diversificação.

Alta liquidez

Possibilita entradas e saídas de uma operação a qualquer


momento. Esta é uma grande vantagem, principalmente
para investidores de curto prazo, evitando que o investidor
negocie com alto spread (distância entre disparo e execução
da ordem).

A alta liquidez pode ser traduzida como a facilidade em


transformar o ativo em dinheiro ou, em outras palavras, em

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converter o ativo em dinheiro de forma rápida e sem perdas
significativas do seu valor.

Os minicontratos de índice e dólar futuro possuem mais


liquidez do que todas as ações do Ibovespa somadas.

Alavancagem

Ao comprar um minicontrato WIN, você não paga por ele, e


sim pela sua variação. Desta forma, é exigido apenas uma
fração do contrato como margem.

Com isso, o investidor tem a possibilidade de alavancar seu


capital em busca de um retorno mais expressivo. Por isso,
para quem está começando com pouco dinheiro, o
minicontrato WIN acaba sendo uma boa opção.

Importante: a alavancagem, quando bem usada, pode


impulsionar seus investimentos de curto prazo. Em
contrapartida, pode também causar grande prejuízo aos
investidores. Comece operando com cautela, entenda todas
as características desse mercado e vá aumentando sua
exposição ao risco dos minicontratos de Índice.

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Diversificação e menor custo

Ao investir nos minicontratos futuros, você deixa de


depender apenas do mercado de ações, ganhando também
a possibilidade de explorar qualquer cenário de mercado
com a mesma facilidade operacional. E mais, a corretagem
para os minicontratos é mais barata.

Margem de Garantia

Uma vez que as negociações de minicontratos futuros


funcionam com base de alavancagem, não é necessário ter o
valor total do contrato em conta.

A alavancagem funciona da seguinte forma: temos uma


margem de garantia, ou seja, uma quantia depositada pelas
partes envolvidas do minicontrato futuro, em que o objetivo é
garantir o cumprimento do contrato.

Enquanto compradores e vendedores estiverem


posicionados, o valor deve permanecer depositado em uma
corretora.

Este valor pode ser pago de diversas formas como: dinheiro,


depósito, saldo de investimentos de renda fixa, etc.

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Ativos aceitos
CDBs, Títulos Públicos e Ações (podem ter deságio)

Ativos não aceitos


FII, LCI, LCA, CRI e CRA

A margem de garantia é uma exigência da Bolsa de Valores


(B3), porém cada corretora pode oferecer valores diferentes
para as negociações.

Na prática, a corretora é responsável pela margem de garan-


tia exigida pela B3, definindo os valores que serão disponibi-
lizados para seus clientes. Uma vez que o sistema de risco
das corretoras acaba sendo muito apurado, consegue-se,
assim, ter estratégias diferentes de negociações com cada
um de seus clientes.

A Margem de Garantia do Minicontrato Índice (WIN) é de


15% para posição.

Veja um exemplo:
Com WIN a 100 mil pontos, teríamos este cenário médio:

Para posição: 100.000 * 1 contrato * 0,20 * (15% da


Margem) = R$ 3.000,00
Para Day Trade, em “média” é solicitada uma margem
de R$ 100,00.

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Obs: As margens de garantia solicitadas pelas corretoras
podem variar de acordo com a volatilidade do mercado,
conforme instruções da B3.

Limite de Oscilação WIN

O limite de oscilação é o valor mínimo e o valor máximo que a


cotação do contrato futuro pode atingir ao longo do pregão
diário. Quando estes valores são atingidos, o pregão é
suspenso temporariamente.

Este limite acaba sendo mais um mecanismo de proteção


dentro do mercado futuro contra as variações extremas de
preço.

Exemplos dos percentuais dos minicontratos:

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Ajuste Diário

O ajuste diário é um mecanismo de equalização automática


da posição de todos os participantes do mercado futuro.
Sendo assim, o preço de ajuste diário é equivalente ao preço
médio das negociações realizadas com contrato futuro em
um determinado período da tarde do pregão da B3.

O ajuste diário tem como objetivo minimizar os riscos desse


mercado alavancado. Caso você fique comprado no Mini
Índice, diariamente haverá o período de ajuste, que irá
calcular o lucro ou o prejuízo comparado com o pregão
anterior.

Horário do Pregão (WIN): 9h às 18h

Horário de Ajuste do Mini Índice (WIN): entre 17h às 17h15

Exemplo Operacional:

3 pregões comprado em 10 Mini Índice (WIN) a 100.500


pontos
Margem Posição: R$ 30.000,00 (R$3.000 x 10 WIN)
Margem Day Trade: R$ 1.000,00 (R$90,00 x 10 WIN)

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Dia 1: mercado fecha com ajuste a 101.500 pontos
Ajuste positivo: 10 x (101.500-100.500) x R$ 0,20 = + R$ 2.000,00

Dia 2: mercado fecha com ajuste a 101.000 pontos


Ajuste negativo: 10 x (101.000-101.500) x R$ 0,20 = - R$ 1.000,00

Dia 3: encerramos operação vendendo 10 contratos WIN a


101.800 pontos
Ajuste positivo: 10 x (101.800-101.000) x R$ 0,20 = + R$ 1.600,00

Obs: o valor do crédito ou débito estará disponível na conta


no dia seguinte.

Códigos de Negociação

O código dos minicontratos futuros negociados na B3 é


composto por seis caracteres. Esta estrutura indica qual é o
ativo, o mês de vencimento e o ano de vencimento.

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Ativo: é o valor mobiliário de referência do minicontrato
futuro. São vários os ativos disponíveis no mercado. Confira
os principais minicontratos na B3:

Vencimento: composto por letras (meses) + números


(anos), sendo:

- Mês de vencimento: mês de expiração da validade do


contrato futuro.
- Ano de vencimento: ano de expiração da validade do
contrato futuro.

Regras WIN

O Mini Índice Futuro vence na quarta-feira mais próxima do


15° dia do mês de vencimento do contrato, nos meses pares
do ano, sendo fevereiro (G), abril (J), junho (M), agosto (Q),
outubro (V) e dezembro (Z).

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Características Técnicas
do Mini Índice (WIN)

Checklist - WIN

O Índice Bovespa do mercado à vista (IBOV) representa o


desempenho de uma carteira de investimentos composta
pelas ações mais negociadas da Bolsa.

Os minicontratos de Índice Futuro são acordos de compra


ou venda da estimativa de pontuação do Índice Bovespa
(Ibovespa) para uma data futura a um preço estabelecido
entre as partes no momento da negociação.

Seu código de negociação é composto pelo radical WIN,


acrescido da letra correspondente ao mês de vencimento
do contrato (G, J, M, Q, V ou Z) e de dois números
correspondentes ao ano de vencimento do contrato.

A cotação deste ativo é aferida por pontos por real, sendo


cada ponto equivalente a R$ 0,20.

O preço do minicontrato de índice varia a partir da oscilação


do Ibovespa e da proximidade do vencimento do
minicontrato.

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As negociações do minicontrato de índice são realizadas via
Home Broker/plataformas, disponibilizados pelas corretoras.

O lote padrão de negociação de minicontrato de índice


futuro é composto de 1 minicontrato.

A liquidação do mini Ibovespa é exclusivamente financeira.


A posição do investidor é automaticamente zerada no dia
do vencimento.

O investidor também pode liquidar sua posição antes do dia


de vencimento do minicontrato. A liquidação financeira
termina com a apuração final dos ajustes diários.

Conforme descrevemos, o mini Ibovespa Futuro vence na


quarta-feira mais próxima do 15° dia do mês de vencimento
do contrato em meses pares –fevereiro (G), abril (J), junho
(M), agosto (Q), outubro (V) e dezembro (Z).

O horário de negociação do WIN no pregão da B3 é das 9h


às 18h.

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Tributação

A base de cálculo é a diferença do preço médio de compra e


preço médio de venda, calculado sobre lucros.

No caso de operação Day Trade (compra e venda ou venda e


compra no mesmo dia), temos:

Alíquota de 20% de IR

1% retido na fonte

No caso de Operação Swing Trade (operação de um dia para


outro), temos:

Alíquota de 15% de IR

0,005% retido na fonte

Lembrete:

- A responsabilidade de recolhimento é do investidor.

- O recolhimento deve ser feito até o último dia do mês


seguinte à operação.

- O código DARF é 6015.


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Bem-Vindo!
Início dos Negócios no mercado
de Minicontratos WIN

Acesso ao Mercado

B3

A Bolsa brasileira, conhecida como B3, é o ambiente onde


ocorrem as negociações, tendo os investidores acesso à
compra e venda dos títulos emitidos como ações, moedas,
commodities, opções, minicontratos, entre outros.

Corretora de Valores

Já a corretora de valores é uma empresa atuante no


sistema financeiro, cujo objetivo é ser intermediadora de
seus clientes, que compram e vendem títulos financeiros
na B3
.
Caso uma pessoa física deseje operar na B3, é necessária a
intermediação de uma corretora autorizada. No Brasil, sua
constituição depende da autorização do BACEN e o
exercício de sua atividade depende da autorização da CVM.

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Dicas importantes para se
tornar um trader de Índice
WIN

Qual será seu trabalho?

O trabalho do trader de WIN consiste em realizar operações e


negociações especulativas no Mini Índice Bovespa (WIN),
fazendo uma análise comportamental do preço do ativo,
assim como Análise Técnica e Tape Reading. Com isso, o
trader determina qual o melhor momento para comprar ou
vender o Mini Índice WIN.

Ou seja, para o trader, é de extrema importância estar


informado, uma vez que qualquer notícia, por exemplo, pode
trazer grandes variações para suas negociações.

Parte de sua análise consiste em entender quem são os


participantes do mercado e as possíveis variações de preço
que podem surgir. Partindo destas e outras premissas, é
possível identificar oportunidades que possam gerar lucro.

27
O conhecimento é necessário para a liberdade

Para ser um trader de sucesso, a busca por conhecimento


precisa ser sua prioridade.

O mercado financeiro está em constante mudança e o trader


precisa se manter atualizado.

Além de estar atento a todas as notícias, é importante


entender de que forma isso afeta o mercado, os cenários
políticos, econômicos e principalmente o Mini Índice (WIN)
que você irá operar.

A cada mês, milhares de pessoas ingressam na B3 querendo


operar o minicontrato WIN. Cada um tem suas expectativas e
motivações - isso aumenta as negociações e movimenta os
preços dos ativos tanto para cima como também para baixo.
Ao mesmo tempo, grandes players institucionais, como
bancos e fundos de investimento, atualizam constantemente
suas posições.

Ou seja, sempre haverá um lado comprador e um lado


vendedor - são essas movimentações que fazem com que o
minicontrato de Índice (WIN) seja muito parecido com um
organismo vivo em constante mutação.

28
Construa seu plano de trading

No mercado financeiro há diversos tipos de traders, entre


eles temos: os investidores estrangeiros, as mesas
proprietárias, os traders de alta performance, robôs e muitos
outros tipos - todos com um único objetivo em comum:
ganhar dinheiro.

Para você conseguir fazer parte deste verdadeiro “campo de


guerra”, você precisa saber exatamente o que fazer e quais
medidas tomar ao realizar suas operações.

É neste momento que você fará seu plano de trading, que


nada mais é do que a definição de diversas regras e disciplina
que irão te ajudar na tomada de decisão.

Estude bastante e dedique tempo para estudar cada um dos


ativos que pretende utilizar na sua estratégia. Neste ebook,
você encontra tudo que precisa saber sobre teoria para
começar a operar o Mini Índice Bovespa (WIN).

Não se esqueça: seu plano deve ser bem detalhado e conter


tudo que você irá fazer, não somente durante as operações,
mas também após cada uma delas. Ele precisa ser claro,
objetivo e, principalmente, condizente com sua realidade
financeira. Mantenha sempre o foco nele, não tente burlá-lo.

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Plataformas de Alta Performance
- Estação de Trading

Ao entrar no mundo do trading de WIN, cuidado para não


cair na falsa ilusão que qualquer pessoa que comece a operar
de forma especulativa conseguirá realizar suas operações
tranquilamente com um notebook no colo à beira da piscina.

Esta promessa pode ser sedutora e acabar atraindo traders


novatos e inexperientes que, mais cedo ou mais tarde,
percebem que a realidade é bem dura e diferente.

Caso você queira atuar como trader profissional, será


necessária uma estação de trading – mas isso não quer dizer
que você precise de vários monitores ou algo similar. Com o
passar do tempo, talvez você possa sentir a necessidade de
mais monitores, mas vá com calma: para aprender e colocar
todo seu conhecimento em prática, você deve começar com
poucos ativos no Mini Índice WIN.

O mais importante é que você


possua um ambiente tranquilo
onde poderá se concentrar e
realizar suas operações com
atenção.

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O kit básico do trader é um bom computador, capaz de
suportar sua plataforma e uma conexão segura e estável com
a internet.

Seu conforto também será fundamental, então investir em


uma boa cadeira pode evitar problemas na coluna.
Lembre-se: seu ambiente de trabalho precisa ser organizado,
confortável e funcional.

Por último e não menos importante, é necessário ter um


computador de backup e uma rede de internet de
emergência, caso ocorram imprevistos como uma eventual
queda de energia.

Perfil de Risco e Psicológico

Qual seu perfil de trader?

Todo mundo possui um perfil de investidor. Esse perfil vai de


conservador a arrojado, que são aqueles que possuem mais
apetite ao risco, a fim de garantir maiores ganhos. Isso seria o
“Risco x Retorno” que você já deve ter ouvido falar: quanto
maior o risco, maior o retorno.

O trader é um especulador. Para entender o tipo de perfil


deve-se considerar algumas questões. Então se pergunte:

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quanto tempo desejo ficar exposto em determinado ativo,
como o Mini Índice WIN? Quanto pretendo ficar alavancado?
Talvez você queira ficar posicionado apenas durante alguns
segundos ou então dias - e não tem problema: não existe o
certo ou o errado, cada trader terá as suas características e
suas estratégias.

Considere sempre que cada ativo possui a sua liquidez e


volatilidade. Vale lembrar também que, quanto mais rápida a
operação, menos tempo o operador tem para tomar uma
decisão.

Adeque seu plano de acordo com sua realidade financeira

O primeiro passo para saber seu perfil é entender sua


realidade financeira. Verifique se, de fato você deseja alocar
parte do seu capital em operações de trading. Caso você
decida que sim, tenha ciência que aquele capital será
exclusivamente para o trading, ou seja, não conte com ele!

Recomendamos que você não use sua reserva de


emergência para suas operações no Mini Índice WIN ou em
qualquer outra operação especulativa.

O dinheiro separado para o trading estará exposto ao risco.


Então, caso você deseje se alavancar um pouco mais, seu

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risco também será alavancado. Portanto, lembre-se sempre
da premissa “Risco x Retorno”.

Caso utilize a alavancagem, tenha uma reserva para essas


operações. Faça isso com cautela e de forma lógica, nunca
pela emoção do momento. Esse tipo de operação pode
aumentar seus ganhos de forma rápida, mas também pode
potencializar suas perdas levando a prejuízos incalculáveis.

Tenha resiliência! Saiba lidar com os problemas que podem


surgir

Resiliência é a palavra-chave de um trader de sucesso.


Aprenda com os sentimentos causados por erros e perdas.
Sempre assuma a responsabilidade sobre seus próprios atos
- esta talvez seja a tarefa mais difícil para o trader!

Nunca esqueça que nenhuma


operação tem garantia de sucesso.
Mesmo com conhecimento, estudo,
estratégia, tempo de trade e recursos
financeiros, é fundamental saber que
algumas operações trarão prejuízos,
mas isso faz parte. Aprender com os
erros é parte do sucesso.

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Planejamento Operacional

Saiba gerenciar os seus riscos

Podemos separar as operações em Swing Trade (dentro de


alguns dias) e Day Trade (dentro do mesmo dia). Esse tipo de
operação especulativa acompanha altas oscilações do
mercado com o objetivo de obter lucros, porém, são essas
mesmas operações que mais expõem o investidor ao risco.

Gerenciar o risco é o mesmo que obter controle de suas


operações. Então defina bem seus pontos de stop loss, a
quantidade de contratos operados, relações de ganhos e de
perdas, além de estabelecer um limite de perda.

Esse limite pode ser por operação, dia, mês ou ano. O


gerenciamento de risco também está atrelado ao seu perfil
de investidor, então dedique tempo para refletir e entender
essas questões conforme o seu perfil.

Monte a sua estratégia

Quando sua estratégia de trading estiver bem definida, crie


uma rotina prática para conseguir atingir seus objetivos e
realizar análises críticas e racionais de seus resultados. Caso
isso não seja feito, todo o processo pode ficar extremamente
subjetivo e confuso.

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O ideal é não ter pressa para saber seu perfil e nunca agir
com a emoção ao montar sua estratégia!

Vamos a um exemplo: você investiu R$ 10.000,00 e não quer


perder acima de R$500,00, então o seu stop loss deve ficar
5% abaixo do valor inicial. Tendo um stop loss definido, o
investidor passa a ter um limite aceitável de perda para suas
operações e, assim que este valor mínimo for atingido, a
venda ocorrerá automaticamente.

Uma dica é: nunca entre em uma operação de day trade em


que a perda possa ser maior do que 2% do seu capital. Além
de ser extremamente arriscado, dificilmente você terá algum
ganho ao longo do tempo, sendo mais provável que você
acabe encontrando um grande problema.

Como já dito neste ebook, além de estipular uma


porcentagem de perda, o trader não pode se esquecer de
estabelecer uma meta diária de ganho: assim que a meta for
atingida, embora pareça tentador continuar suas operações
neste momento, pare de operar!

O tamanho do lote a ser operado também é outro ponto


importante a ser definido.

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Caso seja um trader iniciante, comece com lotes menores,
sempre dentro de um capital que seja dedicado apenas para
o Mini Índice, por exemplo.

Conforme o tempo e a experiência, é possível aumentar os


lotes, porém mesmo para os traders já experientes, nunca é
recomendado operar com lotes muito grandes,
principalmente quando o mercado estiver instável.

Outra medida interessante é realizar lucros em “parcelas”.


Suponha que você esteja comprado em 20 minicontratos
WIN, a operação já apresente alguns ganhos, porém sua
estratégia indica que ela ainda irá subir. Com isso você pode
vender 15 minicontratos, por exemplo, e continuar comprado
nos outros 5, elevando seu stop para proteger seus ganhos.

Para evitar surpresas desagradáveis, entenda qual o


momento do mercado e como isso pode influenciar a sua
posição. Estas análises são parte fundamental da sua rotina.
É imprescindível que você compreenda o cenário
macroeconômico, buscando sempre as informações mais
atualizadas possíveis.

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Tenha disciplina, disciplina e mais disciplina!

Você já deve ter ouvido falar de pessoas que quebraram na


Bolsa - isso ocorre por não fazerem a gestão de seus riscos de
forma correta. Sempre aja de forma lógica e racional, pois o
stress e o descontrole emocional podem ser uma das
principais causas de perdas em operações de curta duração.

Ao utilizar o mecanismo de gerenciamento de risco e definir


uma estratégia, a possibilidade de ser levado por emoções e
impulsos é minimizada.

A gestão dos riscos caminha lado a


lado com a disciplina e ambas são
extremamente essenciais para obter
desempenhos cada vez melhores,
assim como para atingir a tão
sonhada consistência em suas
operações.

Ao respeitar as estratégias
estabelecidas previamente e seguir
os passos e dicas deste ebook, é
possível evitar que o mercado gere
grandes prejuízos na sua conta de
investimentos.

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Abordagens Operacionais no Trade de Mini
Dólar WDO

Análise Técnica
Identifica, através do estudo do gráfico de preço,
tendências e indicadores, padrões que sinalizem os
movimentos de alta ou baixa dos ativos.

Tape Reading
Identifica o comportamento de negociação e,
especialmente, o impacto no preço dos demais players do
mercado (insiders, institucionais ou quaisquer players que
tenham lote suficiente para movimentar o mercado).

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Chegamos ao final do E-book!

Agora que você, leitor, já entende os conceitos do minicontrato


de Índice Bovespa futuro, busque mais conhecimentos
avançados para a parte Operacional.

Para saber mais, visite o site e o blog da Terra Investimentos ou


entre em contato conosco pelo e-mail:
atendimento@terrainvestimentos.com.br

Nos encontramos no mercado WIN!

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