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As tutelas provisórias são provimentos que têm buscam combater os riscos de injustiça ou
de dano, derivados da espera (periculum in mora).
Correlaciona-se as tutelas liminares com o binômio perigo de dano- aparência de direito.
Periculum in mora – receio de que outrem cause lesão grave dificilmente reparável a um
direito próprio; Fumus boni iuris – prova sumária do direito ameaçado.
- Características:
Provisoriedade/ Precariedade;
Não exaurientes;
Sumariedade.
- Espécies:
Tutela Provisória de Evidência
Justiça/ efetividade
A tutela de evidência, que tem como objetivo combater a injustiça suportada pela parte
que possui a evidência de seu direito material (fumus boni iuris).
O que se tem em mira, nessa modalidade de tutela provisória, não é afastar o perigo de
dano gerado pela demora do processo, é eliminar, de imediato, a injustiça de manter insatisfeito
um direito subjetivo, que, a toda evidência, existe e, assim merece a tutela do Poder Judiciário.
O novo Código sistematizou as tutelas que se prestam a proteger provisoriamente
situações jurídicas substanciais reveladoras da existência de direitos subjetivos reconhecíveis
prima facie, hipótese em que a tutela provisória se denomina tutela da evidência.
URGÊNCIA:
1- Conservativa e Cautelar
As medidas cautelares se limitam a conservar bens ou direitos, cuja preservação se torna
indispensável à boa e efetiva prestação final, na justa composição do litígio, por isso, se
qualificam como medidas conservativas
2- Satisfativa e Antecipada
Provimentos que antecipam provisoriamente resultados materiais do direito disputado em juízo,
motivo pelo qual as medidas provisórias que ostentem tal característica se denominam medidas
satisfativas.
(p.674)
Atribui o art. 300, § 1º, do NCPC, ao juiz que defere a tutela de urgência, o poder de
impor ao requerente a prestação de uma caução, que pode ser real ou fidejussória, e que tem o
fito de ressarcir qualquer prejuízo que a providência sumária possa, eventualmente, acarretar ao
requerido, a quem nem sequer se facultou, ainda, o direito de se defender.
Essa contracautela é de imposição ex officio pelo juiz, mas nada impede que seja
provocada por requerimento do promovido, se houver inércia do magistrado.
Com a contracautela, o juiz estabelece um completo e equitativo regime de garantia ou
prevenção, de sorte a tutelar bilateralmente todos os interesses em risco.
É importante observar, contudo, que essa prestação liminar de caução favorece o
deferimento initio litis da medida urgente (acautelamento duplo), mas não dispensa o requerente
do ônus de provar os fatos constitutivos dos requisitos legais da tutela emergencial, na fase
instrutória do processo, se seu pedido vier a ser contestado.
Por fim, caso o requerente não tenha condições patrimoniais para oferecer a caução, o juiz
poderá dispensá-la, razão pela qual a hipossuficiência econômica não pode configurar óbice ao
direito de acesso à tutela de urgência, dentro da concepção atual de um processo justo (art. 300, §
1º, in fine).