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TUTELAS PROVISÓRIAS

As tutelas provisórias são provimentos que têm buscam combater os riscos de injustiça ou
de dano, derivados da espera (periculum in mora).
Correlaciona-se as tutelas liminares com o binômio perigo de dano- aparência de direito.
Periculum in mora – receio de que outrem cause lesão grave dificilmente reparável a um
direito próprio; Fumus boni iuris – prova sumária do direito ameaçado.

- Características:
Provisoriedade/ Precariedade;
Não exaurientes;
Sumariedade.

- Espécies:
Tutela Provisória de Evidência
Justiça/ efetividade
A tutela de evidência, que tem como objetivo combater a injustiça suportada pela parte
que possui a evidência de seu direito material (fumus boni iuris).
O que se tem em mira, nessa modalidade de tutela provisória, não é afastar o perigo de
dano gerado pela demora do processo, é eliminar, de imediato, a injustiça de manter insatisfeito
um direito subjetivo, que, a toda evidência, existe e, assim merece a tutela do Poder Judiciário.
O novo Código sistematizou as tutelas que se prestam a proteger provisoriamente
situações jurídicas substanciais reveladoras da existência de direitos subjetivos reconhecíveis
prima facie, hipótese em que a tutela provisória se denomina tutela da evidência.

Tutela Provisória de Urgência


Risco de perecimento do objeto/ resultado útil do processo
As medidas de urgência – cautelares (conservativas) e antecipatórias (satisfativas), são
voltadas para combater o perigo de dano, que possa advir do tempo necessário para cumprimento
de todas as etapas do devido processo legal.
As tutelas de urgência (cautelares ou satisfativas) se fundam na aparência do bom direito e
têm como objetivo combater o perigo de dano (periculum in mora) que a duração do processo
possa criar para o respectivo titular.

URGÊNCIA:
1- Conservativa e Cautelar
As medidas cautelares se limitam a conservar bens ou direitos, cuja preservação se torna
indispensável à boa e efetiva prestação final, na justa composição do litígio, por isso, se
qualificam como medidas conservativas

2- Satisfativa e Antecipada
Provimentos que antecipam provisoriamente resultados materiais do direito disputado em juízo,
motivo pelo qual as medidas provisórias que ostentem tal característica se denominam medidas
satisfativas.

Poder Geral de Tutela: autonomia/ discricionariedade


Equilíbrio proporcional:
Contra cautela:
Caução & Audiência de Justificação

(p.674)
Atribui o art. 300, § 1º, do NCPC, ao juiz que defere a tutela de urgência, o poder de
impor ao requerente a prestação de uma caução, que pode ser real ou fidejussória, e que tem o
fito de ressarcir qualquer prejuízo que a providência sumária possa, eventualmente, acarretar ao
requerido, a quem nem sequer se facultou, ainda, o direito de se defender.
Essa contracautela é de imposição ex officio pelo juiz, mas nada impede que seja
provocada por requerimento do promovido, se houver inércia do magistrado.
Com a contracautela, o juiz estabelece um completo e equitativo regime de garantia ou
prevenção, de sorte a tutelar bilateralmente todos os interesses em risco.
É importante observar, contudo, que essa prestação liminar de caução favorece o
deferimento initio litis da medida urgente (acautelamento duplo), mas não dispensa o requerente
do ônus de provar os fatos constitutivos dos requisitos legais da tutela emergencial, na fase
instrutória do processo, se seu pedido vier a ser contestado.
Por fim, caso o requerente não tenha condições patrimoniais para oferecer a caução, o juiz
poderá dispensá-la, razão pela qual a hipossuficiência econômica não pode configurar óbice ao
direito de acesso à tutela de urgência, dentro da concepção atual de um processo justo (art. 300, §
1º, in fine).

Art. 311, III - Enunciado 29/ENFAM - Pedido reipersecutório. Concessão de tutela de


evidência. Requisito. Prova documental do contrato de depósito e da
mora (JuruaDoc. 200.5110.3472.4513)
Para a concessão da tutela de evidência prevista no [CPC/2015, art. 311, III], o pedido
reipersecutório deve ser fundado em prova documental do contrato de depósito e também da
mora. (Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados).

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