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INDICAÇÃO
DE
BIBLIOGRA
FIA
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Parte I: Noções sobre a Propriedade
Intelectual
1. Conceito de Propriedade Intelectual;
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Parte I: Noções sobre a Propriedade
Intelectual
Direito Autoral: Lei n. 9.610/98
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Parte I: Noções sobre a Propriedade
Intelectual
PROPRIEDADE DIREITO AUTORAL PROTEÇÃO AO
INDUSTRIAL SOFWTARE
CRIAÇÕES DO CRIAÇÕES DO SOFTWARES QUE
INTELECTO HUMANO INTELECTO HUMANO SERÃO APLICADOS EM
COM FINALIDADE COM FINALIDADE SUPORTES FÍSICOS
ECONÔMICA ARTÍSTICA, (HARDWARES)
CIENTÍFICA,
LITERÁRIA OU
CULTURAL
LEI N. 9279/96 Lei n. 9610/98 Lei n. 9609/98
Como regra o registro Como regra o registro Como regra o registro
possui natureza constitutiva possui natureza possui natureza
declaratória declaratória
Os bens da Propriedade Industrial são tidos como bens móveis para fins de direito (art.
5 da LPI).
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De acordo com art. 123 da LPI, existem três espécies de marcas:
1. Marcas de Certificação: São aquelas utilizadas para atestar a qualidade de produto ou serviços. (Art. 128, §3 da LPI O registro da
marca de certificação só poderá ser requerido por pessoa sem interesse comercial ou industrial direto no produto ou serviço
atestado).
2. Coletivas: Servem para identificar membros de uma entidade representativa de coletividade (Art. 128, § 2 da LPI. O registro de
marca coletiva só poderá ser requerido por pessoa jurídica representativa de coletividade, a qual poderá exercer atividade distinta
da de seus membros).
3. Produtos ou Serviços: Art. 122. São suscetíveis de registro como marca os sinais distintivos visualmente perceptíveis, não
compreendidos nas proibições legais.
Marcas
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1. O Brasil não admite outros sinais, que não visuais, como passíveis de registro de marca,
como, por exemplo, sinais sonoros ou olfativos.
2. Nos EUA é permitido o registro de marcas não convencionais, como as sonoras, tal como
previsto no Lanham Act, dentro do US CODE.
Marcas
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Marcas de Produto ou
Serviço
Formas de se requerer o registro junto ao INPI:
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Marcas de Produto ou Serviço
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Marcas de Produto ou Serviço
Formas de se requerer o registro junto ao INPI:
4. Tridimensional: apresenta-se em três dimensões:
Marca tridimensional é o sinal constituído pela forma plástica distintiva em si, capaz
de individualizar os produtos ou serviços a que se aplica. Para ser registrável, a forma
tridimensional distintiva de produto ou serviço deverá estar dissociada de efeito
técnico. (3 edição Manual de Registro de Marcas, instituído pela Res. INPI n.
249/2019)
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MARCAS
MAIS
VALIOSAS
(BRAND
FINANCE –
2020/2021)
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Marcas
Brasileiras
dentre as Itaú – Posição 387
mais valiosas
do mundo 2. Banco do Brasil - 492
(Brand
Finance –
2020/2021)
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Novidade: a novidade é relativa, ou seja,
precisa ser nova em seu ramo de atividade.
(Princípio da Especificidade).
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Requisitos
Art. 125 da LPI. A marca de alto renome é exceção ao princípio da
especificidade, pois ganhará proteção em todos os ramos de
atividade.
para registro
da Marca Quem regula o procedimento para uma marca se tornar de alto
renome é a IN 107/2013
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Requisitos
IN 107/2013
Art. 3º A comprovação da alegada condição de alto renome deverá
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MARCAS
DE ALTO
RENOME
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MARCAS
DE ALTO
RENOME
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MARCAS
DE ALTO
RENOME
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MARCAS
DE ALTO
RENOME
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Requisitos
2. Não colidência com marca notoriamente conhecida (art. 126 da LPI)
para Registro Art. 126. A marca notoriamente conhecida em seu ramo de atividade nos termos
do art. 6º bis (I), da Convenção da União de Paris para Proteção da Propriedade
Industrial, goza de proteção especial, independentemente de estar previamente
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Requisitos
3. Ausência de Impedimentos (art. 124 da LPI)
para Registro
Art. 124. Não são registráveis como marca:
da Marca
I - brasão, armas, medalha, bandeira, emblema, distintivo e monumento oficiais, públicos,
nacionais, estrangeiros ou internacionais, bem como a respectiva designação, figura ou imitação;
II - letra, algarismo e data, isoladamente, salvo quando revestidos de suficiente forma distintiva;
III - expressão, figura, desenho ou qualquer outro sinal contrário à moral e aos bons costumes ou
que ofenda a honra ou imagem de pessoas ou atente contra liberdade de consciência, crença, culto
religioso ou idéia e sentimento dignos de respeito e veneração;
IV - designação ou sigla de entidade ou órgão público, quando não requerido o registro pela própria
entidade ou órgão público;
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Titular do
Quem poderá requerer o registro? Qualquer pessoa física ou jurídica
(art. 128 da LPI), exceto para as marcas coletivas e certificadoras.
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Titular do Pedido com sistema Multiclasse (Res. INPI n. 248/2019):
Requerimento do registro em mais de uma classe de
registro proteção.
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Vigência Art. 133. O registro da marca vigorará pelo prazo de 10
(dez) anos, contados da data da concessão do registro,
prorrogável por períodos iguais e sucessivos.
.
Art. 169. O processo de nulidade poderá ser instaurado de ofício ou mediante
requerimento de qualquer pessoa com legítimo interesse, no prazo de 180
(cento e oitenta) dias contados da data da expedição do certificado de registro.
.
Nulidade pela via administrativa (Case)
.
Nulidade pela via judicial
Ação de Nulidade de Marca com Pedido Liminar (Procedimento previsto nos arts. 173 e seguintes da LPI)
Art. 173. A ação de nulidade poderá ser proposta pelo INPI ou por qualquer pessoa com legítimo interesse.
. Parágrafo único. O juiz poderá, nos autos da ação de nulidade, determinar liminarmente a suspensão dos efeitos do
registro e do uso da marca, atendidos os requisitos processuais próprios.
Art. 174. Prescreve em 5 (cinco) anos a ação para declarar a nulidade do registro, contados da data da sua
concessão.
Art. 175. A ação de nulidade do registro será ajuizada no foro da justiça federal e o INPI, quando não for autor,
intervirá no feito.
Perdem
proteção?
O fenômeno da degeneração das marcas
Perdem proteção?
Convenção de Paris
Art. 6, quinquies
B) Só poderá ser recusado ou invalidado o registro das marcas de fábrica ou
de comércio mencionadas no presente artigo, nos casos seguintes: (...)
(2) quando forem desprovidas de qualquer caráter distintivo ou então
exclusivamente composta por sinais ou indicações que possam servir no
comércio para designar a espécie, a qualidade, a quantidade, o destino, o
valor, o lugar de origem dos produtos ou a época da produção, ou que se
tenham tornado usuais na linguagem corrente ou nos hábitos leais e
constantes do comércio do país em que a proteção é requerida;
O fenômeno da degeneração das marcas
Perdem proteção?
(Apelação Cível nº 229.580-1/0, TJSP, rel. Jorge Tannus, j. 09.11.1995.) Caducidade marca JetSki);
Marca Gibi
ADMINISTRATIVO. MARCA QUE, PELO SEU PIONEIRISMO, PASSOU A CONFUNDIR-SE COM O PRÓPRIO PRODUTO
QUE VISAVA A DISTINGUIR. REGISTRO. PROIBIÇÃO LEGAL. INÉRCIA PROVANDO PERDA DE PROTEÇÃO
MARCÁRIA. LEI 5.772/71. ART, 93, I, C/C. ART. 65,20.
- Nos termos da legislação de regência, não é passível de registro a marca que passou a equivaler à designação do próprio produto
que visava a distinguir, pouco importando se um dia ela foi nome fantasia ou se nasceu de genuína designação popular.
- Tendo a antecessora da Autora deixado de pedir a prorrogação do registro da marca após 16/08/75 e só requerendo novo registro
comprovadamente em 22/04/91, ocorreu inércia autoral provocando a perda de proteção em face da identificação do produto pela
antiga marca, já caída no domínio popular.
- Apelos e remessa necessária providos.”(Apelação Cível n. 99.02.29657-2, TRF2, rel. Juíza Federal Conv. Márcia Helena Nunes, j.
27.07.2005)
O fenômeno
Precedentes por via indireta:
(Apelação Cível nº 229.580-1/0, TJSP, rel. Jorge Tannus, j. 09.11.1995.)
Caducidade marca JetSki);
da
degeneração Marca Gibi
ADMINISTRATIVO. MARCA QUE, PELO SEU PIONEIRISMO, PASSOU A
das marcas
CONFUNDIR-SE COM O PRÓPRIO PRODUTO QUE VISAVA A DISTINGUIR.
REGISTRO. PROIBIÇÃO LEGAL. INÉRCIA PROVANDO PERDA DE
PROTEÇÃO MARCÁRIA. LEI 5.772/71. ART, 93, I, C/C. ART. 65,20.
Perdem - Nos termos da legislação de regência, não é passível de registro a marca que
passou a equivaler à designação do próprio produto que visava a distinguir, pouco
proteção?
importando se um dia ela foi nome fantasia ou se nasceu de genuína designação
popular.
- Tendo a antecessora da Autora deixado de pedir a prorrogação do registro da
marca após 16/08/75 e só requerendo novo registro comprovadamente em
22/04/91, ocorreu inércia autoral provocando a perda de proteção em face da
identificação do produto pela antiga marca, já caída no domínio popular.
- Apelos e remessa necessária providos.”(Apelação Cível n. 99.02.29657-2, TRF2,
rel. Juíza Federal Conv. Márcia Helena Nunes, j. 27.07.2005)
Trade Dress Não há previsão de conceito na lei brasileira, tampouco de
proteção legal.
(STJ - REsp: 1376264 RJ 2013/0087236-8, Relator: Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Data de
Julgamento: 09/12/2014, T - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 04/02/2015)
Cases no BR
PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. PROPRIEDADE INDUSTRIAL. MARCA.
COMERCIALIZAÇÃO DE CERVEJA. LATA COM COR VERMELHA. ART. 124, VIII, DA LEI N.
9.279/1996 (LPI). SINAIS NÃO REGISTRÁVEIS COMO MARCA. PRÁTICA DE ATOS
TIPIFICADOS NO ART. 195, III E IV, DA LPI. CONCORRÊNCIA DESLEAL.
DESCARACTERIZAÇÃO. OFENSA AO DIREITO DE MARCA. NÃO OCORRÊNCIA.
CONDENAÇÃO INDENIZATÓRIA. AFASTAMENTO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 1. Por
força do art. 124, VIII, da Lei n. 9.279/1996 (LPI), a identidade de cores de embalagens, principalmente
com variação de tons, de um produto em relação a outro, sem constituir o conjunto da imagem ou trade
dress da marca do concorrente - isto é, cores "dispostas ou combinadas de modo peculiar e distintivo" -,
não é hipótese legalmente capitulada como concorrência desleal ou parasitária. 2. A simples cor da lata
de cerveja não permite nenhuma relação com a distinção do produto nem designa isoladamente suas
características - natureza, época de produção, sabor, etc. -, de modo que não enseja a confusão entre as
marcas, sobretudo quando suficiente o seu principal e notório elemento distintivo, a denominação. 3.
Para que se materialize a concorrência desleal, além de visar à captação da clientela de concorrente,
causando-lhe danos e prejuízos ao seu negócio, é preciso que essa conduta se traduza em manifesto
emprego de meio fraudulento, voltado tanto para confundir o consumidor quanto para obter vantagem ou
proveito econômico. 4. O propósito ou tentativa de vincular produtos à marca de terceiros, que se
convencionou denominar de associação parasitária, não se configura quando inexiste ato que denote o
uso por uma empresa da notoriedade e prestígio mercadológico alheios para se destacar no âmbito de sua
atuação concorrencial. 5. A norma prescrita no inciso VIII do art. 124 da LPI - Seção II, "Dos Sinais Não
Registráveis como Marca" - é bastante, por si só, para elidir a prática de atos de concorrência desleal
tipificados no art. 195, III e IV, do mesmo diploma, cujo alcance se arrefece ainda mais em face da
inexistência de elementos fático-jurídicos caracterizadores de proveito parasitário que evidenciem que a
empresa, por meio fraudulento, tenha criado confusão entre produtos no mercado com o objetivo de
desviar a clientela de outrem em proveito próprio. 6. Descaracterizada a concorrência desleal, não há
falar em ofensa ao direito de marca, impondo-se o afastamento da condenação indenizatória por falta de
um dos elementos essenciais à constituição da responsabilidade civil - o dano. 7. Recurso especial
conhecido e provido.
(STJ - REsp: 1376264 RJ 2013/0087236-8, Relator: Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Data de
Julgamento: 09/12/2014, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 04/02/2015)
Cases no BR
RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA.
CONCORRÊNCIA DESLEAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL. TRADE
DRESS. CONJUNTO-IMAGEM. ELEMENTOS DISTINTIVOS. PROTEÇÃO LEGAL
CONFERIDA PELA TEORIA DA CONCORRÊNCIA DESLEAL. REGISTRO DE
MARCA. TEMA DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL, DE ATRIBUIÇÃO
ADMINISTRATIVA DE AUTARQUIA FEDERAL. DETERMINAÇÃO DE
ABSTENÇÃO, POR PARTE DO PRÓPRIO TITULAR, DO USO DE SUA MARCA
REGISTRADA. CONSECTÁRIO LÓGICO DA INFIRMAÇÃO DA HIGIDEZ DO ATO
ADMINISTRATIVO. COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA JUSTIÇA FEDERAL. 1. A tese
a ser firmada, para efeito do art. 1.036 do CPC/2015 (art. 543-C do CPC/1973), é a
seguinte: As questões acerca do trade dress (conjunto-imagem) dos produtos,
concorrência desleal e outras demandas afins, por não envolver registro no INPI e
cuidando de ação judicial entre particulares, é inequivocamente de competência da justiça
estadual, já que não afeta interesse institucional da autarquia federal. No entanto, compete
à Justiça Federal, em ação de nulidade de registro de marca, com a participação do INPI,
impor ao titular a abstenção do uso, inclusive no tocante à tutela provisória. 2. No caso
concreto, dá-se parcial provimento ao recurso interposto por SS Industrial S.A. e SS
Comércio de Cosméticos e Produtos de Higiene Pessoal Ltda., remetendo à Quarta Turma
do STJ, para prosseguir-se no julgamento do recurso manejado por Indústria e Comércio
de Cosméticos Natura Ltda. e Natura Cosméticos S.A.
iniciais)
Não há conceito legal de invenção, mas podemos definir como uma
tecnologia totalmente nova, que partiu do zero sua criação;
patenteabilidade
Art. 15. A invenção e o modelo de utilidade são
(válidos tanta para considerados suscetíveis de aplicação industrial quando
invenção quanto possam ser utilizados ou produzidos em qualquer tipo de
indústria.
para modelo de
utilidade)
Deve cumprir o binômio querer e poder: se a indústria
não quiser ou não puder produzir, não cumprirá este
requisito.
Requisitos da 4. Ausência de Impedimentos
biotecnologia
“De acordo com a LPI, as células propriamente ditas
(Pesquisa com obtidas diretamente de um animal ou com alguma
modificação gênica, não são patenteáveis diante do
base em disposto no art. 10 (IX) ou 18 (III), respectivamente.
Entretanto, composições contendo essas células, os
células tronco) processos de obtenção de célula tronco e aplicação (usos)
das mesmas podem ser considerados patenteáveis desde
que não impliquem ou incluam um método terapêutico
e/ou cirúrgico (art. 10 (VIII), e desde que não incidam
nas disposições do art. 18 (I) da LPI”.
Requerente da
Lei n. 9279/96
patente Art. 6º
Patente Conjunta:
Art. 39 “Pessoas físicas e jurídicas terão a possibilidade de evitar que informação legalmente sob
seu controle seja divulgada, adquirida ou usada por terceiros, sem seu consentimento, de maneira
contrária a práticas comerciais honestas, desde que tal informação:
a) seja secreta, no sentido de que não seja conhecida em geral nem facilmente acessível a pessoas
de círculos que normalmente lidam com o tipo de informação em questão, seja como um todo, seja
na configuração e montagem específicas de seus componentes;
c) tenha sido objeto de precauções razoáveis, nas circunstâncias, pela pessoa legalmente em
controle da informação, para mantê-la secreta
Domínio Público e Trade Secret
Art. 195 da LPI. Comete crime de concorrência desleal quem:
(...)
IV - no seu processamento, tiver sido omitida qualquer das formalidades essenciais, indispensáveis à concessão.
Art. 51. O processo de nulidade poderá ser instaurado de ofício ou mediante requerimento de qualquer pessoa com
legítimo interesse, no prazo de 6 (seis) meses contados da concessão da patente.
Art. 52. O titular será intimado para se manifestar no prazo de 60 (sessenta) dias.
Nulidade pela
Ação de Nulidade de Patente com Pedido Liminar (artigos 56 e
seguintes da LPI)
via judicial Art. 56. A ação de nulidade poderá ser proposta a qualquer tempo da
vigência da patente, pelo INPI ou por qualquer pessoa com legítimo
interesse.
INPI poderá figurar como réu nas ações de nulidade, tanto de patente
quanto de marca (Resp. 1258662).
Direitos sobre Art. 41. A extensão da proteção conferida pela patente
será determinada pelo teor das reivindicações,