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Direito Aplicado A Informatica
Direito Aplicado A Informatica
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
PROPRIEDADE INTELECTUAL.................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
NOÇÕES DE PROPRIEDADE INTELECTUAL................................................................................... 9
CAPÍTULO 2
DIREITOS AUTORAIS.................................................................................................................. 16
CAPÍTULO 3
DIREITOS MORAIS E PATRIMONIAIS DO AUTOR.......................................................................... 19
UNIDADE II
PROPRIEDADE INTELECTUAL E SOFTWARE............................................................................................ 25
CAPÍTULO 1
ASPECTOS LEGAIS DO SOFTWARE......................................................................................... 25
CAPÍTULO 2
DO REGIME DE PROTEÇÃO JURÍDICA AO PROGRAMA DE COMPUTADOR NO BRASIL............... 31
CAPÍTULO 3
RELAÇÃO DE TRABALHO E PROTEÇÃO AO SOFTWARE............................................................ 37
CAPÍTULO 4
O SOFTWARE COMO OBJETO DE CONTRATAÇÃO................................................................... 41
CAPÍTULO 5
SOFTWARE LIVRE..................................................................................................................... 47
CAPÍTULO 6
SOFTWARE PROPRIETÁRIO....................................................................................................... 50
UNIDADE III
PROPRIEDADE INTELECTUAL E INTERNET.............................................................................................. 52
CAPÍTULO 1
DIREITO AUTORAL NA INTERNET............................................................................................. 52
CAPÍTULO 2
CONFLITOS DE NOMES DE DOMÍNIO...................................................................................... 58
UNIDADE IV
PROPRIEDADE INTELECTUAL E BANCO DE DADOS................................................................................. 68
CAPÍTULO 1
PROTEÇÃO À PROPRIEDADE INTELECTUAL DO BANCO DE DADOS........................................... 68
UNIDADE V
PIRATARIA............................................................................................................................................. 72
CAPÍTULO 1
COMBATE À PIRATARIA............................................................................................................ 72
REFERÊNCIA..................................................................................................................................... 77
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos
e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
6
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
7
Introdução
A Propriedade Intelectual vem sendo abordada à vista das perplexidades qua a cercam,
principalmente a partir do advento da era digital e, especialmente, da internet.
Bons estudos!
Objetivos
»» Apresentar os conceitos, natureza e classificações da propriedade
intelectual;
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PROPRIEDADE UNIDADE I
INTELECTUAL
CAPÍTULO 1
Noções de Propriedade Intelectual
Barão de Montesquieu
Esse monopólio temporário concedido pelo Estado, que abrange todas as áreas do
conhecimento humano, objetiva assegurar ao autor uma participação financeira e
moral como compensação a sua dedicação, em face daquele que faz uso da obra de
sua criação. Ele tem o direito de usar, gozar, dispor e reaver a posse de quem a tem
indevidamente. No entanto, o autor pode autorizar sua utilização sem ônus.
O Direito da Propriedade está inserido no Direito Comercial que, por sua vez, é espécie
do gênero Direito Civil. Cabe acrescentar, com Simon (2006, p. 03) que esse ramo do
Direito vem sofrendo profundas alterações em razão do desenvolvimento da tecnologia,
ou seja:
[...] a questão da proteção à propriedade intelectual transformou-se
numa verdadeira corrida entre a legislação e a tecnologia. À medida
que o progresso da tecnologia amplia as facilidades de fazer cópias, a
legislação é alterada para levar em conta a nova realidade tecnológica.
Quanto à segunda dificuldade, a lei define exceções e restrições à
aplicação do copyright procurando manter um equilíbrio entre os
interesses do autor, ou do seu representante e da sociedade. Caem nesta
categoria as disposições de fair use e limitação temporal dos direitos
exclusivos, restritos apenas à primeira venda, no caso da tradição
americana. Estas limitações tem a finalidade de preservar a função
social da cópia e de garantir a disseminação da produção intelectual em
situações em que o valor econômico imediato em jogo é relativamente
pequeno (caso das ciências, por exemplo).
10
PROPRIEDADE INTELECTUAL│ UNIDADE I
(...)
(...)
(...)
(...)
(...)
11
UNIDADE I │ PROPRIEDADE INTELECTUAL
»» É vedado o anonimato.
Já o Código Civil em seu art. 524, garante direitos aos proprietários nos seguintes
termos: “a lei assegura ao proprietário o direito de usar, gozar e dispor de seus bens, e
de reavê-los do poder de quem quer que, injustamente, os possua.”
Para melhor compreensão, a Lei sobre Propriedade Intelectual (LPI) é dividida em duas
classes: direito autoral (que são as nomenclaturas normalmente atribuídas à lista
de direitos concedidas aos autores de obras intelectuais, ou seja, literárias, artísticas
ou científicas) e propriedade industrial (é a área da propriedade intelectual que
regula a proteção dos direitos dos autores de criações inovadoras, modelos de utilidade,
marcas de fábrica ou serviço, indicações geográficas, desenhos ou modelos industriais,
12
PROPRIEDADE INTELECTUAL│ UNIDADE I
13
UNIDADE I │ PROPRIEDADE INTELECTUAL
prático, ou parte deste, apto para aplicação industrial que apresente nova
disposição ou forma, que envolva ato inventivo, cujo resultado seja uma
melhoria funcional em seu uso ou em sua fabricação.
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PROPRIEDADE INTELECTUAL E SOFTWARE │ UNIDADE II
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CAPÍTULO 2
Direitos Autorais
Conforme Blum e Abrusio (2003, p. 291): “O sujeito do direito autoral é o autor ou o titular
da autoria de obra intelectual – o escritor, o compositor, o artista plástico, o desenhista,
o fotógrafo, o web designer etc.”
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PROPRIEDADE INTELECTUAL│ UNIDADE I
Conforme o art. 11 da Lei no 9.610/1998, in verbs: “autor é a pessoa física criadora de obra
literária, artística ou científica”. Já o art. 49 da mesma lei assevera o seguinte: “Os direitos
de autor poderão ser total ou parcialmente transferidos a terceiros, por ele ou por seus
sucessores, a título universal ou singular, pessoalmente ou por meio de representantes
com poderes especiais por meio de licenciamento, concessão, cessão ou por outros meios
admitidos em direito[...]” Destarte, somente a pessoa física pode ser autor de uma obra.
Pessoas jurídicas só podem ser consideradas cessionários desses direitos.
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UNIDADE I │ PROPRIEDADE INTELECTUAL
»» Obras Comuns – aquelas criadas por diversos autores, ou seja, por meio
de mútua contribuição.
Contudo, o art. 44 da Lei de Direito Autoral estabelece que o prazo para as obras
fotográficas e audiovisuais são contados de 1o de janeiro do ano subsequente ao de
sua divulgação.
Concluído o prazo de duração dos direitos do autor sobre a obra, todos terão a
liberdade de explorar essas obras de espírito sem a carência da autorização do
autor, a esse fenômeno denomina-se Domínio Público.
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CAPÍTULO 3
Direitos Morais e Patrimoniais do Autor
Direitos do Autor
Os direitos do autor de utilizar, fruir, dispor e reaver sua obra têm características
de natureza patrimonial (devido a sua obra ser arrolada como bem móvel) e moral
(considerada direito de personalidade).
»» Absolutos, por serem oponíveis erga omnes, isto é, são atos que sobre
todos têm efeito.
Ainda na obra de Sanches (2003, p. 38) podemos encontrar o rol das grandes espécies de
modalidades de exploração da obra que podem ser observadas na Lei no 9.610/1998, são
elas: a) os direitos de comunicação ao público (art. 5o, VI); b) os direitos de reprodução
(art. 5o, VI); e c) os direitos de sequência (art. 38).
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UNIDADE I │ PROPRIEDADE INTELECTUAL
Nos casos de violação de direito autoral no âmbito penal, podemos encontrar nos artigos
184 a 186 do Código Penal as sanções que podem ser aplicadas.
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PROPRIEDADE INTELECTUAL│ UNIDADE I
I – a reprodução:
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UNIDADE I │ PROPRIEDADE INTELECTUAL
Essas limitações aos direitos autorais, conforme salienta Afonso (2009, p. 53),
prescrevem a utilização limitada pela lei de obras protegidas por parte dos usuários,
sem autorização de seu criador.
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PROPRIEDADE
INTELECTUAL E UNIDADE II
SOFTWARE
CAPÍTULO 1
Aspectos Legais do Software
Nas palavras de Varella (1996, p. 171): “os frutos da revolução tecnológica podem ser
percebidos em todos os lugares desde nas mais simples atividades do cotidiano até
nas mais complexas”. Assim, o objeto que melhor materializa essa transformação
é o computador, que comandou o crescimento econômico mundial, criando novos
mercados invejáveis como o do software.
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UNIDADE II │ PROPRIEDADE INTELECTUAL E SOFTWARE
Esse bem intangível denominado software é um dos objetos centrais para o novo valor
dado à informação no competitivo mercado global. A informação é sinônimo de poder,
competitividade, outrossim, carente de proteção física e principalmente jurídica.
A Teoria da Aplicação dos Direitos Autorais defende a ideia de que a legislação que
melhor se adapta à proteção jurídica do software, seria aquela que regulamenta os
direitos autorais.
26
PROPRIEDADE INTELECTUAL E SOFTWARE │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ PROPRIEDADE INTELECTUAL E SOFTWARE
Ademais, ele cita que outros modelos emergem todo o tempo, destacando o amplo
potencial econômico dessa nova espécie de software.
Contrário a essa teoria, Varella (1996, p. 207) cita que proteção ao programa de
computador por meio de patentes foi bastante requisitado, contudo, logo foi repudiado
pela maioria dos doutrinadores, devido o software fugir do processo de industriabilidade,
não podendo ser patenteado.
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PROPRIEDADE INTELECTUAL E SOFTWARE │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ PROPRIEDADE INTELECTUAL E SOFTWARE
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CAPÍTULO 2
Do Regime de Proteção Jurídica ao
Programa de Computador no Brasil
Contudo, há muito que realizar para que o Brasil tenha condições de concorrer com as
grandes empresas do ramo no mercado internacional.
Aquele que é titular do direito autoral faz jus à exploração econômica do programa de
computador, podendo usar, fruir e dispor do mesmo, consoante ao que determina o
direito civil brasileiro durante o prazo de 25 anos.
Para Paesani (2007, p. 54) a Lei no 9.609/1998 tem alguns pontos controvertidos, a saber:
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UNIDADE II │ PROPRIEDADE INTELECTUAL E SOFTWARE
Vale ressaltar um aspecto importante sobre a distinção feita por Varella (1996, p. 176)
entre software e programa de computador: “nem tudo que é software é objeto de
proteção pelo direito, mas tão somente os programas de computador e não o software”.
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PROPRIEDADE INTELECTUAL E SOFTWARE │ UNIDADE II
Ademais, nas doutrinas sobre concorrência virtual, Barbosa inova ao tratar sobre uma
concorrência indireta ou parasitismo, cita-se:
No que se refere ao segredo de negócio, Varella (1996, p. 182) aborda da seguinte forma:
2 BARBOSA, Denis Borges. Introdução Direito Constitucional da PI: Teoria da Concorrência. IBMEC. Disponível em:
<http://denisbarbosa.addr.com/apostilas.htm#Ibmec> Acesso em: 16 out. 2008.
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UNIDADE II │ PROPRIEDADE INTELECTUAL E SOFTWARE
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PROPRIEDADE INTELECTUAL E SOFTWARE │ UNIDADE II
Dessa forma, embora a proteção aos direitos autorais mencionados na lei regente
independe de registro, tornando-se facultativo. A efetivação da proteção dos direitos
autorais contra a utilização não autorizada do software acaba dependendo do registro
do programa de computador no INPI, haja vista a dificuldade de se comprovar a
sua autoria.
A Lei de Software, no art. 6o, dispõe sobre algumas limitações quanto à proteção jurídica
desse objeto, não constituindo crime a ofensa aos direitos do titular de programa de
computador. Vejamos:
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UNIDADE II │ PROPRIEDADE INTELECTUAL E SOFTWARE
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CAPÍTULO 3
Relação de Trabalho e Proteção
ao Software
Observamos que a atividade laboral deve preencher alguns requisitos para configurar
o caso disciplinado na lei regente, “a relação de trabalho é caracterizada pelo vínculo
contratual do trabalhador/empregado com o empregador ou contratante em que há
acordo tácito ou expresso correspondente à relação laboral.” (PIMENTA, 2005, p. 77)
Este autor esclarece que, na relação laboral em tela, deve haver necessariamente uma
relação entre a criação intelectual, o produto da atividade e o trabalhador.
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UNIDADE II │ PROPRIEDADE INTELECTUAL E SOFTWARE
Em sua obra, De Gutenberg à Informática, Galdeman (2001, p. 120) faz menção sobre
o trabalho de Jerry Cohen, “Copyrights are important assets of your business. Don´t
waste them” que aborda os questionamentos que devem estar presentes na elaboração
do inventário sobre a propriedade intelectual, cita-se:
3 TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - Proc. No TST-RR-749.341/01.5; Publicação: DJ – 6/10/2006; Ministro Relator: João
Oreste Dalazen
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PROPRIEDADE INTELECTUAL E SOFTWARE │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ PROPRIEDADE INTELECTUAL E SOFTWARE
Nesse particular, podemos concluir consoante as palavras de Pimenta (2005, 171) que:
“trata-se de um conflito entre valores: o livre arbítrio humano, desde criar até contratar;
em confronto com o capital econômico que determina a riqueza, presume um sucesso
setorial, que gera a possibilidade de consumo”.
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CAPÍTULO 4
O Software como Objeto
de Contratação
O software, é conduzido por meios virtuais como se fosse objeto físico e também
armazenado em discos rígido, CD, DVD, pendrive, fita-dat etc., materializando-
-se fisicamente. Assim, desencadeando diversas espécies de produtos e serviços
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UNIDADE II │ PROPRIEDADE INTELECTUAL E SOFTWARE
Os ilustres Furtado e Furtado (2004, p. 21) definem o contrato de licença de uso como
sendo o ato em que: “o proprietário e detentor dos direitos autorais do software concede
a outrem uma licença permanente, não exclusiva e não transferível de cópia do programa
de computador em pauta, para uso próprio em seu equipamento de computação”.
Para Furtado e Furtado (2004, p. 69): “os contratos de sublicença de uso deve ter as
mesmas características de um contrato de licença de uso”.
Pois este contrato, diz respeito ao “contrato segundo o qual a parte detentora dos
direitos de comercialização do mesmo transfere a outrem a licença recebida do titular
dos direitos do programa, para que este utilize uma cópia do software em benefício
próprio, na forma estabelecida no contrato em questão e nas condições definidas no
contrato de licença de comercialização de software, cumulado com autorização de
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PROPRIEDADE INTELECTUAL E SOFTWARE │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ PROPRIEDADE INTELECTUAL E SOFTWARE
Viegas (2007, p. 59) destaca os cuidados básicos com os quais se deve estar atento na
elaboração desse tipo de contrato, a saber:
A questão do compromisso de sigilo é um tópico que não pode ser esquecido pelo
profissional responsável pela negociação dos pactos entre as partes. Portanto, os
contratos devem conter, no mínimo, os aspectos abordados pela exímia Viegas (2007,
p. 61) nos seguintes termos:
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UNIDADE II │ PROPRIEDADE INTELECTUAL E SOFTWARE
f. Foro e lei aplicável. Além das cláusulas acima, convém que as partes
indiquem o foro no qual as eventuais disputas serão resolvidas, ou adotem
cláusulas compromissórias de arbitragem. Adicionalmente, quando se
tratar de acordo entre partes de países diferentes, poderão indicar a lei
aplicável, mediante, se for o caso, reconhecimento de qual das partes foi
a proponente dos negócios.
A propriedade é um roubo.
P. J. Proudhon
Como salienta Lemos (2005, p. 65): “Dentro do tema direito e realidade em face da
evolução tecnológica, a questão do software livre e do software proprietário é uma das
mais paradigmáticas.”
Dessa forma, software livre segundo a definição desenvolvida pela Free Software
Foundation é qualquer programa de computador que pode ser usado, copiado, estudado,
modificado e redistribuído sem nenhuma restrição. A maneira comum de distribuição de
software livre é anexar a este uma licença de software livre, e tornar o código-fonte do
programa acessível.
O vocábulo código aberto, (open source em inglês) foi criado pela Open Source Initiative
também nominado de software livre. Qualquer licença de software livre é também uma
licença de código aberto, o que difere um do outro é que a Free Software Fundation utiliza
o termo “Software Livre” para se referir a questões éticas, direitos e liberdade. Noutro
sentido, a Open Systems Interconnection usa a verbete “Código Aberto” para tratar sob
um ponto de vista puramente técnico, sem colidir com aspectos éticos.
O Professor Lemos (2005, p. 72) empraza sobre os atributos dessa espécie de softwares:
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UNIDADE II │ PROPRIEDADE INTELECTUAL E SOFTWARE
Ademais, o autor ensina que: “tudo indica que o modelo do software livre não mudou
apenas a história do software, mas também criou uma nova forma de organização
econômica com impacto profundo nas formas de produção e organização globais como
um todo.” (LEMOS, 2005, p. 81)
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PROPRIEDADE INTELECTUAL E SOFTWARE │ UNIDADE II
Ronaldo Lemos ainda debate a respeito dos aspectos jurídicos dos modelos corporativos
que são a manifestação do desejo da sociedade por mudanças no âmbito do Direito
Autoral, citando o Creative Commons como sendo:
Mais adiante, define que: “O Creative Commons busca efetivar a vontade de disseminação
dos trabalhos dos mais diversos tipos de artistas, criadores e detentores de direitos.”
(BRANCO JÚNIOR, 2004, p. 161).
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CAPÍTULO 6
Software Proprietário
4 CASTRO, Aldemario Araujo. O tratamento jurídico do software no Brasil. Disponível em: <http://www.Internetlegal.
com.br/artigos>. Acesso em: 23 dez. 2007.
5 UNIVERSIDADE DE CAMPINAS. Software proprietário e os custos. Disponível em: <http://www.openoffice.unicamp.
br/artigos_proprietario.html>. Acesso em: 28 out. 2007.
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PROPRIEDADE INTELECTUAL E SOFTWARE │ UNIDADE II
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PROPRIEDADE
INTELECTUAL E UNIDADE III
INTERNET
CAPÍTULO 1
Direito Autoral na Internet
Tudo que é realmente grande e inspirador é criado pelo indivíduo que pode
trabalhar em liberdade.
Albert Einstein
Paesini (2007, p. 71) em sua obra alerta quanto à dificuldade de as leis conseguirem
resolver o problema de pirataria na Internet, sobretudo a apropriação ilegal de
programas de computador, projetos científicos, informações sigilosas etc.
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PROPRIEDADE INTELECTUAL E INTERNET │ UNIDADE III
Sobre uma sugestão eficaz de regulamentação da Internet, Lemos (2005, p. 95) cita o
livro Code and other laws of cyberspace, de Lawrence Lessing. Vejamos:
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UNIDADE III │ PROPRIEDADE INTELECTUAL E INTERNET
Esse autor aborda de forma interessante a temática, afirmando que os autores que
expõem suas obras na Internet não podem alegar violação aos seus direitos autorais
sem os devidos cuidados.
Nesse sentido, Ventura (2006, p. 549) comenta que para haver uma proteção jurídica
dos dados disponibilizados na Internet contra cópias não indevidas, os criadores das
obras devem utilizar o recurso do disclaimer e o script de segurança.
Noutro sentido, expõe Valle (2006, p. 557) que o ambiente cibernético é regulado pelo
mesmo ordenamento jurídico editado para regular os atos praticados no mundo físico.
Dessa forma, os atos ilícitos e crimes praticados no espaço virtual estão sujeitos à
punição e à reparação dos danos do mesmo modo que no mundo material.
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PROPRIEDADE INTELECTUAL E INTERNET │ UNIDADE III
Consoante a esse pensamento, Corrêa (2007, p. 27) diz que: “o ato de construir e
colocar uma página na Internet não significa abrir mão de direitos autorais; somente
sua manifestação inequívoca nesse sentido teria o condão de torná-la pública.”
Entretano, aquele que copia obras, dados ou informações de um site que preveja e
demonstre a proibição de cópia, deve ser considerado um hacker e, como tal, deve ser
severamente punido.
Uma prática muito comum no ciberespaço tem sido o plágio de design de sites que nada
mais são do que a identidade visual das empresas no mundo do e-commerce. Nesse
sentido, notamos uma defasagem da legislação em vigor, por não ser hábil ao tratar de
problemáticas como exemplificado.
Alguns doutrinadores entendem ser aplicável a denominada Lei do Software aos sites que
se assemelham a programas de computador em suas características técnicas e natureza.
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UNIDADE III │ PROPRIEDADE INTELECTUAL E INTERNET
Observa-se o que dizem Blum e Abrusio (2003, p. 302) a respeito da tutela aos direitos
autorais da página eletrônica: “entendemos que existe uma dupla proteção: pode ser
considerado como uma criação artística, pela organização de seu conteúdo e também
pode ser considerado como um programa de computador.
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PROPRIEDADE INTELECTUAL E INTERNET │ UNIDADE III
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CAPÍTULO 2
Conflitos de Nomes de Domínio
Em nosso país, o registro é caracterizado por ser um Registro Fechado ou Restrito, ou seja,
apenas pessoas residentes no Brasil, ou pessoa jurídica que possua contato em território
nacional podem requerer o registro de nome de domínio. Em regra as operações são
todas realizadas por meio eletrônico, salvo estipulado o contrário. Ademais, os dados
individuais daquele que registou um domínio poderão ser consultados por qualquer
pessoa, não sendo consideradas sigilosas as informações disponíveis no Registro.
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PROPRIEDADE INTELECTUAL E INTERNET │ UNIDADE III
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UNIDADE III │ PROPRIEDADE INTELECTUAL E INTERNET
Corrêa (2007, p. 18) enfatiza que a criação do CGI.br é uma confirmação da tendência
mundial de desvincular a Internet da atuação estatal.
E continua ensinando:
Hoje em dia, a polêmica que gira em torno dos nomes de domínio são os registros
por terceiros de marcas de produtos, empresas etc. Lemos (2005, p. 103) explica que
as regulamentações dos nomes de domínio se deram por normas sociais e não por
intermédio de leis.
60
PROPRIEDADE INTELECTUAL E INTERNET │ UNIDADE III
Os regimes adotados pela CGI não protegem os direitos de marcas do nosso país.
Inicialmente adotou-se o Princípio da Anterioridade (quem primeiro chega primeiro é
servido) o registro era conferido à pessoa que o solicitasse primeiro.
Por fim, este autor encerra afirmando que há a carência de autorização do Poder
Legislativo para que entidades públicas exerçam essas atividades de regulamentação
da Internet e dos nomes de domínio, caso contrário, o princípio da estrita legalidade é
ignorado. (LEMOS 2005, P. 122).
A respeito dessa polêmica, Chander (2003, p. 40) ressalta: “A nova narrativa desloca
da arena central a competição entre os titulares de marca e os posseiros cibernéticos,
conflito que serve para nos desviar da história real.” O que ocorre é que o predadorismo
da propriedade vai enxotar do espaço cibernético os atributos da ajuda mútua e
interesses comuns dos criados da Internet.
Nesse sentido, foi criado a ICANN (Internet Corporation for Assigned Names and
Numbers) órgão mundial responsável por estabelecer regras do uso da Internet),
entidade sem fins lucrativos e de âmbito internacional, responsável pela distribuição
de números de “Protocolo de Internet” (IP), pela designação de identificações de
protocolo, pelo controle do sistema de nomes de domínios de primeiro nível com
códigos genéricos (gTLD) e de países (ccTLD) e com funções de administração central
da rede de servidores8.
Sua função precípua é coordenar o controle dos elementos técnicos do DNS que
garantem a “resolução universal”, que ajuda os usuários da Internet a encontrar
qualquer endereço válido.
62
PROPRIEDADE INTELECTUAL E INTERNET │ UNIDADE III
Lemos (2005, p. 111) faz alusão à origem da ICANN e seus atributos como se verá a
seguir:
Trata-se de órgão formalmente vinculado ao governo norte-americano,
ainda que sua estrutura de governança interna preveja uma representação
relativamente aberta, inclusive quanto a uma certa participação
internacional. Naturalmente, suas diretrizes e políticas atendem à
realidade da sociedade e aos interesses norte-americanos (cumpre sempre
lembrar que a Icann é uma corporação com sede na Califórnia). Tanto
é assim que a Icann é a responsável pela manutenção das terminações
de domínios regionais, como o “.br” sob a administração brasileira.
Entretanto, quanto à administração de domínios globais, aqueles que
não possuem nenhuma terminação regional específica (como <www.
amazon.com>, ou ainda <www.un.org>, ou seja, aqueles que não se filiam
a nenhum país específico, mas dizem respeito a todos eles, a Icann nada
delega. Mantém para si a administração integral desses domínios. Tanto
é assim que websites norte-americanos sequer se utilizam da terminação
“.us”, que indicaria filiação norte-americana, mas se utilizam sobretudo
dos domínios genéricos globais, como se fossem exclusivamente norte-
americanos. Sobre isso, há inclusive discussões crescentes a respeito da
remoção da autoridade da Icann para a Organização das Nações Unidas,
que teria representatividade mais ampla para lidar com essa questão de
impacto global.
63
UNIDADE III │ PROPRIEDADE INTELECTUAL E INTERNET
Aquele que desejar solucionar algum conflito sobre nomes de domínio junto ao ICANN,
deverá provar que:
A Política Uniforme para Resolução de Disputas por Nomes de Domínio apresenta alguns
aspectos que configuram as provas de registro e uso de má-fé dos nomes de domínio.
2. Aquele que detém o registro do nome de domínio o fez a fim de evitar que
o proprietário da marca registrada ou marca de serviço a utilize em um
nome de domínio correspondente, desde que se esta conduta consista em
um padrão.
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PROPRIEDADE INTELECTUAL E INTERNET │ UNIDADE III
65
UNIDADE III │ PROPRIEDADE INTELECTUAL E INTERNET
outro da lista fornecida pelo réu. O terceiro árbitro será indicado pelo
“provider” a partir de uma lista de cinco candidatos apresentada por
ele às parte, sendo que a seleção entre os cinco será feita “de maneira
razoável e equilibrada entre as preferências de ambas as partes”. A
abordagem típica é permitir que cada uma das partes elimine até dois
nomes da lista de cinco.
Ele destaca que no intuito de preservar os recursos da humanidade de uso comum, foi
sugerido pela comunidade internacional que:
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PROPRIEDADE INTELECTUAL E INTERNET │ UNIDADE III
10 O domínio de topo (sigla: TLD, do inglês top-level domain) é um dos componentes dos endereços de Internet. Cada nome de
domínio na Internet consiste de alguns nomes separados por pontos, e o último desses nomes é o domínio de topo, ou TLD. Por
exemplo, no nome de domínio exemplo.com, o TLD é com (ou COM, visto que nos TLDs a capitalização é ignorada). Os TLDs
são usados em primeiro lugar com o protocolo DNS, que transforma os nomes de domínio em endereço IP. Podem dividir-se em
duas classes: TLDs de código de país (ccTLDs, de country code TLDs) e TLDs genéricos (gTLDs, de generic TLDs). Os ccTLDs
têm sempre duas letras e derivam do código isso 3166 -1 alpha-2, e os gTLDs têm sempre mais do que duas letras. (Disponível
em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Domominio_de_Topo> Acesso em: 24 out. 2008).
67
PROPRIEDADE
INTELECTUAL E UNIDADE IV
BANCO DE DADOS
CAPÍTULO 1
Proteção à Propriedade Intelectual do
Banco de Dados
Segundo Lemos (2005, p. 139): “A proteção aos dados contidos em um banco de dados
é diferente da proteção conferida pelo direito autoral.”
Mais adiante Lemos (2005, p. 139) destaca o precursor desse novel dispositivo jurídico:
68
PROPRIEDADE INTELECTUAL E BANCO DE DADOS │ UNIDADE IV
Como não poderia ser diferente: “A decisão legislativa europeia foi extremamente
controversa. A comunidade civil mundial reagiu negativamente à criação desse novo
direito.” (LEMOS, 2005, p. 141).
Sabiamente, conclui:
Existem grandes distinções entre dados e banco de dados, à luz da Constituição Federal,
como explora Lemos (2005, p. 145), cita-se:
69
UNIDADE IV │ PROPRIEDADE INTELECTUAL E BANCO DE DADOS
Podemos observar à luz da legislação brasileira sobre a relação dos direitos autorais
com a base de dados ao afirmar que:
70
PROPRIEDADE INTELECTUAL E BANCO DE DADOS │ UNIDADE IV
Podemos concluir que aquele que detém a informação que os outros necessitam
é que garante uma posição de poder frente à sociedade, contudo, após uma análise,
observamos que“o que está em jogo é o patrimônio de informações comuns e livres no
país, sua própria cultura, em oposição a um futuro em que toda informação tem dono.”
(LEMOS, 2005, p. 150).
Destarte, o Banco de Dados goza de proteção apenas quando se tratar de obra criativa
de espírito, quanto a sua estrutura lógica, gerenciamento e organização dos dados.
Havendo distinção, como já tratado por Ronaldo Lemos em relação aos dados contidos
na base.
71
PIRATARIA UNIDADE V
CAPÍTULO 1
Combate à Pirataria
Jean-Jacques Rousseau
Muito se tem discutido sobre a violação do direito do autor no que se refere à violação
de direitos autorais na Internet, plágio de sites, pirataria de software, troca de arquivos
Peer-to-Peer de mp3, mp4, vídeos, e-books, imagens e outros ilícitos realizados por
intermédio dos novos instrumentos tecnológicos, principalmente na Grande Rede.
Gandelman (2001, 86) afirma que os principais prejudicados pela pirataria, sofrendo
com seu impacto são: a União, os Estados e Municípios; as empresas produtoras de
filmes cinematográficos; o público consumidor; os distribuidores legítimos.
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PIRATARIA │ UNIDADE V
das consequências da pirataria no país. Ela apresenta os sete pecados capitais da pirataria,
ou seja, os sete principais males causados pela pirataria como sendo estes.
1. O desemprego.
2. A sonegação de impostos.
Após o resultado de uma pesquisa que traça o perfil do consumidor de produtos piratas,
o Conselho Nacional de Combate à Pirataria, órgão ligado ao Ministério da Justiça, diz
que vai tratar o problema de pirataria como um problema ético. Três em cada quatro
brasileiros consomem algum tipo de produto pirata.
[...] A lei impõe penalidades por meio da aplicação de ação cível, que
recai sobre as empresas, prevendo o pagamento de indenização que
equivalem à compra de dois mil originais, caso seja comprovada a
fraude. A ação penal pode ser cumulada com a ação criminal, que atinge
diretamente os diretores e pessoas físicas através de indenizações,
multas, demissões e até prisão.
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UNIDADE V │ PIRATARIA
Contudo, realizar uma única cópia em casa, para uso exclusivamente pessoal, não é
considerado pirataria. Do contrário, se “esta cópia, porém, sair dessa esfera para ser
reproduzida, alugada, trocada, exibida publicamente, ou de qualquer forma, utilizada
sem a expressa autorização dos respectivos titulares, aí sim, ela se torna pirata”. (BLUM;
ABROSIO, 2001, p. 296).
Dito isto, o usuário precisa entender sua força e seu papel a desempenhar frente
ao mercado de software, transferindo a responsabilidade da pirataria para as
corporações. Pois, a escolha de quem será o agente ativo da pirataria está nas mãos
do mercado consumidor.
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Para (não) Finalizar
Desta feita, não temos como vilipendiar essa nova imagem do universo que se forma
diante de nós. Indubitavelmente, temos sorte de não existir, até onde sabemos,
tecnologias que permitam ler pensamentos, embora existam ditos equipamentos
“detectores de mentiras”.
Isso não quer dizer que deve ser extinto do ordenamento jurídico, mas, certamente não
podemos observá-lo com a ótica do direito clássico que, muitas das vezes, legitimam
situações injustas.
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PARA (NÃO) FINALIZAR
Por esta razão, devem ser repensados os preceitos dissociados da carência contemporânea
diante das alterações que crescem vestiginosamente. Transcrevendo as palavras do
filósofo e político anglo-irlandês Edmund Burke: “Leis más são o pior tipo de tirania”.
Bom trabalho!
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