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Silva, Ricardo José Carvalho
Concreto Armado
a
5 Edição (Janeiro/2018)
Sobral: Universidade Estadual vale do Acaraú, Centro de Ciências Exatas e
Tecnologia, Engenharia Civil, 2018.
1. Ações 2. Dimensionamento 3. Detalhamento
4. Verificações 5. Estruturas de concreto armado
Capa: A foto da capa mostra o edifício SHAMS ABU DHABI de 75 andares em Abu
Dhabi (próximo a Dubai) que foi calculado em 2008 pelo Prof. Ricardo Carvalho,
prestando serviço através do escritório Hepta Engenharia Estrutural (Fortaleza-CE)
ao escritório Adapt (Nova Iorque-EUA) do Eng. Bijan Alami.
CONCRETO ARMADO
(5a Edição – Janeiro/2018)
Ricardo José Carvalho Silva
Professor Efetivo da Universidade Estadual Vale do Acaraú
Engenheiro Civil (Unifor)
Mestre em Estruturas (UnB)
Doutor em Estruturas (UnB / Imperial College – London)
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APRESENTAÇÃO
Elaborei esta apostila com o objetivo de servir de notas de aula para as
disciplinas de Concreto Armado I e Concreto Armado II, do curso de Engenharia
Civil da Universidade Estadual Vale do Acaraú, em Sobral-CE. Este material é
necessário para que os alunos acompanhem as aulas e anotem informações
complementares discutidas em sala de aula.
O concreto armado é o material estrutural mais utilizado no mundo. Desde
pequenas obras, como pequenas casas residenciais, até grandes obras, como
edifícios altos, estádios de futebol, entre outros, geralmente são projetados com
peças estruturais de concreto armado e (ou) protendido.
Essa apostila visa auxiliar os que se iniciam na arte de projetar estruturas de
concreto, introduzindo os fundamentos do projeto de estruturas de concreto armado
de acordo com as recomendações normativas. A análise, o dimensionamento e o
detalhamento das armaduras dos elementos estruturais como vigas, lajes, pilares,
escadas e caixa d’água são discutidos nos capítulos dessa apostila.
Para que o aluno tenha um aprendizado bem fundamentado, sugiro que não
se limite a estudar somente por esta apostila. Quanto mais livros de diferentes
autores o aluno conseguir estudar, melhor será para compreensão do assunto.
Quaisquer críticas ou sugestões, com o intuito de melhorar as notas de aula,
serão bem-vindas.
Ricardo José Carvalho Silva
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO AO CONCRETO ARMADO ............................................................ 7
2. CONCEPÇÃO ESTRUTURAL ................................................................................ 9
3. MATERIAIS ........................................................................................................... 29
4. AÇÕES E COMBINAÇÕES .................................................................................. 37
5. ESTADO LIMITE ÚLTIMO ..................................................................................... 43
6. VIGAS DE CONCRETO ARMADO ....................................................................... 51
7. LAJES DE CONCRETO ARMADO ....................................................................... 93
8. PILARES ............................................................................................................. 137
9. ESCADAS ........................................................................................................... 197
10. CAIXAS D`ÁGUA, CISTERNAS E PISCINAS .................................................. 203
11. FUNDAÇÕES .................................................................................................... 211
12. ANCORAGEM, TRANSPASSE E RAIO DE CURVATURA DAS BARRAS ...... 237
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 245
ANEXO 1 – Lista de cargas para cálculo de estruturas de edificações segundo a
NBR6120 (1980) ..................................................................................................... 247
ANEXO 2 – Tabelas para cálculo dos esforços de lajes pelo Método de Marcus .. 251
ANEXO 3 – Tabelas para cálculo dos esforços de lajes pelo Método das Grelhas 257
ANEXO 4 – Tabelas para cálculo dos esforços de lajes pela Teoria das Placas via
Kalmanok ................................................................................................................ 263
ANEXO 5 – Tabelas para dimensionamento de pilar à flexão composta normal ... 265
ANEXO 6 – Tabelas para dimensionamento de pilar à flexão composta oblíqua ... 297
ANEXO 7 – Tabelas de aços da Gerdau ................................................................ 321
ANEXO 8 – Fôrmas de plástico para lajes nervuradas da Impacto ........................ 331
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CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO AO CONCRETO ARMADO
Concreto Armado é o material estrutural composto pela associação do
concreto com barras de aço, de modo que constituam um sólido único, do ponto de
vista mecânico, quando submetido às ações externas.
Dessa forma, o concreto armado, acaba sendo uma união quase que
perfeita, adquirindo as melhores características do concreto e do aço:
(1) o concreto tem boa resistência à compressão;;
(2) o aço tem elevada resistência à tração e à compressão;;
(3) boa aderência entre o aço e o concreto;;
(4) o concreto protege o aço contra a corrosão;;
(5) o aço e o concreto têm coeficientes de dilatação térmica muito parecidos.
As principais vantagens do Concreto Armado são:
(1) maior liberdade de formas;;
(2) baixo custo quando comparado com outros sistemas estruturais;;
(3) boa resistência a choques, vibrações e altas temperaturas;;
(4) resistência à compressão do concreto aumenta com a idade.
E as principais desvantagens do Concreto Armado são:
(1) peso próprio elevado (25 kN/m3);;
(2) peça sujeita à fissuração;;
(3) necessidade de fôrmas e escoramentos;;
(4) dificuldade em adaptações posteriores.
Os primeiros registros de concreto armado datam de 1855, quando Lambot
construiu um barco com argamassa de cimento reforçada com ferro. Em 1861,
Monier construiu um vaso de flores de concreto com armadura de arame (concreto
Monier), em 1861, Coignet publicou os princípios básicos para as construções em
concreto armado, e apresentou na Exposição Internacional de Paris, em 1867, vigas
e tubos de concreto armado.
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CAPÍTULO 2
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
Como o próprio nome diz, a concepção estrutural se refere a criação da
estrutura da edificação. A definição de uma estrutura adequada para uma
determinada arquitetura é de fundamental importância para reduzir custos e facilitar
a execução da edificação.
O primeiro passo para a concepção estrutural está na definição do arranjo
estrutural da edificação. O arranjo estrutural é composto de elementos estruturais,
tais como lajes, vigas, pilares e fundações, escolhidos para um determinado sistema
estrutural que melhor se adeque àquela arquitetura.
A concepção estrutural é subjetiva e independe de qualquer regra
matemática. O bom senso é o principal orientador de uma boa criação. Geralmente,
estruturas mais simples são as melhores opções.
A escolha do arranjo estrutural é também denominado de lançamento
estrutural, onde o engenheiro define para uma determinada arquitetura os locais das
vigas e pilares. Um bom lançamento estrutural propicia facilidade de execução e
economia na construção. Estruturas mal lançadas costumam ser caras e
trabalhosas.
Evidentemente, deve-se definir prioridades para o tipo de edificação. Por
exemplo, um edifício residencial com muitos pavimentos tipos iguais, recomenda-se
iniciar o lançamento com a colocação das vigas acompanhando algumas alvenarias
e a partir disso, locam-se os pilares e definem-se as lajes. Já para um edifício
garagem, a prioridade são as vagas de estacionamento, então, dessa maneira,
inicia-se com a colocação dos pilares e a partir disso, locam-se as vigas e definem-
se as lajes.
Depois de lançada a estrutura, deve-se haver uma compatibilização com os
projetos instalações para que não haja improvisações por alguma
incompatibilidades entre os projetos.
2.1. ELEMENTOS ESTRUTURAIS
As estruturas das edificações são basicamente compostas por lajes que se
apoiam em vigas que se apoiam em pilares que se apoiam nas fundações que se
apoiam no solo (Figura 2.1). As lajes, as vigas e os pilares são classificados como
superestruturas. As fundações e o solo são classificados como infraestruturas.
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Figura 2.1 – Elementos estruturais de uma edificação
As lajes fazem a função de piso e de teto. Elas podem ser maciça, nervurada
ou pré-moldada (Figura 2.2). As lajes maciças são mais tradicionais e fornecem à
edificação maior rigidez às cargas de vento, porém são lajes mais caras porque
exigem maior quantidade de fôrmas. Com a repetição da mesma fôrma em vários
andares, o custo da edificação reduz. As lajes nervuradas são uma ótima opção
para edificações com maiores vãos. Redução de concreto e fôrma é uma
característica desse tipo de laje, porém geralmente há um aumento na taxa de aço
onerando os custos. As lajes pré-moldadas, volterrana ou treliçada, são ótimas
soluções para pequenas edificações. Sem a necessidade de fôrmas e com a
utilização de baixa taxa de aço tornam esse tipo de laje simples de executar e de
baixo custo. Porém esse tipo de laje tem algumas limitações. Para edifícios altos,
esse tipo de laje não fornece uma boa rigidez lateral. Para grandes vãos esse tipo
de laje apresenta grande flecha e vibra muito. O tipo de laje a ser escolhida é opção
do projetista e deve ser observada o tipo de edificação e comparada as
características de cada sistema para escolher a melhor opção para aquela
edificação específica. Cada construção tem suas peculiaridades e por isso nem
sempre o melhor tipo de laje é o mesmo.
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Figura 2.2 - Lajes
As vigas podem ser classificadas em vigas ou vigas-paredes (Figura 2.3). As
vigas possuem relação L/h ≥ 2 para vigas bi-apoiadas e L/h ≥ 3 para vigas
contínuas. Esse tipo de viga obedece a teoria de Bernoulli-Navier, onde as seções
transversais planas permanecem planas após deformadas. Essa teoria é base para
as fórmulas de dimensionamento de vigas. Já as vigas-parede são vigas altas, com
a relação L/h < 2 para vigas bi-apoiadas e L/h < 3 para vigas contínuas. As vigas-
paredes não obedecem a teoria de Bernoulli-Navier. Suas seções transversais
depois de deformadas se arqueiam. Por esse motivo, as vigas-paredes são mais
adequadamente dimensionadas através da teoria do modelo de bielas e tirantes.
Figura 2.3 - Vigas
Os pilares podem ser classificados em pilares e pilares-parede (Figura 2.4).
Os pilares possuem a relação b ≥ h/5 e são dimensionados a flexão composta
normal ou flexão composta oblíqua, enquanto os pilares-parede, com a relação b <
h/5, são dimensionados por trecho de seção a compressão simples. Normalmente
se usam os pilares-paredes em regiões onde de precisa enrijecer a edificação para
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cargas de vento. Geralmente são os pilares na caixa de escada e elevador que
apoiam a caixa d`água.
Figura 2.4 – Pilares
As fundações podem ser rasas (diretas) ou profundas (indiretas). As rasas
mais comuns são blocos, sapatas, sapatas excêntricas com vigas de equilíbrio,
sapatas corrida com viga de rigidez e radier (Figura 2.5). As profundas mais comuns
são as estacas (Figura 2.6). Sejam pré-moldadas, tipo franki, tipo raiz e tipo hélice
contínua.
Nas fundações rasas, o uso dos blocos se limitam a pilares com pouca carga,
geralmente menos de 500 kN, a satapa para pilares com mais cargas, a sapata com
viga de equilíbrio seria uma solução para evitar a sapata excêntrica onde se
transferiria momento fletor para o pilar e a sapata associada é quando se tem uma
fileira de pilares próximos para se fazer somente uma sapata. Em algumas
situações onde pudesse haver sobreposição de sapatas recomenda-se o uso do
radier.
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Figura 2.5 – Fundações rasas
Nas fundações profundas, o uso de estacas com o bloco de coroamento é
muito comum quando há grandes cargas e o solo não encontra resistência a
pequenas profundidades. Nesse caso, as estacas são cravadas até uma “nega”,
onde a tensão normal em baixo da estaca e o atrito nas laterais da estaca fornecem
resistência para absorver grandes cargas.
Figura 2.6 – Fundações profundas
2.2. SISTEMAS ESTRUTURAIS
O sistema estrutural de uma edificação é definido como o conjunto de
elementos estruturais usados para criar o “esqueleto” da própria edificação. Cada
sistema possui vantagens e desvantagens, dessa maneira, o mais conveniente é
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conhecer as características de cada sistema e escolher um que melhor se encaixe
com a arquitetura a ser construída. A seguir são apresentados características de 7
diferentes sistemas estruturais.
(1) Sistema com Laje Volterrana apoiada em vigas ou cintas:
O tipo de laje em combinação com o tipo de apoio, seja na viga, seja no pilar,
faz o sistema estrutural da edificação. Dependendo do tipo da edificação, um
sistema estrutural ou outro se adéqua melhor ao edifício.
O sistema com lajes volterrana apoiadas em vigas ou cintas (Figura 2.7) é um
tipo de sistema simples, de fácil execução. Tão simples que o projetista deve
cuidadosamente detalhar os trilhos da laje ancorando dentro da viga em
aproximadamente 8 cm para que não haja erro. Normalmente esse sistema é usado
para pequenas edificações porque a ligação entre a laje volterrana com a viga não
dá uma boa solidariedade que enrijeça a edificação sob efeito de vento. Além disso,
a laje volterrana de não vence grandes vãos, limitando-se em média 4 m para
concreto armado e 7 m para concreto protendido. Os trilhos de volterrana protendido
devem ter bom controle tecnológico para que não haja empenamento.
Figura 2.7 – Laje Volterrana (Laje Pré-moldada)
(2) Sistema com laje treliçada apoiada em vigas ou cintas:
O sistema de laje treliçada apoiada em vigas ou cintas (Figura 2.8) é muito
parecido com o de laje volterrana. Simples e prático. O projetista também deve
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detalhar a ancoragem dos trilhos ancorados nas vigas. O sistema é um pouco mais
rígido a cargas de ventos que o da laje volterrana, mas ainda tem pouca rigidez
quando se compara com os sistemas mais convencionais de lajes maciças e
nervuradas. Normalmente utiliza-se vãos de até 10 m de comprimento, seja a treliça
de concreto armado ou concreto protendido. O trilho de 10 m é muito flexível e
muitas vezes quebra durante o transporte ou na montagem. Nesse caso o trilho
protendido passa a ser mais vantajoso por ser mais rígido.
Figura 2.8 – Laje Treliçada (Laje Pré-moldada)
(3) Sistema com lajes maciças apoiadas em vigas:
O sistema de laje maciça apoiada em vigas (Figura 2.9) é o sistema mais
tradicional. Consomem altas taxas de fôrmas. É muito boa quando o cliente não
quer usar forro falso de gesso. Possuem boa rigidez quanto a cargas pontuais.
Também são mais solidária que a laje volterrana e a treliçada. Geralmente esse tipo
de laje limita-se a vãos de 5 m x 5 m para lajes de concreto armado e 6 m x 6 m
para lajes de concreto protendido.
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Figura 2.9 – Laje Maciça apoiada em vigas
(4) Sistema com laje nervurada apoiada em vigas:
O sistema de laje nervurada apoiada em vigas (Figura 2.10) caracterizam-se
pelo baixo consumo de concreto. Maior rigidez por apresentar maior altura útil (d).
Também são mais solidária que a laje volterrana e a treliçada. E, além disso, é um
sistema muito bom quando o cliente não se importa em usar forro falso de gesso.
Como nesse sistema é necessário o uso do forro falso de gesso e a laje é mais
espessa que a laje maciça, há uma perda de altura livre por pavimento se o pé
direito for mantido.
Normalmente os vãos limitam-se em 8 m x 8 m para lajes de concreto armado e
9 m x 9 m para lajes de concreto protendido.
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Figura 2.10 – Laje Nervurada apoiada em vigas
(5) Sistema com laje lisa ou laje cogumelo apoiada em pilares:
O sistema de laje lisa apoiada em pilares (Figura 2.11) e o sistema de laje
cogumelo apoiada em pilares (Figura 2.12) difere-se somente por que a laje
cogumelo possui um engrossamento da laje na região do encontro com o pilar,
denominado de capitel. Ambos os sistemas são de fácil execução por terem fôrmas
simples sem os recortes de vigas que normalmente dão mais trabalho. É muito boa
quando o cliente não quer usar forro falso de gesso.
Nesse sistema ao contrário do que muitos pensam, há um aumento do peso
do edifício. E, além disso, há a possibilidade da ruptura por punção. O projetista
deve verificar isso nos cálculos.
Essas lajes apresentam um bom efeito de travamento lateral quanto a cargas
de vento, mas apresentam maiores flechas e por esse motivo, o mais indicado é
usar a laje protendida.
Há uma maior liberdade do layout da arquitetura por se tratar de uma laje
única por pavimento. Ou seja, as alvenarias podem ser alteradas de posição sem
prejudicar a laje.
Os vãos geralmente limitam-se em 7 m para lajes de concreto armado e 8 m
para lajes de concreto protendido.
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Figura 2.11 – Laje Lisa (Laje Plana)
Figura 2.12 – Laje Cogumelo (Laje Plana)
(6) Sistema com laje nervurada apoiada em pilares:
O sistema de laje nervurada apoiada em pilares (Figura 2.13) é uma mistura
do sistema de lajes nervuradas com o sistema de laje cogumelo. Há uma maior
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liberdade do layout da arquitetura por se tratar de uma laje única por pavimento. Há
altas taxas de armadura. Há maior rigidez que a laje lisa ou cogumelo por que há
uma maior altura útil (d). Além de existir um bom travamento lateral para cargas de
ventos. Além disso, esse tipo de laje também pode romper por punção e deve ser
verificada pelo projetista durante o cálculo.
Normalmente limita-se o vão dessa laje em 8 m para concreto armado e 9 m
para concreto protendido.
Figura 2.13 – Laje Nervurada apoiada em Pilares (Laje Plana)
(7) Sistema com laje nervurada apoiada em vigas-faixa protendidas:
O sistema de laje nervurada apoiada em vigas-faixa protendidas (Figura 2.14)
é o mesmo sistema de laje nervurada apoiada em vigas, porém nesse caso, a viga
protendida é embutida na laje nervurada com grande vão. Esse sistema vem se
popularizando bastante no Brasil. Como é laje nervurada, há um baixo consumo de
concreto e por ser uma solução parecida com as anteriores, há um bom travamento
lateral quanto a carga de vento.
Normalmente, o vão da viga protendida limita-se por volta de 10 m. Apesar
desse valor do vão poder aumentar quando se aumenta a altura da viga.
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Figura 2.14 – Laje Nervurada apoiada em Vigas-Faixa Protendidas (Laje Plana)
2.3. DIRETRIZES PARA A CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
A concepção estrutural é algo pessoal e intuitivo. Não existem regras. Alguns
projetistas preferem um lançamento com mais vigas, dando mais rigidez ao
pavimento, outros preferem um lançamento mais limpo, com menos vigas e lajes
maiores, dando maior simplicidade à execução da obra. Caso um determinado
projeto de arquitetura seja distribuído para dezenas de calculistas, é possível que
apareçam dezenas de diferentes lançamentos estruturais para a mesma arquitetura.
Em resumo, deve-se lançar a estrutura de maneira simples que as cargas venham
das lajes para as vigas e das vigas para os pilares, como se faz na fabricação de
uma mesa rígida. De preferência que as vigas amarrem os pilares nos dois sentidos.
Mesmo não existindo regras para o lançamento estrutural, podem-se citar
algumas diretrizes que tornam o projeto eficiente, tais como:
(1) Vazios ou extremidades enrijecidos por vigas;;
(2) Lajes em formato retangular ou quadrado com vãos razoáveis;;
(3) Vigas apoiadas em pilares com vãos razoáveis;;
(4) Pilares alinhados e amarrados por vigas nos dois sentidos.
Evidentemente nem todos esses itens acima vão constar em um projeto
estrutural por conta das peculiaridades da arquitetura, mas quanto mais itens
desses constarem no lançamento estrutural, melhor ficará o lançamento.
Uma outra preocupação é o lançamento dos pilares que estejam alinhados,
amarrados, bem distribuídos e que possam ir desde a fundação até o último
pavimento, evitando assim a viga de transição (Figura 2.15).
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Figura 2.15 – Viga de transição recebendo pilar
Esse tipo de viga só deve ser utilizada quando não houver outra solução.
Primeiro por que é uma viga que vai receber um carregamento muito grande.
Segundo por que é uma viga que deve ter o mínimo possível de flecha, pois uma
deflexão nessa viga puxa o pilar para baixo e interfere em todo o equilíbrio da
edificação.
2.4. LANÇAMENTO E PRÉ-DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL
Para a planta baixa apresentada na Figura 2.16, decidiu-se optar por priorizar
o lançamento das vigas e depois colocar os pilares, por se tratar de uma edificação
residencial. Nesse caso, inicialmente fez-se um primeiro esboço das vigas seguindo
as alvenarias principais, conforme Figura 2.17. Em seguida, resolveu-se aprimorar o
primeiro esboço retirando algumas vigas e aumentando vãos. Assim, algumas
alvenarias ficaram sobre as lajes. Dessa maneira apareceu o segundo esboço já
com os pilares locados (Figura 2.18).
Limpando o desenho, aparece na Figura 2.19 o esboço definitivo com uma
contagem de pilares, vigas e lajes ainda não revisada. E por fim, transforma-se esse
esboço numa planta de fôrma (Figura 2.20) do pavimento tipo da edificação com as
numerações de pilares, vigas e lajes já definidas iniciando-se da esquerda para a
direita, de cima para baixo. No caso de vigas, primeiro as vigas horizontais, depois
as verticais. Também pode ser vista na figura dois cortes horizontais e dois cortes
verticais rebatido em cima do próprio desenho da fôrma.
Observe que o projeto é simétrico, ou seja, a contagem de pilares, vigas e
lajes continua para a outra parte do pavimento que não aparece na figura.
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Figura 2.16 – Projeto de arquitetura – Planta baixa
Figura 2.17 – Primeiro esboço das vigas e lajes
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Figura 2.18 – Segundo esboço de pilares, vigas e lajes
Figura 2.19 – Esboço definitivo da fôrma do pavimento
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Figura 2.20 – Projeto de estruturas - Fôrma do pavimento
O chamado “pré-dimensionamento” é uma estimativa de que medidas serão
necessárias para as peças estruturais. Logicamente que são estimativas bem
simplificadas, baseadas principalmente nos vãos. Quando o engenheiro calculista
for fazer o dimensionamento utilizando os carregamentos e as deflexões reais,
obviamente, essas dimensões podem ser alteradas. Por esse motivo, esse pré-
dimensionamento é mais usado por arquitetos que não se aprofundam na teoria das
estruturas. A tabela 2.1 traz as equações simplificadas para que se possa fazer o
pré-dimensionamento. Seria o “chute inicial”.
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Tabela 2.1 – Pré-dimensionamentos (Simplificação mais usual para arquitetos)
Lajes
ü Laje maciça de Concreto Armado em 1 direção è h = 2% . Vão Menor
ü Laje nervurada de Concreto Armado em 1 direção è h = 3% . Vão Menor
ü Laje maciça de Concreto Armado em cruz è h = 2% . Vão Médio
ü Laje nervurada de Concreto Armado em cruz è h = 3% . Vão Médio
ü Laje lisa de Concreto Protendido è h = 2,5% . Vão Maior entre 2 pilares
OBS: No caso de balanço, utiliza-se o dobro das percentagens.
Vigas
ü Viga de Concreto Armado bi-apoiada è h = 10% . Vão
ü Viga de Concreto Armado contínua è h = 8% . Vão
OBS: No caso de balanço, utiliza-se o dobro das percentagens.
Pilares
ü Área da Seção (m2) = P (kN) / (10000 kN/m2)
ü P (kN) = Ainfluência (m2) . 10 kN/m2 . (no de repetições)
OBS: As repetições são “os pavimentos” e “a coberta”.
Utilizando-se as relações da Tabela 2.1 com as medidas apresentadas na
Figura 2.21, estimam-se as medidas das vigas e lajes conforme mostrado a seguir.
Figura 2.21 – medidas para pré-dimensionamento de lajes e vigas
V2 è maior vão = 590 cm è h = 8% . 590 = 47,2 cm
V4 è maior vão = 465 cm è h = 8% . 465 = 37,2 cm
V5 è maior vão = 170 cm è h = 10% . 170 = 17 cm
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V7 è maior vão = 597,5 cm è h = 8% . 597,5 = 47,8 cm
V8 è maior vão = 545 cm è h = 10% . 545 = 54,5 cm
V9 = V10 è maior vão = 685 cm è h = 10% . 685 = 68,5 cm
Padronizando-se as vigas em três tipos de seção: 15x50, 15x60 e 15x70,
adota-se 15x50 para V2, V4, V5 e V7, 15x60 para V8 e 15x70 para V9 e V10.
Laje em 1 direção (vão maior/vão menor ≥ 2):
L1 è menor vão = 170 cm è h = 2% . 170 = 3,4 cm
L2 è menor vão = 420 cm è h = 2% . 420 = 8,4 cm
Laje em cruz (vão maior/vão menor < 2):
L3 è vão médio = 402,5 cm è h = 2% . 402,5 = 8,05 cm
L7 è vão médio = 471,25 cm è h = 2% . 471,25 = 9,43 cm
Padronizando-se as lajes em duas espessuras: 8cm e 10cm, adota-se h =
8cm para L1 e h = 10cm para L2, L3 e L7.
Novamente utilizando-se as relações da Tabela 2.1, agora com as medidas
da área de influência do pilar com maior carregamento, apresentadas na Figura
2.22, estimam-se as medidas dos pilares conforme mostrado a seguir.
Figura 2.22 – medidas para pré-dimensionamento dos pilares
Pilar com mais carga è área de influência = 18,07 m2
Carga por pavimento = 10 kN/m2 . 18,07 m2 . 3 repetições = 542,10 kN
Área Seção do Pilar = 542,10 kN/10000 kPa = 0,0542 m2 = 542,1 cm2
(Adota-se 20 cm x 40 cm)
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Dessa maneira a planta de fôrma definitiva ficou como apresentada na figura
2.23.
Figura 2.23 – Planta de fôrma com lajes, vigas e pilares pré-dimensionadas
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CAPÍTULO 3
MATERIAIS
3.1. MATERIAL CONCRETO
3.1.1. CLASSES
A norma NBR6118:2014 se aplica aos concretos compreendidos nas classes
de resistência até C90. A classe C20, ou superior, se aplica ao CONCRETO
ARMADO. A classe C25, ou superior, ao CONCRETO PROTENDIDO. E a classe
C15 pode ser usada somente em obras provisórias ou em concretos sem fins
estruturais.
3.1.2. MASSA ESPECÍFICA
Quando a massa específica do concreto não for conhecida, para efeito de
cálculo, pode-se adotar 24 kN/m3 para concreto simples e 25 kN/m3 para concreto
armado.
3.1.3. COEFICIENTE DE DILATAÇÃO TÉRMICA
O coeficiente de dilatação térmica do concreto pode ser adotado igual a 10-5 /
o
C.
3.1.4. MÓDULO DE ELASTICIDADE
O Módulo de Elasticidade Eci (Módulo de Deformação Tangente Inicial),
quando não houver ensaio, pode ser estimado pela fórmula:
Eci = aE 5600 f ck para 20 MPa ≤ fck ≤ 50 MPa
1/ 3
æ f ck ö
Eci = 21,5 . 10 a E ç +1,25 ÷ para 55 MPa ≤ fck ≤ 90 MPa
3
è 10 ø
Sendo:
αE = 1,2 para basalto e diabásio;; αE = 0,9 para calcário;;
αE = 1,0 para granito e gnaisse;; αE = 0,7 para arenito.
O Módulo de Elasticidade Ecs (Módulo de Deformação Secante), quando não
houver ensaio, pode ser estimado pela fórmula:
Ecs = ai Eci
Sendo:
f ck £ 1,0
ai = 0,8 + 0,2
80
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Tabela 3.1 – Valores estimados de módulo de elasticidade em função da resistência
característica à compressão do concreto (considerando o uso de granito como
agregado graúdo) (NBR6118:2014)
Classe de C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50 C60 C70 C80 C90
Resistência
Eci 25 28 31 33 35 38 40 42 43 45 47
(GPa)
Ecs 21 24 27 29 32 34 37 40 42 45 47
(GPa)
αi 0,85 0,86 0,88 0,89 0,90 0,91 0,93 0,95 0,98 1,00 1,00
A deformação elástica do concreto depende da composição do traço do
concreto, especialmente da natureza dos agregados. Na avaliação do
comportamento de um elemento estrutural ou seção transversal, pode ser adotado
módulo de elasticidade único, à tração e à compressão, igual ao módulo de
deformação secante (Ecs).
3.1.5. COEFICIENTE DE POISSON E MÓDULO DE ELASTICIDADE
TRANSVERSAL
Para tensões de compressão menores que 0,5fc e tensões de tração
menores que fct, o coeficiente de Poisson ν pode ser tomado como igual a 0,2 e o
módulo de elasticidade transversal Gc igual a Ecs/2,4.
3.1.6. COMPRESSÃO – DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO
Para tensões de compressão menores que 0,5 fc, admite-se uma relação
linear entre as tensões e as deformações, utilizando-se o módulo de deformação
secante. Para análises no estado limite último emprega-se o diagrama tensão x
deformação idealizado (Figura 3.1).
Figura 3.1 – Diagrama tensão x deformação idealizado de compressão
(NBR6118:2014)
30
Os valores dos parâmetros ec2 (deformação específica de encurtamento do
concreto no início do patamar plástico) e ecu (deformação específica de
encurtamento do concreto na ruptura) devem ser definidos assim:
* Para concretos de classes até C50: ** Para concretos de classes C55 até
C90:
ec 2 = 2,0%o 0 , 53
ec 2 = 2,0%o + 0,085 %o (f ck - 50)
ecu = 3,5%o 4
ecu = 2,6%o + 35%o [(90 - f ck ) / 100 ]
Apesar da NBR6118:2014 trazer o diagrama da Figura 3.1 como exemplo,
essa figura
3.1.7. TRAÇÃO – DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO
Para o concreto sob tração não fissurado, pode-se adotar o diagrama tensão-
deformação bilinear da Figura 3.2.
Figura 3.2 – Diagrama tensão x deformação bilinear de tração (NBR6118:2014)
Sendo:
𝑓"#$,&'( = 0,7
𝑓"#,-
𝑓"#$,./0 = 1,3
𝑓"#,-
* Para concretos de classes até C50: ** Para concretos de classes C55 até C90:
3/5 𝑓"#,- = 2,12
ln
(1 + 0,11
𝑓"$ )
𝑓"#,- = 0,3
𝑓"$
3.2. MATERIAL AÇO PASSIVO
3.2.1. CATEGORIAS
Aço Categoria CA-25 è Aço com o valor da resistência característica da tensão de
escoamento (fyk) igual a 25 kgf/mm2 (250 MPa).
Aço Categoria CA-50 è Aço com o valor da resistência característica da tensão de
escoamento (fyk) igual a 50 kgf/mm2 (500 MPa).
31
Aço Categoria CA-60 è Aço com o valor da resistência característica da tensão de
escoamento (fyk) igual a 60 kgf/mm2 (600 MPa).
As bitolas comerciais mais usadas nas estruturas de edificações são
apresentadas na Tabela 3.2.
Tabela 3.2 – Aços mais utilizados na construção civil
AÇOS MAIS USADOS :
Categoria CA-60 Categoria CA-50
Φ 5 mm Φ 6,3 mm (1/4”) Φ 12,5 mm (1/2”) Φ 25 mm (1”)
Φ 8 mm (5/16”) Φ 16 mm (5/8”) Φ 32 mm (1 1/4")
Φ 10 mm (3/8”) Φ 20 mm (3/4”) Φ 40 mm (1 9/16”)
3.2.2. TIPO DE SUPERFÍCIE ADERENTE
A capacidade aderente entre o aço e o concreto está relacionada ao tipo de
superfície da armadura. Quanto melhor a aderência, maior o coeficiente de
aderência (η1) apresentado na Tabela 3.3.
Tabela 3.3 – Valor do coeficiente de aderência η1 (NBR6118:2014)
Tipo de Superfície η1
Lisa 1,0
Entalhada 1,4
Nervurada 2,25
3.2.3. MASSA ESPECÍFICA
A massa específica do aço de armadura passiva pode ser adotado 78,50
kN/m3.
3.2.4. COEFICIENTE DE DILATAÇÃO TÉRMICA
O coeficiente de dilatação térmica do aço pode ser adotado igual ao do
concreto, 10-5/oC.
3.2.5. MÓDULO DE ELASTICIDADE
Na ausência de ensaios ou valores informados pelo fabricante, o módulo de
elasticidade do aço pode ser considerado 210 GPa.
3.2.6. TRAÇÃO – DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO
O aço é uma liga metálica de ferro e carbono, com um percentual de 0,03%
a 2,00% de carbono para fornecer maior ductilidade. Existem dois tipos de
fabricação de aço. Tipo A e Tipo B (Figuras 3.3 e 3.4).
Aços Tipo A (CA-25 e CA-50)
- Fabricados pelo processo de laminação a quente.
- O gráfico de tensão x deformação apresenta um patamar de escoamento bem
definido.
32
- São denominados BARRAS de aço.
Aços Tipo B (CA-60)
- Fabricados pelo processo de laminação a quente com posterior deformação a
frio.
- O gráfico de tensão x deformação não apresenta um patamar de escoamento
bem definido.
- São denominados FIOS de aço.
AÇOS COM PATAMAR DE ESCOAMENTO DEFINIDO (TIPO A)
(CA-50)
Figura 3.3 – Diagrama tensão x deformação dos aços CA-50
AÇOS SEM PATAMAR DE ESCOAMENTO DEFINIDO (TIPO B)
(CA-60)
Figura 3.4 – Diagrama tensão x deformação do aço CA-60
33
A NBR6118:2014 traz um diagrama simplificado que pode ser usado para
aços com ou sem patamar de escoamento. Ou seja, para tipo A ou tipo B (Figura
2.5). Para o aço tipo B, o diagrama é adaptado do diagrama real da Figura 2.4.
Utiliza-se a tensão de escoamento (fyk) e a respectiva deformação específica (εyk)
através de uma paralela a 2% como feito na Figura 3.4.
Figura 3.4 – Diagrama tensão x deformação para aços de armaduras passivas
(NBR6118:2014)
3.3. MATERIAL CONCRETO ARMADO E PROTENDIDO
A união do concreto com o aço origina um material composto denominado de
concreto armado. Quando se adiciona uma força de protensão ao concreto armado,
origina-se um novo material composto denominado concreto protendido. A
NBR6118:2014 traz recomendações como cobrimentos mínimos, fator a/c máximo,
classe de concreto mínimo, etc... com o objetivo de melhorar a durabilidade da peça
estrutural.
34
3.4.1. CLASSE DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL
Tabela 3.4 – Classe de agressividade ambiental (NBR6118:2014)
Classe de Classe geral do tipo de Risco de
agressividade Agressividade ambiente para efeito de deterioração da
ambiental projeto estrutura
I Fraca Rural Insignificante
Submersa
II Moderada Urbana a, b Pequeno
a
III Forte Marinha Grande
a, b
Industrial
IV Muito Forte Industrial a, c Elevado
Respingos de maré
a
Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (uma classe acima)
para ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de
apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com
argamassa e pintura).
b
Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (uma classe acima) em obras em
regiões de clima seco, com umidade média relativa do ar menor ou igual a 65 %, partes da estrutura
protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos ou regiões onde raramente chove.
c
Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em
indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias químicas.
3.4.2. COBRIMENTOS MÍNIMOS
Tabela 3.5 – Cobrimentos mínimos (NBR6118:2014)
Tipo de Componente ou Classe de agressividade ambiental
estrutura elemento I II III IV
Cobrimento nominal (mm)
Laje 20 25 35 45
Concreto Viga / Pilar 25 30 40 50
Armado Elemento estruturais em 30 40 50
contato com o solo
Concreto Laje 25 30 40 50
Protendido Viga / Pilar 30 35 45 55
3.4.3. FATOR ÁGUA/CIMENTO MÁXIMO
Tabela 3.6 – Fator água/cimento máximo (NBR6118:2014)
Concreto Tipo Classe de agressividade
I II III IV
Relação água/cimento Concr Armado £ 0,65 £ 0,60 £ 0,55 £ 0,45
em massa Concr Protendido £ 0,60 £ 0,55 £ 0,50 £ 0,45
35
3.4.4. CLASSE DE CONCRETO MÍNIMO
Tabela 3.7 – Classe de concreto mínimo (NBR6118:2014)
Concreto Tipo Classe de agressividade
I II III IV
Classe de concreto Concr Armado ³ C20 ³ C25 ³ C30 ³ C40
Concr Protendido ³ C25 ³ C30 ³ C35 ³ C40
3.4.4. DIMENSÕES MÍNIMAS
Lajes ü 7cm para lajes de cobertura não em balanço;;
ü 8cm para lajes de piso não em balanço;;
ü 10 cm para lajes em balanço;;
ü 10cm para lajes que suportem veículos até 30 kN;;
ü 12cm para lajes que suportem veículos com peso maior que 30
kN;;
ü 15cm para lajes com protensão apoiadas em vigas, com
mínimo de L/42 para lajes de pisos biapoiadas e L/50 para lajes
de piso contínuas;;
ü 16cm para lajes lisas e 14cm para lajes cogumelo, fora do
capitel.
Vigas ü Largura mínima para vigas é de 12 cm.
ü Largura mínima para vigas parede é de 15 cm.
Esses limites podem ser reduzidos para 10 cm em casos
excepcionais, desde que se respeite: os cobrimentos mínimos e as
condições de concretagem de acordo com a NBR14931.
Pilares ü Dimensão mínima para seção qualquer forma é 19 cm.
ü Em casos especiais, permite-se dimensões entre 14 e 19 cm,
desde que se multiplique a carga por um coeficiente adicional
gn.
1,0 ≤ gn = 1,95 – 0,05 . (menor dimensão da seção) ≤1,25
Em qualquer caso não se permite área de seção transversal inferior a
360 cm2.
36
CAPÍTULO 4
AÇÕES E COMBINAÇÕES
As ações nas edificações, segundo a NBR 6118 e a NBR 8681, são
classificadas em Permanentes, Variáveis e Excepcionais. As permanentes são as
que vão sempre existir na estruturas de forma invariável, as variáveis são cargas
que dependem da ocupação e de outros fatores que oscilam para mais ou para
menos e as excepcionais são de difícil previsão, geralmente relacionadas a
acidentes, terrorismos, etc. As combinações de ações são estimativas de como
estarão os carregamentos agindo na estrutura no Estado Limite Último (ELU) ou nos
Estados Limites de Serviço (ELS).
4.1. AÇÕES
As ações podem ser melhor entendidas como expostas nas classificações
abaixo.
37
4.2. COMBINAÇÕES ÚLTIMAS (ELU)
Para concreto armado, calcula-se as ações para combinações últimas
normais conforme a seguinte equação:
𝐹= = 𝛾?
𝐹?$ +
𝛾@?
𝐹@?$ +
𝛾A
𝐹AB$ +
ΨDE
𝐹AE$ +
𝛾@A
ΨD@
𝐹@A$
Sendo:
𝐹= = ações para combinações últimas;;
𝐹?$ = ações permanentes diretas;;
𝐹@?$ = ações permanentes indiretas vinda da retração;;
𝐹AB$ = ação variável direta principal
𝐹AE$ = demais ações variáveis diretas
𝐹@A$ = ações variáveis indiretas vindo das variações da temperatura;;
𝛾? = coeficiente de ponderação para ações permanentes (separadamente ou
conjuntamente);;
𝛾@? = coeficiente de ponderação para ações permanentes indiretas vinda da
retração;;
𝛾A = coeficiente de ponderação para ações variáveis (separadamente ou
conjuntamente);;
𝛾@A = coeficiente de ponderação para ações variáveis indiretas vinda das variações
da temperatura;;
ΨDE = fator de redução de combinação para as ações variáveis diretas;;
ΨD@ = fator de redução de combinação para as ações variáveis indiretas.
Considerando que a maioria das edificações não têm ações variáveis
secundárias e que a retração e efeito de temperatura pouco influenciam uma
estrutura isostática, como as do exemplo do curso de concreto armado e protendido,
pode-se simplificar a equação conforme apresentado a seguir.
𝐹= = 𝛾?
𝐹?$ +
𝛾A
𝐹AB$
𝐹= =
𝛾?
𝑔 +
𝛾A
𝑞
Sendo:
𝑔 = valor característico das ações permanentes diretas;;
𝑞 = valor característico da única ação variável direta.
Para concreto protendido, deve-se acrescentar como carregamento externo
as cargas equilibrantes, decorrente da carga de protensão e da curvatura dos
cabos.
Os coeficientes de ponderação de ações permanentes diretas podem ser
encontrados na Tabela 4.1, se o calculista optar em considerar um coeficiente para
cada ação, ou na Tabela 4.2, se o calculista optar em considerar somente um
coeficiente para todas as ações permanentes diretas consideradas conjuntamente.
38
Tabela 4.1 - Ações permanentes diretas consideradas separadamente
Combinação Tipo de ação Efeito
Desfavorável Favorável
Normal Peso próprio de estruturas metálicas 1,25 1,0
Peso próprio de estruturas pré-moldadas 1,30 1,0
Peso próprio de estruturas moldadas no local 1,35 1,0
(1)
Elementos construtivos industrializados 1,35 1,0
Elementos construtivos industrializados com adições in loco 1,40 1,0
(2)
Elementos construtivos em geral e equipamentos 1,50 1,0
Especial ou Peso próprio de estruturas metálicas 1,15 1,0
de Peso próprio de estruturas pré-moldadas 1,20 1,0
construção Peso próprio de estruturas moldadas no local 1,25 1,0
(1)
Elementos construtivos industrializados 1,25 1,0
Elementos construtivos industrializados com adições in loco 1,30 1,0
(2)
Elementos construtivos em geral e equipamentos 1,40 1,0
Excepcional Peso próprio de estruturas metálicas 1,10 1,0
Peso próprio de estruturas pré-moldadas 1,15 1,0
Peso próprio de estruturas moldadas no local 1,15 1,0
(1)
Elementos construtivos industrializados 1,15 1,0
Elementos construtivos industrializados com adições in loco 1,20 1,0
(2)
Elementos construtivos em geral e equipamentos 1,30 1,0
(1)
Por exemplo: paredes e fachadas pré-moldadas, gesso acartonado.
(2)
Por exemplo: paredes de alvenaria e seus revestimentos, contrapisos.
Tabela 4.2 - Ações permanentes diretas consideradas conjuntamente
Combinação Tipo de ação Efeito
Desfavorável Favorável
(1)
Normal Grandes pontes 1,30 1,0
(2)
Edificações tipo 1 e pontes em geral 1,35 1,0
(3)
Edificação tipo 2 1,40 1,0
(1)
Especial ou Grandes pontes 1,20 1,0
(2)
de Edificações tipo 1 e pontes em geral 1,25 1,0
(3)
construção Edificação tipo 2 1,30 1,0
(1)
Excepcional Grandes pontes 1,10 1,0
(2)
Edificações tipo 1 e pontes em geral 1,15 1,0
(3)
Edificação tipo 2 1,20 1,0
(1)
Grandes pontes são aquelas em que o peso próprio da estrutura supera 75% da totalidade das ações
permanentes.
(2) 2
Edificações tipo 1 são aquelas onde as cargas acidentais superam 5 kN/m .
(3) 2
Edificações tipo 2 são aquelas onde as cargas acidentais não superam 5 kN/m .
Os coeficientes de ponderação de ações variáveis diretas podem ser
encontrados na Tabela 4.3, se o calculista optar em considerar um coeficiente para
cada ação, ou na Tabela 4.4, se o calculista optar em considerar somente um
coeficiente para todas as ações permanentes diretas consideradas conjuntamente.
39
Tabela 4.3 - Ações variáveis diretas consideradas separadamente
Combinação Tipo de ação Coeficiente de
Ponderação
(1)
Normal Ações truncadas 1,2
Efeito de temperatura 1,2
Ação do vento 1,4
Ações variáveis em geral 1,5
(1)
Especial ou Ações truncadas 1,1
de Efeito de temperatura 1,0
construção Ação do vento 1,2
Ações variáveis em geral 1,3
Excepcional Ações variáveis em geral 1,0
(1)
Ações truncadas são consideradas ações variáveis cuja distribuição de máximos é truncada por um
dispositivo físico de modo que o valor dessa ação não pode superar o limite correspondente. O coeficiente
de ponderação mostrado na nessa tabela se aplica a esse valor limite.
Tabela 4.4 - Ações variáveis diretas consideradas conjuntamente(1)
Combinação Tipo de estrutura Coeficiente de
Ponderação
Normal Pontes e edificações tipo 1 1,5
Edificações tipo 2 1,4
Especial ou Pontes e edificações tipo 1 1,3
de Edificações tipo 2 1,2
construção
Excepcional Estruturas em geral 1,0
(1)
Quando a ações variáveis forem consideradas conjuntamente, o coeficiente de ponderação mostrado na
nessa tabela se aplica a todas as ações, devendo-se considerar também conjuntamente as ações
permanentes diretas. Nesse caso permite-se considerar separadamente as ações indiretas como recalque
de apoio e retração dos materiais e o efeito de temperatura conforme define a NBR8681.
Como a maioria das edificações possuem cargas acidentais que não
superam 5 kN/m2 (Edificações tipo 2), quando consideradas as ações
conjuntamente, pode-se simplificar a equação da combinação das ações para o
ELU mais ainda, como mostrado a seguir.
𝐹= =
𝛾?
𝑔 +
𝛾A
𝑞 = 1,4
𝑔 +
1,4𝑞
𝐹= =
1,4(𝑔 +
𝑞)
Para cálculo das paredes e fundo da caixa d`água de médio ou grande porte
como lajes engastadas, deve-se lembrar que o carregamento da água (variáveis
diretas) geralmente ultrapassam 5 kN/m2. Nesse caso, não se pode calcular como
edificação tipo 2. Se considerado com ações conjuntas como edificações tipo 1, a
combinação ficaria:
𝐹= =
𝛾?
𝑔 +
𝛾A
𝑞 = 1,35
𝑔 +
1,5
𝑞
Caso a opção seja a consideração de ações separadamente, o coeficiente de
ponderação da água será 1,2 (ações truncadas).
40
4.3. COMBINAÇÕES DE SERVIÇO (ELS)
(a) Combinações Quase Permanentes de Serviço (CQP): Todas as ações
variáveis são consideradas com seus valores quase permanentes Ψ3
𝐹A$ .
𝐹=,.JK = 𝐹?&$ +
Ψ3E
𝐹AE$
Ou seja:
𝐹=,.JK = 𝑔 +
Ψ3
𝑞
(b) Combinações Frequentes de Serviço (CF): A ação variável principal 𝐹AB
é tomada com seu valor frequente ΨB
𝐹AB$ e todas as demais ações variáveis são
tomadas com seus valores quase permanentes Ψ3
𝐹A$ .
𝐹=,.JK = 𝐹?&$ +
ΨB
𝐹AB$ +
Ψ3E
𝐹AE$
Levando-se em conta que na maioria das edificações só existe uma carga
acidental, que é a carga variável principal:
𝐹=,.JK = 𝑔 +
ΨB
𝑞
(c) Combinações Raras de Serviço (CF): A ação variável principal 𝐹AB é
tomada com seu valor característico 𝐹AB$ e todas as demais ações variáveis são
tomadas com seus valores frequentes ΨB
𝐹A$ .
𝐹=,.JK = 𝐹?&$ +
𝐹AB$ +
ΨBE
𝐹AE$
Novamente levando-se em conta que na maioria das edificações só existe
uma carga acidental, que é a carga variável principal:
𝐹=,.JK = 𝑔 +
𝑞
Sendo:
𝐹=,.JK = valor de cálculo das ações para combinações de serviço;;
𝐹?&$ = valor característico das ações permanentes diretas;;
𝐹AB$ = valor característico das ações variável direta principal;;
𝐹AE$ = valor característico das demais ações variáveis diretas;;
𝑔 = valor característico das ações permanentes diretas;;
𝑞 = valor característico da única ação variável direta;;
ΨB
= fator de redução de combinação frequente para ELS;;
Ψ3
= fator de redução de combinação quase permanente para ELS.
41
Os fatores de combinação ψ0, salvo indicação em contrário, expressa em
norma relativa ao tipo de construção e de material considerados, estão indicados na
Tabela 4.5, juntamente com os fatores de redução ψ1 e ψ2 referentes às
combinações de serviço.
Tabela 4.5 - Valores dos fatores de combinação (ψ0) e de redução (ψ1 e ψ2) para as
ações variáveis
3), 4)
Ações Y0 Y1 Y2
Cargas acidentais de edifícios:
Locais em que não há predominância de pesos e de equipamentos que
permanecem fixos 0,5 0,4 0,3
por longos períodos de tempo, nem de elevadas concentrações de
(1)
pessoas 0,7 0,6 0,4
Locais em que há predominância de pesos de equipamentos que 0,8 0,7 0,6
permanecem fixos por
(2)
longos períodos de tempo, ou de elevadas concentrações de pessoas
Bibliotecas, arquivos, depósitos, oficinas e garagens
Vento:
Pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral 0,6 0,3 0
Temperatura:
Variações uniformes de temperatura em relação à média anual local 0,6 0,5 0,3
Cargas móveis e seus efeitos dinâmicos:
Passarelas de pedestres 0,6 0,4 0,3
Pontes rodoviárias 0,7 0,5 0,3
Pontes ferroviárias não especializadas 0,8 0,7 0,5
Pontes ferroviárias especializadas 1,0 1,0 0,6
Vigas de rolamentos de pontes rolantes 1,0 0,8 0,5
(1)
Edificações residenciais, de acesso restrito.
(2)
Edificações comerciais, de escritórios e de acesso público.
(3)
Para combinações excepcionais onde a ação principal for sismo, admite-se adotar para ψ2 o valor
zero.
(4)
Para combinações excepcionais onde a ação principal for o fogo, o fator de redução ψ2 pode ser
reduzido, multiplicando-o por 0,7.
42
CAPÍTULO 5
ESTADO LIMITE ÚLTIMO
5.1. INTRODUÇÃO
O estado limite último (ELU) se refere ao colapso, ou a qualquer outra forma
de ruína estrutural, que determine a paralisação do uso da estrutura. As peças de
concreto armado e concreto protendido são dimensionadas no estado limite último
(ELU), ou seja, são dimensionadas prevendo uma possível ruptura.
A vantagem de se dimensionar a peça na ruptura é que pode-se escolher as
deformações que essa peça vai ter no caso de uma ruína. Quanto mais deformada
ficar a peça, melhor. Diz-se que a peça “avisou” que ia romper, ou seja, a peça teve
ductilidade.
No caso de peças com visíveis crescimentos de deformações e fissuras,
sabe-se que a estrutura está “avisando” que vai romper. Nesse caso, há tempo para
fazer uma recuperação estrutural antes que essa ruína aconteça. Essa é uma
grande vantagem de se dimensionar no estado limite último (ELU).
Antes de se discutir os estádios de carregamentos e os domínios de
deformação, é necessário apresentar um fundamento importante que é a hipótese
de Bernoulli.
A Teoria da Flexão ou Hipótese de Bernoulli ou Teoria de Bernoulli-Navier,
utilizadas para vigas não-paredes (L/h ≥ 3), considera que as seções das vigas
indeformadas permanecem planas após deformadas (Figura 5.1).
43
Figura 5.3 – Relação do aumento das cargas com os Estádios
44
5.3. ANÁLISE NA RUÍNA (ELU) – PEÇAS DE CONCRETO ARMADO
Peças sob flexão na ruína apresentam uma tensão de compressão no
formato de parábola-retângulo e, de acordo com a NBR6118:2014, podem ser
simplificadamente retangularizada conforme mostrada na Figura 5.4. A força de
tração é representada pela carga Rst agindo no aço.
Figura 5.4 – Diagrama de esforços no ELU
O processo de retangularização é muito simples de se entender. A área da
parábola-retângulo é exatamente a mesma da área do retângulo com o valor de x
adaptada para lx (Figura 5.5). Com essa adaptação, fica mais fácil desenvolver as
equações de equilíbrio no ELU.
Figura 5.5 – Relação entre as distribuições de tensão parábola-retângulo e a
distribuição de tensões retangularizado
Pelo equilíbrio das forças horizontais, Rcc é igual ao Rst. E os valores para o
cálculo do Rcc podem ser usados conforme as recomendações da NBR6118:2014
quando se retangulariza o diagrama de tensões normais, descritas na Figura 5.6.
45
Figura 5.6 – Diagrama tensão-deformação para as tensões normais
retangularizadas
Sendo para classes de concreto até C50:
𝑛 = 2
𝜆 = 0,8
Sendo para classes de C55 até C90:
Q
90 − 𝑓"$
𝑛 = 1,4 + 23,4
100
𝑓"$ − 50
𝜆 = 0,8 −
400
O coeficiente de redução 0,85, também denominado Efeito de Rüch, visa
estabelecer a tensão máxima de compressão do concreto para ações de longa
duração. O Efeito de Rüch vem da multiplicação de três fatores:
Efeito de Rüch = F1 . F2 . F3 = 0,75 . 1,20 . 0,95 = 0,85
(a) Fator de correção para cargas de longa duração è F1 = 0,75
Ensaios com cargas aplicadas de forma lenta apresentam resistência 25% menores
que ensaios usuais com cargas de curta duração.
(b) Fator de correção para concretos após 28 dias è F2 = 1,20
O aumento médio de resistência do concreto após 28 dias pode chegar até a 20%
em um ano.
(c) Fator de correção em relação aos corpos de provas è F3 = 0,95
46
Ensaios mostram que corpos de provas mais esbeltos que os cilindros usuais (15
cm x 30 cm) apresentam uma redução média de 5% nas resistências à compressão.
5.4. DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NO ESTADO LIMITE ÚLTIMO
Os domínios de deformação são as possíveis configurações de deformação
no ELU da seção transversal de uma peça estrutural analisada sob solicitações
normais. A Figura 5.7 apresenta os domínios de deformação definidos pela
NBR6118:2014.
Figura 5.7 – Domínios de deformação de ELU de uma seção transversal
(NBR6118:2014)
Considera-se que a peça chegou a ruína quando o concreto é esmagado
com a deformação (ecu) ou quando a armadura atingiu uma deformação plástica
excessiva (esd = 10%o). Nesse caso, a armadura não rompeu, mas considera-se
que a deformação foi tão grande que a estrutura de concreto já estaria em uma
condição inutilizável (ruína).
No domínio 1, a peça rompe totalmente tracionada, com as armaduras de um
dos lados chegando a deformação de 10%o. Esse seria o caso de um tirante de
concreto armado.
No domínio 2, a peça chega a ruína com deformação plástica excessiva na
armadura (esd = 10%o) e na outra extremidade o concreto sofre compressão.
No domínio 3, a peça rompe por esmagamento do concreto e na outra
extremidade, as armaduras já estão escoando (esd > eyd).
No domínio 4, a peça chega a ruptura por esmagamento do concreto, mas na
outra extremidade as armaduras não chegam nem a escoar. Para o ELU essa
situação chega a ser perigosa porque como as armaduras possuem pouca
47
deformação, a peça de concreto praticamente não fissura e, assim, não há
ductilidade (aviso de ruptura). Essa situação para vigas deve ser evitada.
No domínio 4a e domínio 5, a seção praticamente toda está sob compressão.
No domínio 4a há ruptura por esmagamento em uma das extremidades com
deformação (ecd = ecu), enquanto que no domínio 5 há ruptura por esmagamento
com deformações menores que essa. No domínio 5, a uma distância da
extremidade mais comprimida de [(ecu-ec2)h /ecu], acontece a ruptura quando a
deformação chega a ec2. Os domínios 4a e 5 são comuns em pilares.
5.5. ANÁLISE NOS LIMITES DOS DOMÍNIOS
Analisando as deformações apresentadas na Figura 5.8, referentes aos
limites dos domínios de deformação, pode-se observar que a peça no limite 1-2 está
toda tracionada, como um tirante. A peça nos limites 2-3 e 3-4 possuem zona
tracionada e zona comprimida como uma viga ou uma faixa de uma laje. Nos limites
4-4a e 4a-5 possuem praticamente só compressão como um pilar.
Figura 5.8 – Relação x/d para os limites dos domínios
Com a relação x/d (ou kx = x/d) de uma determinada peça estrutural no ELU,
pode-se identificar o domínio de deformação dessa peça. Basta correlacionar com
as relações dos limites de deformação (Figura 5.9).
48
Figura 5.9 – Valores de kx para encontrar os domínios
Transformando os valores dos kx da Figura 5.4 em valores numérico, tem-se
a Tabela 5.1.
Tabela 5.1 – Valores de kx para os limites dos domínios
Kx = x/d
fck (MPa)
20 - 50 55 60 65 70 75 80 85 90
ec2 (%o) 2,00 2,20 2,29 2,36 2,42 2,47 2,52 2,56 2,60
ecu (%o) 3,50 3,13 2,88 2,74 2,66 2,62 2,60 2,60 2,60
Domínio 1
Lim 1-2 0,000
Domínio 2
Lim 2-3 0,259 0,238 0,224 0,215 0,210 0,207 0,207 0,206 0,206
Domínio 3
Lim 3-4
(1)
CA-50 0,628 0,602 0,582 0,569 0,562 0,558 0,557 0,557 0,557
(2)
CA-60 0,585 0,558 0,538 0,525 0,517 0,514 0,512 0,512 0,512
(3)
CP1900RB 0,324 0,300 0,283 0,273 0,267 0,264 0,263 0,263 0,263
Domínio 4
Lim 4-4a 1,000
Domínio 4a e Domínio 5
eyd = 2,07%o
2
eyd = 2,48%o
3
eyd = 7,30%o
49
5.6. DUCTILIDADE
A capacidade de rotação das seções transversais dos elementos estruturais
é função da posição da linha neutra no ELU. Quanto menor for x/d, maior será essa
capacidade de rotação. Em outras palavras, quando menor for x/d, maior será a
ductilidade desse elemento.
Para proporcionar o adequado comportamento dúctil em vigas e lajes, a
NBR6118:2014 estabeleceu que a posição da linha neutra no ELU deve respeitar os
seguintes limites (Figura 5.10). Esses limites são válidos tanto para concreto
armado quanto para concreto protendido.
Figura 5.10 – Relação x/d limite para comportamento dúctil em vigas
Comparando as relações x/d limites estabelecidas pela NBR6118:2014
(Figura 5.9) com as relações x/d da Tabela 5.1, observa-se que pode-se
dimensionar vigas de concreto armado somente para o domínio 2 e parte do
domínio 3, enquanto que para vigas de concreto protendido, pode-se dimensionar
para o domínio 2, o domínio 3 e parte do domínio 4. Porque existe uma faixa do
domínio 4 de vigas de concreto protendido que têm ductilidade.
50
CAPÍTULO 6
VIGAS DE CONCRETO ARMADO
6.1. INTRODUÇÃO
A NBR6118:2014 define viga como um elemento linear em que a flexão é
preponderante. As vigas podem estar em balanço, bi-apoiadas ou contínuas como
as teorias da isostática e da hiperestática costumam discutir. As vigas também
podem ser classificadas quanto ao tipo, como apresentado na Figura 6.1. A viga
retangular com armadura simples normalmente é a solução mais econômica, onde o
aço resiste os esforços de tração e o concreto resiste os esforços de compressão. A
viga retangular com armadura dupla é uma solução alternativa onde a região
comprimida é também resistida por armaduras de compressão. A viga “T” com
armaduras simples é uma outra alternativa que se reforça a zona comprimida,
sendo que nesse caso, com área de concreto. As vigas com armadura duplas e
vigas “T” são geralmente utilizadas quando a viga com armadura simples cai em um
domínio 3 sem ductilidade ou em um domínio 4. Nesse caso, reforçando-se a zona
comprimida, as vigas com armadura dupla ou “T” são dimensionadas respeitando os
limites de ductilidades com uma altura inferior a viga com armadura simples.
Figura 6.1 – Tipos de viga
6.2. CARREGAMENTO DAS VIGAS
A NBR6120:1980 fornece vários valores de cargas para que o calculista
possa considerar em suas análises estruturais. Os carregamentos mais comumente
utilizados nas edificações estão listados abaixo.
ü Cargas Permanentes (g)
Por Volume Concreto armado 25 kN/m3
Tijolo furado 13 kN/m3
Tijolo maciço 18 kN/m3
Por Área Pavimentação 1,0 kN/m2
51
Revestimento 1,0 kN/m2
ü Cargas Acidentais (q)
Por Área Residência (dormitório, sala, copa, cozinha, 1,5 kN/m2
banheiro)
Residência (despensa, área de serviço, lavanderia) 2,0 kN/m2
Escritórios comerciais (salas, banheiros) 2,0 kN/m2
Biblioteca (sala de leitura) 2,5 kN/m2
Biblioteca (sala para depósito de livros) 4,0 kN/m2
Biblioteca (sala com estante de livros) 6,0 kN/m2
Escadas (com acesso ao público) 3,0 kN/m2
Escadas (sem acesso ao público) 2,5 kN/m2
A Transferência de cargas das lajes para as vigas dependem das condições
dos apoios dessas lajes. O tradicional Método das Linhas de Ruptura é um método
simples e eficiente para transferir as cargas das lajes para as vigas. Esse método é
baseado nas rótulas plásticas que surgem de baixo da laje quando essa laje rompe.
Considera-se que cada área limitada pelas rótulas plásticas transfere cargas para as
vigas mais próximas (Figura 6.2).
Figura 6.2- Área de transferência de carga para as vigas
Com as ações conhecidas, traça-se o diagrama dos momentos fletores da
viga analisada (Figura 6.3). A NBR6118:2014 recomenda que nenhum momento
fletor positivo deve ser menor que o momento fletor positivo de um vão bi-engastado
para dimensionamento no ELU.
52
Figura 6.3 – Momentos fletores para dimensionamento da viga
A NBR6118:2014 permite a opção do calculista reduzir os momentos fletores
negativos através de arredondamento do diagrama sobre os apoios. Esse
arredondamento pode ser feito de maneira aproximada, conforme apresentado na
Figura 6.4.
53
Figura 6.4 – Arredondamento do diagrama do momento fletor negativo
EXEMPLO RESOLVIDO:
Considerando a planta de fôrma da Figura 6.5, encontra-se os carregamentos
das vigas V1 e V3 da seguinte forma:
54
Figura 6.5 – Planta de fôrma
(a) Carregamento das lajes L1 e L3:
Carga Permanente (g):
Peso Próprio = 25 kN/m3 . 0,10 m = 2,50 kN/m2
Pavimentação = 1,00 kN/m2
Revestimento = 1,00 kN/m2
Alvenaria = 0,00 kN/m2
Carga Variável (q):
Sobre-carga de varanda residencial = 1,50 kN/m2
Total = 6,00 kN/m2
Obs: Não existe alvenaria sobre as lajes L1 e L3.
(b) Carregamento da laje L2:
Carga Permanente (g):
Peso Próprio = 25 kN/m3 . 0,10 m = 2,50 kN/m2
Pavimentação = 1,00 kN/m2
Revestimento = 1,00 kN/m2
Alvenaria = 13 kN/m3 . (0,15 . 2,90 . 4) m3 / (4 . 6) m2 = 0,94 kN/m2
Carga Variável (q):
Sobre-carga de sala residencial = 1,50 kN/m2
Total = 6,94 kN/m2
Obs: Existe 4m de alvenaria de tijolo cerâmico sobre a laje L2.
(c) Carregamento e diagrama do momento fletor da viga V3 (Figuras 6.6 e 6.7):
55
Figura 6.6 – Ações e diagrama do momento fletor na viga V3
Figura 6.7 – Área de influência da reação da laje L1 na viga V3
(d) Carregamento e diagrama do momento fletor da viga V1 (Figuras 6.8, 6.9 e
6.10):
56
Figura 6.8 – Ações na viga V1
Figura 6.9 – Ações e diagrama do momento fletor na viga V1
57
Figura 6.10 – Áreas de influência da reações das lajes L1 e L2 na viga V1
6.3. DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO DE VIGA RETANGULAR COM
ARMADURA SIMPLES NO ESTADO LIMITE ÚLTIMO
Uma seção de uma viga de concreto armado no ELU apresenta os esforços
mostrados na Figura 6.11.
Figura 6.11 – Seção de viga no ELU
Rcc = σc . b . λx
Rst = As . σsd = As . fyd
z = d – 0,5 . y = d – 0,5 . λ . x
Equilíbrio:
Md = Rcc z = (σcd . b . λ . x) . (d – 0,5 . λ . x) = σcd . b . λ . (x/d) . (1 – 0,5 λ . (x/d)) . d2
Md = λ. kx . (1 – 0,5 λ . kx) . b . d2 . σcd
Sendo: kmd = λ . kx . (1 – 0,5 λ . kx)
Md = kmd . b . d2 . σcd
kmd = Md / (b . d2 . σcd)
58
* Na fórmula do kmd, considerou-se esmagamento do concreto (σc = σcd e εc = εcu è
domínio 3) no ELU.
kmd = λ . kx . (1 – 0,5 λ . kx)
kmd = λ . kx – 0,5 λ 2 . kx2
(0,5 λ2) . kx2 + (-λ) . kx + (kmd) = 0
(A) . kx2 + (B) . kx + C = 0
kx = [-B ± (B2 – 4AC)1/2]/(2 A)
kx = {- (-λ) ± [(-λ)2 – 4.(0,5 λ2). (kmd)]1/2}/[2 (0,5 λ2)]
kx = {λ ± [ λ2 – 2 . λ2. kmd]1/2}/( λ2)
kx = {λ ± [λ2 (1 – 2 . kmd)]1/2}/( λ2)
kx = {λ ± λ [1 – 2 . kmd]1/2}/( λ2)
kx = (1/ λ) . [1 ± (1 – 2 . kmd)1/2]
kx = (1/ λ) . [1 - (1 – 2 . kmd)1/2]
kx = [1 - (1 – 2 . kmd)1/2]/ λ
z = d – 0,5 . y
z = d – 0,5 . λ . x
(z/d) = 1 – 0,5 . λ . (x/d)
kz = 1 – 0,5 . λ . kx
Md = Rst z = As . fyd . z
Md/d = As . fyd . (z/d)
Md/d = As . fyd . kz
As = Md /( kz . d . fyd)
* Na fórmula do As, considerou-se escoamento das armaduras longitudinais (σsd =
fyd è domínios 2 ou 3) no ELU.
O roteiro do cálculo da NBR6118:2014 do dimensionamento de uma viga de
concreto armado no ELU foi organizado na Figura 6.12.
59
Figura 6.12 – Roteiro de dimensionamento de uma viga de concreto armado no ELU
Observe que para a condição As ≥ As, mín ser atendida, basta respeitar essa
outra condição Md ≥ Md, mín no dimensionamento no ELU.
O valor da área das barras de aço adotadas (As, adotada), obviamente, deve ser
maior ou igual a área de aço calculada (As) e essas barras devem ser arrumadas de
tal maneira que a altura útil adotada (dadotada) seja maior ou igual a altura útil
considerada no cálculo (d).
𝐴.,S=T#S=S
≥
𝐴.
𝑑
S=T#S=S
≥
𝑑
Quando for feito essa arrumação das barras, deve-se tomar cuidado para
respeitar os espaçamentos mínimos entre as armadura longitudinais na viga (Figura
6.13).
60
Figura 6.13 – Arrumação das armaduras na seção da viga
Sendo o espaçamento horizontal (ah):
20
𝑚𝑚
𝑎X
≥
𝜙 [T'?&#/=&'S[
1,2
𝜙S?KJ?S=T
?KSú=T
Sendo o espaçamento horizontal (av):
20
𝑚𝑚
𝑎]
≥
𝜙 [T'?&#/=&'S[
0,5
𝜙S?KJ?S=T
?KSú=T
6.4. MOMENTO MÍNIMO E ARMADURA MÍNIMA
O momento mínimo se refere ao momento fletor que provoque a flexão
necessária para que a viga de concreto armado fissure. A armadura mínima é a
armadura dimensionada no ELU para uma viga sujeita ao momento mínimo, desde
que maior que a taxa de armadura mínima absoluta (0,15%). Essa armadura
mínima torna-se necessária porque toda armadura deve ter resistência suficiente
para absorver cargas transferidas no momento da abertura da fissura, fornecendo
ductilidade para a viga.
Segundo a NBR6118:2014, a armadura mínima de tração deve ser
determinada pelo dimensionamento no ELU de uma seção a um momento mínimo
dado pela expressão a seguir, respeitando a taxa mínima absoluta de 0,15%.
Md, mín = 0,8 W0 fctk, sup
61
Sendo:
W0 – o módulo de resistência da seção transversal bruta do concreto, relativa a fibra
mais tracionada. Para uma viga seção retangular, tem-se: W0 = b h2/6.
fctk,sup – resistência característica superior do concreto à tração: fctk,sup = 1,3 fct,m.
fct,m – resistência média à tração do concreto. Para concretos com fck ≤ 50 MPa: fct,m
= 0,3 (fck)2/3. Para concretos com 50 MPa < fck ≤ 90 MPa: fct,m = 2,12 ln(1+0,11 fck).
Utilizando um dimensionamento no ELU, com o diagrama parábola-retângulo,
sem a simplificação da retangularização, através de um processo iterativo, a
NBR6118:2014 apresentou os valores das taxas de armaduras mínimas (Tabela
6.1).
Tabela 6.1 – Taxas mínimas de armadura de flexão para vigas (NBR6118:2014)
Valores de rmín (As, mín / Ac)
(%)
- C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50
- 0,150 0,150 0,150 0,164 0,179 0,194 0,208
C55 C60 C65 C70 C75 C80 C85 C90
0,211 0,219 0,226 0,233 0,239 0,245 0,251 0,256
Observação: Os valores de rmín estabelecidos nessa tabela pressupõem forma da seção retangular e
o uso de aço CA-50, d/h = 0,8, gc = 1,4 e gs = 1,15. Caso esses fatores estejam diferentes, rmín deve
ser recalculado.
Apesar da norma recomendar que se recalcule o rmín caso um dos fatores
seja diferente do considerado no cálculo, para a relação d/h > 0,8, os valores da
Tabela 6.1 ficam a favor da segurança e não terão problemas se forem usados.
6.5. DETALHAMENTO DAS ARMADURAS DE VIGA RETANGULAR COM
ARMADURA SIMPLES
O detalhamento das armaduras da viga é apresentado na Figura 6.14. A
armadura N1 é denominada Armadura Longitudinal ou Armadura de Flexão que é
encontrada através de dimensionamento à flexão no ELU. A armadura N2 é
chamada de Porta-Estribos e sua única função é segurar os estribos. A armadura
N3 é denominada de Armadura Sobre o Apoio e ela deve ter uma área no mínima
igual a 1/3 da armadura principal (armadura longitudinal), se Mapoio for nulo ou
negativo e de valor absoluto |Mapoio| ≤ 0,5 Mvão – As, sobre apoio ≥ As/3 ou igual a 1/4 da
armadura principal (armadura longitudinal), se Mapoio for negativo e de valor absoluto
|Mapoio| > 0,5 Mvão – As, sobre apoio ≥ As/4. Essa armadura impede o aparecimento de
fissuras sobre o apoio, além disso, essa armadura transforma a ligação articulada
em uma ligação semi-rígida. A armadura N4 é conhecida como Armadura de Pele. A
NBR6118:2014 só obriga o uso dessa armadura para vigas acima de 60 cm de
altura para impedir a flambagem na biela comprimida na alma da viga. Apesar disso,
muitos calculistas utilizam essa armadura, inclusive, para vigas de 40 cm, de 50cm
e de 60 cm por um objetivo diferente. Essa armadura acaba por ajudar a reduzir a
fissuração da viga em serviço. A NBR6118:2014 define que a área da seção da
armadura de pele para cada face da viga deve ser no mínimo 0,10% da área da
seção da viga – As, arm pele ≥ 0,10% b h, com espaçamento não maior que 20 cm e
não sendo necessária armadura maior que 5 cm2/m por face. E a armadura N5 é o
62
Estribo que serve para resistir as tensões de tração diagonal decorrente da tensão
de cisalhamento.
Figura 6.14 – Detalhamento das armaduras de uma viga com armadura simples de
concreto armado
EXEMPLO RESOLVIDO:
(a) Dimensionamento e detalhamento da viga V3 do exemplo anterior
kmd = Md / (b . d2 . σcd) = 31520 / (0,15 . (0,45)2 . 0,85 . (30 . 106)/1,4) = 0,057
kx = [1 - (1 – 2 . kmd)1/2]/ λ = [1 – (1 – 2 . 0,057)1/2] / 0,8 = 0,073 < 0,259 è domínio 2
ec = [kx / (1 – kx)] esd = [0,073 / (1 – 0,073)] 10%o = 0,79%o < 2%o è corrigir kmd
sc = 0,85 . fcd . [1 – (1 - ec / ec2)n] = 0,85 . (30/1,4) . [1 – (1 – 0,79 / 2)2] = 11,55 MPa
kmd, corr = Md / (b . d2 . σc) = 31520 / (0,15 . (0,45)2 . 11,55 . 106) = 0,090
kx = [1 - (1 – 2 . kmd)1/2]/ λ = [1 – (1 – 2 . 0,090)1/2] / 0,8 = 0,118 < 0,259 è domínio 2
kz = 1 – 0,5 . λ . kx = 1 – 0,5 . 0,8 . 0,118 = 0,953
As = Md /( kz . d . fyd) = 31520 /(0,953.0,45.(500.106)/1,15) = 1,69.10-4m2 = 1,69 cm2
As, mín = 0,150% . Ac = 0,150% . (15 . 50) = 1,13 cm2
2 f 12,5 mm
O detalhamento das armaduras da viga V3 fica como apresentado na Figura 6.15.
63
Figura 6.15 – Detalhamento das armaduras da viga V3
(b) Dimensionamento e detalhamento da viga V1 do exemplo anterior
(b.1) Armadura negativa
kmd = Md / (b . d2 . σcd) = 90360 / (0,15 . (0,45)2 . 0,85 . (30 . 106)/1,4) = 0,163
kx = [1 - (1 – 2 . kmd)1/2]/ λ = [1 – (1 – 2 . 0,163)1/2] / 0,8 = 0,224 < 0,259 è domínio 2
ec = [kx / (1 – kx)] esd = [0,224 / (1 – 0,224)] 10%o = 2,89%o ³ 2%o è sc = 0,85fcd è
ok
kz = 1 – 0,5 . λ . kx = 1 – 0,5 . 0,8 . 0,224 = 0,910
As = Md /( kz . d . fyd) = 90360 /(0,910.0,45.(500.106)/1,15) = 5,08.10-4m2 = 5,08 cm2
As, mín = 0,150% . Ac = 0,150% . (15 . 50) = 1,13 cm2
2 f 20 mm
(b.2) Armadura positiva
kmd = Md / (b . d2 . σcd) = 33620 / (0,15 . (0,45)2 . 0,85 . (30 . 106)/1,4) = 0,061
kx = [1 - (1 – 2 . kmd)1/2]/ λ = [1 – (1 – 2 . 0,061)1/2] / 0,8 = 0,078 < 0,259 è domínio 2
ec = [kx / (1 – kx)] esd = [0,078 / (1 – 0,078)] 10%o = 0,85%o < 2%o è corrigir kmd
sc = 0,85 . fcd . [1 – (1 - ec / ec2)n] = 0,85 . (30/1,4) . [1 – (1 – 0,85 / 2)2] = 12,19 MPa
kmd, corr = Md / (b . d2 . σc) = 33620 / (0,15 . (0,45)2 . 12,19 . 106) = 0,091
kx = [1 - (1 – 2 . kmd)1/2]/ λ = [1 – (1 – 2 . 0,091)1/2] / 0,8 = 0,119 < 0,259 èdomínio 2
kz = 1 – 0,5 . λ . kx = 1 – 0,5 . 0,8 . 0,119 = 0,952
As = Md /( kz . d . fyd) = 33620 /(0,952.0,45.(500.106)/1,15) = 1,81.10-4m2 = 1,81 cm2
As, mín = 0,150% . Ac = 0,150% . (15 . 50) = 1,13 cm2
2 f 12,5 mm
64
(b.3) Detalhamento
O detalhamento das armaduras da viga V1 fica como apresentado na Figura 6.16.
Figura 6.16 – Detalhamento das armaduras da viga V1
6.6. DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO DE VIGA RETANGULAR COM
ARMADURA DUPLA NO ESTADO LIMITE ÚLTIMO
A viga com armadura dupla é uma ótima solução para quando a viga com
armadura simples não possa ser dimensionada por estar caindo no domínio 4 ou no
domínio 3 sem ductilidade e o calculista não deseja aumentar a altura dessa viga. O
reforço da zona comprimida com armadura de compressão acaba trazendo a viga
com as mesmas dimensões para o domínio 3 com ductilidade. De acordo com as
recomendações normativas que visa dar ductilidade à viga, a NBR6118:2014 manda
que se dimensione a viga com armadura dupla no ELU com a relação kx = x/d =
0,450 (20 MPa £fck£ 50 MPa) e kx = x/d = 0,350 (50 MPa <fck£ 90 MPa). As Figuras
6.17 e 6.18 mostram com são correlacionados os momentos fletores, as áreas de
armadura e as forças internas com o dimensionamento.
65
Figura 6.17 – Momentos fletores e áreas de armadura no dimensionamento
Figura 6.18 – Esforços internos no dimensionamento
Embora a NBR6118:2014 não limite o valor de Md2, muitos calculista seguem
a recomendação da norma russa que limita o uso do Md2 a 1/3 do Md1.
Md2 £ Md1/3
Para encontrar os valores de kmd, lim e o kz, lim relacionados com o kx, lim,
determinado pela norma, desenvolveu-se as seguintes equações:
kz, lim = 1 – 0,5 . λ . kx, lim
kx, lim = [1 - (1 – 2 . kmd, lim)1/2]/ λ
1 - kx, lim λ = (1 – 2 . kmd, lim)1/2
kmd, lim = [1 - (1 - kx, lim λ)2]/2
Esses valores foram apresentados na Tabela 6.2.
Tabela 6.2 – kmd, lim, kx, lim e kz, lim para dimensionamento de viga com armadura
dupla
fck (MPa)
20 - 50 55 60 65 70 75 80 85 90
l 0,800 0,788 0,775 0,763 0,750 0,738 0,725 0,713 0,700
k , lim 0,295 0,238 0,234 0,231 0,228 0,225 0,222 0,218 0,215
kx, lim 0,450 0,350 0,350 0,350 0,350 0,350 0,350 0,350 0,350
kz, lim 0,820 0,862 0,864 0,867 0,869 0,871 0,873 0,875 0,878
66
6.7. DETALHAMENTO DAS ARMADURAS DE VIGA RETANGULAR COM
ARMADURA DUPLA
O detalhamento das armaduras da viga com armadura dupla é praticamente
igual ao da viga com armadura simples. A única diferença é que ao invés da
Armadura Porta-Estribos, se usa a Armadura de Compressão (Figura 6.19).
Figura 6.19 – Detalhamento das armaduras de uma viga com armadura dupla de
concreto armado
A soma das armaduras de tração e de compressão (As e As’) não podem ser
maiores que 4%.Ac, calculadas na região fora da zona de emendas.
EXEMPLO RESOLVIDO:
Observe as ações e a geometria da viga de concreto armado apresentadas
na Figura 6.20.
67
Figura 6.20 – Ações e geometria de viga retangular de concreto armado
Se fosse tentar dimensionar como viga de seção retangular com armadura
simples cairia no domínio 3 sem ductilidade.
kmd = Md / (b . d2 . σcd) = 150000 / (0,15 . (0,40)2 . 0,85 . (30 . 106)/1,4) = 0,343
kx = [1 - (1 – 2 . kmd)1/2]/ λ = [1 – (1 – 2 . 0,343)1/2] / 0,8 = 0,550
0,628 > 0,550 > 0,450 è domínio 3 sem ductilidade
Solução: Dimensionar como viga duplamente armada ou como viga “T”. Optou-se
dimensionar como viga duplamente armada.
(a) Cálculo de verificação do Md1 e Md2:
Md1 = kmd, lim b d2 scd = 0,295 . 0,15 . (0,40)2 . 0,85 . (30 . 106/1,4) = 128957,14 Nm
Md2 = Md – Md1 = 150000 - 128957,14 = 21042,86 Nm
Md2 £ Md1/3 è 21042,86 Nm £ 150000/3 = 50000 Nm è Ok
(b) Dimensionamento da viga duplamente armada:
As1 = Md1 / (kz, lim d fyd) = 128957,14 / (0,820 . 0,40 . 500 . 106/1,15) = 9,04 . 10-4m2
As1 = 9,04 cm2
As’= As2 = Md2 / (fyd cf) = 21042,86 / [(500 . 106 / 1,15) . 0,35] = 1,38 . 10-4m2
As’= As2 = 1,38 cm2
Armadura de Tração (As):
As = As1 + As2 = 9,04 + 1,38 = 10,42 cm2 (4 f 20 mm)
Armadura de Compressão (As’):
As’ = 1,38 cm2 (2 f 10 mm)
68
Verificação do limite de Armadura Total (Tração + Compressão):
As + As’ £ 4% . Ac
4.(3,14.22/4) + 2. (3,14.12/4) £ 4% . (15 . 45)
14,13 cm2 £ 27 cm2 è Ok
Armadura Sobre o Apoio (As, sobre apoio):
As, sobre apoio = As/3 = 10,42/3 = 3,47 cm2 (2 f 16 mm)
(c) Detalhamento das armaduras:
O detalhamento das armaduras da viga fica como apresentado na Figura
6.21.
Figura 6.21 – Detalhamento da viga com armadura dupla
6.8. DIMENSIONAMENTO À FLEXÃO DE VIGA “T” COM ARMADURA SIMPLES
NO ESTADO LIMITE ÚLTIMO
A viga “T” é uma ótima solução para quando a viga com armadura simples
não possa ser dimensionada por estar caindo no domínio 4 ou no domínio 3 sem
ductilidade e a viga com armadura dupla não esteja passando no limite Md2 £ Md1/3.
Inicialmente se define a geometria da viga “T” (Figuras 6.22 e 6.23). É
imprescindível que a laje seja maciça ou, pelo menos, a região da mesa da viga “T”.
69
Figura 6.22 – Geometria da viga de seção “T”
ì 0,1 a ì0,1 a
b1 £ í b3 £ í
î0,5 b 2 î b 4
Sendo:
b2 = distância entre as faces de duas vigas sucessivas;;
b4 = distância entre a face da viga seção “T” ao bordo livre;;
a = distância estimada pela norma entre os pontos de momento nulo na viga seção
“T” (Figura 6.23).
Figura 6.23 – Valores da distância estimada pela norma entre os pontos de
momento nulo (valores de “a”)
70
Definida a geometria, busca-se a altura útil de comparação (do), para saber
se a linha neutra no ELU estará dentro ou fora da mesa (Figura 6.24).
Figura 6.24 – Altura útil de comparação (do)
Se d = do è y = hf è Linha Neutra tangente à mesa è 1o Caso
Se d > do è y < hf è Linha Neutra dentro da mesa è 1o Caso
Se d < do è y > hf è Linha Neutra dentro da nervura è 2o Caso
Figura 6.25 – Viga de seção “T” do 1o caso
71
Figura 6.26 – Viga de seção “T” do 2o caso
As armaduras negativas que engastam uma laje na outra podem ser
consideradas como Armadura de Ligação Mesa-Alma, desde que se respeite uma
armadura mínima de 1,5 cm2/m (Figura 6.27).
Figura 6.27 – Detalhe da armadura de ligação mesa-alma na viga de seção “T”
6.9. DETALHAMENTO DAS ARMADURAS DE VIGA “T” COM ARMADURA
SIMPLES
O detalhamento das armaduras da viga “T” com armadura simples é
praticamente igual ao da viga retangular com armadura simples. A única diferença é
o uso da armadura negativa da laje como armadura de ligação mesa-alma e o uso
mínimo de 4 porta-estribos ao invés de 2, porque a viga “T” precisa que 2
72
armaduras segurem as arestas dos estribos e mais 2 que segurem as arestas das
armaduras de ligação mesa-alma (Figura 6.28).
Figura 6.28 – Detalhamento das armaduras de uma viga “T” com armadura simples
de concreto armado
EXEMPLO RESOLVIDO:
Observe as ações e a geometria da viga “T” de concreto armado
apresentadas na Figura 6.29.
Figura 6.29 – Ações e geometria da viga “T” de concreto armado
73
Se fosse tentar dimensionar como viga de seção retangular com armadura
simples cairia no domínio 4.
kmd = Md / (b . d2 . σcd) = 150000 / (0,15 . (0,35)2 . 0,85 . (30 . 106)/1,4) = 0,448
kx = [1 - (1 – 2 . kmd)1/2]/ λ = [1 – (1 – 2 . 0,448)1/2] / 0,8 = 0,846 > 0,628 è domínio 4
Solução: Dimensionar como viga de seção “T” ou como viga retangular de armadura
dupla. Optou-se dimensionar como viga “T”.
(a) Altura útil de comparação (do):
do = Md / (scd bf hf) + hf/2 = 150000/[(0,85.30.106/1,4).(1,75.0,10)] + 0,10/2 = 0,097 m
do = 9,7 cm
d = 35 cm
d ³ do è 1º Caso (linha neutra tangenciando ou dentro da mesa)
(b) Dimensionamento da viga “T”- 1º Caso:
kmd = Md / (bf . d2 . σcd) = 150000 / (1,75 . (0,35)2 . 0,85 . (30 . 106)/1,4) = 0,038
kx = [1 - (1 – 2 . kmd)1/2]/ λ = [1 – (1 – 2 . 0,038)1/2] / 0,8 = 0,048 < 0,259 è domínio 2
ec = [kx / (1 – kx)] esd = [0,048 / (1 – 0,048)] 10%o = 0,504%o < 2%o è corrigir kmd
sc = 0,85 . fcd . [1 – (1 - ec / ec2)n] = 0,85 . (30/1,4) . [1 – (1 – 0,504 / 2)2] = 8,02 MPa
kmd, corr = Md / (bf . d2 . σc) = 150000 / (1,75 . (0,35)2 . 8,02 . 106) = 0,087
kx = [1 - (1 – 2 . kmd)1/2]/ λ = [1 – (1 – 2 . 0,087)1/2] / 0,8 = 0,114 < 0,259 èdomínio 2
kz = 1 – 0,5 . λ . kx = 1 – 0,5 . 0,8 . 0,114 = 0,954
As = Md /( kz . d . fyd) = 150000 /(0,954.0,35.(500.106)/1,15) = 10,33.10-4m2
As = 10,33 cm2
As, mín = 0,150% . Ac = 0,150% . (15.30+175.10) = 3,3cm2
4 f 20 mm
As, sobre apoio = As/3 = 10,33/3 = 3,44 cm2
4 f 12,5 mm
Armadura de Ligação Mesa-Alma è 1,5 cm2/m è 1f10mm (0,785 cm2) è 2f10mm seria
suficiente, mas como essa armadura ficaria no local da armadura negativa entre lajes, deve-se
adotar um espaçamento máximo de 20 cm entre essas armaduras. Dessa maneira, a cada
metro linear, haveria 6f10mm c/ 20 cm. Para os 8m de viga, haveria 41f10mm c/20 cm.
(c) Detalhamento das armaduras:
O detalhamento das armaduras da viga fica como apresentado na Figura
6.30.
74
Figura 6.30 – Detalhamento da viga “T”
6.10. DIMENSIONAMENTO AO ESFORÇO CORTANTE
A NBR6118:2014 traz dois modelos de cálculo para dimensionamento de
estribos de viga. O modelo de cálculo I fixa a inclinação da biela comprimida a 45o,
enquanto o modelo de cálculo II permite que o calculista escolha essa inclinação no
intervalo 30º ≤ θ ≤ 45º (Figura 6.31).
Figura 6.31 – Modelo de bielas e tirantes
(a) MODELO DE CÁLCULO I:
O Modelo de Cálculo I é um modelo de bielas e tirantes mais parecido com a
Treliça de Mörsch tradicional. Nesse modelo, o ângulo da biela comprimida é
sempre θ = 45º.
75
(a.1) Verificação da Biela Comprimida
VRd 2 = 0,27 av f cd b d ³ Vsd
f ck
av = 1 -
250
(a.2) Dimensionamento dos Estribos
æ Asw ö Vsw
ç ÷ =
è s ø 0,9 d f ywd (sena + cos a )
Quando se utilizam estribos convencionais (α = 90º). Sendo sen(90º) = 1 e
cos(90º) = 0. A equação da norma simplifica-se para:
æ Asw ö Vsw
ç ÷ =
è s ø 0,9 d f ywd
Vsw = Vsd - Vc
Sendo:
Vc = Vco è na flexão simples e na flexo-tração com LN cortando a seção (vigas de
concreto armado).
f ctk ,inf 0,7 f ct ,m 0,7 . 0,3 (f ck )2 / 3
Vco = 0 ,6 f ctd b d = 0,6 b d = 0,6 b d = 0,6 b d = 0,09 (f ck )2 / 3 b d
g c g c 1,4
fywd = tensão na armadura passiva, limitada ao valor de fyd no caso de estribos,
nunca maior que 435 MPa.
(b) MODELO DE CÁLCULO II:
O Modelo de Cálculo II é um modelo de bielas e tirantes mais desenvolvido
da Treliça de Mörsch tradicional. Nesse modelo, o ângulo da biela comprimida pode
variar de 30º ≤ θ ≤ 45º.
(b.1) Verificação da Biela Comprimida
VRd2 = 0,54 av f cd b d sen q (cot ga + cot gq) ³ Vsd
2
f ck
av = 1 -
250
Quando se utilizam estribos convencionais (α = 90º) e inclinação da biela
máxima (θ = 45º). Sendo cotg(90º) = 1/tg(90º) = 1/∞ = 0, cotg(45º) = 1/tg(45º) = 1/1
= 1 e sen2(45º) = (0,707)2 = 0,5. A equação da norma fica igual a do Modelo de
Cálculo I:
VRd 2 = 0,54 a v f cd b d 0,5 ³ Vsd
76
VRd 2 = 0,27 av f cd b d ³ Vsd
Quando se utilizam estribos convencionais (α = 90º) e inclinação da biela
mínima (θ = 30º). Sendo cotg(90º) = 1/tg(90º) = 1/∞ = 0, cotg(30º) = 1/tg(30º) =
1/0,577 = 1,733 e sen2(30º) = (0,5)2 = 0,25. A equação da norma simplifica-se para:
VRd2 = 0,54 av f cd b d 0,25 (0 + 1,733) ³ Vsd
VRd 2 = 0,23 a v f cd b d ³ Vsd
Esse é o dimensionamento mais econômico das opções permitidas pela
norma brasileira.
(b.2) Dimensionamento dos Estribos
æ Asw ö Vsw
ç ÷ =
è s ø 0,9 d f ywd (cot ga + cot gq) sena
Quando se utilizam estribos convencionais (α = 90º) e inclinação da biela
máxima (θ = 45º). Sendo cotg(90º) = 1/tg(90º) = 1/∞ = 0, cotg(45º) = 1/tg(45º) = 1/1
= 1 e sen(90º) = 1. A equação da norma fica igual a do Modelo de Cálculo I:
æ Asw ö Vsw
ç ÷ =
è s ø 0,9 d f ywd
Quando se utilizam estribos convencionais (α = 90º) e inclinação da biela
mínima (θ = 30º). Sendo cotg(90º) = 1/tg(90º) = 1/∞ = 0, cotg(30º) = 1/tg(30º) =
1/0,577 = 1,733 e sen(90º) = 1. A equação da norma simplifica-se para:
æ Asw ö Vsw
ç ÷ =
è s ø 0,9 d f ywd (0 + 1,733)
æ Asw ö Vsw
ç ÷ =
è s ø 1,56 d f ywd
Vsw = Vsd - Vc
Sendo:
Vc = Vc1 è na flexão simples e na flexo-tração com LN cortando a seção (vigas de
concreto armado). Nesse caso, o valor de Vc pode ser encontrado no diagrama de
Vc1 (Figura 6.32).
77
Figura 6.32 – Diagrama Vc1 (Vc) x Vsd
f ctk ,inf 0,7 f ct ,m 0,7 . 0,3 (f ck )2 / 3
Vco = 0,6 f ctd b d = 0,6 b d = 0,6 b d = 0,6 b d = 0,09 (f ck )2 / 3 b d
g c g c 1,4
fywd = tensão na armadura passiva, limitada ao valor de fyd no caso de estribos,
nunca maior que 435 MPa.
(C) ARMADURA MÍNIMA, TAXA DE ARMADURA MÍNIMA E ESPAÇAMENTO
MÁXIMO:
𝐴._ 𝑓"#,-
𝜌._ = ≥ 𝜌._,-í' = 0,2
𝑏
. 𝑠
. 𝑠𝑒𝑛𝛼 𝑓f_$
Utilizando estribos a 90o, a fórmula pode ser desenvolvida para essa:
𝐴._ 𝑓"#,-
𝜌._ = ≥ 𝜌._,-í' = 0,2
𝑏
. 𝑠
𝑓f_$
A área de estribo mínimo para um espaçamento s seria:
𝐴._,-í' =
𝜌._,-í'
(𝑏
. 𝑠)
fywk – resistência característica ao escoamento do aço da armadura transversal;;
Sendo:
b = largura da viga;;
s = vão longitudinal para o qual se calcula a armadura transversal. Normalmente
usa-se S = 1 m = 100cm.
fct,m – resistência média à tração do concreto. Para concretos com fck ≤ 50 MPa: fct,m
= 0,3 (fck)2/3. Para concretos com 50 MPa < fck ≤ 90 MPa: fct,m = 2,12 ln(1+0,11 fck);;
fck = resistência característica do concreto à compressão;;
fywk = resistência característica do escoamento do aço da armadura transversal;;
O fywd é limitado ao valor de 435 MPa.
78
O espaçamento longitudinal mínimo entre estribos deve ser suficiente para a
passagem do vibrador que garanta um bom adensamento. O espaçamento
longitudinal máximo entre estribos deve atender as seguintes condições:
ü Se VSd £ 0,67 VRd2, então smáx = 0,6 d £ 300 mm;;
ü Se VSd > 0,67 VRd2, então smáx = 0,3 d £ 200 mm.
O espaçamento transversal entre ramos (pernas) sucessivos dos estribos
não pode exceder os seguintes valores:
ü Se VSd £ 0,20 VRd2, então st, máx = d £ 800 mm;;
ü Se VSd > 0,20 VRd2, então st, máx = 0,6 d £ 350 mm.
O diâmetro da barra que constitui o estribo deve ser maior ou igual a 5 mm,
sem exceder 1/10 da largura da alma da viga (5 mm £ f £ b/10). Para estribos
formados por telas soldadas, o diâmetro mínimo pode ser reduzido para 4,2 mm.
Os estribos devem ser detalhados no projeto como apresentado na Figura
6.33.
Figura 6.33 – Detalhamento das armaduras dos estribos
O roteiro dos modelos de cálculo da NBR6118:2014 do dimensionamento de
estribos de uma viga de concreto armado foi organizado na Figura 6.34.
79
Figura 6.34 – Roteiro de dimensionamento de uma viga de concreto armado no ELU
EXEMPLO RESOLVIDO
(a) CÁLCULO DO ESFORÇO CORTANTE NA VIGA
Observe as ações e o diagrama do esforço cortante da viga de concreto
armado desse exemplo (Figuras 6.35 e 6.36).
80
Figura 6.35 – Ações na viga
Figura 6.36 – Diagrama do esforço cortante
(b) MODELO DE CÁLCULO I:
Considerações do Cálculo:
*Biela com inclinação q = 45o
** Tirantes (Estribos) com inclinação a = 90o
81
(b.1) Verificação da Biela Comprimida
f ck
av = 1 - = 1 – 30/250 = 0,88
250
VRd 2 = 0,27 av f cd b d ³ Vsd
VRd2 = 0,27 . 0,88. (30 . 106/1,4) . 0,15 . 0,45 = 343671,43 N = 343,67 kN
Vsd = 112,28 kN
VRd2 > Vsd è Ok
(b.2) Dimensionamento dos Estribos
Sendo:
Vc = Vco è na flexão simples e na flexo-tração com LN cortando a seção (vigas de
concreto armado).
Vco = 0,09 (fck)2/3 b d = 0,09 . (30MPa)2/3 . 150mm . 450mm = 58653,48 kN
Vco = 58,65 kN
Vc = 58,65 kN
Vsw = Vsd – Vc = 112,28 kN – 58,65 kN
Vsw = 53,63 kN
(Asw/s) = Vsw / (0,9 d fywd) = 53630 N / (0,9 . 0,45m . 435 . 106 N/m2)
(Asw/s) = 3,04 . 10-4 m2/m = 3,04 cm2/m
fywd = tensão na armadura passiva, limitada ao valor de fyd no caso de estribos,
nunca maior que 435 MPa.
(c) MODELO DE CÁLCULO II:
Considerações do Cálculo:
*Biela com inclinação q = 30o
** Tirantes (Estribos) com inclinação a = 90o
(c.1) Verificação da Biela Comprimida
f ck
av = 1 - = 1 – 30/250 = 0,88
250
VRd 2 = 0,23 av f cd b d ³ Vsd
VRd2 = 0,23 . 0,88 . (30 . 106/1,4) . 0,15 . 0,45 = 292757,14 N = 292,76 kN
Vsd = 112,28 kN
VRd2 > Vsd è Ok
(c.2) Dimensionamento dos Estribos
82
Vc = Vc1 è na flexão simples e na flexo-tração com LN cortando a seção (vigas de
concreto armado). Nesse caso, o valor de Vc pode ser encontrado no diagrama de
Vc1 (Figura 6.37).
Figura 6.37 – Diagrama Vc1 x Vsd
Vco = 0,09 (fck)2/3 b d = 0,09 . (30MPa)2/3 . 150mm . 450mm = 58653,48 kN
Vco = 58,65 kN
Vc/(292,76 – 112,28) kN = 58,65 kN/(292,76 – 58,65) kN
Vc = 45,21 kN
Vsw = Vsd – Vc = 112,28 kN – 45,21 kN
Vsw = 67,07 kN
(Asw/s) = Vsw / (1,56 d fywd) = 67070 N / (1,56 . 0,45m . 435 . 106 N/m2)
(Asw/s) = 2,20 . 10-4 m2/m = 2,20 cm2/m
Sendo:
fywd = tensão na armadura passiva, limitada ao valor de fyd no caso de estribos,
nunca maior que 435 MPa.
OBS: (Asw/s)MODELO I = 3,04 cm2/m > (Asw/s)MODELO II = 2,20 cm2/m
Como o MODELO DE CÁLCULO II foi o mais econômico, optou-se em utilizar esse
modelo para o dimensionamento da viga.
(d) ARMADURA MÍNIMA:
fct,m = 0,3 (fck)2/3 = 0,3 (30 MPa)2/3 = 2,90 MPa
(d.1) Armadura Mínima Usando Aço CA-50:
rsw, mín = 0,2 fct,m / fywk = 0,2 . 2,90 MPa / 500 MPa = 0,116%
(Asw/s)mín = rsw, mín (b . s) = 0,116% (15cm.100cm) = 1,74cm2/m
83
(Asw/s) = 2,20 cm2/m > (Asw/s)mín = 1,74 cm2/m è adota-se (Asw/s)
(Asw/s) = 2,20 cm2/m (estribo com 2 pernas)
(Asw/s) = 2,20 / 2 = 1,10 cm2/m (considerando apenas 1 perna)
1,10 / (p 0,632/4) = 3,53 estribos por metro
3,53 estribos por metro . 5,60 m de vão interno de viga = 19,77è 20f6,3mm
20 estribos è 19 espaçamentos è 560cm/19 espaçamentos = 29,47cm
20 f 6,3 mm c/ 29 cm
(d.2) Armadura Mínima Usando Aço CA-60:
rsw, mín = 0,2 fct,m / fywk = 0,2 . 2,90 MPa / 600 MPa = 0,097%
(Asw/s)mín = rsw, mín (b . s) = 0,097% (15cm.100cm) = 1,46cm2/m
(Asw/s) = 2,20 cm2/m > (Asw/s)mín = 1,46 cm2/m è adota-se (Asw/s)
(Asw/s) = 2,20 cm2/m (estribo com 2 pernas)
(Asw/s) = 2,20 / 2 = 1,10 cm2/m (considerando apenas 1 perna)
1,10 / (p 0,52/4) = 5,61 estribos por metro
5,61 estribos por metro . 5,60 m de vão interno de viga = 31,42 è 32f5,0mm
32 estribos è 31 espaçamentos è 560cm/31 espaçamentos = 18,06cm
32 f 5,0 mm c/ 18 cm
OBS: Os estribos da viga vão de face a face de pilar e os estribos do pilar passam
direto, ou seja, nos encontros de viga com pilar só passam estribos de pilar.
(e) ESPAÇAMENTOS MÁXIMOS:
(e.1) Espaçamento Longitudinal Máximo dos Estribos:
ü Se Vsd £ 0,67 VRd2, então smáx = 0,6 d £ 300 mm
ü Se Vsd > 0,67 VRd2, então smáx = 0,3 d £ 200 mm
Vsd = 112,28 kN
0,67 . VRd2 = 0,67 . 292,76 kN = 196,15 kN
Então:
Smáx = 0,6 d £ 300 mm
Smáx = 0,6 d = 0,6 . 450 mm = 270 mm £ 300 mm è Smáx = 270 mm = 27 cm
OBS: O espaçamento anteriormente considerado para o aço CA-50 de f 6,3mm c/
29 cm deve ser alterado para respeitar o Smáx de 27 cm.
(e.2) Espaçamento Transversal Máximo dos Estribos (Espaçamento entre pernas):
ü Se Vsd £ 0,20 VRd2, então st, máx = d £ 800 mm;;
ü Se Vsd > 0,20 VRd2, então st, máx = 0,6 d £ 350 mm.
84
Vsd = 112,28 kN
0,20 . VRd2 = 0,20 . 292,76 kN = 58,55 kN
Então:
St, máx = 0,6 d £ 350 mm
St, máx = 0,6 . 450 mm = 270 mm £ 350 mm è St, máx = 270 mm = 27 cm
OBS: Estribos com 2 Pernas em viga de b = 15 cm, com cobrimento de 3 cm
(Classe de Agressividade Ambiental II), tem o espaçamento entre pernas de no
máximo 8 cm (S = 15 – 3 – 3 – 0,5 - 0,5 = 8cm). Dessa maneira, o limite está
atendido com folga.
(f) OPÇÕES DE ESTRIBOS:
CA – 50 (5 mm £ f £ b/10 = 150/10 = 15mm)
22 f 6,3 mm c/ 27 cm * Utilizando o espaçamento máximo (Smáx = 27cm)
22 f 8,0 mm c/ 27 cm * Utilizando o espaçamento máximo (Smáx = 27cm)
22 f 10,0 mm c/ 27 cm * Utilizando o espaçamento máximo (Smáx = 27cm)
22 f 12,5 mm c/ 27 cm * Utilizando o espaçamento máximo (Smáx = 27cm)
CA – 60 (5 mm £ f £ b/10 = 150/10 = 15mm)
32 f 5,0 mm c/ 18 cm
OBS: Como o espaçamento longitudinal dos estribos com aço CA-50 foi alterado
para respeitar o espaçamento longitudinal máximo da norma, recalculou-se a
quantidade de estribos com o novo espaçamento, como apresentado a seguir.
Quantidade = [(560 cm / 27 cm) + 1] = 21,74 estribos è 22 estribos
(g) DETALHAMENTO DAS ARMADURAS
O detalhamento das armaduras transversais (estribos) da viga fica como
apresentado na Figura 6.38.
Figura 6.38 – Detalhamento dos estribos
85
6.11. DIMENSIONAMENTO AO MOMENTO TORSOR
A NBR6118:2014 recomenda que se analise viga sujeita a torção como uma
treliça espacial (Figura 6.39), utilizando os mesmos ângulos das bielas comprimidas
dos cálculos dos estribos, seja modelo de cálculo I ou modelo de cálculo II.
Figura 6.39 – Treliça de Mörsch espacial para análise de torção
Quando uma viga é submetida à torção simples, suas seções transversais,
inicialmente planas, se empenam, devido aos diferentes alongamentos longitudinais
de suas fibras. Se não houver nenhuma restrição ao empenamento como apoios, a
barra estará livre de tensões normais e a torção é denominada “Torção de Saint
Venant” ou Torção Pura.
A torção também se classifica em Torção de Equilíbrio e Torção de
Compatibilidade. A Torção de Equilíbrio é quando os momentos torsores são
necessários para satisfazer as condições de equilíbrio. A estrutura poderia entrar
em ruína caso não fosse dimensionada para absorver esses momentos (Ex: viga de
uma marquise). A Torção de Compatibilidade é aquela que surge do impedimento
da deformação. A capacidade de plastificação e o aparecimento de fissuras na peça
não acarretariam uma ruína (Ex: viga de bordo). Para Torção de Equilíbrio, a taxa
geométrica para armadura de pele longitudinal (rsl) e a taxa geométrica de
armadura transversal (rsw) devem ser maior ou igual a taxa geométrica de armadura
mínima usada no dimensionamento de estribos.
𝐴.[
𝜌.[ =
𝑓"#,-
ℎJ
𝑢J
≥
𝜌._,-í' = 𝜌.[,-í' =
0,2
𝐴._ 𝑓f_$
𝜌._ =
𝑏
𝑠
Sendo:
b = largura da viga;;
s = vão longitudinal para o qual se calcula a armadura transversal. Normalmente
usa-se S = 1 m = 100cm.
86
fct,m – resistência média à tração do concreto. Para concretos com fck ≤ 50 MPa: fct,m
= 0,3 (fck)2/3. Para concretos com 50 MPa < fck ≤ 90 MPa: fct,m = 2,12 ln(1+0,11 fck);;
fck = resistência característica do concreto à compressão;;
fywk = resistência característica do escoamento do aço da armadura transversal;;
Para Torção de Compatibilidade, é possível desprezar a taxa geométrica
mínima, desde que o elemento estrutural tenha adequada capacitação de
adaptação plástica e que todos os outros esforços sejam calculados desprezando a
torção. Porém, em regiões onde o comprimento do elementos seja menor ou igual a
2h, para garantir um nível razoável de capacidade de adaptação plástica, deve-se
respeitar a armadura mínima de torção e limitar a força cortante, tal que VSd ≤ 0,7
VRd2.
Para a análise de uma viga à torção, é necessário definir geometrias. A
NBR6118:2014 recomenda que se calcule as geometrias da espessura da parede
fictícia (he), da área limitada pela linha média (Ae), da área da seção cheia (A), do
perímetro da linha média (ue) e do perímetro da seção cheia (u), conforme
apresentado na Figura 6.40.
Figura 6.40 – Geometrias para análise de torção
A sequência para o dimensionamento das armaduras para torção da
NBR6118:2014 é muito parecida com a sequência para dimensionamento das
armaduras para o esforço cortante. A única diferença é que para o esforço cortante
só se dimensiona armaduras transversais (estribos) e para momento torsor se
87
dimensionam armaduras transversais (estribos) e longitudinais (armadura de pele).
Veja a seguir.
(a) Verificação da Biela Comprimida:
𝑇j=3 = 0,50
𝛼]3
𝑓"=
𝐴J ℎJ 𝑠𝑒𝑛(2𝜃) ≥ 𝑇l= = 1,4
𝑇$
f ck
av = 1 -
250
(b) Dimensionamento dos Estribos:
Através do equilíbrio TRd3 ³ TSd, encontra-se a equação do (Ast/s) dos
estribos. Cada estribo possui duas pernas que resistem a tração diagonal que surge
com a torção. (Figura 6.41).
𝐴.#
𝑇j=5 = 𝑓f_=
2
𝐴J 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝜃) ≥ 𝑇l= = 1,4
𝑇$
𝑠
𝐴.# 𝑇l=
≥
𝑠 [𝑓f_=
2
𝐴J 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝜃 ]
Figura 6.41 – Estribos
Através do equilíbrio TRd4 ³ TSd, encontra-se a equação do (Asl/ue) da
Armadura Longitudinal (Armadura de Pele). A armadura de pele deve ser distribuída
no perímetro ue para também resistir à tração diagonal que surge com a torção
(Figura 6.42). A distribuição regular das armaduras seria o ideal, mas geralmente as
armaduras de flexão já ocupam esse espaço e, assim, a distribuição irregular nas
laterais acaba sendo a mais usada.
88
𝐴.[
𝑇j=Q = 𝑓
2
𝐴J 𝑡𝑔(𝜃) ≥ 𝑇l= = 1,4
𝑇$
𝑢J f_=
𝐴.[ 𝑇l=
≥
𝑢J [𝑓f_=
2
𝐴J 𝑡𝑔(𝜃)]
Figura 6.42 – Armaduras longitudinais (armadura de pele)
Da mesma forma do dimensionamento para o esforço cortante, a
NBR6118:2014 limita o valor de fywd a 435 MPa. Independentemente do tipo de
armadura usada. Seja para o dimensionamento das armaduras transversais ou
longitudinais.
A verificação da Biela Comprimida, como alternativa, também pode ser feita
em conjunto com o esforço cortante.
𝑉l= 𝑇l=
+
≤ 1
𝑉j=3 𝑇j=3
EXEMPLO RESOLVIDO
(a) CÁLCULO DO MOMENTO TORSOR NA VIGA
* Considerando a mesma viga do exemplo resolvido do dimensionamento ao
esforço cortante, com os mesmos esforços, com a inclusão de um momento torsor
de equilíbrio de uma situação particular.
** Considerar um momento torsor de TSd = 13 kNm.
(b) CONSIDERAÇÃO DO MODELO DE CÁLCULO I:
Considerações do Cálculo:
*Biela com inclinação q = 45o
** Tirantes (Estribos) com inclinação a = 90o
89
OBS: No caso de torsão, a adoção do Modelo de Cálculo I tanto para esforço
cortante como para momento torsor parece ser mais precisa.
(b.1) Verificação da Biela Comprimida
av2 = 1 – fck/250 = 1 – 30/250 = 0,88
C1 ≈ 4 cm (valor estimado por ainda não se saber as armaduras)
A/u = b h / [2(b + h)] = 15cm.50cm / [2(15cm + 50cm)] = 5,77cm
2 C1 = 2 . 4cm = 8 cm
Como: A/u < 2 C1 , então: he = A/u £ 2C1
he = 5,77cm £ 8 cm (Ok)
Ae = (b – he) . (h – he) = (15 – 5,77) . (50 – 5,77) = 408,24 cm2
* Verificação 1 da biela (somente com momento torsor):
TRd2 = 0,50 av2 fcd Ae he sen(2q) ³ TSd
TRd2 = 0,50 . 0,88 . (30 . 106/1,4) . (408,24/10000) . (5,77/100) . sen(2.45o)
TRd2 = 22209,42 Nm = 22,21 kNm
TSd = 13 kNm
TRd2 ≥TSd è Ok.
* Verificação 2 da biela (momento torsor e esforço cortante):
VSd/VRd2 + TSd/TRd2 ≤ 1
112,28/343,67 + 13/22,21 = 0,327 + 0,585 = 0,912 ≤ 1 è Ok.
(b.2) Dimensionamento da Armadura Transversal (Estribos):
(Ast/s) = TSd / [fywd 2 Ae cotg(q)
(Ast/s) = 13000 Nm / [(435 . 106 N/m2) . 2 . (408,24/10000 m2) . cotg(45o)]
(Ast/s) = 3,66 . 10-4 m2/m = 3,66 cm2/m
OBS: Da mesma forma do dimensionamento do esforço cortante, a NBR6118:2014
limita o valor de fywd a 435 MPa. Independentemente do tipo de armadura usada.
Seja para armaduras transversais ou longitudinais.
* Verificação da Armadura Transversal Mínima Usando Aço CA-50:
fct,m = 0,3 (fck)2/3 = 0,3 (30 MPa)2/3 = 2,90 MPa
rsw, mín = 0,2 fct,m / fywk = 0,2 . 2,90 MPa / 500 MPa = 0,116%
(Asw/s)mín = rsw, mín (b . s) = 0,116% (15cm.100cm) = 1,74cm2/m
(Asw/s) = 3,66 cm2/m > (Asw/s)mín = 1,74 cm2/m è adota-se (Asw/s)
OBS: Diferente da análise ao esforço cortante, para análise à torção,
independentemente do uso da armadura CA-50 ou CA-60, o fywk limita-se a
500MPa.
90
*Somando-se a área de estribos para o cortante com o momento torsor do Modelo
de Cálculo I, tem-se:
(Asw/s) = 3,04 cm2/m + 3,66 cm2/m = 6,70 cm2/m
(Asw/s) = 6,70 cm2/m (estribo com 2 pernas)
(Asw/s) = 6,70 / 2 = 3,35 cm2/m (considerando apenas 1 perna)
3,35 / (p 0,632/4) = 10,75 estribos por metro
10,75 estribos por metro . 5,60 m de vão interno de viga = 60,20è 61f6,3mm
61 estribos è 60 espaçamentos è 560cm/60 espaçamentos = 9,33cm
61 f 6,3 mm c/ 9 cm
ou
3,35 / (p 0,82/4) = 6,67 estribos por metro
6,67 estribos por metro . 5,60 m de vão interno de viga = 37,35è 38f8,0mm
38 estribos è 37 espaçamentos è 560cm/37 espaçamentos = 15,14cm
38 f 8,0 mm c/ 15 cm
OBS: Para esse dimensionamento específico, o uso de armadura de f 5,0 mm (CA-
60) não foi calculado pelo excesso de barras com espaçamento muito pequeno,
dificultando a concretagem dessa peça estrutural.
(b.3) Dimensionamento da Armadura Longitudinal (Armadura de Pele):
(Asl/ue) = TSd / [fywd 2 Ae tg(q)]
(Asl/ue) = 13000 Nm / [(435 . 106 N/m2) . 2 . (408,24/10000 m2) . tg(45o)]
(Asl/ue) = 3,66 . 10-4 m2/m = 3,66 cm2/ue
OBS: Da mesma forma do dimensionamento do esforço cortante, a NBR6118:2014
limita o valor de fywd a 435 MPa. Independentemente do tipo de armadura usada.
Seja para armaduras transversais ou longitudinais.
* Verificação da Armadura Transversal Mínima Usando Aço CA-50:
fct,m = 0,3 (fck)2/3 = 0,3 (30 MPa)2/3 = 2,90 MPa
rsl, mín = 0,2 fct,m / fywk = 0,2 . 2,90 MPa / 500 MPa = 0,116%
he = 5,77 cm
ue = 2.(b-he) + 2.(h-he) = 2.(15 – 5,77) + 2.(50 – 5,77) = 106,92 cm
(Asl/ue)mín = rsl, mín (he . ue) = 0,116% (5,77cm.106,92cm) = 0,716cm2/ue
(Asl/ue) = 3,66 cm2/ue > (Asl/ue)mín = 0,716 cm2/m è adota-se (Asl/ue)
91
OBS: Diferente da análise ao esforço cortante, para análise à torção,
independentemente do uso da armadura CA-50 ou CA-60, o fywk limita-se a
500MPa.
*Caso a viga fosse mais alta que 60 cm, teria que somar com a armadura de pele
definida pela norma. Nesse caso a única armadura de pele considerada é a
destinada a resistir o momento torsor:
(Asl/ue) = 0,00 cm2/ue + 3,66 cm2/ue = 3,66 cm2/ue
(considerando apenas 1 perna distribuída no perímetro ue)
3,66 / (p 0,632/4) = 11,75 barras corridas distribuídas no perímetro ue
12 f 6,3mm para as duas faces da viga
6 f 6,3mm para cada face da viga
(6 x 2) f 6,3 mm - corridos
(c) DETALHAMENTO DAS ARMADURAS
O detalhamento das armaduras transversais (estribos) e longitudinais
(armadura de pele) da viga fica como apresentado na Figura 6.43.
Figura 6.43 – Detalhamento das armaduras de combate à torção
Observe que nesse exemplo, como o momento torsor era pequeno, foi possível dar
resistência à viga somente dimensionando estribos e armadura de pele. Para um
momento torsor maior, provavelmente, só seria possível aumentar essa resistência
da viga aumentando sua inércia polar (Jo = Ix + Iy), ou seja, aumentando
consideravelmente sua seção transversal. Por esse motivo, os calculistas procuram
inicialmente uma concepção estrutural sem torção. Ou pelo menos, sem torção de
equilíbrio.
92
CAPÍTULO 7
LAJES DE CONCRETO ARMADO
7.1. INTRODUÇÃO
As lajes são elemento de placa onde a altura é muito menor que as outras
duas dimensões. São solicitadas predominantemente por cargas normais ao seu
plano médio e apesar da maioria das lajes serem quadradas ou retangulares, elas
podem também se apresentar com qualquer outra forma. A Teoria de Kirchhoff de
lajes indiretamente é igual a Hipótese de Bernoulli de vigas. Na Teoria de Kirchhoff,
a superfície média da placa é plana e indeformável, esteja a placa deformada ou
não. Ou seja, seção gira em torno da superfície média praticamente igual descreve
a Hipótese de Bernoulli.
As lajes são classificadas como maciças, nervuradas, mistas, lisas, cogumelo
ou pré-moldadas (Figura 7.1).
Figura 7.1 – Tipos de lajes
O comportamento estrutural das lajes, desde a primeira carga até a ruptura, é
apresentado na Figura 7.2. Antes da 1a Fissura a laje se comporta como uma placa
elástica e, para cargas de curta duração, as flechas, as tensões e as deformações
podem ser calculadas pela análise elástica. Depois das fissuras e antes do
escoamento das armaduras da laje, a placa não tem mais uma rigidez constante.
Regiões fissuradas têm rigidez à flexão menor que regiões não fissuradas. A placa
não é mais isotrópica porque a distribuição das fissuras difere nos dois sentidos.
Apesar disto violar a hipótese da teoria elástica, MacGregor (1992) destaca que
resultados experimentais demonstram que a análise elástica ainda assim estima de
maneira satisfatória o comportamento estrutural da laje. Lajes comuns de edifícios
estão, em geral, parcialmente fissuradas para cargas de serviço. Com o aumento
gradativo das cargas, o escoamento das armaduras se iniciam nas regiões de
93
maiores momentos fletores. Há a redistribuição de esforços de regiões plastificadas
para regiões ainda elásticas e, assim, originam-se as rótulas plásticas. Neste
instante o comportamento estrutural da laje na ruína pode ser estimado
satisfatoriamente pela Teoria das Linhas de Ruptura. Embora as linhas de ruptura
dividam a placa formando um mecanismo plástico, existe a possibilidade do
aparecimento de um arco de compressão. Isto acontece quando a estrutura em
volta da laje é rígida bastante para fornecer reações para o arco em formação e,
nesta situação, as rótulas plásticas das Linhas de Ruptura não giram livremente.
Este comportamento é desprezado pela Teoria das Linhas de Ruptura.
Figura 7.2 – Comportamento inelástico de uma laje (MacGregor, 1992 – modificado)
A distribuição dos esforços na laje depende diretamente da relação entre os
vãos (Lmaior e Lmenor). As lajes classificam-se como armadas em cruz ou como
armadas em 1 só direção (Figura 7.3). Esta classificação diz respeito a solicitação
da laje. Se ela é uma laje quadrada ou retangular com Lmaior/Lmenor £ 2, esta laje vai
ser solicitada por dois momentos fletores (Mx e My) e, desta maneira, deve ser
dimensionada com armaduras nas duas direções. Se a laje for mais comprida, com
Lmaior/Lmenor > 2, esta laje vai ser solicitada somente por momento fletor no menor
vão e deve ser dimensionada somente no menor vão. No outro vão, deve-se utilizar
a armadura de distribuição mínima estabelecida pela norma. Porém, vale ressaltar,
que isto só é válido para lajes apoiadas nos quatro lados. Lajes em balanço,
independente dos vãos, vai ser sempre laje armada em 1 só direção. Na direção do
balanço.
94
Figura 7.3 – Lajes em cruz e em 1 só direção
A opção de considerar a laje como apoiada (ligação articulada) ou engastada
(ligação rígida) é do projetista. Normalmente se considera a laje engastada se ela
não for pequena e que esse engastamento não prejudique a laje ao lado (Figura
7.4).
Independentemente da consideração do engaste ou não, pode-se analisar
todas as lajes como isoladas e depois compatibilizar os momentos fletores
negativos nos encontros das lajes, considerando-as contínuas como descrito a
seguir.
Figura 7.4 – Deformadas das lajes contínuas e lajes isoladas
95
7.2. LAJES ARMADAS EM UMA SÓ DIREÇÃO
As lajes armadas em uma só direção podem ser calculadas como isoladas
(Figura 7.5), desde que depois os momentos fletores negativos sejam uniformizados
para funcionarem como contínuas (Figura 7.6).
Figura 7.5 – Lajes armadas em 1 só direção isoladas
96
Figura 7.7 – Lajes em cruz contínuas
97
Porém, para se obter os momentos fletores para uma laje em cruz (Mx e My)
não é tão simples assim. Esses esforços dependem da relação entre os vãos da laje
e, também, do tipo de apoio (seja articulado/apoiado ou rígido/engastado). Para
melhor discutir o assunto, torna-se necessário a apresentação de alguns métodos
baseados na teoria elástica e outros na teoria rígido-plástico que calculam os
esforços em uma placa (laje) (Figura 7.8).
Figura 7.8 – Métodos para análise dos momentos fletores de lajes
Todos esses métodos e teorias são apresentados a seguir.
7.3.1. TEORIA DAS GRELHAS
A Grelha é uma estrutura reticulada plana sujeita a carregamentos
perpendiculares ao seu plano. Esse sistema de vigas interligadas é caracterizado
pelo funcionamento conjunto de todos os elementos resistentes para qualquer
posição de carregamento. As vigas da grelha estão submetidas a momentos
98
fletores, esforços cortantes e momentos torsores. Na grelha, quanto mais rígida for
a viga, maior a parcela de carregamento ela receberá e quanto menor a rigidez,
menor será a parcela de carregamento, de maneira que as vigas trabalhando
isoladamente com suas parcelas de carga, sofreriam a mesma flecha na região que
elas se cruzam (Figura 7.9).
Figura 7.9 – Grelhas trabalhando em conjunto
No caso da aplicação da Teoria das Grelhas numa laje, inicialmente
discretizam-se várias faixas de laje (como vigas) nos dois sentidos. Considera-se a
independência das faixas vizinhas e a dependência de cada par de faixas
perpendiculares. Assim, a aplicação da grelha para lajes (Figura 7.10) fica
praticamente igual a aplicação das duas vigas da Figura 7.9.
A Teoria das Grelhas é comumente usada por calculistas para analisar lajes
nervuradas pelo fato do sistema das nervuras se parecer com as Grelhas. Apesar
de popular, esse método apresenta resultados um pouco conservador por desprezar
o efeito da rigidez na ligação lateral entre as faixas.
99
Figura 7.10 – Grelhas trabalhando em conjunto na laje
Igualando-se as flechas da grelha do vão x com a grelha do vão y, chega-se
aos momentos fletores.
As lajes podem ser organizadas em 6 diferentes tipos de casos em função
dos tipos de apoio (Figura 7.11).
100
Figura 7.11 – Casos das lajes devido as condições de apoio
Dessa maneira, para cada tipo de condição de contorno da placa, as lajes
apresentam as seguintes equações (Figuras 7.12 a 7.17).
Figura 7.12 – Laje Caso 1
101
Figura 7.13 - Laje Caso 2
Figura 7.14 - Laje Caso 3
102
Figura 7.15 - Laje Caso 4
Figura 7.16 - Laje Caso 5
103
Figura 7.17 - Laje Caso 6
As Tabelas da Teoria das Grelhas para cálculo de lajes de concreto armado
são apresentadas no Anexo 3.
7.3.2. TEORIA DAS PLACAS
A Teoria das Placas é um Método Elástico Analítico, também conhecida
como Solução Exata e ela serve de base para outros métodos aproximados de
solução mais simplificada.
Uma vantagem do uso desse método está no conhecimento dos valores das
grandezas (esforços, tensões, deformações, deslocamentos, etc.) em qualquer
ponto do interior da placa (Figura 7.18), enquanto que na maioria dos processos
aproximados só se conhecem os valores máximos de cada grandeza.
Uma desvantagem do uso desse método são as consideráveis dificuldades
analíticas para obtenção da solução exata, especialmente quando a geometria, o
carregamento e as condições de contorno fogem do comum.
104
Figura 7.18 – Elemento de placa
Na Teoria de Kirchhoff (*) para placas finas com pequenas deflexões, são
admitidas as seguintes hipóteses simplificadoras:
1. O material da placa é elástico linear, homogêneo(**) e isotrópico(***);;
2. A espessura da placa é pequena em relação às outras dimensões;;
3. As deflexões são pequenas em relação a espessura da placa;;
4. As rotações da superfície média deformada são pequenas em relação à
unidade;;
5. Linhas retas, inicialmente normais à superfície média, permanecem retas e
normais à superfície média após as deformações (igual a hipótese de
Bernoulli usada para vigas);;
6. As deflexões da placa são normais ao plano indeformado inicial;;
7. As tensões normais à superfície média são desprezíveis (sz ≈ 0).
(*)
Teoria de Kirchhoff para Placas equivale a Hipótese de Bernoulli para Vigas.
(**)
Material homogêneo é a mistura de vários materiais cujo aspecto final é uniforme ponto a
ponto.
(***)
Material isotrópico é o material que possui as mesmas propriedades físicas independente
da direção
Através do equilíbrio dos esforços do elemento de placa (Figura 7.19 e 7.20)
chegam-se as equações dos esforços internos e a equação de Lagrange que rege a
teoria. Aplicando-se as condições de contorno da placa analisada nesta equação,
pode-se chegar às soluções exatas do problema.
105
Figura 7.19 – Esforços no elemento de placa
Figura 7.20 – Equilíbrio do elemento de placa
A complicação matemática da Teoria das Placas motivou vários estudiosos a
criar tabelas para simplificar o uso do método. Essas tabelas geralmente foram
geradas através da resolução da equação diferencial de Lagrange por séries
trigonométricas. As Tabelas de Kalmanok para cálculo de placas, já com o
coeficiente de Poisson (n = 0,20) do concreto armado incluído, são apresentadas no
Anexo 4.
7.3.3. MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS (MEF)
O Método dos Elementos Finitos (MEF) é uma evolução do Método da
Rigidez (Método dos Deslocamentos). A semelhança entre os dois métodos é que
ambos são formulados através de uma matriz de rigidez, de um vetor de cargas
nodais e um vetor de deslocamentos nodais. Ambos os métodos apresentam
equações onde os deslocamentos nodais (lineares e rotações) são as incógnitas do
106
problema. Depois de encontrados os deslocamentos, chegam-se aos esforços
(momentos fletores, esforços normais, esforços cortantes, etc.).
O Método da Rigidez Clássico evoluiu para o Método da Rigidez via Análise
Matricial generalizando as equações para soluções de estruturas reticuladas
(treliças planas, treliças espaciais, vigas, grelhas, pórticos planos e pórticos
espaciais) e, assim, tornando-se um método de fácil programação computacional.
Com a implementação de teorias energéticas (Princípio da Mínima Energia
Potencial Total, Método dos Resíduos Ponderados ou Princípio dos Deslocamentos
Virtuais) surgiram as formulações dos MEF. Dessa maneira, o MEF tornou-se uma
ferramenta muito poderosa, com a capacidade de simular o comportamento tanto de
estruturas reticuladas, como também estruturas contínuas bi e tridimensionais.
(a) Método da rigidez:
Figura 7.21- Elemento de estrutura reticulada
(b) Métodos Energéticos:
Castigliano em 1873 demonstrou que a derivada da energia de deformação
de uma estrutura em relação ao deslocamento é igual a força externa na mesma
direção. Este método ficou conhecido como Método de Castigliano e é válido tanto
para análise linear elástica como para não-linear.
dU/dd = l
Aplicando-se a Lei de Hooke, para análise de estruturas reticuladas, mesmo
utilizando uma teoria energética, chega-se a mesma solução do Método da Rigidez.
A . d = l
107
Outro método, o do Princípio dos Deslocamentos Virtuais baseia-se no
princípio da conservação da energia. Para toda estrutura, o incremento de primeira
ordem da energia de deformação é igual ao incremento de primeira ordem do
trabalho externo.
Figura 7.22 – Princípio dos deslocamentos virtuais
A solução desta teoria energética apresentada pode-se finalmente
correlacionar com a solução do Método da Rigidez.
A . d = l
O Método da Mínima Energia Potencial Total é uma teoria onde a energia
potencial total é definida por P(d):
P(d) = U(d) + W(d)
Sendo:
U(d) = energia de deformação da estrutura;;
W(d) = trabalho potencial das forças externas;;
P(d) = é a energia total necessária para trazer de volta a estrutura a sua
configuração inicial.
A exemplo das outras teorias energéticas, a mesma correlação com o
método da rigidez pode ocorrer.
O Método de Rayleigh-Ritz é o mesmo Método da Mínima Energia Potencial
Total com a inclusão de uma função polinomial que descreve os deslocamentos.
Essa função aproximadora deve satisfazer as seguintes condições:
(a) Utilizar funções polinomiais ou trigonométricas que satisfaça as condições de
contorno da estrutura analisada;;
(b) Utilizar derivadas contínuas até a ordem “n-1”, sendo “n” a maior ordem de
derivação da função do funcional P;;
(c) Definir em todo o domínio do problema.
108
(c) MEF para estruturas reticuladas:
As funções de forma da matriz de interpolação são como as funções
aproximadoras do Método de Rayleigh-Ritz. A diferença é que no Método de
Rayleigh-Ritz as incógnitas do problema são os coeficientes generalizados,
enquanto no MEF as incógnitas do problema são os deslocamentos nodais. Nos
dois métodos as funções tentam aproximar a solução “exata” através da
convergência. No Método de Rayleigh-Ritz as melhores soluções são obtidas
quando se usam polinômios de mais alto grau, enquanto no MEF as melhores
soluções são obtidas quando se usam uma malha mais refinada (mais discretizada),
ou seja, quando se usam uma quantidade maior de elementos finitos.
Como nos outros métodos energéticos, a formulação do MEF pode ser
correlacionada com o Método da Rigidez também.
Figura 7.23- Elemento de estrutura reticulada
(d) MEF para estruturas de placas:
O MEF descrito anteriormente pode ser generalizado para que ele também
possa ser aplicado a estruturas contínuas bi e tridimensionais com elementos finitos
de diversos formatos que melhor possam simular o comportamento da estrutura
desejada.
Aqui, no caso particular de uma placa (laje), utilizam-se discretização de
elementos que simule a Teoria de Kirchhoff.
Figura 7.24 – Elemento de placa
109
7.3.4. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO (MEC)
O Método dos Elementos de Contorno (MEC) é um método computacional para a solução de
sistemas de equações diferenciais formuladas em forma integral. A principal diferença entre o
Método dos Elementos de Contorno (MEC) e o Método dos Elementos Finitos (MEF) é que no MEC
somente o contorno do problema é discretizado, enquanto no MEF toda a estrutura deve ser
discretizada. Isto geralmente reduz drasticamente o tamanho do problema e consequentemente o
tempo computacional. Outra vantagem do MEC é quando o domínio for infinito, como no exemplo de
discretização de solos.
Apesar do MEC ser uma ferramenta poderosíssima, para análise lajes, o
MEF ainda é muito mais difundido comercialmente que o MEC. Acredita-se que em
um futuro próximo o MEC surgirá comercialmente como uma boa alternativa de
tempo computacional menor.
7.3.5. MÉTODO DAS GRELHAS MODIFICADAS
A Teoria das Grelhas tradicional despreza o efeito da rigidez na ligação
lateral entre as faixas e isso torna o método um pouco conservador. Por conta disso,
alguns programas computacionais modificaram um pouco o método tradicional
inserindo uma constante que enrijeça as grelhas simulando a ligação das faixas de
grelhas vizinhas. Essa mudança torna os resultados do Método das Grelhas
Modificadas menos conservador que os resultados do Método das Grelhas
Tradicional.
7.3.6. MÉTODO DE MARCUS
A partir da equação diferencial das placas e através do método das
diferenças finitas, Marcus deduziu um conjunto de fórmulas para a resolução de
lajes retangulares armadas em cruz que, embora exatas, eram complexas e de
difícil manuseio para aplicações práticas.
Considerando-se a aplicabilidade, ele desenvolveu um segundo estudo, a
partir do processo das grelhas, que, mesmo conduzindo a resultados aproximados,
é de aplicação cômoda e rápida, além de facilmente programável em calculadoras.
O Processo aproximado de Marcus difere do processo das Grelhas pela
introdução de um coeficiente υ < 1, nas fórmulas dos momentos positivos do
Processo das Grelhas.
Esse coeficiente foi introduzido em bases semi-empíricas, sendo função das
condições de apoio e da relação entre os vãos, baseando-se na comparação dos
resultados obtidos pelo Processo das Grelhas com os da Teoria das Placas.
110
Figura 7.25-Coeficientes corretores de Marcus
O Método de Marcus classifica a laje em 6 diferentes tipos de casos,
exatamente iguais ao Método das Grelhas (Figura 7.26).
Figura 7.26 – Casos das lajes devido as condições de apoio
111
Figura 7.27 - Laje Caso 1
Figura 7.28 - Laje Caso 2
112
Figura 7.29 - Laje Caso 3
Figura 7.30 - Laje Caso 4
113
Figura 7.31 - Laje Caso 5
Figura 7.32 – Laje Caso 6
As Tabelas do Método de Marcus para cálculo de lajes de concreto armado
são apresentadas no Anexo 2.
7.3.7. MÉTODO DAS LINHAS DE RUPTURA (CHARNEIRAS PLÁSTICAS)
A teoria das linhas de ruptura, introduzida por K. W. Johansen, é uma
alternativa para o cálculo de esforços e reações em lajes. Empregando esse
114
método, é possível determinar os momentos de ruína que serão utilizados para o
dimensionamento das lajes de diferentes formatos, condições de contorno e
carregamentos.
No início o método teve grande aceitação por calcular lajes de qualquer
formato, o que era praticamente impossível na época. Atualmente esse método
perdeu um pouco da importância devido ao aparecimento dos métodos numéricos,
como os elementos finitos.
A teoria das linhas de rupturas (Yield Lines) considera o equilíbrio da laje no
momento que antecede a ruína, ou seja, no Estado Limite Último. É considerado um
modelo rígido plástico.
Figura 3.33 – Comportamento rígido-plástico
A NBR6118 permite o emprego da teoria das linhas de ruptura quando as
deformações das lajes estiverem nos domínios 2 ou 3. Essa teoria é muito usada
para cálculo das reações das lajes (transferência de cargas para as vigas).
Figura 3.34 – Linhas de ruptura
115
Figura 7.35 – Linhas de ruptura em laje irregular com diferentes apoios
Figura 7.36 – Linhas de ruptura em laje em balanço
116
Figura 7.37 – Momento fletor através das linhas de ruptura de laje em
balanço
Figura 7.38 – Linhas de ruptura em laje em uma direção
117
Figura 7.39 – Momento fletor através das linhas de ruptura de laje em uma
direção
Figura 7.40 – Linhas de ruptura em laje em cruz
118
Figura 7.41 – Trabalho externo através das linhas de ruptura em laje em cruz
Figura 7.42 – Trabalho interno através das linhas de ruptura em laje em cruz
119
Figura 7.43 – Momentos fletores através das linhas de ruptura em laje em
cruz
7.3.8. EXEMPLO COMPARATIVO
Considerando uma laje de concreto armado de 8 cm de espessura e 4 m x 3
m de vãos, com o carregamento descrito a seguir, calculou-se os momentos fletores
através dos métodos descritos nesse capítulo (Figura 7.44).
Peso próprio = 25 x 0,08 = 2,0 kN/m2
Revestimento = 1,0 kN/m2
Pavimentação = 1,0 kN/m2
CARGA PERMANENTE (g) = 4,0 kN/m2
Sobre-carga = 1,5 kN/m2
CARGA ACIDENTAL (q) = 1,5 kN/m2
CARREGAMENTO TOTAL (g + q) = 5,5 kN/m2
120
Figura 7.44 – Comparação dos momentos fletores pelos diversos métodos
Interpretando os resultados da teoria das placas como resultado exato, pode-
se observar na Tabela 7.1 que os resultados mais conservadores foram os do
Método das Grelhas (+39% e +20%). Os resultados das Linhas de Ruptura também
foram conservadores (+16% e +26%). Os resultados do Método de Marcus se
mostraram contra a segurança (-11% e -23%), principalmente o momento fletor My.
Os melhores resultados foram o dos Métodos dos Elementos Finitos.
Tabela 7.1 – Momentos fletores do exemplo analisado
Método Mx My Mx/Mx Placas My/My Placas
(kNm/m) (kNm/m)
Teor. Placas 3,38 2,19 1,00 1,00
Grelhas 4,70 2,62 1,39 1,20
Marcus 3,02 1,69 0,89 0,77
Linhas Ruptura 3,91 2,77 1,16 1,26
Elem. Finitos 3,38 2,19 1,00 1,00
7.3.9. MOMENTO VOLVENTE NAS LAJES
Nos cantos das lajes retangulares, formados por duas bordas simplesmente
apoiadas, há uma tendência ao levantamento da laje provocado pela atuação de
Momentos Volventes (Torção) (Figura 7.45). Esses momentos são originados pela
resultante dos momentos fletores vindo dos dois eixos ortogonais no canto da laje.
Por esse motivo, a NBR6118:2014 já estipula uma armadura negativa mínima em
função da armadura principal da laje como descrito no decorrer do capítulo.
121
Figura 7.45 – Momentos volventes em uma laje
7.4. DIMENSIONAMENTO
O dimensionamento das armaduras da laje deve ser feito no ELU, do mesmo
jeito da viga, sendo que a largura b igual a 1m.
kmd = Md / (b d2 scd) = Md / (1 d2 scd)
A NBR6118:2014 permite que se use uma armadura mínima menor que o da
viga, em alguns casos (Tabela 7.2).
Tabela 7.2 – Armadura mínima de lajes (NBR6118:2014)
Armaduras Positivas
Armaduras Laje em Cruz Laje em 1 direção
Negativas (Lx e Ly)
Armadura Armadura Secundária
Principal
A rs ³ rmín rs ³ 0,67 rmín rs ³ rmín As ³ 20% As,princ
rs = s
bh As ³ 0,9 cm / m
2
122
Figura 7.46 – Detalhamento das armaduras negativas
Figura 7.47 – Critério para interrupção das armaduras negativas
123
Figura 7.48 – Detalhamento das armaduras negativas em laje em balanço
Figura 7.49 – Detalhamento das armaduras positivas
7.6. LAJE MACIÇA
A laje maciça é um o sistema estrutural de laje mais tradicional para
edificações médias e altas. Normalmente se utiliza esse sistema combinado com o
124
sistema de laje nervurada. As lajes maiores são as nervuradas e as menores são as
maciças.
As desvantagens do sistema de lajes maciças são as altas taxas de fôrmas e
a limitação de vãos. E as vantagens são que as lajes maciças juntamente com o
conjunto de vigas fornecem boa rigidez a edificação tanto para ações verticais
quanto horizontais.
Os vãos das lajes maciças que normalmente têm até 12 cm de espessura
não são grandes. Para lajes armadas em cruz, lajes maciças de 6 m x 6 m já são
consideradas grandes, enquanto para lajes armadas em uma única direção, o
menor vão é o limitador. Normalmente lajes armadas em uma única direção com 4
m já são consideradas grandes.
EXEMPLO RESOLVIDO
Dimensione e detalhe as lajes L1 e L2 da Figura 7.50. Suponha que as lajes
tenham sobre-carga de dormitório residencial. Não há alvenaria sobre as lajes,
exceto na extremidade do balanço (sobre a Aba 1), onde há uma alvenaria de tijolo
furado com 1,5m de altura. Considere fck = 30 MPa e altura útil das lajes d = 7cm
para L1 e d=9cm para L2.
Figura 7.50 – Fôrma de pavimento
Observe que a laje L1 é uma laje armada em cruz do Caso 1. A laje L2 é uma
laje em balanço (laje armada em uma só direção) com uma aba na extremidade. A
aba se parece com uma viga, com a diferença que a aba é segurada pela a laje.
Uma vantagem, nesse caso, de se utilizar uma aba é que essa aba não vai
transmitir torção à viga V2, porque essa aba não está apoiada na viga V2, e sim na
lajes L2. Em resumo, a aba é como se a laje fizesse uma virada na sua
extremidade, dando uma aparência de viga.
125
(a) Carregamento das lajes:
Laje L1:
g è PP = 25 kN/m3 . 0,10 m = 2,5 kN/m2
Alv = 0
Rev = 1,0 kN/m2
Pav = 1,0 kN/m2
q è SC = 1,5 kN/m2
g + q = 6,0 kN/m2
Laje L2:
g è PP = 25 kN/m3 . 0,12 m = 3 kN/m2
Alv = 0
Rev = 1,0 kN/m2
Pav = 1,0 kN/m2
q è SC = 1,5 kN/m2
g + q = 6,5 kN/m2
Carga 25 kN/m3.(0,15.0,50.1)m3 + 13 kN/m3.(0,15.1,5.1) m3 = 4,8 kN ³ 2 kN
Pontual =
(b) Momentos Fletores das lajes:
L1 – Laje armada em cruz (Caso 1)
l = ly/lx = 1,00 è mx = 27,43 e my = 27,43
Mx = p lx2 / mx = 6 . 52 / 27,43 = 5,47 kNm/m
My = p lx2 / my = 6 . 52 / 27,43 = 5,47 kNm/m
Mdx = Mdy = 1,4 . 5,47 = 7,66 kNm/m
126
Figura 7.51 – Momentos fletores da laje L1
L2 – Laje armada em uma só direção ( l = 1,50 m)
M = -4,8 . 1,50 – 6,5 . 1,502/2 = - 14,51 kNm/m
gn = 1,95 - 0,05 h ³ 1,0 è gn = 1,95 - 0,05 . 12 = 1,35 ³ 1,0
Md = 1,35 .1,4 . (-14,51) = - 27,42 kNm/m
Figura 7.52 – Momentos fletores da laje L2
127
(c) Dimensionamento das lajes
L1 (Md = 7,66 kNm/m)
𝑀= 7660
𝑘-= =
= = 0,086
𝑏
𝑑
𝜎"= 1
. 0,07
.
0,85
. 30
. 10x /1,4
3 3
128
(d) Detalhamento das lajes
Figura 7.53 – Armaduras positiva
Figura 7.54 – Armaduras negativa e detalhe da aba 1
7.7. LAJE NERVURADA
A laje nervurada é um o sistema estrutural de laje muito utilizada para
edificações médias e altas.
129
A maior desvantagem do sistema de lajes nervuradas é a perda de altura
livre (distância entre o piso e o fundo da laje) por conta desse tipo de laje ser mais
espessa que a laje maciça. Por outro lado, as vantagens são que as lajes
nervuradas fornecem uma muito boa rigidez a edificação tanto para ações verticais
quanto horizontais, além de também fornecerem economia do consumo de concreto
às edificações.
Os vãos das lajes nervuradas com 25 cm ou 30 cm de espessura são
maiores que os vãos convencionais das lajes maciças. Para lajes armadas em cruz,
lajes nervuradas de 8 m x 8 m já são consideradas grandes, enquanto para lajes
armadas em uma única direção, o menor vão é o limitador. Normalmente lajes
armadas em uma única direção com 5 m já são consideradas grandes.
As fôrmas de caixotes de 61 cm x 61 cm, com nervura de 7 cm, era a mais
utilizada durante anos, mas desde o lançamento da Norma de Incêndio (NBR
15200:2014) que exige nervuras mais largas, os calculistas têm migrado para as
fôrmas de 80cm x 80cm, com nervura 12,5 cm (ANEXO 6).
EXEMPLO RESOLVIDO
** Utilizando a fôrma de 80 cm x 80 cm com altura de 20 cm (ANEXO 6) è A laje
fica com h = 25 cm (Figura 7.55).
Figura 7.55 – Fôrma de pavimento com laje nervurada
130
(i) Análise dos esforços da laje calculada pelo MÉTODO DE MARCUS (Caso 1):
(ii) Dimensionamento
131
(iii) Detalhamento das armaduras
OBS: A armadura positiva pode ter gancho (dobra nas extremidades) ou não. Opção do
calculista.
132
As armaduras complementares são apresentadas na Figura 7.58.
133
EXEMPLO RESOLVIDO
Figura 7.59 – Detalhe da laje pré-moldada
Figura 7.60 – Distribuição dos trilhos (vigotas)
Concreto: C30
fcd = fck/1,4 = 30 / 1,4 = 21,43 MPa
Aço: CA-50
fyd = fyk/1,15 = 500 / 1,15 = 434,78 MPa
Figura 7.61 – Linhas de ruptura em laje armada em uma única direção
134
(a) Carregamento:
PP = 1,85 kN/m2
Rev = 1,0 kN/m2
Pav = 1,0 kN/m2
Alv = 0,0 kN/m2
S.C. = 2,0 kN/m2
TOTAL = 5,85 kN/m2
Figura 7.62 – Peso próprio estimado na laje pré-moldada
(b) Análise em uma única direção – Pode-se calcular como laje em única direção
somente se a linha neutra cair dentro da mesa (x ≤ 3 cm). Caso contrário, deve-se
dimensionar cada vigota como viga “T” caso 2.
Mx = p lx2/8 = 5,85 . (3)2 / 8 = 6,58 kNm/m è Md = 1,4 . 6,58 = 9,21 kNm/m
(c) Dimensionamento:
𝑀= 9210
𝑘-= =
= = 0,103
𝑏
𝑑 3
𝜎"= 1
. 0,073
.
0,85
. 21,43
. 10x
1 − 1 − 2
𝑘-= B/3 1 − 1 − 2
. 0,103 B/3
𝑘y = =
= 0,136
𝜆 0,8
è Dom 2
𝑘y 0,136
𝜀" = = = 1,58%𝑜
1 −
𝑘y 1 −
0,136
𝜀.= = 10%𝑜
135
' 3
𝜀" 1,58%𝑜
𝜎" = 0,85
𝑓"= 1− 1− =
0,85
. 21,43 1 − 1 − =
17,41
𝑀𝑃𝑎
𝜀"3 2%𝑜
𝑀= 9210
𝑘-=,"TKK =
= = 0,108
𝑏
𝑑
𝜎" 1
. 0,07
.
17,41
. 10x
3 3
Figura 7.63 – Detalhes das armaduras nas vigotas
OBS: Colocar na mesa uma armadura mínima que deve ficar sobre os tijolos (ϕ
5mm c/ 33 cm).
136
CAPÍTULO 8
PILARES
8.1. INTRODUÇÃO
A NBR6118:2014 define pilar como um elemento linear de eixo reto,
usualmente disposto na vertical, em que as forças normais de compressão são
preponderantes. Os pilares podem ser classificados quanto sua esbeltez como:
Pilares Curtos, Medianamente Esbeltos, Esbeltos e Muito Esbeltos. Os pilares
podem ser classificados quanto a instabilidade como: Pilares Contraventados e de
Contraventamento. Os pilares podem ser classificados quanto ao posicionamento
como: Pilar Intermediário, de Extremidade e de canto. Os pilares podem ser
classificados quanto ao tamanho como: Pilar e Pilar Parede. A cada diferente
classificação, o pilar é dimensionado de maneira diferente. Esses detalhes são
cuidadosamente discutidos no decorrer desse capítulo.
A área da seção transversal mínima de pilar permitida pela NBR6118:2014 é
360 cm2. A dimensão mínima para seção de pilar de qualquer forma é 19 cm (19 cm
x 19 cm » 360 cm2). Em casos especiais, permite-se dimensões mínimas entre 14 e
19 cm (14 cm x 26 cm » 360 cm2). desde que se multiplique a carga de projeto por
um coeficiente adicional gn.
1,0
≤ 1,95 − 0,05
. 𝑏
≤ 1,25
Sendo:
b = menor dimensão da seção.
A possibilidade de se utilizar pilar e viga de 14 cm de largura, facilita
esconder a estrutura dentro das alvenarias de 15 cm de largura. Apesar dessa
permissão da norma, a maioria dos calculistas preferem utilizar a seção mínima de
20 cm x 20 cm, ficando uma parte fora da alvenaria mesmo. Essa opção dos
calculistas se justifica porque fica difícil se obter uma largura do pilar de 14 cm,
respeitando os cobrimentos e os espaçamentos limites exigidos pela norma.
8.2. FLEXÃO COMPOSTA NO ELU
Os pilares normalmente trabalham na Flexão Composta (Normal ou Oblíqua).
A Flexão Composta Normal, ou simplesmente Flexão Composta, é uma solicitação
composta de um Esforço Normal de Compressão e um Momento Fletor (seja no
eixo x ou y). A Flexão Composta Oblíqua, ou simplesmente a Flexão Oblíqua, é uma
solicitação composta de um Esforço Normal de Compressão e dois Momentos
Fletores (um no eixo x e outro no eixo y).
8.2.1. FLEXÃO COMPOSTA NORMAL
A Figura 8.1 mostra um Esforço Normal excêntrico a um dos eixos causando
a flexão composta normal em uma peça estrutural de seção genérica.
137
(a) Esforço normal excêntrico a um dos eixos (b) Esforços na flexão composta normal
Figura 8.1 – Flexão composta normal a uma seção genérica
A Figura 8.2 apresenta o equilíbrio dos esforços solicitantes (Md e Nd) com os
esforços resistentes (Rcc e Rsc) quando a linha neutra está fora da seção (domínio 5)
ou com os esforços resistentes (Rcc e Rst) quando a linha neutra está dentro da
seção (domínios 2, 3, 4 ou 4a). Em situações de grande excentricidades o pilar pode
apresentar o comportamento da Figura 8.2(b).
(a) Equilíbrio dos esforços no ELU com a linha (b) Equilíbrio dos esforços no ELU com a linha
neutra fora da seção (Domínio 5) – Situação de neutra dentro da seção (Domínio 2, 3, 4 ou 4a) –
pequena excentricidade Situação de grande excentricidade
Figura 8.2 - Equilíbrio dos esforços
Os esforços resistentes são definidos por Rcc no concreto e Rst no aço
quando tracionado ou Rst no aço quando comprimido.
R ƒƒ =
Aƒ
. σƒ†
R ‡ˆ =
R ‡ƒ =
𝐴.&
. fŠ†
Sendo: Ac a área da seção transversal comprimida relacionada ao diagrama
retangularizado da tensão scd.
138
OBS1: Para o domínio 2, deve-se corrigir o valor de scd por sc.
OBS2: Para o domínio 4, deve-se corrigir o valor de fyd por ssd através da Lei de
Hooke.
8.2.2. FLEXÃO COMPOSTA OBLÍQUA
A Figura 8.3 mostra um Esforço Normal excêntrico aos dois eixos causando a
flexão composta oblíqua em uma peça estrutural de seção genérica.
(a) Esforço normal excêntrico aos dois eixos (b) Esforços na flexão composta oblíqua
Figura 8.3 – Flexão composta oblíqua a uma seção genérica
A Figura 8.4 apresenta o equilíbrio dos esforços solicitantes (Mdx, Mdy e Nd)
com os esforços resistentes (Rcc e Rsc) quando a linha neutra está fora da seção
(domínio 5) ou com os esforços resistentes (Rcc e Rst) quando a linha neutra está
dentro da seção (domínios 2, 3, 4 ou 4a). Em situações de grande excentricidades o
pilar pode apresentar o comportamento da Figura 8.4(b).
(a) Equilíbrio dos esforços no ELU com a linha (b) Equilíbrio dos esforços no ELU com a linha
neutra fora da seção (Domínio 5) – Situação de neutra dentro da seção (Domínio 2, 3, 4 ou 4a)
pequena excentricidade – Situação de pelo menos uma grande
excentricidade (ex ou ey)
Figura 8.4 – Equilíbrio dos esforços
139
Assim como na flexão composta normal, na flexão composta oblíqua, os
esforços resistentes também são definidos por Rcc no concreto e Rst no aço quando
tracionado ou Rst no aço quando comprimido. Contudo, vale ressaltar que na flexão
oblíqua normalmente há uma redução na largura da seção na extremidade mais
comprimida. Isso pode ser facilmente visualizado quando se traçam várias paralelas
da linha neutra em direção a zona mais comprimida. Nesse caso, a norma
NBR6118:2014 recomenda que o scd seja reduzido multiplicando-se por um valor de
0,9.
R ƒƒ =
Aƒ
. σƒ†
R ‡ˆ =
R ‡ƒ =
𝐴.&
. fŠ†
Sendo: Ac a área da seção transversal comprimida relacionada ao diagrama
retangularizado da tensão scd.
OBS1: Para o domínio 2, deve-se corrigir o valor de scd por sc.
OBS2: Para o domínio 4, deve-se corrigir o valor de fyd por ssd através da Lei de
Hooke.
2.8.3. ANALISANDO UMA SEÇÃO RETANGULAR NA FLEXÃO COMPOSTA
NORMAL
Agora particularizando a análise para uma seção transversal retangular sob
flexão composta normal. A Figura 8.5 mostra o diagrama parábola-retângulo de
tensão de compressão para a seção do pilar e o diagrama retangularizado seguindo
as mesmas recomendações utilizadas para a seção de uma viga sob flexão pura.
Contudo, diferente da viga, no pilar a linha neutra pode estar fora da seção. Nesse
caso, deve-se tomar cuidado com a equação que a área comprimida não pode ser
maior que a área da própria seção. Por isso a observação lx £ h.
Figura 8.5 – Diagramas de tensão de compressão no concreto
Para o concreto:
R ƒƒ =
σƒ†
. b
. λx
≤
σƒ†
. b
. h
R ƒƒ =
σƒ†
. b
. h
. λx/h
≤
σƒ†
. b
. h
Ou seja è lx £ h
140
A Figura 8.6 mostra o equilíbrio dos esforços solicitantes com os esforços
resistentes. E dessa maneira, desenvolvendo-se as equações, chegam-se nas
equações do Esforço Normal Reduzido (n) e do Momento Fletor Reduzido (µ).
Figura 8.6 – Equilíbrio na seção transversal
Para o aço:
R ‡• =
A‡•
. 󇆕
𝐴. 𝑓f=
𝜔=
𝑏
. ℎ 𝜎"=
𝜎"=
𝐴. =
𝜔
. 𝑏
. ℎ
𝑓f=
𝑛&
A‡•
=
A‡
𝑛
’ ”
R ‡• =
ω
“
•–“
b
. h
. σƒ†
’ —˜–
Sendo:
ni = número de barras na camada;;
n = número total de barras na seção transversal;;
Asi = área de aço na camada i;;
As = área de aço total da seção transversal;;
w = taxa mecânica de armadura da seção;;
Rsi = força resultante das tensões da armadura na camada i.
Fazendo o somatório das forças verticais igual a zero:
V = 0
’“
N† −
R ƒƒ −
R ‡• = 0
•›B
Sendo:
141
𝑁=
𝜈 =
𝑏
. ℎ
. 𝜎"=
Então:
𝜆𝑥 𝜔
𝜈
𝑏
. ℎ
. 𝜎"= −
𝑏
. ℎ
. 𝜎"= −
𝑛&
. 𝜎.=&
𝑏
. ℎ
. 𝜎"= =
0
ℎ 𝑛
. 𝑓f=
𝜆𝑥 𝜔
𝜈
−
−
𝑛&
. 𝜎.=& =
0
ℎ 𝑛
. 𝑓f=
Sendo: lx £ h, caso não seja, adota-se lx = h
Fazendo o somatório dos momentos igual a zero para o ponto mais comprimido da
seção:
M = 0
’“
ℎ
𝑀= −
N† −
R ƒƒ
. 𝑑" −
R ‡• . 𝑑& = 0
2
•›B
Sendo:
𝑁=
𝜈 =
𝑏
. ℎ
. 𝜎"=
𝑀=
𝜇 =
𝑏
. ℎ3
. 𝜎"=
Então:
λx 3 ω d•
µμ
b
. h3 . σƒ† − 0,5
ν b
. h3 . σƒ† + 3
b
. h3 . σƒ† + n• .
. 󇆕 b
. h3
. σƒ† = 0
2
. h n
. fŠ† h
λx 3 ω d•
µμ
− 0,5
ν + + n• .
. σ = 0
2
. h3 n
. fŠ† h ‡†•
Sendo: lx £ h, caso não seja adota-se lx = h
Correlacionando-se os esforços normais reduzidos (n) com os momentos
fletores reduzidos (µ) para um exemplo de um pilar de 4 barras com d = d’/h = 0,20,
concreto C-30 e aço CA-50, traçam-se os diagramas de interação n-µ apresentados
na Figura 8.7. Cada curva corresponde a uma taxa mecânica de armadura (w)
diferente.
142
Figura 8.7 – Curvas de interação n - µ
Também pode-se correlacionar os pares (n, µ) para classificar a seção
transversal do elemento estrutural em zonas (zonas A, B, C, D, E e O) (Figura 8.8).
Cada uma dessas zonas representam as combinações de solicitações nas
armaduras de cima e de baixo na seção (As’ e As, respectivamente).
Figura 8.8 – Zonas classificadas por solicitação nas armaduras
8.3. AÇÕES VERTICAIS NOS PILARES
As ações verticais na edificação são transmitidas das lajes para as vigas e
das vigas para os pilares. A Figura 8.9 apresenta uma edificação modelo que será
143
utilizada no decorrer desse capítulo, para todos os exemplos resolvidos, com
objetivo final de se dimensionar e detalhar as armaduras dos pilares P1, P2 e P5.
EXEMPLO RESOLVIDO:
Figura 8.9 – Fôrma e Corte Esquemático de edificação modelo
Quanto a classificação de posicionamento, observe que os pilares P1, P3, P7
e P9 são Pilares de Canto, os pilares P2, P4, P6 e P8 são Pilares de Extremidade e
o pilar P5 é Pilar Intermediário.
(i) Carregamento das Lajes (L1=L2=L3=L4):
g è PP = 25 . 0,10 = 2,5 kN/m2
REV = 1,0 kN/m2
PAV = 1,0 kN/m2
ALV = 0,0 kN/m2
q è SC = 1,5 kN/m2
g+q = 6,0 kN/m2
(ii) Carregamento das Vigas:
A Figura 8.10 apresenta as linhas de ruptura da laje L1 que definem as áreas
que transferem carregamento para cada uma das vigas que circulam a laje L1. As
outras lajes apresentam as mesmas linhas de ruptura, sendo na posição espelhada.
144
Figura 8.10 – Linhas de ruptura da laje L1
tg30o=a/b è a=b tg30o è a+b=5 è b tg30o + b = 5 è b=3,17m
a=1,83m
A1 = 5 . 1,83/2 = 4,58 m2 A2 = 5 . 3,17/2 = 7,93 m2
Os carregamentos das vigas são apresentados nas Figuras 8.11 e 8.12.
Figura 8.11 – Cargas das vigas V1, V3, V4 e V6
145
Figura 8.12 – Cargas das vigas V2 e V5
Dessa maneira, organizando-se as reações das vigas sobre os pilares,
juntamente com os pesos próprios dos pilares, pode-se encontrar os carregamentos
totais da cada um dos pilares, no nível da fundação, conforme apresentado na
Figura 8.13.
146
Figura 8.13 – Cargas dos pilares P1, P2 e P3
8.4. EFEITOS GLOBAIS NA EDIFICAÇÃO
Efeitos como o vento e o desaprumo por conta da imperfeição geométrica
são considerados efeitos globais da edificação. Esses dois efeitos influenciam a
edificação como um todo. Quanto mais alta for a edificação, maior serão esses
efeitos.
8.4.1. VENTO
A análise dos efeitos do vento divide-se em efeitos de 1a ordem e efeitos de
a
2 ordem conforme o decorrer do texto explica.
(a) Efeitos de 1a Ordem do Vento:
O carregamento horizontal do vento na edificação vai ser a pressão média do
vento no edifício, em uma análise dos efeitos de 1a ordem, como mostra a Figura
8.14.
147
Figura 8.14 – Efeitos de 1a ordem do vento na edificação
(a.1) Velocidade Característica do Vento:
vk = vo . s1 . s2 . s3
Sendo:
vo = Velocidade Básica (m/s);;
s1 = Fator Topográfico;;
s2 = Fator de Rugosidade e Dimensão;;
s3 = Fator Estatístico.
(a.2) Velocidade Básica do Vento (vo):
A velocidade básica do vento deve ser encontrada no mapa de isopletas no
Brasil, da norma de ventos NBR6123:1988, (Figura 8.15).
148
Vo (em m/s) = Máxima velocidade média medida sobre 3s, que pode ser excedida em média uma vez
em 50 anos, a 10m sobre o nível do terreno em lugar aberto e plano.
Figura 8.15 – Mapa de isopletas da velocidade básica do vento (Vo)
(NBR6123:1998)
(a.3) Fator Topográfico (s1):
O valor do fator topográfico (S1) pode ser encontrado na Figura 8.16.
Figura 8.16 – Fator Topográfico (s1)
(a.4) Fator de Rugosidade e Dimensão (s2):
O valor do fator de rugosidade e dimensão (S2), juntamente com a classe e a
categoria da edificação, pode ser encontrado na Figura 8.17.
149
Figura 8.17 – Fator de Rugosidade e Dimensão (S2) (z = H/2)
(a.4) Fator Estatístico (s3):
O valor do fator estatístico (S3) pode ser encontrado na Tabela 8.1.
Tabela 8.1 – Fator Estatístico (S3)
Descrição S3
Edificações cuja ruína total ou parcial pode afetar a segurança ou 1,10
possibilidade de socorro a pessoas após uma tempestade destrutiva
(hospitais, quartéis de bombeiros e de forças de segurança, centrais de
comunicação, etc.)
Edificações para hotéis e residências. Edificações para comércio e indústria 1,00
com alto fator de ocupação
Edificações e instalações industriais com baixo fator de ocupação 0,95
(depósitos, silos, construções rurais, etc.)
Vedações (telhas, vidros, painéis de vedação, etc.) 0,88
Edificações temporárias. 0,83
(a.5) Coeficiente de Arrastro (Ca):
O valor do coeficiente de arrastro (Ca) pode ser encontrado nos ábacos da
Figura 8.18. Utiliza-se o ábaco de Baixa Turbulência quando a edificação for de
categoria I, II ou III. Utiliza-se o ábaco de Alta Turbulência quando a edificação for
de categoria IV ou V.
150
Figura 8.18 - Coeficiente de Arrastro (Ca) para Baixa e para Alta Turbulência
EXEMPLO RESOLVIDO:
Obs1: Considerando a edificação residencial em uma cidade média/grande com
muitas edificações (Categoria V), em terreno plano, no estado do Ceará.
Obs2: Como o prédio é simétrico (10 m x 10 m), considerou-se a análise do vento
no eixo X igual ao vento no eixo Y. As excentricidades calculadas abaixo, tanto
devem ser aplicadas ao eixo X quanto ao eixo Y.
Vo = 30 m/s
S1 = 1,0
S2 = 0,74 (Categoria V e Classe A – para z = 15/2 = 7,5m)
S3 = 1,0
Ca = 0,94 (l1/l2 =1,0 e h/l1 = 1,5) (Categoria IV ou V – ábaco de alta turbulência)
vk = vo . s1 . s2 . s3 = 30 . 1,0 . 0,74 . 1,0 = 22,2 m/s
qw = Ca . [0,613 . (vk)2] = 0,94 . [0,613 . (22,2)2] = 283,98 N/m2
Mvento, k = (qw . Ae . H/2) / (no pilares) = (283,98N/m2 . 10m . 15m . 7,5m)/(9 pilares)
Mvento, k = 35497,5 Nm = 35,50 kNm
Pilar de Canto P1 è evento, 1a ordem = Mvento, k / Nk = (Mvento, k . 1,4) / Nd
evento, 1a ordem = 35,50 kNm / 266,83 kN = 0,133 m = 13,3 cm
Pilar de Extremidade P2 è evento, 1a ordem = Mvento, k / Nk = (Mvento, k . 1,4) / Nd
evento, 1a ordem = 35,50 kNm / 661,73 kN = 0,054 m = 5,4 cm
Pilar Intermediário P5 è evento, 1a ordem = Mvento, k / Nk = (Mvento, k . 1,4) / Nd
151
evento, 1a ordem = 35,50 kNm / 1673,08 kN = 0,021 m = 2,1 cm
Comentário: O livro “ABNT NBR 6118:2014 Comentários e Exemplos de Aplicação”,
escrito pelo Comitê Técnico CT 301 Projeto de Estruturas de Concreto, traz um
exemplo onde os esforços do vento são divididos igualmente pela quantidade de
pilares. Esse detalhe faz com que os pilares menos carregados tenham maior
excentricidade. Assim como foi feito nesse exemplo resolvido. Talvez o mais
racional fosse dividir esses esforços de maneira proporcional a rigidez de cada pilar.
(b) Efeitos de 2a Ordem do Vento:
As ações verticais atuando quando o vento desloca horizontalmente a
edificação causam os efeitos de 2a ordem (Figura 8.19). Esses efeitos de 2a ordem
majoram os momentos fletores nos pilares e, consequentemente, a excentricidade
devido ao vento também (evento, 1a ordem + evento, 2a ordem).
Figura 8.19 – Efeitos de 2a ordem do vento na edificação
EXEMPLO RESOLVIDO:
Obs1: Para essa análise, aproveitou-se os três alinhamentos de vigas no eixo X e
os três no eixo Y criando-se três pórticos no eixo X e três no eixo Y. A pressão
média do vento (qw) na face do prédio foi dividida proporcionalmente para os
pórticos através das áreas de influência (Figura 8.20).
Obs2: As cargas características usadas são apresentadas na Tabela 8.2.
Tabela 8.2 – cargas características
Carga característica por andar Carga característica na
Descrição:
aplicado sobre o pilar: base do pilar:
Pilar de Canto - P1 22,97 kN + 22,97 kN = 45,94 kN 266,83 kN
Pilar de Extremidade – P2 48,34 kN + 76,58 kN = 124,92 kN 661,73 kN
Pilar Intermediário – P5 161,12 kN + 161,12 kN = 322,24 kN 1673,08 kN
152
Figura 8.20 – Deslocamentos dos pórticos
Pilar de Canto P1:
Eixo X è Mvento, k = 45,94 kN . (0,339 + 0,319 + 0,269 + 0,188 + 0,083)/100 m = 0,55
kN.m
Eixo Y è Mvento, k = 45,94 kN . (0,339 + 0,319 + 0,269 + 0,188 + 0,083)/100 m = 0,55
kN.m
Eixo X è evento, 2a ordem = Mvento, k / Nk = 0,55 / 266,83 = 0,0021 m = 0,21 cm
Eixo Y è evento, 2a ordem = Mvento, k / Nk = 0,55 / 266,83 = 0,0021 m = 0,21 cm
Pilar de Extremidade P2:
Eixo X è Mvento, k = 124,92 kN . (0,339 + 0,319 + 0,269 + 0,188 + 0,083)/100 m =
1,50 kN.m
Eixo Y è Mvento, k = 124,92 kN . (0,513 + 0,473 + 0,390 + 0,261 + 0,106)/100 m =
2,18 kN.m
Eixo X è evento, 2a ordem = Mvento, k / Nk = 1,50 / 661,73 = 0,0023 m = 0,23 cm
Eixo Y è evento, 2a ordem = Mvento, k / Nk = 2,18 / 661,73 = 0,0033 m = 0,33 cm
Pilar de Extremidade P5:
Eixo X è Mvento, k = 322,24 kN . (0,610 + 0,571 + 0,479 + 0,332 + 0,144)/100 m =
6,88 kN.m
Eixo Y è Mvento, k = 322,24 kN . (0,513 + 0,473 + 0,390 + 0,261 + 0,106)/100 m =
5,62 kN.m
153
Eixo X è evento, 2a ordem = Mvento, k / Nk = 6,88 / 1673,08 = 0,0041 m = 0,41 cm
Eixo Y è evento, 2a ordem = Mvento, k / Nk = 5,62 / 1673,08 = 0,0034 m = 0,34 cm
8.4.2. ESTRUTURAS DE NÓS FIXOS E ESTRUTURAS DE NÓS MÓVEIS
São consideradas estruturas de nós fixos as estruturas mais rígidas onde os
efeitos de 2a ordem podem ser desprezados para o cálculo dos pilares. Pilares onde
se consideram apenas os efeitos de 1a ordem do vento são denominados pilares
contraventados. Em estruturas de nós fixos, todos os pilares são contraventados
(Figura 8.21).
São consideradas estruturas de nós móveis as estruturas mais flexíveis onde
os efeitos de 2a ordem não podem ser desprezados no cálculo dos pilares. Pilares
onde se consideram os efeitos de 1a ordem e de 2a ordem do vento são
denominados de pilares de contraventamento. Em estruturas de nós móveis,
obrigatoriamente devem existir pilares de contraventamento (Figura 8.21).
A NBR 6118:2014 sugere o uso do Parâmetro a ou do Coeficiente gz para
determinação se a estrutura é de nós fixos ou de nós móveis. A escolha do uso do
Parâmetro a ou do Coeficiente gz fica a critério do engenheiro. Sendo o uso do
coeficiente gz exclusivamente para prédios de no mínimo 4 andares. A NBR
6118:2014 considera a estrutura de nós fixos quando a < a1 ou quando gz £ 1,1. Nos
demais caso, a estrutura é considerada de nós móveis. Porém, vale ressaltar que no
cálculo de um pilar pode acontecer da análise no eixo x indicar ser estrutura de nós
fixos e no eixo y ser estrutura de nós móveis, ou vice-versa. Isso pode ocorrer
porque tanto o cálculo da força do vento quanto o cálculo da rigidez da edificação do
eixo x e do eixo y são independentes.
Figura 8.21 – Estruturas de nós fixos e nós móveis
154
Observações Importantes:
* O calculista pode optar pela análise via Parâmetro a ou via Coeficiente gz. A mais
utilizada pelos programas de cálculo estrutural é o Coeficiente gz.
* No caso de Nós Fixos, as vigas e pilares podem ser dimensionadas isoladamente.
No caso de Nós Móveis, os cálculos das vigas e pilares devem ser constratadas
com o cálculo dos pórticos, onde pode aparecer esforço cortante em pilares e
esforço normal em vigas. Esses esforços devem ser considerados no projeto. Outra
opção seria considerar o Processo Iterativo P-Delta (Figura 8.22).
* A NBR6118:2014 obriga o uso dos efeitos de 2a ordem locais e globais para
estruturas de Nós Móveis: “Na análise estrutural de estruturas de nós móveis,
devem ser obrigatoriamente considerados os efeitos da não-linearidade geométrica
e da não-linearidade física, e no dimensionamento devem ser obrigatoriamente
considerados os efeitos globais e locais de 2a ordem”.
Figura 8.22 – Processo P-Delta para edificações de nós móveis
(A) Parâmetro a:
O parâmetro a da NBR6118:2014 é utilizado para identificar se a edificações
é de nós fixos ou nós móveis. Nessa análise, correlaciona-se o pórtico sob flexão
com um pilar único de rigidez Ecs.Ic adaptada também sob flexão (Figura 8.23).
155
Figura 8.23 – Correlação do pórtico com o pilar para o parâmetro a
EXEMPLO RESOLVIDO:
Considerando o carregamento total vertical da edificação (Nk) como a soma dos
pesos dos pavimentos acumulados:
Nk = (4 pav + 1 forro) . [(45,94 kN . 4 repetições) + (124,92 kN . 4 repetições) +
(322,24 kN . 1 repetição)]
Nk = 5 . [183,76 kN + 499,68 kN + 322,24 kN]
Nk = 5028,4 kN
H = 15 m
aE = 1,0 (brita granito) è Eci = aE . 5600 . (fck)1/2 = 1,0 . 5600 . (30)1/2 = 30672,46
MPa
ai = 0,8 + 0,2 . fck/80 £ 1,0 è ai = 0,875 è Ecs = ai . Eci = 0,875 . 30672,46 =
26838,40 MPa
(a) Análise no eixo X:
d = (dpórtico 1 + dpórtico 2 + dpórtico 3)/3 = (4,31.10-4 + 3,76.10-4 + 4,31.10-4)/3 = 4,13.10-4m
Ic = F.H3/(3.Ecs.d) = 1000 N.(15 m)3 / (3.26838,40.106 N/m2.4,13.10-4m) = 0,1015 m4
a = H . [Nk / (Ecs . Ic)]1/2 = 15 m . [5028,4.103 N / (26838,40.106 N/m2.0,1015 m4)]1/2
a = 0,64
a1 = 0,6 (4 andares)
a > a1 (Nós Móveis)
156
Nesse caso, todos ou alguns dos pilares, no eixo X, deverão ser analisados
como Pilares de Contraventamento. O efeito de 2a ordem do vento deve ser
considerado para esses pilares.
(b) Análise no eixo Y:
d = (dpórtico 1 + dpórtico 2 + dpórtico 3)/3 = (4,31.10-4 + 3,08.10-4 + 4,31.10-4)/3 = 3,90.10-4m
Ic = F.H3/(3.Ecs.d) = 1000 N.(15 m)3 / (3.26838,40.106 N/m2.3,90.10-4m) = 0,1075 m4
a = H . [Nk / (Ecs . Ic)]1/2 = 15 m . [5028,4 . 103 N / (26838,40 . 106 N/m2 . 0,1075
m4)]1/2
a = 0,63
a1 = 0,6 (4 andares)
a > a1 (Nós Móveis)
Nesse caso, todos ou alguns dos pilares, no eixo Y, deverão ser analisados
como Pilares de Contraventamento. O efeito de 2a ordem do vento deve ser
considerado para esses pilares.
(B) Coeficiente gz:
O coeficiente gz da NBR6118:2014 é utilizado para identificar se a edificações
é de nós fixos ou nós móveis. A norma ressalta que essa análise só é válida para
edificações de no mínimo 4 andares.
1 ≤ 1,1
(𝑁ó𝑠
𝐹𝑖𝑥𝑜𝑠)
𝛾} =
Δ𝑀#T#,= > 1,1
(𝑁ó𝑠
𝑀ó𝑣𝑒𝑖𝑠)
1 −
𝑀B,#T#,=
Sendo:
M1,tot,d = Momento de tombamento. Em outras palavras, seria o momento devido às
cargas horizontais de vento. Somente efeitos de 1a ordem.
ΔMtot,d = Soma dos produtos de todas as forças verticais atuantes na estrutura, na
combinação considerada, com seus valores de cálculo, pelos deslocamentos
horizontais de seus respectivos pontos de aplicação , obtidos na análise de 1ª
ordem. Em outras palavras, seria o momento de 2ª ordem das cargas verticais em
relação os deslocamentos provocados pelas cargas horizontais de vento.
EXEMPLO RESOLVIDO:
(a) Análise no eixo X:
M1,tot,d = 1,4 . qw . Ae . H/2 = 1,4 . 283,98N/m2 . (10m . 15m) . 7,5m
M1,tot,d = 447268,5 Nm = 447,27 kNm
157
Obs1: As cargas característica do P1=P3=P7=P9, do P2=P4=P6=P8 e do P5 em
cada andar foram consideradas 45,94 kN, 124,92 kN e 322,24 kN, respectivamente,
como demostradas anteriormente no cálculo das cargas verticais.
Obs2: Os deslocamentos horizontais foram estimados através da média dos
deslocamentos de cada um dos três pórticos considerados anteriormente.
Nk, Forro = ... = Nk, 1o Pav = (45,94 kN . 4 repetições) + (124,92 kN . 4 repetições) +
(322,24 kN . 1 repetição)
Nk, Forro = ... = Nk, 1o Pav = 1005,68 kN
dForro = (0,339+0,610+0,339)/3 = 0,429 cm
d4o Pav = (0,319+0,571+0,319)/3 = 0,403 cm
d3o Pav = (0,269+0,479+0,269)/3 = 0,339 cm
d2o Pav = (0,188+0,332+0,188)/3 = 0,236 cm
d1o Pav = (0,083+0,144+0,083)/3 = 0,103 cm
DMtot, d = 1,4 . [ (Nk, Forro . dForro) + (Nk, 4o Pav . d4o Pav) + (Nk, 3o Pav . d3o Pav) + (Nk, 2o Pav .
d2o Pav) + (Nk, 1o Pav . d1o Pav)]
DMtot, d = 1,4 . [ (1005,68 . 0,429/100) + (1005,68 . 0,403/100) + (1005,68 .
0,339/100) + (1005,68 . 0,236/100) + (1005,68 . 0,103/100)] = 21,26 kNm
1
𝛾} =
= 1,05 ≤ 1,1
(𝑁ó𝑠
𝐹𝑖𝑥𝑜𝑠)
21,26
1 −
447,27
Nesse caso, todos os pilares, no eixo X, serão analisados como Pilares
Contraventados. O efeito de 2a ordem do vento pode ser desprezado.
(b) Análise no eixo Y:
M1,tot,d = 1,4 . qw . Ae . H/2 = 1,4 . 283,98N/m2 . (10m . 15m) . 7,5m
M1,tot,d = 447268,5 Nm = 447,27 kNm
Obs1: As cargas característica do P1=P3=P7=P9, do P2=P4=P6=P8 e do P5 em
cada andar foram consideradas 45,94 kN, 124,92 kN e 322,24 kN, respectivamente,
como demostradas anteriormente no cálculo das cargas verticais.
Obs2: Os deslocamentos horizontais foram estimados através da média dos
deslocamentos de cada um dos três pórticos considerados anteriormente.
Nk, Forro = ... = Nk, 1o Pav = (45,94 kN . 4 repetições) + (124,92 kN . 4 repetições) +
(322,24 kN . 1 repetição)
Nk, Forro = ... = Nk, 1o Pav = 1005,68 kN
dForro = (0,339+0,513+0,339)/3 = 0,397 cm
d4o Pav = (0,319+0,473+0,319)/3 = 0,370 cm
d3o Pav = (0,269+0,390+0,269)/3 = 0,309 cm
d2o Pav = (0,188+0,261+0,188)/3 = 0,212 cm
158
d1o Pav = (0,083+0,106+0,083)/3 = 0,091 cm
DMtot, d = 1,4 . [ (Nk, Forro . dForro) + (Nk, 4o Pav . d4o Pav) + (Nk, 3o Pav . d3o Pav) + (Nk, 2o Pav .
d2o Pav) + (Nk, 1o Pav . d1o Pav)]
DMtot, d = 1,4 . [ (1005,68 . 0,397/100) + (1005,68 . 0,370/100) + (1005,68 .
0,309/100) + (1005,68 . 0,212/100) + (1005,68 . 0,091/100)] = 19,42 kNm
1
𝛾} =
= 1,05
≤ 1,1
(𝑁ó𝑠
𝐹𝑖𝑥𝑜𝑠)
19,42
1 −
447,27
Nesse caso, todos os pilares, no eixo Y, serão analisados como Pilares
Contraventados. O efeito de 2a ordem do vento pode ser desprezado.
8.4.3. IMPERFEIÇÕES GEOMÉTRICAS
O desaprumo da edificação é resultado de imperfeições geométricas globais.
A Figura 8.24 ilustra como devem ser calculados os efeitos de imperfeições
geométricas globais em uma edificação.
Figura 8.24 – Imperfeições Geométricas Globais
EXEMPLO RESOLVIDO:
(a) Análise no eixo X = eixo Y:
1
1 1 ≥ θBªí’ = = 𝟎, 𝟎𝟎𝟑𝟑
θB =
=
= 0,0026 300
100
H 100
15
m 1
≤ θBªá® = = 0,0050
200
1 + 1/𝑛 1 + 1/3
θ¯ = θB
= 0,0033
= 𝟎, 𝟎𝟎𝟐𝟕
2 2
159
O desaprumo no CG do prédio è DCG = (H/2).qa = (7,5 m).0,0027 = 0,0203m = 2,03
cm
Peso de todos os pavimentos è Nk,total = 1005,68 kN . 5 repetições = 5028,40 kN
MImp. Geom., k = Nk,total . DCG / (no pilares) = 5028,40kN . 0,0203m / 9 pilares = 11,34
kNm
Pilar de Canto P1 è eImp. Geom. = MImp. Geom., k / Nk = (MImp. Geom., k . 1,4) / Nd
eImp. Geom. = 11,34 kNm / 266,83 kN = 0,042 m = 4,2 cm
Pilar de Extremidade P2 è eImp. Geom. = MImp. Geom., k / Nk = (MImp. Geom., k . 1,4) / Nd
eImp. Geom. = 11,34 kNm / 661,73 kN = 0,017 m = 1,7 cm
Pilar Intermediário P5 è eImp. Geom. = MImp. Geom., k / Nk = (MImp. Geom., k . 1,4) / Nd
eImp. Geom. = 11,34 kNm / 1673,08 kN = 0,007 m = 0,7 cm
8.4.4. RELAÇÃO VENTO – DESAPRUMO
A NBR6118:2014 recomenda que a consideração das ações de vento e
desaprumo deve ser realizada de acordo com as seguintes possibilidades:
(a) Se 30% . MVento, k > MImp. Geom., k è Considerar só MVento, k (evento);;
(b) Se 30% . MImp. Geom., k > MVento, k è Considerar só MImp. Geom., k (eImp. Geom.);;
(c) Nos demais casos è Considerar a combinação de vento e desaprumo sem
necessidade da consideração do q1mín no cálculo do qa das Imperfeições
Geométricas.
EXEMPLO RESOLVIDO:
(a) Análise no eixo X = eixo Y:
Mvento, k = 35,50 kNm
MImp. Geom., k = 11,34 kNm
30% . Mvento, k = 10,65 kNm > MImp. Geom., k = 11,34 kNm (Não Ok)
OBS: Deve-se usar a combinação do Vento e do Desaprumo, sem a necessidade
do uso do q1mín. Porém, como a diferença é pequena e fica a favor da segurança, as
Imperfeições Geométricas não foram recalculadas. Os esforços calculados foram
mantidos.
Pilar de Canto P1 (Eixo X)
e1G = eImp. Geom. + evento, 1a ordem = 4,2 cm + 13,3 cm = 17,5 cm
e2G = evento, 2a ordem = 0 (Coeficiente gz permite desprezar os efeitos de 2a ordem)
Pilar de Canto P1 (Eixo Y)
e1G = eImp. Geom. + evento, 1a ordem = 4,2 cm + 13,3 cm = 17,5 cm
e2G = evento, 2a ordem = 0 (Coeficiente gz permite desprezar os efeitos de 2a ordem)
Pilar de Extremidade P2 (Eixo X)
e1G = eImp. Geom. + evento, 1a ordem = 1,7 cm + 5,4 cm = 7,1 cm
160
e2G = evento, 2a ordem = 0 (Coeficiente gz permite desprezar os efeitos de 2a ordem)
Pilar de Extremidade P2 (Eixo Y)
e1G = eImp. Geom. + evento, 1a ordem = 1,7 cm + 5,4 cm = 7,1 cm
e2G = evento, 2a ordem = 0 (Coeficiente gz permite desprezar os efeitos de 2a ordem)
Pilar Intermediário P5 (Eixo X)
e1G = eImp. Geom. + evento, 1a ordem = 0,7 cm + 2,1 cm = 2,8 cm
e2G = evento, 2a ordem = 0 (Coeficiente gz permite desprezar os efeitos de 2a ordem)
Pilar Intermediário P5 (Eixo Y)
e1G = eImp. Geom. + evento, 1a ordem = 0,7 cm + 2,1 cm = 2,8 cm
e2G = evento, 2a ordem = 0 (Coeficiente gz permite desprezar os efeitos de 2a ordem)
8.5. EFEITOS LOCAIS NA EDIFICAÇÃO
8.5.1. COMPRIMENTO DE FLAMBAGEM
A NBR6118:2014 considera somente dois tipos de pilares: “Engastado e livre”
e “Biarticulado”. Os demais modelos físicos devem ser encaixados nesses dois,
conforme escolha do engenheiro calculista. O comprimento de flambagem do pilar
deve ser encontrado conforme apresentado na Figura 8.25.
Figura 8.25 – Comprimento de flambagem em relação a um determinado eixo
Sendo:
l = o comprimento de eixo a eixo de viga;;
lo = o comprimento de fundo a topo de viga;;
h = a largura da seção do pilar no eixo analisado.
EXEMPLO RESOLVIDO:
Considerando as dimensões do exemplo que vem sendo resolvido dos
pilares P1, P2 e P3, encontram-se os comprimentos de flambagem apresentados na
Figura 8.26.
161
Figura 8.26- Comprimentos de flambagem dos Pilares P1, P2 e P5
8.5.2. IMPERFEIÇÕES GEOMÉTRICAS
Analisam-se as imperfeições geométricas locais em duas seções distintas:
nos topos e a meia altura (Figura 8.27).
Figura 8.27 – Imperfeições geométricas Locais
O cálculo do Momento Fletor das Imperfeições Geométricas Locais em um
pilar em um determinado andar pode ser feito como demonstrado abaixo.
µ&[SK
& ,
¶'=SK
E
𝑀²-0
³JT-
´T"S&. = 𝑉&E
𝑒S
162
1 𝑙J
𝑃𝑎𝑟𝑎
𝑠𝑒çã𝑜
𝑛𝑜𝑠
𝑡𝑜𝑝𝑜𝑠
⟹
𝑒S = 𝐻&
. 𝜃B = 𝑙J
. =
200 200
𝐻& 𝑙J 1 𝑙J
𝑃𝑎𝑟𝑎
𝑠𝑒çã𝑜
𝑎
𝑚𝑒𝑖𝑎
𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎
⟹
𝑒S =
. 𝜃B =
. =
2 2 200 400
Onde:
q1mín = 1/300 para estruturas reticuladas e imperfeições locais;;
q1máx = 1/200;;
Hi é a altura total do andar;;
Vij é a reação de apoio resistidas pelo Pilar i no andar j;;
ea é a excentricidade das imperfeições geométricas locais, ou como antes o
denominavam, excentricidade acidental;;
le é o comprimento de flambagem do pilar.
EXEMPLO RESOLVIDO:
Pilar de Canto P1 (Eixo X)
Seção 1 = Seção 3 è ea = le/200 = 280/200 = 1,40 cm
Seção 2 è ea = le/400 = 280/400 = 0,70 cm
Pilar de Canto P1 (Eixo Y)
Seção 1 = Seção 3 è ea = le/200 = 280/200 = 1,40 cm
Seção 2 è ea = le/400 = 280/400 = 0,70 cm
Pilar de Extremidade P2 (Eixo X)
Seção 1 = Seção 3 è ea = le/200 = 280/200 = 1,40 cm
Seção 2 è ea = le/400 = 280/400 = 0,70 cm
Pilar de Extremidade P2 (Eixo Y)
Seção 1 = Seção 3 è ea = le/200 = 280/200 = 1,40 cm
Seção 2 è ea = le/400 = 280/400 = 0,70 cm
Pilar Intermediário P5 (Eixo X)
Seção 1 = Seção 3 è ea = le/200 = 280/200 = 1,40 cm
Seção 2 è ea = le/400 = 280/400 = 0,70 cm
Pilar Intermediário P5 (Eixo Y)
Seção 1 = Seção 3 è ea = le/200 = 300/200 = 1,50 cm
Seção 2 è ea = le/400 = 300/400 = 0,75 cm
8.5.3. TRANSFERÊNCIA DE MOMENTO DE VIGA PARA PILAR
As vigas que terminam em pilares utilizam uma armadura sobre o apoio.
Essa ligação entre o pilar e a viga com essa armadura formam uma ligação que
nem é articulada nem é rígida. Seria uma ligação semi-rígida, onde parte de
momento na viga é transmitida para o pilar conforme mostrado a seguir. A Figura
8.28 mostra o equilíbrio desses esforços na ligação juntamente com a deformada do
pórtico.
163
(a) Equilíbrio dos esforços no nó (b) Deformada da edificação sujeita aos esforços
de transferência de momento de viga para pilar
Figura 8.28 – Transferência de momento de viga para pilar
A transferência do momento da viga para o pilar é calculada de acordo com a
Figura 8.29.
Figura 8.29 – Transferência de momento de viga para pilar
Encontrados os momentos nos topos do pilar (Seção 1 e Seção 3) e na
seção a meia altura (Seção 2), podem-se correlacionar com as excentricidades
conforme mostra a Figura 8.30.
164
Figura 8.30 – Momentos e excentricidades iniciais
EXEMPLO RESOLVIDO:
As Figuras 8.31 e 8.32 apresentam os momentos e as excentricidades para
as Seções 1 e 3 dos pilares de canto e de extremidade, respectivamente.
(a) Pilar de Canto – P1
Figura 8.31 – Transferência de momentos para o pilar P1
165
Tanto para o Eixo X quanto para o Eixo Y, tem-se:
𝑒 = 𝟐, 𝟖𝟐
𝒄𝒎
𝑆𝑒çã𝑜
1 = 𝑆𝑒çã𝑜
3
:
𝑒& ≥
&S
𝑒&Â = −0,33
𝑐𝑚
0,6
.
𝑒&S + 0,4
.
𝑒&Â =
0,6
.
2,82 + 0,4
.
−0,33 = 𝟏, 𝟓𝟔
𝒄𝒎
𝑆𝑒çã𝑜
2
:
𝑒& ≥
0,4
.
𝑒&S =
0,4
.
2,82 =
1,13
𝑐𝑚
(b) Pilar de Extremidade – P2
Figura 8.32 – Transferência de momentos para o pilar P2
Para o Eixo X, não há viga terminando no pilar, então ei = 0. Para o Eixo Y, tem-se:
𝑒 = 𝟐, 𝟒𝟎
𝒄𝒎
𝑆𝑒çã𝑜
1 = 𝑆𝑒çã𝑜
3
:
𝑒& ≥
&S
𝑒&Â = −0,13
𝑐𝑚
0,6
.
𝑒&S + 0,4
.
𝑒&Â =
0,6
.
2,40 + 0,4
.
−0,13 = 𝟏, 𝟑𝟗
𝒄𝒎
𝑆𝑒çã𝑜
2
:
𝑒& ≥
0,4
.
𝑒&S =
0,4
.
2,40 =
0,96
𝑐𝑚
(c) Pilar Intermediário – P5
Tanto para o Eixo X quanto para o Eixo Y, não há viga terminando no pilar, então ei
= 0.
8.5.4. VIGAS APOIADAS NOS PILARES FORA DE EIXO
Dependendo do projeto arquitetônico, frequentemente não é possível fazer
com que os eixos de vigas e pilares sejam coincidentes. Nesse caso, geralmente, os
166
calculistas lançam a estrutura de maneira que uma face das vigas se alinhem com
uma face dos pilares. Isso facilita muito a execução da obra.
Essa excentricidade entre o eixo da viga e do pilar pode gerar momento fletor
que, em alguns casos, devem ser considerados no dimensionamento de pilares. Em
outros casos, esse momento fletor pode ser desprezado, considerando que esse
esforço foi absorvido pelo travamento do pilar por outras vigas e lajes (Figura 8.33).
Figura 8.33 – Vigas apoiadas em pilares fora de eixo
EXEMPLO RESOLVIDO:
(a) Pilar de Canto – P1
Tanto para o Eixo X quanto para o Eixo Y, as vigas e lajes absorvem as
excentricidades de forma. Essa excentricidade será desprezada. ef = 0
(b) Pilar de Extremidade – P2
Tanto para o Eixo X quanto para o Eixo Y, as vigas e lajes absorvem as
excentricidades de forma. Essa excentricidade será desprezada. ef = 0
(c) Pilar Intermediário – P5
Tanto para o Eixo X quanto para o Eixo Y, as vigas não estão fora do eixo do pilar.
ef = 0
8.5.5. MOMENTO DE 1a ORDEM MÍNIMO
Os momentos devido à excentricidade de imperfeição geométrica, devido à
excentricidade inicial e devido à excentricidade de forma são momentos de 1a
ordem local (Figura 8.34).
A NBR6118:2014 obriga que os Momentos de 1a Ordem Locais sejam
maiores ou iguais ao Momento de 1a Ordem Mínimo (M1d, mín).
167
Figura 8.34 – Momento de 1a ordem mínimo, Excentricidade de 1a ordem
mínima e Excentricidade de 1a ordem
Onde:
h é a altura total da seção transversal na direção considerada;;
Nd é o esforço normal de projeto;;
e1, mín é a excentricidade de 1a ordem mínima.
A NBR6118:2014, recomenda para pilares retangulares definir uma envoltória
mínima de 1a ordem, tomada a favor da segurança, de acordo com a Figura 8.35.
Nesse caso, a verificação do momento mínimo pode ser considerada atendida
quando, no dimensionamento adotado, obtém-se uma envoltória resistente que
englobe a envoltória mínima de 1a ordem.
Figura 8.35 – Envoltória mínima de 1a ordem (NBR6118:2014)
168
EXEMPLO RESOLVIDO:
(a) Pilar de Canto – P1
Seção 1 = Seção 3 (Eixo X)
e1L = ea + ei + ef = 1,40 + 2,82 + 0 = 4,22 cm
è e1L = 4,22 cm
e1,mín = 1,5 + 0,03 h = 1,5 + 0,03 . 30 = 2,40 cm
Seção 2 (Eixo X)
e1L = ea + ei + ef = 0,70 + 1,56 + 0 = 2,26 cm
è e1L = 2,40 cm
e1,mín = 1,5 + 0,03 h = 1,5 + 0,03 . 30 = 2,40 cm
Seção 1 = Seção 3 (Eixo Y)
e1L = ea + ei + ef = 1,40 + 2,82 + 0 = 4,22 cm
è e1L = 4,22 cm
e1,mín = 1,5 + 0,03 h = 1,5 + 0,03 . 30 = 2,40 cm
Seção 2 (Eixo Y)
e1L = ea + ei + ef = 0,70 + 1,56 + 0 = 2,26 cm
è e1L = 2,40 cm
e1,mín = 1,5 + 0,03 h = 1,5 + 0,03 . 30 = 2,40 cm
(b) Pilar de Extremidade – P2
Seção 1 = Seção 3 (Eixo X)
e1L = ea + ei + ef = 1,40 + 2,40 + 0 = 3,80 cm
è e1L = 3,80 cm
e1,mín = 1,5 + 0,03 h = 1,5 + 0,03 . 30 = 2,40 cm
Seção 2 (Eixo X)
e1L = ea + ei + ef = 0,70 + 1,39 + 0 = 2,09 cm
è e1L = 2,40 cm
e1,mín = 1,5 + 0,03 h = 1,5 + 0,03 . 30 = 2,40 cm
Seção 1 = Seção 3 (Eixo Y)
e1L = ea + ei + ef = 1,40 + 2,40 + 0 = 3,80 cm
è e1L = 3,80 cm
e1,mín = 1,5 + 0,03 h = 1,5 + 0,03 . 30 = 2,40 cm
Seção 2 (Eixo Y)
e1L = ea + ei + ef = 0,70 + 1,39 + 0 = 2,09 cm
è e1L = 2,40 cm
e1,mín = 1,5 + 0,03 h = 1,5 + 0,03 . 30 = 2,40 cm
(c) Pilar Intermediário – P5
Seção 1 = Seção 3 (Eixo X)
e1L = ea + ei + ef = 1,40 + 0 + 0 = 1,40 cm
è e1L = 2,40 cm
e1,mín = 1,5 + 0,03 h = 1,5 + 0,03 . 30 = 2,40 cm
Seção 2 (Eixo X)
e1L = ea + ei + ef = 0,70 + 0 + 0 = 0,70 cm
è e1L = 2,40 cm
e1,mín = 1,5 + 0,03 h = 1,5 + 0,03 . 30 = 2,40 cm
Seção 1 = Seção 3 (Eixo Y)
e1L = ea + ei + ef = 1,50 + 0 + 0 = 1,50 cm è e1L = 3,00 cm
169
e1,mín = 1,5 + 0,03 h = 1,5 + 0,03 . 50 = 3,00 cm
Seção 2 (Eixo Y)
e1L = ea + ei + ef = 0,75 + 0 + 0 = 0,75 cm
è e1L = 3,00 cm
e1,mín = 1,5 + 0,03 h = 1,5 + 0,03 . 50 = 3,00 cm
8.5.6. ESBELTEZ
A esbeltez de um pilar para um determinado eixo é medido através de um
índice de esbeltez (l) que mede a facilidade que esse pilar tem de flambam.
Dependendo do índice de esbeltez, o pilar pode ser classificado como curto,
medianamente esbelto, esbelto e muito esbelto. Quanto mais esbelto for o pilar,
mais rigoroso deve ser seu cálculo para evitar uma ruptura por flambagem.
Índice de Esbeltez para pilares de seção qualquer:
𝑙J 𝑙J
𝜆 =
=
𝑖 𝐼
𝐴
Particularizando o índice de Esbeltez para pilares de seção retangular:
𝑙J 𝑙J 𝑙J 𝑙J 𝑙J
𝜆 =
=
=
=
=
3,46
𝑖 𝐼 𝑏
ℎ5 /
12 ℎ3 /
12 ℎ
𝐴 𝑏
ℎ
Particularizando o índice de Esbeltez para pilares de seção circular:
𝑙J 𝑙J 𝑙J 𝑙J 𝑙J
𝜆 =
=
=
=
=
4
𝑖 𝐼 𝑑 3 /
16 𝑑
𝜋
𝑑 Q /
64
𝐴
𝜋
𝑑 3 /
4
Os pilares podem ser classificados quanto a esbeltez da seguinte forma:
Pilar Curto ------------------------------------------------ l £ l1
Pilar Medianamente Esbelto ------------------------- l1 < l £ 90
Pilar Esbelto ---------------------------------------------- 90 < l £ 140
Pilar Muito Esbelto -------------------------------------- 140 < l £ 200
Sendo:
25 + 12,5𝑒B /ℎ
≥ 35
𝜆B =
∝Â
≤ 90
(i) Sendo ab, para pilares bi-apoiados sem cargas transversais:
𝑀Ë
≥ 0,40
∝Â = 0,60 + 0,40
𝑀¶
≤ 1,00
MA e MB são os momentos de 1a ordem nas extremidades do pilar, obtidos na
análise de 1a ordem no caso de estruturas de nós fixos e os momentos totais (1a
ordem + 2a ordem global) no caso de estruturas de nós móveis. Deve ser adotado
170
para MA o maior valor absoluto ao longo do pilar bi-apoiado e para MB o sinal
positivo, se tracionar na mesma face que MA, e negativo, em caso contrario.
(ii) Sendo ab, para pilares bi-apoiados com cargas transversais significativas
ao longo da altura:
∝Â = 1,00
(iii) Sendo ab, para pilares em balanço:
𝑀Ì
≥ 0,85
∝Â = 0,80 + 0,20
𝑀¶
≤ 1,00
MA é o momento de 1a ordem no engaste e MC é o momento de 1a ordem no
meio do pilar em balanço.
(iv) Sendo ab, para pilares bi-apoiados ou em balanço com momentos
menores que o momento mínimo estabelecido pela NBR6118:2014 - M1d, mín = Nd
(0,015 + 0,03 h):
∝Â = 1,00
EXEMPLO RESOLVIDO:
A verificação da esbeltez do pilar se torna necessário, para estruturas de nós
fixos, somente na Seção 2, porque nas Seções 1 e 3 os nós são fixos (e2L = 0).
Na verificação para a Seção 2, caso a classificação for de Pilar Curto (l £ l1),
a NBR6118:2014 também permite que se despreze os efeitos de 2a ordem (e2L = 0).
(a) Pilar de Canto – P1
Seção 2 (Eixo X)
e1L < e1,mín è ab = 1,00
25 + 12,5𝑒B /ℎ 25 + 12,5
. 2,40
/30
≥ 𝟑𝟓
𝜆B =
= = 26
→
𝜆B =
35
∝Â 1,00
≤ 90
𝑙J 280
𝜆 =
3,46
=
3,46
= 32,29
ℎ 30
l £ l1 è Pilar Curto
Seção 2 (Eixo Y)
e1L < e1,mín è ab = 1,00
25 + 12,5𝑒B /ℎ 25 + 12,5
. 2,40
/30
≥ 𝟑𝟓
𝜆B =
= = 26
→
𝜆B =
35
∝Â 1,00
≤ 90
𝑙J 280
𝜆 =
3,46
=
3,46
= 32,29
ℎ 30
l £ l1 è Pilar Curto
(b) Pilar de Extremidade – P2
Seção 2 (Eixo X)
e1L < e1,mín è ab = 1,00
171
25 + 12,5𝑒B /ℎ 25 + 12,5
. 2,40
/30
≥ 𝟑𝟓
𝜆B =
= = 26
→
𝜆B =
35
∝Â 1,00
≤ 90
𝑙J 280
𝜆 =
3,46
=
3,46
= 32,29
ℎ 30
l £ l1 è Pilar Curto
Seção 2 (Eixo Y)
e1L < e1,mín è ab = 1,00
25 + 12,5𝑒B /ℎ 25 + 12,5
. 2,40
/30
≥ 𝟑𝟓
𝜆B =
= = 26
→
𝜆B =
35
∝Â 1,00
≤ 90
𝑙J 280
𝜆 =
3,46
=
3,46
= 32,29
ℎ 30
l £ l1 è Pilar Curto
(c) Pilar Intermediário – P5
Seção 2 (Eixo X)
e1L < e1,mín è ab = 1,00
25 + 12,5𝑒B /ℎ 25 + 12,5
. 2,40
/30
≥ 𝟑𝟓
𝜆B =
= = 26
→
𝜆B =
35
∝Â 1,00
≤ 90
𝑙J 280
𝜆 =
3,46
=
3,46
= 32,29
ℎ 30
l £ l1 è Pilar Curto
Seção 2 (Eixo Y)
e1L < e1,mín è ab = 1,00
25 + 12,5𝑒B /ℎ 25 + 12,5
. 3,00
/50
≥ 𝟑𝟓
𝜆B =
= = 25,75
→
𝜆B =
35
∝Â 1,00
≤ 90
𝑙J 300
𝜆 =
3,46
=
3,46
= 20,76
ℎ 50
l £ l1 è Pilar Curto
8.5.7. EFEITOS DE 2a ORDEM
A excentricidade de 2a ordem local pode ocorrer após um desequilíbrio em
pilares com índice de esbeltez l > l1 onde o eixo da Seção 2 não se alinharia com
as Seções 1 e 3, gerando assim um acréscimo do momento de 1a ordem. Pode-se
calcular esse efeito de 2a ordem através dos métodos a seguir.
(a) MÉTODO EXATO
O Método Exato é um roteiro numérico cuja análise não-linear de 2a ordem
com a discretização adequada do pilar, com a consideração da relação momento-
curvatura real em cada seção, e com a consideração da não-linearidade geométrica
de maneira não aproximada. A NBR6118:2014 obriga o uso desse método para
esbeltez l > 140.
(b) MÉTODOS APROXIMADOS
172
Os esforços locais de 2a ordem podem ser calculados por métodos
aproximados, como o do Pilar-Padrão e o do Pilar-Padrão Melhorado.
(b.1) MÉTODO DO PILAR PADRÃO COM CURVATURA APROXIMADA
Esse método pode ser empregado, somente para pilares com l £ 90, com
seção constante e com armadura simétrica e constante ao longo de seu eixo. A não
linearidade geométrica é considerada através de uma expressão aproximada,
supondo-se que a deformação da barra seja senoidal. A não-linearidade física é
considerada através de uma fórmula aproximada da curvatura da seção crítica.
O momento total local (1a+2a ordem locais) no pilar deve ser calculado pela
expressão:
𝑙J3 1
𝑀=,#T# =
𝛼Â
𝑀B=,¶ +
𝑁=
≥
𝑀B=,¶
10 𝑟
Sendo 1/r a curvatura na seção crítica calculada pela expressão aproximada:
1 0,005 0,005
=
≤
𝑟 ℎ
(𝜈 + 0,5) ℎ
Dessa maneira, o momento de 2 ordem local e a excentricidade de 2a ordem
a
173
𝛼Â
𝑀B=,¶
𝑀=,#T# =
≥
𝑀B=,¶
𝜆3
1 −
𝜅
120
𝜈
O valor da rigidez adimensional k pode ser estimada pela expressão:
𝑀j=,#T#
𝜅S0KTy = 32
1 + 5
𝜈
ℎ
𝑁=
Em um processo de dimensionamento, toma-se MRd,tot = MSd,tot. Em um
processo de verificação, onde a armadura é conhecida, MRd,tot é o momento
resistente calculado com essas armaduras e com Nd = NSd = NRd. As variáveis h, n,
M1d,A e ab são as mesmas definidas anteriormente. Normalmente, duas ou três
iterações já são suficiente quando se opta por um cálculo iterativo. Esse
procedimento recai na expressão abaixo.
3
𝐴
𝑀=,#T# + 𝐵
𝑀=,#T# + 𝐶 = 0
−𝐵 +
𝐵3 − 4𝐴𝐶
𝑀=,#T# =
2𝐴
Onde:
𝐴 = 5
ℎ;
𝑁=
𝑙J3
𝐵 =
ℎ3
𝑁= − − 5
ℎ
𝛼Â
𝑀B=,¶ ;
320
𝐶 =
−
𝑁= ℎ3
𝛼Â
𝑀B=,¶
(b.3) MÉTODO DO PILAR PADRÃO ACOPLADO A DIAGRAMAS M, N, 1/r
Esse método pode ser utilizado para determinação dos esforços de 2a ordem
em pilares com l £ 140. Nesse método, pode-se usar o método do pilar-padrão ou
pilar-padrão melhorado, utilizando-se para a curvatura da seção os valores obtidos
de diagramas M, N, 1/r específicos para o caso. Para o caso de l > 90, é obrigatória
a consideração dos efeitos da fluência.
(b.4) MÉTODO DO PILAR-PADRÃO PARA PILARES DE SEÇÃO RETANGULAR
SUBMETIDOS À FLEXÃO COMPOSTA OBLÍQUA
Quando a esbeltez de um pilar de seção retangular submetido à flexão
composta oblíqua for menor ou igual a 90 (l £ 90) nas duas direções principais,
podem ser aplicados os processos aproximados descritos nos itens anteriores,
simultaneamente, em cada uma das duas direções.
Uma vez obtida a distribuição de momentos totais, em cada direção, deve ser
verificada se a composição desses momentos solicitantes fica dentro da envoltória
de momentos resistentes para a armadura escolhida. Essa verificação da envoltória
pode ser realizada em três seções: nos topos (Seções 1 e 3) e em um ponto
intermediário (Seção 2) onde se admite atuar concomitantemente os momentos
Md,tot nas duas direções (x e y) (Figura 8.36).
174
Figura 8.36 – Envoltória mínima com 2a ordem (NBR6118:2014)
EXEMPLO RESOLVIDO:
Embora os pilares aqui analisados sejam Pilares Curtos e a NBR6118:2014
não obrigue o uso dos efeitos de 2a ordem locais para esse tipo de pilar, por
questões didáticas, aqui serão calculadas as excentricidades de 2a ordem do Pilar
Intermediário P5. Mas, posteriormente, esses valores não serão considerados no
dimensionamento do P5.
Observe na Figura 8.37 que as excentricidades de 2a ordem para as Seções
1 e 3 serão zero por se tratarem de nós fixos (indeslocáveis).
Figura 8.37 – Excentricidade de 2a ordem local nas seções S1, S2 e S3
Seção 2 (Eixo X)
N† 2342,31
.
105
νÒ =
=
= 𝟎, 𝟕𝟑 ≥ 0,5
Aƒ
fĠ 30
.
10x
0,30
. 0,50
.
1,4
l3Õ 0,005 2803 0,005
e3Ô =
=
= 𝟏, 𝟎𝟔
𝐜𝐦
10 νÒ + 0,5
h 10 0,73 + 0,5
30
Seção 2 (Eixo Y)
175
N† 2342,31
.
105
νÒ =
=
= 𝟎, 𝟕𝟑 ≥ 0,5
Aƒ
fĠ 30
.
10x
0,30
. 0,50
.
1,4
l3Õ 0,005 3003 0,005
e3Ô =
=
= 𝟎, 𝟕𝟑
𝐜𝐦
10 νÒ + 0,5
h 10 0,73 + 0,5
50
8.5.8. FLUÊNCIA
A fluência do concreto é o aumento de deformação com o tempo sob ação de
cargas ou tensões permanentes. Essa fluência em peças submetidas a cargas de
longa duração deve-se a migração das moléculas de água existentes na pasta
endurecida de cimento. E esse aumento de deformação em pilares acarretam
também aumento de excentricidades, dessa maneira, a NBR6118:2014 obriga que
se considere uma Excentricidade de Fluência (ecc ou ec) para pilares com índice de
esbeltez l > 90 (pilares esbeltos e muito esbeltos).
ØÙÚÛ
𝑀.? ÙÜ ~ÙÚÛ
𝑒" = 𝑒"" =
+ 𝑒S 2,718 − 1
𝑁.?
Onde:
10
𝐸"&
𝐼"
𝑁J =
𝑙J3
ea é excentricidade devido a imperfeições locais;;
Msg e Nsg são os esforços solicitantes devidos à combinação quase permanente;;
j é o coeficiente de fluência;;
Eci é o módulo de elasticidade inicial do concreto no instante t0;;
Ic é o momento de inércia da seção de concreto;;
le é o comprimento equivalente do pilar.
8.6. RECOMENDAÇÕES NORMATIVAS PARA O ARRANJO DAS ARMADURAS
A seguir, os itens (a) a (g) apresentam as recomendações da NBR6118:2014 para o
arranjo das armaduras dos pilares.
(a) As bitolas ϕ das armaduras longitudinais usadas no pilar devem estar dentro do
seguinte intervalo:
10 mm ≤ ϕ ≤ b/8
sendo: b = menor dimensão da seção.
(b) Pelo menos 1 barra em cada vértice dos estribos. Em seções circulares, no
mínimo 6 barras. Figura 8.38.
176
Figura 8.38 – Armaduras longitudinais dispostas na seção
(c) Taxas de armaduras, na região do transpasse ou não das armaduras, devem
respeitar os seguintes limites:
ì 0,15 Nd
ï³ rmín = ³ 0,4%
ï f yd A c
r = A's í
Ac ï
£ rmáx = 8,0%
ï
î
(d) Os estribos servem para impedir a flambagem das barras longitudinais. As
bitolas dos estribos devem respeitar as seguintes relações:
ì5mm
ft ³ í
î f / 4
Quando necessário, NBR6118:2014 permite que se use estribo com a bitola
ft < f/4, desde que as armaduras (longitudinais e transversais) sejam constituídas
do mesmo tipo de aço e o espaçamento também respeite a limitação:
𝜙#3 1
𝑠-áy = 90000
𝜙 𝑓f$
com fyk em megapascal (MPa).
OBS: Para estruturas de nós móveis, devem-se considerar os esforços cortante,
também, no dimensionamento dos estribos.
(e) Os espaçamentos das barras longitudinais devem estar dentro do seguinte
intervalo (Figura 8.39):
20mm ü
ï ì400mm
f ý £ s £ í
î 2 b
1,2 fagregïþ
sendo: b = menor dimensão da seção.
Figura 8.39 – Espaçamento das barras longitudinais de pilares
177
(f) Devem-se travar as armaduras longitudinais com estribos duplos ou grampos ou
gravatas (Figura 8.40):
Figura 8.40 – Armaduras longitudinais travadas com estribos duplos ou com
grampos ou com gravatas
(g) Detalhamento das armaduras (Figura 8.41)
Figura 8.41 – Armaduras longitudinais travadas com estribos duplos ou com
grampos ou com gravatas
8.7. DIMENSIONAMENTO DE PILAR INTERMEDIÁRIO – FLEXÃO COMPOSTA
NORMAL
As Figuras 8.42 até 8.50 ilustram as várias etapas do dimensionamento do
Pilar Intermediário – P5.
178
Figura 8.42 – Pilar Intermediário – P5
(a) Momento em X
ex = e1L + e2L + e1G + e2G + ec
ex = 2,40 + 0 + 2,80 + 0 + 0 = 5,20 cm
Figura 8.43 – Excentricidades em X
(b) Momento em Y
ey = e1L + e2L + e1G + e2G + ec
ey = 3,00 + 0 + 2,80 + 0 + 0 = 5,80 cm
Figura 8.44 – Excentricidades em Y
179
(C) Dimensionamento (Pilar de 8 barras)
Figura 8.45 – Pilar de 8 barras com 2 camadas x 4 camadas
Seção Analisada (Seção 2)
𝑁= 2342,31
. 105
𝑁
𝜈 =
=
= 0,86
𝑏
ℎ
𝜎"= 0,50𝑚. 0,30𝑚. 0,85. 21,43. 10x
𝑁/𝑚3
𝑀= 2342,31
. 105
. 0,0520
𝑁𝑚
𝜇 =
3 =
= 0,15
𝑏
ℎ
𝜎"= 0,50𝑚. 0,303 𝑚3 . 0,85. 21,43. 10x
𝑁/𝑚3
Figura 8.46 – Dimensionamento no eixo X
d=d’/h = 5/30 = 0,17 » 0,15 (2 Camadas)
µ
0,10 0,15 0,20
0,80 0,06 0,24 0,41
n 0,86 0,12 0,29 0,46
0,90 0,16 0,33 0,49
w = 0,29
Seção Analisada (Seção 2)
𝑁= 2342,31
. 105
𝑁
𝜈 =
=
= 0,86
𝑏
ℎ
𝜎"= 0,30𝑚
. 0,50𝑚
. 0,85
.
21,43
.
10x
𝑁/𝑚3
𝑀= 2342,31. 105 . 0,0580
𝑁𝑚
𝜇 =
3 = = 0,10
𝑏
ℎ
𝜎"= 0,30𝑚. 0,503 𝑚3 . 0,85. 21,43. 10x 𝑁/𝑚3
Figura 8.47 – Dimensionamento no eixo Y
180
d=d’/h = 5/50 = 0,10 (4 Camadas)
µ
0,10
0,80 0,06
n 0,86 0,11
0,90 0,15
w = 0,11
As = w b h scd / fyd = 0,29 . 30 . 50 . 0,85 . 21,43MPa / 434,78MPa = 18,22 cm2
è 8 f 20 mm
(d) verificação da Taxa de Armadura
* Seção intermediária (r ³ rmín è Ok):
𝐴. 8
. 3,14
. (2,03 )/4
𝜌 =
=
= 0,0167 = 1,67%
𝐴" 30
. 50
0,15
𝑁= 0,15
.
2342,31
. 105
𝜌-í' =
= = 0,0054 =
𝟎, 𝟓𝟒% ≥ 0,40%
𝑓f=
.
𝐴" 434,78
. 10x
.
(0,30
. 0,50)
rmín = 0,54%
* Seção no transpasse (r £ r máx è Ok):
3
𝐴. 8
. 3,14
. (2,0 )/4
𝜌 = 2
=
2 = 0,033 = 3,3%
𝐴" 30
. 50
rmáx = 8,0%
(e) Estribos
5
𝑚𝑚 ft = 5 mm
𝜙#
≥
𝜙 20
= = 5
𝑚𝑚
4 4
200
𝑚𝑚 st = 200 mm = 20 cm
𝑠#
≤
𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟
𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠ã𝑜 = 300
𝑚𝑚
12
. 𝜙 = 12
. 20 = 240
𝑚𝑚
(f) Espaçamento de barras longitudinais:
181
𝟐𝟎𝐦𝐦
20mm =
ϕ ≤ s ≤ 𝟒𝟎𝟎𝐦𝐦
1,2
ϕ¯ßàÕß 2
. b = 2.300 = 600mm
sendo: b = menor dimensão da seção
20mm £ sx £ 400mm è Ok
20mm £ sy £ 400mm è Ok
Figura 8.48 – Espaçamento das barras longitudinais
(g) Estribos duplos ou grampos (ou gravatas):
Figura 8.49 – Utilização de grampos
Deve-se travar as armaduras desprotegidas com grampos (ou gravatas) ou
estribos duplos para evitar flambagem dessas armaduras.
(h) Detalhamento das armaduras
Figura 8.50 – Detalhamento das armaduras
182
8.8. DIMENSIONAMENTO DE PILAR DE EXTREMIDADE – FLEXÃO COMPOSTA
NORMAL
As Figuras 8.51 até 8.59 ilustram as várias etapas do dimensionamento do
Pilar de Extremidade – P2.
Figura 8.51 – Pilar de Extremidade - P2
(a) Momento em X
ex = e1L + e2L + e1G + e2G + ec
ex = 3,80 + 0 + 2,80 + 0 + 0 = 6,60 cm
ex = e1L + e2L + e1G + e2G + ec
ex = 2,40 + 0 + 2,80 + 0 + 0 = 5,20 cm
Figura 8.52 – Excentricidades em X
183
(b) Momento em Y
ey = e1L + e2L + e1G + e2G + ec
ey = 3,80 + 0 + 2,80 + 0 + 0 = 6,60 cm
ey = e1L + e2L + e1G + e2G + ec
ey = 2,40 + 0 + 2,80 + 0 + 0 = 5,20 cm
Figura 8.53 – Excentricidades em Y
(C) Dimensionamento (Pilar de 8 barras)
Figura 8.54 – Pilar de 8 barras com 3 camadas x 3 camadas
184
Seção 1 = Seção 3
𝑁= 926,42
. 105
𝑁
𝜈 =
=
= 0,57
𝑏
ℎ
𝜎"= 0,3𝑚. 0,3𝑚. 0,85.21,43. 10x 𝑁/𝑚3
𝑀= 926,42
. 105
. 0,0660
𝑁𝑚
𝜇 =
3 =
= 0,12
𝑏
ℎ
𝜎"= 0,3𝑚. 0,33 𝑚3 . 0,85.21,43. 10x 𝑁/𝑚3
Figura 8.55 – Dimensionamento nos eixos X e Y (Seção 1 = Seção 3)
d=d’/h = 5/30 = 0,17 » 0,15 (3 camadas)
µ
0,10 0,12 0,20
0,50 0,00 0,07 0,36
n 0,57 0,00 0,08 0,40
0,60 0,00 0,08 0,41
w = 0,08
Seção 2
𝑁= 926,42
. 105
𝑁
𝜈 =
=
= 0,57
𝑏
ℎ
𝜎"= 0,3𝑚. 0,3𝑚. 0,85.21,43. 10x 𝑁/𝑚3
𝑀= 926,42
. 105
. 0,0520
𝑁𝑚
𝜇 =
3 =
= 0,10
𝑏
ℎ
𝜎"= 0,3𝑚. 0,33 𝑚3 . 0,85.21,43. 10x 𝑁/𝑚3
Figura 8.56 – Dimensionamento nos eixos X e Y (Seção 2)
185
d=d’/h = 5/30 = 0,17 » 0,15 (3 camadas)
µ
0,10
0,50 0,00
n 0,57 0,00
0,60 0,00
w = 0,00
As = w b h scd / fyd = 0,08 . 30 . 30 . 0,85 . 21,43MPa / 434,78MPa = 3,02 cm2
è 8 f 10 mm
(d) verificação da Taxa de Armadura
* Seção intermediária (r ³ rmín è Ok):
𝐴. 8
. 3,14
. (1,03 )/4
𝜌 =
=
= 0,0070 = 0,70%
𝐴" 30
. 30
0,15
𝑁= 0,15
.
926,42
. 105
𝜌-í' =
= = 0,0036 =
0,36% ≥ 𝟎, 𝟒𝟎%
𝑓f=
.
𝐴" 434,78
. 10x
.
(0,30
. 0,30)
rmín = 0,40%
* Seção no transpasse (r £ rmáx è Ok):
𝐴. 8
. 3,14
. (1,03 )/4
𝜌 = 2
=
2 = 0,014 = 1,40%
𝐴" 30
. 30
rmáx = 8,0%
(e) Estribos
5
𝑚𝑚 ft = 5 mm
𝜙#
≥
𝜙 10
= = 2,5
𝑚𝑚
4 4
200
𝑚𝑚 st = 120 mm = 12 cm
𝑠#
≤
𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟
𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠ã𝑜 = 300
𝑚𝑚
12
. 𝜙 = 12
. 10 = 120
𝑚𝑚
(f) Espaçamento de barras longitudinais:
186
20𝑚𝑚
10𝑚𝑚 =
𝜙 ≤ 𝑠 ≤ 400𝑚𝑚
1,2
𝜙S?KJ? 2
. 𝑏 = 2.300 = 600𝑚𝑚
sendo: b = menor dimensão da seção
20mm £ sx £ 400mm è Ok
20mm £ sy £ 400mm è Ok
Figura 8.57 – Espaçamento das barras longitudinais
(g) Estribos duplos ou grampos (ou gravatas):
Figura 8.58 – Utilização de grampos
(h) Detalhamento das armaduras
Figura 8.59 – Detalhamento das armaduras
187
8.9. DIMENSIONAMENTO DE PILAR DE CANTO - FLEXÃO COMPOSTA
OBLÍQUA
As Figuras 8.60 até 8.68 ilustram as várias etapas do dimensionamento do
Pilar de Canto – P1.
Figura 8.60 – Pilar de Canto – P1
(a) Momento Total em X com Momento Inicial em Y
ex = e1L + e2L + e1G + e2G + ec
ex = 4,22 + 0 + 17,50 + 0 + 0 = 21,72 cm
ey = ei = 2,82 cm
ex = e1L + e2L + e1G + e2G + ec
ex = 2,40 + 0 + 17,50 + 0 + 0 = 19,90 cm
ey = ei = 1,56 cm
Figura 8.61 – Excentricidades Totais em X e Excentricidade Inicial em Y
188
(b) Momento Total em Y com Momento Inicial em X
ey = e1L + e2L + e1G + e2G + ec
ey = 4,22 + 0 + 17,50 + 0 + 0 = 21,72 cm
ex = ei = 2,82 cm
ey = e1L + e2L + e1G + e2G + ec
ey = 2,40 + 0 + 17,50 + 0 + 0 = 19,90 cm
ex = ei = 1,56 cm
Figura 8.62 – Excentricidades Totais em Y e Excentricidade Inicial em X
(C) Dimensionamento (Pilar de 8 barras)
Figura 8.63 – Pilar de 8 barras com 3 camadas x 3 camadas
189
Seção 1 = Seção 3
𝑁= 373,56
. 105
𝑁
𝜈 =
=
= 0,25
𝑏
ℎ
𝜎"= 0,3𝑚. 0,3𝑚. 0,9.0,85.21,43. 10x 𝑁/𝑚3
𝜈
≈ 0,20
(𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎
𝑑𝑒
8
𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠)
𝑀= 373,56
. 105
. 0,2172
𝑁𝑚
𝜇y =
=
= 0,18
𝑏
ℎ3
𝜎"= 0,3𝑚. 0,33 𝑚3 . 0,9.0,85.21,43. 10x 𝑁/𝑚3
𝑀= 373,56
. 105
. 0,0282
𝑁𝑚
𝜇f =
𝑏
ℎ3
𝜎 =
0,3𝑚. 0,33 𝑚3 . 0,9.0,85.21,43. 10x 𝑁/𝑚3
= 0,02
"=
Figura 8.64 – Dimensionamento (Seção 1 = Seção 3)
Utilizando: n » 0,20 (Tabela de 8 Barras)
µx
0,10 0,18 0,20
0,00 0,05 0,28 0,34
µy 0,02 0,08 0,31 0,37
0,10 0,20 0,44 0,50
w = 0,31
190
Seção 2
𝑁= 373,56
. 105
𝑁
𝜈 =
=
= 0,25
𝑏
ℎ
𝜎"= 0,3𝑚. 0,3𝑚. 0,9.0,85.21,43. 10x 𝑁/𝑚3
𝜈
≈ 0,20
(𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎
𝑑𝑒
8
𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠)
𝑀= 373,56
. 105
. 0,1990
𝑁𝑚
𝜇y =
=
= 0,17
𝑏
ℎ3
𝜎"= 0,3𝑚. 0,33 𝑚3 . 0,9.0,85.21,43. 10x 𝑁/𝑚3
𝑀= 373,56
. 105
. 0,0156
𝑁𝑚
𝜇f =
𝑏
ℎ3
𝜎 =
0,3𝑚. 0,33 𝑚3 . 0,9.0,85.21,43. 10x 𝑁/𝑚3
= 0,01
"=
Figura 8.65 – Dimensionamento (Seção 2)
Utilizando: n » 0,20 (Tabela de 8 Barras)
µx
0,10 0,17 0,20
0,00 0,05 0,25 0,34
µy 0,01 0,07 0,27 0,36
0,10 0,20 0,41 0,50
w = 0,27
As = w b h scd / fyd = 0,31 . 30 . 30 . 0,9 . 0,85 . 21,43MPa / 434,78MPa = 10,52 cm2
è 8 f 16 mm
(d) verificação da Taxa de Armadura
* Seção intermediária (r ³ rmín è Ok):
𝐴. 8
. 3,14
. (1,63 )/4
𝜌 =
=
= 0,0179 = 1,79%
𝐴" 30
. 30
0,15
𝑁= 0,15
.
373,56
. 105
𝜌-í' =
= = 0,0014 =
0,14% ≥ 𝟎, 𝟒𝟎%
𝑓f=
.
𝐴" 434,78
. 10x
.
(0,30
. 0,30)
rmín = 0,40%
* Seção no transpasse (r £ rmáx è Ok):
𝐴. 8
. 3,14
. (1,63 )/4
𝜌 = 2
=
2 = 0,0357 = 3,57%
𝐴" 30
. 30
191
rmáx = 8,0%
(e) Estribos
5
𝑚𝑚 ft = 5 mm
𝜙#
≥
𝜙 16
= = 4
𝑚𝑚
4 4
200
𝑚𝑚 st ≈ 190 mm = 19 cm
𝑠#
≤
𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟
𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠ã𝑜 = 300
𝑚𝑚
12
. 𝜙 = 12
. 16 = 192
𝑚𝑚
(f) Espaçamento de barras longitudinais:
20𝑚𝑚
10𝑚𝑚 =
𝜙 ≤ 𝑠 ≤ 400𝑚𝑚
1,2
𝜙S?KJ? 2
. 𝑏 = 2.300 = 600𝑚𝑚
sendo: b = menor dimensão da seção
20mm £ sx £ 400mm è Ok
20mm £ sy £ 400mm è Ok
Figura 8.66 – Espaçamento das barras longitudinais
(g) Estribos duplos ou grampos (ou gravatas):
Figura 8.67 – Utilização de grampos
192
(h) Detalhamento das armaduras
Figura 8.68 – Detalhamento das armaduras
8.10. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Tópicos gerais como Pilar de Seção Circular, Pilar de Diferentes Formas,
Pilar Parede e Pilar Esbelto ou Muito Esbelto são abordados suscintamente no
decorrer desse item.
8.10.1. PILAR DE SEÇÃO CIRCULAR
Como as tabelas de dimensionamento de pilar à flexão composta normal e à
flexão composta oblíqua são específicas para pilares de seção quadrada ou
retangular, é necessário fazer uma pequena adaptação para o dimensionamento de
pilar de seção circular utilizando as mesmas tabelas. Essa adaptação deixa o
dimensionamento levemente a favor da segurança.
A Figura 8.69 mostra um exemplo de uma seção circular de diâmetro igual a
50 cm que está circunscrita em uma seção quadrada de 35,36 cm x 35,36 cm.
Nesse exemplo, a seção circular pode ser dimensionada como se fosse uma seção
quadrada de 35,36 cm x 35,36 cm.
Figura 8.69 – Correlação das seções
193
Depois de dimensionada, as armaduras devem ser ajustadas para a seção
circular, de acordo com a Figura 8.70. As verificações de taxas de armadura
(mínima e máxima) e verificações dos espaçamentos limites das barras longitudinais
devem ser feitas, agora, considerando a seção circular.
Figura 8.70 – Correlação das armaduras
8.10.2. PILAR DE DIFERENTES FORMAS
Para o dimensionamento de pilares de seção em formas poligonais ou ovais,
pode-se utilizar a mesma técnica do item anterior de circunscrever uma seção
quadrada ou retangular básica. Porém, deve-se respeitar a largura mínima
estabelecido pela norma.
Para o dimensionamento de pilares de seção em forma de vários retângulos,
como seção “L” ou “U”, pode-se dividir o pilar em várias seções retangulares, com
seus carregamentos proporcionais, e calcular separadamente cada seção.
Em síntese, o engenheiro deve “engenhar”. Criar soluções aproximadas. Mas
sempre pensando se essa solução vai em algum momento ficar contra ou a favor da
segurança. As melhores soluções são as levemente a favor da segurança. Soluções
muito a favor da segurança, são soluções antieconômicas, enquanto soluções
contra a segurança, são soluções erradas e perigosas.
8.10.3. PILAR PAREDE
O Pilar Parede é aquele cujo o maior lado mede mais que 5 vezes o menor
lado. Diferente do Pilar comum, o Pilar Parede não pode ser representado apenas
como um elemento linear com solicitações apenas no centroide da seção. No pilar
parede, há variação de solicitações no comprimento de sua maior largura.
Normalmente as extremidades têm maiores efeitos de 2a ordem. Por isso,
geralmente, os Pilares Paredes têm mais armaduras longitudinais nas extremidades
que no meio. A NBR6118:2014 recomenda que se fatie a seção em várias seções e
dimensione cada seção com seus esforços próprios. Observe a Figura 8.71.
194
a
(a) Seção (b) Efeitos de 2 ordem (c) Esforços em várias seções
Transversal do pilar localizados
parede
Figura 8.71 – Seção transversal de pilar parede
Fora esses detalhes iniciais, o dimensionamento do Pilar Parede deve seguir
e respeitar as mesmas recomendações do pilar comum dimensionado à flexão
composta normal ou à flexão composta oblíqua.
8.10.4. PILAR ESBELTO OU MUITO ESBELTO
Pilar Esbelto é o pilar cujo índice de esbeltez está no intervalo 90 < l ≤ 140. A
NBR6118:2014 obriga o uso dos efeitos de fluência para esse tipo de pilar.
Pilar Muito Esbelto é o pilar cujo índice de esbeletez seja l > 140. A
NBR6118:2014 além de obrigar o uso dos efeitos de fluência, também obriga a
utilização do Método Exato. Esse método consiste em se fazer uma criteriosa
discretização do pilar, com intuito de se analisar os efeitos de 2a ordem utilizando-se
a relação momento-curvatura real de cada seção. Além disso, também deve-se
considerar a não linearidade geométrica de maneira não aproximada.
Tanto o Pilar esbelto quanto o Muito Esbelto necessitam de um controle de
qualidade na execução muito grande. Por conta dessas dificuldades, normalmente,
os calculistas mais experientes evitam esse tipo de dimensionamento para pilares
de muita responsabilidade estrutural. Ao contrário do que muitos pensam, o pilar
esbelto e o muito esbelto não é uma solução econômica. Normalmente são pilares
com taxas de armadura beirando o limite máximo da norma.
195
196
CAPÍTULO 9
ESCADAS
As escadas são elementos estruturais inclinados sujeitos principalmente à
flexão simples. Normalmente um lance de uma escada é bi-apoiado e funciona
como se fosse uma viga. Eventualmente esse lance pode ter três ou quatro apoios e
passa a funcionar mais parecido com uma laje.
9.1. TIPOS DE ESCADAS
A escada apresentada na Figura 9.1 é uma peça bi-apoiada que pode ser
calculada à flexão como uma viga. Somente dimensionando as armaduras
longitudinais e utilizando uma armadura mínima de distribuição no outro sentido.
Figura 9.1 – Escada bi-apoiada
A escada mostrada na Figura 9.2 é uma peça que se assemelha a um pórtico
bi-apoiado e não pode ser analisada como uma viga. Nesse caso, deve-se analisar
por elementos finitos, grelha ou como pórtico mesmo, por conta de sua
descontinuidade.
Figura 9.2 – Escada bi-apoiada com degraus recortados
197
A escada da Figura 9.3 é composta de degraus que funcionam como vigas
bi-apoiadas em vigas inclinadas bi-apoiadas. Normalmente esse tipo de escada tem
os degraus pré-moldados.
Figura 9.3 – Escada com degraus bi-apoiados em vigas inclinadas
A escada apresentada na Figura 9.4 é composta de degraus em balanço
para os dois lados que funcionam como vigas em balanço e se apoiam numa viga
central bi-apoiada. Esse tipo de escada, apesar de elegante, pode vibrar muito,
dando uma sensação de desconforto ou insegurança na ponta dos balanços.
Figura 9.4 – Escada com degraus em balanço apoiados em uma vigas central
A escada da Figura 9.5 também é composta de degraus em balanço que
funcionam como vigas em balanço e se engastam numa viga lateral bi-apoiada. Mas
com um agravante. Como o balanço é maior que o da figura 11.3, a escada deve
vibrar mais ainda, dando uma sensação de desconforto ou insegurança muito maior.
198
Figura 9.5 – Escada com degraus em balanço apoiados em uma vigas lateral
A escada da Figura 9.6 é composta de um plano com degraus por cima
apoiado em quatro vigas. Esse plano com degraus pode ser dimensionado como
uma laje em cruz ou em uma única direção, dependendo dos vãos.
Figura 9.6 – Escada apoiada nos quatros vigas
9.2. CUIDADO COM AS MUDANÇAS DE DIREÇÃO DAS ARMADURAS
Uma das recomendações da NBR6118 (2014) é que não haja mudança de
direção de barra tracionada que a resultante seja para a direção do cobrimento.
Sempre a resultante deve ter a direção do eixo da escada. Observe as barras com
mudança de direção certa e errada na figura 9.7.
199
ERRADO Resultante pode
esmagar o cobrimento
da escada.
CERTO Resultante no sentido
oposto do cobrimento.
CERTO Resultantes nos
sentidos opostos dos
cobrimentos.
Figura 9.7 – Mudança de direção das barras da escada
9.3. EXEMPLO DO CÁLCULO DE UMA ESCADA BI-APOIADA
Figura 9.8 – Escada do exemplo
Pé direito = 17,5 cm . 16 degraus = 280 cm Concreto C35
Largura de cada lance de escada = 160 cm CA-50
200
Figura 9.9 – Carregamentos na escada
Mk = 23,09 . (4,502)/8 = 58,45 kNm
Md = 1,4 . 58,45 = 81,83 kNm
kmd = Md / (b d2 scd) = 81830 / (1,6 . 0,102 . 0,85 . 35/1,4 . 106) = 0,241
kx = [1 – (1 – 2 kmd)1/2] / l = [1 – (1 – 2 . 0,241)1/2] / 0,8 = 0,350 (domínio 3 com
ductilidade)
kz = 1 – 0,5 l kx = 1 – 0,5 . 0,8 . 0,350 = 0,860
As = Md /( kz d fyd) = 81830 / (0,860 . 0,10 . 500/1,15 . 106) = 21,88 cm2
18 ϕ 12,5 mm c/ 9 cm
Figura 9.10 – Detalhamento das armaduras da escada
OBS: 1 ϕ 12,5 mm è As = 1,23 cm2
21,88 cm2 / 1,23 cm2 = 17,79 Bitolas ≈ 18 Bitolas (17 Espaçamentos)
160 cm / 17 Espaçamentos = 9,41 cm ≈ 9 cm
OBS: Foi adotado como armadura de distribuição ϕ 5 mm c/ 33 cm
201
Utilizando o cálculo do peso próprio sem as simplificações do exemplo
anterior (Figura 9.11), chega-se a praticamente ao mesmo resultado, mostrando
assim, que as simplificações utilizadas são aceitáveis.
Figura 9.11 – Carregamentos na escada com diferentes considerações
Mk = 59,48 kNm e As = 22,35 cm (18,17 f 12,5 mm » 18 f 12,5 mm) - aceitável
2
202
CAPÍTULO 10
CAIXAS D`ÁGUA, CISTERNAS E PISCINAS
Caixas d`água, cisternas e piscinas são elementos estruturais projetados
para receber pressão de água. Porém, na figura 10.1, observa-se que a pressão de
água agindo nas paredes e no fundo da cisterna e da piscina são parcialmente
absorvidos pelo solo, que por sua vez acabam restringindo a deformação da
estrutura. Diferentemente, a caixa d`água não recebe ajuda do solo e,
consequentemente, deforma bem mais que a cisterna e a piscina. Por esse motivo,
para evitar problemas de vazamentos decorrentes de deformação, recomenda-se
para caixa d`águas médias e grandes, utilizar paredes de concreto armado maciço.
Além de usar uma impermeabilização tipo manta que aceita maior deformação sem
rasgar. Para Cisternas e Piscinas, é muito comum o uso de uma laje do fundo de
concreto armado maciço e paredes de alvenaria amarradas com cintas e pilaretes
de concreto armado.
Figura 10.1 – Caixa d`água, cisterna e piscina
Para o projeto de caixa d’água, recomenda-se engastar o fundo nas paredes,
tornando a laje do fundo como Marcus-Caso 6. Engastar as paredes nas outras
paredes vizinhas e no fundo, deixando somente apoiada na tampa e, assim,
tornando as paredes como Marcus-Caso 5. E, por fim, apoiar a tampa nas paredes,
tornando a tampa como Marcus-Caso 1.
Uma outra opção seria engastar tudo, analisando tudo como Marcus-Caso 6,
mas essa opção seria mais eficiente se a ação da tampa também fosse de dentro
para fora. Como não é, a transferência do momento no engaste parede-tampa iria
originar um momento interno nas extremidades da tampa e, esse momento
aumentaria no centro pela ação do peso da tampa (Figura 10.2).
203
(a) Opção 1 – Tampa apoiada
(a) Opção 2 – Tampa engastada
Figura 10.2 – Análise da caixa d’água opção 1 ou opção 2
No caso de cisternas e piscinas com paredes de alvenarias, pode-se
interpretar a parede de alvenaria com pilaretes e cintas de concreto armado como
se fosse uma laje parecida com a nervurada, com as nervuras sendo os pilaretes e
as cintas, espaçadas aproximadamente a 1 metro.
10.1. CUIDADO COM AS ARMADURAS DE CANTO
Nos cantos, as amaduras que engastam uma parede na outra ou uma parede
no fundo, ou até mesmo, a tampa em uma parede, devem respeitar a mesma
recomendação discutida no capítulo das escadas. Não virar armadura com a
resultante no sentido do cobrimento. Observe como devem ser dispostas as
armaduras como mostrada na figura 10.3.
204
Figura 10.3 – Detalhe das armaduras nos cantos
205
10.2. EXEMPLO DO CÁLCULO DE UMA CAIXA D`ÁGUA
206
Figura 10.5 – Laje do fundo
Figura 10.6 – Laje das paredes
Uniformizando-se os esforços nos engastes de acordo com a norma
NBR6118:2014, tem-se:
𝑿𝒎é𝒅𝒊𝒐 = 𝟏𝟏, 𝟐𝟓
𝒌𝑵𝒎/𝒎
𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 −
𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 ≥
0,8
. 𝑋-S&TK = 0,8
.
11,25 = 9,00
8,44 + 18,65
𝑋-é=&T = = 13,55
𝑃𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 −
𝐹𝑢𝑛𝑑𝑜 ≥
2
𝟎, 𝟖
. 𝑿𝒎𝒂𝒊𝒐𝒓 = 𝟎, 𝟖
.
𝟏𝟖, 𝟔𝟓 = 𝟏𝟒, 𝟗𝟐
𝒌𝑵𝒎/𝒎
207
Para caixas d’águas não muito grandes, onde a adoção de uma malha única
nas paredes e no fundo não gere um gasto excessivo, pode-se optar por essa
simplificação que facilita bastante a execução. Para o dimensionamento dessa
malha, utiliza-se o maior momento fletor encontrado dentre os momentos das
paredes e do fundo (14,92 kNm/m).
Momentos Positivos è 4,58 kNm/m;; 4,01 kNm/m;; 8,03 kNm/m e 8,03 kNm/m
Momentos Negativos è 11,25 kNm/m e 14,92 kNm/m
Dessa maneira o dimensionamento fica assim:
Sendo: h = 10cm e d = 7 cm ec = 2,99%o kz = 0,908
Md = 14,92 kNm/m esd = 10%o As = 5,40 cm2/m
kmd = 0,167 sc = scd As, mín = 1,50 cm2/m
kx = 0,230 (domínio 2) (Não precisa corrigir) 1 f 8mm è 0,502 cm2
5,40/0,502 ≈ 11f8mm/m
100cm / 10 = 10cm
31 N1 f 8mm c/10cm
Figura 10.7 – Laje da tampa
Para a tampa, o dimensionamento da armadura interna fica:
Sendo: h = 10cm e d = 7 cm ec = 0,20%o kz = 0,957
Md = 1,38 kNm/m esd = 10%o As = 0,47 cm2/m
kmd = 0,015 sc = 3,44 MPa As, mín = 1,50 cm2/m
kx = 0,019 (domínio 2) kmd, corrigido = 0,082 1 f 6,3mm è 0,312 cm2
kx = 0,107 (domínio 2) 1,50/0,312 ≈ 5f6,3mm/m
100cm / 4=25cm > 20cm
16 N2 f 6,3mm c/20cm
208
Figura 10.8 – Detalhamento das armaduras
10.3. CORRELAÇÃO COM O CÁLCULO DE UMA CISTERNA OU PISCINA
O cálculo de uma cisterna ou piscina pode ser feito da mesma maneira da
caixa d`água, diferindo apenas que na cisterna ou piscina pode haver lençol freático
no terreno. Nesse caso, deve-se também dimensionar a armadura considerando a
água externa e o reservatório vazio. O dimensionamento considerando somente a
água interna geraria uma armadura e o dimensionamento considerando apenas a
água externa geraria outra armadura. Adotaria a maior delas como positiva e
negativa também.
209
210
CAPÍTULO 11
FUNDAÇÕES
11.1. INTRODUÇÃO
O projeto de fundações está diretamente ligado ao projeto de estruturas, pois
as reações do carregamento da estrutura deve ser resistido pelo projeto de
fundações. E quando se fala em projeto de fundações, fala-se em projeto dos blocos
ou sapatas ou estacas de concreto armado, respeitando a norma de projetos de
estruturas de concreto NBR6118:2014 (Estruturas), e em análise das características
do solo que resistirá o carregamento da edificação, respeitando a norma de projeto
de fundações NBR6122:1996 (Geotecnia).
Geralmente o engenheiro estrutural impõe ao engenheiro de fundações o
recalque zero. O engenheiro de fundações nunca vai conseguir o recalque zero
porque até mesmo uma fundação sobre rocha recalca. Essas compatibilizações de
projetos nem sempre são fáceis de se resolver.
A ligação entre a saída do pilar e a fundação deve ser cuidadosamente
analisada. O ideal é que o centro de gravidade do pilar coincida com o centro de
gravidade da fundação para que não surjam novas excentricidades “e” que
provoquem momentos fletores indesejáveis (Figura 11.1).
(a) Sapata e pilar concêntricos
211
(b) Sapata e pilar excêntricos
Figura 11.1 – Excentricidade na ligação pilar-sapata
No caso da necessidade do uso de sapatas excêntricas, para evitar o
momento devido a excentricidade, pode-se criar uma viga de equilíbrio impedindo
que esse momento seja transmitido ao pilar (Figura 11.2). Além disso, esse
momento causaria uma distribuição de tensões assimétricas no solo que resultaria
em recalques diferenciais.
Figura 11.2 – Sapata excêntrica com viga de equilíbrio
212
11.2. SOLO
11.2.1. MECANISMOS DE RUPTURA DO SOLO
Tradicionalmente, há dois tipos de ruptura dos solos: a generalizada (ou
geral) e a localizada (ou local). A generalizada é uma ruptura brusca, ela acontece
com pouco recalque. A localizada já ocorre após um maior recalque, caracterizando-
se por ser menos brusca que a outra. Normalmente a ruptura generalizada ocorre
em solos mais rígidos. Enquanto a ruptura localizada ocorre em solos mais
deformáveis.
Ruptura Generalizada ou Geral: Ruptura Localizada ou Local:
ü Ruptura brusca;; ü Ruptura menos brusca;;
ü Pouco recalque;; ü Maior recalque;;
ü Solos mais rígidos;; ü Solos mais deformáveis;;
ü Argilas rija, muito rija e dura;; ü Argilas muito mole, mole e média;;
ü Areias compacta e muito ü Areia fofa, pouco compacta e
compacta. medianamente compacta.
Normalmente essa ruptura pode ser visualizada em fundações rasas como
apresentado na Figura 11.3. Em fundações profundas, essa ruptura (Figura 11.4) já
não é vista, mas pode ser identificada por problemas refletidos na estrutura da
edificação.
Figura 11.3 – Mecanismo de ruptura em fundações rasas
Figura 11.4 – Mecanismo de ruptura em fundações profundas
11.2.2. CAPACIDADE DE CARGA
Existem alguns métodos bastante usados para se estimar a capacidade de
carga do solo que serão apresentado a seguir.
213
11.2.2.1. REALIZAÇÃO DE PROVA DE CARGA SOBRE PLACA
Esse ensaio procura simular o comportamento de uma fundação rasa. O
ensaio é feito empregando-se uma placa rígida de ferro fundido de 80 cm de
diâmetro, a qual é carregada por meio de um macaco hidráulico apoiada em uma
caixa carregada ou em uma laje com tirantes (Figura 11.5).
Figura 11.5 – Prova de carga sobre placa (Alonso, 2010)
Através dos dados do ensaio pode-se traçar a curva Pressão x Recalque. A
pressão é aplicada em estágios, sendo cada estágio só aplicado novamente quando
o recalque do estágio anterior já estiver estabilizado. A curva Pressão x Recalque,
representada pelas linhas pontilhadas, é obtida ligando os pontos estabilizados
(Figura 11.6).
214
Figura 11.6 – Curva Pressão x Recalque (Alonso, 2010)
Na maioria dos casos, a curva Pressão x Recalque pode ser expresso entre
dois casos bem diferentes (Figura 11.7). Alguns solos apresentam curva de ruptura
geral, isto é, com uma tensão de ruptura bem definida (sR), são solos resistentes
(argilas rija, muito rija e dura e areias compacta e muito compacta). Outros solos
apresentam curva de ruptura local, isto é, sem uma definição exata do valor da
tensão de ruptura, são solos de baixa resistência (argilas muito mole, mole e média
e areia fofa, pouco compacta e medianamente compacta).
Figura 11.7 – Diagrama Pressão x Recalque
Com base nos resultados da prova de carga, pode-se estimar a tensão
admissível do solo, da seguinte maneira:
Para solos com predominância de ruptura geral :
𝜎j
𝜎. =
2
215
Para solos com predominância de ruptura local :
𝜎3í
𝜎.
≤
2
𝜎BD
Sendo:
s25 a tensão correspondente a um recalque de 25 mm (Ruptura convencional);;
s10 a tensão correspondente a um recalque de 10 mm;;
sR a tensão de ruptura.
11.2.2.2. UTILIZAÇÃO DAS FÓRMULAS DE TERZAGHI
Para solos que apresentam ruptura geral, a tensão de ruptura (sR) pode ser
obtida por:
𝜎j
= 𝑐
𝑁"
𝑆" 1 𝑞
𝑁A
𝑆A
+
𝛾
𝐵
𝑁ï
𝑆ï +
↓
2
↓
↓
𝐶𝑜𝑒𝑠ã𝑜 𝑆𝑜𝑏𝑟𝑒 − 𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎
𝐴𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜
Sendo:
c - a coesão do solo;;
g - o peso específico do solo onde se apoia a fundação;;
B – a menor largura da sapata;;
q – a pressão efetiva do solo na cota de apoio da fundação;;
Nc, Ng e Nq – fatores de carga que são função do ângulo de atrito interno (j) (Figura
11.8);;
Sc, Sg e Sq – fatores de forma (Tabela 11.1).
Figura 11.8 – Fatores de carga
Para solos com ruptura local, usa-se a mesma fórmula adotando N`(linhas
pontilhadas da Figura 11.8) ao invés dos fatores N. Além disso, deve-se usar 2/3 da
coesão real do solo.
216
Tabela 11.1 – Fatores de forma
Forma da Fatores de Forma
Fundação Sc Sg Sq
Corrida 1,0 1,0 1,0
Quadrada 1,3 0,8 1,0
Circular 1,3 0,6 1,0
Retangular 1,1 0,9 1,0
Conhecido o valor de sR, a tensão admissível ss será dada por:
𝜎j
𝜎. =
𝐹𝑆
Sendo:
FS – o fator de segurança (geralmente adota-se 3).
Quando não existem valores de ensaios para coesão (c) e ângulo de atrito
interno (j), pode-se utilizar os valores da Tabelas 11.2.
Tabela 11.2 – Dados aproximados na falta de ensaios
Argila SPT Coesão c Areia Densidade SPT j
o
(kPa) relativa ( )
(Dr)
Muito mole < 2 < 10 Fofa < 0,2 < 4 < 30
Mole 2 a 4 10 a 25 Pouco compacta 0,2 a 0,4 4 a 10 30 a 35
Média 4 a 8 25 a 50 Medianamente compacta 0,4 a 0,6 10 a 30 35 a 40
Rija 8 a 15 50 a 100 Compacta 0,6 a 0,8 30 a 50 40 a 45
Muito rija 15 a 30 100 a 200 Muito compacta > 0,8 > 50 > 45
Dura > 30 > 200
Sendo:
Ruptura Localizada
Ruptura Generalizada
11.2.2.3. MÉTODOS EMPÍRICOS
Os métodos empíricos são aqueles em que a capacidade de carga é
estimada com base na descrição dos tipos de solo. A norma brasileira de
fundações, a NBR 6122:1996, apresenta os valores para as tensões básicas para
diversos tipos de solo (tabela 11.3).
217
Tabela 11.3 – Tensões básicas segundo a NBR 6122:1996
Item Descrição do Solo Valores (MPa)
Rocha sã, maciça, sem laminação ou sinal de
1 3,0
decomposição
2 Rochas laminadas, com pequenas fissuras, estratificadas 1,5
3 Rochas alteradas ou em decomposição (*)
4 Solos granulares concrecionados - conglomerados 1,0
5 Solos pedregulhosos compactos a muito compactos 0,6
6 Solos pedregulhosos fofos 0,3
7 Areias muito compactas 0,5
8 Areias compactas 0,4
9 Areias medianamente compactas 0,2
10 Argilas duras 0,3
11 Argilas rijas 0,2
12 Argilas médias 0,1
13 Siltes duros (muito compactos) 0,3
14 Siltes rijos (compactos) 0,2
15 Siles médios (medianamente compactos) 0,1
(*) Para rochas alteradas ou em decomposição, tem que ser levado em conta a
natureza da rocha matriz e o grau de decomposição ou alteração.
11.2.2.4. INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO
A investigação do subsolo é a análise do solo que vai ser construída a
edificação. Precisa-se descobrir as características daquele subsolo.
Essa investigação deve ser dividida em três etapas:
(a) investigação preliminar è Conhecer as principais características do solo,
geralmente através de ensaio de SPT (Tipos do solo, nível da água,
tensão admissível, etc.);;
(b) investigação complementar ou de projeto è Alguma informação que a
análise preliminar não tenha conseguido, geralmente através de
sondagem mista para investigar abaixo de rochas onde o SPT não tenha
conseguido investir;;
(c) investigação para a fase de execução è Durante a obra, nas regiões
mais críticas indicadas pelo calculista, para confirmar informações obtidas
na investigação preliminar ou na investigação complementar.
Os principais processos de investigação do subsolo para fins de projeto de
fundações de estruturas são:
(a) Poços;;
(b) Sondagens a trado;;
(c) Sondagens a percussão com SPT;;
(d) Sondagens rotativas;;
(e) Sondagens mistas;;
(f) Ensaios de cone (CPT);;
(g) Ensaio pressiométrico (PMT).
218
11.3. FUNDAÇÕES RASAS
11.3.1. TIPOLOGIAS
Quando há boa resistência do solo para pequenas profundidades a melhor
opção é a fundação rasa, também denominada de fundação direta ou superficiais.
Caso contrário, o uso da fundação profunda é necessária.
O uso de sapatas ou blocos (escalonados ou não) (Figura 11.9 (a) e (b)) é a
opção mais econômica. Os blocos são elementos rígidos e podem ser de concreto
ciclópico ou concreto simples, portanto sem armadura. A altura do bloco não
armado deve ter uma altura mínima que seja função do ângulo a (Figura 11.10). A
NBR6118:2014 não permite o uso de bloco de concreto simples com altura inferior a
20 cm.
As sapatas já trabalham à flexão e devem ser de concreto armado (Figura
11.9 (c)).
Figura 11.9 – Bloco e sapata
Figura 11.10 – Ângulo amín para que não necessite armadura
219
Caso existam vários pilares próximos enfileirados, uma boa opção é fazer
uma única sapata com uma viga de rigidez (sapata associada) como na Figura
11.11.
Figura 11.11 – Sapata Associada
No caso de vários pilares não enfileirados próximos, o radier é uma boa
opção. O radier é uma laje lisa invertida, e como a laje lisa é um sistema onde a
desvantagem é ser muito flexível, aconselha-se usar o radier protendido para se
reduzir essa deficiência (Figura 11.12).
Figura 11.12 – Radier
Em situações onde se precise fazer uma sapata de divisa (sapata
excêntrica), o mais usual é criar uma viga de equilíbrio ligando a sapata excêntrica a
outra sapata para impedir que haja transferência de momento para o pilar (Figura
11.13).
Figura 11.13 – Sapata excêntrica juntamente com viga de equilíbrio e outra sapata
220
11.3.2. BLOCOS
Os blocos são normalmente elementos de concreto simples, ou seja, não
armados. Normalmente são usados como fundações de pilares com pouca carga (£
50 tf = 500 kN) e com momentos fletores nulos ou desprezíveis. Geralmente são
fundações de residências com um ou dois pavimentos.
O dimensionamento de um bloco de fundação não armado deve objetivar em
fornecer uma determinada altura ao bloco de maneira que as tensões de tração
sejam inferiores a resistência à tração do concreto usado.
A NBR6118:2014 não permite o uso de blocos de concreto simples (não
armados) sobre estacas. Além disso, a NBR6118:2014 não permite blocos com
espessura média menor que 20 cm.
A área da base de blocos de fundação deve ser determinada a partir da
tensão admissível do solo para cargas não majoradas.
Normalmente os calculistas dimensionam blocos com o ângulo a ³ 60o.
Outra forma seria usar o ábaco da Figura 11.10 para se estimar esse ângulo
mínimo.
O valor de ssolo é o valor da tensão admissível do solo informado pela
investigação do subsolo, normalmente o ensaio de SPT. E o valor do sct é tensão de
tração do concreto que pode ser estimada com fctk, inf = 0,7 fct,m = 0,7 . (0,3 fck2/3) =
0,21 fck2/3, para concretos de classe até C50.
EXEMPLO RESOLVIDO:
Tensão Admissível do Solo no nível -1,50m = 2 kgf/cm2 = 0,2 MPa
Carga no Pilar Nk = 20 tf = 200 kN
Seção do Pilar de 20 cm x 20 cm
Concreto da obra C20
(a) Utilizando o ângulo a = 60o
Área da base do bloco = 200000 N / (0,2 . 106 N/m2) = 1 m2 = 10000 cm2
Altura do bloco = h = 40 cm . tg (60o) = 69,28 cm
Adota-se um bloco de 100 cm x 100 cm, com altura de 70 cm
(b) Utilizando o ângulo a encontrado no ábaco da Figura 11.10
Área da base do bloco = 200000 N / (0,2 . 106 N/m2) = 1 m2 = 10000 cm2
fctk, inf = 0,21 . fck 2/3 = 0,21 . 202/3 = 1,56 MPa è ssolo/sct = 0,2 / 1,56 = 0,13
è a = 33o
Altura do bloco = h = 40 cm . tg (33o) = 25,98 cm
Adota-se um bloco de 100 cm x 100 cm, com altura de 30 cm
221
Figura 11.14 – Bloco de fundação
11.3.3. SAPATAS ISOLADAS
As Sapatas Isoladas podem também ser denominada de Sapatas Centradas
ou simplesmente Sapatas. Ela pode ter altura constante ou variável como na Figura
11.15. O uso da altura variável proporciona uma economia do concreto considerável
em sapatas grandes.
Figura 11.15 - Sapatas
Quanto à rigidez, as sapatas podem ser classificadas como Sapatas Rígidas
ou Sapatas Flexíveis. Segundo a NBR6118:2014, a Sapata (Figura 11.16) é
classificada como rígida se:
h ³ (a – ap)/3
Sendo:
h = altura da sapata;;
a = dimensão da sapata em uma determinada direção;;
ap = dimensão do pilar na mesma direção.
222
Figura 11.16 – Sapata Rígida ou Flexível
O comportamento, segundo a NBR6118:2014, da Sapata Rígida pode ser
caracterizado por:
(a) Trabalhar à flexão nas duas direções admitindo que a tração seja uniforme e a
compressão seja mais concentrada na região do pilar.
(b) Trabalhar ao cisalhamento ficando dentro do cone hipotético de punção. Não
havendo, assim, possibilidade de ruptura por puncionamento.
O comportamento, segundo a NBR6118:2014, da Sapata Flexível pode ser
caracterizado por:
(a) Trabalha à flexão nas duas direções não sendo possível admitir que a tração
seja uniforme. E a compressão deve ser mais criteriosamente avaliada na região do
pilar.
(b) Há possibilidade de ruptura por punção. Deve-se, caso necessário, dimensionar
armaduras transversais para combater o puncionamento.
As Sapatas Rígidas podem ser dimensionadas por flexão admitindo-se as
hipóteses de Bernoulli ou por modelos de bielas e tirantes tridimensional. E as
Sapatas Flexíveis devem ser dimensionadas como lajes lisas de concreto armado
com todas as verificações sobre punção.
A NBR6118:2014 permite que se uniformize a tensão no solo em contato com
a sapata, somente para a Sapata Rígida (Figura 11.17).
223
Figura 11.17 – Tensões em sapatas de acordo com o tipo de solo
A mesma análise no ELU que se fazia para vigas e lajes é feita para a seção
transversal da sapata sob flexão. Para simplificar o cálculo, tornando a peça
estrutural um pouco a favor da segurança, é aceitável considerar a seção
comprimida trapezoidal como uma seção retangular, conforme mostrado na Figura
11.18.
Figura 11.18 – Sapata no ELU
224
EXEMPLO RESOLVIDO:
Tensão Admissível do Solo no nível -1,50m = 2,6 kgf/cm2 = 0,26 MPa
Carga no Pilar Nk = 80 tf = 800 kN
Momento Fletor Mk » 0
Seção do Pilar de 30 cm x 30 cm
Concreto da obra C30
(a) Dimensionamento e detalhamento pelo método da flexão
(a.1) Definição da geometria:
Área da base da sapata = 800000 N / (0,26 . 106 N/m2) = 3,08 m2 = 30800 cm2
è adota-se 180 cm x 180 cm
h ³ (a – ap)/3 = (180 – 30)/3 = 50 cm è adota-se h = 50 cm e h0 = 10 cm (Sapata
Rígida)
(a.2) Análise dos esforços:
Figura 11.22 – Tensões no solo
225
Figura 11.19 – Esforços (momento fletor e esforço cortante) na seção da sapata
(a.2) Verificação da biela comprimida:
ü Perímetro C= Perímetro em torno do pilar è Necessita verificar biela
comprimida;;
ü Perímetro C’= Perímetro a 2d do pilar è Verificação necessária somente
para sapata flexível;;
ü Perímetro C’’ = Perímetro a 2d da armadura de cisalhamento è Verificação
necessária somente para sapatas flexíveis grandes com armaduras de
cisalhamento.
Perímetro C = 30 cm + 30 cm + 30 cm + 30 cm = 120 cm
tsd = Vd / (C . d) = 1,4 . 800 kN / (1,20 m . 0,45 m) = 2074 kPa = 2,07 MPa
tRd2 = 0,27 av fcd = 0,27 . 0,88 . (30 MPa/1,4) = 5,09 MPa
av = 1 – fck/250 = 1 – 30/250 = 0,88
tsd ≤ tRd2 è Ok. Não há esmagamento da biela comprimida e não precisa
dimensionar a armadura de cisalhamento porque não é sapata flexível.
(a.3) Dimensionamento à flexão:
Md = 1,4.Mk = 1,4 . 180 = 252 kNm
kmd = Md / (b . d2 . σcd) = 252000 / (0,30 . (0,45)2 . 0,90 . 0,85 . (30 . 106)/1,4) = 0,253
kx = [1 - (1 – 2 . kmd)1/2]/ λ = [1 – (1 – 2 . 0,253)1/2] / 0,8 = 0,372 è dominio 3 com
ductilidade
kz = 1 – 0,5 . λ . kx = 1 – 0,5 . 0,8 . 0,372 = 0,851
As = Md /( kz . d . fyd) = 252000 /(0,851.0,45.(500.106)/1,15) = 15,14.10-4m2 = 15,14
cm2
226
20 f 10 mm c/ 9 cm
(a.4) Detalhamento das armaduras:
Figura 11.20 – Detalhamento das armaduras
No caso de Sapatas com momentos fletores vindo das excentricidades dos
pilares pode-se, no caso de sapatas rígidas, linearizar as tensões no solo e calcular
os esforços com o carregamento triangular ou trapezoidal (Figura11.21).
227
Figura 11.21 – Tensões no solo para sapatas com momento
Porém, essa opção pode provocar recalque diferencial, o que seria bastante
ruim para a edificação. Para evitar isso, pode-se optar em criar uma viga de
equilíbrio na base desse pilar, como está descrito no decorrer desse capítulo.
11.3.4. SAPATAS ASSOCIADAS COM VIGA DE RIGIDEZ
A sapata associada com viga de rigidez é normalmente usadas quando duas
sapatas estariam se sobrepondo. Para evitar isso, constrói-se uma única sapata,
recebendo carga de dois ou mais pilares. Como as cargas são diferentes, a reação
do solo na sapata corrida não seria uniforme. Para uniformizar essa reação e evitar
o recalque diferencial, constrói-se uma viga de rigidez coincidindo o centro de
gravidade da sapata associada com viga de rigidez com o centro de gravidade das
cargas dos pilares (Figura 11.22).
228
Figura 11.22 – CG das cargas e CG da sapata associada
EXEMPLO RESOLVIDO:
Tensão Admissível do Solo no nível -1,50m = 2,0 kgf/cm2 = 0,20 MPa
Carga no Pilar 1 Nk = 50 tf = 500 kN
Carga no Pilar 2 Nk = 100 tf = 1000 kN
Seção dos Pilares de 30 cm x 30 cm
Distância entre eixos de P1 e P2 = 3 m
Concreto da obra C30
(a) Dimensionamento e detalhamento pelo método da flexão
(a.1) Definição da geometria:
Área da base da sapata = (500000 N + 1000000 N) / (0,20 . 106 N/m2) = 7,50 m2 =
75000 cm2
Calculando-se o xmédio e repetindo a mesma distância para o lado direito da
sapata associada, consegue-se coincidir o CG das cargas com o CG da sapata
associada, evitando assim o recalque diferencial (Figura 11.23).
229
Figura 11.23 – CG das cargas e CG da sapata associada do exemplo
Como o comprimento da sapata associada é 6m e a tensão admissível do
solo é 0,20 MPa, necessariamente a largura mínima da sapata associada é 1,25cm,
conforme calculado abaixo.
1500000
𝑁
𝜎= ≤ 𝜎S=- = 0,2. 10x 𝑁/𝑚3
(6𝑚
. 𝐿𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎)
𝐿𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 = 1,25𝑚
h ³ (a – ap)/3 = (125 – 30)/3 = 31,66 cm è adota-se h = 40 cm e h0 = 10 cm (Sapata
Associada Rígida)
Figura 11.24 –sapata associada com viga de rigidez do exemplo
Obs1: Essa sapata se dimensiona em uma única direção, da mesma maneira do
dimensionamento da sapata isolada.
Obs2: Nesse exemplo foi destacado somente o dimensionamento da viga de rigidez.
230
(a.2) Análise dos esforços da viga de rigidez (30 x 80):
Figura 11.25 – Viga de rigidez
Figura 11.26 – Esforços na viga de rigidez
231
11.3.5. SAPATAS DE DIVISA COM VIGA DE EQUILÍBRIO
Sapatas de Divisa ou Sapatas Excêntricas com viga de equilíbrio
normalmente se usa com uma viga de equilíbrio, também chamada de viga de
alavanca. Essa viga tem a função de impedir que a excentricidade da sapata
transmita momento ao pilar, criando um sistema onde o pilar é apoiado no final do
balanço da viga de equilíbrio que, por sua vez, se apoia em duas sapatas (Figura
11.27).
Figura 11.27 – Viga de equilíbrio
EXEMPLO RESOLVIDO:
Tensão Admissível do Solo no nível -1,50m = 2,0 kgf/cm2 = 0,20 MPa
Carga no Pilar de divisa 1 Nk = 50 tf = 500 kN
Carga no Pilar 2 Nk = 100 tf = 1000 kN
Seção dos Pilares de 30 cm x 30 cm
Distância entre eixos de P1 e P2 = 4 m
Concreto da obra C30
(a) Dimensionamento e detalhamento pelo método da flexão
(a.1) Definição da geometria:
Área da base da sapata de divisa = 500000 N/ (0,20 . 106 N/m2) = 2,5 m2 = 25000
cm2 è adota-se 160 cm x 160 cm.
Área da base da sapata = 1000000 N/ (0,20 . 106 N/m2) = 5 m2 = 50000 cm2 è
adota-se 225 cm x 225 cm.
Obs1: Essas sapatas se dimensionam da mesma maneira do dimensionamento da
sapata isolada resolvida anteriormente.
Obs2: Nesse exemplo foi destacado apenas o dimensionamento da viga de
equilíbrio.
232
(a.2) Análise dos esforços da viga de equilíbrio (30 x 70):
Figura 11.28 – Esforços na viga de equilíbrio
Obs: Para o dimensionamento da sapata que sofreu um alívio de 125 kN, a norma
permite que se reduza a carga transferida do pilar P2 por até 50% do alívio (Carga =
P2 – 50% Alívio = 1000 – 50%.125 = 937,5 kN).
11.4. FUNDAÇÕES PROFUNDAS
11.4.1. TIPOLOGIAS
Para fundações profundas, o uso de estacas juntamente com um bloco de
coroamente torna-se necessário (Figura 11.29). As estacas seguram as cargas dos
pilares principalmente através do atrito lateral com o solo e também através da
resistência a tensão normal no solo profundo encontrado. O bloco de coroamento é
um elemento muito rígido que tem a função de transferir a carga do pilar para as
estacas. Diferentemente dos blocos não armados usados nas fundações rasas, os
blocos de coroamento são obrigatoriamente armados (NBR6118:2014).
233
Figura 11.29 – Fundações profundas: Estacas e bloco de coroamento
Atualmente é grande a variedade de tipos de fundações profundas nas obras
civis, diferindo-se entre si basicamente pelo método executivo, pelos materiais que
são constituídas e pelas capacidades de carga. Veja a seguir:
(a) Estaca broca (de 50 kN a 100 kN):
Esse tipo de fundação é a mais simples de todas. Ela é executada, acima do
nível da água e é perfurada a trado por um operário. Depois de furada, coloca-se a
armadura e o concreto. Esse tipo de estaca é muito usada para fazer uma cortina de
contenção dos terrenos vizinhos. Normalmente utiliza-se com diâmetro variando
entre 15 e 25 cm e comprimento até 6 m.
(b) Estaca Strauss (de 200 kN a 800 kN):
Essa estaca apresenta a vantagem de não provocar vibração, evitando danos
às construções vizinhas. A execução dessa estaca se dá por perfuração através de
uma sonda de percussão ligada a um tripé. Essa sonda (bate-estaca Strauss) cava
o solo e empurra o tubo para baixo. Depois do tubo estar dentro do solo, pode-se,
conforme a necessidade, rosquear outro tubo no tubo cravado e continuar o
procedimento até uma altura pré-determinada. Depois, coloca-se a armadura, a
seguir, o concreto e arremessado e apiloado enquanto retira-se o tubo. Essa estaca
é a que dá menos atrito lateral quando comparada com as outras estacas. Não se
recomenda o uso dessa fundação abaixo do nível d`água.
(c) Estaca Pré-moldada de Concreto (de 200 kN a 1500 kN);;
Sua execução é simples, mas geralmente incomoda os vizinhos. As estacas
pré-moldadas são cravadas no solo através de um bate-estaca. A grande
desvantagem da estaca pré-moldada é que ela já vem de um tamanho certo, não é
possível fazer emendas, no caso de precisar de mais profundidade.
(d) Estaca Tipo Franki (500 kN a 1700 kN):
Sua execução gera muita vibração e incomodam os vizinhos. É executada
através da cravação de um tubo metálico com a ponta fechada por uma bucha (brita
234
e areia). Quando o bate-estaca crava na profundidade desejada, o tubo é puxado, a
bucha é expurgada do tubo e fixada no solo alargando a base, depois é colocada a
armadura e arremessado o concreto enquanto o tubo e retirado. Ao contrário das
estacas pré-moldadas, as estacas tipo franki podem ficar de profundidades variáveis
em um mesmo terreno.
(e) Estaca Metálica (400 kN a 3000 kN):
Apesar de também ser cravada com bate-estaca, diferentemente da estaca
pré-moldada de concreto, essa estaca provoca pouca vibração, principalmente
quando executada com trilhos metálicos de fácil cravação. Ela pode ser emendada
com solda, caso necessite aumentar a profundidade da estaca. Mas apesar dessas
vantagens, é mais cara que os outros tipos de estacas.
(f) Estaca Tipo Mega (aproximadamente 700 kN):
Geralmente esse tipo de fundação é usada para reforço em prédios já
prontos. A estaca é cravada por um macaco hidráulico apoiada em outra fundação
existente. A grande vantagem desse sistema é que não causa vibração por não
haver batidas.
(g) Estaca Hélice Contínua (de 600 kN a 5000 kN)
Esse tipo de estaca é escavada através de uma hélice girando que penetra
no solo até a altura pré-definida, depois a hélice é retirada vagarosamente sem
girar, retirando o solo, enquanto no eixo da hélice é bombeado concreto. Na medida
que a hélice sai, o concreto preenche o vazio. Após a retirada da hélice, é
mergulhada a armadura dentro do concreto ainda fresco. Uma grande vantagem é
que não provoca vibrações.
(h) Estaca Raiz (de 300 kN a 1000 kN)
Esse tipo de estaca é escavada com a colocação de vários tubos metálicos
rosqueáveis através da utilização de equipamentos mecânicos apropriados
denominados perfuratrizes (hidráulicas, mecânicas ou pneumáticas) que penetra no
solo até a altura pré-definida, depois coloca-se a armadura, injeta-se a argamassa
(cimento e areia), retiram-se os tubos rosqueáveis ao mesmo tempo que se aplica
uma pressão de no mínimo 4 kg/cm2 fazendo com que parte da argamassa penetre
no solo aumentando assim o atrito com o solo.
(i) Tubulão (acima de 3000 kN).
Existem dois tipos de tubulões: a céu aberto e a ar comprimido (com camisa
de aço ou concreto). Os tubulões a céu aberto são usados acima do nível da água,
os tubulões a ar comprimido são usados abaixo do nível da água (no máximo 30m
de coluna d`água), quando não é possível esgotar a mesma. Durante a execução
não causam vibração, sua escavação é praticamente igual ao hélice contínua,
diferindo no final porque é necessário que um operário desça e cave o alargamento
235
da base do tubulão. É a execução mais perigosa quando comparada com as outras
execuções de fundações profundas.
11.4.2. ESTACA COM BLOCO DE COROAMENTO
Blocos sobre estacas, também conhecidos como blocos de coroamento, são
estruturas de volume usadas para transmitir as cargas de pilar para as estacas e
tubulões. Esses blocos podem ser rígidos ou flexíveis, de acordo com o mesmo
critério usado para sapatas.
O comportamento estrutural do bloco rígido se caracteriza por:
(a) trabalha à flexão nas duas direções, mas com trações essencialmente
concentradas nas linhas sobre as estacas (com faixa de largura igual a
1,2festaca);;
(b) forças transmitidas do pilar para as estacas por bielas de compressão, de
forma e dimensões complexas;;
(c) trabalha ao cisalhamento também em duas direções, não apresentando
ruptura por tração diagonal, e sim por compressão diagonal (esmagamento
da biela comprimida).
Para o bloco flexível, deve ser realizada uma análise mais complexa, desde a
distribuição das estacas, dos tirantes de tração, até a necessidade da verificação de
ruptura por punção.
Para a análise e dimensionamento do bloco, pode-se usar modelos de bielas
e tirantes tridimensionais. Se houver forças horizontais significativas ou forte
assimetria, o modelo deve considerar a interação solo-estrutura.
As armaduras de flexão devem ser dispostas em mais de 85% nas faixas
definidas pelas estacas (faixa de largura igual a 1,2festaca), considerando o equilíbrio
da biela.
Para controlar a fissuração em serviço, deve ser prevista uma armadura
positiva adicional (Armadura de Distribuição), independente da armadura principal
de flexão, em malha uniformemente distribuída em duas direções para 20% dos
esforços totais. Porém, esse valor pode ser reduzido, desde que justificado o
controle de fissuras na região entre as armaduras principais.
Caso seja prevista armadura de distribuição para mais de 25% dos esforços
totais ou caso o espaçamento entre as estacas seja maior que 3 vezes o diâmetro
da estaca, deve ser prevista armadura de suspensão para a parcela da carga a ser
equilibrada.
Em blocos com duas ou mais estacas em uma única linha, é obrigatória a
colocação de armaduras laterais e superior.
236
CAPÍTULO 12
ANCORAGEM, TRANSPASSE E RAIO DE
CURVATURA DAS BARRAS
12.1. INTRODUÇÃO
Esse capítulo aborda o assunto do comprimento de ancoragem, do
comprimento do transpasse e do raio de curvatura que as barras devem possuir
seguindo as recomendações normativas.
Esse itens são de fundamental importância no projeto para que as armaduras
funcionem de acordo com o modelo analisado.
12.2. TIPOS DE ARMADURA
Figura 12.1 – Tipos de armadura
A armadura positiva do vão 1 é dimensionada pelo momento fletor máximo
no LVÃO1, a armadura positiva do vão 2 é dimensionada pelo momento fletor máximo
no LVÃO2 e a armadura negativa é dimensionada pelo momento fletor negativo
máximo que aparece sobre o apoio intermediário.
A armadura sobre-apoio é calculada como maior ou igual a 1/3 do As da
armadura positiva do referido vão.
A armadura de pele só é necessária, segundo a norma NBR6118:2014, para
vigas com altura maior que 60 cm. A norma recomenda que se calcule essa
armadura como maior ou igual a 0,10% da área da seção transversal da viga para
cada face. Esse tipo de armadura longitudinal deve ser corrida, distribuída nas duas
faces da viga e espaçada não mais que 20 cm. Além disso, deve-se usar somente
barras de alta aderência.
237
O Porta–Estribo é uma armadura adotada com a função única de segurar os
estribos.
12.3. DIAGRAMA DESLOCADO
Para detalhar as armaduras de uma viga, a primeira coisa a ser feita é
deslocar o diagrama do momento fletor a uma distância al. Sendo:
ì0,5 d estribos a 900
=
a l í 0
î0, 2 d estribos a 45
Figura 12.2 – Diagrama de momento fletor deslocado
12.3. COMPRIMENTO DE ANCORAGEM (lb e lb, nec)
Deve-se ancorar uma barra tracionada em uma região comprimida a uma
distância lb, além do diagrama deslocado. Porém, no caso da armadura calculada
(As,calc) ser menor que a armadura adotada (As,ef) ou no caso do uso de ganchos ou
no caso do uso de barras auxiliares soldadas, a NBR6118:2014 permite que se use
um comprimento de ancoragem lb,nec menor que lb (Figura 12.2).
238
𝐴.,"S["
𝑙Â,'J" = 𝛼
𝑙Â
≥
𝑙Â,-í'
𝐴.,J(
Sendo:
1,0
(𝑝𝑎𝑟𝑎
𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
𝑠𝑒𝑚
𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜)
0,7
(𝑝𝑎𝑟𝑎
𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
𝑡𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑑𝑎𝑠
𝑐𝑜𝑚
𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜
𝑒
𝑐𝑜𝑏𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
≥ 3𝜙)
𝛼 =
0,7
(𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜
ℎ𝑜𝑢𝑣𝑒𝑟
𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑖𝑠
𝑠𝑜𝑙𝑑𝑎𝑑𝑎𝑠)
0,5
(𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜
ℎ𝑜𝑢𝑣𝑒𝑟
𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣. 𝑠𝑜𝑙𝑑𝑎𝑑𝑎𝑠, 𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜
𝑒
𝑐𝑜𝑏𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
≥ 3𝜙)
ϕ 𝑓f= 0,3
𝑙Â
𝑙Â =
≤ 25𝜙 𝑙Â,-í'
≥
10
𝜙
4 𝑓Â=
100
𝑚𝑚
𝑓"#$,&'( 𝑓"#$,&'( = 0,21
𝑓"$
3/5
𝑓Â= =
𝜂B
𝜂3
𝜂5
𝛾"
1,0
(𝑝𝑎𝑟𝑎
𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
𝑙𝑖𝑠𝑎𝑠) 1,0
( 𝑝𝑎𝑟𝑎
𝑏𝑜𝑎
𝑎𝑑𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎)
𝜂3 =
𝜂B =
1,4
(𝑝𝑎𝑟𝑎
𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙ℎ𝑎𝑑𝑎𝑠) 0,7
(𝑝𝑎𝑟𝑎
𝑚á
𝑎𝑑𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎)
2,25
(𝑝𝑎𝑟𝑎
𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
𝑛𝑒𝑟𝑣𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠)
1,0
(𝑝𝑎𝑟𝑎
𝜙
<
32
𝑚𝑚)
𝜂5 =
(132 −
𝜙)
(𝑝𝑎𝑟𝑎
𝜙
≥
32
𝑚𝑚)
100
E define-se a zona de boa ou má aderência da seguinte maneira:
Figura 12.3 – Zonas de boa e má aderência
A NBR6118:2014, através do fator redutor a, permite que se reduza o
comprimento de ancoragem necessário (lb,nec) em 30% ou 50%, no caso de uso de
239
gancho na barra e, também, no caso de uso de barras transversais soldadas
melhorando a ancoragem das barras longitudinais.
Figura 12.4 – Barras com comprimento de ancoragem necessário com e sem
gancho
O comprimento do gancho (trecho reto após a virada) deve ser:
Figura 12.5 – Tamanhos dos ganchos
12.4. RAIO DE CURVATURA DAS BARRAS
Para dobrar uma barra, deve-se respeitar os seguintes diâmetros internos de
curvatura (Pinos de dobramento – D)
240
Figura 12.6 – Diâmetros de dobramento (D)
12.5. EMENDA POR TRANSPASSE
Outro assunto importante é o do transpasse de armaduras. A emenda de
barras pode ser denominada de transpasse, porém essa emenda introduz tensões
de tração e de compressão na região. Para evitar altas concentrações de tensão,
deve-se limitar a quantidade de emendas numa mesma seção.
A NBR 6118:2014 considera as emendas na mesma seção transversal
quando a extremidades mais próximas estejam afastadas menos que 20 % do maior
comprimento de transpasse, como mostrado na figura abaixo.
Figura 12.7 - Emendas supostas na mesma seção transversal.
241
242
243
244
REFERÊNCIAS
ARAUJO, J. M. Curso de concreto armado. 4a. ed. Rio Grande: Dunas, 2014. v.1.
ISBN: 978-85-86717-13-0.
ARAUJO, J. M. Curso de concreto armado. 4a. ed. Rio Grande: Dunas, 2014. v.2.
ISBN: 978-85-86717-13-0.
ARAUJO, J. M. Curso de concreto armado. 4a. ed. Rio Grande: Dunas, 2014. v.3.
ISBN: 978-85-86717-13-0.
ARAUJO, J. M. Curso de concreto armado. 4a. ed. Rio Grande: Dunas, 2014. v.4.
ISBN: 978-85-86717-13-0.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 5739:2007 –
Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos de concreto. Rio de Janeiro,
2007.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 6118:2014 –
Projeto de estruturas de concreto - Procedimentos. Rio de Janeiro, 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 6118:2014 –
Comentários e exemplos de aplicação. Ibracon. São Paulo, 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 6120:1980 -
Cargas para o calculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro, 1980.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 6123:1988 –
Forças devidas ao vento em edificações. Rio de Janeiro, 1988.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 8522:2017 –
Concreto – Determinação do módulo de deformação estática e diagrama tensão-
deformação – Método de ensaio. Rio de Janeiro, 2017.
CARVALHO, R. C.;; PINHEIRO, L. M. Cálculo e detalhamento de estruturas usuais
de concreto armado. São Paulo: Pini, 2009. v.2. ISBN:978-85-7266-188-1.
CLÍMACO, J. C. T. S. Estruturas de concreto armado: Fundamentos de projeto,
dimensionamento e verificação. 3a. Edição. Editora Universidade de Brasília,
Brasília, 2016.
FUSCO, P. B. Técnica de Armar as Estruturas de Concreto. São Paulo: Pini, 1995.
WIGHT, J.K.;; MACGREGOR, J.G., Reinforced Concrete - Mechanics & Design,
Pearson, 6a edition, New Jersey, USA, 2012.
VAZ, L. E. Método dos Elementos Finitos em Análise de Estruturas. Rio de Janeiro:
Elsevier Editora Ltda, 2011.
245
246
ANEXO 1 – Lista de cargas para cálculo de
estruturas de edificações segundo a NBR6120
(1980)
PESOS ESPECÍFICOS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL (kN/m3):
247
SOBRE-CARGAS MÍNIMAS (kN/m2):
248
249
250
ANEXO 2 – Tabelas para cálculo dos esforços de
lajes pelo Método de Marcus
251
252
253
254
255
256
ANEXO 3 – Tabelas para cálculo dos esforços de
lajes pelo Método das Grelhas
257
258
259
260
261
262
ANEXO 4 – Tabelas para cálculo dos esforços de
lajes pela Teoria das Placas via Kalmanok
263
264
ANEXO 5 – Tabelas para dimensionamento de pilar
à flexão composta normal
Número de camadas = 2;; δ=0,05
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
ν ↓ 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80
0,00 0,00 0,22 0,45 0,67 0,89 1,12 1,34 1,56 1,79
0,10 0,00 0,13 0,35 0,57 0,80 1,02 1,24 1,47 1,69
0,20 0,00 0,04 0,27 0,49 0,71 0,93 1,16 1,38 1,60
0,30 0,00 0,00 0,21 0,43 0,66 0,88 1,10 1,32 1,54
0,40 0,00 0,00 0,18 0,40 0,62 0,84 1,07 1,29 1,51
0,50 0,00 0,00 0,18 0,41 0,63 0,86 1,08 1,30 1,53
0,60 0,00 0,00 0,21 0,46 0,70 0,93 1,15 1,38 1,61
0,70 0,00 0,00 0,26 0,52 0,76 1,00 1,23 1,46 1,69
0,80 0,00 0,05 0,33 0,59 0,83 1,07 1,31 1,54 1,77
0,90 0,00 0,14 0,40 0,66 0,91 1,15 1,39 1,62 1,85
1,00 0,00 0,23 0,48 0,74 0,99 1,23 1,47 1,71 1,94
1,10 0,11 0,32 0,57 0,82 1,07 1,31 1,55 1,79 2,02
1,20 0,22 0,42 0,66 0,91 1,16 1,40 1,64 1,88 2,11
1,30 0,33 0,52 0,75 1,00 1,24 1,49 1,73 1,96 2,20
1,40 0,43 0,62 0,85 1,09 1,33 1,57 1,81 2,05 2,29
1,50 0,54 0,72 0,94 1,18 1,42 1,66 1,90 2,14 2,38
1,60 0,65 0,82 1,04 1,27 1,51 1,75 1,99 2,23 2,47
1,70 0,76 0,92 1,14 1,37 1,61 1,85 2,08 2,32 2,56
1,80 0,87 1,02 1,24 1,47 1,70 1,94 2,18 2,41 2,65
1,90 0,98 1,12 1,34 1,56 1,80 2,03 2,27 2,51 2,74
2,00 1,09 1,22 1,44 1,66 1,89 2,13 2,36 2,60 2,84
265
Número de camadas = 2;; δ=0,10
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
ν ↓ 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80
0,00 0,00 0,24 0,49 0,74 0,99 1,24 1,49 1,74 1,99
0,10 0,00 0,14 0,39 0,64 0,90 1,15 1,40 1,65 1,90
0,20 0,00 0,05 0,30 0,55 0,80 1,05 1,30 1,55 1,80
0,30 0,00 0,00 0,24 0,49 0,74 0,99 1,24 1,49 1,74
0,40 0,00 0,00 0,20 0,45 0,70 0,95 1,20 1,45 1,70
0,50 0,00 0,00 0,21 0,47 0,73 0,98 1,23 1,49 1,74
0,60 0,00 0,00 0,25 0,53 0,79 1,05 1,31 1,56 1,82
0,70 0,00 0,00 0,30 0,59 0,86 1,13 1,39 1,65 1,90
0,80 0,00 0,06 0,37 0,66 0,94 1,20 1,47 1,73 1,99
0,90 0,00 0,15 0,44 0,73 1,01 1,28 1,55 1,81 2,07
1,00 0,00 0,24 0,52 0,81 1,09 1,36 1,63 1,90 2,16
1,10 0,11 0,34 0,61 0,89 1,17 1,45 1,72 1,98 2,24
1,20 0,22 0,44 0,70 0,98 1,26 1,53 1,80 2,07 2,33
1,30 0,33 0,54 0,79 1,07 1,35 1,62 1,89 2,16 2,42
1,40 0,43 0,64 0,89 1,16 1,43 1,71 1,98 2,24 2,51
1,50 0,54 0,75 0,99 1,25 1,53 1,80 2,07 2,33 2,60
1,60 0,65 0,85 1,09 1,35 1,62 1,89 2,16 2,42 2,69
1,70 0,76 0,95 1,19 1,44 1,71 1,98 2,25 2,51 2,78
1,80 0,87 1,05 1,29 1,54 1,80 2,07 2,34 2,61 2,87
1,90 0,98 1,15 1,39 1,64 1,90 2,17 2,43 2,70 2,96
2,00 1,09 1,25 1,49 1,74 2,00 2,26 2,53 2,79 3,06
266
Número de camadas = 2;; δ=0,15
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
0,00 0,00 0,25 0,54 0,83 1,11 1,40 1,69 1,98 2,26
0,10 0,00 0,15 0,44 0,73 1,02 1,31 1,59 1,88 2,17
0,20 0,00 0,06 0,35 0,64 0,93 1,22 1,50 1,79 2,08
0,30 0,00 0,00 0,27 0,56 0,85 1,13 1,42 1,70 1,99
0,40 0,00 0,00 0,23 0,51 0,80 1,09 1,37 1,66 1,94
0,50 0,00 0,00 0,25 0,55 0,85 1,14 1,43 1,72 2,00
0,60 0,00 0,00 0,29 0,61 0,92 1,21 1,51 1,80 2,09
0,70 0,00 0,00 0,35 0,68 0,99 1,29 1,59 1,88 2,17
0,80 0,00 0,06 0,41 0,75 1,06 1,37 1,67 1,96 2,26
0,90 0,00 0,16 0,49 0,82 1,14 1,45 1,75 2,05 2,34
1,00 0,00 0,25 0,57 0,90 1,22 1,53 1,83 2,13 2,43
1,10 0,11 0,35 0,66 0,98 1,30 1,61 1,92 2,22 2,52
1,20 0,22 0,46 0,75 1,07 1,39 1,70 2,01 2,31 2,61
1,30 0,33 0,56 0,85 1,16 1,47 1,79 2,09 2,40 2,69
1,40 0,43 0,66 0,94 1,25 1,56 1,87 2,18 2,48 2,78
1,50 0,54 0,77 1,04 1,34 1,65 1,96 2,27 2,57 2,87
1,60 0,65 0,88 1,14 1,44 1,74 2,05 2,36 2,66 2,96
1,70 0,76 0,98 1,24 1,53 1,84 2,15 2,45 2,75 3,06
1,80 0,87 1,09 1,34 1,63 1,93 2,24 2,54 2,85 3,15
1,90 0,98 1,19 1,44 1,73 2,03 2,33 2,64 2,94 3,24
2,00 1,09 1,29 1,55 1,83 2,12 2,42 2,73 3,03 3,33
267
Número de camadas = 2;; δ=0,20
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
ν ↓ 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80
0,00 0,00 0,27 0,60 0,94 1,27 1,61 1,95 2,28 2,62
0,10 0,00 0,17 0,50 0,84 1,18 1,52 1,85 2,19 2,53
0,20 0,00 0,07 0,41 0,75 1,09 1,43 1,76 2,10 2,44
0,30 0,00 0,00 0,33 0,67 1,01 1,35 1,68 2,02 2,35
0,40 0,00 0,00 0,28 0,62 0,97 1,31 1,66 2,00 2,35
0,50 0,00 0,00 0,30 0,66 1,01 1,36 1,71 2,05 2,40
0,60 0,00 0,00 0,35 0,72 1,08 1,42 1,77 2,11 2,45
0,70 0,00 0,00 0,40 0,79 1,15 1,50 1,85 2,19 2,53
0,80 0,00 0,07 0,47 0,86 1,23 1,58 1,93 2,27 2,61
0,90 0,00 0,17 0,55 0,94 1,31 1,66 2,01 2,36 2,70
1,00 0,00 0,27 0,63 1,01 1,39 1,75 2,10 2,44 2,79
1,10 0,11 0,37 0,72 1,10 1,47 1,83 2,18 2,53 2,88
1,20 0,22 0,47 0,81 1,18 1,55 1,92 2,27 2,62 2,97
1,30 0,33 0,58 0,91 1,27 1,64 2,00 2,36 2,71 3,06
1,40 0,43 0,69 1,00 1,36 1,73 2,09 2,45 2,80 3,15
1,50 0,54 0,79 1,10 1,45 1,82 2,18 2,53 2,89 3,24
1,60 0,65 0,90 1,20 1,55 1,91 2,27 2,62 2,98 3,33
1,70 0,76 1,01 1,30 1,64 2,00 2,36 2,72 3,07 3,42
1,80 0,87 1,12 1,40 1,74 2,09 2,45 2,81 3,16 3,51
1,90 0,98 1,22 1,51 1,84 2,19 2,54 2,90 3,25 3,60
2,00 1,09 1,33 1,61 1,93 2,28 2,64 2,99 3,34 2,69
268
Número de camadas = 3;; δ=0,05
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
ν ↓ 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80
0,00 0,00 0,22 0,46 0,70 1,01 1,33 1,65 1,98 2,31
0,10 0,00 0,13 0,38 0,67 0,99 1,31 1,64 1,97 2,29
0,20 0,00 0,05 0,33 0,65 0,97 1,30 1,62 1,95 2,29
0,30 0,00 0,00 0,30 0,62 0,95 1,28 1,61 1,94 2,28
0,40 0,00 0,00 0,27 0,60 0,93 1,27 1,60 1,93 2,27
0,50 0,00 0,00 0,26 0,59 0,92 1,26 1,59 1,92 2,26
0,60 0,00 0,00 0,30 0,63 0,96 1,27 1,59 1,92 2,25
0,70 0,00 0,00 0,35 0,70 1,02 1,35 1,66 1,98 2,29
0,80 0,00 0,06 0,41 0,76 1,09 1,42 1,74 2,06 2,37
0,90 0,00 0,15 0,49 0,83 1,17 1,49 1,82 2,14 2,45
1,00 0,00 0,25 0,57 0,91 1,24 1,57 1,89 2,22 2,53
1,10 0,11 0,35 0,65 0,99 1,32 1,65 1,97 2,30 2,61
1,20 0,22 0,45 0,74 1,07 1,40 1,73 2,05 2,38 2,70
1,30 0,33 0,55 0,83 1,15 1,48 1,81 2,14 2,46 2,78
1,40 0,43 0,66 0,92 1,24 1,56 1,89 2,22 2,54 2,86
1,50 0,54 0,76 1,02 1,32 1,65 1,97 2,30 2,62 2,94
1,60 0,65 0,87 1,12 1,41 1,73 2,06 2,38 2,71 3,03
1,70 0,76 0,97 1,22 1,50 1,82 2,14 2,47 2,79 3,11
1,80 0,87 1,08 1,32 1,59 1,91 2,23 2,55 2,88 3,20
1,90 0,98 1,18 1,42 1,69 2,00 2,32 2,64 2,96 3,28
2,00 1,09 1,28 1,53 1,79 2,09 2,40 2,73 3,05 3,37
269
Número de camadas = 3;; δ=0,10
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
ν ↓ 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80
0,00 0,00 0,24 0,50 0,77 1,13 1,49 1,85 2,22 2,59
0,10 0,00 0,14 0,41 0,75 1,11 1,47 1,84 2,21 2,58
0,20 0,00 0,06 0,37 0,72 1,09 1,45 1,82 2,20 2,57
0,30 0,00 0,00 0,33 0,70 1,07 1,44 1,81 2,19 2,56
0,40 0,00 0,00 0,30 0,68 1,05 1,43 1,80 2,18 2,55
0,50 0,00 0,00 0,30 0,67 1,04 1,41 1,79 2,17 2,54
0,60 0,00 0,00 0,34 0,73 1,10 1,47 1,83 2,19 2,55
0,70 0,00 0,00 0,40 0,80 1,17 1,54 1,91 2,27 2,63
0,80 0,00 0,07 0,47 0,86 1,25 1,62 1,99 2,35 2,71
0,90 0,00 0,16 0,54 0,94 1,32 1,69 2,06 2,43 2,79
1,00 0,00 0,26 0,62 1,01 1,40 1,77 2,14 2,51 2,88
1,10 0,11 0,36 0,70 1,09 1,47 1,85 2,22 2,59 2,96
1,20 0,22 0,47 0,79 1,17 1,55 1,93 2,30 2,67 3,04
1,30 0,33 0,57 0,88 1,25 1,64 2,01 2,39 2,76 3,12
1,40 0,43 0,68 0,98 1,34 1,72 2,10 2,47 2,84 3,21
1,50 0,54 0,78 1,07 1,43 1,80 2,18 2,55 2,92 3,29
1,60 0,65 0,89 1,17 1,52 1,89 2,26 2,64 3,01 3,38
1,70 0,76 1,00 1,27 1,61 1,98 2,35 2,72 3,09 3,46
1,80 0,87 1,11 1,37 1,70 2,06 2,43 2,81 3,18 3,55
1,90 0,98 1,21 1,48 1,79 2,15 2,52 2,89 3,26 3,63
2,00 1,09 1,32 1,58 1,88 2,24 2,61 2,98 3,35 3,72
270
Número de camadas = 3;; δ=0,15
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
ν ↓ 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80
0,00 0,00 0,25 0,55 0,91 1,31 1,71 2,12 2,53 2,95
0,10 0,00 0,15 0,48 0,87 1,27 1,68 2,10 2,52 2,94
0,20 0,00 0,06 0,43 0,82 1,24 1,66 2,08 2,51 2,93
0,30 0,00 0,00 0,38 0,80 1,22 1,64 2,07 2,50 2,92
0,40 0,00 0,00 0,34 0,77 1,20 1,63 2,06 2,49 2,91
0,50 0,00 0,00 0,36 0,80 1,23 1,65 2,07 2,49 2,91
0,60 0,00 0,00 0,41 0,86 1,30 1,72 2,15 2,57 2,99
0,70 0,00 0,00 0,46 0,93 1,37 1,80 2,23 2,65 3,08
0,80 0,00 0,07 0,53 0,99 1,44 1,88 2,31 2,73 3,16
0,90 0,00 0,17 0,60 1,07 1,52 1,95 2,39 2,81 3,24
1,00 0,00 0,27 0,68 1,14 1,59 2,03 2,47 2,90 3,32
1,10 0,11 0,38 0,77 1,22 1,67 2,11 2,55 2,98 3,41
1,20 0,22 0,48 0,86 1,30 1,75 2,19 2,63 3,06 3,49
1,30 0,33 0,59 0,95 1,39 1,83 2,27 2,71 3,14 3,57
1,40 0,43 0,70 1,04 1,47 1,92 2,36 2,79 3,23 3,66
1,50 0,54 0,81 1,14 1,56 2,00 2,44 2,88 3,31 3,74
1,60 0,65 0,91 1,23 1,65 2,09 2,53 2,96 3,40 3,83
1,70 0,76 1,02 1,33 1,74 2,17 2,61 3,05 3,48 3,91
1,80 0,87 1,13 1,43 1,83 2,26 2,70 3,13 3,57 4,00
1,90 0,98 1,24 1,54 1,92 2,35 2,78 3,22 3,65 4,08
2,00 1,09 1,35 1,64 2,02 2,44 2,87 3,31 3,74 4,17
271
Número de camadas = 3;; δ=0,20
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
ν ↓ 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80
0,00 0,00 0,27 0,64 1,12 1,61 2,11 2,61 3,12 3,62
0,10 0,00 0,17 0,58 1,06 1,56 2,06 2,57 3,07 3,58
0,20 0,00 0,07 0,52 1,01 1,51 2,02 2,52 3,03 3,53
0,30 0,00 0,00 0,46 0,96 1,46 1,97 2,47 2,98 3,49
0,40 0,00 0,00 0,41 0,93 1,45 1,97 2,48 3,00 3,52
0,50 0,00 0,00 0,44 0,97 1,50 2,02 2,54 3,06 3,57
0,60 0,00 0,00 0,49 1,03 1,55 2,07 2,59 3,11 3,63
0,70 0,00 0,00 0,55 1,10 1,63 2,14 2,66 3,17 3,68
0,80 0,00 0,08 0,61 1,17 1,70 2,22 2,74 3,25 3,76
0,90 0,00 0,18 0,69 1,24 1,78 2,30 2,82 3,33 3,84
1,00 0,00 0,29 0,77 1,32 1,86 2,38 2,90 3,41 3,92
1,10 0,11 0,39 0,85 1,40 1,93 2,46 2,98 3,50 4,01
1,20 0,22 0,50 0,94 1,48 2,02 2,54 3,06 3,58 4,09
1,30 0,33 0,61 1,04 1,56 2,10 2,63 3,15 3,66 4,18
1,40 0,43 0,72 1,13 1,65 2,18 2,71 3,23 3,75 4,26
1,50 0,54 0,83 1,22 1,73 2,27 2,79 3,32 3,83 4,35
1,60 0,65 0,94 1,32 1,82 2,35 2,88 3,40 3,92 4,44
1,70 0,76 1,05 1,42 1,91 2,44 2,96 3,49 4,01 4,52
1,80 0,87 1,16 1,52 2,00 2,52 3,05 3,57 4,09 4,61
1,90 0,98 1,27 1,62 2,10 2,61 3,14 3,66 4,18 4,70
2,00 1,09 1,38 1,72 2,19 2,70 3,22 3,75 4,27 4,78
272
Número de camadas = 4;; δ=0,05
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
ν ↓ 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80
0,00 0,00 0,23 0,50 0,81 1,14 1,47 1,82 2,19 2,57
0,10 0,00 0,14 0,43 0,75 1,08 1,45 1,82 2,20 2,58
0,20 0,00 0,06 0,37 0,71 1,08 1,45 1,83 2,21 2,59
0,30 0,00 0,00 0,33 0,70 1,07 1,45 1,83 2,21 2,60
0,40 0,00 0,00 0,31 0,69 1,07 1,45 1,84 2,22 2,60
0,50 0,00 0,00 0,30 0,69 1,07 1,46 1,84 2,23 2,61
0,60 0,00 0,00 0,33 0,71 1,08 1,46 1,85 2,24 2,62
0,70 0,00 0,00 0,39 0,77 1,14 1,51 1,87 2,25 2,63
0,80 0,00 0,07 0,45 0,84 1,21 1,58 1,94 2,30 2,65
0,90 0,00 0,16 0,52 0,90 1,28 1,65 2,01 2,37 2,73
1,00 0,00 0,25 0,59 0,97 1,35 1,72 2,08 2,45 2,80
1,10 0,11 0,35 0,67 1,05 1,42 1,79 2,16 2,52 2,88
1,20 0,22 0,45 0,76 1,12 1,50 1,87 2,23 2,60 2,96
1,30 0,33 0,56 0,85 1,20 1,57 1,94 2,31 2,67 3,04
1,40 0,43 0,66 0,94 1,28 1,65 2,02 2,39 2,75 3,11
1,50 0,54 0,76 1,04 1,36 1,73 2,10 2,46 2,83 3,19
1,60 0,65 0,87 1,14 1,45 1,81 2,18 2,54 2,91 3,27
1,70 0,76 0,98 1,24 1,54 1,89 2,26 2,62 2,99 3,35
1,80 0,87 1,08 1,34 1,63 1,97 2,34 2,70 3,07 3,43
1,90 0,98 1,19 1,44 1,73 2,06 2,42 2,78 3,14 3,51
2,00 1,09 1,29 1,54 1,82 2,14 2,50 2,86 3,23 3,59
273
Número de camadas = 4;; δ=0,10
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
ν ↓ 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80
0,00 0,00 0,24 0,54 0,89 1,26 1,66 2,09 2,52 2,95
0,10 0,00 0,15 0,47 0,83 1,23 1,66 2,09 2,52 2,95
0,20 0,00 0,06 0,41 0,81 1,23 1,66 2,09 2,53 2,96
0,30 0,00 0,00 0,37 0,80 1,23 1,66 2,10 2,53 2,97
0,40 0,00 0,00 0,35 0,79 1,22 1,66 2,10 2,54 2,97
0,50 0,00 0,00 0,35 0,78 1,22 1,66 2,10 2,54 2,98
0,60 0,00 0,00 0,39 0,84 1,26 1,68 2,11 2,55 2,99
0,70 0,00 0,00 0,44 0,90 1,33 1,75 2,17 2,59 3,01
0,80 0,00 0,07 0,51 0,96 1,40 1,82 2,25 2,67 3,09
0,90 0,00 0,16 0,58 1,03 1,47 1,90 2,32 2,74 3,16
1,00 0,00 0,26 0,65 1,10 1,54 1,97 2,40 2,82 3,24
1,10 0,11 0,37 0,74 1,17 1,61 2,04 2,47 2,90 3,32
1,20 0,22 0,47 0,82 1,25 1,69 2,12 2,55 2,97 3,39
1,30 0,33 0,57 0,91 1,33 1,76 2,20 2,63 3,05 3,47
1,40 0,43 0,68 1,00 1,41 1,84 2,27 2,70 3,13 3,55
1,50 0,54 0,78 1,09 1,49 1,92 2,35 2,78 3,21 3,63
1,60 0,65 0,89 1,18 1,58 2,00 2,43 2,86 3,29 3,71
1,70 0,76 1,00 1,28 1,66 2,08 2,51 2,94 3,37 3,79
1,80 0,87 1,10 1,38 1,75 2,17 2,59 3,02 3,45 3,87
1,90 0,98 1,21 1,49 1,84 2,25 2,67 3,10 3,53 3,95
2,00 1,09 1,32 1,59 1,93 2,33 2,76 3,18 3,61 4,03
274
Número de camadas = 4;; δ=0,15
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
ν ↓ 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80
0,00 0,00 0,25 0,61 1,00 1,44 1,93 2,43 2,93 3,43
0,10 0,00 0,16 0,53 0,95 1,44 1,93 2,43 2,93 3,44
0,20 0,00 0,07 0,46 0,94 1,43 1,93 2,43 2,94 3,44
0,30 0,00 0,00 0,43 0,92 1,43 1,93 2,44 2,94 3,45
0,40 0,00 0,00 0,41 0,91 1,42 1,93 2,44 2,95 3,45
0,50 0,00 0,00 0,42 0,94 1,44 1,94 2,44 2,95 3,46
0,60 0,00 0,00 0,47 1,00 1,51 2,01 2,51 3,00 3,50
0,70 0,00 0,00 0,52 1,06 1,57 2,08 2,58 3,08 3,58
0,80 0,00 0,07 0,58 1,12 1,64 2,15 2,66 3,16 3,66
0,90 0,00 0,17 0,66 1,19 1,71 2,23 2,73 3,23 3,73
1,00 0,00 0,27 0,73 1,26 1,79 2,30 2,81 3,31 3,81
1,10 0,11 0,38 0,82 1,34 1,86 2,38 2,89 3,39 3,89
1,20 0,22 0,48 0,90 1,42 1,94 2,45 2,96 3,47 3,97
1,30 0,33 0,59 0,99 1,50 2,02 2,53 3,04 3,55 4,05
1,40 0,43 0,70 1,08 1,58 2,09 2,61 3,12 3,63 4,13
1,50 0,54 0,81 1,17 1,66 2,17 2,69 3,20 3,71 4,21
1,60 0,65 0,91 1,26 1,74 2,25 2,77 3,28 3,79 4,29
1,70 0,76 1,02 1,36 1,83 2,34 2,85 3,36 3,87 4,37
1,80 0,87 1,13 1,45 1,92 2,42 2,93 3,44 3,95 4,45
1,90 0,98 1,24 1,55 2,00 2,50 3,01 3,52 4,03 4,53
2,00 1,09 1,35 1,65 2,09 2,59 3,09 3,60 4,11 4,62
275
Número de camadas = 4;; δ=0,20
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
ν ↓ 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80
0,00 0,00 0,27 0,70 1,23 1,83 2,43 3,03 3,64 4,25
0,10 0,00 0,17 0,62 1,20 1,80 2,40 3,01 3,61 4,22
0,20 0,00 0,07 0,57 1,16 1,77 2,37 2,98 3,59 4,20
0,30 0,00 0,00 0,53 1,13 1,74 2,34 2,95 3,56 4,17
0,40 0,00 0,00 0,50 1,12 1,74 2,36 2,98 3,60 4,22
0,50 0,00 0,00 0,53 1,16 1,79 2,41 3,03 3,66 4,28
0,60 0,00 0,00 0,57 1,22 1,84 2,46 3,09 3,71 4,33
0,70 0,00 0,00 0,63 1,28 1,91 2,53 3,14 3,77 4,39
0,80 0,00 0,08 0,69 1,35 1,98 2,60 3,22 3,83 4,45
0,90 0,00 0,18 0,76 1,42 2,05 2,68 3,30 3,91 4,53
1,00 0,00 0,29 0,84 1,49 2,13 2,75 3,37 3,99 4,61
1,10 0,11 0,39 0,92 1,56 2,20 2,83 3,45 4,07 4,69
1,20 0,22 0,50 1,01 1,64 2,28 2,91 3,53 4,15 4,77
1,30 0,33 0,61 1,09 1,72 2,36 2,99 3,61 4,23 4,85
1,40 0,43 0,72 1,18 1,80 2,44 3,07 3,69 4,31 4,93
1,50 0,54 0,83 1,28 1,88 2,52 3,15 3,77 4,39 5,01
1,60 0,65 0,94 1,37 1,97 2,60 3,23 3,85 4,47 5,09
1,70 0,76 1,05 1,47 2,05 2,68 3,31 3,93 4,55 5,17
1,80 0,87 1,16 1,56 2,14 2,76 3,39 4,01 4,64 5,25
1,90 0,98 1,27 1,66 2,23 2,84 3,47 4,10 4,72 5,34
2,00 1,09 1,38 1,75 2,31 2,93 3,55 4,18 4,80 5,42
276
Número de camadas = 5;; δ=0,05
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
ν ↓ 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80
0,00 0,00 0,24 0,52 0,85 1,22 1,59 1,97 2,35 2,73
0,10 0,00 0,14 0,45 0,81 1,18 1,55 1,93 2,31 2,72
0,20 0,00 0,06 0,40 0,76 1,14 1,52 1,93 2,33 2,74
0,30 0,00 0,00 0,35 0,73 1,13 1,54 1,94 2,35 2,75
0,40 0,00 0,00 0,33 0,73 1,14 1,55 1,96 2,37 2,77
0,50 0,00 0,00 0,32 0,74 1,15 1,56 1,97 2,38 2,79
0,60 0,00 0,00 0,35 0,76 1,16 1,58 1,99 2,40 2,81
0,70 0,00 0,00 0,40 0,82 1,21 1,60 2,01 2,42 2,83
0,80 0,00 0,07 0,47 0,88 1,27 1,66 2,05 2,44 2,85
0,90 0,00 0,16 0,54 0,94 1,34 1,73 2,12 2,50 2,88
1,00 0,00 0,26 0,62 1,01 1,41 1,80 2,19 2,57 2,96
1,10 0,11 0,36 0,71 1,09 1,48 1,87 2,26 2,65 3,03
1,20 0,22 0,47 0,79 1,17 1,55 1,94 2,33 2,72 3,10
1,30 0,33 0,57 0,89 1,25 1,63 2,01 2,40 2,79 3,18
1,40 0,43 0,68 0,98 1,34 1,71 2,09 2,48 2,86 3,25
1,50 0,54 0,78 1,07 1,43 1,80 2,17 2,55 2,94 3,32
1,60 0,65 0,89 1,17 1,52 1,89 2,25 2,63 3,01 3,40
1,70 0,76 1,00 1,27 1,61 1,97 2,34 2,71 3,09 3,47
1,80 0,87 1,10 1,37 1,70 2,06 2,43 2,79 3,16 3,55
1,90 0,98 1,21 1,48 1,80 2,15 2,52 2,88 3,24 3,63
2,00 1,09 1,32 1,58 1,89 2,24 2,61 2,97 3,33 3,70
277
Número de camadas = 5;; δ=0,10
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
ν ↓ 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80
0,00 0,00 0,25 0,56 0,95 1,37 1,79 2,22 2,68 3,15
0,10 0,00 0,15 0,50 0,91 1,33 1,76 2,23 2,70 3,16
0,20 0,00 0,06 0,44 0,86 1,31 1,77 2,24 2,71 3,18
0,30 0,00 0,00 0,39 0,85 1,32 1,79 2,26 2,73 3,20
0,40 0,00 0,00 0,38 0,85 1,32 1,80 2,27 2,74 3,21
0,50 0,00 0,00 0,38 0,85 1,33 1,81 2,28 2,76 2,23
0,60 0,00 0,00 0,42 0,90 1,36 1,82 2,30 2,77 3,25
0,70 0,00 0,00 0,47 0,95 1,42 1,88 2,33 2,79 3,27
0,80 0,00 0,07 0,53 1,02 1,49 1,95 2,40 2,86 3,31
0,90 0,00 0,17 0,60 1,08 1,55 2,02 2,47 2,93 3,38
1,00 0,00 0,27 0,67 1,15 1,62 2,09 2,55 3,00 3,46
1,10 0,11 0,38 0,76 1,22 1,69 2,16 2,62 3,07 3,53
1,20 0,22 0,48 0,85 1,29 1,76 2,23 2,69 3,15 3,60
1,30 0,33 0,59 0,94 1,37 1,84 2,30 2,76 3,22 3,68
1,40 0,43 0,69 1,04 1,45 1,91 2,38 2,84 3,30 3,75
1,50 0,54 0,80 1,13 1,54 1,99 2,45 2,91 3,37 3,83
1,60 0,65 0,91 1,23 1,63 2,06 2,53 2,99 3,45 3,90
1,70 0,76 1,02 1,32 1,72 2,14 2,60 3,06 3,52 3,98
1,80 0,87 1,12 1,43 1,81 2,23 2,68 3,14 3,60 4,06
1,90 0,98 1,23 1,53 1,90 2,32 2,76 3,22 3,68 4,13
2,00 1,09 1,34 1,63 2,00 2,41 2,84 3,30 3,75 4,21
278
Número de camadas = 5;; δ=0,15
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
ν ↓ 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80
0,00 0,00 0,26 0,63 1,09 1,56 2,08 2,63 3,18 3,73
0,10 0,00 0,16 0,57 1,03 1,54 2,09 2,64 3,19 3,75
0,20 0,00 0,07 0,50 1,01 1,55 2,10 2,65 3,21 3,76
0,30 0,00 0,00 0,46 1,00 1,55 2,11 2,66 3,22 3,77
0,40 0,00 0,00 0,45 1,00 1,56 2,12 2,67 3,23 3,79
0,50 0,00 0,00 0,46 1,02 1,57 2,13 2,69 3,25 3,80
0,60 0,00 0,00 0,50 1,08 1,64 2,19 2,74 3,28 3,83
0,70 0,00 0,00 0,56 1,14 1,70 2,26 2,81 3,35 3,90
0,80 0,00 0,08 0,62 1,20 1,77 2,33 2,88 3,43 3,97
0,90 0,00 0,18 0,69 1,27 1,84 2,40 2,95 3,50 4,05
1,00 0,00 0,28 0,76 1,34 1,91 2,47 3,02 3,58 4,12
1,10 0,11 0,39 0,84 1,41 1,98 2,54 3,10 3,65 4,20
1,20 0,22 0,49 0,92 1,48 2,05 2,62 3,17 3,73 4,28
1,30 0,33 0,60 1,01 1,56 2,13 2,69 3,25 3,80 4,35
1,40 0,43 0,71 1,10 1,64 2,20 2,76 3,32 3,88 4,43
1,50 0,54 0,82 1,20 1,72 2,28 2,84 3,40 3,95 4,50
1,60 0,65 0,93 1,30 1,80 2,35 2,92 3,47 4,03 4,58
1,70 0,76 1,04 1,39 1,88 2,43 2,99 3,55 4,11 4,66
1,80 0,87 1,15 1,49 1,96 2,51 3,07 3,63 4,18 4,74
1,90 0,98 1,25 1,59 2,05 2,59 3,15 3,70 4,26 4,81
2,00 1,09 1,36 1,69 2,14 2,67 3,23 3,78 4,34 4,89
279
Número de camadas = 5;; δ=0,20
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
ν ↓ 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80
0,00 0,00 0,27 0,74 1,31 1,97 2,64 3,31 3,99 4,67
0,10 0,00 0,18 0,66 1,29 1,95 2,63 3,30 3,98 4,66
0,20 0,00 0,08 0,61 1,27 1,94 2,61 3,29 3,97 4,65
0,30 0,00 0,00 0,58 1,24 1,92 2,60 3,28 3,96 4,64
0,40 0,00 0,00 0,55 1,24 1,93 2,62 3,31 4,00 4,69
0,50 0,00 0,00 0,58 1,28 1,98 2,67 3,37 4,06 4,75
0,60 0,00 0,00 0,62 1,34 2,03 2,72 3,42 4,11 4,80
0,70 0,00 0,00 0,68 1,40 2,10 2,79 3,47 4,17 4,86
0,80 0,00 0,08 0,74 1,46 2,17 2,86 3,54 4,23 4,92
0,90 0,00 0,19 0,81 1,53 2,24 2,93 3,62 4,30 4,98
1,00 0,00 0,29 0,88 1,60 2,31 3,00 3,69 4,38 5,06
1,10 0,11 0,40 0,96 1,67 2,38 3,08 3,77 4,45 5,14
1,20 0,22 0,51 1,04 1,75 2,45 3,15 3,84 4,53 5,22
1,30 0,33 0,62 1,13 1,82 2,53 3,23 3,92 4,61 5,29
1,40 0,43 0,73 1,22 1,90 2,60 3,30 4,00 4,68 5,37
1,50 0,54 0,84 1,31 1,98 2,68 3,38 4,07 4,76 5,45
1,60 0,65 0,95 1,40 2,06 2,76 3,46 4,15 4,84 5,53
1,70 0,76 1,06 1,49 2,14 2,83 3,53 4,23 4,92 5,60
1,80 0,87 1,17 1,58 2,22 2,91 3,61 4,30 5,00 5,68
1,90 0,98 1,28 1,68 2,31 2,99 3,69 4,38 5,07 5,76
2,00 1,09 1,39 1,78 2,39 3,07 3,77 4,46 5,15 5,84
280
Número de camadas = 6;; δ=0,05
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
ν ↓ 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80
0,00 0,00 0,24 0,54 0,88 1,26 1,66 2,06 2,46 2,87
0,10 0,00 0,15 0,47 0,83 1,23 1,63 2,04 2,44 2,85
0,20 0,00 0,06 0,41 0,80 1,20 1,60 2,01 2,42 2,83
0,30 0,00 0,00 0,36 0,77 1,17 1,58 2,00 2,42 2,84
0,40 0,00 0,00 0,34 0,76 1,18 1,60 2,03 2,45 2,87
0,50 0,00 0,00 0,34 0,77 1,20 1,62 2,05 2,47 2,90
0,60 0,00 0,00 0,37 0,79 1,22 1,65 2,07 2,50 2,92
0,70 0,00 0,00 0,42 0,85 1,25 1,67 2,10 2,52 2,95
0,80 0,00 0,07 0,49 0,91 1,32 1,72 2,12 2,55 2,97
0,90 0,00 0,16 0,56 0,98 1,39 1,79 2,19 2,59 3,00
1,00 0,00 0,26 0,64 1,06 1,47 1,87 2,26 2,65 3,05
1,10 0,11 0,37 0,72 1,14 1,54 1,94 2,34 2,73 3,12
1,20 0,22 0,47 0,81 1,22 1,62 2,02 2,42 2,81 3,20
1,30 0,33 0,57 0,90 1,30 1,70 2,10 2,50 2,89 3,28
1,40 0,43 0,68 0,99 1,38 1,78 2,19 2,58 2,98 3,37
1,50 0,54 0,79 1,09 1,47 1,87 2,27 2,66 3,06 3,45
1,60 0,65 0,89 1,18 1,56 1,95 2,35 2,75 3,14 3,53
1,70 0,76 1,00 1,28 1,65 2,04 2,43 2,83 2,23 3,62
1,80 0,87 1,11 1,38 1,74 2,12 2,52 2,92 3,31 3,70
1,90 0,98 1,22 1,49 1,83 2,21 2,61 3,00 3,39 3,79
2,00 1,09 1,32 1,59 1,92 2,30 2,69 3,09 3,48 3,87
281
Número de camadas = 6;; δ=0,10
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
ν ↓ 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80
0,00 0,00 0,25 0,59 0,98 1,43 1,89 2,35 2,82 3,29
0,10 0,00 0,15 0,51 0,94 1,40 1,86 2,33 2,80 3,30
0,20 0,00 0,07 0,46 0,91 1,37 1,85 2,34 2,83 3,32
0,30 0,00 0,00 0,41 0,88 1,37 1,86 2,36 2,85 3,34
0,40 0,00 0,00 0,40 0,89 1,39 1,88 2,38 2,87 3,37
0,50 0,00 0,00 0,40 0,90 1,40 1,90 2,40 2,89 3,39
0,60 0,00 0,00 0,44 0,94 1,42 1,92 2,42 2,92 3,41
0,70 0,00 0,00 0,49 0,99 1,48 1,96 2,44 2,94 3,44
0,80 0,00 0,07 0,55 1,05 1,54 2,03 2,51 2,98 3,46
0,90 0,00 0,17 0,62 1,12 1,61 2,09 2,57 3,05 3,53
1,00 0,00 0,27 0,70 1,18 1,68 2,16 2,64 3,12 3,60
1,10 0,11 0,38 0,79 1,26 1,74 2,23 2,71 3,19 3,67
1,20 0,22 0,48 0,87 1,34 1,81 2,30 2,78 3,26 3,74
1,30 0,33 0,59 0,96 1,42 1,89 2,37 2,86 3,34 3,81
1,40 0,43 0,70 1,06 1,51 1,97 2,44 2,93 3,41 3,89
1,50 0,54 0,80 1,15 1,59 2,06 2,52 3,00 3,48 3,96
1,60 0,65 0,91 1,25 1,68 2,14 2,60 3,07 3,55 4,03
1,70 0,76 1,02 1,34 1,77 2,22 2,68 3,14 3,63 4,11
1,80 0,87 1,13 1,44 1,86 2,31 2,77 3,23 3,70 4,18
1,90 0,98 1,24 1,54 1,95 2,40 2,85 3,31 3,77 4,25
2,00 1,09 1,35 1,64 2,04 2,49 2,94 3,40 3,85 4,33
282
Número de camadas = 6;; δ=0,15
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
0,00 0,00 0,26 0,65 1,13 1,66 2,19 2,76 3,35 3,93
0,10 0,00 0,17 0,58 1,09 1,62 2,20 2,78 3,37 3,95
0,20 0,00 0,07 0,53 1,05 1,63 2,21 2,80 3,39 3,97
0,30 0,00 0,00 0,48 1,06 1,64 2,23 2,82 3,41 4,00
0,40 0,00 0,00 0,47 1,06 1,65 2,25 2,84 3,43 4,02
0,50 0,00 0,00 0,49 1,08 1,67 2,26 2,85 3,45 4,04
0,60 0,00 0,00 0,53 1,14 1,73 2,31 2,89 3,47 4,06
0,70 0,00 0,00 0,58 1,20 1,79 2,38 2,96 3,54 4,12
0,80 0,00 0,08 0,64 1,26 1,86 2,45 3,03 3,61 4,19
0,90 0,00 0,18 0,71 1,32 1,92 2,52 3,10 3,69 4,27
1,00 0,00 0,28 0,78 1,39 1,99 2,58 3,17 3,76 4,34
1,10 0,11 0,39 0,86 1,46 2,06 2,65 3,24 3,83 4,41
1,20 0,22 0,50 0,95 1,53 2,13 2,73 3,32 3,90 4,49
1,30 0,33 0,61 1,04 1,60 2,20 2,80 3,39 3,97 4,56
1,40 0,43 0,71 1,13 1,68 2,27 2,87 3,46 4,05 4,63
1,50 0,54 0,82 1,23 1,75 2,35 2,94 3,53 4,12 4,71
1,60 0,65 0,93 1,32 1,84 2,42 3,02 3,61 4,20 4,78
1,70 0,76 1,04 1,42 1,93 2,50 3,09 3,68 4,27 4,86
1,80 0,87 1,15 1,52 2,02 2,57 3,16 3,76 4,34 4,93
1,90 0,98 1,26 1,62 2,11 2,65 3,24 3,83 4,42 5,01
2,00 1,09 1,37 1,71 2,20 2,73 3,32 3,91 4,49 5,08
283
Número de camadas = 6;; δ=0,20
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
0,00 0,00 0,28 0,76 1,37 2,08 2,79 3,52 4,24 4,97
0,10 0,00 0,17 0,70 1,35 2,07 2,79 3,51 4,24 4,97
0,20 0,00 0,08 0,64 1,34 2,06 2,78 3,51 4,24 4,97
0,30 0,00 0,00 0,61 1,33 2,05 2,78 3,51 4,24 4,97
0,40 0,00 0,00 0,59 1,33 2,07 2,81 3,55 4,29 5,03
0,50 0,00 0,00 0,62 1,37 2,12 2,86 3,60 4,34 5,08
0,60 0,00 0,00 0,66 1,42 2,17 2,91 3,66 4,40 5,14
0,70 0,00 0,00 0,71 1,49 2,23 2,97 3,71 4,45 5,20
0,80 0,00 0,08 0,77 1,55 2,30 3,04 3,77 4,51 5,25
0,90 0,00 0,19 0,84 1,61 2,37 3,11 3,85 4,58 5,31
1,00 0,00 0,30 0,91 1,68 2,44 3,18 3,92 4,65 5,39
1,10 0,11 0,40 0,99 1,75 2,51 3,25 3,99 4,73 5,46
1,20 0,22 0,51 1,07 1,82 2,58 3,32 4,06 4,80 5,54
1,30 0,33 0,62 1,15 1,89 2,65 3,40 4,14 4,88 5,61
1,40 0,43 0,73 1,24 1,97 2,72 3,47 4,21 4,95 5,69
1,50 0,54 0,84 1,33 2,04 2,79 3,54 4,29 5,03 5,76
1,60 0,65 0,95 1,42 2,12 2,87 3,62 4,36 5,10 5,84
1,70 0,76 1,06 1,52 2,20 2,94 3,69 4,44 5,18 5,91
1,80 0,87 1,18 1,62 2,28 3,02 3,77 4,51 5,25 5,99
1,90 0,98 1,29 1,72 2,36 3,10 3,84 4,59 5,33 6,07
2,00 1,09 1,40 1,82 2,44 3,18 3,92 4,66 5,40 6,14
284
Número de camadas = 3;; δ=0,05
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
0,00 0,00 0,22 0,45 0,68 0,92 1,20 1,48 1,77 2,06
0,10 0,00 0,13 0,36 0,61 0,89 1,18 1,47 1,76 2,05
0,20 0,00 0,05 0,31 0,58 0,87 1,16 1,45 1,74 2,04
0,30 0,00 0,00 0,27 0,56 0,85 1,14 1,44 1,73 2,03
0,40 0,00 0,00 0,24 0,53 0,83 1,13 1,42 1,72 2,01
0,50 0,00 0,00 0,23 0,52 0,82 1,11 1,41 1,71 2,01
0,60 0,00 0,00 0,27 0,58 0,87 1,16 1,44 1,73 2,01
0,70 0,00 0,00 0,32 0,64 0,94 1,23 1,52 1,81 2,09
0,80 0,00 0,06 0,39 0,70 1,01 1,30 1,60 1,88 2,17
0,90 0,00 0,15 0,46 0,78 1,08 1,38 1,67 1,96 2,25
1,00 0,00 0,24 0,54 0,85 1,16 1,46 1,75 2,04 2,33
1,10 0,11 0,34 0,62 0,93 1,24 1,54 1,83 2,12 2,41
1,20 0,22 0,44 0,71 1,01 1,32 1,62 1,91 2,21 2,50
1,30 0,33 0,54 0,80 1,10 1,40 1,70 2,00 2,29 2,58
1,40 0,43 0,65 0,90 1,18 1,48 1,78 2,08 2,37 2,67
1,50 0,54 0,75 1,00 1,27 1,57 1,87 2,16 2,46 2,75
1,60 0,65 0,86 1,10 1,36 1,66 1,95 2,25 2,54 2,83
1,70 0,76 0,96 1,20 1,46 1,74 2,04 2,33 2,63 2,92
1,80 0,87 1,06 1,30 1,55 1,83 2,13 2,42 2,71 3,01
1,90 0,98 1,16 1,40 1,65 1,92 2,22 2,51 2,80 3,09
2,00 1,09 1,26 1,50 1,75 2,02 2,31 2,60 2,89 3,18
285
Número de camadas = 3;; δ=0,10
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
0,00 0,00 0,24 0,49 0,75 1,02 1,34 1,66 1,99 2,32
0,10 0,00 0,14 0,40 0,68 1,00 1,32 1,65 1,97 2,30
0,20 0,00 0,05 0,34 0,65 0,98 1,30 1,63 1,96 2,29
0,30 0,00 0,00 0,30 0,62 0,95 1,28 1,61 1,95 2,28
0,40 0,00 0,00 0,27 0,60 0,93 1,27 1,60 1,93 2,27
0,50 0,00 0,00 0,27 0,61 0,93 1,26 1,59 1,92 2,26
0,60 0,00 0,00 0,31 0,66 1,00 1,33 1,66 1,98 2,31
0,70 0,00 0,00 0,37 0,73 1,07 1,40 1,73 2,06 2,39
0,80 0,00 0,07 0,43 0,80 1,14 1,48 1,81 2,14 2,47
0,90 0,00 0,16 0,51 0,87 1,22 1,56 1,89 2,22 2,55
1,00 0,00 0,26 0,59 0,94 1,29 1,64 1,97 2,30 2,63
1,10 0,11 0,36 0,67 1,02 1,37 1,72 2,05 2,39 2,72
1,20 0,22 0,46 0,76 1,11 1,45 1,80 2,13 2,47 2,80
1,30 0,33 0,56 0,85 1,19 1,54 1,88 2,22 2,55 2,89
1,40 0,43 0,67 0,95 1,28 1,62 1,96 2,30 2,64 2,97
1,50 0,54 0,77 1,05 1,37 1,71 2,05 2,39 2,72 3,06
1,60 0,65 0,88 1,14 1,46 1,79 2,13 2,47 2,81 3,14
1,70 0,76 0,99 1,25 1,55 1,88 2,22 2,56 2,89 3,23
1,80 0,87 1,09 1,35 1,64 1,97 2,31 2,65 2,98 3,31
1,90 0,98 1,20 1,45 1,74 2,06 2,40 2,73 3,07 3,40
2,00 1,09 1,30 1,55 1,83 2,15 2,49 2,82 3,16 3,49
286
Número de camadas = 3;; δ=0,15
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
0,00 0,00 0,25 0,54 0,85 1,21 1,57 1,93 2,29 2,65
0,10 0,00 0,15 0,45 0,80 1,16 1,52 1,88 2,25 2,63
0,20 0,00 0,06 0,39 0,75 1,11 1,48 1,86 2,24 2,61
0,30 0,00 0,00 0,34 0,71 1,09 1,46 1,84 2,22 2,60
0,40 0,00 0,00 0,30 0,69 1,07 1,45 1,83 2,21 2,59
0,50 0,00 0,00 0,32 0,72 1,10 1,48 1,86 2,23 2,61
0,60 0,00 0,00 0,37 0,78 1,17 1,55 1,93 2,31 2,69
0,70 0,00 0,00 0,42 0,84 1,24 1,63 2,01 2,39 2,77
0,80 0,00 0,07 0,49 0,91 1,31 1,71 2,09 2,48 2,86
0,90 0,00 0,17 0,57 0,99 1,39 1,78 2,17 2,56 2,94
1,00 0,00 0,27 0,65 1,06 1,47 1,86 2,25 2,64 3,02
1,10 0,11 0,37 0,73 1,14 1,55 1,94 2,34 2,72 3,11
1,20 0,22 0,48 0,82 1,22 1,63 2,03 2,42 2,81 3,19
1,30 0,33 0,58 0,92 1,31 1,71 2,11 2,50 2,89 3,28
1,40 0,43 0,69 1,01 1,40 1,80 2,19 2,59 2,98 3,36
1,50 0,54 0,79 1,11 1,49 1,88 1,28 2,67 3,06 3,45
1,60 0,65 0,90 1,20 1,58 1,97 2,36 2,76 3,15 3,53
1,70 0,76 1,01 1,30 1,67 2,06 2,45 2,84 3,23 3,62
1,80 0,87 1,12 1,41 1,76 2,15 2,54 2,93 3,32 3,71
1,90 0,98 1,23 1,51 1,85 2,24 2,63 3,02 3,41 3,80
2,00 1,09 1,34 1,61 1,95 2,33 2,72 3,11 3,50 3,88
287
Número de camadas = 3;; δ=0,20
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
0,00 0,00 0,27 0,61 1,03 1,47 1,92 2,36 2,81 3,26
0,10 0,00 0,17 0,54 0,97 1,42 1,86 2,31 2,76 3,21
0,20 0,00 0,07 0,48 0,92 1,36 1,81 2,26 2,71 3,16
0,30 0,00 0,00 0,41 0,86 1,31 1,76 2,21 2,66 3,10
0,40 0,00 0,00 0,37 0,83 1,29 1,75 2,21 2,67 3,13
0,50 0,00 0,00 0,40 0,87 1,33 1,80 2,26 2,72 3,18
0,60 0,00 0,00 0,44 0,93 1,40 1,85 2,31 2,77 3,24
0,70 0,00 0,00 0,50 1,00 1,47 1,93 2,39 2,84 3,29
0,80 0,00 0,08 0,57 1,07 1,54 2,01 2,47 2,92 3,38
0,90 0,00 0,18 0,64 1,14 1,62 2,09 2,55 3,01 3,46
1,00 0,00 0,28 0,72 1,22 1,70 2,17 2,63 3,09 3,54
1,10 0,11 0,39 0,81 1,30 1,78 2,25 2,71 3,17 3,63
1,20 0,22 0,49 0,90 1,38 1,86 2,33 2,80 3,26 3,72
1,30 0,33 0,60 0,99 1,46 1,94 2,42 2,88 3,34 3,80
1,40 0,43 0,71 1,09 1,55 2,03 2,50 2,97 3,43 3,89
1,50 0,54 0,82 1,18 1,64 2,11 2,59 3,05 3,52 3,97
1,60 0,65 0,93 1,28 1,73 2,20 2,67 3,14 3,60 4,06
1,70 0,76 1,04 1,38 1,82 2,29 2,76 3,23 3,69 4,15
1,80 0,87 1,15 1,48 1,91 2,38 2,85 3,31 3,78 4,24
1,90 0,98 1,26 1,58 2,01 2,47 2,93 3,40 3,86 4,32
2,00 1,09 1,37 1,68 2,10 2,56 3,02 3,49 3,95 4,41
288
Número de camadas = 4;; δ=0,05
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
0,00 0,00 0,22 0,46 0,72 0,99 1,27 1,55 1,83 2,11
0,10 0,00 0,13 0,38 0,66 0,93 1,22 1,50 1,79 2,09
0,20 0,00 0,05 0,32 0,60 0,88 1,18 1,49 1,79 2,09
0,30 0,00 0,00 0,27 0,57 0,87 1,18 1,48 1,79 2,10
0,40 0,00 0,00 0,25 0,56 0,86 1,17 1,48 1,79 2,10
0,50 0,00 0,00 0,24 0,55 0,86 1,17 1,48 1,79 2,10
0,60 0,00 0,00 0,28 0,60 0,90 1,20 1,49 1,79 2,10
0,70 0,00 0,00 0,33 0,66 0,97 1,27 1,57 1,86 2,16
0,80 0,00 0,06 0,39 0,72 1,03 1,34 1,64 1,94 2,23
0,90 0,00 0,15 0,46 0,79 1,10 1,41 1,72 2,02 2,31
1,00 0,00 0,24 0,54 0,86 1,18 1,49 1,79 2,09 2,39
1,10 0,11 0,34 0,62 0,94 1,25 1,56 1,87 2,17 2,47
1,20 0,22 0,44 0,71 1,02 1,33 1,64 1,95 2,25 2,55
1,30 0,33 0,54 0,81 1,10 1,41 1,72 2,03 2,33 2,63
1,40 0,43 0,64 0,90 1,19 1,49 1,80 2,11 2,41 2,71
1,50 0,54 0,75 1,00 1,28 1,58 1,88 2,19 2,49 2,79
1,60 0,65 0,85 1,10 1,37 1,66 1,97 2,27 2,57 2,88
1,70 0,76 0,96 1,20 1,46 1,75 2,05 2,35 2,66 2,96
1,80 0,87 1,06 1,30 1,56 1,84 2,13 2,44 2,74 3,04
1,90 0,98 1,16 1,40 1,65 1,93 2,22 2,52 2,82 3,13
2,00 1,09 1,26 1,50 1,75 2,02 2,31 2,61 2,91 3,21
289
Número de camadas = 4;; δ=0,10
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
0,00 0,00 0,24 0,50 0,79 1,09 1,41 1,72 2,04 2,38
0,10 0,00 0,14 0,42 0,73 1,04 1,35 1,69 2,03 2,38
0,20 0,00 0,06 0,36 0,67 1,00 1,34 1,69 2,03 2,38
0,30 0,00 0,00 0,31 0,65 0,99 1,34 1,68 2,03 2,38
0,40 0,00 0,00 0,28 0,63 0,98 1,33 1,68 2,03 2,38
0,50 0,00 0,00 0,28 0,63 0,98 1,33 1,68 2,03 2,38
0,60 0,00 0,00 0,33 0,69 1,04 1,39 1,73 2,07 2,41
0,70 0,00 0,00 0,38 0,75 1,11 1,46 1,80 2,14 2,48
0,80 0,00 0,07 0,44 0,82 1,18 1,53 1,88 2,22 2,56
0,90 0,00 0,16 0,51 0,89 1,25 1,61 1,95 2,30 2,64
1,00 0,00 0,25 0,59 0,96 1,33 1,68 2,03 2,38 2,72
1,10 0,11 0,35 0,68 1,04 1,40 1,76 2,11 2,46 2,80
1,20 0,22 0,46 0,76 1,12 1,48 1,84 2,19 2,54 2,88
1,30 0,33 0,56 0,85 1,20 1,56 1,92 2,27 2,62 2,97
1,40 0,43 0,66 0,95 1,29 1,64 2,00 2,35 2,70 3,05
1,50 0,54 0,77 1,04 1,37 1,73 2,08 2,43 2,78 3,13
1,60 0,65 0,87 1,14 1,46 1,81 2,16 2,52 2,87 3,21
1,70 0,76 0,98 1,24 1,55 1,90 2,25 2,60 2,95 3,30
1,80 0,87 1,09 1,34 1,64 1,98 2,33 2,68 3,03 3,38
1,90 0,98 1,19 1,45 1,74 2,07 2,42 2,77 3,12 3,47
2,00 1,09 1,30 1,55 1,83 2,16 2,51 2,85 3,20 3,55
290
Número de camadas = 4;; δ=0,15
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
0,00 0,00 0,25 0,56 0,90 1,25 1,60 1,97 2,35 2,75
0,10 0,00 0,15 0,48 0,83 1,18 1,56 1,95 2,35 2,75
0,20 0,00 0,06 0,40 0,77 1,15 1,55 1,94 2,34 2,74
0,30 0,00 0,00 0,35 0,74 1,14 1,54 1,94 2,34 2,74
0,40 0,00 0,00 0,32 0,73 1,13 1,53 1,94 2,34 2,74
0,50 0,00 0,00 0,34 0,76 1,16 1,56 1,96 2,36 2,75
0,60 0,00 0,00 0,39 0,82 1,23 1,63 2,03 2,43 2,83
0,70 0,00 0,00 0,44 0,88 1,30 1,71 2,11 2,51 2,91
0,80 0,00 0,07 0,51 0,95 1,37 1,78 2,19 2,59 2,99
0,90 0,00 0,17 0,58 1,02 1,44 1,86 2,27 2,67 3,07
1,00 0,00 0,27 0,66 1,09 1,52 1,93 2,34 2,75 3,15
1,10 0,11 0,37 0,74 1,17 1,60 2,01 2,42 2,83 3,24
1,20 0,22 0,47 0,83 1,25 1,67 2,09 2,50 2,91 3,32
1,30 0,33 0,58 0,92 1,33 1,75 2,17 2,59 2,99 3,40
1,40 0,43 0,69 1,01 1,42 1,84 2,25 2,67 3,08 3,48
1,50 0,54 0,79 1,11 1,50 1,92 2,34 2,75 3,16 3,57
1,60 0,65 0,90 1,20 1,59 2,00 2,42 2,83 3,24 3,65
1,70 0,76 1,01 1,30 1,68 2,09 2,50 2,92 3,33 3,74
1,80 0,87 1,12 1,40 1,77 2,18 2,59 3,00 3,41 3,82
1,90 0,98 1,22 1,50 1,86 2,26 2,68 3,09 3,50 3,90
2,00 1,09 1,33 1,61 1,95 2,35 2,76 3,17 3,58 3,99
291
Número de camadas = 4;; δ=0,20
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
0,00 0,00 0,27 0,64 1,05 1,51 1,98 2,46 2,94 3,41
0,10 0,00 0,17 0,56 1,00 1,47 1,94 2,42 2,90 3,38
0,20 0,00 0,07 0,48 0,95 1,43 1,90 2,38 2,86 3,34
0,30 0,00 0,00 0,43 0,91 1,38 1,86 2,34 2,82 3,30
0,40 0,00 0,00 0,39 0,88 1,37 1,86 2,35 2,84 3,33
0,50 0,00 0,00 0,42 0,92 1,42 1,91 2,41 2,90 3,39
0,60 0,00 0,00 0,47 0,98 1,48 1,97 2,46 2,95 3,44
0,70 0,00 0,00 0,52 1,05 1,55 2,04 2,53 3,01 3,50
0,80 0,00 0,08 0,59 1,12 1,62 2,12 2,61 3,09 3,58
0,90 0,00 0,18 0,66 1,19 1,70 2,19 2,69 3,17 3,66
1,00 0,00 0,28 0,74 1,26 1,77 2,27 2,77 3,25 3,74
1,10 0,11 0,39 0,82 1,34 1,85 2,35 2,85 3,34 3,82
1,20 0,22 0,49 0,91 1,42 1,93 2,43 2,93 3,42 3,91
1,30 0,33 0,60 1,00 1,50 2,01 2,51 3,01 3,50 3,99
1,40 0,43 0,71 1,10 1,59 2,09 2,60 3,09 3,59 4,07
1,50 0,54 0,82 1,19 1,67 2,18 2,68 3,18 3,67 4,16
1,60 0,65 0,92 1,29 1,76 2,26 2,76 3,26 3,75 4,24
1,70 0,76 1,03 1,38 1,85 2,35 2,85 3,34 3,84 4,33
1,80 0,87 1,14 1,48 1,94 2,43 2,93 3,43 3,92 4,41
1,90 0,98 1,25 1,58 2,03 2,52 3,02 3,51 4,01 4,50
2,00 1,09 1,36 1,68 2,12 2,61 3,11 3,60 4,09 4,58
292
Número de camadas = 6;; δ=0,05
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
0,00 0,00 0,23 0,47 0,73 1,00 1,29 1,57 1,86 2,16
0,10 0,00 0,13 0,39 0,67 0,95 1,24 1,54 1,84 2,14
0,20 0,00 0,05 0,33 0,61 0,91 1,21 1,51 1,82 2,12
0,30 0,00 0,00 0,28 0,58 0,88 1,19 1,49 1,80 2,10
0,40 0,00 0,00 0,25 0,56 0,87 1,18 1,49 1,80 2,11
0,50 0,00 0,00 0,24 0,56 0,87 1,19 1,50 1,81 2,12
0,60 0,00 0,00 0,28 0,60 0,91 1,21 1,51 1,82 2,14
0,70 0,00 0,00 0,34 0,66 0,97 1,28 1,57 1,87 2,17
0,80 0,00 0,06 0,40 0,73 1,04 1,35 1,65 1,95 2,24
0,90 0,00 0,15 0,47 0,80 1,12 1,43 1,73 2,03 2,32
1,00 0,00 0,25 0,55 0,88 1,19 1,50 1,81 2,11 2,41
1,10 0,11 0,34 0,64 0,96 1,27 1,58 1,89 2,19 2,49
1,20 0,22 0,45 0,73 1,04 1,35 1,66 1,97 2,27 2,57
1,30 0,33 0,55 0,82 1,12 1,44 1,75 2,05 2,36 2,66
1,40 0,43 0,65 0,91 1,21 1,52 1,83 2,14 2,44 2,74
1,50 0,54 0,76 1,01 1,30 1,61 1,92 2,22 2,53 2,83
1,60 0,65 0,86 1,11 1,39 1,69 2,00 2,31 2,61 2,91
1,70 0,76 0,97 1,21 1,48 1,78 2,09 2,39 2,70 3,00
1,80 0,87 1,07 1,31 1,58 1,87 2,18 2,48 2,78 3,09
1,90 0,98 1,17 1,41 1,67 1,96 2,27 2,57 2,87 3,17
2,00 1,09 1,27 1,52 1,77 2,06 2,36 2,66 2,96 3,26
293
Número de camadas = 6;; δ=0,10
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
0,00 0,00 0,24 0,51 0,80 1,11 1,43 1,77 2,11 2,45
0,10 0,00 0,15 0,43 0,74 1,06 1,40 1,74 2,08 2,43
0,20 0,00 0,06 0,36 0,69 1,03 1,37 1,71 2,06 2,40
0,30 0,00 0,00 0,31 0,65 1,00 1,35 1,70 2,05 2,41
0,40 0,00 0,00 0,28 0,64 1,00 1,35 1,71 2,06 2,42
0,50 0,00 0,00 0,29 0,65 1,00 1,36 1,71 2,07 2,43
0,60 0,00 0,00 0,33 0,70 1,06 1,41 1,75 2,10 2,44
0,70 0,00 0,00 0,38 0,76 1,12 1,48 1,82 2,17 2,52
0,80 0,00 0,07 0,45 0,82 1,19 1,55 1,90 2,25 2,59
0,90 0,00 0,16 0,52 0,90 1,26 1,62 1,97 2,32 2,67
1,00 0,00 0,26 0,60 0,97 1,33 1,69 2,05 2,40 2,75
1,10 0,11 0,36 0,69 1,05 1,41 1,77 2,12 2,48 2,83
1,20 0,22 0,46 0,78 1,13 1,49 1,85 2,20 2,55 2,90
1,30 0,33 0,57 0,87 1,22 1,58 1,93 2,28 2,63 2,98
1,40 0,43 0,67 0,96 1,31 1,66 2,01 2,36 2,71 3,06
1,50 0,54 0,78 1,06 1,40 1,75 2,10 2,45 2,79 3,14
1,60 0,65 0,88 1,16 1,49 1,83 2,19 2,53 2,88 3,22
1,70 0,76 0,99 1,26 1,58 1,92 2,27 2,62 2,97 3,31
1,80 0,87 1,10 1,36 1,67 2,01 2,36 2,71 3,05 3,40
1,90 0,98 1,20 1,46 1,76 2,10 2,45 2,80 3,14 3,49
2,00 1,09 1,31 1,57 1,86 2,19 2,54 2,88 3,23 3,57
294
Número de camadas = 6;; δ=0,15
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
0,00 0,00 0,26 0,57 0,92 1,27 1,65 2,03 2,42 2,81
0,10 0,00 0,16 0,49 0,84 1,22 1,60 2,00 2,39 2,79
0,20 0,00 0,06 0,41 0,79 1,18 1,57 1,98 2,39 2,80
0,30 0,00 0,00 0,36 0,75 1,16 1,57 1,98 2,39 2,81
0,40 0,00 0,00 0,33 0,75 1,16 1,57 1,99 2,40 2,82
0,50 0,00 0,00 0,35 0,77 1,19 1,60 2,01 2,41 2,82
0,60 0,00 0,00 0,39 0,83 1,25 1,67 2,08 2,49 2,90
0,70 0,00 0,00 0,45 0,89 1,32 1,74 2,15 2,57 2,98
0,80 0,00 0,07 0,51 0,96 1,39 1,81 2,23 2,64 3,05
0,90 0,00 0,17 0,58 1,03 1,46 1,89 2,31 2,72 3,13
1,00 0,00 0,27 0,66 1,10 1,54 1,96 2,38 2,80 3,21
1,10 0,11 0,37 0,75 1,18 1,61 2,04 2,46 2,88 3,29
1,20 0,22 0,48 0,84 1,25 1,69 2,12 2,54 2,96 3,37
1,30 0,33 0,58 0,93 1,34 1,77 2,19 2,62 3,04 3,45
1,40 0,43 0,69 1,02 1,43 1,85 2,27 2,70 3,12 3,53
1,50 0,54 0,80 1,12 1,51 1,93 2,35 2,78 3,20 3,61
1,60 0,65 0,91 1,22 1,61 2,01 2,43 2,86 3,28 3,69
1,70 0,76 1,01 1,32 1,70 2,10 2,52 2,94 3,36 3,78
1,80 0,87 1,12 1,42 1,79 2,19 2,60 3,02 3,44 3,86
1,90 0,98 1,23 1,52 1,88 2,28 2,68 3,10 3,52 3,94
2,00 1,09 1,34 1,62 1,98 2,37 2,77 3,19 3,60 4,02
295
Número de camadas = 6;; δ=0,20
δ=d’/h 𝜎"= = 0,85𝑓"=
Ùô ÷ô
𝜈= 𝜇 =
ÂXõöô ÂX²õöô
𝜔𝑏ℎ𝜎"=
𝐴. =
𝑓f=
Valores de ω
μ ↓
0,00 0,00 0,27 0,65 1,08 1,54 2,01 2,50 2,99 3,49
0,10 0,00 0,17 0,56 1,02 1,49 1,98 2,47 2,97 3,46
0,20 0,00 0,07 0,50 0,96 1,45 1,95 2,44 2,94 3,44
0,30 0,00 0,00 0,44 0,93 1,42 1,92 2,42 2,92 3,41
0,40 0,00 0,00 0,41 0,91 1,42 1,93 2,44 2,94 3,45
0,50 0,00 0,00 0,43 0,95 1,47 1,98 2,49 3,00 3,51
0,60 0,00 0,00 0,48 1,01 1,52 2,03 2,54 3,05 3,56
0,70 0,00 0,00 0,53 1,08 1,59 2,10 2,61 3,11 3,62
0,80 0,00 0,08 0,60 1,14 1,67 2,18 2,68 3,19 3,69
0,90 0,00 0,18 0,67 1,21 1,74 2,25 2,76 3,27 3,77
1,00 0,00 0,28 0,75 1,29 1,81 2,33 2,84 3,34 3,85
1,10 0,11 0,39 0,83 1,36 1,89 2,41 2,92 3,42 3,93
1,20 0,22 0,49 0,92 1,44 1,97 2,48 3,00 3,50 4,01
1,30 0,33 0,60 1,01 1,52 2,04 2,56 3,08 3,59 4,09
1,40 0,43 0,71 1,10 1,60 2,12 2,64 3,16 3,67 4,17
1,50 0,54 0,82 1,20 1,69 2,21 2,72 3,24 3,75 4,25
1,60 0,65 0,93 1,29 1,77 2,29 2,81 3,32 3,83 4,34
1,70 0,76 1,04 1,39 1,86 2,37 2,89 3,40 3,91 4,42
1,80 0,87 1,15 1,49 1,95 2,45 2,97 3,48 3,99 4,50
1,90 0,98 1,26 1,59 2,04 2,54 3,05 3,57 4,08 4,59
2,00 1,09 1,37 1,69 2,13 2,63 3,14 3,65 4,16 4,67
296
ANEXO 6 – Tabelas para dimensionamento de pilar
à flexão composta oblíqua
Número de barras = 4
0,85
(até
C50)
d’x/hx=d’y/hy=0,10 𝜎"= = 0,9
. 𝛼" . 𝑓"= αƒ = —ýþ ~íD
0,85 1 − (C55 − C90)
3DD
0,00 0,00 0,24 0,49 0,74 0,99 1,24 1,49 1,74 1,99
0,10 0,24 0,29 0,51 0,76 1,01 1,26 1,51 1,76 2,01
0,20 0,49 0,51 0,73 0,96 1,20 1,44 1,69 1,93 2,18
0,30 0,74 0,76 0,96 1,20 1,44 1,68 1,93 2,18 2,42
0,40 0,99 1,01 1,20 1,44 1,68 1,93 2,17 2,42 2,67
0,50 1,24 1,26 1,44 1,68 1,93 2,17 2,42 2,67 2,91
0,60 1,49 1,51 1,69 1,93 2,17 2,42 2,67 2,91 3,16
0,70 1,74 1,76 1,93 2,18 2,42 2,67 2,91 3,16 3,41
0,80 1,99 2,01 2,18 2,42 2,67 2,91 3,16 3,41 3,66
0,00 0,00 0,05 0,30 0,55 0,80 1,05 1,30 1,55 1,80
0,10 0,05 0,19 0,43 0,68 0,92 1,17 1,43 1,67 1,92
0,20 0,30 0,43 0,66 0,91 1,16 1,41 1,66 1,91 2,16
0,30 0,55 0,68 0,91 1,15 1,40 1,65 1,90 2,15 2,40
0,40 0,80 0,92 1,16 1,40 1,65 1,90 2,15 2,40 2,65
0,50 1,05 1,17 1,41 1,65 1,90 2,14 2,39 2,64 2,89
0,60 1,30 1,43 1,66 1,90 2,15 2,39 2,64 2,89 3,14
0,70 1,55 1,67 1,91 2,15 2,40 2,64 2,89 3,14 3,39
0,80 1,80 1,92 2,16 2,40 2,65 2,89 3,14 3,39 3,64
297
Número de barras = 4
0,85
(até
C50)
d’x/hx=d’y/hy=0,10 𝜎"= = 0,9
. 𝛼" . 𝑓"= αƒ = —ýþ ~íD
0,85 1 − (C55 − C90)
3DD
0,00 0,00 0,00 0,20 0,45 0,70 0,95 1,20 1,45 1,70
0,10 0,00 0,10 0,37 0,64 0,89 1,15 1,40 1,66 1,91
0,20 0,20 0,37 0,61 0,86 1,12 1,38 1,64 1,90 2,15
0,30 0,45 0,64 0,86 1,11 1,36 1,62 1,88 2,13 2,38
0,40 0,70 0,89 1,12 1,36 1,61 1,87 2,12 2,37 2,63
0,50 0,95 1,15 1,38 1,62 1,87 2,12 2,37 2,62 2,87
0,60 1,20 1,40 1,64 1,88 2,12 2,37 2,62 2,87 3,12
0,70 1,45 1,66 1,90 2,13 2,37 2,62 2,87 3,12 3,37
0,80 1,70 1,91 2,15 2,38 2,63 2,87 3,12 3,37 3,62
0,00 0,00 0,00 0,25 0,53 0,79 1,05 1,31 1,56 1,82
0,10 0,00 0,11 0,41 0,69 0,95 1,19 1,44 1,68 1,91
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298
Número de barras = 4
0,85
(até
C50)
d’x/hx=d’y/hy=0,10 𝜎"= = 0,9
. 𝛼" . 𝑓"= αƒ = —ýþ ~íD
0,85 1 − (C55 − C90)
3DD
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299
Número de barras = 4
0,85
(até
C50)
d’x/hx=d’y/hy=0,10 𝜎"= = 0,9
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3DD
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300
Número de barras = 6
0,85
(até
C50)
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3DD
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301
Número de barras = 6
0,85
(até
C50)
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3DD
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302
Número de barras = 6
0,85
(até
C50)
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303
Número de barras = 6
0,85
(até
C50)
d’x/hx=d’y/hy=0,10 𝜎"= = 0,9
. 𝛼" . 𝑓"= αƒ = —ýþ ~íD
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305
Número de barras = 8
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C50)
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306
Número de barras = 8
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(até
C50)
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3DD
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307
Número de barras = 8
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(até
C50)
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308
Número de barras = 10
0,85
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C50)
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309
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C50)
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310
Número de barras = 10
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C50)
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311
Número de barras = 10
0,85
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C50)
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312
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313
Número de barras = 8
0,85
(até
C50)
d’x/hx=d’y/hy=0,10 𝜎"= = 0,9
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0,10 0,00 0,13 0,46 0,79 1,10 1,42 1,74 2,06 2,39
0,20 0,27 0,46 0,76 1,07 1,38 1,70 2,01 2,32 2,62
0,30 0,60 0,79 1,07 1,38 1,68 1,99 2,30 2,61 2,92
0,40 0,93 1,10 1,38 1,68 1,99 2,30 2,60 2,91 3,21
0,50 1,27 1,42 1,70 1,99 2,30 2,60 2,91 3,21 3,52
0,60 1,60 1,74 2,01 2,30 2,60 2,91 3,21 3,52 3,82
0,70 1,93 2,06 2,32 2,61 2,91 3,21 3,52 3,82 4,13
0,80 2,27 2,39 2,62 2,92 3,21 3,52 3,82 4,13 4,43
0,00 0,00 0,00 0,31 0,66 1,00 1,33 1,66 1,98 2,31
0,10 0,00 0,14 0,50 0,83 1,16 1,48 1,80 2,13 2,45
0,20 0,31 0,50 0,80 1,11 1,42 1,73 2,05 2,36 2,68
0,30 0,66 0,83 1,11 1,41 1,71 2,02 2,34 2,65 2,96
0,40 1,00 1,16 1,42 1,71 2,02 2,33 2,64 2,95 3,26
0,50 1,33 1,48 1,73 2,02 2,33 2,63 2,94 3,25 3,56
0,60 1,66 1,80 2,05 2,34 2,64 2,94 3,25 3,55 3,86
0,70 1,98 2,13 2,36 2,65 2,95 3,25 3,55 3,86 4,17
0,80 2,31 2,45 2,68 2,96 3,26 3,56 3,86 4,17 4,47
314
Número de barras = 8
0,85
(até
C50)
d’x/hx=d’y/hy=0,10 𝜎"= = 0,9
. 𝛼" . 𝑓"= αƒ = —ýþ ~íD
0,85 1 − (C55 − C90)
3DD
0,00 0,00 0,07 0,43 0,80 1,14 1,48 1,81 2,14 2,47
0,10 0,07 0,24 0,59 0,94 1,28 1,61 1,93 2,25 2,56
0,20 0,43 0,59 0,88 1,21 1,53 1,84 2,15 2,46 2,78
0,30 0,80 0,94 1,21 1,51 1,81 2,12 2,42 2,72 3,02
0,40 1,14 1,28 1,53 1,81 2,11 2,41 2,71 3,01 3,31
0,50 1,48 1,61 1,84 2,12 2,41 2,71 3,00 3,30 3,61
0,60 1,81 1,93 2,15 2,42 2,71 3,00 3,29 3,60 3,91
0,70 2,14 2,25 2,46 2,72 3,01 3,30 3,60 3,91 4,22
0,80 2,47 2,56 2,78 3,02 3,31 3,61 3,91 4,22 4,52
0,00 0,00 0,26 0,59 0,95 1,29 1,64 1,97 2,30 2,63
0,10 0,26 0,40 0,72 1,07 1,42 1,75 2,07 2,39 2,72
0,20 0,59 0,72 0,99 1,31 1,64 1,96 2,29 2,61 2,92
0,30 0,95 1,07 1,31 1,62 1,93 2,24 2,55 2,85 3,15
0,40 1,29 1,42 1,64 1,93 2,23 2,53 2,83 3,13 3,43
0,50 1,64 1,75 1,96 2,24 2,53 2,83 3,13 3,42 3,72
0,60 1,97 2,07 2,29 2,55 2,83 3,13 3,42 3,72 4,01
0,70 2,30 2,39 2,61 2,85 3,13 3,42 3,72 4,01 4,30
0,80 2,63 2,72 2,92 3,15 3,43 3,72 4,01 4,30 4,59
315
Número de barras = 8
0,85
(até
C50)
d’x/hx=d’y/hy=0,10 𝜎"= = 0,9
. 𝛼" . 𝑓"= αƒ = —ýþ ~íD
0,85 1 − (C55 − C90)
3DD
0,00 0,22 0,46 0,76 1,11 1,45 1,80 2,14 2,47 2,80
0,10 0,46 0,58 0,87 1,22 1,56 1,89 2,22 2,55 2,88
0,20 0,76 0,87 1,12 1,44 1,77 2,11 2,43 2,75 3,07
0,30 1,11 1,22 1,44 1,74 2,05 2,36 2,67 2,98 3,29
0,40 1,45 1,56 1,77 2,05 2,35 2,65 2,96 3,26 3,57
0,50 1,80 1,89 2,11 2,36 2,65 2,95 3,25 3,55 3,85
0,60 2,14 2,22 2,43 2,67 2,96 3,25 3,55 3,84 4,14
0,70 2,47 2,55 2,75 2,98 3,26 3,55 3,84 4,14 4,43
0,80 2,80 2,88 3,07 3,29 3,57 3,85 4,14 4,43 4,72
0,00 0,43 0,67 0,95 1,28 1,62 1,96 2,30 2,64 2,97
0,10 0,67 0,78 1,04 1,37 1,71 2,04 2,38 2,71 3,05
0,20 0,95 1,04 1,27 1,58 1,92 2,25 2,58 2,90 3,22
0,30 1,28 1,37 1,58 1,87 2,18 2,49 2,81 3,12 3,44
0,40 1,62 1,71 1,92 2,18 2,47 2,78 3,09 3,40 3,70
0,50 1,96 2,04 2,25 2,49 2,78 3,08 3,38 3,68 3,98
0,60 2,30 2,38 2,58 2,81 3,09 3,38 3,68 3,97 4,27
0,70 2,64 2,71 2,90 3,12 3,40 3,68 3,97 4,27 4,56
0,80 2,97 3,05 3,22 3,44 3,70 3,98 4,27 4,56 4,86
316
Número de barras = 12
0,85
(até
C50)
d’x/hx=d’y/hy=0,10 𝜎"= = 0,9
. 𝛼" . 𝑓"= αƒ = —ýþ ~íD
0,85 1 − (C55 − C90)
3DD
0,00 0,00 0,24 0,50 0,79 1,09 1,41 1,72 2,04 2,38
0,10 0,24 0,35 0,62 0,92 1,22 1,53 1,85 2,16 2,50
0,20 0,50 0,62 0,85 1,13 1,43 1,73 2,04 2,36 2,69
0,30 0,79 0,92 1,13 1,42 1,71 2,00 2,30 2,61 2,93
0,40 1,09 1,22 1,43 1,71 2,00 2,29 2,59 2,90 3,21
0,50 1,41 1,53 1,73 2,00 2,29 2,58 2,87 3,18 3,49
0,60 1,72 1,85 2,04 2,30 2,59 2,87 3,17 3,47 3,78
0,70 2,04 2,16 2,36 2,61 2,90 3,18 3,47 3,76 4,07
0,80 2,38 2,50 2,69 2,93 3,21 3,49 3,78 4,07 4,37
0,00 0,00 0,06 0,36 0,67 1,00 1,34 1,69 2,03 2,38
0,10 0,06 0,22 0,50 0,82 1,14 1,47 1,80 2,14 2,47
0,20 0,36 0,50 0,78 1,08 1,40 1,71 2,04 2,36 2,69
0,30 0,67 0,82 1,08 1,37 1,68 1,99 2,31 2,63 2,95
0,40 1,00 1,14 1,40 1,68 1,98 2,29 2,60 2,91 3,23
0,50 1,34 1,47 1,71 1,99 2,29 2,59 2,90 3,21 3,52
0,60 1,69 1,80 2,04 2,31 2,60 2,90 3,21 3,51 3,82
0,70 2,03 2,14 2,36 2,63 2,91 3,21 3,51 3,82 4,13
0,80 2,38 2,47 2,69 2,95 3,23 3,52 3,82 4,13 4,44
317
Número de barras = 12
0,85
(até
C50)
d’x/hx=d’y/hy=0,10 𝜎"= = 0,9
. 𝛼" . 𝑓"= αƒ = —ýþ ~íD
0,85 1 − (C55 − C90)
3DD
0,00 0,00 0,00 0,28 0,63 0,98 1,33 1,68 2,03 2,38
0,10 0,00 0,13 0,47 0,81 1,14 1,48 1,81 2,15 2,48
0,20 0,28 0,47 0,78 1,09 1,41 1,74 2,06 2,40 2,73
0,30 0,63 0,81 1,09 1,40 1,72 2,03 2,34 2,66 2,99
0,40 0,98 1,14 1,41 1,72 2,03 2,34 2,65 2,96 3,27
0,50 1,33 1,48 1,74 2,03 2,34 2,65 2,96 3,27 3,58
0,60 1,68 1,81 2,06 2,34 2,65 2,96 3,26 3,57 3,88
0,70 2,03 2,15 2,40 2,66 2,96 3,27 3,57 3,88 4,19
0,80 2,38 2,48 2,73 2,99 3,27 3,58 3,88 4,19 4,50
0,00 0,00 0,00 0,32 0,69 1,04 1,39 1,73 2,07 2,40
0,10 0,00 0,14 0,51 0,87 1,21 1,54 1,88 2,21 2,55
0,20 0,32 0,51 0,82 1,14 1,47 1,80 2,14 2,47 2,79
0,30 0,69 0,87 1,14 1,44 1,76 2,08 2,41 2,74 3,07
0,40 1,04 1,21 1,47 1,76 2,08 2,39 2,71 3,02 3,34
0,50 1,39 1,54 1,80 2,08 2,39 2,70 3,01 3,33 3,64
0,60 1,73 1,88 2,14 2,41 2,71 3,01 3,32 3,64 3,95
0,70 2,07 2,21 2,47 2,74 3,02 3,33 3,64 3,95 4,26
0,80 2,40 2,55 2,79 3,07 3,34 3,64 3,95 4,26 4,57
318
Número de barras = 12
0,85
(até
C50)
d’x/hx=d’y/hy=0,10 𝜎"= = 0,9
. 𝛼" . 𝑓"= αƒ = —ýþ ~íD
0,85 1 − (C55 − C90)
3DD
0,00 0,00 0,07 0,44 0,82 1,18 1,53 1,88 2,22 2,56
0,10 0,07 0,25 0,61 0,97 1,32 1,67 2,01 2,34 2,67
0,20 0,44 0,61 0,90 1,24 1,58 1,91 2,24 2,56 2,88
0,30 0,82 0,97 1,24 1,54 1,86 2,18 2,50 2,83 3,15
0,40 1,18 1,32 1,58 1,86 2,16 2,47 2,78 3,10 3,43
0,50 1,53 1,67 1,91 2,18 2,47 2,77 3,08 3,39 3,71
0,60 1,88 2,01 2,24 2,50 2,78 3,08 3,39 3,70 4,02
0,70 2,22 2,34 2,56 2,83 3,10 3,39 3,70 4,02 4,33
0,80 2,56 2,67 2,88 3,15 3,43 3,71 4,02 4,33 4,64
0,00 0,00 0,26 0,59 0,96 1,33 1,68 2,03 2,38 2,72
0,10 0,26 0,41 0,73 1,10 1,46 1,80 2,15 2,49 2,83
0,20 0,59 0,73 1,02 1,35 1,70 2,04 2,37 2,69 3,02
0,30 0,96 1,10 1,35 1,65 1,97 2,30 2,63 2,96 3,28
0,40 1,33 1,46 1,70 1,97 2,27 2,58 2,90 3,22 3,55
0,50 1,68 1,80 2,04 2,30 2,58 2,88 3,19 3,50 3,82
0,60 2,03 2,15 2,37 2,63 2,90 3,19 3,49 3,80 4,10
0,70 2,38 1,49 2,69 2,96 3,22 3,50 3,80 4,10 4,40
0,80 2,72 2,83 3,02 3,28 3,55 3,82 4,10 4,40 4,71
319
Número de barras = 12
0,85
(até
C50)
d’x/hx=d’y/hy=0,10 𝜎"= = 0,9
. 𝛼" . 𝑓"= αƒ = —ýþ ~íD
0,85 1 − (C55 − C90)
3DD
0,00 0,22 0,46 0,76 1,12 1,48 1,84 2,19 2,54 2,88
0,10 0,46 0,59 0,89 1,24 1,60 1,95 2,29 2,64 2,99
0,20 0,76 0,89 1,16 1,49 1,83 2,17 2,50 2,83 3,17
0,30 1,12 1,24 1,49 1,78 2,10 1,43 2,77 3,09 3,42
0,40 1,48 1,60 1,83 2,10 2,39 2,71 3,03 3,36 3,69
0,50 1,84 1,95 2,17 2,43 2,71 3,00 3,31 3,63 3,95
0,60 2,19 2,29 2,50 2,77 3,03 3,31 3,61 3,92 4,22
0,70 2,54 2,64 2,83 3,09 3,36 3,63 3,92 4,22 4,52
0,80 2,88 2,99 3,17 3,42 3,69 3,95 4,22 4,52 4,82
0,00 0,43 0,66 0,95 1,29 1,64 2,00 2,35 2,70 3,05
0,10 0,66 0,78 1,06 1,39 1,74 2,10 2,45 2,80 3,15
0,20 0,95 1,06 1,32 1,63 1,96 2,30 2,64 2,98 3,31
0,30 1,29 1,39 1,63 1,92 2,24 2,57 2,90 3,23 3,56
0,40 1,64 1,74 1,96 2,24 2,53 2,84 3,17 3,50 3,82
0,50 2,00 2,10 2,30 2,57 2,84 3,13 3,44 3,77 4,09
0,60 2,35 2,45 2,64 2,90 3,17 3,44 3,73 4,04 4,36
0,70 2,70 2,80 2,98 3,23 3,50 3,77 4,04 4,34 4,65
0,80 3,05 3,15 3,31 3,56 3,82 4,09 4,36 4,65 4,95
320
ANEXO 7 – Tabelas de aços da Gerdau
321
VERGALHÃO GERDAU GG50 (CA-50)
Para o seu projeto sair do papel com segurança e qualidade, use o Vergalhão
Gerdau GG 50. Produzido rigorosamente de acordo com as especificações da
norma ABNT NBR 7480:2007, é fornecido na categoria CA-50 com superfície
nervurada, garantindo assim maior aderência da estrutura ao concreto. É
comercializado em barras retas nas bitolas de 6,3 a 40 mm, dobradas até 20 mm e
em rolos de 6,3 a 16 mm. Os feixes de barras possuem comprimento de 12 m e
peso de 2.000 kg. Fácil de encontrar e de trabalhar, o vergallhão Gerdau GG 50
pode vir cortado e dobrado de acordo com o seu projeto, proporcionando economia
de tempo, redução de custo e capital de giro, eliminando o desperdício de material e
otimizando o trabalho no canteiro de obras, além de receber suporte técnico durante
a etapa da armação das ferragens. Agora que você já sabe, use o vergalhão
Gerdau GG 50, o vergalhão que está por dentro das melhores obras.
Diâmetro do Pino para dobramento a 180o :
ϕ 6.3 - ϕ 16.0 è 3 x Diâmetro Nominal
ϕ 20.0 - ϕ 40.0 è 6 x Diâmetro Nominal
322
VERGALHÃO CA-25 GERDAU
Usado em estruturas de concreto armado, o vergalhão CA-25 é produzido
rigorosamente de acordo com as especificações da norma ABNT NBR 7480:2007.
O vergalhão CA-25 possui superfície lisa, é comercializado em barras retas com
comprimento de 12 m de feixes de 1.000 kg ou 2.000 kg e é soldável para todas as
bitolas. Mais qualidade e segurança com o vergalhão que está sempre por dentro
das melhores obras.
Diâmetro do Pino para dobramento a 180o :
ϕ 6.3 - ϕ 16.0 è 2 x Diâmetro Nominal
ϕ 20.0 - ϕ 40.0 è 4 x Diâmetro Nominal
323
CA – 60 GERDAU
Para viabilizar seus projetos de estruturas de concreto armado com segurança e
resistência, use o vergalhão CA-60. Produzido de acordo com a norma ABNT NBR
7480:2007, o CA-60 é conhecido pela alta resistência, proporcionando estruturas de
concreto armado mais leves. Além disso, o CA-60 Gerdau possui superfície
nervurada e é soldável em todas as bitolas e apresentações. A garantia de
qualidade do CA-60 você encontra em: Rolos com peso aproximado de 170 kg;;
ü Barras de 12 m de comprimento, retas ou dobradas;;
ü Feixes de 1.000 kg;;
ü Bobinas de 1.000 kg ou 2.000 kg para uso industrial.
Diâmetro do Pino para dobramento a 180o :
ϕ 4.2 - ϕ 9.50 è 5 x Diâmetro Nominal
324
TELA SOLDADA NERVURADA GERDAU
Própria para construir lajes em concreto armado, pisos industriais e
estruturas pré-moldadas e paredes de concreto, a tela soldada nervurada oferece
segurança e economia. sinônimo de qualidade e garantia de procedência. É feita
com Aço Gerdau 60 e/ou GG 50, sinônimo de qualidade e garantia de procedência.
Soldada em todos os pontos de cruzamento garante melhor ancoragem, ligando os
elementos estruturais, além de um excelente controle de fissuramento.
325
TELA SOLDADA NERVURADA GERDAU (Continuação)
326
TRELIÇA GERDAU
A Treliça Gerdau é fabricada com aço CA-60 nervurado, que permite melhor
aderência ao concreto. Possui uma enorme capacidade de vencer grandes vãos e
suportar altas cargas com toda a segurança. Você encontra a treliça Gerdau nos
comprimentos de 8 m, 10 m e 12 m, em feixes de aproximadamente 65 kg. Sua
utilização estrutural em lajes treliçadas e mini painéis treliçados bem como
espaçador de armaduras, traz diversos benefícios para processo de construção:
ü Redução do uso de fôrmas e escoramentos
ü Redução do custo com mão-de-obra
ü Racionalização na execução e na
ü organização do canteiro de obras
ü Maior rapidez na montagem
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COLUNA E VIGA POP GERDAU
Indicada para fazer vigas, cintas, colunas, baldrames, muros e para
travamento de paredes, a Coluna POP Gerdau já vem pronta para uso. Possui total
garantia de qualidade, pois é feita com vergalhão GG 50 e estribos de aço CA-60
Gerdau, unidos por solda ponto. Possui espaçamento uniforme de 20 cm entre os
estribos e seu comprimento pode chegar a 7 m. Com a coluna POP Gerdau, você
constrói com mais qualidade, praticidade, maior rapidez e, é claro, mais segurança e
economia para sua obra.
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ESTRIBO NERVURADO GERDAU
Feito com vergalhão CA-60 nervurado Gerdau, que proporciona maior
aderência do aço com o concreto, está disponível na bitola 4,2 mm e padronizado
em formatos quadrados e retangulares. Simples de usar, já vem pronto e possui
medidas exatas, reduzindo o tempo de armação das vigas e colunas. Use o estribo
nervurado Gerdau, prático e econômico, feito na medida certa da sua necessidade.
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MALHA POP GERDAU
Indicada para lajes e pisos, a Malha POP já vem pronta para uso. É
produzida com aço CA-60 nervurado Gerdau e soldada em todos os pontos de
cruzamento, garantindo maior segurança, evitando trincas, fissuras e
embarrigamentos. Fornecida no tamanho 2 m x 3 m, em quatro tipos, de acordo
com a sua necessidade:
Leve è Ferragem para lajes pré-fabricadas ou treliçadas de cobertura, contrapisos
e calçadas residenciais, argamassa de proteção para impermeabilização.
Médio è Ferragem para lajes pré-fabricadas ou treliçadas de pisos de residências,
placas pré-moldadas para execução de muros.
Reforçado è Ferragem para lajes pré-fabricadas ou treliçadas de pisos de
escritórios ou depósitos, placas pré-moldadas para jazigos, pisos de concreto para
quadras, garagens e estacionamentos.
Pesado è Ferragem pronta para piscinas de profundidade até 1,20 m (armar lado
interno e externo das paredes e fundo), pisos de concreto para postos de gasolina e
depósitos leves.
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ANEXO 8 – Fôrmas de plástico para lajes
nervuradas da Impacto
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