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1 – FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA DE PETRÓLEOS.

FUNDAMENTOS DE
TECNOLOGIAS DE PERFURAÇÃO.

1.1 – Introdução

O ciclo de vida das operações petrolíferas inclui a exploração e desenvolvimento, produção,


refino, marketing, transporte e/ou distribuição aos consumidores. Para isso, é necessário a
intervenção de vários especilaistas como: Geólogos de petróleo, Geofísicos, Paleontólogos,
Estratígrafos, Sedimentólogos, Geodesistas, Químicos, Geoquímicos, Engenheiros mecânicos,
Engº eléctricos, Engº de Minas, Engº de Manutenção, Engº de perfuração, Engº de
Completação, Engº de Reservatórios e de Produção que responsabilizam – ze cada um deles
por uma etapa específica.

As tecnologias de perfuração constituem uma das etapas fundamentais para a exploração e


produção de petróleo. As mesmas, são desenvolvidas com o esforço de muitos indivíduos,
profissionais, empresas e organizações; sendo entretanto, consideradas uma das mais antigas
do mundo.

A perfuração mais amplamente conhecida do mundo ocorreu em 1859 em Pensilvânia (EUA). A


mesma, foi realizada por Edwin L. Drake. O primeiro poço de petróleo perfurado na Europa foi
em 1745 na França onde a mineração de petróleo de areias betuminosas acontecia desde 1498.

2 – Fudamentos da Engenharia de Petróleos

Compreender os fundamentos da Geologia do Petróleo é fundamental para Engenheiros de


Petróleo.

Os engenheiros de petróleo são responsáveis pelo planejamento e execução do


desenvolvimento e produção das reservas de petróleo. Sendo assim, a sua função é fornecer
uma base para o design e implementação de técnicas que permitam a recuperação de
quantidades comercias de hidrocarbonetos. Entretanto, na maior parte dos casos, os mesmos
não estão fortemente envolvidos com a descoberta, delineamento e avaliação de novos campos
de petróleo e gás; uma vez que, é uma resposanbilidade dos geólogos de petróleo, geofísicos,
etc. Embora não estejam fortemente envolvidos com a descoberta, há a necessidade de terem
algum conhecimento prático no domínio destas ciências de modo a permitir aos engenheiros de
reservatório , de perfuração e de produção melhor compreensão das informações fornecidas
pelos cientistas (Geólogos, Geofísicos, Petrofísicos, etc) e utilizá – las adequadamente
reduzindo incertezas e mitigando os riscos.

2.1 – Geologia do Petróleo

Hidrocarbonetos de petróleo são substâncias complexas formadas a partir de moléculas de


hidrogênio e carbono e, que contêm também algumas vezes outras impurezas como: oxigênio,
enxofre e nitrogênio. Os mesmos resultam da matéria orgânica que é formada pelos restos
mortais de plantas e pequenos animais, dando origem assim a “rocha geradora.

A identificação de uma área favorável para a acumulação de hidrocarbonetos, é realizada


através de métodos geológicos e geofísicos, que, atuando em conjunto, conseguem indicar o
local mais propício para a perfuração. Entre os métodos geológicos encontram – se a Geologia
de superfície, Aerofotogrametria e fotogeologia, Geologia de subsuperfície. Já os métodos
geofísicos encontram – se Gravimetria, a Magnetometria e os métodos sísmicos de refração e
reflexão.

2.1.1 – Formação de Matéria Orgânica

O processo de formação da matéria orgânica, começa com a fotossíntese em que as plantas


convertem água e o dióxido de carbono em açúcares complexos (glicose) usando a energia do
sol. Geralmente, a maior parte da matéria orgânica produzida pela fotossíntese é eventualmente
devolvida à atmosfera como dióxido de carbono uma vez que, apenas cerca de uma molécula de
CO2 em cada milhão é absorvida pela fotossíntese e convertida em hidrocarbonetos.

A principal fonte de matéria orgânica que acaba sendo transformada em petróleo e gás são os
restos do fitoplâncton; plantas flutuantes microscópicas, como as diatomáceas. O melhor
ambiente para o acúmulo dessa matéria orgânica está em águas calmas, como pântanos, lagos
ou bacias oceânicas profundas.

2.1.2 – Ocorrência de Sistemas Petrolíferos

Os sistemas petrolíferos ocorrem em reservatórios dentro de bacias sedimentares e, em zonas


onde a subsidência da crosta terrestre permitiu o acúmulo sequencial de rochas sedimentares
espessas.

Na medida que as bactérias e produtos químicos degradam as plantas orgânicas e o material


animal, camadas crescentes de sedimentos se depositavam naturalmente nas áreas mais baixas
ou bacias submarinas que se formam por ação tectônica e mudanças no nível do mar. Quando o
nível do mar sobe (em relação à base de uma bacia deposicional), os sedimentos são enterrados
mais profundamente. Sendo assim, o calor e a pressão transformaram as camadas de
sedimento em arenito, calcário e outros tipos de rocha sedimentar transformando assim a
matéria orgânica em petróleo. Minúsculos poros na rocha permitem que o petróleo penetre.
Essas rochas reservatório retêm o óleo como uma esponja, confinada por outras camadas de
baixa permeabilidade que formam armadilhas.

2.2 – Reservatórios Petrolíferos


2.2.1 – Condiões de Ocorrência

Podemos definir um reservatório como a acumulação de hidrocarbonetos em rochas


sedimentares permeáveis e porosas. Estas acumulações resultam da ocorrência coincidente dos
seguintes seis elementos:

 Rocha mãe;
 Profundidade e temperatura de soterramento (Burial);
 Rocha Reservatório;
 Caminhos de migração (Migration Pathways);
 Rocha Selante;
 Armadilha.

Os engenheiros de reservatório basicamente preocupam - se com a retirada dos fluidos contidos


no interior das rochas conduzindo – os para a superfície. Os mesmos, estudam a caracterização
das jazidas, as propriedade das rochas e dos fluidos neles contidos. Essas propriedades
determinam a quantidade dos fluidos existentes no meio poroso e a quantidade de fluidos que
podem ser extraidos.

3 – Fundamentos Sobre Tecnologias de Perfuração

Existem duas técnicas e/ou métodos básicos para fazer um furo para a retirada de
hidrocarbonetos de um sistema subterrâneo. Estes são: i) perfuração de ferramenta de cabo e ii)
perfuração rotativa.

3.1 – Perfuração de Ferramenta de Cabo (Cable Tool Drilling)

É um procedimento de perfuração no qual uma broca pontiaguda conectada a um cabo é


levantada repetidas vezes e lançada no poço. Nesta perfuração uma broca pesada com ponta de
carbonete ou seja, junto com a coluna de perfuração é suspensa no poço por intermédio de um
cabo.

Os componentes básicos das plataformas de ferramenta de cabo consistem no motor e na


caldeira, na torre e no bloco de coroa, na roda principal e no cabo de perfuração, na roda de
areia e na linha de lixa para o bailer, a roda de fita vertical com uma manivela central, coluna de
perfuração e viga móvel.

3.2 – Perfuração Rotativa (Rotary Drilling)

A perfuração rotativa é nova em comparação com a perfuração de ferramenta de cabo. A mesma


é uma técnica mecânica complexa em que uma broca é fixada ao conjunto de fundo de poço,
onde o movimento de rotação é aplicado para cortar a rocha na direção para frente. Nesta
técnica uma broca grande e pesada é fixada na ponta da composição de fundo, aplicando uma
força para baixo. A broca é girada por uma coluna de perfuração composta de tubo de
perfuração e colar de perfuração de alta qualidade. Novas seções da montagem do tubo de
perfuração são adicionadas no topo do poço na medida que a perfuração avança.

Conclusão

O trabalho desenvolvido aqui teve como objectivo principal fazer uma abordagem sobre os
fundamentos basicos da engenharia de petróleos e de perfuração. O mesmo foi desenvolvido
por três etapas começando a primeira por uma introdução onde de forma breve fala – se do clico
de vida (upstream e downstream) da indústria do petróleo e os diferentes especialistas
(Geociêntistas e Engenheiros) envolvidos no processo. Na segunda, fala – se sobre as principais
tarefas e funções dos engenheiros de petróleo e das condições de ocorrências de um
reservatório. A terciera e última etapa fala sobre as principais técnicas utilizadas na perfuração
de um poço petrolífero.

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