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E/CRE ( 07.24.022) E. M.

COMUNIDADE DE VARGEM GRANDE


Projeto Anual : “Ah ! Essa Terra ainda vai cumprir seu ideal...”

A Música na Corte de
D. João

Modinhas Cariocas
Trabalho feito pelas Professoras Andréa Barreto e
Márcia Milne – Jones.
Com o apoio das Professoras Hermínia e Janine

Parceria da Sala de Leitura e Ateliê de Artes

Turmas : 1701, 1901 ,1902 e 1903

Período : 20/06 até 11/07 de 2008


As Modinhas Cariocas

Quando D. João VI chegou ao Rio de Janeiro, em 1808,


ficou surpreso ao ouvir as músicas cantadas nas ruas e salões
cariocas. Provavelmente, o Príncipe Regente teria ouvido o
mesmo estilo de música em Portugal : As Modinhas.

Um outro gênero de música, cantado aqui no Brasil na época,


era o Lundu – originário da África – também muito apreciado
nos salões e ruas cariocas.

Os dois estilos de música foram os embriões da nossa Música


Popular Atual. Tom Jobim, Chico Buarque, Vinícius de
Moraes, Paulinho da Viola e tantos outros são o fruto da
música tocada no Rio de Janeiro na época em que a Corte
Portuguesa desembarcava aqui.

É com o objetivo de cultivar e apresentar esses estilos que este


trabalho foi feito. Mantivemos as letras originais de Manuel
Gago da Camera ( em Ouvi Montes) e Gabriel Fernandes
da Trindade ( em Graças aos Ceos)
Aquarelas feitas pelos alunos:

Tatiane
Thayara
Lucas
Mariana
Janine
Amanda
Patricia
Karina
Natasha
Ouvi Montes
( Joaquim Manoel Gago da Camara)

Ouvi montes arvoredos,


O meu queixume amoroso,
Padeci mas sou agora,
O pastor mais venturoso

Isto he segredo não ouça gente,


Ecco somente
Diz no rochedo,
Segredo...

A minha Nise dormia


Encostada a hum tronco aroso,
Seu lindo gesto encantava,
O pastor mais venturoso.

Isto he segredo...

Affastando o gado inquieto,


Affagando o cão fogoso,
Vigiava em seu descanso,
O pastor mais venturoso,
Ouvi coisas demais!
( Gisele e Letícia – Turma 1901)

Ouvi montes arvoredos


E meu coração amoroso
Padeci mas sou agora
O pastor mais aventuroso

Isso é mentira
Não ouça , gente
Ele é demente
Não sabe que é
Segredo...

A minha deusa dormia


Encostada em um tronco aroso
O seu corpo era encantado
Sou um pastor muito famoso

Isso é mentira...
Minha Deusa
( Frederico e Marcus Vinicius – Turma 1902)

Ouvi montes, arvoredos


O meu falar glamouroso
Padeci mas sou agora
O homem mais amoroso.

Isto eu já sei
Não ouso falar
Sua voz somente
Me faz delirar

A minha Deusa dormia


Num cenário silencioso
Sua face encantava
Esse homem amoroso.

Isso eu já sei...
O Pastor Mais Aventuroso
( Karla e Dorly – Turma 1901)

Ouvi montes, arvoredos


O pastor mais aventuroso
O meu discurso amoroso
Está muito doloroso...

Eu vivi minha vida


Encostada em um tronco
Um lindo gesto encantava
O meu discurso amoroso

O pastor aventuroso
Afagava o cão fogoso
Que era bem cheiroso

Mas não ouçam nada


É um eco na minha mente
Eu estava a falar
O meu discurso somente.
Graças aos Ceos
(Gabriel Fernandes da Trindade)

Graças aos ceos de vadios


As ruas limpas estão
Delles a caza está cheia,
A caza da correção

Já foi se o tempo
De mendigar
Fora vadios
Vão trabalhar

Senhor chefe da polícia


Eis a nossa gratidão
Por mandares os vadios
Para a caza da correção

Já foi se o tempo...

Sede exacto , pois Senhor


Em tal deliberação
Que muita gente merece
A caza da correção
Graças aos Céus
( Vinicius e Rafael Fortunato – Turma 1903)

Graças aos céus teve fim


Viver assim sofrendo
Não dá
Faça um favor pra mim
Nunca mais venha me procurar

Não perco mais um dia de Sol


Não pense que fiquei na pior
Nunca mais venha me procurar

Eu tive que mudar


Foi preciso
Seu segredo
Roubou meu sorriso
Você me entristeceu sem saber
Não ache que vou morrer

Não perco mais um dia de Sol


........
Graças aos Céus!
( Fagner e Bruna – Turma 1902)

Graças aos céus


Que as leis mudaram
Porém os empregos acabaram
E os vadios aumentaram

Já foram os tempos de vadios


E a “moda” agora é mendigar

Hoje, a casa da correção


Não passa de uma prisão
Os tempos mudaram
E os problemas ficaram

Política é somente ilusão


O que é pesado fica nas nossas mãos
A quem escolher ?
Se todos só votos querem colher!

Tomara que aos céus dêem graças


Pelo menos um dia
Um feito social
Que melhore a vida de todo pessoal
Agora sou Independente
( Kelly e Ordalyane – Turma 1901)

Graças aos céus


Eu virei independente
Porque aprendi
A me virar sozinha

Acabei de estudar
E agora eu vou trabalhar
Para a minha mãe ajudar

A minha casa
Vou comprar
E sozinha vou morar
Porque agora
Eu posso me sustentar

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