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1) EU COLOCARIA D

O princípio da irretroatividade tributária possui duas exceções


previstas no artigo 106 do Código Tributário Nacional:
a) A lei tributária retroagirá quando for
interpretativa. Lei tributária interpretativa é aquela
promulgada para explicar uma lei anterior. A lei deve ser
materialmente interpretativa.
b) A lei tributária retroagirá quando for mais benéfica
para o contribuinte em matéria de infração, desde que
o ato não tenha sido definitivamente julgado . Neste
caso existem duas condições: lei mais benéfica e matéria de
infração, e um pressuposto: ato não definitivamente julgado.
Lei tributária mais benéfica em relação a pagamento de
tributos não retroage. CTN, Art. 106. A lei aplica-se a ato ou
fato pretérito: I - em qualquer caso, quando seja
expressamente interpretativa, excluída a aplicação de
penalidade à infração dos dispositivos interpretados; II -
tratando-se de ato não definitivamente julgado: a) quando
deixe de defini-lo como infração; b) quando deixe de tratá-lo
como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde
que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta
de pagamento de tributo; c) quando lhe comine penalidade
menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua
prática.

b) : Pode haver tratamento desigual em função de diferentes capacidades contributivas,


como também podemos ter distinções por razões extrafiscais, como, por exemplo, a
aplicação de IPTU progressivo no tempo, em caso de não aproveitamento de solo urbano,
nos termos do art. 182, § 4o, da CF/88. Item correto.

D)  Entretanto, apenas o empréstimo compulsório de guerra ou calamidade pública é


exceção à anterioridade e à anterioridade nonagesimal

Destaca-se, também, que os princípios da anterioridade e da


anterioridade nonagesimal não são aplicados ao empréstimo compulsório
decorrente de calamidade pública, como pode observar no artigo 150,
III, § 1º:

Art.150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é


vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

(…)

III- cobrar tributos:

(...)

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que


os instituiu ou aumentou;”

(...)

§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos


arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não
se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154,
II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155,
III, e 156, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003)
e) O princípio da não limitação ao tráfego de pessoas e bens está inscrito no inciso V do art.
150 da Constituição Federal de 1988 (CF/88), qual seja:

“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais


ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas
pelo Poder Público”;

2 ) eu colocaria e

Destarte, em princípio, a imunidade tributária recíproca


não alcançaria as empresas públicas e sociedades de economia
mista, exceto quanto às atividades tipicamente estatais.
A imunidade tributária aos templos de qualquer culto, disposta
pelo artigo 150, inciso VI da Constituição Federal, garante que
qualquer entidade de cunho religioso seja imune a todo tipo de
impostos governamentais no Brasil. Essa imunidade se aplica não
somente aos impostos do templo onde ocorrem cerimônias religiosas,
mas abrange também rendas e serviços relacionados à sua entidade
mantenedora (que administra o funcionamento e garante recursos para
outras entidades).

A necessidade de lei complementar está fundamentada no art.


146, II da CRFB, o qual preceitua que cabe à lei complementar regular
as limitações ao poder de tributar. Assim, segundo a Suprema Corte,
no RE 56622, os arts. 146, II e 195, §7º devem ser interpretados
conjuntamente e sistematicamente. Portanto, a Constituição exigiu sim
lei complementar, mas não diretamente no § 7º do art. 195 e sim na
previsão geral do art. 146, II.

Quanto ao art. 150, VI, “c”, o STF dispôs pela necessidade de


Lei Complementar, na medida cautelar deferida na ADI 1802/DF:
EMENTA: I. Ação direta de inconstitucionalidade:
Confederação Nacional de Saúde: qualificação
reconhecida, uma vez adaptados os seus estatutos ao
molde legal das confederações sindicais; pertinência
temática concorrente no caso, uma vez que a categoria
econômica representada pela autora abrange entidades de
fins não lucrativos, pois sua característica não é a
ausência de atividade econômica, mas o fato de não
destinarem os seus resultados positivos à distribuição de
lucros. II. Imunidade tributária (CF, art. 150, VI, c, e 146,
II): "instituições de educação e de assistência social, sem
fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei": delimitação
dos âmbitos da matéria reservada, no ponto, à
intermediação da lei complementar e da lei ordinária:
análise, a partir daí, dos preceitos impugnados (L.
9.532/97, arts. 12 a 14): cautelar parcialmente deferida. 1.
Conforme precedente no STF (RE 93.770, Muñoz, RTJ
102/304) e na linha da melhor doutrina, o que a
Constituição remete à lei ordinária, no tocante à imunidade
tributária considerada, é a fixação de normas sobre a
constituição e o funcionamento da entidade educacional
ou assistencial imune; não, o que diga respeito aos lindes
da imunidade, que, quando susceptíveis de disciplina
infraconstitucional, ficou reservado à lei complementar. 2.
À luz desse critério distintivo, parece ficarem incólumes à
eiva da inconstitucionalidade formal arguida os arts. 12 e
§§ 2º (salvo a alínea f) e 3º, assim como o parág. único do
art. 13; ao contrário, é densa a plausibilidade da alegação
de invalidez dos arts. 12, § 2º, f; 13, caput, e 14 e,
finalmente, se afigura chapada a inconstitucionalidade não
só formal mas também material do § 1º do art. 12, da lei
questionada. 3. Reserva à decisão definitiva de
controvérsias acerca do conceito da entidade de
assistência social, para o fim da declaração da imunidade
discutida - como as relativas à exigência ou não da
gratuidade dos serviços prestados ou à compreensão ou
não das instituições beneficentes de clientelas restritas e
das organizações de previdência privada: matérias que,
embora não suscitadas pela requerente, dizem com a
validade do art. 12, caput, da L. 9.532/97 e, por isso,
devem ser consideradas na decisão definitiva, mas cuja
delibação não é necessária à decisão cautelar da ação
direta. (STF, ADI 1802/DF, rel. Min. Sepulveda Pertence,
Tribunal Pleno, 1998)

3) EU COLOCARIA B)
b) A Constituição Federal, nos artigos 150, §1º, e 148, inciso I,
excluem do princípio da anterioridade os seguintes tributos:

“a) imposto sobre a importação de produtos estrangeiros (CF, art.


150, §1º, art. 153, I);

b) imposto sobre a exportação, para o exterior, de produtos nacionais


ou nacionalizados (CF, art. 150, §1º, art. 153, II);

c) imposto sobre produtos industrializados (CF, art. 150, §1º, art. 154,
IV);

d) imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas


a títulos ou valores mobiliários (CF, art. 150, §1º, art. 153, V);

e) imposto extraordinário lançado na iminência ou no caso de guerra


externa (CF, art. 150, §1º, art. 154, II);

f) empréstimo compulsório para atender as despesas extraordinárias,


decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência
(CF, art. 148, I)”.
O pagamento de tributo não é considerado uma sanção, mas uma exigência decorrente de
renda ou lucro recebidos, mesmo que de forma ilícita.  A obrigação de pagar o tributo surge
com a ocorrência do fato gerador. Se um indivíduo aufere disponibilidade econômica ou
jurídica de rendimentos, passa a ser devedor do imposto de renda (Art. 43 do Código
Tributário Nacional), ainda que os rendimentos tenham nascido de um ato ilícito, ou
criminoso, como corrupção, o tráfico ilícito de entorpecentes, contrabando, lavagem de
dinheiro,  dentre outros.

Sendo assim, o IPI, na importação, incide sobre produtos industrializados de


procedência estrangeira

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