Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
Após domínio da Espanha em Portugal, a Holanda, em busca de açúcar, resolveu enviar suas
expedições para invadirem o Nordeste do Brasil.Sua primeira expedição ocorreu em 1621, na
Bahia, contudo, esta não foi bem sucedida, pois, em pouco tempo, os colonos portugueses a
mandaram para fora do Brasil. Em 1630 houve uma segunda expedição e esta, ao contrário
da primeira, ocorreu em Pernambuco foi melhor sucedida. Durante seu domínio, a Holanda
enviou seu príncipe (Maurício de Nassau) para governar as terras que havia conquistado e
formar nestas uma colônia holandesa no Brasil. Neste período, o príncipe holandês dominou
enorme parte do território nordestino. Após algum tempo, ocorreram muitas revoltas devido
aos altos impostos cobrados pelos holandeses. Após muitos conflitos, o governador Maurício
de Nassau deixou seu cargo. Este fato facilitou a ação dos portugueses, que tiveram a chance
de reagir em batalhas como a do Monte das Tabocas e a de Guararapes. Por 24 anos, os
holandeses foram senhores de sete das dezenove capitanias em que se divida o Brasil do
século XVII. A tomada da zona produtora de açúcar do Brasil foi um plano
minuciosamente articulado pela Companhia das Índias Ocidentais – empresa de capital
privado que obteve do governo holandês o monopólio do comércio com a América e a
África.
Importante
Senhores da terra, os holandeses escolheram Recife como sede de seus domínios no Brasil.
Por ter nesta praça a segurança que não dispunham em Olinda, “por ser aberta por muitas
partes e incapaz de defesa”. Em 25/11/1631, resolveram por fogo em Olinda. As demolições
dos edifícios teve início no dia 17/11, transportando para o Recife todo o material
aproveitável. Fixaram-se na ilha de Antonio Vaz, em Recife. Cerca de 7.000 pessoas, teve de
comprimir no Recife e na ilha de Antonio Vaz (bairros do Recife e de S. Antonio).
Com grande interesse no açúcar brasileiro, que tinha capital da Holanda investido aqui.
Quando a União Ibérica fez do Brasil uma colônia espanhola, os holandeses viram o lucrativo
negócio ameaçado e decidiram ocupar a área produtora de açúcar, o Nordeste brasileiro.A
primeira tentativa foi na Bahia em 1624, houve resistência da esquadra espanhola. Em 1630,
os holandeses invadem Pernambuco, região menos policiada e grande produtora de
açúcar. Até 1634 enfrentaram a resistência portuguesa, porém a desestruturação da lavoura
canavieira e a destruição dos engenhos nas lutas e fugas dos escravos acabaram em
rendição.
Periodização
A Conquista de Pernambuco
Importante
Olinda era sede da capitania de Pernambuco, mas foi incendiada pelos holandeses devido
à sua localização. Segundo a concepção holandesa de fortificação, Olinda detinha um
perfil de difícil defesa. Diante disso, a sede foi transferida para o Recife.
Olinda em 1631
Destacaram-se nesta fase de resistência luso-brasileira líderes militares como Martim Soares
Moreno, Antônio Felipe Camarão, Henrique Dias e Francisco Rebelo (o Rebelinho). Com a
queda da Paraíba (1634), do Arraial do Bom Jesus e do cabo de Santo Agostinho (1635), as
forças comandadas por Matias de Albuquerque entraram e colapso e se viram forçadas a
recuar na direção do rio São Francisco.
O Tempo de Nassau
Maurício de Nassau
Importante
Em 23/01/1637, chega ao Recife com 350 soldados, uma missão científica (Franciscus Plante,
poeta, do médico e naturalista Willem Piso, do astrônomo e naturalista Georg Marcgrave, os
pintores Frans Post e Albert Eckhout, do médico Milaenen, ale, de cartógrafos, desenhistas,
urbanistas e o arquiteto Pieter Post).
Período Nassoviano – Surto de progresso no Brasil Holandês (Maranhão até a foz do Rio São
Francisco). Recife sofre melhoramentos e testemunhar vários pioneirismos, como: primeiro
observatório astronômico das Américas, registro do primeiro eclipse solar de 1640, uma nova
cidade veio a ser construída na ilha da Antonio Vaz, onde os franciscanos haviam
estabelecido em 1606 o Convento de Santo Antonio, estética classicista. Gaspar Barlaeus.
Construção do Palácio de Friburgo, também conhecido como o Palácio das Torres, e a casa
da Boa Vista. Ergueu o templo dos calvinistas franceses (1642), calçamento de ruas e
saneamento urbano, construção de três pontes, ligando Recife à Cidade Maurícia (ilha de
Antonio Vaz), em 1644, e uma ponte sobre o rio dos Afogados. Ao lado de seu palácio, criou
um jardim recreio, zoo botânico, primeiro das Américas, veio a ser um laboratório para
membros de sua comitiva. A missão também fez registros científicos da natureza.
Obras de Eckhout
Deve-se a Nassau a construção da cidade Maurícia, procurando expandir o Recife pela ilha
de Antonio Vaz, construindo jardins, aterros, canais, e que hoje compreendem os bairros de
Santo Antonio e São José. Construí duas pontes de madeira, abriu vias, construiu habitações
e dois famosos palácios, o das Torres e o da Boa Vista.
Criou as chamadas Câmaras dos Escabinos, nas sedes municipais. A Câmara dos Escabinos
era uma entidade responsável pelo controle "civil" da vida urbana. Nela estavam cinco
holandeses e quatro "dos da terra", eleitos por um eleitorado selecionado.
Importante
A ocupação holandesa do Nordeste Brasileiro é vista como um passado que não deveria ter
sido encerrado pela reconquista de 1645-1654, pois a política holandesa teria formado um
Brasil mais forte economicamente e, desde o seu início, urbano. Esta visão é superficial: para
negá-la, bastaria observar-se o desenvolvimento das colônias holandesas nas Antilhas, por
exemplo, que atualmente estão tanto no Terceiro Mundo quanto o Brasil.
Nassau favorecia os senhores de engenho, o governo holandês gastava boa parte de seus
lucros com as guerras em prol de sua independência. Esses conflitos esvaziaram os cofres do
Estado holandês, que a partir de então não tinha mais condições de bancar a produção
açucareira no Brasil. Com isso, a Companhia de Comércio foi pressionada a cobrar suas
dívidas junto aos senhores de engenho nordestinos. Inconformados com a mudança na
política colonial holandesa, vários proprietários de terra da região começaram a se opor à
presença dos holandeses. Dava-se início a uma sequencia de conflitos que marcaram a
chamada Insurreição Pernambucana.
Segundo o professor Gonsalves de Mello, “os holandeses não se tinha apoderado do Brasil
com a intenção de o colonizar(...) de para aqui se transferir com as famílias e estabelecer um
renovo de pátria: movia-os sobretudo o interesse mercantil”.
Importante
Leitura Complementar
Insurreição – Iniciada no Engenho São João da Várzea (13/6/1645), tinha por senha a palavra
açúcar. Formando um exército de etnias, índios de D. Antonio Filipe Camarão e os negros de
Henrique Dias, os luso-brasileiros foram à luta contra as tropas holandesas. Seguiram-se vitórias
em Tabocas, Casa Forte, e em 3 e 17 de agosto de 1645. Batalhas dos Guararapes, 1648 e
1649, antecedendo a rendição em 1654.
Com a expulsão dos holandeses as capitanias de Pernambuco, Itamaracá e Paraíba sofrem
um abalo na agroindústria, a guerra teria provocado muito a fugas de escravos, destruição
de engenhos e fuga de famílias que foram encontrar abrigo na Bahia. Com a concorrência
caribenha, o preço do açúcar decai. É nessa época o surgimento entre os senhores de
engenho, de uma doutrina nativista gerada no calor das lutas contra os holandeses. A gente
da terra deveria ser à Coroa não a vassalagem, segundo a interpretação de Evaldo Cabral
de Mello. Vencedores dos e flamengos a nobreza da terra, sentiam um povo de heróis.
Recife tem um rápido crescimento passou de uma povoação d Vila de Olinda a cidade com
vida própria. O Recife passou a ser disputado por governadores que teimavam em ocupar o
Palácio de Friburgo, deixando de prestar assistência à sede da capitania, Olinda, motivando
reclamos ao rei de Portugal. Pernambuco passou a integrar as narrativas de viajantes.
No âmbito das artes, vem sofrer grande divulgação das obras da comitiva de Nassau –
chamado – “o brasileiro”. O comércio de Recife ofusca Olinda e contrariando os senhores da
terra, devido também as construções de Recife. Veio para Recife um grande empreendedor
Antonio Fernandes Matos, seu nome está ligado às grandes obras da engenharia, tendo com
ele artistas como, José Pinhão de Matos, pintor da Capela Dourada, Manoel Ferreira Jacome
– projetista da Igreja de São Pedro dos Cléricos, Igreja dos Jesuítas, Igreja de Nossa Senhora
do Carmo, Fortaleza de Madre de Deus e São Pedro, Igreja da Ordem Terceira, Casa da
Moeda, conservação das pontes da Boa Vista, Afogados, Motocolombó, Varadouro.
Exercícios
a) A economia açucareira colonial teve como base de sustentação a mão de obra escrava
e a grande propriedade.
b) O açúcar brasileiro, já no século XVI, conseguiu grande aceitação no mercado europeu,
começando a decair no início do século XVII.
c) A sociedade da cana-de-açúcar era aristocrata e patriarcal.
d) Foi decisiva a participação dos holandeses no comércio do açúcar brasileiro, financiando
a produção e distribuindo o produto na Europa.
e) O açúcar foi o produto mais rentável na Brasil colonial, superando até mesmo o ouro.
03. Qual das afirmativas seguintes representa uma consequência da presença holandesa em
Pernambuco?
a) 2, 2, 1, 1, 2, 2;
b) 2, 1, 1, 1, 2, 2;
c) 2, 1, 2, 2, 1, 2,
d) 1, 2, 1, 1, 1, 2;
e) 1, 2, 2, 2, 1, 2.
5. O incentivo ao barroco já que foram os invasores os construtores das mais belas igrejas de
Olinda e Recife.
a) 2 e 4;
b) 1 e 3;
c) 4 e 5;
d) 1 e 2;
e) 3 e 5.
08. O período de dominação holandesa no Brasil trouxe benefícios evidentes, sobretudo para
a capitania de Pernambuco. O governo de Nassau representou um marco político nas
relações entre os nativos e os holandeses, além de haver ajudado os senhores de engenho a
superarem definitivamente a crise de produção do açúcar.
09. Sobre a paisagem do litoral pernambucano durante o período colonial, podemos afirmar
que:
10. Na primeira metade do século XVIII, o Recife contava com uma população de
aproximadamente 45 mil pessoas. Olinda perdia a supremacia que tinha, antes, no auge da
produção açucareira. Sem dúvida, a vinda dos holandeses para p Brasil contribuiu para o
crescimento do Recife como também os resultados da Guerra dos Mascates.
O texto acima:
a) Comete erro histórico, pois a supremacia de Olinda permanece até o século XIX;
b) Exagera com relação aos resultados da Guerra dos Mascates, que pouca importância
teve para a vida do Recife;
c) Faz uma síntese da situação do Recife, no século XVIII, pois é inegável o seu crescimento
nesse período;
d) Valoriza a vinda dos holandeses que, em nada, alterou a vida do Recife, já em ascensão
na época;
e) Avalia erradamente a população do Recife.
GABARITO
1. E 2. B 3. B 4. B 5. C
6. A 7. C 8. D 9. C 10. C