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CAPÍTULO 2 – CATEGORIAS DA

[CRÍTICA DA] ECONOMIA POLÍTICA


UNIVERSIDADE ESTADUAL DA DEPARTAMENTO DE SERVIÇO
PARAÍBA (UEPB) SOCIAL

DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS PROFESSOR ME. FABRÍCIO RODRIGUES


ECONÔMICOS DA POLÍTICA SOCIAL I

CATEGORIAS ONTOLÓGICAS E REFLEXIVAS


São ontológicas:

Possuem existência real, histórico-concreta: são formas, modos de


existência do ser social, que funcionam e operam efetivamente na
vida em sociedade, independentemente do conhecimento que
tenham os homens a seu respeito.

São reflexivas:

Através da reflexão, do pensamento racional, da análise teórica, os


homens tomam consciência delas, conseguindo apreender a sua
estrutura fundamental (a sua essência) a partir da visibilidade
imediata que apresentam (a sua aparência1) – quando, enfim, é
possível reproduzi-las, no seu dinamismo e nas suas relações,
através de meios conceituais, então elas aparecem como produto do
pensamento.

ASSIM, AS CATEGORIAS ECONÔMICAS

Independem de seu conhecimento teórico, não impedindo que, na


prática social, os homens estabeleçam e desenvolvam relações
econômicas.
CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE PRIMITIVA
Início da evolução dos primeiros grupos humanos há cerca de 40
mil anos, sendo os estágios prévios da civilização há cerca de 30
mil anos (Nilo, Eufrates, Índia e China);
Distintos graus de evolução social, predomínio da coleta de
vegetais, caça eventual, comportamento tosco, nomadismo e
condição de penúria;

Atividades de trabalho e seus resultados eram partilhados


entre todos, sem existência de propriedade privada;
Carência generalizada e distribuição equitativa;
Existência de divisão sexual (atividades de homens e
mulheres);
Evolução dos instrumentos de trabalho, início da agricultura,
domesticação de animais, pastoreio e cultivo de terras;
Significativa transformação nas relações das comunidades
primitivas (entre 5 e 2 mil A.C).

O QUE É O EXCEDENTE ECONÔMICO?


É a diferença entre o que a sociedade produz e os custos dessa
produção. Significa que a produção de bens começou a
ultrapassar as necessidades imediatas da sobrevivência dos seus
membros, possibilitando a acumulação. O excedente é um índice
de produtividade e riqueza;

Fatores para o seu surgimento: progressos no processo de


trabalho, quais sejam as habilidades adquiridas pelos homens, o
aperfeiçoamento dos seus instrumentos, o conhecimento menos
precário da natureza etc., maior produtividade;

Maior divisão na distribuição do trabalho (o artesanato avança e


se torna relativamente mais especializado), produção de bens
que não são utilizados no autoconsumo da comunidade,
destinam-se à troca com outras comunidades (nascimento da
mercadoria e primeiras formas de troca, o comércio);

Divisão da comunidade entre produtores diretos de bens e


apropriadores dos bens excedentes. Ao se tornarem efetivas as
possibilidades de acumulação e alternativa de exploração, a
comunidade primitiva – com a propriedade e a apropriação
coletivas que lhe eram inerentes – entra em dissolução, sendo
substituída pelo escravismo.
FORÇAS PRODUTIVAS, RELAÇÕES DE
PRODUÇÃO E MODOS DE PRODUÇÃO

COMPOSIÇÃO DO PROCESSO DE
TRABALHO:
Meios de trabalho, objetos de trabalho e a força de trabalho. A este
conjunto, designa-se também forças produtivas (P. 39)

O QUE RELAÇÕES DE PRODUÇÃO?

As relações técnicas da produção estão organicamente vinculadas


as relações de caráter social, constituindo assim as relações de
produção (P.40).

O QUE SÃO MODOS DE PRODUÇÃO?


É a articulação entre forças produtivas e relações de produção,
sendo complexa e varia ao longo da história.
É o regime de propriedade dos meios de produção fundamentais:
Coletivo X Privado (P.40/41).

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