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Habilitação Profissional de
Técnico em Saúde Bucal
Módulo I
Tatuí – 2018
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Organização do Processo de Trabalho em Saúde Bucal
Indice PAG.
1. Administração do Consultório Odontológico 03
2. Ética Profisional 05
3. Etiqueta Profissional 07
4. Aparência Pessoal 08
5. Atendimento ao Público 09
6. Pontos Chave no Controle Humano 10
7. Telefonia 12
8. Autocontrole 14
9. Relações Profissionais 15
10. Instalações de um Consultório Odontológico 16
11. Equipamentos e Aparelhos Odontológicos 19
12. Ergonomia Aplicada à Odontologia 26
13. O Equipamento como Elemento de Trabalho 29
14. Posição de Trabalho do Cirurgião Dentista 30
Referências Bibliográficas.............................................................................. 31
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1. ADMINISTRAÇÃO DO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO
A mesa é o local onde se percebe se você é organizado ou não. Sobre ela devem
permanecer a agenda, o lápis e o que estiver sendo usado no momento. Na agenda, além de
anotar a marcação da consulta, o ASB deverá anotar coisas que não sejam feitas no cotidiano,
como, por exemplo, eleição no sindicato ou lembrar de uma consulta médica. Nas gavetas
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devem estar as coisas de uso cotidiano (livro caixa) e, inclusive, aquelas que durante o dia
ficam sobre a mesa.
No armário devem ser colocados os objetos que não são necessários diariamente. Nele o
ASB poderá estocar, por exemplo, material de escritório (papel, lápis/caneta, envelopes etc.),
bem como as fichas de pacientes que não estão em tratamento (arquivo morto).
No arquivo, o ASB deve colocar as fichas de pacientes em tratamento, dentro de um
envelope com etiqueta de identificação, junto com as radiografias e arquivados em ordem
alfabética (a ficha deve conter o nome completo do paciente, sem abreviações). Deve também
arquivar documentos e papéis, colocando em pastas com cores diferentes e devidamente
identificadas, nas quais serão colocadas:
Sala de espera com TV, água em temperatura ambiente e água gelada, revistas, músicas
suaves (nunca samba ou músicas excitantes), tudo para descontrair o paciente.
Livro caixa, que pode ser controlado pelo Cirurgião Dentista ou pelo TSB.
Livro de controle de próteses, onde deverá ser anotado laboratório destino, data de
expedição e data de retorno.
Controle do estoque de material.
Anotar em um cartão, as próximas consultas do paciente.
Anotar, diante do paciente, os valores recebidos.
Mediante autorização do Cirurgião Dentista, lembrar os pacientes o dia do pagamento,
pessoalmente, por ocasião da consulta, ou por telefone, no momento da confirmação da
próxima consulta.
Enviar carta, aprovada pelo Cirurgião Dentista, ao paciente lembrando do débito ou dar um
ou mais telefonemas amistosos, mas objetivos, com relação ao débito.
Entrar em contato com pacientes que se ausentarem do consultório e não concluíram o
tratamento.
Entrar em contato com o paciente para lembrá-lo da consulta de revisão periódica.
O paciente quer conforto, tratamento com preço acessível e, ao mesmo tempo, rapidez com
qualidade. Além de não querer sentir dor durante o tratamento, ele quer ter um resultado
estético, que valorize a sua aparência.
O CD quer conforto, atender bem para manter a clientela, ganhar dinheiro, atender rápido
com qualidade e que o paciente fique satisfeito com o resultado final do tratamento.
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2. ÉTICA PROFISSIONAL
2.1 Conceito
Limpar a mesa, cadeira e os demais móveis que estiverem na sala. Verificar se está tudo
em ordem.
Ter sempre à mão o material necessário ao desenvolvimento do trabalho: agenda, guia
telefônico, lápis, caneta, bloco de recados, relação interna de ramais etc.
Fazer uma previsão do material necessário, para que nunca falte nada. Solicitar com
antecedência o que for preciso.
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É importante também que procure manter-se sempre atualizado nos assuntos que digam
respeito ao seu trabalho. Pelas próprias características de sua função, o ASB está sujeito a
muitas perguntas.
O ASB deve estar ciente dos princípios éticos do Conselho Regional de Odontologia
(CRO), e a sua conduta deverá estar norteada com estes princípios em qualquer ocasião,
cumprindo seus deveres perante o Cirurgião Dentista, o paciente e consigo mesmo.
O comportamento no trabalho está sujeito a regras de conduta e precisa ser adaptado e
ajustado à vida profissional. Faz parte deste comportamento:
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2.6 Motivação Ética do Segredo
O ASB deverá ser fiel a seus hábitos, a seus princípios e ao seu trabalho, defendendo-o
em todos os momentos. Realizar as tarefas de modo inadequado, não limpar corretamente o
consultório, não esterilizar adequadamente o instrumental, não usar corretamente a agenda de
consultas, esquecer de cobrar ou pagar alguma conta, utilizar os elementos do consultório sem
permissão do CD para uso próprio são faltas graves que evidenciam irreverência quanto às
responsabilidades assumidas. Se a constância de tais falhas for detectada, a confiança
depositada no ASB pelo CD ficará afetada, ele perderá, com razão, a confiança que necessita
e deposita no ASB, o que inviabilizará, a partir desse momento, sua permanência na clínica ou
consultório, como auxiliar.
3. ETIQUETA PROFISSIONAL
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solícito para com os idosos. Não quebra a palavra dada, não falta aos compromissos sem
motivo justo e não chega atrasado. Não se esquece de agradecer as atenções recebidas e
nem de retribuí-las, não é maledicente, não mente e não é indiscreto. Quem, por exemplo, não
responde ao cumprimento de um colega de trabalho que está chegando ao consultório pela
manhã, além de manifestar falta de educação, esta sendo agressivo. Também descuidar do
asseio pessoal é ferir as boas maneiras e faltar com a consideração devida ao próximo.
É de suma importância frisar que o ASB ocupa um papel fundamental na rotina diária de
um consultório odontológico. Sua apresentação, postura, bem como o trato com os pacientes,
com o CD e profissionais da área, tanto pessoalmente como ao telefone, e o cuidado dos
consultórios em si, são fatores determinantes de grande parte do sucesso da organização
como um todo. Assim sendo, concluímos que seguir as regras de etiqueta sem perder o senso
do equilíbrio é conquistar a liberdade e a segurança perante si mesmo e perante a sociedade.
4. APARÊNCIA PESSOAL
4.1 Higiene
O ASB, por ser um profissional da área de saúde, deve estar sempre atento à sua
aparência. Estar bem arrumado e limpo, nos mínimos detalhes, é um imperativo, pois os
pacientes estão suficientemente próximos para um exame minucioso.
É de extrema importância que o ASB tenha uma ótima saúde bucal. Não só pelo fato de
que o auxiliar vai trabalhar próximo aos pacientes, mas, também, porque é ele quem irá
orientar o paciente em relação a sua higiene oral, devendo dar, portanto, um bom exemplo.
Qualquer profissional envolvido no atendimento do paciente jamais deve fumar durante
as horas de trabalho, pois o hálito de fumante é extremamente desagradável, principalmente
aos não fumantes.
Os alimentos que causam hálito desagradável devem ser evitados, e após as refeições
os dentes devem ser escovados imediatamente.
Em especial o rosto deve ser muito bem cuidado, pois revela o estado de espírito; uma
expressão agradável e atraente é um ponto básico na avaliação da aparência pessoal.
Dependendo muito da pessoa, do clima, da temperatura e da localização do consultório
pode-se tornar necessário para o ASB lavar o rosto algumas vezes ao dia.
Quanto aos cabelos, estes devem, de preferência, ser curtos, estar limpos e penteados
convenientemente. Se forem longos, devem ser mantidos presos.
4.4 Mãos
Mãos e unhas devem estar sempre limpas. As unhas devem ser conservadas curtas, pois
caso elas sejam longas facilitam a presença de microrganismos. O esmalte deve ser o de cor
natural ou incolor.
Os hidratantes utilizados nas mãos para evitar o ressecamento não podem ter sabor ou
cheiro forte.
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4.5 Cosméticos
Jóias como colares, anéis ou pulseiras não devem ser usados em serviço. Os
profissionais que trabalham com esses adornos são verdadeiros agentes de infecção cruzada
no consultório.
4.7 Roupa
Quando o uniforme usado for branco, as roupas íntimas devem ser sempre brancas ou cor
da pele. Nada mais vulgar do que ficar evidente aos pacientes a cor das peças íntimas da
ASB.
5. ATENDIMENTO AO PÚBLICO
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Lembretes:
Cumprimentar sempre o paciente com um “Bom dia”, “Boa tarde” ou “Boa noite”. Enquanto
ele relata o que deseja, escutar atentamente para poder encaminhá-lo à pessoa apropriada;
Caso o ASB esteja atendendo uma ligação e chegar um paciente, deve cumprimentá-lo com
um movimento de cabeça a fim de que perceba que foi notado. Assim que terminar o
atendimento da ligação, deve dirijir-se a ele imediatamente;
Usar sempre expressões que são indicativas de boa educação como, ”por favor,”,
“obrigado”;
Verificar se o seu tom de voz é ideal. Algumas pessoas falam muito alto, e por isso irritam;
outras falam baixo demais, fazendo com que, muitas vezes, haja necessidade de repetir o
que foi dito;
O ASB não precisa ser um “tagarela”, que fica o tempo todo contando sua vida particular ou
todo o capítulo anterior da novela.
É muito mais produtivo, quando o objetivo é envolver o paciente, procurar saber detalhes da
vida dele, suas preferências, e também as coisas de que não gosta, as quais deverão ser
informadas ao Cirurgião Dentista, na ausência do paciente;
O ideal é que o paciente seja sempre tratado por senhor ou senhora, salvo por orientação
expressa do próprio paciente;
Mesmo que o paciente seja muito antigo, considerado “da casa”, o ASB deve se levantar
assim que ele sair da sala clínica. Fazer os procedimentos de rotina, como a marcação da
próxima consulta, lembrá-lo do cheque a ser preenchido, oferecer-lhe um copo de água. Isto
feito, dirijir-se com ele até a porta, dizendo ao se despedir: “até a próxima consulta”.
O ASB deve tratar a qualquer um que venha à sua mesa de trabalho da maneira como
gostaria de ser tratado.
Procurar compreender o ponto de vista do outro.
Nunca faça com que a pessoa espere enquanto você faz um serviço que não seja
plenamente justificado.
Não abandone a pessoa antes de concluído o seu trabalho, a fim de atender a seguinte. Ela
poderá sentir-se menosprezada.
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Trate-a sempre como uma pessoa importante.
Se há oportunidade, faça algum comentário ou pergunta agradável.
Dê-lhe tempo suficiente para explanar o que deseja.
Tenha tato ao interrompê-la.
Não permita que ela se sinta aborrecida.
Mantenha-se sempre cortês mesmo que seu colega não o seja.
Crie o hábito de usar palavras simples, sem gíria, faladas com voz modulada e clara.
Dê à pessoa explicações exatas.
Seja paciente quando você não for entendido.
Veja, pelas reações e expressões da pessoa, se ela está interessada em sua conversa.
Nunca diga à pessoa frases indicativas de que ela tenha que fazer algo, como:
“O senhor tem que ir procurar um médico”
“O senhor tem de esperar”.
Em vez dessas expressões, use:
“Eu aconselho-o a ouvir um médico de sua confiança”.
“O senhor quer ter a bondade de esperar um pouquinho”
“Por favor, o senhor poderia trocar de lugar?”
Se você encontrar alguma dificuldade em atendê-la, não hesite, chame outro colega, mas
faça-o com habilidade, sem que a pessoa perceba.
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6.15 A complementação de um contato
Todo contato deve terminar com “até logo”, “boa-tarde” ou palavras de apreciação e
cordialidade, ou com um sorriso.
6.16 Discrição
7. TELEFONIA
Marcação de consultas
Estabelecer um primeiro contato paciente-consultório/clínica
Contatar pacientes já em tratamento
Contatar profissionais afins
Dar e anotar recados
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“Com quem?”
“Um momento”.
“O Dr. William nunca vem antes das dez”.
“Até logo”.
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7.3 Cortesia
O ASB deve, inevitavelmente, ser cortês sempre que entrar em contato com os
pacientes.
Atitudes inconvenientes por parte do ASB provocam irritação. Um insulto falado ao
telefone causa má impressão em quem ouve e que, irado, se vê inclinado a fazer o mesmo.
Às vezes pode ocorrer que alguém fale de modo grosseiro. Nesse caso, o ASB não deve
responder com agressividade e tampouco com gracejos.
Um atendimento agradável produz cordialidade. A forma de dirigir-se ao cliente é de vital
importância na realização de um bom serviço.
7.4 Interesse
Cada chamada deve ser atendida com interesse pessoal e com sincero desejo de ajudar.
Os pacientes logo percebem o interesse ou a indiferença com que são atendidos.
É aconselhável que o ASB tente fazer com que o paciente sinta que sua chamada está
recebendo total atenção.
Fazer o possível para informar ao interessado tudo o que ele deseja saber, compreender
e encontrar soluções, são atitudes que o ASB deve cultivar.
7.5 Agilidade
Além de atender com calma, cortesia, interesse e ter voz clara, outra maneira de o ASB
demonstrar sua eficácia é através da agilidade, que deve ser aprimorada com o tempo.
Agilidade significa ser rápido e exato, ou seja, providenciar corretamente grande número
de chamadas em tempo mínimo.
8. AUTOCONTROLE
Discrição
Expressão corporal e facial: é de fundamental
importância o cuidado com as mensagens transmitidas,
pois podem aumentar a ansiedade do paciente.
Precipitação: não interromper conversas, ou mesmo
entrar em discussão e conversas com os clientes.
Tirar informações: nem todas as informações devem ser comentadas dentro da equipe e/ou
com pacientes.
Explosão (raiva, tristeza etc.): saber separar os conteúdos pessoais dentro do horário de
trabalho.
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“Paqueras”: ter uma atitude profissional, com relação ao sexo oposto, no ambiente de
trabalho.
O ASB deve se esforçar por alcançar domínio sobre seus instrumentos de expressão
física, mantendo o olhar firme, o rosto sereno, os ombros levantados, a face erguida e o andar
firme. Essas formas de expressão deverão ser mantidas até que seja adquirido o hábito que
faz delas uma segunda natureza.
9. RELAÇÕES PROFISSIONAIS
O primeiro contato é que determina como a relação vai se estabelecer e prosseguir. Para
os pacientes novos, o ambiente e, possivelmente, as pessoas do consultório odontológico lhes
são estranhos, e isso lhe causa ansiedade. É no primeiro contato que o paciente formará sua
opinião sobre o que esse tratamento odontológico poderá lhe oferecer.
O ASB deve procurar nesse primeiro contato:
Cada fase da vida exige necessidades diferenciadas. Com relação às pessoas idosas,
devemos lembrar a possibilidade da existência de uma limitação física, causada pela idade e
/ou enfermidades, o que muitas vezes irá requisitar ajuda e amparo na locomoção, bem como
uma disponibilidade de horário maior que a requerida por outros clientes de outras idades. Há
também, a possibilidade da ocorrência de casos de limitações mentais (memória,
entendimentos etc.), fazendo-se necessária a repetição de certas explicações e confirmação de
horário.
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Podem ocorrer, também, certas “manias” (querer as coisas do seu jeito), como não gostar
de barulhos, conversas ou risadas altas.
Solicitar alvará
Montagem do consultório de acordo com a legislação vigente de seu Estado e Município.
Higiênico-sanitário
Ergonômico
Físico estrutural
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Evite decorar o ambiente da sala de espera com estampas, fica melhor com cores mais
neutras e no máximo uma parede em cores vibrantes
Prefira nas janelas persianas que são práticas para limpar e as cores existentes são muitas
e variadas.
Sabemos que um cliente quer ser bem atendido seja em que lugar for, mas a primeira
impressão é a que fica e por esta razão a aparência da sala de estar influencia muito.
Agora é perceber se está muito cheia de apetrechos e deixá-la bem gostosa e que seja
um lugar onde as pessoas aguardam tranquilas.
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10.4 Sala de clínica
A sala clínica deve ser ampla, com dimensão mínima de 9,0 m2.
Conforme a legislação de biossegurança vigente deve possuir duas pias acionadas por
pedal ou sistema fotoelétrico: uma exclusiva para lavagem das mãos e outra para lavagem do
instrumental.
No caso da clínica ou consultório possuírem sala de esterilização independente da sala
clínica, somente uma pia em cada sala são suficientes.
10.4.2 Paredes
Deve ser de material liso e resistente. A pintura deve ser com tinta lavável e de cor clara.
10.4.3 Iluminação
10.4.4 Ventilação
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A limpeza interna deve ser feita cada seis meses por serviço especializado de manutenção,
conforme legislação sanitária.
10.4.6 Banheiro
11.2 Equipo
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Acoplado: tem formato de mesa e é preso à cadeira por um braço, que pode se movimentar.
Cart: tem formato de mesa, situada sobre rodas que permitem livre movimentação.
É composta pela cuspideira e sugadores, podendo ter também uma seringa tríplice
adicional.
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11.5 Mochos
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11.7 Amalgamador
11.8 Fotopolimerizador
11.9 Ultrassom
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11.10 Câmara escura (portátil quarto ou labirinto)
Local isento de luz onde são processados (revelação, lavagem, fixação e lavagem final)
os filmes radiográficos.
11.11 Negatoscópio
11.12 Autoclave
Aparelho que utiliza calor úmido sob pressão para esterilização de instrumentais.
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11.13 Seladora automática
Aparelho para selar (fechar) as embalagens com instrumentais para serem colocados na
autoclave.
Peças que são encaixadas nas pontas do equipo quando utilizadas nos preparos dos
elementos dentários. São elas:
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11.16 Seringa Tríplice
Peça acoplada ao equipo utilizada para secar ou lavar a cavidade oral ou preparo de
dentes.
11.17 Compressor
Horizontal Vertical
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11.20 Bomba de Alta Sucção
Equipamento independente, utilizado para sugar com alta potência sangue e saliva, é
muito utilizado em cirurgia. É um equipamento complementar aos sugadores normais que
estão acoplados à unidade auxiliar.
Sentar-se no mocho, formando um ângulo de 90º com as pernas, ficando com os pés bem
apoiados no chão.
Manter as costas retas e apoiadas ao encosto do mocho, na região renal, e a cabeça
ligeiramente inclinada para baixo.
Ajustar a altura da cadeira de tal maneira que uma das pernas do CD possa ficar sob o
encosto sem sofrer tensão.
Pressionar o recosto da cabeça para baixo quando o trabalho for realizado na maxila
(arcada superior) e para cima e para frente, quando for na mandíbula (arcada inferior).
Manter uma distância de 30 cm da boca do paciente.
Trabalhar com os cotovelos junto ao corpo ou apoiados em local que esteja no nível dos
mesmos.
Ter tudo a um alcance mínimo, eliminando movimentos supérfluos.
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Utilizar sugador de alta potência durante todo o procedimento, evitando que o paciente
utilize a cuspideira.
Com o objetivo de efetuar trabalho organizado totalmente integrado à equipe, alguns fatores
devem ser observados por todos:
Seleção do equipamento determinado e adequado à execução do trabalho a quatro mãos.
Zona operacional de trabalho.
Utilização de bandejas previamente arrumadas para as diversas tarefas a serem
executadas.
Técnica correta de transferência de instrumentos entre si durante o trabalho.
Para a execução correta e eficiente de uma tarefa a quatro mãos, a área de trabalho é
dividida em quatro zonas.
Para melhor estabelecer os limites das diversas zonas, usa-se como referência a
marcação de horas, tendo-se a boca do paciente como centro. Os limites das áreas são:
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12.2 Padronização
Para que isto ocorra, é importante que os instrumentos nas bandejas sejam pré-
preparados de acordo com a sequência de solicitação do CD. Caso haja inversão na ordem, o
CD deve comunicar ao ASB com antecedência.
A transferência de instrumentos deve ser feita junto à boca do paciente, sem que o CD
afaste suas mãos do campo operatório.
O ASB deve utilizar somente a mão esquerda durante a transferência. Sua mão direita
fica livre para executar outras tarefas, como usar a seringa de ar para limpar o espelho ou fazer
afastamento de tecidos moles.
Para maior compensação, a mão esquerda do ASB é dividida em duas partes, de acordo
com a função dos dedos durante a tarefa:
Parte da entrega: Composta pelos dedos polegar, indicador e médio.
Tempo: é a quantidade de segundos, minutos ou horas que levaremos para fazer o trabalho.
Ação: são os atos que o CD e o ASB executam durante o atendimento ao cliente.
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Movimento: é o esforço físico que fazemos em todo o corpo ou parte do corpo para
realizarmos o trabalho.
São os trabalhos feitos fora ou dentro da boca do paciente e que não requerem
formação universitária por parte de quem o executa.
Estas ações são preparatórias, pois podem anteceder uma ação direta, ou
complementá-la. Exemplo: colocar algodão, trocar brocas, preparar amálgama, usar seringa
tríplice e sucção são ações indiretas e podem ser realizadas pelo ASB, desde que
determinados para isso, sendo, portanto, ações delegáveis ou transferíveis.
Com certeza quanto menos ações indiretas o CD executar, maior tempo sobrará para
que ele realize ações diretas.
A experiência diz que os profissionais que trabalham desta maneira são unânimes em
confirmar o aumento de produtividade, de conforto e de qualidade o trabalho com diminuição
da fadiga.
12.5.6 Movimentos
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Elemento do paciente: cadeira odontológica
Elementos do CD: mocho, equipo onde estão as pontas e tudo o que é utilizado para o
tratamento clínico.
Elementos do ASB: unidades de sucção (inclusive cuspideira), mocho, todos os armários e
mesa auxiliar onde estão os materiais e instrumentais necessários para que ele auxilie o
CD.
Os equipamentos citados como elementos do CD podem ser fixos, semimóveis ou
móveis. Os equipamentos fixos já estão superados. Os semimóveis são presos por uma haste
à estrutura da cadeira, possibilitando um posicionamento ergonômico de trabalho. Os
equipamentos móveis são montados sobre rodízios, permitindo ampla mobilidade ao lado da
cadeira.
A primeira posição de trabalho adotada pelos Cirurgiões Dentistas foi em pé, ao lado da
cadeira de atendimento clínico, com o paciente sentado. Esta posição era bastante
desconfortável e prejudicial ao CD.
Com o aparecimento do mocho, o CD passou a trabalhar sentado, mas ainda em
condições bem desfavoráveis.
Com o advento das cadeiras que permitem colocar o paciente deitado, do equipo móvel,
do mocho com rodízios e das técnicas de sucção, foi possível mudar as posições de trabalho.
Hoje, o CD trabalha sentado. Esta posição, quando correta, reduz a fadiga, aumenta o
equilíbrio, melhora a estabilidade e deixa livre os pés, para permitir controle dos pedais.
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Referências Bibliográficas:
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