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Por dentro
da barra do
Rio Grande
editorial
Convidamos o prático Arie Palmers, que atua na região de Scheldt (Holanda), para
escrever um artigo sobre irregularidades em escadas combinadas com alçapão. Após
sofrer dois acidentes em 2018, Arie se tornou um fiscalizador ativo dos problemas
encontrados em arranjos de embarque em geral, sendo cofundador do grupo
#DangerousLadders no Facebook.
Ainda no tema da segurança, temos uma reportagem mostrando como a análise preliminar de risco é
cada vez mais adotada em projetos de obras e operações portuárias, com a contribuição da expertise
da praticagem.
Por fim, continuando nossa série sobre as zonas de praticagem, visitamos a histórica Praticagem da Barra do
Rio Grande (RS), de onde vem o patrono da nossa atividade, Francisco Marques Lisboa, pai de Joaquim
Marques Lisboa, o Almirante Tamandaré. Se no passado ele e seus contemporâneos ajudaram a desbravar a
barra que recebeu a alcunha de diabólica, até a construção dos molhes que diminuíram o risco da travessia,
hoje os práticos continuam colaborando para superar gargalos de infraestrutura e aumentar a eficiência das
operações no porto.
Boa leitura!
Otavio Fragoso é o editor responsável.
Conapra – Conselho Nacional de Praticagem
diretor vice-presidente
Otavio Augusto Fragoso Alves da Silva
diretores
Bruno Fonseca de Oliveira
João Bosco de Brito Vasconcelos
Marcos de Castro Alves
Rumos Práticos
planejamento
Otavio Fragoso/Flávia Pires/Katia Piranda
edição
Otavio Fragoso
redação
Rodrigo March (jornalista responsável)
MTb/RJ 23.386
revisão
Maria Helena Torres
pré-impressão/impressão
DVZ Impressões Gráficas
capa
foto: Gustavo Stephan
34
6 praticagem no Brasil
Novos
obstáculos
na barra
outrora
diabólica
Além das condições ambientais
adversas, práticos em Rio Grande
contornam desafios estruturais
e contribuem para o melhor
semestre da história do porto
foto: Gustavo Stephan
PRÁTICO IRUÁ
SÉCULOS DE SUPERAÇÃO
Plataformas de embarque
inadequadas
Arie Palmers
FIGURA 1
artigo 17
Bom dia,
REGULAMENTAÇÕES
APLICÁVEIS
meu nome é Arie Palmers, trabalho como prático de navios na
região de Scheldt desde 2008. Depois de ter sofrido dois acidentes
com ferimentos leves em uma semana de 2018, comecei a me
perguntar como isso teria acontecido, pois me considero cauteloso Solas cap. V reg. 23 3.3.2.1: No caso de um arranjo combinado
e sempre atento à segurança. Comecei a interessar-me por arran- usando uma escada de portaló com um alçapão na plataforma infe-
jos de embarque e desembarque de prático (PTAs) e passei a os rior (ou seja, plataforma de embarque), a escada de quebra-peito e
registrar a partir de maio de 2018, e continuo até o momento. Para os cabos de segurança laterais devem ser armados passando pelo
minha surpresa, descobri que mais de 50% dos PTAs não estão em alçapão que se estende acima da plataforma até a altura do corrimão.
conformidade e, portanto, são perigosos. No dia 30 de dezembro
de 2019, um colega de Sandy Hook sofreu um acidente fatal Solas cap. V reg. 23 3.3.2: ... de modo a garantir que a extremidade
enquanto tentava embarcar em um navio contêinero com uma inferior da escada de portaló e a plataforma inferior sejam manti-
plataforma de embarque inadequada (também conhecida como das firmemente contra o costado do navio...
alçapão). Recentemente entrei em contato com a equipe da Rumos
Práticos, e discutimos a possibilidade de escrever algo sobre esses IMO A. 1045 (23) 3.7: ... e a escada deve se estender acima da
alçapões. Neste artigo, gostaria de explicar algumas coisas sobre plataforma inferior até a altura do corrimão e permanecer alinhada
esses tipos de PTAs, o que procurar e o que fazer quando você com o costado do navio.
encontrar um alçapão inapropriado.
IMO A.1045 (23): O alçapão deve abrir para cima e ser preso na
O PTA que atende pelo nome oficial de “plataforma de embarque”, plataforma de embarque ou contra os trilhos na extremidade tra-
mais conhecido pelo pseudônimo “alçapão” em certas versões que seira do lado externo e não deve fazer parte do corrimão.
descreverei neste artigo foram declarados inadequados desde
2012 no Solas cap. V reg. 23 e na IMO A. 426 desde 1979. O que Essas regras nos informam como um alçapão deve ser construído e
significa que a IMO já os considera inseguros há 42 anos, e eles posicionado de acordo com a regulamentação atual. Além disso, o
ainda estão por aí... O que deu errado? Solas cap. V reg. 23 também menciona no item 2.1 em relação à
segurança: "Todos os arranjos usados para a transferência do
Na figura 1, no estilo do conhecido “pôster da escada do prático”, prático devem cumprir eficientemente seu propósito de permitir
você vê uma plataforma de embarque que atende a todos os requi- que os práticos embarquem e desembarquem com segurança." 3.1:
sitos e recomendações atuais em vigor. Adiante mostrarei as dife- "Devem ser fornecidos arranjos para permitir que o prático
rentes regras no momento vigentes para esse sistema. embarque e desembarque com segurança em qualquer um dos
lados do navio." Basicamente, quando alguém morre tentando usar
A figura 2 também mostra uma plataforma de embarque totalmente um alçapão inadequado, ele nunca pode ser considerado seguro…
compatível e que foi considerada segura pela IMO e Solas para uso
no embarque e desembarque de embarcações. Independentemente dos regulamentos, encontramos com regula-
ridade alçapões perigosos, e gostaria de relembrar novamente o
foto: arquivo pessoal
FIGURA 4
Na foto da figura 4 você pode ver que a escada foi montada atrás
de uma viga de aço, impedindo o acesso desobstruído, o que
FIGURA 3
significa que não está em conformidade.
Os navios construídos antes de 2012 muitas vezes afirmam que seu Outro exemplo de alçapão desconforme na figura 5; esse, em
PTA deve ser considerado sob a chamada cláusula de anterioridade particular, também tem a escotilha abrindo para o lado errado: ao
descrita no Solas cap. V reg. 23 item 1.3. Basicamente, eles estão chegar ao topo da escada, você terá que se levantar pendurado
afirmando que não precisam montar um PTA seguro e compatível nessa escotilha que foi presa apenas por dois pequenos pinos.
por causa de uma lacuna no regulamento.
Felizmente, nem tudo dá errado. Estive em extensivo contato com
O antecessor do Solas cap.V reg. 23 é a Resolução MSC.99 (73) a Maersk e a MSC, que agora estão no processo de reforma de
que no item 2.1 declara, assim como seu sucessor: “Todos os todos os seus alçapões desarmônicos. A Maersk também emitiu
arranjos usados para a transferência do prático devem cumprir um aviso de segurança, depois de nos reunirmos com eles, decla-
eficientemente seu propósito de permitir que os práticos em- rando que os alçapões antigos não eram confiáveis. O da MSC
barquem e desembarquem com segurança”. está quase concluído, e a Maersk está procurando um espaço no
pátio para substituir os alçapões antigos por um design total-
Já em 1979 a IMO declarou inseguro esse sistema específico na mente novo e testado. Novamente, essas empresas estão lide-
IMO A.426, 9: “Se um alçapão for instalado na plataforma inferior, rando o caminho para a segurança.
a abertura não deve ser inferior a 750mm x 750mm. Nesse caso, a
parte posterior da plataforma inferior também deve ser cercada, Recentemente, embarquei em um navio da OOCL com um alçapão
como no parágrafo 6, e a escada do prático deve se estender acima desconforme e me recusei a trazê-lo para o mar (Figura 6).
da plataforma inferior até a altura do corrimão.”
Expliquei ao capitão e à tripulação o que precisava ser feito para
A IMO A.426 foi sucedida em 1999 pela IMO A. 889 (21) que afirma convertê-lo em um arranjo compatível, e, algumas horas depois,
exatamente o mesmo que a IMO A.426 em seu item 3.7. E em 2012 todo o trabalho estava feito, e a embarcação partiu. Agora, a
essa resolução foi seguida pela IMO A.1045 (27), que está em vigor OOCL também está analisando os PTAs em sua frota para torná-
até hoje. los compatíveis.
Embora esses tipos de alçapão tenham sido proibidos pela IMO há A foto da figura 7 mostra o alçapão adaptado, que agora é total-
42 anos, ainda os encontramos nos dias de hoje, infelizmente, mente compatível às normas. São apenas algumas horas de traba-
como você pode ver nas fotos seguintes, recentemente tiradas. lho para mudar de perigoso para seguro.
artigo 19
FIGURA 5 FIGURA 7
Arie Palmers
fotos: arquivo pessoal
Após a queda de Sherwood do navio Maersk Kensingnton, cuja A Autoridade do Canal do Panamá, por sua vez, avisou a agentes
escada de quebra-peito não estava nivelada com o corrimão, a marítimos, empresas de navegação e operadores que arranjos
American Pilots’ Association pediu às autoridades estaduais de irregulares podem acarretar atrasos na travessia até que sejam
praticagem que lembrem aos práticos e à comunidade marítima corrigidos. Já a Autoridade Marítima das Bahamas emitiu alerta
sobre a possibilidade de recusa de embarque em meio fora dos técnico informando o início de uma campanha de inspeção, de
padrões. No Canadá, a Pacific Pilotage Authority fez lembrete julho a dezembro, em todas as embarcações do país. Será checada
semelhante à indústria. a conformidade de 45 itens, bem como o treinamento obrigatório
da tripulação a respeito.
Stairway to
Heaven 111
OU “HIGHWAY TO HELL”
Marcio Fausto
Não. Não se trata de uma discussão sobre religião ou rock’n roll. Ou se você prefere o Led Zeppelin ou AC/DC. Vamos falar sobre dispositivos
de embarque de práticos. Aquela interface entre a lancha e o navio. Aquele lugar no tempo e no espaço em que você não está nem na água
e nem a bordo, e, a depender das condições de preparo ou manutenção do arranjo, você será levado a um deles. Ou o dispositivo de embarque
será sua escada de jacó, que o levará ao seu paraíso, o passadiço, a manobra de praticagem ou ele será a malfadada escada que o condu-
zirá ao último círculo infernal de Dante na forma de homem ao mar.
Há um famoso pôster da IMPA, com ótimos desenhos resumindo os principais pontos a observar nos dispositivos de embarque constantes
da resolução A-1045 (27) da IMO e na Solas V/23. Esse pôster está afixado em todos os navios, o que não necessariamente garante seu fiel
cumprimento nem evita os mais variados e bizarros exemplos de improviso e desleixo. Há pequenos detalhes que escapam aos olhares menos
atentos e que são potenciais perigos. Vamos relembrar neste artigo alguns pontos a ser observados nos dispositivos e que podem evitar
acidentes ou o desgaste prematuro da escada.
A
MONTAGEM PARA NAVIOS ARRANJO COMBINADO PARA GUINCHO DA ESCADA
COM BORDA-LIVRE MENOR NAVIOS COM BORDA-LIVRE NÃO! DE PRÁTICO
Sem manilhas, sem nós,
OU IGUAL A NOVE METROS MAIOR QUE 9 METROS sem emendas
NÃO! SEM
Travessões não OBSTRUÇÕES
ESCADA DE devem ser colocados Mín. 91.5cm
CABOS ADICIONAIS PRÁTICO entre os degraus
(sem nós) Deve se estender por
Mín. Diâm. 28mm pelo menos 2 metros ESCADA DE NÃO! Mín. 91.5cm
Máx. Diâm. 32mm acima do PORTALÓ Cabos laterais devem
SE EXIGIDOS patim inferior Firmemente segura ficar igualmente espaçados
PELO PRÁTICO TRAVESSÃO no costado
Mín. 180cm comprimento
Deve dizer para ré
NÃO! B
Escada deve estar Os degraus não devem
firmemente Inclinação máxima estar pintados, sujos
fixada contra de 45˚ ou escorregadios
CABOS o costado a Todo guincho de escada de prático
LATERAIS 1,5 metro acima deve possuir meios de prevenção de
MÁXIMO DE 9 DEGRAUS
Mín. Diâm. 18mm do patim da 0.5m ser operado acidentalmente.
Entre travessões
escada de
Patim
inferior
NÃO! Espaço livre
portaló horizontal Alças e cabos soltos mínimo Balaústre Em guinchos operados manualmente
TODOS OS apresentam um 220cm Mín. 70cm o freio e a trava devem estar
Mín. 40cm O patim 2m perigo para o Máx. 80cm prontos para operação.
DEGRAUS inferior deve embarque do
devem ficar estar no Marca de prático A alimentação do guincho deve ter
firmemente 31-35cm mínimo a
A escada de borda-livre um dispositivo operacional seguro
contra prático requer 5 metros
o costado recomendada para travar o guincho.
uma subida acima do mar de 9 metros
superior a 2m
1,5 metro e
inferior a Mínimo
9 metros Dois balaústres de pega rigidamente Tripulante em contato 91.5cm
POPA PROA fixados à estrutura do navio com o passadiço
FIGURA 1
O primeiro deles a considerar ao fazer a inspeção prévia é entender que antes do embarque/desembarque, você; prático, está com sua
capacidade de avaliação um tanto prejudicada pela ansiedade. Há uma certa predisposição a manobrar ou a embarcar/desembarcar em
função das consequências de não os fazer. Essa ansiedade intrínseca à natureza humana pode nos deixar passar algum detalhe, por vezes
óbvio, sobre uma não conformidade no dispositivo de embarque, que só será percebido em um momento crítico: aquele tal momento que
mencionei, em que você não está na lancha nem a bordo...
Uma forma de mitigar esse possível prejuízo no julgamento é mentalizar ou afixar na lancha uma checklist com os principais itens a observar.
Outra boa ideia é envolver os tripulantes da lancha na tarefa de observação do dispositivo em busca de perigos potenciais. Os marinheiros,
não estando diretamente envolvidos no transbordo, podem enxergar esses erros com mais clareza.
Sem dúvidas, porém, a melhor forma de controlar essa ansiedade é entender que CANCELAR ou ADIAR o embarque faz parte do jogo, espe-
cialmente quando a sua vida está em risco. Todo prático tem o direito de declinar um arranjo que não esteja em conformidade com as normas.
artigo 25
POR ONDE ENTÃO DEVO e) Escada de portaló fixa no costado do navio, seja por nós ou dis-
positivos magnéticos ou pneumáticos. A escada de portaló não
OU CHECKLIST?
arranjo deve permitir a passagem do prático da escada para plata-
forma da escada de portaló sem dificuldades. Deve estar afastada
da escada de prático entre 10 e 20cm. Se você tiver alguma dificul-
A sugestão é observar o arranjo de baixo para cima e o subir com dade em fazer a transição da escada de prático para a escada de
os olhos, antes de subir efetivamente, quando será tarde demais. portaló, alguma coisa está errada!
Ou o contrário, na hipótese de desembarcar por mar tendo embar- g) Presença de apoio para as mãos (interno e externo) na base da
cado por terra. Vamos lá! escada de portaló.
h) Escada de prático se estendendo a pelo menos 2m acima da
Parte inferior do arranjo/escada de prático base da escada de portaló.
i) Espaçamento regular e paralelismo entre os degraus e travessas.
a) Distância da escada para a superfície do mar de acordo com o
solicitado. Parte superior do arranjo/chegada a bordo
b) Nenhum obstáculo como verdugos ou sobressaltos no costado
por uma extensão lateral de 6m centrada na escada. a) Presença de apoio para as mãos firmemente fixados no convés.
c) Estado geral de conservação dos quatro últimos degraus, que É bastante comum encontrarmos os apoios frouxos e com folgas
devem ser de borracha. nos encaixes.
d) Ausência de cabos soltos, nós ou “pinhas” na parte inferior da b) Embarque pelo convés principal e não por cima da balaustrada.
escada, com potencial para se enroscar na enxárcia da lancha. A es- c) Oficial do navio com um rádio em contato com o passadiço
cada deve terminar em um degrau e não ter “penduricalhos”. aguardando o prático. Essa comunicação com o passadiço pode ser
e) Presença de uma travessa no quinto degrau de baixo para cima. fundamental em caso de acidente.
f) Escada de prático rente ao costado do navio e não afastada em
função de verdugos ou sobressaltos no casco. Porta lateral (comum em grandes porta-con-
g) Espaçamento regular (entre 31 e 35cm) e paralelismo entre os têineres, navios de passageiros e suppliers)
degraus e travessas.
h) Estado geral de conservação da escada, dos degraus e travessas. a) A porta abre para dentro do navio.
b) Se houver plataforma (quando a escada de prático corre pela
Parte intermediária do arranjo em escadas lateral da porta), ela não deve oferecer risco de colisão com a enxár-
de prático (Borda-livre igual ou inferior a 9m) cia da lancha (deve estar a pelo menos 5m da superfície do mar).
c) A porta de embarque deve ter pelo menos 2,20m x 0,915m.
a) Espaçamento regular e paralelismo entre os degraus e traves-
sas, sem a presença de nós ou manilhas. Escadas arriadas por guincho/sarilho
b) Os degraus não devem estar pintados, com sinais de sujeira ou
oleosidade. a) O guincho/sarilho deve estar pelo menos 2,20m acima do convés
c) Escada rente ao costado do navio em toda sua extensão e não de embarque e afastado pelo menos 91,5cm.
afastada em função de verdugos ou sobressaltos no casco.
Alguns itens só conseguimos observar mais atentamente já du-
Parte intermediária do arranjo em escadas rante o embarque. Embora seja tarde demais para você, pode ser
combinadas (Borda-livre superior a 9m) oportuno observar e notificar o comandante. Lembre-se de que
você ainda vai desembarcar, e outros colegas também o farão pelo
a) Base da escada de portaló a pelo menos 5m da superfície do mar mesmo dispositivo. Esses itens são:
ou em distância superior com a finalidade de não colidir com a
enxárcia da lancha. Cuidado! Se o navio errar essa distância, pre- a) estado geral da escada quanto a emendas, nós e limpeza.
pare-se para coisas piores. É sinal de que o bom senso e o discerni- b) a escada não deve estar amarrada à balaustrada.
mento já desembarcaram. c) correta fixação da escada no convés. A fixação deve ser feita a
b) Plataforma da escada de portaló na horizontal. pontos rigidamente fixos no convés do navio e preferencialmente
c) Escada de portaló a menos de 45o. específicos para tal. A escada deve ser amarrada por nós pelos
d) Escada de prático firmemente fixada no costado do navio a 1,5m cabos laterais, entre dois degraus. É inaceitável amarrar/prender a
acima da base inferior da escada de portaló. escada por meio de encaixes de degraus ou travessas no convés ou
26 artigo
HALL DA INFÂMIA
foto: Site pilotladdersafety.com e acervo da RG Pilots
BASE DA ESCADA DE
PORTALÓ A MENOS DE
5M: ESPECIALMENTE A AMARRAÇÃO
AJUSTADA PARA BASE DA ESCADA DE INCORRETA COM
TODO O ESFORÇO
DESTRUIR A ENXÁRCIA PORTALÓ OBSTRUINDO MANILHAS É A CAMPEÃ!
APLICADO EM UM
OU CORTAR A CABEÇA A ESCADA DE PRÁTICO: NÃO SE ENGANE,
DEGRAU DE MADEIRA
DO PRÁTICO... SE O PRÁTICO ESTÁ ERRADO,
QUE NÃO FOI
TRABALHAR NO PROJETADO PARA ISSO POIS DA MESMA
CIRQUE DU SOLEIL, MANEIRA APLICA
NÃO TERÁ DIFICULDADES ESFORÇO INDESEJADO
NA ESCADA.
É A PRINCIPAL SUSPEITA
QUANDO A ESCADA
APRESENTA ESPAÇA-
MENTOS IRREGULARES
ENTRE DEGRAUS...
A ESCADA DE PRÁTICO
DEVE SE ESTENDER A
PELO MENOS 1,5M
ABAIXO DA BASE DA
ESCADA DE PORTALÓ.
Marcio
VOCÊ NÃO DEVE SUBIR Fausto
MENOS QUE 1,5M E NEM
É PRÁTICO NA ZONA
MAIS DE 9M EM UMA PELO MENOS
DE PRATICAGEM DE
SUA VIDA EM ESCADA DE PRÁTICO VOCÊ NÃO VAI GIRAR SÃO FRANCISCO DO SUL
UMA TRAVESSA (QUEBRA-PEITO)! NO SENTIDO HORÁRIO... E ITAPOÁ (ZP-18)
28 segurança
Equipamento
de projetos é simula
a Porto Sudeste, manobras
Uma das empresas que adotou a análise de risco na implantação
em função de uma mudança deno
emergência,perfil
em condições ambientais
da carga. Instalado na Ilha da Madeira, em Itaguaí (RJ), o
porto foi projetado para o carregamento de granéis sólidos, mas
adversas e com grandes navios
movimentará também granéis líquidos, realizando operações ship
to ship em um dos dois berços existentes (no futuro, elas ocorrerão
em dolphins). Com isso, passarão a entrar no porto navios-tanque
30 segurança
PROJETOS CONCLUÍDOS
Projetos de ponte:
• Ponte Salvador-Itaparica e Porto de Salvador (BA)
foto: LabRisco
TRABALHO DE CAMPO
DO LABRISCO NO
PORTO DE SANTOS
32 inovação
MAIS UMA
PRATICAGEM
INSTALA CENTRO
DE SIMULAÇÕES
Simuladores da Praticagem do
Rio de Janeiro reproduzem
manobras em todos os portos e
terminais do estado, bem como
em seus canais de acesso
O centro conta ainda com uma sala de controle e nele são gerados
diferentes tipos de fainas de praticagem, em qualquer porto, termi-
nal ou canal de acesso da ZP-15, assim como mais rebocadores e
outros navios para interação com o navio simulado. Todo o sistema
foi desenvolvido e instalado pela Technomar Engenharia Oceânica.
COOPERAÇÃO
DA USP
Por meio da parceria com o TPN-USP, serão compartilhadas com a
Praticagem do Rio informações técnicas de interesse de mano-
brabilidade de embarcações e condições ambientais (ondas e cor-
rentes) nos casos em que o laboratório for contratado para análise
de manobras em área da ZP-15.
INFRAESTRUTURA
foto: Divulgação
EM MAIS UMA EDIÇÃO DO
FÓRUM BRASIL EXPORT
Patrocinadora do Fórum Nacional de Logística
e Infraestrutura Portuária (Brasil Export), a
Praticagem do Brasil esteve representada, por
intermédio do Conselho Nacional de Praticagem
(Conapra), em todas as edições regionais do
evento: Rio de Janeiro (RJ), Belém (PA),
Rio Verde (GO), São Luís (MA), Guarujá (SP)
e Rio Grande (RS). O fórum reúne os principais
interessados na superação de desafios do setor,
oportunidade em que a praticagem se mostra
parceira na busca de soluções. A edição
nacional do Brasil Export aconteceu nos dias
28 e 29 de setembro, em Brasília (DF).
INVESTIMENTO
PRATICAGEM DO AMAPÁ
VAI INSTALAR BOIAS
PARA PREVER MARÉS
NA BARRA NORTE
A Praticagem do Amapá vai instalar três boias
meteoceanográficas no arco lamoso da barra foto: Divulgação
norte do Rio Amazonas – trecho raso de 24
milhas náuticas que delimita o calado dos
navios na Bacia Amazônica. Com custo de
R$ 3,6 milhões, os equipamentos vão gerar
informações mais precisas para a previsão das
janelas de maré, fundamentais para que navios
mais carregados possam atravessar a barra
norte de forma segura. A instalação será o
pontapé para a implantação de um sistema de
calado dinâmico, a exemplo do existente no
Porto de Santos, que indicará o quanto os
navios podem transportar sem risco de tocar o
fundo. O anúncio foi feito durante a realização
do Norte Export, em Belém (PA).
rápido e prático 37
RECEPÇÃO
foto: Divulgação
RESGATES
@
TBT
Outro destaque na timeline foi o vídeo relembrando o ciclone bomba que atin-
giu o Porto de Paranaguá (PR) há pouco mais de um ano. O material bruto foi
enviado pelo prático Brunno Aguiar e editado pela equipe de comunicação do
Conselho Nacional de Praticagem. O público na internet reconheceu a atuação
da praticagem para evitar um acidente naquele dia. A prática Vanessa Moraes
manobrava o navio que apareceu nas imagens.
@freepik
SALVANDO VIDAS
Também gerou bom engajamento nas redes a foto do Cristo Redentor vestindo
colete salva-vidas em imagem projetada no monumento. O ato marcou a divul-
gação da campanha "Salvando Vidas", da Capitania dos Portos do Rio de
Janeiro com apoio do Comando do 1o Distrito Naval, da Diretoria de Portos e
Costas da Marinha e do Tribunal Marítimo. Foram arrecadados mais de 500
coletes para colônias de pesca artesanal do Rio de Janeiro com parceria de
diversas instituições, entre elas a Praticagem do Rio.
NÃO PERCA A CHANCE, JUNTE-SE A NÓS.
ORADORES DE ATIVIDADES PARTICIPANTES EMPRESAS
PRESTÍGIO SOCIAIS PARA
NETWORKING
12 a 18 de junho de 2022
Cancún, México
foto: freepik/kstudio
www.impa2021.com
Magalhães-Elcano 1519-1522: a primeira viagem ao redor do mundo conta a história da pioneira circum-navegação
e o faz por meio de registros textuais, iconográficos e cartográficos provenientes de instituições como Biblioteca
Nacional da Espanha, Biblioteca Nacional da França e Biblioteca John Carter Brown (EUA).
O livro é parte das celebrações dos 500 anos da expedição que partiu de Sevilha patrocinada pelos reis da Espanha e
sob o comando do português Fernão de Magalhães. O objetivo era descobrir uma passagem marítima para o Mar do
Sul (Oceano Pacífico), circundando o Novo Mundo, e alcançar as Ilhas Molucas, que guardavam o tesouro das especiarias.