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1.

OBJETIVO
Esta norma estabelece o procedimento para realização de estudos de MSA – Análise do Sistema de
Medição nos processos internos da Usiminas.

2. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
2.1 Measurement Systems Analyses (MSA) - Reference Manual - Chrysler Corporation, Ford Motor
Company, General Motors Corporation – 4ª edição.
2.2 Vocabulário Internacional de Metrologia: conceitos fundamentais e gerais de termos associados
(VIM 2012). Duque de Caxias, RJ : INMETRO, 2012.  94 p.

3. DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS

3.1. Medição
Atribuição de números (ou valores) as coisas materiais para representar as relações existentes entre
elas, no que diz as suas propriedades particulares.

3.2. Sistema de Medição


Conjunto de operações, procedimentos, dispositivos de medição e outros equipamentos, software e
pessoal usado para atribuir um número à característica que está sendo medida: o processo completo
usado para obter medidas.

3.3. Dispositivo de Medição


Qualquer dispositivo usado para obter medidas; freqüentemente usado para referi-se especificamente
aos dispositivos usados no “ambiente de fábrica”; inclui calibradores passa / não passa.

3.4. Padrão
Medida materializada, instrumento de medição, material de referência ou sistema de medição
destinado a definir, realizar, conservar ou reproduzir uma unidade ou um ou mais valores de uma
grandeza para servir como referência.

3.5. Padrão de Referência


Padrão, geralmente tendo a mais alta qualidade metrológica disponível em um dado local ou em uma
dada organização, a partir do qual as medições lá executadas são derivadas.

3.6. Padrão de Trabalho


Padrão utilizado rotineiramente para calibrar ou controlar medidas materializadas, instrumentos de
medição ou materiais de referência.

3.7. Material de Referência (MR)


Material ou substância que tem um ou mais valores de propriedades que são suficientemente
homogêneos e bem estabelecidos para ser usado na calibração de um aparelho, na avaliação de um
método de medição ou atribuição de valores a materiais.

3.8. Materiais de Referência Certificados (MRC)


Material de referência, acompanhado por um certificado, com um ou mais valores de propriedades, e
certificados por um procedimento que estabelece sua rastreabilidade à obtenção exata da unidade na
qual os valores da propriedade são expressos, e cada valor certificado é acompanhado por uma
incerteza para um nível de confiança estabelecido.

3.9. Valor de referência


Valor aceito de um produto manufaturado.
Necessita de uma definição, usado como um substituto do valor real.
3.10. Valor verdadeiro
Valor real de um produto manufaturado.

3.11. Exatidão
Proximidade ao valor verdadeiro, ou a um valor de referencia aceito.

3.12. Tendência
Diferença entre a média das medições observadas das medições e o valor de referência. Erro
sistemático que faz parte de um sistema de medição.

3.13. Estabilidade
A mudança da tendência no decorrer do tempo.
Um processo estável está sob controle estatístico com respeito à localização.

3.14. Linearidade
Mudança da tendência ao longo da faixa de operação normal.
Correlação dos múltiplos e independentes erros na faixa de operação.
Erro sistemático que faz parte do sistema de medição.

Nota 1 – A variação na localização de uma medida é avaliada através da exatidão, tendência,


estabilidade e linearidade.
3.15. Precisão
Proximidade das leituras repetidas, umas das outras.
Um erro aleatório que faz parte do sistema de medição.

3.16. Repetitividade
Variação em medições obtidas com um instrumento de medição quando usado várias vezes pôr um
mesmo avaliador, enquanto medindo idêntica característica de uma mesma peça.
Variação entre sucessivas medições (curto prazo) feitas sob condições fixas e definidas.
Comumente definida com VE (Variação do Equipamento).
Capacidade ou potencial do instrumento (dispositivo de medição)
Variação dentro do próprio sistema (within-system)

3.17. Reprodutibilidade
Variação entre média das medições feitas pôr diferentes avaliadores utilizando o mesmo dispositivo de
medição, enquanto medindo uma característica de uma peça.
Para a qualificação do produto e do processo, o erro pode ser do avaliador, do ambiente (tempo) ou do
método.
Comumente descrita como VA (Variação do Avaliador).
Variação entre condições do sistema (between-system).

Nota 2 – A variação na dispersão de uma medida é avaliada através da precisão, repetitividade e


reprodutibilidade.

3.18. GRR ou R&R do Dispositivo de medição


Repetitividade e Reprodutibilidade do dispositivo de medição, estimativa combinada da repetitividade e
da reprodutibilidade do sistema de medição. Capabilidade do sistema de medição, dependendo do
método usado, pode ou não incluir o efeito tempo.

3.19. Capabilidade do Sistema de medição


Estimativa (curto prazo) da variação do sistema de medição (exemplo: R&R incluindo gráficos)
3.20. Peça
É uma bobina, rolo ou chapa. No nosso caso, as peças são agrupadas por características metalúrgicas
em famílias de produtos distintas:
- Bobina a Quente Decapada (BQD)
- Bobina a Frio (BF)
- Bobina a Quente (BQ)
- Bobina Galvanizada (BEG)

3.21. Amostra
É um pedaço representativo da peça utilizado para avaliação das características dimensionais. Podem
ser utilizados dispositivos substitutivos como amostra, tais como gabaritos, réguas, etc., desde que de
dimensões similares aos dos produtos da Usiminas, bem como materiais revestidos ou inoxidáveis
(para prevenir oxidação das amostras, devido manuseio excessivo).

3.22. Famílias de instrumentos de medição


É o agrupamento de instrumentos de medição pôr tipo, fabricante, modelo, faixa de medição, tipo de
peça a ser medida e condições ambientais de medição similares, tais como, temperatura, iluminação,
etc.

4. CONSIDERAÇÕES GERAIS

4.1. Propriedades de um sistema de medição


Para se avaliar corretamente o que um processo é necessário saber: o que o processo deveria estar
fazendo, o que pode dar errado e o que o processo está fazendo. Um bom sistema de medição possui
as seguintes características:
a) Discriminação adequada e sensibilidade. Os incrementos da medição devem ser pequenos em
relação à variação do processo ou os limites de especificação para o propósito de medição. A
conhecida regra 10 para 1, estabelece que a discriminação do instrumento deva ser a divisão da
tolerância (ou variação do processo) em dez partes ou mais. Esta regra foi proposta como o
ponto de partida mínimo para a seleção de um dispositivo de medição.
b) O sistema de medição deve estar sob controle estatístico. Isto significa que, sob condições
reproduzíveis, a variação no sistema de medição é devida somente a causas comuns e não
devida a causas especiais. Isso pode ser descrito como estabilidade estatística e é melhor
avaliada por meios gráficos.
c) Para o controle do produto a variabilidade do sistema de medição deve ser pequena quando
comparada com os limites de especificação. Avaliar o sistema de medição com a tolerância da
característica do produto.
d) Para o controle do processo, a variabilidade do sistema de medição deve demonstrar uma
resolução eficaz e ser pequena quando comparada com a variação do processo de produção.
Avaliar o sistema de medição com a variação 6-sigma do processo e/ou variação total do estudo
de MSA.

As propriedades estatísticas do sistema de medição podem mudar como itens a serem medidos variam.
Se assim for, então a maior (pior) variação do sistema de medição é pequena em relação ao que for
menor, a variação do processo ou os limites de especificação.
O sistema de medição é impactado por fontes de variação aleatórios e sistemáticas, devido a causas
comuns e especiais. Para controlar a variação do sistema de medição deve-se: identificar as fontes de
variação potenciais e eliminar ou monitorar as mesmas.
Um dos métodos para identificação das fontes de variação é o diagrama de causa e efeito, conforme
podemos observar na figura 1.

Figura 1 – Variabilidade de um Sistema de medição – diagrama de Causa e Efeito.

O sistema de medição deverá será analisado previamente para identificação de suas propriedades. Esta
análise deverá levar em consideração os seguintes fatores:
a) Equipamentos / Instrumentos a serem avaliados
b) Faixa analítica a ser estudada.
c) Propriedades estatísticas a serem avaliadas
d) Critérios para execução dos estudos estatísticos (nº operador, nº de leituras, material a ser
utilizado, etc.)
e) Fatores que influenciam no sistema de medição
f) Coleta de dados para definição dos limites de controle das propriedades estatísticas estudadas
g) Necessidade de treinamento do pessoal envolvido
h) Necessidade de elaboração de procedimentos operacionais e técnicos, e cumprimento dos mesmos.
Os dados coletados são analisados, propiciando assim um conhecimento sobre o sistema de medição.
5. CONDIÇÕES NECESSÁRIAS

5.1. Análise preliminar do sistema de medição:

 As propriedades estatísticas a serem avaliadas são: Estabilidade, Tendência, Linearidade,


Repetitividade e Reprodutibilidade.
 Material a serem utilizados são amostras de laminados a quente ou a frio, observando a
definição de amostra do item 3.10.

5.2. Condições Ambientais

Os instrumentos selecionados devem estar climatizados à temperatura do ambiente onde


serão realizados os estudos. Preferencialmente os estudos devem ser conduzidos no
próprio posto de trabalho do inspetor.

5.3. Frequência

Equipamentos Área Frequência


Inspeções das Laminações a Quente
Micrômetro Anual
/ Frio / Galvanização
Inspeções das Laminações a Quente
Trenas Anual
/ Frio / Galvanização
Medidor de espessura
dos processos de
Instrumentação Anual
laminação a quente /
frio / galvanizado

Equipamentos Laboratório Estabilidade Tendência Linearidade R&R


Espectrômetro de Emissão Ótica Aciaria Semanal Anual Anual Anual
Analisadores de Carbono e Enxofre Aciaria Semanal Anual Anual Anual
Analisador de Nitrogênio Aciaria Semanal Anual Anual Anual
Maquina de Tração Ensaios Mecânicos Quinzenal Anual Ñ aplicável Ñ aplicável
Maquina de Embutimento Ensaios Mecânicos Quinzenal Anual Anual Ñ aplicável
Micrômetro Ensaios Mecânicos Quinzenal Anual Ñ aplicável Anual
Paquímetro Ensaios Mecânicos Quinzenal Anual Ñ aplicável Anual
6 Desenvolvimento para as linhas de Inspeção da Laminação a Quente,
Frio e Galvanizado.

6.1 Seleção das Amostras e Padrões utilizados

6.1.1 Selecionar amostras de produto com dimensões compatíveis com a faixa de operação
dos produtos processados área em questão, nos respectivos equipamentos
Decapagem, Linhas de Inspeção da Laminação a Frio, Quente e Galvanizado,
identificando-as.

6.1.2 Medir cuidadosamente as amostras, estimando com precisão centesimal na


espessura e decimal para largura.

6.2 Condições dos Instrumentos

Os equipamentos a serem utilizados para o estudo devem estar limpos e calibrados dentro
do período de validade.

6.3 Seleção dos inspetores

Selecionar os inspetores aleatoriamente e que normalmente atuam no posto de inspeção.

6.4 Observador do estudo

Deve ser designada uma pessoa para coordenar o estudo, a qual deve garantir a
confiabilidade do estudo.

6.5 LEVANTAMENTO DE DADOS

6.6 Estabilidade

 Selecionar uma amostra dentro da faixa dimensional do produto e dentro da faixa de


operação do dispositivo de medição
 Medir a amostra 1 vez por turno, durante 30 dias utilizando o mesmo equipamento.
 Plotar os dados obtidos em cartas de controle X & R
 Estabelecer os limites de controle

6.7 Tendência

 Selecionar uma amostra dentro da faixa dimensional do produto e dentro da faixa de


operação do dispositivo de medição
 Determinar o valor (padrão) de referência da amostra no Laboratório de Metrologia
 Selecionar aleatoriamente um inspetor de qualidade que habitualmente utiliza o dispositivo
de medição para realizar o estudo
 Medir a amostra 15 vezes (15x) utilizando o mesmo instrumento em estudo com o inspetor
selecionado
 Digitar os dados obtidos em planilha eletrônica conforme modelo existente no diretório
G:\DOCUMENTOS_SQ\MSA para o estudo de tendência.

6.8 Linearidade

O estudo da linearidade é efetuado ao longo da faixa dimensional do produto e dentro da faixa


de operação do dispositivo de medição

 Selecionar cinco (5) amostras ao longo da faixa dimensional do produto e dentro da faixa de
operação do dispositivo de medição
 Determinar o valor (padrão) de referência das amostras no Laboratório de Metrologia
 Selecionar aleatoriamente um inspetor de qualidade que habitualmente utiliza o dispositivo
de medição para realizar o estudo
 Medir as amostra 12 vezes (12x) utilizando o mesmo instrumento em estudo com o inspetor
selecionado (as amostras devem ser medidas aleatoriamente)
 Digitar os dados obtidos em planilha eletrônica conforme modelo existente no diretório
G:\DOCUMENTOS_SQ\MSA para o estudo de linearidade

6.9 Repetibilidade & Reprodutibilidade (R&R)

O estudo da repetibilidade dos instrumentos / equipamentos é a variação observada de um


conjunto de medições realizadas pelo mesmo operador, utilizando o mesmo instrumento, o
mesmo procedimento e nas mesmas condições ambientais.
O estudo da reprodutibilidade dos resultados utiliza metodologia semelhante, porém vários
operadores participam do processo de obtenção das medidas.

 Selecionar dez (10) amostras ao longo da faixa dimensional do produto e dentro da faixa de
operação do dispositivo de medição
 Selecionar aleatoriamente três inspetores de qualidade que habitualmente utilizam o
dispositivo de medição para realizar o estudo
 Medir cada amostra 3 vezes (3x) utilizando o mesmo instrumento em estudo com cada um
dos inspetores selecionados para o estudo, totalizando 30 medições com cada inspetor (as
amostras devem ser medidas aleatoriamente)
 Digitar os dados obtidos em planilha eletrônica conforme modelo existente no diretório
G:\DOCUMENTOS_SQ\MSA para o estudo de R&R

7 Desenvolvimento para Laboratório de Ensaios Mecânico e Químico

7.1 Estabilidade
Todos os equipamentos utilizados nos laboratórios sofrem verificação e os resultados são registrados.
Periodicamente calcula-se a média e a amplitude e plota-se o resultado obtido em carta de controle.

7.1.1 Laboratório Aciaria


O estudo da estabilidade é efetuado através de Materiais de Referência Certificados e os elementos
avaliados são:
a) Espectrômetro de Emissão Ótica - % Carbono, % Manganês, % Silício, % Fósforo, % Enxofre e %
Alumínio.
b) Analisador de Carbono e Enxofre - % Carbono e % Enxofre
c) Analisador de Nitrogênio e Oxigênio - % Nitrogênio.

7.1.2 Laboratório Ensaios Mecânicos


O laboratório de ensaios mecânicos realiza ensaios mecânicos de Tração e Impacto Charpy em
replicata / amostra padrão com objetivo de evidenciar o Controle Estatístico do Processo dos
resultados de ensaios.
Os resultados dos ensaios obtidos são lançados e controlados pelo sistema de gerenciamento de
laboratórios tela APLA 3334.
O estudo da estabilidade para máquinas/instrumentos é efetuado através da célula de carga e relógio
comparador para os equipamentos de ensaios mecânicos e corpo de prova padrão para instrumentos
de medição.
Para obtenção dos dados, procede-se da seguinte maneira:
a) Selecionar aleatoriamente 1 operador;
b) Realizar 3 séries de medições ao longo da parte útil do corpo de prova, utilizando-se dos
instrumentos de medição em estudo;
c) Realizar 3 séries de medição nos equipamentos de ensaio, utilizando-se de padrões específicos para
cada equipamento em estudo;

7.2 Tendência
O estudo da tendência é efetuado através do método da amostra independente, para tanto obtem-se
uma peça-padrão / MRC com um valor de referência conhecido e fazem-se várias medições (n>10)
utilizando um mesmo avaliador num determinado dispositivo de medição. Determina-se então o
intervalo de confiança para a tendência. Os resultados obtidos são colocados em planilha eletrônica
conforme modelo existente no Sistema de Gestão de Documentos Normativos no seguinte caminho:
Normas - Geral > Documentos SQ > MSA > Planilha Padrão e depois são salvas na respectiva pasta
em Normas - Geral > Documentos SQ > MSA > Laboratório de Ensaios Mecânicos – LTE para os
estudos realizados pelo Laboratório de Ensaios Mecânicos ou em Normas - Geral > Documentos
SQ > MSA > Laboratório de Ensaios Químicos para os estudos do Laboratório Químico.

7.2.1 Laboratório Aciaria


O estudo da tendência é efetuado através de Materiais de Referência Certificados, sendo efetuados 12
medições e os elementos estudados são:
a) Espectrômetro de Emissão Ótica - % Carbono, % Manganês, % Silício, % Fósforo, % Enxofre e %
Alumínio.
b) Analisador de Carbono e Enxofre - % Carbono e % Enxofre
c) Analisador de Nitrogênio e Oxigênio - % Nitrogênio.

7.2.2 Laboratório Ensaios Mecânicos


O estudo da tendência é efetuado através Célula de Carga para os equipamentos de ensaios
mecânicos, e Corpos de Prova para os instrumentos de medição.
Para obtenção dos dados, procede-se da seguinte maneira:
a) Usinar um corpo de prova e determinar o valor de referência.
b) Selecionar aleatoriamente 1 operador;
c) Realizar 12 séries de medições ao longo da parte útil do corpo de prova, utilizando-se dos
instrumentos de medição em estudo;
d) Realizar 12 séries de medição nos equipamentos de ensaio, utilizando-se de padrões específicos
para cada equipamento em estudo;

7.3 Linearidade
O estudo da linearidade é efetuado ao longo de toda a faixa de operação do dispositivo de medição.
Selecionam-se várias peças-padrão / MRC (g>=5), com valor de referência conhecido e que cubram
todo o intervalo de operação do dispositivo de medição. Para cada peça faz-se n medições (n>10) no
dispositivo de medição, por um dos operadores que normalmente usam o mesmo e calculam-se os
limites de confiança para toda a faixa de operação. Os resultados obtidos são colocados em planilha
eletrônica conforme modelo existente Os resultados obtidos são colocados em planilhas eletrônica
conforme modelo existente no Sistema de Gestão de Documentos Normativos no seguinte caminho:
Normas - Geral > Documentos SQ > MSA > Planilha Padrão e depois são salvas na respectiva pasta
em Normas - Geral > Documentos SQ > MSA > Laboratório de Ensaios Mecânicos – LTE para os
estudos realizados pelo Laboratório de Ensaios Mecânicos ou em Normas - Geral > Documentos
SQ > MSA > Laboratório de Ensaios Químicos para os estudos do Laboratório Químico.

7.3.1 Laboratório Aciaria


Para o estudo da linearidade escolhem-se cinco Materiais de Referência Certificados e/ou Materiais de
Referência abrangendo toda a faixa analítica dos elementos em análise. Em cada padrão foram feitas
12 análises, utilizando-se um mesmo funcionário, e os elementos estudados foram:
a) Espectrômetro de Emissão Ótica - % Carbono, % Manganês, % Silício, % Fósforo, % Enxofre e %
Alumínio.
b) Analisador de Carbono e Enxofre - % Carbono e % Enxofre
c) Analisador de Nitrogênio e Oxigênio - % Nitrogênio

7.3.2 Laboratório Ensaios Mecânicos


Para a Máquina de Embutimento utiliza-se o Relógio Comparador, que cobre toda a faixa de operação
do equipamento. Para obtenção dos dados procede-se da seguinte maneira:
a) Posicionar o relógio comparador sobre a base do equipamento;
b) Selecionar aleatoriamente um operador;
c) Realizar três ciclos de medições em cada ponto ao longo da faixa de operação do equipamento;

7.4 Repetitividade & Reprodutibilidade


O estudo da repetitividade dos instrumentos / equipamentos é a variação observada de um conjunto
de medições realizadas pelo mesmo operador, utilizando um mesmo instrumento, um mesmo
procedimento e nas mesmas condições ambientais.
A reprodutibilidade dos resultados utiliza metodologia semelhante, porem vários operadores participam
do processo de obtenção das medidas.
O estudo é feito através da medição de 10 peças / MRC no dispositivo de medição, por 3 avaliadores
diferentes, sendo que cada avaliador realiza 3 medições em cada uma das peças. Os resultados obtidos
são colocados em planilhas eletrônicas conforme modelo existente no Sistema de Gestão de
Documentos Normativos no seguinte caminho: Normas-Geral > Documentos SQ > MSA > Planilha
Padrão e depois são salvas na respectiva pasta em Normas - Geral > Documentos SQ > MSA >
Laboratório de Ensaios Mecânicos – LTE para os estudos realizados pelo Laboratório de Ensaios
Mecânicos ou em Normas - Geral > Documentos SQ > MSA > Laboratório de Ensaios Químicos para os
estudos do Laboratório Químico.

7.4.1 Laboratório Aciaria


Para o estudo da Repetitividade e Reprodutibilidade utiliza-se amostras de materiais de referência
certificados, na forma de disco para o Espectrômetro de Emissão Ótica e para Espectrômetro de Raios-
X., para os demais se utiliza na forma de limalhas.
Os estudos são realizados conforme:
a) Espectrômetro de Emissão Ótica - % Carbono, % Manganês, % Silício, % Fósforo, % Enxofre e %
Alumínio.
b) Analisador de Carbono e Enxofre - % Carbono e % Enxofre
c) Analisador de Nitrogênio e Oxigênio - % Nitrogênio.

7.4.2 Laboratório Ensaios Mecânicos


O estudo é realizado a partir da preparação de 10 corpos de prova usinados, para as máquinas de
ensaio são utilizados padrões específicos para cada equipamento.
Para obtenção dos dados procede-se da seguinte maneira:
a) Selecionar aleatoriamente 3 operadores;
b) Realizar 3 ciclos de medições com cada operador, totalizando 30 medições;
c) A cada ciclo alterar a seqüência dos corpos de prova ou a posição do padrão quando possível
Digitar os dados obtidos na planilha eletrônica conforme modelo existente.

8. Desenvolvimento para Manutenção - Instrumentação

8.1 Tendência

Obtem-se uma peça-padrão / MRC com um valor de referência conhecido e faz-se várias medições
(n>10) utilizando um mesmo avaliador num determinado dispositivo de medição. Determina-se então
o intervalo de confiança para a tendência. Os resultados obtidos são colocados em planilhas eletrônicas
conforme modelo existente no SGDN (Geral > Documentos SQ > MSA > Instrumentação).

8.2 Linearidade

O estudo da linearidade é efetuado ao longo de toda a faixa de operação do dispositivo de medição.


Selecionam-se várias peças-padrão / MRC (g>=5), com valor de referência conhecido e que cubram
todo o intervalo de operação do dispositivo de medição. Para cada peça faz-se n medições (n>10) no
dispositivo de medição, por um dos operadores que normalmente usam o mesmo e calculam-se os
limites de confiança para toda a faixa de operação. Os resultados obtidos são colocados em planilhas
eletrônicas conforme modelo existente no SGDN (Geral > Documentos SQ > MSA > Instrumentação).

8.3 Repetibilidade

O estudo da repetibilidade dos instrumentos / equipamentos é a variação observada de um conjunto


de medições realizadas pelo mesmo operador, utilizando um mesmo instrumento, um mesmo
procedimento e nas mesmas condições ambientais. Os resultados obtidos são colocados em planilhas
eletrônicas conforme modelo existente no SGDN (Geral > Documentos SQ > MSA > Instrumentação).

Os dados levantados foram colocados em planilhas conforme modelo existente no SGDN (Geral >
Documentos SQ > MSA > Instrumentação), onde foram calculadas a repetibilidade (EV), o R&R, a
variação na amostra (PV) e a variação total (TV). Todos os cálculos foram baseados nas planilhas
existentes no MSA, e consideramos 99,73% da área sob a curva normal (6 sigmas). O método usado
para o estudo da repetibilidade foi o da média e amplitude e análise foi feita baseada na tolerância do
processo.

Devido às características dos equipamentos, onde a leitura não sofre influências do operador, usa-se o
mesmo operador, porém em dias diferentes para cada determinação. Para os medidores de espessura,
deve-se observar a colocação dos acessórios (rack e guia) no medidor e posicionamento das amostras
sempre na mesma posição a fim de garantir os dados para Repetibilidade.

9. Critérios de Aceitabilidade

9.1 Estabilidade

A estabilidade será aceita se a análise da carta de controle indicar que não existem causas
especiais de variação.
Os resultados obtidos devem estar dentro dos limites estabelecidos. A variação existente é
devido somente a causas comuns.

9.2 Tendência

O resultado será aceitável no nível de confiança  = 95%, se o valor zero se situar dentro do
intervalo de confiança (1-), em torno do valor da tendência:

d   d  
tendência   2 * b   t ,1    zero  tendência   2 * b   t ,1  
 d2   d2 
9.3 Linearidade

O resultado será aceitável no nível de confiança de 95%, se a linha da Tendência = zero estiver
localizada dentro da faixa de confiança da linha de melhor ajuste, e os valores da inclinação e
da intersecção não forem significativamente diferentes de zero.

9.4 Repetibilidade & Reprodutibilidade (R&R)

O critério para aceitação dos resultados, conforme o manual do MSA 4ª edição é:

 Abaixo de 10% de erro: o sistema de medida é aceitável


 10% a 30% de erro: podem ser aceitável baseado na importância da aplicação, no custo do
equipamento, custo de manutenção, etc.
 Acima de 30% de erro: o sistema de medição necessita de melhorias. Deve ser feito um
esforço para identificar os problemas e corrigi-los.

10 AÇÕES TOMADAS

10.1 Estabilidade

Se houver causas especiais estas deverão ser identificadas e eliminadas.

10.2 Tendência

Se a tendência é estatisticamente diferente de zero, procurar pelas seguintes causas possíveis:

 Erro no valor padrão ou de referência: Verificar o procedimento para obtenção do padrão


 Dispositivo de medição com desgaste: Efetuar a calibração
 Dispositivo de medição feito para a dimensão errada: Escolher outro o dispositivo de medição
 Dispositivo de medição medindo a característica errada: Escolher outro o dispositivo de
medição
 Dispositivo de medição não calibrado adequadamente: Rever o procedimento de calibração
 Dispositivo de medição usado de maneira imprópria pelo operador: Rever o procedimento
utilizado pelo operador, treinando-o adequadamente
 Algoritmo de correção do dispositivo de medição incorreto: Rever cálculo do algoritmo de
correção
10.3 Linearidade

Se o sistema de medição não for linear, procurar pelas seguintes causas:

 Instrumento necessita calibração: reduzir o intervalo de tempo entre calibrações.


 Desgaste do instrumento / equipto: estudar a troca do instrumento
 Manutenção precária - ar, energia, hidráulica, filtros, corrosão, ferrugem, limpeza -
 Padrão(ões) desgastados(s) ou danificados
 Calibração inapropriada (não cobre todo o intervalo de operação): calibrar o
 Dispositivo de medição errado para a aplicação: utilizar outro dispositivo
 Erro no padrão mínimo ou máximo: escolher outro padrão

10.4 Repetibilidade & Reprodutibilidade (R&R)

Baseados nos resultados encontrados nos estudos de reprodutibilidade e repetibilidade, as


ações a serem tomadas são as seguintes :

10.4.1 Erro na faixa de 10% a 30%:

Verificar condições do equipamento, necessidade de manutenção, natureza da amostra


testada, necessidade de treinamento de operadores. Após sanar os possíveis problemas,
repetir se possível o estudo para a situação que apresentou maior variabilidade. Caso o erro
se mantenha nesta faixa, esperar pelo próximo estudo para avaliação.

10.4.2 Erro acima 30%

Verificar histórico do equipamento, necessidade de treinamento de operadores, estudar


possibilidade de implantação de melhorias no mesmo, método alternativo para o sistema de
medida usado, levantar custo / benefício de aquisição de novo equipamento.

Nota 1: Na analise crítica, caso os valores do estudo de R&R obtidos apresentarem valor
conforme iten 10.4.1, a area responsável pelo estudo deverá comunicar a Assistência
Técnica da USIMINAS que deverá notificar o cliente do não aceite do estudo.

Nota 2: Em qualquer caso de resultados não previstos nos estudos de MSA, deverá ser feita
uma analise dos impactos nos processos e produtos junto com as conclusões e as ações
tomadas. Essa analise deverá ser um registro da qualidade.

11 REGISTROS

Todos os estudos estatísticos efetuados devem ser colocados na rede corporativa através do
diretório G:\DOCUMENTOS_SQ\MSA.

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