Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
VOLUME 1 A – J
ORGANIZADORES – 2ª Edição
Karl Schurster
Dilton Maynard
ORGANIZADORES – 1ª Edição
Francisco Carlos Teixeira da Silva
Sabrina Evangelista de Medeiros
Alexander Martins Vianna
Recife, PE
2023
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – UPE
REITORA Profa. Dra. Maria do Socorro de Mendonça Cavalcanti
VICE-REITOR Prof. José Roberto de Souza Cavalcanti
Membros Externos
Profa. Dra. Ester Fraga Vilas-Bôas Carvalho do Nascimento - Universidade Tiradentes (Brasil)
Profa. Dra. Gabriela Alejandra Vasquez Leyton - Universidad Andres Bello (Chile)
Prof. Dr. Geovanni Gomes Cabral - Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Brasil)
Profa. Dr. Gustavo Cunha de Araújo - Universidade Federal do Norte do Tocantins (Brasil)
Prof. Dr. José Zanca - Investigaciones Socio Históricas Regionales (Argentina)
Profa. Dra. Letícia Virginia Leidens - Universidade Federal Fluminense (Brasil)
Prof. Dr. Luciano Carlos Mendes de Freitas Filho - Instituto Federal da Bahia (Brasil)
Prof. Dr. Pedro Gil Frade Morouço - Instituto Politécnico de Leiria (Portugal)
Prof. Dr. Rosuel Lima-Pereira - Universidade da Guiana - França Ultramarina (Guiana Francesa)
Profa. Dra. Verónica Emilia Roldán - Università Niccolò Cusano (Itália)
Prof. Dr. Sérgio Filipe Ribeiro Pinto - Universidade Católica Portuguesa (Portugal)
ISBN: 978-65-85651-21-9
Inclui bibliografias
REDEFININDO A DIREITA
Desde 1991, a euforia com o fim da Guerra Fria e a vitória da chamada Nova
Ordem Mundial imposta ao mundo pela Administração norte-americana de
George Bush, não permitiu que fosse percebido que sob o novo rótulo de
24
moderno se escondiam as velhas ideias já marteladas nos anos de 1920. As-
sim, muitas das novíssimas ideias surgidas com a hegemonia da Nova Ordem
Mundial se assemelhavam surpreendentemente àquelas desenvolvidas por
Herbert Hoover na campanha presidencial de 1932 contra Franklin Roose-
velt — e que, por fim, foram derrotadas. Naquela ocasião, embora vendo o
país mergulhado na maior crise econômica de sua História, Hoover insistia
em afirmar que não cabia ao Estado intervir e regular a economia. Por conta
disso, perdeu as eleições e, em seu lugar, Roosevelt, munido das ideias de
Keynes, organizou um imenso aparato de intervenção estatal na economia, o
que garantiu o fim da crise nos Estados Unidos e lançou as bases de mais de
três décadas de bem-estar social3.
A percepção de que o espectro político mudava, que seus valores também mu-
davam, ocorreu a alguns estudiosos que não aceitaram facilmente a tese do
fim das ideologias. A ideia básica, contraposta ao simplismo político contido
na ideia de fim da direita e da esquerda, se baseava no conceito de luta de in-
teresses, choques e pressões contraditórias existentes na moderna sociedade
de massas. Assim, era necessário redefinir o conteúdo de esquerda e direita.
25
depuis 1789 (Paris, Seuil, 1995). Neste livro, com quase duas dezenas de cola-
boradores, surge uma detalhada análise do pensamento político de direita no
mundo contemporâneo. Devemos destacar no contexto do livro o artigo do
historiador René Remond (figura ligada ao Institut de Histoire du Temp Pré-
sent), intitulado Droite-gauche: où est la difference? Para Remond, a diferença
se redefine a cada momento político em que o conflito e o seu objeto dizem
onde se localiza a direita e onde se localiza a esquerda. Assim, a diferença
existente na díade seria uma topológica, portanto, algo definido pelo próprio
conflito político e por sua natureza.
Por fim, o cientista político alemão Jürgen Link procurou ancorar a atuação
da direita pós-Derrubada do Muro de Berlim num conjunto de fatores cultu-
rais, dotados de forte simbolismo político. Para Link, a sociedade estaria rea-
lizando suas escolhas políticas através da visualização imagética de fatores
étnicos concebidos claramente como étnico-culturais, tornados dominantes
na análise de processos sociais e políticos5. Podemos ver, assim, uma vigorosa
reafirmação da existência e validade do conceito de direita e, mais importan-
te, sua instrumentalidade política.
26
Direita e Modernidade
Foi Chateaubriand quem cunhou com seu sentido político atual a expressão
conservador. Com tal termo procurava, então, definir uma postura militante,
e para ele positiva, de reação clerical e política às consequências da Revolu-
ção Francesa. O seu uso já nos anos iniciais de 1830 ganhou expressão univer-
sal, com largo sucesso na Inglaterra e na Alemanha. Ao mesmo tempo, quanto
mais se alargava o emprego da noção — e com isso o espectro de ideias, pos-
turas e comportamentos que encobria — mais indefinida e vaga se constituía
enquanto conceito. Assim, surgia uma forte tensão entre a prática política,
dita conservadora, e o conceito de conservadorismo, tal como seria operado
nas nascentes ciências sociais.
27
Neste sentido, pode-se dizer que Mannheim se inseria decididamente numa
vasta tradição intelectual alemã, então com cem anos de existência, que bus-
cava no contexto as explicações necessárias para a compreensão de um es-
tilo de pensamento. Muitas vezes chegara a um verdadeiro paralelismo en-
tre pensamento e vida social, observando que o destino dos grupos sociais
está refletido claramente nas menores mudanças que se dão em um estilo de
pensamento9. Utilizando tal análise “sociológica” do pensamento, Mannheim
propõe uma abordagem histórica das circunstâncias sociais do advento do
conservadorismo: este surgirá como uma ideologia defensiva face aos suces-
sos desintegradores [da antiga sociedade] provocados pela Revolução Fran-
cesa, retomando a tradição de Edmund Burke. Assim, o conservadorismo é a
contraproposta das “ideias de 1789”:
28
Para Mannheim, o cerne do pensamento conservador se agrupa em torno dos
seguintes pontos: (i) a descrença na Razão como guia e medida da experiência
humana, o que levaria a uma profunda desconfiança em relação a qualquer
abstração ahistórica, e (ii) a compreensão da sociedade enquanto um orga-
nismo vivo, enraizado num solo e sob um céu — como era afirmado na cara
expressão do romantismo alemão — o que impossibilitaria a transferência de
experiências históricas. Recusava ainda, e em decorrência dos dois supostos
anteriores, o atomismo social — base da visão liberal (de acordo com a crítica
antiliberal) da sociedade como uma reunião de indivíduos — e a existência
de direitos naturais, posto que estes estariam determinados pela experiência
e pela tradição, não existindo, desta forma, nada de natural ou a priori no
Direito dos Homens.
29
ráveis ao elogio do sistema britânico de governo feita por Burke ou Ranke.
Particularmente grave é uma certa confusão, já num texto posterior de Man-
nheim, entre as propostas regressistas (em direção a uma sociedade de Ancien
Régime ou, ainda mais complicado, a uma sociedade de caráter estamental
e corporativo ainda anterior ao Absolutismo) de cunho religioso e aquelas
abertamente clericalistas, como nos casos dos irmãos Schlegel e Gerlach.
30
tência serve de contraponto exato para se falar de um presente e, reconheci-
damente, as características ideais da ilha de Utopia são contrapostas ao que
More considerava nefasto na ilha da Inglaterra.
Ou ainda
Em Marx, neste texto, reacionário, como veremos mais adiante, liga-se a uma
visão de elogio do passado em termos de “Idade do Ouro”, uma espécie de
doença infantil das revoltas populares antes da organização da classe ope-
rária. Assim, aqueles que classicamente serviriam de paradigma para a cons-
trução das utopias, tinham no passado a matéria-prima de seus sonhos do
futuro. A maioria dos estudiosos passou a adotar (com, contra ou apesar de
Marx) tal modelo de utopia. Assim, constituiu-se, inclusive em Mannheim,
uma visão unilateral de utopia, de forma alguma amparada no que seria o
modelo inicial, conforme o proposto por Thomas More.
31
Tanto Mannheim quanto Nisbet, entretanto, concordam que o tempo conser-
vador é outro que o tempo liberal. Enquanto o tempo aparece desmembrado,
partido e atomizado no pensamento liberal — com vagas sucessivas que to-
mam seu sentido na relação com uma ideia que terá sua certa e inexorável
realização no tempo que se desprende de todos os outros tempos, represen-
tando o fim de sucessivos estados temporais — no pensamento conservador o
entendimento do tempo só é possível no momento em que percebe o passado
que existe no presente, a aliança indestrutível entre as épocas, numa suces-
são infinita e sempre atual de jetztzeit, de tempos do agora. Desta forma, o
futuro nada mais é do que o resultado da aliança entre mortos, vivos e não-
-nascidos (para recuperarmos uma expressão de Burke) e nunca um rompi-
mento com o que ficou para trás20. Portanto, a construção utópica do passado
é um elemento fundamental da possibilidade do presente e única condição
de pensar o futuro. A questão torna-se, desta forma, tática: se renego o pas-
sado, devo necessariamente construir o futuro; porém, se venero o passado,
a única garantia do presente é construí-lo à imagem da minha vontade sobre
o passado. Neste sentido, as premissas de Mannheim/Nisbet são redutoras e,
ao mesmo tempo, contraditórias, visto que insistem num tempo liberal di-
ferente do tempo conservador (ou, mesmo, de ver o tempo como liberal) e
medem por este tempo liberal o sentido conservador de devir. Nisbet insiste,
em relação aos conservadores, na volta ao passado e nega simultaneamente
a possibilidade de construção teórica de uma visão de mundo no interior do
pensamento conservador:
Ora, que cultura medieval é esta? As fantasias de Möser e Görres ou, em escala
europeia, o universo de Walter Scott, Hugo ou Herculano? São exatamente
estas obras que trazem um verdadeiro culto à Idade Média, uma idealização
profunda e desprovida de qualquer apoio documental de um mundo harmôni-
co, guiado pela fé e pelo afeto, marcado por heróis pálidos, perdidos em bos-
ques de plátanos e carvalhos, como nos quadros de Caspar David Friedrich.
Na Alemanha, Heine mostrará claramente que o culto do gótico encobre um
projeto político de tipo estamental e aristocrático, ao mesmo tempo, antili-
32
beral e antiabsolutista. A Idade Média, com seus princípios de ordem, auto-
ridade e harmonia, surgia como uma utopia contrária à utopia liberal, base e
arsenal de onde se sacavam as armas para a luta contra a maré montante do
liberalismo. Para esta corrente política cabia reafirmar as autoridades locais,
negar a construção de uma entidade alemã suprarregional, colocando-se cla-
ramente ao lado das pretensões austríacas de manutenção de uma Alemanha
de sábios e poetas, distante do projeto nacional-liberal, em que aparecia uma
Alemanha de industriais e militares. Grande parte de tais ideias formara o fu-
turo arsenal do clericalismo e do conservadorismo ultramontano na Áustria,
na França e na própria Alemanha. Assim, a utopia conservadora é corrente-
mente construída no passado, pois o futuro nada mais é do que o desdobrar da
História. Alguns poderiam argumentar que se trataria, neste caso, bem mais
da construção de um mito do que de uma utopia. A bem da verdade, são tais
mitos da Idade do Ouro Perdida que informam as utopias, mesmo as progres-
sistas. Seria possível a construção da sociedade sem classes no futuro, sem a
ideia da sociedade sem classes — a comuna primitiva — no passado?
33
conservadorismo: legitimistas restauradores, reformistas conservadores e
reacionários.23
Por fim, a Reação era caracterizada pelo oportunismo da classe dirigente (não
se fala em classe dominante) e pelo seu temor face a qualquer mudança:
34
ordem. Ela serve aos interesses dos poderosos e justifica
esses mesmos interesses, que correspondem à ordem e
ao equilíbrio. Movimento é sempre suspeito, pois fun-
damentalmente é desordem (Unordnung). O reacioná-
rio vive no presente e teme todo movimento, inclusive a
Restauração.”25
Ora, tal análise, por maior que seja o mérito de buscar uma certa historici-
dade, acaba por dissolver seu objeto. Enquanto para Mannheim/Nisbet todos
são conservadores, para Gablentz, na prática, ninguém é conservador.26
Com o risco de chamar o diabo para rezar a missa, poderíamos dizer, confor-
me Alan de Benoist — o chefe de fila da Nova Direita francesa — que se permi-
tiu o domínio dos mitos incapacitantes, através dos quais se englobam sob o
mesmo rótulo as mais diferentes tendências de pensamento.27
35
“Num e noutro caso, esse socialismo é ao mesmo tempo
reacionário e utópico.”30
Conservadorismo, por sua vez, é visto como uma forma de pensamento mo-
derno e, malgrado a antipatia devotada ao mesmo por Marx, pensamento im-
plicado com o progresso:
36
respeitar a originalidade dos povos, que emprestam seu espírito aos regimes
sob os quais vivem.34
37
métodos racionalistas e da análise crítica fundamentada numa Hermenêutica
iluminista. Não é gratuito o apego de Ranke à crítica do texto, cabendo ao
mesmo a criação do moderno seminário enquanto método de estudo.
38
do liberalismo, terá um significado muito particular: Günther Barudio dirá
que o objetivo de tal movimento era a defesa das Libertäte Verfassunge, as
constituições libertárias de origem medieval.40 Liberdade, aqui, era a expres-
são da conservação dos privilégios, leia-se autonomias, dos corpos estamen-
tais face ao avanço da autoridade régia. Neste sentido, é importante marcar
a origem e conteúdo diferenciado do conceito liberdade. Enquanto no pen-
samento liberal refere-se à esfera de ação do indivíduo, no pensamento con-
servador liberdade é concebida como a garantia da autonomia dos diversos
corpos sociais, no interior dos quais — e só aí — os indivíduos se qualificam.
Fora de tais corpos não há liberdade, posto que a atomização do indivíduo é
a desordem. Kurt Von Raumer, utilizando recursos do idioma alemão, contra-
poria uma Korporative Libertät a uma Persönliche Freiheit, como forma de
evidenciar as diferenças.
Efetivamente, ocorreu tanto com Montesquieu quanto com Herder uma lei-
tura liberal em que a doutrina da partilha dos poderes ou a do Estado sem
povo, com seu caráter antiabsolutista, eram encaradas como naturalmente
liberais. Assim, todo conteúdo libertário-estamental é esvaziado em favor de
uma doutrina do Estado, cujas bases serviriam também ao conservadorismo.41
Neste sentido — e aqui podemos buscar a motivação de Marx em deslocar o
conservadorismo para o campo da modernidade — não se poderia falar em
ideologia reativa, em especial face à Revolução Francesa. Liquidada a fratura
feudal — isso já em agosto de 1789 — a Revolução teria se constituído, para
além do entendimento ideológico-edificante, em um violento choque entre
facções da própria burguesia. Não se trata de uma dérapage ou de uma fase
popular da Revolução. Os diversos projetos intentados e as fases vividas resul-
tariam do experimentalismo racionalista e abstrato das lutas interburguesas.
Assim, a Revolução Francesa não se explicaria nem por Soboul, nem por Furet
e sim com Burke. O conservadorismo não seria uma reação feudal, antibur-
guesa, à Revolução Francesa. Estaríamos face a uma reação das parcelas es-
tabelecidas da própria burguesia. Em Burke, Gentz ou Ranke, não há nenhum
desejo de retorno ao passado: quer-se a ordem presente, sem as contradições
então vividas. Muitas das ideias geradas ainda no seio do Iluminismo serão
retomadas e incorporadas. A argumentação já utilizada contra o absolutismo
régio será atualizada contra o absolutismo do povo. Na expressão de Burke,
nem tirania do rei, nem tirania da massa.
39
Evidentemente, existe uma reação à Revolução Francesa: os que querem o
passado, as dinastias, a aristocracia e os camponeses (reacionários, feuda-
lizantes e legitimistas) envolver-se-ão com o clericalismo militante, com a
reconstrução da unidade do cristianismo, cuja melhor expressão (embora não
única) será Donoso Cortés.42 No limite, não hesitarão em apelar à violência,
ao golpe e mesmo à Revolução contra a ordem vigente, como na França da
Terceira República43. Ao contrário dos conservadores, estarão fora do campo
da modernidade. Os primeiros, por sua vez, deverão com urgência ser recupe-
rados como uma das vias da construção do mundo moderno.
Nota
1 Pós-Doutor em História pela Universidade Livre de Berlim e pela Universidade do Porto. Professor da Universi-
dade de Vigo e pesquisador do TI4 Tradução & Paratradução (T&P) da mesma Universidade ao abrigo do contrato
Maria Zambrano de Talento Internacional 2021. Livre-Docente em História pela Universidade de Pernambuco. Ven-
cedor do Prêmio Jabuti 2014 e autor de diversos livros e artigos especializados nos estudos sobre os fascismos e
o Holocausto.
2 Professor Adjunto de História da América da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Professor associa-
do ao Laboratório de Estudos da Imigração (LABIMI)/UERJ. É doutor em História pelo Programa de Pós-Graduação
em História Comparada (PPGHC)/UFRJ (2013) e Pós-Doutor em Educação pelo PPGED/UFS. Professor do Programa
de Pós-Graduação em História (PPGH) da UERJ e professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em História
Comparada (PPGHC) da UFRJ. Membro do Grupo de Trabalho (GT) de Ensino de História e Fontes da Associação Na-
cional de Pesquisadores e Professores de História das Américas (ANPHLAC). Participou como historiador convidado
do projeto “1914-1918-online. International Encyclopedia of the First World War” organizado pela Freie Universität
e pelo Friedrich-Meinecke-Institut.
3 SHERWOOD, Robert. Roosevelt e Hopkins. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1998. pp. 54 e ss.
4 BOBBIO, Norberto. Direita e esquerda: razões e significados de uma distinção política. São Paulo, Unesp, 1995.
5 LINK, Jürgen. Le symbolisme collectif du politique en Allemagne fédérale et l’émergence du parti-néo-raciste de
Schönhuber. Sociocriticism, 1989(6): pp.83-107.
40
6 MANNHEIM. K. “Das Konservative Denkens”: In: Archiv fuer Sozialwissenschaft, 57, H.1-2, 1927, pp.68-142; MAN-
NHEIM. K. Ideologia e Utopia. Rio de Janeiro, Zahar, 1968 (1929).
7 Ver REILL, H.P. The German Enlightenment and the Rise of Historicism. Berkley, The University Press, 1975.
8 MANNHEIM, K. “Das Konservative Denkens”, Op. cit.. p. 78.
9 Idem, Ibdem Op. cit.. p. 81; BURKE, E. Reflections on the Revolution in France. Londres, J. Dodslev, 1790. (5th. ed.)
10 MANNHEIM, Ibdem Op. cit.. p. 87.
11 Ibdem Op. cit.. p. 95.
12 Ver EPSTEIN, K. The Genesis of German Conservatism. Princeton, The University Press, 1966.
13 Idem , Ibdem Op. cit.. p. 97.
14 Ibdem Op. cit.. pp. 100-102.
15 IDEOLOGIA E UTOPIA, Ibdem Op. cit.. pp. 253-254
16 NISBET, Robert. Tradition and Revolt. New York, Vintage Books, 1970. p. 121.
17 MARX, Karl. Das Manifest der komunitischen Partei. Berlin, Marx-Engels Institut, 1970. p. 45.
18 Idem, Ibdem Op. cit.. p.44.
19 Ibdem Op. cit.. p.45.
20 Para uma discussão sobre o tempo e o devir ver HABERMAS, J.. “Bewusstmachende oder rettende Kritik. Zur
Aktualität Walter Benjamins”. In: Kultur und Kritik. Frankfurt am Main, 1973. pp. 302-344.
21 NISBET, Ibdem Op. cit.. p. 75
22 NISBET, Ibdem Op. cit.. pp. 75-76
23 V.D. GABLENTZ, O.. “Reaktion und Restauration”. In SCHUMANN, H.-G. Konservantismus. Frankfurt, Kiepenheuer,
1974. p. 79.
24 V.D. GABLENTZ, Ibdem Op. cit.. p. 84.
25 Idem, Ibdem Op. cit.. p. 84.
26 Ibdem Op. cit.. p. 79.
27 BENOIST, Allan de. Vu de Droite. Paris, Albin Michel, 1975. p. XXIV
28 MARX, Ibdem Op. cit.. p. 38.
29 Idem, Ibdem Op. cit.. p. 40.
30 Ibdem Op. cit.. p. 40.
31 Ibdem Op. cit.. p.43..
32 RIBHEGGE, W. “Konservantismus. Versuch zu einer Kritisch-historischen Theorie”. In Konservantismus, Ibdem
Op. cit.. p. 122.
33 VALJAVEC, F. “Die Entstehung des europaeischen konservativismus”. In Konservantismus, Ibdem Op. cit.. p. 147.
34 WAHL. A. “Montesquieu als Verlaeufer von Aktion und Reaktion”. In: H.Z., 1912(109): pp. 129-148.
35 HUNTINGTON, S. “Konservatismus als Ideologie”. In: Konservantismus, Ibdem Op. cit.. p. 93.
36 SEIDMAN, Steven. Le Liberalisme et la Théorie Sociale en Europe. Paris, PUF. 1987 (1983). pp. 20-21.
37 BAUMER, F. O Pensamento Moderno. Lisboa, Edições 70, 1977. p. 30.
38 Para a discussão do liberalismo alemão, seus limites e contradições, ver GALL, L. “Liberalismus u. bürgerliche
Gesellschaft” In: H.Z., 1975(220): pp. 324-357 e, na mesma revista, “Die deutsche Liberalismus zwischen Revolution
u. Reichsgründung”, In: H.Z., 1979(228): pp. 98-108.
39 DILTHEY, Wilhelm. Teoria das Concepções do Mundo. Lisboa, Edições 70, 1992. pp. 107-160. (Vide em especial
a Parte II).
40 BARUDIO, Guenter. Das Zeitalter des Absolutismus un der Aufklaerung. Frankfurt, Fischer, 1981.
41 VON RAUMER, K. “Absoluter Staat, Korporative Libertaet, persoenliche Freiheit”. In: HOFMANN, H.H. Die Ents-
tehung des modernen souveraenen Staates. Frankfurt, Kiepenheuer, 1967. p. 173.
42 CORTÉS, J. Ensayo sobre el Catolicismo, el Liberalismo y el Socialismo. Buenos Aires, Americalle, 1943 (1851).
43 IGLÉSIAS, Francisco. “Estudo sobre o pensamento reacionário: Jackson de Figueiredo”. Revista Brasileira de
Ciências Sociais, V. II, 1962(2): pp. 3-52.
44 VEBLEN, Thorstein. “A Alemanha Imperial e a Revolução Industrial” In: Os Pensadores. São Paulo, Abril, 1974.
pp. 265-276.
41