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TRANSTORNO

DA
PERSONALIDADE
ANTISSOCIAL
PROF: RAFAEL MENDES
CRP: 06/152182
OBS:Todos os casos e exemplos aqui expostos e são fictícios ou tiveram dados como
nome, gênero e idade modificados para preservar o sigilo do paciente. Qualquer
semelhança é mera coincidência.
KEVIN

• Kevin é personagem do filme “Precisamos falar sobre


Kevin” (2014)
• O personagem apresenta características bem claras
do Transtorno da Personalidade Antissocial,
popularmente conhecido como Psicopatia;
• https://www.youtube.com/watch?v=V7MPfGFNKas

• https://www.youtube.com/watch?v=Yy3vgFtEWMA
(spoiler 1:30)
LINHA DO TEMPO – TRANSTORNO
OPOSIÇÃO DESAFIANTE
• É um padrão de humor raivoso/irritável, de comportamento questionador/desafiante ou índole vingativa com duração
de pelo menos seis meses, podendo ser leve, moderado ou grave (ambiente), evidenciado por pelo menos quatro ou
mais sintomas de qualquer uma das categorias abaixo na interação com outra pessoa que não seja um irmão:
➢ Humor Raivoso/Irritável
1. Com frequência perde a calma;
2. Com frequência é sensível ou facilmente incomodado;
3. Com frequência é raivoso e ressentido;
➢ Comportamento Questionador/Desafiante
1. Frequentemente questiona figuras de autoridade ou, no caso de crianças e adolescentes, adultos;
2. Frequentemente desafia acintosamente ou se recusa a obedecer a regras ou pedidos de figuras de autoridade;
3. Frequentemente incomoda deliberadamente outras pessoas;
4. Frequentemente culpa outros por seus erros ou mau comportamento;
➢ Índole Vingativa
1. Foi malvado ou vingativo pelo menos duas vezes nos últimos seis meses;
• A frequência desses sintomas deve exceder os níveis considerados normais para a idade,
gênero e cultura da criança;
• Prevalência de 3,3% da população;
• Na infância é mais comum em meninos do que em meninas;
• Início em idade pré-escolares;
• Raramente surge no inicio da adolescência;

➢ Curso
• Sintomas desafiantes, questionadores e vingativos = maior risco de desenvolver Transtorno
da Conduta;
• Sintomas de humor raivoso/irritável = maior risco de desenvolver Transtornos Emocionais;
FATORES DE RISCO

• Baixa tolerância a frustração;


• Reatividade emocional;
• Parentalidade agressiva;
• Negligência;
• Anormalidades no córtex pré-frontal;
• Anormalidades na amigdala;
LINHA DO TEMPO - TRANSTORNO DA
CONDUTA
• É um padrão de comportamento repetitivo e persistente no qual são violados direitos básicos de
outras pessoas ou normas ou regras sociais relevantes e apropriadas para a idade, tal como
manifestado pela presença de ao menos três dos 15 critérios seguintes, nos últimos 12 meses, e pelo
menos um critério presente nos últimos seis meses:
➢ Agressão a Pessoas e Animais
1. Frequentemente provoca, ameaça ou intimida outros;
2. Frequentemente inicia brigas físicas;
3. Usou alguma arma que pode causar danos físicos graves a outros (Facas, bastão, vidro, arma de fogo);
4. Foi fisicamente cruel com pessoas;
5. Foi fisicamente cruel com animais;
6. Roubou durante o confronto com uma vítima (Assalto, extorsão, roubo à mão armada);
7. Forçou alguém a atividade sexual;
➢ Destruição de Propriedade
1. Envolveu-se deliberadamente na provocação de
incêndios com a intenção de causar danos graves;
2. Destruiu deliberadamente propriedade de outras
pessoas;
➢ Falsidade ou Furto
1. Invadiu a casa, o edifício ou o carro de outra
pessoa;
2. Frequentemente mente para obter bens materiais
ou favores ou para evitar obrigações (trapaceia);
3. Furtou itens de valores consideráveis sem
confrontar a vítma;
➢ Violação Graves de Regras
1. Frequentemente fica fora de casa à noite, apesar da proibição dos pais, com inicio antes dos 13
anos de idade;
2. Fugiu de casa, passando a noite, pelo menos duas vezes enquanto morando com os pais ou em lar
substituto, ou uma vez sem retornar por um longo período;
3. Com frequência falta às aulas, com início antes dos 13 anos de idade.
• Subtipos:
1. Com início na Infância: Apresenta pelo menos um dos sintomas listados antes dos 10 anos de
idade;
2. Com início na Adolescência: Não apresentam nenhum dos sintomas listados na infância;
3. Início Não Especificado: Não existem informações claras se teve inicio antes ou depois dos 10
anos;
ESPECIFICADORES: LEVE, MODERADO
OU GRAVE (INTENSIDADE)
• Serve para identificar o padrão típico de funcionamento interpessoal e emocional do indivíduo;
➢ Com emoções pró-sociais limitadas: pelo menos dois especificadores de forma
persistente em vários ambientes, e em várias de suas relações no período de 12 meses:
1. Ausência de remorso ou culpa;
2. Falta de Empatia;
3. Despreocupação com desempenho;
4. Afeto superficial ou deficiente;
DESENVOLVIMENTO E CURSO
• Mais comum em homens do que em mulheres, uso de substâncias é associado mais frequentemente à
mulheres;
• Prevalência entre 2 a 10%;
• Pode ter início nos anos pré-escolares;
• Início mais marcante se dá na pré-adolescência;
• Pode ser diagnosticado em adultos;
• Raramente é diagnosticado depois dos 16 anos;
• Quando mais cedo surge pior o prognóstico;
• É comum a remissão dos sintomas na vida adulta quando surge na adolescência com sintomas leves e
moderados;
• Os sintomas se agravam conforme o individuo amadurece fisicamente e cognitivamente, ganhando
força e maturidade sexual;
FAT O R E S D E R I S C O
• Temperamentais
1. Temperamento infantil;
2. Difícil controle;
3. Inteligência a baixo da média;
4. QI verbal baixo;
• Ambientais
1. Rejeição;
2. Negligência (supervisão);
3. Parentalidade Agressiva;
4. Abuso físico, psicológico e sexual;
5. Institucionalização precoce;
6. Mudança frequente de cuidadores;
7. Família demasiadamente grande;
8. Criminalidade Parental;
9. Uso de substâncias por familiares;
10. Rejeição pelos pares (bullying);
11. Vizinhança violenta;
• Genéticos e fisiológicos
1. Pais biológicos, adotivos ou irmãos com TC;
2. Pais com Transtorno por uso de álcool grave, Transtorno Depressivo, Transtorno Bipolar ou
Esquizofrenia
3. País biológicos com histórico de TDAH;
4. Alterações funcionais e estruturais no córtex pré-frontal, amigdala e o sistema límbico;
TOD TC TPAS
❖Qual a principal diferença?
➢ A GRAVIDADE DOS COMPORTAMENTOS
O QUE É?
• É um padrão difuso de desconsideração e violação dos direitos das outras pessoas que ocorre desde os 15 anos de idade,
conforme indicado por três ou mais dos seguintes aspectos:
1. Fracasso em ajustar-se às normas sociais relativas a comportamentos legais, conforme indicado pela repetição de atos que
constituem motivos de detenção;
2. Tendência à falsidade, conforme indicado por mentiras repetidas, uso de nomes falsos, ou trapaça para ganho ou prazer
pessoal;
3. Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro;
4. Irritabilidade e agressividade, conforme indicado por repetidas lutas corporais, ou agressões físicas;
5. Descaso pela segurança de si ou de outros;
6. Irresponsabilidade reiterada, conforme indicado por falha repetida em manter uma conduta consistente no trabalho ou
honrar com obrigações financeiras;
7. Ausência de remorso, conforme indicado pela indiferença ou racionalização em relação a ter ferido, maltratado ou roubado
outras pessoas;

• Hoje são reconhecidos três conceituações sobre TPAS (A diferença se dá no âmbito criminal e jurídico)
1. Transtorno de Personalidade Antissocial;
2. Transtorno da Personalidade Dissocial;
3. Psicopatia;
REALIDADE X FICÇÃO

• A sintomatologia chave do psicopata é a indiferença (ausência de empatia) e a violação do direito dos outros
(“A vida é injusta”, “só sobrevivem os mais fortes”, “perdedores vão perder”, “o mundo é dos espertos”);
• A pessoa com TPAS tende a transferir a culpa de seus atos à vítima (“Ela já esperava por isso”, “Ele merecia isso
mesmo”, “Mas quem mandou não ter percebido antes? A vida ensina”, “Ao menos aprendeu uma lição”);
• Tende a minimizar as consequências de seus atos;
• Podemos destacar também como Falsidade e Manipulação;
• “As pessoas com esse transtorno desrespeitam os desejos, direitos ou sentimentos dos outros. Com frequência
enganam e manipulam para obter ganho ou prazer pessoal”. (DSM-V, p. 660);
• Atos agressivos para defesa própria ou de outra pessoa não são consideradas evidências;
• Acredita que todos devem ajuda-lo e não devem incomoda-lo;
• O diagnóstico só pode ser fechado quando o individuo completa 18 anos de idade;
O PSICOPATA É “INTELIGENTE” COMO
NO CINEMA?
• “As decisões são tomadas no calor do momento, sem análise e sem
consideração em relação às consequências, a si ou aos outros; isso
pode levar a mudanças repentinas de emprego, moradia ou
relacionamentos”. (DSM-V, p. 660);

• “Também tendem a ser reiterada e extremamente irresponsáveis.


Comportamento laboral irresponsável pode ser indicado por períodos
significativos de desemprego, a despeito de haver oportunidades de
trabalho disponíveis, ou por abandono de vários empregos sem um
plano realista de obtenção de outro”;

• “Irresponsabilidade financeira é indicada por atos como inadimplência,


fracasso em sustentar regularmente os filhos ou outros dependentes”;

• Evidencias corroboradas com sintomas do TDAH


Ex: Dificuldade de manter atenção sustentada/Dificuldade de
planejamento/Dificuldade no controle de impulsos
O “EGO”

• Autoconceito inflado;
• Arrogância;
• Preocupações comuns são “comuns” demais para
eles;
Ex: Um trabalho pode não estar a sua altura;
• Excessivamente opiniáticos;
• Autocofiantes, invencíveis, incríveis;
• Convencidos;
SEDUÇÃO
• Charme superficial;
• Desinibição;
• Aventureiro;
• “Personalidade” volúvel;
Ex: Falas técnicas, rebuscadas com o intuito de impressionar o ouvinte;
• Aventureiros sexuais (comp. sexual de risco);
• Poligamia;
• Paternidade inconsistente/instável e práticas parentais negativas;
• Incapacidade de tolerar monotonia e humor deprimido;
• Baixa tolerância a frustração;
• “Não expressa sentimentos nem demonstra emoções para os outros,
a não ser de uma maneira que parece superficial, insincera ou rasa (as
ações contradizem a emoção demonstrada (pode “ligar” ou “desligar”
emoções rapidamente) ou quando as expressões emocionais são
usadas para obter algum ganho (emoções com a finalidade de
manipular ou intimidar outras pessoas).” (DSM-V, p. 471)
• Propensão a fracassos profissionais;

• Fracasso em se sustentar;

• Morrer prematuramente; (suicídio, acidentes,


homicídios)

• Inexistência de alucinação e delírio (Hare, 2003)


PREVALÊNCIA;

• 0,2 – 3,3%;

• Mais frequente em homens;

• Prevalência pode ser de 70% em casos graves de homens com comorbidade de dependência
alcoólica;

• A prevalência pode ser maior em amostras afetadas por fatores socioeconômicos;

• Pode haver uma remissão ou diminuição dos sintomas e comportamentos por volta dos 40 anos
de idade;
FATORES DE RISCO E CURSO

• Familiares biológicos de primeiro grau;

• Em uma família com um membro TPAS, os indivíduos do sexo masculino tem mais chances de
desenvolver TPAS com abuso de substâncias e mulheres Transtorno de sintomas Somáticos;

• Estudos sobre adoção mostram risco aumentado tanto para pares biológicos quanto adotivos;

• Risco associado a fatores socioeconômicos;

• Risco socioeconômico é diferente de estratégia protetora de sobrevivência;


• Rejeição;
• Negligência parental;
• Abusos físicos (mais agressivos, foram mais agredidos na infância);

• a proporção de crianças que tem relações positivas com seus pais diminui regularmente seguindo-se a escala de
gravidade dos delitos. O controle parental varia em grau e em natureza com o tipo de delinquência. Um
controle estrito observa-se ao mesmo tempo nos não delinquentes e nos delinquentes graves, mas associado a
sanções físicas severas na famílias destes últimos.”(Selosse, 1997, p. 200)

• sexuais e psicológicos;
• Vulnerabilidade social;
• Institucionalização precoce;
• Criminalidade parental;
• Psicopatologia familiar;
• Abuso de substâncias;
• Níveis anormalmente baixos de excitação cortical fazendo o que o individuo busque mais
“excitação, perigo e emoção” (Quay, 1965);

• “Níveis reduzidos de serotonina e baixa frequencia cardíaca no repouso na adolescência podem


estar associados a condutas antissociais na vida adulta; (O’Donohue, p. 122)

• O córtex dos psicopatas encontra-se em estágio primitivo de desenvolvimento (imaturidade


cortical), por isto são pessoas de comportamento infantil e impulsivo, o córtex não consegue
cumprir a função de controlar os impulsos, desenvolvem-se de forma ineficiente. (Hare, 1970)

• Mielinização comprometida?
ANALISE DE
JULGAMENTO
MORAL
• TPAS à direita: áreas pré-frontais exibem maior
atividade ligadas a circuitarias cognitivas (laranja
e rosa) “frias e racionais”;
• As emoções primárias (azul) mostram menor
atividade;
• Regiões de pensamento moral também
apresentam atividade reduzida (Vermelho);
• Algumas pesquisas mostram alterações no Pesquisa do psiquiatra Renato Oliveira
córtex pré-frontal e amígdala; (Michael Craig) realizou RM em 279 pessoas com
distúrbios neuropsiquiátricos.
CASO PHINEAS GAGE – O
DESENVOLVIMENTO DA
NEUROCIÊNCIA
• Acidente de trabalho projetou uma barra de ferro em sua
cabeça;
• Após convulsões e infecção o paciente sobreviveu;
• Alterações de personalidade perciptiveis no comportamento
passaram a acontecer;
• Condutas antissociais:
➢ Mentiras;
➢ Egocentrismo
➢ Baixa tolerância a frustração
• O cérebro encontra-se em preservação em Havard, onde os
pesquisadores Hanna e Antônio Damásio reconstruíram a lesão
em 1994 publicados na revista Science.
MÁSCARA DE SANIDADE
• Hervey Cleckley publicou “The Mask of Sanity” (1941) com base em sua própria experiência clínica, que foi um marco
para o inicio da compreensão científica por trás da Psicopatia;
• “Em contraste com escritores anteriores que definiram “personalidade psicopática” como um termo que engloba
diversas formas de delinquência, Cleckley rejeitou explicitamente esta conceituação ampla. Ao contrário, ele
caracterizou a psicopatia como uma síndrome clínica altamente distinta com uma etiologia subjacente e singular, um
déficit central na reatividade emocional.”

• O elemento mais essencial na conceituação de Clecley, incorporado ao título do seu livro, seja a ideia de que a
psicopatia é a contraposição de uma parência externa de saúde mental robusta à uma patologia subjacente grave. Em
contraste a outros pacientes que se mostravam confusos, agitados, disfóricos, isolados ou perturbados de alguma forma,
os psicopatas parecem equilibrados, sociáveis e bem ajustados em um contato geral.”

• Só muito tempo de observação em diversas situações a verdadeira face se mostra, a máscara fica evidente, ou seja, uma
gama de desvios psicopáticos característicos vem a tona;

• “A superfície do psicopata... Parece igual ou melhor do que o normal e não dá nenhuma pista de um transtorno interior. Nada
nele sugere estranheza, inadequação ou fragilidade moral. Sua máscara é de saúde mental robusta. (Cleckley, 1976, p.383)
16 CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE
CLECKLEY
1. Encanto superficial e boa “inteligência”;
2. Ausência de delírios e outros sinais de pensamento irracional;
3. Ausência de “nervosismo” ou manifestações psiconeuróticas;
4. Inconfiabilidade;
5. Desonestidade e insinceridade
6. Falta de remorso ou vergonha;
7. Comportamento antissocial inadequadamente motivado;
8. Julgamento ruim e falha em aprender pela experiência;
9. Egocentrismo patológico e incapacidade para amar;
10. Pobreza generalizada nas principais reações afetivas
11. Perda de crítica específica;
12. Falta de responsividade nas relações interpessoais em geral;
13. Comportamento fantasioso e não convidativo com bebidas e algumas vezes sem;
14. Raramente ocorre suicídio;
15. Vida sexual impessoal, trivial e pobremente integrada;
16. Falha em seguir qualquer plano de vida;
TPAS X PSICOPATIA

• Podemos entender que são Psicopatologias que tem correlação mas diferem em alguns aspectos;
• “O TPAS pode ser visto como uma expressão comportamental de uma vulnerabilidade subjacente
mais ampla para problemas do controle do impulsos. O TPA se caracteriza particularmente pela
irritabilidade associada à impulsividade e irresponsabilidade.”

• “ Psicopatia de Hare apresenta intersecções com o TPAS, entretanto inclui itens de desvio afetivo
que Cleckley descreveu como “máscara” da psicopatia. Achados mais recentes indicam elementos
de dominância, imunidade ao estresse e destemor.” (O’Donohue, p. 151)

• Em algum grau o TPAS exprime a sua frustração com maior facilidade enquanto o Psicopata se
anestesia dos elementos estressores.
PSYCHOPATH CHECKLIST – PCL-R
(HARE, 2003)
1. Vulnerabilidade/Encanto Superficial;
2. Senso grandioso de autovalorização;
3. Necessidade de estimulação/propensão ao aborrecimento;
4. Mentiras patológicas;
5. Trapaça/manipulação; Foi idealizado para identificar infratores encarcerados
6. Ausência de remorso ou culpa; que exemplificavam as descrições de Cleckley (1976)
7. Afeto Superficial;
de personalidade psicopática. Classificado em uma
8. Crueldade/falta de empatia
escala de 0-2 (ausente, duvidoso, presente). Através de
9. Estilo de vida parasitário;
10. Pouco controle de comportamento;
uma entrevista semiestruturada os escores obtidos
11. Comportamento sexual promiscuo; nos 20 itens individuais são somados para fornecer um
12. Problemas comportamentais precoces; escore geral de psicopatia. (
13. Ausência de metas realistas de longo prazo;
14. Impulsividade;
15. Irresponsabilidade;
16. Falha em aceitar a responsabilidade por suas próprias ações;
17. Muitas relações maritais de curto prazo;
18. Delinquência juvenil;
19. Revogação de liberdade condicional;
20. Versatilidade criminal
• Serial Killer: Padrões e perfis semelhantes de vítimas, seguindo critérios “ritualísticos” para cometer
os crimes;

• Assassino em Massa: Líder de uma nação ou região que causam danos em massa a população,
matando em larga escala o cidadão comum;

• Stalker: Perfil direcionado em perseguir uma pessoas em busca daquilo que deseja (sexo, dinheiro,
ou benefício);

• Colarinho Branco: TPAS que recorrem a crimes voltados para extorsão, golpes financeiros e
sonegação fiscal, podem ter sucesso financeiro na vida e ocupar cargos altos em empresas;
TRATAMENTO
• Dificuldades no manejo destes pacientes;
• Manipulação, mentira e distorção da realidade;
• Comportamento sedutor e enganador;
• “As revisões da literatura sobre o tratamento de indivíduos antissociais e psicopatas tem geralmente enfatizado
as dificuldades inerentes ao tratamento destes indivíduos e a ineficácia de intervenções psicológicas nestes
transtornos”
• Os dados obtidos por Harris e Rice (2006) mostram que psicopatas expostos a intervenções padrões
psicoterapêuticas e cognitivo-comportamentais em comunidades terapêuticas, quando livres, tendem a
intensificar suas condutas antissociais e criminosas. Uma justificativa para isso seria que estes indivíduos
aprendem no processo psicoterapêutico novas formas de manipulação e controle;
• Porém os autores mostram que intervenções altamente estruturadas com influências na família e na
comunidade poderiam ser efetivas;
• As dificuldades para esse tipo de intervenção;
CASOS
P S I C O P AT A S F A M O S O S
CHARLES MANSON

• Esse assassino em série líder de uma seita hippie a Família Manson, em São
Francisco, em 1967.
• Manson abrigava, em geral, pessoas que se revoltavam contra os pais ou
possuíam problemas emocionais muito profundos;
• M anipulava essas pessoas a liberar seus instintos assassinos e a roubar os
mais ricos para levar dinheiro para sua seita;
• Normalmente, eles escreviam mensagens com o sangue das vítimas nas
paredes do local onde os assassinatos ocorriam;
• Caso ganhou popularidade pelo assassinato da atriz famosa Sharon Tate;
(1969)

Fatos sobre o individuo:


➢ Não foi registrado com um nome;
➢ sofreu algumas prisões na juventude;
➢ Aprendia técnicas de sedução e manipulação;
➢ Nunca cometeu nenhum assassinato;
CHICO PICADINHO
• Francisco da Costa Rocha, assassinou duas mulheres entre os anos
de 1960 e 1970;

• Assassinou a primeira vítima enforcada após relações sexuais e


esquartejou o corpo;

• Após cumprir período preso repetiu o mesmo modus operandi


do crime passado;

Fatos sobre o individuo:


➢ Foi fruto de uma relação extraconjugal;
➢ Passou por lar temporário;
➢ Sofreu abuso sexual;
➢ Passou a viver em ambientes de vulnerabilidade com acesso a
drogas e comportamentos sexuais de risco;
VAMPIRO DO
BROOKLYN
• Entre crimes como assasinatos, abuso sexual e
canibalismo, relatou em confissão que fez mais de 400
vítimas durante a vida toda;
• Albert Fish Foi condenado a pena de morte em 1936;

Fatos sobre o individuo:


➢ Institucionalização precoce;
➢ Práticas sexuais sádicas e masoquistas;
➢ Multilava seu corpo com agulhas;
DOROTHEA PUENTE

• Foi condenada pela morte de 9 vítimas;


• Abrigava doentes mentais, idosos e alcoolatras;
• Recebia o Seguro social das vítimas para enriquecer;
• Assassinou o marido e enterrou as pessoas que abrigava
no quintal da casa em que hospedava essas pessoas;

Fatos sobre o individuo:


➢ Instituicionalizada precocemente;
➢ Teve diversos casamentos e na maioria sofreu violência;
➢ Foi abusada sexualmente pelos pais até a morte dos
mesmos;
➢ Pais tinham transtorno de dependência de alcool;
SUZANE VON
RICHTHOFEN
• Planejou o assassitato dos pais em 2002;
• Um dos casos mais famosos de Psicopatia no Brasil;
• Suzane vive até hoje em cárcere;

Fatos sobre o individuo:


➢ Pais não aprovavam o relacionamento;
➢ Empréstimos de dinheiro e presentes caros;
➢ O crime foi planejado para parecer um latrocínio;
➢ Após o enterro Suzane confessou o crime;
CASO
• Criança, 10 anos de idade, morava com a avó e o irmão menor com
TEA, morou na casa de tios logo após o falecimento dos pais em
acidente doméstico. Começou a apresentar sinais de
comportamentos agressivos quando começou a matar animais de
seu sítio, geralmente patos e galinhas. Enterrava os animais
deixando apenas o pescoço para fora e defecava em cima. Faltava
muito na escola e quando ia furtava objetos de seus colegas e as
vezes os ameaçava de forma bem violenta. Chegou a abusar
sexualmente do irmão mais novo e da avó amarrando-os na cama.
REFERENCIAS
• Aventuras na História: https://aventurasnahistoria.uol.com.br
• AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, DSM-5, 5ª Ed. Porto
Alegre, Artmed, 2014.
• BECK, Aaron T; DAVIS, Denise D; FREEMAN, Arthur. Terapia Cognitiva dos Transtornos da Personalidade. Porto Alegre: Artmed,
2017.
• Damasio H., Grabowski T. R Frank., Galaburda AM., Damasio AR. The return of Phineas Gage: clues about the brain from the skull of a
famous patient.. Science, 264(5162):1102-5, 1994.
• GABBARD, Glen O. Psiquiatria Psicodinâmica na prática clínica. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
• IZQUIERDO, Quevedo. Neurobiologia dos Transtornos Psiquiátricos. Porto Alegre: Artmed, 2020.
• O’DONOHUE, William; FOWLER, Katherine A; LILIENFELD, Scott O. Transtornos da Personalidade em Direção ao DSM-V. São
Paulo: Roca, 2010.
• PLOMIN, Robert; DEFRIES, John C; MCCLEARN, Gerald E; MCGUFFIN, Peter. Genética do Comportamento. 5 ed. Porto Alegre:
Artmed, 2011.
• SILVA, Isabella Brito; NAKANO, Tatiana de Cassia. Modelo dos Cinco Grandes Fatores da Personalidade: Análise de Pesquisas.
Campinas, 2011.
• SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEUROPSICOLOGIA, Neuropsicologia da Personalidade. São Paulo: Boletim SBNp, 2019.
• ZIMERMAN, David E. Fundamentos Psicanalíticos,Teoria Técnica e Clínica. Porto Alegre: Artmed, 2014.
• _______. Manual de Técnica Psicanalítica. Porto Alegre: Artmed, 2008.

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