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Grupo de Tradutoras & Revisoras

Independentes
A tradução dessa obra foi efetuada pelo grupo de Tradutoras E
Revisoras Independentes – T.R.I., de forma a dar ao leitor, acesso
a obras sem previsão de publicação no Brasil, tendo como único
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Nossos mais sinceros agradecimentos para a equipe de tradutoras
as quais se dedicaram a esta tradução, abdicando de seu tempo
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O T.R.I, recomenda a aquisição do livros originais, seja em obras


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autorais, conforme a estabelece a legislação brasileira.
Ela mentiu para mim...

Ela traiu a única regra sobre a qual eu sou mais


inflexível: Honestidade. Total e absoluta fodida honestidade.

Eu realmente queria que ela fosse outra pessoa –


alguém que não tivesse a capacidade de me fazer sentir,
alguém que eu poderia facilmente descartar como as
centenas de mulheres antes dela.

Ela não é.

Eu estou atraído por ela como eu nunca fui


atraído por uma mulher antes – completamente cativado pela
simples visão dela. Mas, infelizmente, com o meu passado
lentamente vindo à tona para todo o mundo ver, eu vou ter
que encontrar uma maneira de deixá-la ir.

Ela nunca poderá ser minha


Pela terceira semana consecutiva, acordei com uma
chuva incessante que cai sobre essa cidade repulsiva. As nuvens
acima estavam revestidas em um feio tom de cinza, e os
relâmpagos que brilhavam no céu a cada poucos segundos já não
eram assombrosos; eram previsíveis.

Segurando meu guarda-chuva, andei até uma banca


de jornal e peguei o New York Times – me preparando para o que
estava entre suas páginas.

"Quantas mulheres você acha que um homem


poderia foder em sua vida?" O vendedor me perguntou entregando
meu troco.

"Eu não sei," eu disse. "Eu parei de contar."

"Parou de contar, hein? O que você fez, chegou ate


dez e decidiu que era o suficiente antes de se estabelecer?" Ele
apontou para a aliança de ouro na minha mão esquerda.

"Não. Eu estabeleci-me em primeiro lugar, então eu


comecei a foder."

Ele ergueu a sobrancelha – parecendo atordoado, e


então se virou para organizar sua exibição de charuto.
Um par de meses atrás, eu teria considerado sua
tentativa de conversa, teria respondido a sua pergunta com um
sorriso alegre e um "Mais do que jamais vamos admitir", mas eu
não tinha a capacidade de rir mais.

Minha vida agora era um deprimente rolo de


repetidas imagens – noites em hotel, suor frio, memórias
arruinadas e chuva.

Maldita chuva.

Enfiei o jornal debaixo do braço e me virei, olhando


para o anel em minha mão.

Eu não o tinha usado em um longo tempo, e eu não


tinha ideia do que me possuiu para colocá-lo hoje. Girando-o no
meu dedo, eu olhei para ele uma última vez – balançando a
cabeça para sua inutilidade.

Por uma fração de segundo, eu considerei mantê-lo,


talvez guardá-lo como um lembrete do homem que eu costumava
ser. Mas essa versão de mim era patética – ingênuo e eu queria
esquecê-lo tão rápido quanto eu podia.

Atravessei a rua quando o sinal ficou verde, e


quando eu pisei na calçada, eu joguei o anel onde eu deveria tê-lo
jogado meses atrás.

No bueiro.
Provas que indicam que o réu não cometeu o crime.

O café quente que estava escorrendo pela minha


calça e queimando a minha pele era a exata razão pela qual eu
nunca fodia a mesma mulher duas vezes.

Recuando, eu respirei fundo. "Aubrey..."

"Você é fodidamente casado."

Ignorei seu comentário e me inclinei para trás na


cadeira. "No interesse pelo seu futuro efêmero e sua medíocre
carreira jurídica, eu vou fazer dois enormes favores para você: Um,
eu vou me desculpar por ter fodido você uma segunda vez e deixar
você saber que isso nunca acontecerá novamente. Dois, eu vou
fingir que você não me agrediu com um maldito café.”

“Não.” Ela jogou minha caneca de café no chão,


quebrando-a em pedaços. “Eu definitivamente fiz, e estou tentada
a fazê-lo novamente."

“Senhorita Everhart –”
“Foda-se.” Ela estreitou os olhos para mim
adicionando, “eu espero que o seu pau caia,” quando ela saiu do
meu escritório.

"Jessica," eu rapidamente me levantei e peguei um


rolo de toalhas de papel. "Jessica?"

Nenhuma resposta.

Eu peguei meu telefone para ligar para sua mesa,


mas de repente ela entrou no meu escritório. "Sim, Sr. Hamilton?”

“Ligue para lavanderia Luxury Dry Cleaning e


mande-os entregar um dos meus ternos no escritório. Eu também
preciso de uma nova xícara de café, o arquivo da Srta Everhart do
RH, e você precisa dizer ao Sr. Bach que vou me atrasar para
aquela reunião das 4 horas de hoje.”

Eu esperei para ouvir seu usual “Agora mesmo,


senhor" ou "eu estou indo, Sr. Hamilton", mas ela não disse nada.
Ela ficou em silêncio – corando, e seus olhos estavam grudados na
virilha da minha calça.

“Você não precisa de ajuda para limpar isso?” Seus


lábios se curvaram em um sorriso. “Eu tenho uma toalha bem
grossa na minha gaveta de mesa. Ela é muito macia e... suave.”

“Jessica...”

“É enorme, não é?” Seus olhos finalmente


encontraram os meus. “Eu realmente não contaria a uma alma.
Isso seria o nosso pequeno segredo.”
“Meu fodido terno limpo, uma nova xícara de café,
arquivo da Srta Everhart, e uma mensagem para o Sr. Bach sobre
eu estar atrasado. Agora.”

“Eu realmente amo o jeito que você resiste...” Ela


roubou outro olhar para minha calça molhada antes de sair da
sala.

Suspirei e comecei a secar o máximo de café que eu


podia. Eu deveria saber que Aubrey era do tipo emocional, deveria
saber que ela era instável e incapaz de se comportar normalmente
no momento que eu descobri que ela tinha feito uma identidade
falsa no LawyerChat.

Arrependi-me de ter dito a ela que eu queria possuir


sua buceta, e eu estava me amaldiçoando por dirigir até seu
apartamento ontem.

Nunca mais...

Bem quando eu estava rasgando uma folha de papel,


uma voz familiar surgiu.

“Bem, olá... É bom vê-lo novamente," disse ela.

Levantei a cabeça na esperança de que se tratasse de


uma alucinação – que a mulher na minha porta não estava
realmente de pé ali sorrindo. Que ela não estava dando um passo
a frente com sua mão estendida como se ela não fosse a razão pela
qual a minha vida foi impiedosamente alterada há seis anos.

“Você não vai apertar minha mão, Sr. Hamilton?” Ela


ergueu a sobrancelha. “Esse é o nome que você é conhecido
atualmente, não é?"
Olhei para ela longo e firme – percebendo que seu
antigo cabelo preto sedoso agora estava curto e reto. Seus olhos
verdes claro ainda continuavam tão suaves e sedutores como eu
me lembrava deles, mas eles não estavam tendo o mesmo efeito.

Todas as lembranças que eu tinha tentado reprimir


ao longo dos últimos anos foram de repente passando bem na
minha frente, e o sangue sob a minha pele estava começando a
ferver.

“Sr. Hamilton?”, ela chamou novamente.

Peguei meu telefone. “Segurança?”

“Você está fodidamente brincando comigo?” Ela


bateu o telefone para baixo. “Você não vai perguntar por que estou
aqui? Por que eu vim vê-lo?”

“Fazê-lo implicaria que eu me importo.”

“Você sabia que quando a maioria das pessoas são


condenadas à prisão, no seu primeiro dia elas recebem cesta
básica, ordem de pagamento, até mesmo um telefonema?” Ela
apertou a mandíbula. “Eu recebi os papéis do divórcio.”

“Eu te disse que eu iria escrever.”

“Você me disse que ficaria. Você me disse que me


perdoava, que poderíamos começar de novo quando eu saísse, que
estaria lá –”

“Você fodidamente me arruinou, Ava.” Eu olhei para


ela. “Destruiu-me, e a única razão pela qual eu disse aquelas
coisas estúpidas para você, foi porque meu advogado me pediu.”

“Então, você não me ama mais?”


“Eu não respondo perguntas retóricas,” eu disse. “E
eu não sou perito em geografia, mas eu sei malditamente bem que
Carolina do Norte é fora de Nova York e uma violação direta da
sua condicional. O que você acha que vai acontecer quando
descobrirem que você está aqui? Você acha que eles vão fazer você
cumprir a sentença que você mais do que fodidamente merece?”

Ela engasgou. "Você me denunciaria?”

“Eu passaria meu carro por cima de você.”

Ela abriu a boca para dizer mais alguma coisa, mas


a minha porta se abriu e a equipe de segurança entrou.

“Senhorita?” O chefe de segurança, Paul, limpou a


garganta. “Nós gostaríamos que se retirasse do prédio agora.”

Ava fez uma careta para mim, sacudindo a cabeça.


“Sério? Você realmente vai deixá-los me conduzir para fora como
se eu fosse um animal?"

“Mais uma vez, retórica.” Sentei-me na cadeira,


sinalizando para Paul se livrar dela.

Ela disse mais alguma coisa, mas eu deixei de ouvir.


Ela não significava merda nenhuma para mim, e eu precisava
encontrar alguém online esta noite para que eu pudesse foder sua
aparição fortuita e indesejada para fora da minha mente.
Um truque sutil para deixar de lado a verdade, ou
escapar da punição da lei.

Andrew era o epítome do que significava ser um


idiota, um exemplo brilhante do que essa palavra significava, mas
não importava o quão chateada eu estava, eu não tinha sido capaz
de parar de pensar nele.

Nos seis meses que tínhamos nos falado, ele nunca


tinha mencionado uma esposa. E a única vez que eu perguntei se
ele já tinha feito algo mais do que "Um jantar. Uma noite. Sem
repetição." – Ele disse "Uma vez", e rapidamente mudou de
assunto.

Eu vinha repetindo essa conversa em minha mente a


noite toda, dizendo a mim mesma para aceitar que ele era um
mentiroso, e que eu precisava seguir em frente.

"Senhoras e senhores do La Monte Art Gallery..."


Meu instrutor de balé de repente falou em um microfone, cortando
meus pensamentos. "Posso ter sua atenção, por favor?"

Eu balancei minha cabeça e olhei para a plateia


cheia. Esta noite era para ser um dos pontos altos da minha
carreira de dança. Era uma exposição para os dançarinos
universitários da cidade. Todos os principais atores para as
produções de primavera deveriam dançar um solo de dois minutos
em honra de sua escola, em comemoração do que estava por vir
meses depois.

"Esta próxima dançarina que vocês estão prestes a


ver é a Srta. Aubrey Everhart." Havia orgulho em sua voz. "Ela
está fazendo o papel de Odette/Odile na produção de O Lago dos
Cisnes de Duke, e quando eu lhes digo que ela é uma das
dançarinas mais talentosas que eu já vi..." Ele fez uma pausa
enquanto a vibração da multidão dissolveu-se em silêncio. "Eu
preciso que vocês aceitem minhas palavras."

Um dos fotógrafos na primeira fila tirou uma foto


minha, me tornando temporariamente cega pelo flash.

"Como a maioria de vocês sabem," ele continuou, "Eu


trabalhei com os melhores dos melhores, passei inúmeros anos na
Rússia estudando com os melhores, e depois de uma longa e
ilustre carreira com a companhia de balé de Nova York, eu
aposentei-me para ensinar aqueles com potencial inexplorado."

Houve um forte aplauso. Todos na sala sabiam quem


era Paul Petrova, e embora a maioria no campo estivesse confusa
a respeito do porque dele alguma vez querer ensinar em Durham,
ninguém se atreveu a questionar sua decisão.

"Eu espero que vocês venham e vejam a primeira


transformação do programa de balé de Duke, na primavera," ele
disse quando ele caminhou lentamente para o outro lado do palco.
"Mas, por enquanto, a senhorita Everhart irá realizar um curto
dueto de Balanchine 'Serenade', com seu parceiro Eric Lofton!"
O público aplaudiu de novo, e as luzes acima deles
enfraqueceram. Um foco de luz suave brilhava em mim e Eric, e os
violinistas começaram a tocar.

Curtas notas suaves encheram a sala, e eu fiquei na


ponta dos pés – tentando dançar tão delicadamente como a
música exigia. No entanto, a cada passo, tudo o que eu podia
imaginar era Andrew me beijando, me fodendo, e, finalmente,
mentindo para mim.

"Eu nunca menti para você, Aubrey. Eu confio em


você, por algum motivo estranho...”

Eu empurrei Eric quando ele estendeu suas mãos, e


girei pelo palco até que ele veio atrás de mim. Ele segurou meu
rosto em suas mãos – como se ele estivesse me implorando para
ficar, mas eu girei para longe de novo, lançando-me em um
conjunto completo de piruetas sem parar.

Eu estava com raiva, eu estava ferida, e eu não


estava segurando nada enquanto eu mostrava o quão bem eu
poderia dançar en pointe1.

No segundo em que os violinistas atingiram a última


nota, o público soltou um suspiro coletivo e aplaudiu o mais alto
que eles tinham feito toda a noite.

"Uau..." Eric sussurrou enquanto ele agradecia ao


meu lado. "Eu não acho que alguém vai falar merda sobre você
conseguir o papel de cisne depois disso..."

"As pessoas têm falado merda sobre mim?" Eu


levantei minha sobrancelha, mas eu já sabia a resposta para isso.

1
Uma posição de balé com o corpo equilibrado sobre a extrema ponta do dedo do pé.
Um júnior conseguir o papel principal sobre todos os outros
seniores era algo inédito.

"Bravo, senhorita Everhart." Sr. Petrova se


aproximou de mim. "Ela vai surpreender a todos na primavera, eu
tenho certeza disso!"

Outra rodada de aplausos começou a surgir e ele


afastou o microfone de sua boca. "Onde estão os seus pais? Eu
gostaria que eles viessem aqui para cima para uma foto.”

"Eles estão fora da cidade." Eu menti. Eu não tinha


perdido meu tempo nem mesmo tentando convidá-los para isso.

"Bem, isso é muito ruim!" Ele disse. "Tenho certeza


de que eles estão muito orgulhosos de você. Você pode sair do
palco agora."

"Obrigada." Eu fui para o vestiário e vesti um vestido


de seda branco curto e uma tiara cinza emplumada. Quando me
olhei no espelho, eu sorri. Não havia nenhuma maneira que
qualquer um poderia dizer que eu estava um desastre emocional
por dentro.

Peguei meu telefone e notei uma nova mensagem de


voz da GBH. Eu sabia que era sobre eu faltar o meu estágio pelo
quarto dia consecutivo, então eu deletei. Então, algo me veio a
mente e eu pesquisei no Google "Andrew Hamilton" pela enésima
vez esta semana – esperando que alguma coisa fosse aparecer.

Nada. Mais uma vez.

Com exceção de sua perfeita foto no site da GBH e


aquela biografia pouco informativa, não havia nenhuma
informação sobre ele em qualquer lugar.
Eu tentei "Andrew Hamilton: Nova York, advogado,"
mas os resultados foram igualmente deprimentes. Era como se ele
não existisse até começar na GBH.

"Excelente performance, Aubrey..." Jennifer, uma


das principais veteranas de Duke, de repente entrou no banheiro.
"É realmente uma honra ver alguém tão jovem e imatura obter
crédito desnecessário."

Revirei os olhos e fechei minha bolsa.

"Diga-me uma coisa," disse ela. "Você honestamente


acha que vai durar até a performance da primavera?"

"Você honestamente acha que eu vou ficar aqui e


continuar essa conversa idiota?"

"Você deveria." Ela sorriu. "Porque aqui entre mim e


você, quatro anos atrás – antes do seu tempo... Havia uma certa
dançarina escolhida para ser a principal em a Bela Adormecida,
uma de graduação dupla. Ela era muito talentosa – um talento
natural, realmente, mas ela cedeu sob pressão, porque ela não
poderia dedicar tantas horas ao ofício como os dançarinos que só
queriam dançar."

"Existe um ponto nessa história?"

"Eu tomei seu lugar e eu era apenas uma caloura."


Ela sorriu. "Agora eu sou uma veterana, e um certo alguém está
dançando no papel que me pertence. Então, assim como naquela
época, eu vou fazer tudo ao meu alcance para garantir que eu
consiga o que é meu por direito."

Eu balancei minha cabeça e passei por ela,


ignorando o fato de que ela sussurrou "cadela estúpida" baixinho.
Era para eu voltar à sala da galeria e ver os outros artistas, mas
eu precisava de uma pausa.

Eu passei pelas portas de correr para o outro lado da


sala e entrei no bistrô da galeria. Estava muito mais calmo deste
lado, e as pessoas sentadas nas mesas pareciam estar
preocupadas com conversas não centradas no balé.

"Senhorita?" Um garçom de smoking deu um passo


na minha frente com uma bandeja. "Você estaria interessada em
uma taça de champanhe de cortesia?"

"Duas, por favor."

Ele ergueu a sobrancelha, mas me entregou duas


taças de qualquer maneira.

Sem graça alguma, eu bebi a primeira, depois a


outra – lambendo as bordas para me certificar de que eu não perdi
uma gota.

"Onde está o seu bar?" Eu perguntei.

"O nosso bar? Eu não acho que os clientes da galeria


de arte estão autorizados a –"

"Por favor, não me faça perguntar de novo."

Ele apontou para o outro lado da sala, onde alguns


fumantes estavam sentados, e eu caminhei em direção a eles.

"O que eu posso fazer por você hoje à noite,


senhorita?" O barman sorriu quando me aproximei. "Gostaria de
experimentar uma das especialidades da casa?"

"Algum desses pode me ajudar a esquecer que dormi


com um homem casado?"
O sorriso em seu rosto desapareceu e ele colocou
três copos de doses, enchendo-os com o que eu só podia esperar
que fosse a bebida mais forte na casa.

Eu deslizei meu cartão de crédito através do balcão e


bebi a primeira dose em segundos – fechando meus olhos quando
a sensação de queimação se arrastou na minha garganta. Eu
segurei a próxima contra meus lábios, mas de repente eu ouvi
uma risada familiar.

Era baixa e rouca, e eu tinha ouvido um milhão de


vezes antes.

Eu me virei e vi Andrew sentado em uma mesa com


uma mulher que não era sua esposa. Eu não queria admitir, mas
ela era bonita. Muito, muito bonita: cabelo castanho avermelhado
com luzes loiras, profundos olhos verdes e seios empinados que
eram perfeitos demais para ser natural.

Ela estava esfregando-o no ombro e rindo a cada dez


segundos.

Andrew parecia não se intimidar com seu afeto, e


como ele sinalizou pedindo a conta, eu só poderia assumir como
sua noite ia acabar.

Tentei virar-me – agir como se vê-lo com outra


pessoa não estava me afetando, mas eu não podia evitar.

Seu encontro estava agora inclinado sobre a mesa –


propositadamente deixando mais de seu decote à mostra, e
sussurrando palavras que eram difíceis de ler. Quando ela
brincando lambeu os lábios e coçou o queixo dele com as pontas
dos dedos, eu percebi que eu não aguentava mais.
Assunto: SÉRIO!?

Você está realmente em um encontro agora com


alguém que não é sua esposa?! É ruim o suficiente que você é
um traidor e mentiroso mulherengo, mas você está realmente
tão viciado assim em sexo?

–Aubrey

Sua resposta veio em poucos segundos.

Assunto: Re: SÉRIO!?

Estou realmente em um encontro agora com


alguém que não vai deixar queimaduras de terceiro grau no
meu pau. E eu não sou um viciado em sexo, eu sou um
viciado em buceta. Há uma diferença.

–Andrew

Assunto: Re: Re: SÉRIO!?

Você é um babaca repugnante e vil, e eu


sinceramente lamento ter dormido com você.

–Aubrey

Sem resposta.

Eu vi quando ele olhou para o telefone e levantou a


sobrancelha. Ele virou-se em sua cadeira – lentamente fazendo a
varredura da sala até que ele me encontrou.
Seus olhos se arregalaram no segundo que eles
encontraram os meus, e seus lábios se abriram lentamente. Seu
olhar viajou para cima e para baixo do meu corpo, e eu
praticamente podia senti-lo me despindo.

De repente, não havia mais ninguém na sala,


somente nós dois e eu podia dizer que ele me queria aqui e agora.
Senti meu corpo respondendo aos seus olhares, senti meus
mamilos endurecendo quando ele arrastou sua língua contra os
lábios.

Engoli em seco enquanto eu olhava-o, percebendo


que eu tinha imaginado seu cabelo totalmente errado em meus
sonhos esta semana. Eu tinha me fodido com o dedo por horas a
fio ontem a noite – usando seu rosto e as lembranças de sua voz
como inspiração, e vê-lo em pessoa apenas me fez querer sentir
seu pau dentro de mim novamente.

Eu me inclinei para frente, querendo ir até ele, mas


minha visão periférica começou a clarear e vi que não estávamos
sozinhos na sala.

Longe disso.

A mão perfeitamente bem tratada de seu encontro


encontrou seu caminho para o queixo dele, e virou sua cabeça.

Eu fiz o mesmo e pedi mais duas bebidas. Engoli em


seco as duas e quando eu olhei por cima do meu ombro, eu vi que
Andrew estava olhando na minha direção com inegável desejo em
seus olhos.

Forcei um sorriso e abri minha boca bem devagar,


murmurando, "Foda-se." antes de sair. Peguei um punhado de
balas da bandeja de um garçom aleatório e corri de volta para a
galeria.

Eu estava no meio do caminho, quando senti meu


celular vibrar. Um e-mail.

Assunto: Encontre-me no banheiro.

AGORA.

–Andrew

Eu desliguei o telefone e continuei caminhando em


direção à porta da galeria – malditamente quase correndo.
Cheguei ao lobby, mas alguém agarrou meu braço e me puxou
pela sala.

Andrew.

Eu tentei empurrar para longe, mas ele apertou


meus braços e olhou para mim – me dando um olhar de "Não
brinque comigo" enquanto as pessoas ao nosso redor
sussurravam.

Ele me puxou para um banheiro e trancou a porta,


estreitando os olhos para mim. "Você acha que eu sou
repugnante?"

"Extremamente." Dei um passo atrás. "Eu perdi o


pouco de respeito que eu tinha por você e se você sequer tentar
colocar suas mãos em mim, eu vou gritar."

"Eu não duvido disso." A sombra de um sorriso


roçou seus lábios, mas não permaneceu. "Você não tem aparecido
para trabalhar por quatro dias seguidos. Você acha que só porque
eu transei com você que eu não vou demiti-la?"

"Eu não dou a mínima se você me demitir ou não!


Você já pensou sobre o porquê de eu não ter aparecido para
trabalhar?”

"Incompetência?"

"Você é fodidamente casado! Casado! Como você


pôde –" Eu balancei minha cabeça enquanto ele fechou a distância
entre nós. "Como você pode deixar essa parte de fora?"

"Eu não deixei," disse ele. "E para constar... eu não


sou tecnicamente casado, Aubrey."

"Eu não sou tecnicamente estupida, Andrew."

"Você está tornando muito difícil falar com você


agora..." Seus lábios estavam quase roçando contra os meus.

"Isso é porque você não está fazendo nenhum


sentido, porra." Eu me libertei de suas mãos e me dirigi para a
porta, mas ele me agarrou pelos meus ombros e me bateu contra a
parede.

"É um divórcio litigioso," ele assobiou. "Se você fosse


uma advogada de verdade eu tenho certeza que eu não teria que
explicar o que diabos isso significa, mas desde que você não é –"

"Isso significa que você ainda está legalmente


casado. Isso significa que se você morrer antes de os papéis
ficarem prontos, a sua esposa – que é o que ela é, ainda terá
direito a tudo o que você já possuiu. Isso significa que você é um
MENTIROSO! Um fodido mentiroso, que é aparentemente isento de
suas próprias regras estúpidas e inúteis! "

"Eu assinei." Ele rangeu através de seus dentes. "Ela


se recusou a assinar, e há um monte de merda complicada que eu
não tenho vontade de discutir, mas nós estamos separados e fora
de contato por mais de seis anos. Seis. Anos."

Dei de ombros e tentei colocar a minha melhor cara


impassível, ignorando o fato de que o meu coração estava pulando
a cada batida enquanto ele enxugava minhas lágrimas com o
polegar.

"Eu nunca menti para você, Aubrey," disse ele


severamente. "Você me perguntou antes se eu já menti para você e
a resposta ainda é a mesma. Eu não falo sobre minha vida antes
de Durham com ninguém, mas sim, eu uma vez tive uma esposa e
ela apareceu no meu escritório por conta própria. Eu não a
chamei, eu nunca vou, e eu não tenho ligado para ela desde que
eu saí de Nova York. Nosso caso é extremamente complicado e eu
prefiro não pensar nisso.”

"Eu não me importo," eu disse. "Você ainda está


errado. Você ainda negligenciou em me dizer sobre ela por seis
meses. Seis. Meses!"

"Em que ponto que eu deveria trazer essa merda a


tona?" Seu rosto ficou vermelho. "No meio da nossa foda por
telefone? Quando eu estava implorando a sua bunda mentirosa
para me conhecer pessoalmente? Quando eu estava, sem saber,
ajudando-a com a porra da sua lição de casa?"
"Que tal antes que você me fodesse?" Eu odiava o
fato de que ficar perto dele puxava emoções fora de mim. Eu não
conseguia fingir agir indiferente mesmo se eu tentasse. "Que tal?"

Ele apertou a mandíbula, mas ele não disse uma


palavra.

"Isso é o que eu pensei," eu disse, sabendo que eu


tinha ganhado isso. "Agora, eu tenho certeza que você e seu
adorável encontro com seios tamanho D tem um quarto reservado
do outro lado da rua, por isso, se você não se importa –"

"Não há nada acontecendo entre mim e minha futura


ex-mulher," disse ele asperamente. "Nada. E eu tenho um quarto
reservado do outro lado da rua. Eu tive o mesmo quarto reservado
pelas últimas quatro noites com quatro mulheres diferentes, mas
eu fui incapaz de transar com qualquer uma delas, porque eu não
consigo parar de pensar em minha incompetente-besta-estagiária
e como eu só quero transar com ela.”

Silêncio.

"Você..." Eu balancei minha cabeça. "Você


honestamente acha que dizer merda como essa é excitante?"

"Sim..." Ele arrastou seus dedos por baixo do meu


vestido, levemente escovando seu polegar contra a virilha da
minha calcinha molhada. "E, aparentemente, você também..."

"Eu estar molhada apenas significa que eu não posso


controlar a reação do meu corpo a você. Isso não significa que eu
quero fazer sexo com você. Eu te odeio."
"Eu tenho certeza que você não odeia." Ele deslizou
sua mão na minha cintura e me puxou para perto – fazendo
minha respiração diminuir.

"Tire suas mãos de mim..."

"Diga isso de forma mais convincente e eu vou." Ele


esperou por meu pedido, erguendo a sobrancelha, mas eu não
conseguia me fazer dizer essas palavras.

Ficamos olhando um para o outro durante vários


minutos, deixando aquela tensão crua e palpável construir entre
nós antes de eu finalmente quebrar o silêncio.

"Eu acho que você deveria voltar para o seu


encontro..." Minha voz era um sussurro. "Você já disse tudo o que
tinha para dizer... O que mais você poderia querer de mim?"

"Nesse momento?" Ele arrastou seu dedo contra a


minha clavícula.

"Em geral..." Eu virei meu rosto antes que ele


pudesse me beijar. "Eu nunca vou dormir com você de novo, eu
vou formalmente me demitir até o final da semana, e eu acho que
nós precisamos acabar com nossa ‘chamada’ amizade
definitivamente."

"Você quer dizer isso?" Ele sussurrou.

"Sim, eu quero dizer isso." Eu ignorei a sensação de


sua mão apertando a minha bunda. "Eu quero ser amiga de
alguém que esteja interessado em mais do que minha buceta."

"Eu estou interessado em sua boca, também."


Eu não tinha resposta para isso, e ele deve ter
percebido isso, porque ele apertou ainda mais na minha cintura.

"Eu sei como é difícil para você dizer a verdade," ele


disse suavemente, "então eu preciso que você seja completamente
honesta, quando eu lhe fizer estas próximas perguntas. Você pode
fazer isso?”

Eu concordei com a cabeça, sem fôlego, e ele se


inclinou mais perto de meus lábios. "Você não gosta de me foder?"

"Essa não é a questão."

"Essa não é a resposta. Diga-me.”

Eu ignorei a batida forte no meu peito. "Eu me


divirto..."

"Você vai realmente se demitir?" Ele me beijou.

"Não... Eu somente –" Eu puxei uma respiração


enquanto sua mão segurava meu seio direito e o apertava. Forte.

"Você somente o quê?"

"Eu quero ser transferida para outro advogado, e eu


não quero vê-lo mais do que eu tenho..."

Ele me olhou nos olhos por um longo tempo, sem


dizer uma palavra quando ele finalmente me deixou ir. "É assim
que você realmente se sente?"

"Visto que eu sou a única entre nós que realmente


sente alguma coisa, sim. Sim, é assim que eu realmente me sinto
sobre você."

Ele piscou. Então de repente ele me puxou de volta


para os seus braços e esmagou seus lábios nos meus.
"Por que você é uma baita mentirosa fodida,
Aubrey?" Ele assobiou. Empurrando-me contra a pia, ele mordeu
meu lábio inferior e arrancou a tiara emplumada do meu cabelo.

Mantendo seus lábios nos meus, ele empurrou meu


vestido até minha cintura – rasgando minha calcinha com um
puxão.

"Andrew..." Eu tentei recuperar o fôlego enquanto ele


me pegava e me colocava sobre a pia. "Andrew, espere..."

"Pelo o quê?" Ele pegou minha mão e colocou-a sobre


seu cinto, me dizendo para desata-lo.

Eu não lhe respondi. Eu deslizei meus dedos por


baixo do clipe de metal e soltei-o quando ele pressionou sua boca
contra o meu pescoço.

Arrastando sua língua contra a minha pele, ele


sussurrou: "Você não sentiu falta de mim fodendo-a?"

"Foi somente duas vezes." Eu puxei uma respiração


enquanto suas mãos acariciavam minhas coxas. "Não o suficiente
para sentir falta de alguma coisa..."

Ele me mordeu duramente e recostou-se, olhando


para mim.

Minha respiração ficou presa na minha garganta


quanto ele deslizou dois dedos dentro da minha buceta e
provocativamente os moveu dentro e fora.

"Parece que você sentiu falta de me foder..." Ele


empurrou seus dedos tão profundo quanto eles podiam ir,
fazendo-me gemer baixinho.
Eu arqueei minhas costas enquanto ele acariciava
meu clitóris com o polegar.

De repente, ele tirou os dedos de dentro de mim e


trouxe-os até seus lábios, lambendo-os lentamente. "Tem sabor
como se você sentisse falta de me foder também." Ele apertou
outro dedo contra o meu clitóris molhado latejante e, em seguida,
ele trouxe para o meu rosto – colocando-o contra os meus lábios.
"Abra sua boca."

Eu lentamente deixei meus lábios entreabertos, e ele


estreitou os olhos enquanto ele deslizava o dedo contra a minha
língua. Senti seu pau esfregar contra a minha coxa, o senti
usando a outra mão para envolver a minha perna em volta de sua
cintura.

"Diga-me que você não quer transar comigo," disse


ele. "Que você não quer que eu enterre meu pau dentro de você
agora."

Ele agarrou meu rosto e apertou seus lábios contra


os meus, pegando meu lábio inferior em sua boca com os dentes.

Eu estava deslizando para fora da borda do balcão,


prestes a cair, mas de repente ele me pressionou de volta contra o
espelho.

Eu mantive meus olhos fixos nos dele enquanto ele


desembrulhava um preservativo; ele o colocou e olhou para mim
com a mesma expressão de raiva que ele estava mostrando a noite
toda.
Ele agarrou-me pelos meus tornozelos e me puxou
para frente, deslizando seu pau em mim, quando minhas pernas
envolveram sua cintura.

Minhas mãos agarraram seu pescoço quando ele


bateu em mim de novo e de novo.

"Eu senti falta de foder você," ele murmurou,


enfiando os dedos no meu cabelo e puxando minha cabeça para
trás. "Mas você não pensou em mim de modo algum?"

"Ahhh!" Eu gritei quando ele acelerou seus impulsos.


Apertei minhas pernas em volta dele com mais força, tentando o
meu melhor para não ceder.

Fechei os olhos e o ouvi dizer meu nome – ofegante,


"Porra, Aubrey... Foda-se..."

"Coloque suas mãos sobre o balcão..." ele ordenou,


mas eu o ignorei e apertei meu aperto em seu pescoço.

"Aubrey..." Ele mordeu meu ombro novamente, ainda


me fodendo mais duro do que nunca. "Coloque suas mãos sobre o
balcão. Agora."

Eu lentamente soltei minhas mãos em torno dele e


baixei-as ao meu lado – segurando em cima do balcão frio. A
próxima coisa que eu senti foi a sua língua rodando em volta dos
meus mamilos, chupando meus seios rudemente.

Segurei o balcão mais forte quando seus beijos se


tornaram mais vorazes – mais possessivos, e quando ele me fodeu
mais e mais duro eu senti-me à beira de perder o controle.

"Andrew..." eu gemi. "Andrew..."


Ele soltou meu mamilo de sua boca e deslizou as
mãos por baixo de minhas coxas, me pegando e fixando minhas
costas contra a parede.

"Eu sei que você ama o jeito que eu te fodo,


Aubrey..." Ele olhou nos meus olhos, forçando seu pau ainda mais
fundo em minha buceta. "E eu sei que você se tocou todas as
noites desta semana, desejando que fosse o meu pau dentro de
você, em vez de seus dedos."

Meu clitóris pulsava com cada palavra sua, e eu


estava mais molhada do que eu já estive em minha vida.

"Diga-me que é verdade..." Ele apertou seus lábios


contra os meus e enfiou a língua na minha boca – abafando os
meus gemidos com um beijo implacável com raiva. "Finalmente,
me diga uma coisa que seja verdade, porra..."

Tremores viajaram para cima e para baixo da minha


espinha, e eu estava a segundos de distância de gozar, mas ele
não deixaria minha boca ir.

Ele ainda estava me beijando – me encarando,


pedindo-me para dizer-lhe a verdade.

Eu balancei a cabeça, esperando que ele pudesse ler


meus olhos e ver que eu precisava que ele me soltasse, eu
precisava ser capaz de respirar.

Ele bateu em mim uma última vez – acertando o meu


ponto, e eu consegui afastar minha boca da sua.

"Simmmm!" Minha cabeça caiu para frente em seu


ombro e eu ofegava por ar.
"Aubrey..." Ele agarrou minha cintura até que ele
parou de tremer.

Quando nós dois voltamos, havia alguns golpes


aleatórios na porta, alguns "Tem alguém aí?", mas ambos
permanecemos em silêncio e sem fôlego.

Minutos mais tarde, quando sua respiração parecia


estar sob controle, ele saiu de mim – olhando nos meus olhos. Ele
jogou fora o preservativo na lata de lixo atrás dele e puxou a calça.

Eu vi quando ele se ajeitou no espelho, enquanto


alisava tudo tão bem que ninguém jamais saberia que ele acabou
de foder a merda fora de mim.

Eu deslizei para fora da pia e olhei para o meu


próprio rosto – bochechas coradas, cabelo selvagem, rímel
escorrendo – e puxei minhas alças de sutiã por cima do meu
ombro. Antes que eu pudesse puxar para cima as alças do meu
vestido, Andrew afastou a minha mão e puxou-as para mim.

Nossos olhos se encontraram no espelho enquanto


ele alisava meu cabelo, e por uma fração de segundo, ele virou-se
e pegou a minha bandana. Ele segurou-a delicadamente sobre a
minha cabeça e colocou-a no lugar, e então ele se afastou.

"Você sabe, é rude simplesmente deixar alguém


depois do sexo sem dizer nada," eu murmurei.

"O quê?" Sua mão estava na maçaneta da porta.

"Nada."

"O que você disse?" Ele inclinou a cabeça para o


lado. "Eu não sou um leitor de mente."
"Eu disse que é rude apenas sair depois de me foder.
Você poderia pelo menos dizer alguma coisa, qualquer coisa.”

"Eu não faço conversa de travesseiro."

"Não é conversa de travesseiro." Eu zombei. "É parte


de ser um cavalheiro."

"Eu nunca disse que eu era um cavalheiro."

Eu suspirei e me virei. Eu esperei para ouvir a porta


se fechar, mas suas mãos estavam de repente na minha cintura e
ele estava me girando para encará-lo.

"O que eu devo dizer depois que eu te foder, Aubrey?"

"Você poderia perguntar se foi bom para mim ou


não..."

"Eu não acredito em fazer perguntas inúteis." Ele


olhou para seu relógio. "Quanto tempo você tem que ficar aqui?"

"Outra hora mais ou menos."

"Hmmm." Ele estava quieto. "E enquanto você estava


perseguindo a mim e meu encontro quantas doses você tomou?"

"Eu não estava perseguindo você e seu encontro. Eu


tenho te evitado a semana toda, ou você ainda não percebeu? "

"Quantos?"

"Cinco."

"Tudo bem." Ele colocou uma mecha de cabelo atrás


da minha orelha. "Eu vou te levar para casa quando você estiver
pronta e terei alguém para entregar seu carro em seu apartamento
amanhã." Ele deu um beijo na minha testa antes de se dirigir para
a porta. "Apenas me ligue."

"Espere," eu disse quando ele abriu. "E sobre o seu


encontro?"

"O que tem ela?"

***

Uma hora depois, eu entrei no carro de Andrew – um


elegante Jaguar preto. Ele segurou a porta aberta até que eu
estivesse confortável, e esperou até que eu colocasse meu cinto de
segurança antes de fecha-la.

Em seu painel, eu vi uma pasta vermelha com um


selo do estado de Nova York ao centro. Eu peguei, mas Andrew
imediatamente tirou de mim e a trancou dentro de seu porta-
luvas.

Ele parecia ofendido que eu toquei nisso, mas ele


rapidamente se afastou de mim e acelerou o carro.

"Posso te perguntar uma coisa, Andrew?"

"Depende do que seja."

"Eu pesquisei você no Google esta semana e nada


apareceu..."

"Isso não é uma pergunta."

"Por que não surgiu nada?" Eu olhei para ele.


"Porque eu tenho trinta e dois anos de idade e eu não
perco o meu tempo no Facebook e no Twitter."

Eu suspirei. "E você realmente não tem falado com


ela em seis anos?"

"Desculpe-me?" Ele olhou para mim quando nos


aproximamos de um sinal vermelho. "Eu pensei que nós
tivéssemos resolvido isso no banheiro."

"Nós fizemos, mas –" Eu limpei minha garganta.


"Você entrou com pedido de divórcio, e isso não podia prosseguir?"

"É preciso duas pessoas para completar um divórcio,


Aubrey. Certamente você sabe disso.”

"Sim, mas..." Eu ignorei o fato de que ele estava


apertando sua mandíbula. "Não seria mais fácil para alguém como
você fazer isso acontecer? Seis anos é um tempo muito longo para
ficar casado com alguém que você diz que não ama mais, então –"

"Você ficaria surpresa com o quão bem algumas


pessoas podem inventar a porra de uma mentira para conseguir o
que querem," disse ele, sua voz fria. "Meu passado não está em
discussão."

"Nunca?"

"Nunca. Não tem nada a ver com você.”

Inclinei-me para trás no banco, cruzando os braços.


"Você alguma vez vai me dizer a razão pela qual você deixou Nova
York e mudou-se para Durham?"

"Não."

"Por que não?"


"Porque eu não preciso." Ele conduziu o carro para o
meu apartamento. "Porque, como eu disse a você uma hora atrás,
essa parte da minha vida nunca aconteceu."

"Eu não vou contar a ninguém. Eu só –"

"Pare com isso." Ele me encarou quando ele parou o


carro, e eu pude ver um mundo de dor em seus olhos. Foi o mais
vulnerável que eu já o tinha visto.

"Eu perdi algo muito especial em Nova York há seis


anos." Havia pesar em sua voz. "Algo que eu nunca vou ter de
volta, algo que eu passei os últimos seis anos tentando esquecer, e
se está tudo bem com você eu gostaria que chegasse ao ano sete."

Eu abri minha boca para pedir desculpas, mas ele


continuou a falar.

"Eu não tenho certeza se eu fiz isso evidente nos


últimos seis meses ou não," disse ele, "mas eu não sou o tipo de
'sentar-me e falar sobre meus sentimentos'. Eu não estou
interessado em conversas profundas, e só porque eu a fodi mais
do que uma vez e eu não consigo tirar você ou a sua boca da
minha mente, isso não lhe dá direito a coisas que eu não disse a
ninguém."

Eu imediatamente soltei o cinto de segurança e abri


minha porta, mas ele agarrou meu pulso antes que eu pudesse
sair.

"Eu quis dizer o que eu disse há alguns meses,


Aubrey..." Ele segurou meu queixo e inclinou a cabeça em direção
a ele. "Você é minha única amiga nessa cidade, mas você tem que
entender que eu não estou acostumado a ter amigos. Eu não
estou acostumado a falar sobre merda pessoal, e eu não vou
começar agora.”

Silêncio.

"Se você não vai se abrir para mim, qual o incentivo


que eu tenho para continuar a ser sua pseudo amiga?"

Ele não disse nada por alguns segundos, mas então


ele sorriu. "Suba no meu colo e deixa eu te mostrar."

"Isso é uma piada?"

"Estou rindo?"

"Você realmente acha que pode simplesmente exigir


que eu faça sexo com você sempre que você quiser?" Eu levantei
minha sobrancelha. "Especialmente desde que você acabou de
dizer que você nunca vai ser tão aberto sobre sua vida pessoal?"

"Sim." Ele soltou o cinto de segurança. "Suba no meu


colo."

"Você sabe..." Eu olhei para baixo, percebendo seu


pênis lentamente endurecendo através de sua calça. "Eu deixei
deslizar algumas coisas nas últimas vezes que tivemos relações
sexuais, mas eu tenho que te dizer..." Eu mordi meu lábio quando
eu saí do carro. "Eu realmente não curto a merda de homem das
cavernas possessivo."

Ele estreitou os olhos para mim quando peguei


minha bolsa e recuei.

"Eu acho que nós precisamos dar ao seu pênis um


descanso, você não acha?" Cruzei os braços. "Você tem uma
audiência muito grande na semana que vem. Você não precisa
guardar toda a sua energia para que você possa estar mais bem
preparado? "

"Volte para o maldito carro, Aubrey..." Sua voz estava


tensa.

"Você está me pedindo?"

"Eu estou ordenando você."

"Você não ouviu o que eu acabei de dizer?"

Ele não respondeu. Ele estendeu a mão para o meu


lado, mas eu fechei a porta.

"Vejo você amanhã, Sr. Hamilton." Eu sorri e me


afastei.
Responsabilidades legais por seus atos ou omissões.

Havia apenas uma coisa em Durhan, que não tinha


qualquer comparação com Nova York: Tribunal. Os advogados de
Nova York realmente levavam seus trabalhos a sério. Eles liam
atentamente suas pesquisas durante toda a noite, poliam suas
defesas à perfeição, e apresentavam seus casos com orgulho.

Em Duhran, “advogados” não faziam uma merda, e


em momentos como este – quando eu estava ouvindo uma jovem
e inexperiente promotora envergonhar a si mesma, eu quase
sentia falta daqueles dias.

Então, novamente, eu não estava prestando muita


atenção ao processo hoje. Eu estava muito ocupado pensando
sobre Aubrey e quantas vezes tínhamos fodido em meu escritório
esta manhã.

Nós dissemos nossas habituais saudações, “Bom dia,


Sr. Hamilton,” “Olá, Senhorita Everhart” e trancamos nossos olhos
enquanto ela colocava meu café para baixo. Ela abriu sua boca
sedutora para dizer outra coisa, mas a próxima coisa que eu
soube, minhas mãos estavam em seu cabelo e eu estava puxando
sua sexy bunda contra a minha mesa.

Eu estava batendo impiedosamente nela por trás


enquanto eu massageava seu clitóris, e quando ela caiu no meu
tapete, eu espalhei suas pernas e devorei sua buceta.

Eu era completamente insaciável quando se tratava


de Aubrey, e estar perto dela por mais de cinco segundos foi o
suficiente para me enviar sobre a borda.

Não havia nem propósito em contar quantas vezes


havíamos fodido mais...

"Como você pode ver..." A voz da promotora de


repente cortou meus pensamentos. "Senhoras e senhores do júri,
todas as provas que eu apresentei irão provar –”

“Objeção!” Eu tive o suficiente dessa merda.


“Meritíssima, da última vez que eu ouvi, essa era uma audiência
probatória, não um julgamento. Por que a Srta. Kline está
autorizada a dirigir-se a um júri não existente?

A juíza tirou os óculos e balançou a cabeça. "Srta.


Kline, tão hesitante como estou a concordar com o Sr. Hamilton,
ele tem um ponto. Você terminou com a apresentação de provas?
Salvo uma declaração final para o júri?"

"Eu terminei, Meritíssima," disse ela, estufando o


peito como se tivesse apenas apresentado o caso do século.
"Mr. Hamilton..." A juíza olhou na minha direção.
"Você se importa de me surpreender hoje refutando qualquer das
provas apresentadas?"

"Não, Meritíssima." Esta audiência foi uma perda de


tempo, e ela sabia disso, tão bem quanto eu.

"Eu vejo." Ela colocou os óculos novamente. "O relato


mostra que, embora a promotoria tenha apresentado uma coleção
persuasiva e bastante grande de provas, é decisão deste tribunal
que isso não é o suficiente para justificar um julgamento." Ela
bateu seu martelo e se levantou.

Senhorita Kline se aproximou de mim e estendeu a


mão. "Então, eu vou apresentar um recurso, obter mais provas, e
vê-lo sobre este assunto novamente em breve, certo?"

"Você está me perguntando ou você está me


dizendo?"

"O seu cliente cometeu o mais alto grau de fraude,


Sr. Hamilton." Ela cruzou os braços. "Alguém tem que pagar por
isso."

"Ninguém nunca vai, se você se mantiver em cima


disso, não é?" Eu coloquei meus arquivos na minha pasta. "Eu
estarei esperando sua próxima jogada. E sim, você deve arranjar
mais evidência já que a juíza determinou claramente que o que
você tem não era suficiente.”

"Então, isso significa que eu devo recorrer? Você


acha que eu poderia ganhar esta coisa?"

"Eu acho que você poderia voltar para a faculdade de


direito e fodidamente prestar atenção." Eu zombei. "Ou isso, ou
fazer aos seus clientes um favor e encontrar-lhes um advogado
melhor."

"Você quer dizer alguém como você?"

“Não há ninguém como eu." Eu deslizei um óculos


escuro sobre meus olhos. "Mas qualquer um seria melhor do que
você."

"Você é sempre tão rude com seus adversários, Sr.


Hamilton?" Ela abriu um sorriso. "Quer dizer, eu ouvi histórias,
mas você é realmente –”

"Realmente o quê?"

"Intrigante." Ela se aproximou. "Você é realmente


intrigante."

Eu pisquei e olhei para ela. Se eu a conhecesse no


Date-Match, ela poderia ter sido digna de uma noite, mas eu
nunca misturava negócios com prazer.

Pelo menos, eu não costumava fazer.

“Eu não tenho certeza se você está saindo com


alguém ou não,” ela disse, baixando sua voz. “mas eu acho que
você e eu temos muito em comum, e –”

“O que exatamente é que temos em comum, Srta.


Kline?”

“Bem...” Ela se aproximou ainda mais e esfregou


meu ombro. “Nós dois estávamos olhando um para o outro
durante a audiência, ambos temos carreiras de alto perfil, e
ambos temos uma paixão pelo direito – uma paixão que poderia
claramente ser transferida para outras coisas.” Ela lambeu os
lábios. “Certo?”

Eu dei um passo para trás. "Senhorita Kline, eu


estava olhando para você durante a audiência, porque eu estava
tentando compreender como alguém poderia mostrar-se ao
tribunal e ser tão despreparada, não profissional, e totalmente
irritante. Nós dois temos carreiras de alto nível, mas se você
continuar a apresentar casos como o que você apresentou hoje, eu
estarei lhe entrevistando para uma posição de secretária na minha
empresa nos próximos seis meses." Eu ignorei o seu ofegar. "E se
a sua paixão pelo direito é qualquer coisa parecido com a maneira
que você fode, então você e eu não temos absolutamente nada em
comum."

"Você..." Ela balançou a cabeça, dando um passo


para trás, seu rosto ficou vermelho. "Você realmente disse isso
para mim?"

“Você realmente acabou de me propor sexo?”

“Eu simplesmente estava sondando – vendo se você


estava interessado em sair.”

“Eu não estou,” eu disse – percebendo que eu não


estava nem um pouquinho excitado. “Eu estou livre para deixar a
sala do tribunal agora ou você gostaria de me sondar para outra
coisa?”

“Você é um idiota!” Ela virou-se e pegou sua maleta


do chão. “Você sabe, para o bem dos seus clientes, eu espero que
você seja bem mais gentil.” Ela proferiu quando deixou a sala.
Eu queria dizer a ela que eu, na verdade, não era
mais agradável com meus clientes. Eu não aturava merda de
ninguém, e já que eu não tinha perdido um único caso desde que
mudei para Durhan, eu não precisava.

Olhando para meu relógio, eu decidi esperar alguns


minutos antes de sair. Eu não queria esbarrar nela no
estacionamento, e desde que os outros tribunais restantes
interromperam para o almoço, eu decidi que eu iria esperar um
pouco.

Enfiei minha mão no meu bolso e sorri para o tecido


rendado que roçou na minha mão esquerda. Puxando-a para fora,
eu sorri para o fio dental preto de Aubrey desta manhã.

Eu peguei meu telefone da minha maleta para enviar


uma mensagem a ela sobre isso. Mas ela tinha me enviado um e-
mail primeiro.

Assunto: Fetiche Calcinha Molhada.

Eu não tenho certeza se você já percebeu que eu


deixei o meu fio dental no seu bolso, mas eu quero que você
saiba que eu fiz isso para o seu próprio bem, e que seu
segredo está seguro comigo.

Desde que você me fodeu no banheiro na galeria


de arte, eu notei que você tem uma tendência a encarar a
minha calcinha antes de retirá-las.

Você corre seus dedos através delas, retira-as


com os seus dentes, e então você as encara novamente. Não
tenho nenhum problema de continuar a satisfazer o seu
fetiche de calcinha. Tenho certeza que você as coloca sobre o
seu rosto à noite, e se você precisar de mais fique à vontade
para me avisar.

Aubrey

Assunto: Re: Fetiche Calcinha Molhada.

Eu notei que você colocou o seu fio dental no


meu bolso esta manhã. Tenho notado que você tem feito isso
durante toda a semana.

Ao contrário de suas suposições infundadas e


bobas, eu não tenho um fetiche de calcinha e eu não durmo
com elas sobre o meu rosto de noite.

Eu, no entanto, tenho um novo fetiche pela sua


buceta, e se você estiver interessada em me deixar dormir
com ISSO no meu rosto durante a noite, não hesite em me
avisar.

Andrew

Eu esperei por uma resposta – observando minha


tela por vários minutos, mas então eu percebi que era quarta-feira
e ela não iria ver o meu e-mail até mais tarde.

Eu fiz meu caminho para fora e entrei em meu carro.


Eu não tinha vontade de voltar para a firma – meus casos estavam
terminados para o dia, e era muito cedo para ir para casa.

Acelerando meu carro, eu desci a ladeira da rua á


procura de um bar decente. Quando eu estava contornando a
escola de direito, eu notei o estúdio de dança de Duke do outro
lado da rua.

Eu não tinha certeza do que deu em mim, mas eu fiz


uma curva à direita e entrei no estacionamento. Eu segui os sinais
que diziam "Estúdio de dança" e estacionei em frente.

Havia um sinal sobre as portas duplas do auditório


onde se lia "Ensaios Privados: Somente Dançarinos," mas eu
ignorei. Segui o som fraco de teclas de piano e cordas de violino e
abri a porta para um teatro colossal.

Luzes brilhantes projetavam-se diretamente sobre o


palco, e dançarinos vestidos todos de branco estavam girando.
Antes que eu pudesse retornar aos meus sentidos e me fazer sair,
eu vi Aubrey na frente.

Vestindo a mesma tiara de penas que usava na


galeria de arte, ela estava sorrindo mais amplo do que eu já tinha
a visto sorrir antes – dançando como se não existisse mais
ninguém na sala. Havia um brilho em seus olhos que eu nunca vi
enquanto ela estava na GBH, e embora eu não soubesse nada
sobre balé, era extremamente claro que ela era a melhor
dançarina no palco.

"Estenda, Srta Everhart! Estenda!" Um homem de


cabelos grisalhos entrou no palco, gritando. "Mais! Mais!"

Ela continuou dançando – esticando os braços para


fora mais longe, estendendo as mãos. "Não! Não! NÃO!" O homem
bateu o pé. "Parem a música!"

O pianista parou imediatamente e o diretor entrou


na frente de Aubrey.
"Você sabe quais são as características do cisne
branco, senhorita Everhart?" Ele questionou.

“Sim.”

"Sim?" Ele parecia ofendido.

"Sim, Sr. Petrova." Ela ficou parada.

"Se é assim, por que você não ilumina a todos nós


sobre quais são essas características especiais...”

“Luz, graciosidade, elegância –”

“Elegância!” Ele bateu o pé novamente. "O cisne


branco é tudo sobre movimentos suaves, gentis... Seus braços são
bem equilibrados, graciosos." Ele agarrou seu cotovelo e puxou-a
para frente. "Seus braços estão instáveis, duros, e você está
dançando como um pombo quebrado!"

Suas bochechas avermelharam, mas ele continuou.

“Eu quero um cisne, Senhorita Everhart, e se você


não está pronta para o papel – se o seu coração está em outro
lugar, como aquela outra graduação que você tem, faça-me um
favor e me deixe saber para que eu possa preparar outra pessoa
para o papel.”

Silêncio.

"Vamos tentar isso de novo!" Ele deu um passo para


trás. "Na minha contagem, comece a música desde a segunda
estrofe…"

Debrucei-me contra a parede, observando Aubrey


dançar sem esforço novamente e fazer todo mundo parecer
amador. Eu assisti até que eu não podia assistir mais, até que o
seu velho diretor viu a minha sombra e gritou com "o intruso
maldito" para sair.

***

Mais tarde naquela noite, eu entrei na cozinha e


peguei uma garrafa de bourboun – servindo a mim mesmo uma
dose. Eram duas da manhã e eu estava além de inquieto.

Eu não tinha sido capaz de dormir desde que eu


cheguei em casa e encontrei uma nota de Ava em minha porta.
“Eu não vou embora até nós conversarmos. Ava.”

Eu tinha enrolado e jogado no lixo, me perguntando


quem na GBH havia sido estupido o suficiente para dar meu
endereço.

Quando eu joguei a dose para baixo, meu telefone


tocou.

“São duas da manhã.” Eu assobiei, o segurando na


minha orelha.

“Um...” Houve uma pequena pausa. “Eu posso falar


com um... Um Senhor Hamilton, por favor?”

“Esse é ele. Você não me ouviu dizer que horas são?”

“Eu sinto muito, Sr. Hamilton.” Ela limpou a


garganta. “Sou Glória Matter do conselho de liberdade condicional
de Nova Iorque. Eu sinto muito ligar para você tão tarde, mas eu
não queria dormir até que eu retornasse sua pergunta da semana
passada.” Ela disse. “O preso sobre o qual você ligou, não é mais
um preso. Ela foi solta recentemente e agora está em condicional.”

"Estou ciente de que ela está em liberdade


condicional." Eu derramei outra bebida. "No entanto, eu tenho
certeza que deixar o estado é uma violação direta dos termos.
Nova Iorque está suave com o crime agora? Vocês deixam
infratores anteriores percorrer o mundo como eles querem?"

“Não, Senhor, mas eu chequei com o oficial dela está


manhã. Também verifiquei seu monitor no minuto em que
recebemos sua ligação, ela ainda está no estado... Eu devo avisá-
lo que nós não levamos gentilmente falsos comunicados, Sr.
Hamilton. Se isso é algum tipo de –”

“Eu sei o que eu vi, porra.” Eu fervia. “Ela esteve


aqui.” Eu desliguei. Eu não me importava o suficiente para pensar
sobre Ava agora.

Eu fui para o meu quarto e deitei contra os lençóis,


esperando que esta segunda rodada de álcool fosse funcionar
melhor do que a primeira.

Fiquei ali deitado por uma hora, observando os


segundos no meu relógio mudarem, mas o sono não veio e
pensamentos de Aubrey começaram a encher minha mente. Eu
estava pensando sobre as coisas que ela me disse quando nós nos
encontramos pela primeira vez, as coisas que ela me contou sobre
sua vida sexual, e eu tive a súbita vontade de ouvir a voz dela.

Eu rolei e empurrei para baixo até seu nome.

“Alô?” Ela atendeu no primeiro toque. “Andrew?”

“Por que você nunca chupou um pau antes?”


“O que?” Ela engasgou. “Que tal ‘Bom dia, Aubrey.
Você está acordada?’ Que tal perguntar essas coisas antes?”

“Olá, Aubrey.” Revirei meus olhos. “Você está


claramente acordada, então vou ignorar essa pergunta
desnecessária. Por que você não chupou um pau antes?”

Ela ficou em silêncio.

“Eu preciso dirigir até seu apartamento e fazer você


responder a pergunta pessoalmente?"

"Você está realmente precisando dessa informação às


três da manhã?"

"Desesperadamente," eu disse. "Responda a


pergunta."

"Era apenas algo que eu nunca quis fazer." Havia


folhear de papéis ao fundo. "Um dos caras que eu costumava
namorar me pedia para fazer para ele de vez em quando – para
retribuir, mas eu só... Eu não gostava dele o suficiente para fazê-
lo."

“Hmmm”

Silêncio.

Nós não tínhamos tido uma conversa de telefone real


desde a última vez que tivemos sexo por telefone, pouco antes de
eu descobrir que seu nome verdadeiro era Aubrey e não Alyssa.

"Você estava pensando em mim?" De repente, ela


perguntou.

"O quê?"
"Você estava pensando em mim?" Ela repetiu. "Você
nunca me ligou tão tarde antes. Você está solitário?"

"Estou com tesão."

Ela soltou uma risada suave. "Você gostaria que eu


lhe dissesse o que estou vestindo?"

"Eu já sei o que você está vestindo."

"Oh, sério?"

"Sim, sério." Eu coloquei uma mão por trás da minha


cabeça. "É quarta-feira, o que significa que você tinha ensaio até à
meia-noite, o que significa que você foi para casa e tomou banho e
colocou imediatamente os seus pés em uma banheira de gelo, sem
colocar qualquer pijama."

Ela respirou fundo.

"E do jeito que você está respirando agora, eu acho


que você ainda está nua, e a razão que você atendeu a minha
chamada ao primeiro toque é porque você quer tocar-se com o
som da minha voz."

Outra lacuna de silêncio.

"Estou errado?" Perguntei.

"Não..." Sua voz era baixa. "Eu não acho que você
esteja com tesão agora, embora."

"Confie em mim. Eu estou."

"Talvez, mas eu acho que você me ligou, porque você


gosta de mim – porque você quer ouvir a minha voz, uma vez que
não nos falamos ao telefone por um tempo."
"Eu liguei para você, porque meu pau está duro e eu
quero fazer você gozar pelo telefone."

Ela riu de novo. "Então, você não gosta de mim?"

“Eu gosto da sua buceta.”

“Então as rosas brancas e a nota ‘Ele só está


gritando com você porque sabe que você é a melhor. Não o deixe te
atingir.’ que estava no capo de meu carro hoje não eram suas?”

Eu desliguei.
A retirada legal de uma promessa ou oferta de
contrato.

“Como você acha que devemos proceder com o


cliente, Harriet?” Eu me inclinei na minha cadeira na noite
seguinte, temendo minhas horas exigidas de ‘Deixe os Estagiários
Ajudarem com um caso por Mês’.

"Um, o Sr. Hamilton..." Ela girou uma mecha de


cabelo em torno de seu dedo. "Meu nome é Hannah."

"Mesma coisa," eu disse. "Como você acha que


devemos prosseguir com este caso?"

"Nós poderíamos colocar sua ex-mulher no banco de


testemunhas. Ela poderia atestar seu caráter."

"Eles foram casados por trinta dias." Revirei os olhos


e olhei para o estagiário sentado ao lado dela. "E isso foi há dez
anos. Bob, o que você tem?"

"É... É, na verdade, Bryan".

"É o que eu digo que é. O que. Você. Tem?"


"Eu estava fazendo uma pesquisa sobre o seu
passado e ele aparentemente foi repreendido por invadir o firewall2
de sua universidade em seu último ano. Poderíamos começar lá e
construir um caso em torno de seu passado de anarquia...”

Eu suspirei. "Ele é nosso cliente, Bryan. Por que nós


intencionalmente o faríamos parecer mal?”

Ele piscou.

Virei-me para o último estagiário na sala, uma


morena pequena. "O que você sugere?"

"Você não vai tentar adivinhar o meu nome?" Ela


sorriu.

"Eu apenas percebi que você não era o meu zelador


hoje. O que você tem?"

"Isso." Ela deslizou uma pasta sobre a mesa. "Se nós


estamos tentando provar que ele não cometeu uma violação das
políticas de sua empresa, quando ele tirou suas ações iniciais,
poderíamos usar este caso como uma referência."

Eu abri a pasta, lendo a primeira linha de um caso


que não somente tinha mais de cem anos de idade, mas que tinha
sido anulado pelo Supremo Tribunal décadas atrás.

"Vocês todos fumaram as mesmas drogas antes de


suas entrevistas?" Eu balancei minha cabeça. "Vocês estão na
faculdade de direito. A alguns anos de potencialmente ter o futuro
de alguém em suas mãos e este é o tipo de merda que vocês
trazem?"

2
Programa de segurança.
"Com todo o respeito, Sr. Hamilton..." Bryan falou.
"Existe mesmo uma resposta correta para esta pergunta? Quero
dizer... Este é um daqueles ha-ha este foi apenas um teste para
ver como suas mentes trabalham as coisas? Existe realmente uma
resposta?”

"Sim." Eu me levantei.

"Sério? Qual é?"

"É ir para casa, porra." Eu comecei a empilhar os


meus papéis. "Todos vocês. Agora."

"Mas –"

"Agora." Eu olhei para eles, esperando até que todos


eles saíssem da sala.

No segundo que eu estava sozinho eu deixei escapar


um suspiro e sentei-me novamente. Era melhor deixar Jessica me
ajudar neste caso. Ela não sabia nada sobre a lei, mas eu tinha
certeza que ela iria pelo menos tentar.

"Sr. Hamilton, eu..." Aubrey entrou na sala com uma


xícara de café. "Onde foi todo mundo?"

"Casa." Peguei a xícara dela, frustrado. "Você está


livre para ir, também."

"Você algum dia vai me dar formalmente a minha


posição de estagiária de volta ou eu estarei para sempre presa
trazendo seu café e organizando arquivos?"

"Você também é responsável por receber chamadas


telefônicas. Essa é uma responsabilidade que você não deve levar
levemente."
"Estou falando sério..." Ela revirou os olhos. "Por
mais que eu goste de fazer sexo com você todas as manhãs com o
seu café, eu gostaria de voltar a sentir como se eu realmente
tivesse um propósito aqui."

"Tudo bem." Eu tomei um gole da minha xícara.


"Você está acompanhando meu caso atual?"

Ela acenou com a cabeça.

"Ótimo," eu disse secamente. "Como você acha que


eu devo proceder?"

"Eu acho que você precisa primeiro conseguir falar


com o homem que apagou a identidade de seu cliente."

“O que? Do que você está falando?”

Ela pegou uma pasta de sua bolsa e colocou-a na


minha frente. "Meus pais me ensinaram a pesquisar o passado de
alguém muito, muito bem. Essa é a única coisa que posso creditar
a eles." Ela folheou algumas páginas. "Seu cliente tem registros
escolares de sua infância – notas de testes, mudanças de
endereço, etc. Há um registro de onde ele frequentou a faculdade,
escola de graduação – até mesmo um registro do tempo em que ele
invadiu o firewall de sua faculdade e foi suspenso por um
semestre inteiro. Depois disso, há um casamento curto que falhou
com alguma mulher que ele conheceu em Cabo, e alguns registros
de fundação para sua empresa. Mas, depois disso – com exceção
destas alegações recentes, não há nada."

Olhei para as páginas.

"Você não acha que isso é estranho?" Ela olhou para


mim. "Como você pode pesquisar no Google alguém e nada sobre
ele aparecer? Como você pode pesquisar vários bancos de dados
por informação e descobrir que décadas inteiras estão faltando?"

Eu fechei a pasta. “É ligeiramente estranho.”

“Ligeiramente?”

“Sim. Ligeiramente. Essa é toda a evidência que você


tem? "

"É toda a evidência que você precisa." Ela olhou nos


meus olhos. "Encontre o cara que o apagou ou encontre o cara
que apagou você e você pode ter outra vitória na sua carreira. Se
não –"

"Aubrey..."

"As pessoas não vêm apenas do nada, Andrew," disse


ela. "Você sabe disso, eu sei disso, e eu tenho certeza que o seu
cliente sabe disso."

"Agora nós estamos falando sobre o cliente?"

"Não há nenhum registro de Andrew Hamilton em


qualquer um dos bancos de dados de advogados inscritos no
estado."

“Eu não estou encarando um julgamento.”

"Eu liguei para todas as Faculdades de Direito no


estado e fingi ser uma graduada em busca de um colega graduado
e não existe registro de um Andrew Hamilton recebendo seu
diploma de qualquer uma delas."

“Você está tão obcecada assim comigo?”, eu sorri.

“Eu fiz a mesma coisa com as faculdades de Direito


de Nova York. Isso foi um pouco mais complicado, mas os
resultados foram exatamente o mesmo. Não há registro de você ir
para a faculdade durante os anos que você deveria estar
comparecendo.”

"E isso afeta você como?"

"Você me humilhou quando você descobriu que eu


menti para você."

"Eu peço desculpas."

"Não faça isso." Ela balançou a cabeça. "Você me fez


chorar, porque você me disse que eu era uma mentirosa por
esconder a verdade e fingir ser alguém que eu não era."

"Eu tenho certeza que eu não seria a única pessoa a


classificá-la como uma mentirosa, depois do que você fez."

"Ainda assim, a cada dia que eu fodo com você, todas


as noites que eu falo com você no telefone, eu não estou mais
perto de conseguir saber nada sobre você." Havia preocupação em
seus olhos. "Sou sempre eu falando sobre mim, ou você falando
coisas abstratas que inventam uma imagem borrada."

"Isso não importa. Eu te disse que eu –"

"Que você nunca mentiu para mim," disse ela. "Eu


acredito nisso, e por um tempo eu pensei que você sempre foi
honesto comigo, mas quando eu olho para trás, você é apenas
honesto sobre o que você quer falar. Consequentemente, a
aparição aleatória da Sra. Hamilton, e –"

"Eu já te falei sobre isso." Eu peguei a mão dela e


puxei-a para perto de mim. "Então, eu não vou perder meu tempo
rediscutindo merda que eu já esclareci com você."
"Só..."

"Olha." Eu pressionei meu dedo contra seus lábios.


"Você é a única mulher que eu fodi regularmente em seis anos."

"Eu deveria ter orgulho disso?"

Eu a puxei para o meu colo. "Você é a única mulher


– a única pessoa, na verdade, com quem eu falo fora das minhas
horas no escritório, a única mulher com quem eu já fodi no
telefone, a única mulher que esteve no meu caro, e a única
mulher que mentiu para mim e ainda conseguiu me fazer ficar...”

Ela suspirou, olhando para mim.

"Agora," eu disse, "se você não se importa, eu vou


foder você nessa cadeira. E quando acabarmos isso, eu vou
mostrar-lhe gentilmente como pesquisar alguém do jeito certo,
porque ao contrário do que você pensa, meu cliente tem um
passado."

“Não, eu verifiquei tudo duas vezes, e eu –”

Eu pressionei meus lábios contra os dela. “Depois


que eu te foder.”
Uma concordância voluntária à proposta de outra
pessoa.

Assunto: New York/Suas Calcinhas

Para registro, eu fui para a faculdade de direito


em Nova York. Era o orador oficial da turma.

–Andrew

PS: Se você guardar mais um par de suas


calcinhas molhadas/"Para o seu fetiche" lembretes na minha
gaveta da mesa, eu vou concluir que você quer que eu durma
com sua buceta na minha cara. Minha língua está dolorida
para fazer isso desde que "conheci" você, por isso não há
necessidade de dicas desnecessárias...

"Aubrey?" A voz de minha mãe tirou o sorriso do meu


rosto. "Aubrey, você estava ouvindo o seu pai agora?"

"Não, eu sinto muito." Suspirei, temendo que ainda


estivesse sentada em um jantar com eles.

Eles tinham me chamado no segundo que meu


ensaio havia acabado e exigiram que eu me dirigisse para casa
para que pudéssemos passear para o nosso restaurante "favorito"
juntos. Era onde todos os seus amigos do country clube comiam
regularmente, e eu sabia que eles só queriam vir aqui para afirmar
a nossa imagem de família aparentemente perfeita.

"Você está ouvindo agora?" Meu pai levantou a


sobrancelha.

"Sim..."

"Nós trouxemos você aqui para que pudéssemos


dizer-lhe que... estou concorrendo para governador na próxima
eleição," disse ele.

"Você quer meu voto?"

"Ugh, Aubrey." Minha mãe bufou e estalou os dedos


para o garçom. "Este é um dos momentos mais felizes de sua
vida."

"Não..." Balancei minha cabeça. "Tenho certeza que


não é..."

"Todos esses anos de trabalho árduo, construindo


nossa empresa para ser uma das mais impecáveis na cidade,"
disse ela enquanto olhava nos olhos do meu pai, “isso está prestes
a recompensar-nos de uma maneira enorme. Nós já temos alguns
compromissos verbais para o orçamento da campanha, e já que
estamos indo no mesmo lado que o incumbente –"

"Você tem uma boa chance de ser governador." Eu a


cortei. "Parabéns, papai."

Ele estendeu a mão sobre a mesa e apertou minha


mão.
Minha mãe não conseguia calar. "Nós vamos ter que
tirar novas fotos de família para arquivo, sabe? Fotos que
podemos dar para a imprensa para suas reportagens, então você
vai ter que usar o seu cabelo em algo que não seja aquela coisa de
bailarina."

"É um coque."

"É uma monstruosidade."

"Margaret..." Meu pai repreendeu. "Não é uma


monstruosidade... É apenas –"

"É só o quê?" Olhei para trás e para frente entre os


dois.

"É importante para nós parecermos com uma


unidade coesa totalmente americana na campanha eleitoral."
Minha mãe pegou um copo de vinho do garçom e esperou que ele
se afastasse. "Talvez tenhamos que fazer algumas viagens juntos
como uma família."

"Você está concorrendo a governador, e não a


presidente, e que mulher de vinte e poucos anos você conhece que
ainda viaja com seus pais durante uma campanha apenas para
fotos de comício?"

"O nosso adversário tem gêmeas de 20 anos de idade


que são educadas em casa," disse ela. "Eles viajam para países do
terceiro mundo a cada verão para ajudar os pobres e tenho certeza
que elas vão estar em cada comício na campanha eleitoral."

Eu bufei. "Por que você está tentando competir com


pessoas genuínas? Você não acha que eles são o tipo que merecem
ganhar?"
"Aubrey, isso é sério." Meu pai parecia chateado.
"Este tem sido um sonho meu por um tempo muito longo e
queremos ter certeza de que nada fique no caminho."

Os dois trocaram olhares e eu levantei minha


sobrancelha.

"Nada como o quê?" Perguntei.

"Tudo bem..." Minha mãe baixou a voz e olhou por


cima do ombro antes de falar. "Precisamos saber se há algum
esqueleto no seu armário – como quaisquer fotos na mídia social
que façam você parecer como uma menina festeira, alguns ex-
namorados ou parceiros sexuais que você possa ter tido que lidar,
ou qualquer coisa que nos faria parecer maus pais."

"Vocês são maus pais."

"Pare com isso, Aubrey." Meu pai segurou minha


mão e apertou com força. "Nós dois te demos tudo que você
poderia querer enquanto crescia e tudo o que estamos pedindo é
um pequeno sacrifício de você."

"Não tenho quaisquer esqueletos no meu armário."


Eu cerrei os dentes.

"Ótimo." Minha mãe colocou seu sorriso falso.


"Então, quando você sair da faculdade para seu último ano para
nos ajudar na campanha, não vai parecer suspeito. Nós já falamos
com seu diretor de departamento sobre aulas online e elas são, de
fato, oferecidas. Para aquelas que não são, você vai ter que ir no
campus para assisti-las, mas eles fazem considerações especiais
para os alunos com situações como a sua, então –"

"Não." Eu a cortei. "Não, obrigada."


"Isso não está em discussão, Aubrey. Isto é para o
bem do –"

"O sonho do meu pai, certo?" Tentei não me


descontrolar. "Porque ele é a única pessoa na família que tem um
sonho?"

"Sim," minha mãe disse através de seus dentes


sorridentes. "Estamos falando de sonhos reais, Aubrey. Não
aqueles sem chances e que falharam."

"Desculpe-me?" Me levantei. "Você quer falar sobre


sonhos fracassados quando vocês dois falharam mais do que
qualquer um que conheço, às custas de sua própria filha?" Havia
lágrimas em meus olhos.

"Aubrey, sente-se agora." Ela pegou minha mão.


"Não vamos fazer uma cena."

"Vamos!" Eu puxei minha mão. "Vamos discutir


como tenho a porra de vinte dois anos de idade e sou uma caloura
na faculdade, quando eu deveria já ser uma graduada! Vamos?
Vocês podem explicar por que isso?"

O rosto do meu pai ficou vermelho e ele fez sinal


para eu me sentar, mas mantive minha posição.

Minha mãe agarrou suas pérolas. "Aubrey... Nós


fizemos o que era melhor no momento, e mesmo que a mudança
dos sistemas escolares por duas vezes em dois anos tenha sido
lamentável, isso fez você quem você é hoje. Agora, a campanha
não vai começar até que –"

"Não me importo quando diabos isso começa. Não


vou participar de uma campanha eleitoral sem sentido, e não vou
tomar nenhuma das minhas aulas on-line, sabe por quê?" Podia
sentir meu sangue fervendo. "Você não pode aprender a porra do
balé online!"

O restaurante estava de repente em silêncio.

"Vocês dois estão sendo além de egoístas e vocês


nem se dão conta." Eu balancei minha cabeça. "Eu vou votar no
outro cara." Eu saí entre suspiros e sussurros das outras mesas –
ligeiramente contente que a imagem da família perfeita dos meus
pais tinha sido riscada publicamente um pouco.

"Seu número, senhorita?", o manobrista disse para


mim quando pisei para fora.

"Meu o quê?"

"O seu número?" Ele inclinou a cabeça para o lado.


"Do seu carro?"

Merda... Suspirei e olhei por cima do meu ombro.

Os clientes estavam apontando em minha direção e


eu não podia suportar voltar lá só porque eu não tinha uma
carona para casa.

Pensei em ligar para um táxi, mas sabia que era


inútil. Levaria uma eternidade para chegar aqui, e eu
provavelmente poderia caminhar de volta para o meu apartamento
mais rápido do que eles iriam chegar.

Havia uma parada de ônibus a uns dois quilômetros


para baixo, mas eu só tinha um cartão de crédito. Eu duvidava
que Andrew pudesse vir me buscar, mas decidi dar-lhe uma
tentativa.
Assunto: Uma carona.

Eu realmente preciso de um favor...

–Aubrey

Assunto: Re: Uma carona

Querer dar uma volta no meu pau no meio do dia


não deveria ser considerado um "favor" neste momento.

–Andrew

Assunto: Re: Re: Uma carona

Não estou falando sobre o seu pau. Estou


falando sobre o seu carro... Você seria capaz de me pegar
agora? Eu estava num jantar com meus pais, mas não
terminou bem... e não tenho o meu carro.

Se você não puder, vou entender.

–Aubrey

Assunto: Re: Re: Re: Uma carona

Onde você está?

–Andrew

Meia hora depois, ele estacionou na calçada do


Country clube.
Escorreguei em seu carro antes que ele pudesse
estacionar – não olhando para trás para os membros esnobes que
provavelmente estavam sussurrando e se perguntando sobre o
que tinha acontecido entre mim e meus pais.

"Vou levá-la para casa, certo?" Ele perguntou


enquanto arrancava com o carro.

"Não..."

Ele olhou para mim. "Estou levando você para


GBH?"

"Se você quiser. Apenas não para o meu


apartamento." Fiz uma pausa. "Tenho certeza que meus pais vão
passar por lá depois do jantar e tentar falar comigo, então..."

"Você comeu?"

"Perdi meu apetite..." Eu disse suavemente, então


sorri. "Mas se você estiver interessado em me levar num encontro
agora, não sou contra isso."

"Por que eu iria levá-la para um encontro?"

"Porque você me deve um."

"Desde quando?"

"Uma vez você disse que iria me levar para sair se


nós nos conhecêssemos pessoalmente, e você não fez isso ainda."

Alcançamos um semáforo e ele se virou para mim.

"Se estivesse mesmo vagamente interessado em levá-


la para sair agora – o que não estou, onde diabos eu iria levá-la se
você já comeu seu jantar?"
"Surpreenda-me." Dei de ombros e encostei-me no
vidro – fechando meus olhos. Eu praticamente podia imaginá-lo
olhando para mim, me dando aquele olhar de “você está fora de
sua mente maldita" e, enquanto ele conduzia o carro de volta para
a rua, eu sorri – esperando que isso fosse o começo de nós saindo
regularmente.

Eu estava sonhando com ele me beijando no


banheiro da galeria de novo quando o senti balançando
suavemente meu ombro.

"Aubrey..." ele sussurrou. "Aubrey, acorda."

Ergui a cabeça e olhei para fora da minha janela.


Havia plantas exuberantes e um enorme edifício envidraçado – um
condomínio executivo. Meu coração pulou numa batida, porque eu
sabia que ele nunca tinha levado uma mulher para sua casa
antes, e eu estava feliz que seria a primeira.

Olhei para ele, pronta para dizer alguma coisa, mas,


em seguida, eu o vi brincando com um passe de estacionamento
verde e olhei pela janela da frente – vendo onde nós realmente
estávamos.

Fora de um hotel da rede Hilton.

"Sua ideia de levar-me a um encontro é me trazendo


para um hotel?"

"É mais sobre foder você no hotel."

"Andrew, este é o lugar onde você leva todos os seus


outros encontros..."

"E?"
Meu coração se afundou. "Você não vê por que me
trazer aqui iria ferir meus sentimentos?"

"Você prefere o Marriott?"

Eu pisquei.

"Eles não têm o mesmo padrão de serviço de quarto,"


ele disse, "mas se é isso que você prefere –"

"Apenas me leve para casa – agora." Minha voz


falhou e me inclinei contra a janela, fechando meus olhos
novamente. "Vou lidar com meus pais..."

***

Acordei num sofá de couro felpudo, escondida


debaixo de um cobertor preto macio.

Sentando-me, eu vi que meus sapatos tinham sido


retirados e colocados em uma prateleira do outro lado da sala.
Uma bandeja de frutas frescas e chocolates estava estabelecida na
pequena mesa à minha frente, e havia uma garrafa de vinho
colocado ao lado de dois cálices.

A sala parecia como se tivesse sido arrancada de


uma revista: cortinas de seda branca, paredes cor cinza-
acastanhado, e retratos emoldurados em prata. Um desses
retratos era de uma porra de um hotel, tornando claro exatamente
onde eu estava.

Imediatamente joguei o cobertor – pronta para


encontrar Andrew e gritar com ele por me trazer aqui contra a
minha vontade. Andei pelo corredor, lentamente percebendo que
as fotos penduradas na parede eram dele.

Em uma foto, ele estava de pé em uma praia,


olhando para longe. Em outra, ele estava em pé na frente de um
táxi de Nova York, e em outra ele estava deitado contra um banco
do parque da cidade.

Ele era jovem em todas essas fotos – seus olhos


detinham um charme mais juvenil, e se eu não estava enganada,
ele parecia feliz. Extremamente feliz.

Entre todas as fotos maiores, havia pequenos blocos


de madeira em formato de "E" e "H" entrelaçados. De início eu
pensei que o "A" para o primeiro nome de Andrew estava
simplesmente faltando, que uma das peças o comportaria, mas
esse não era o caso: No último quadro no final do corredor havia
uma foto de um enorme "E" e "H" que foram unicamente
compilados de imagens de Nova York.

"E" e "H"?

Continuei andando pelo corredor, sorrindo para as


fotos mais "estimadas" que ele tinha pendurado de si mesmo.
Parei quando ouvi o som de água corrente e o seguiu até um
quarto enorme.

Tudo era encoberto em preto – os lençóis que


cobriam a cama king size, as cortinas de seda longas que pendiam
sobre portas francesas da varanda, e o tapete felpudo que estava
colocado sobre seus pisos de madeira polida.

Fui até seu armário e abri a primeira gaveta.


"O que você está fazendo?" Andrew estava bem atrás
de mim.

"Eu estava..." Parei quando ele passou um braço em


volta da minha cintura. "Eu estava olhando suas coisas."

"À procura de qualquer coisa em particular?" Ele


beijou a ponta da minha orelha por trás.

"Estou procurando onde você guarda todas as


minhas calcinhas."

Ele soltou uma risada baixa. "Elas estão todas ao


lado da minha cama." Ele deslizou a mão por baixo da minha saia
e parou uma vez que seus dedos alcançaram minha buceta nua.

"Desde que você não está usando uma, eu preciso


devolvê-las para você?"

Revirei os olhos e ele me deixou ir.

"Isso é melhor do que um quarto de hotel?", ele


perguntou.

"Depende." Eu me virei. "Quantas outras mulheres


você já trouxe aqui?"

"Nenhuma."

"Nenhuma?" Eu não podia acreditar nisso. "Em seis


anos?"

"Eu gosto de manter a minha vida sexual separada


da minha vida em casa." Ele apertou minha mão.

"Então, eu sou a exceção à regra?"


Ele não respondeu. Ele simplesmente me levou
através do quarto e para uma suíte toda branca, onde a água do
chuveiro ainda estava correndo.

"Eu estive esperando por você acordar..." Ele olhou


para mim.

"Porque você quer assistir filmes juntos?"

"Porque eu quero te foder no chuveiro." Ele


empurrou minhas costas contra a parede e olhou nos meus olhos.
"Porque eu quero te foder a noite toda."

Eu gemi enquanto ele colocava o joelho entre as


minhas coxas e puxava minha camisa sobre a minha cabeça. Ele
deslizou sua mão nas minhas costas para desabotoar meu sutiã, e
quando ele caiu no chão, ele arrastou sua língua em meus
mamilos.

"Tire a sua saia..." Ele se afastou de mim.

Minhas mãos foram para o meu zíper, mas meus


olhos ficaram grudados nele quando ele começou a se despir.

Eu transei com ele inúmeras vezes em seu escritório,


afobadamente montei em seu pau uma e outra vez, mas eu nunca
o tinha visto completamente nu.

Ele puxou a camisa branca com decote em V sobre a


sua cabeça e a atirou para o canto – expondo um conjunto de
abdômen esculpido e uma pequena tatuagem em letra cursiva,
que estava gravada em seu peito.

Tentei ler o que as palavras diziam, mas, em seguida,


ele desatou o cordão de sua calça preta e deixou-a cair no chão.
Eu podia ver que seu pau estava duro através de sua
cueca, e esperei por ele para tirá-la, mas ele caminhou de volta
para mim.

Pegando minha mão, ele a colocou contra sua


cintura em sua cueca. "Tire-a de mim."

Deslizei meu polegar por baixo do elástico, mas ele


me parou.

"Com a sua boca."

Meus olhos se arregalaram quando olhei para ele,


vendo o sorriso sexy no seu rosto.

Abaixei-me um pouco e trilhei beijos por sua cintura


– ouvindo-o puxar uma respiração afiada, enquanto suas mãos
escorregavam no meu cabelo.

Eu agarrei suas coxas para ter equilíbrio e puxei a


barra da sua cueca com os dentes. Puxando o tecido para baixo
alguns centímetros, eu usei meus dedos para movê-la mais para
baixo, mas ele me puxou de volta pelo meu cabelo.

"Apenas a sua boca." Ele alertou.

Dei a ele um olhar de compreensão e ele me deixou


ir. Mais uma vez peguei a cueca com os dentes e lentamente a
deslizei para baixo de suas pernas.

Olhei para cima e vi que seu pau estava em posição


de sentido, duro como pedra e pronto para minha buceta, como
sempre, e pelo olhar em seus olhos, eu sabia que ele ia me puxar
para cima e me foder contra a parede.
Antes que ele pudesse ter a chance, sentei-me de
joelhos e agarrei seu pau com minha mão. Pressionei meus lábios
nele – arrastando minha língua em cada centímetro de espessura.
Envolvi a minha boca em torno de sua ponta e, lentamente, o
massageei com a minha língua.

"Aubrey..." Ele enfiou seus dedos pelo meu cabelo e


olhou para mim. "O que você está fazendo?"

"Estou..." Senti minhas bochechas aquecerem.


"Estou chupando seu pau."

Ele piscou, deixando um sorriso lento se espalhar


pelo seu rosto. "Você não está chupando meu pau... Você está
beijando-o."

"Eu estava chegando a essa parte. Estava tentando


fazer isso como..." Balancei minha cabeça e levantei-me,
completamente envergonhada. "Não importa."

"Você estava tentando fazê-lo como o quê?", Ele


sussurrou contra meus lábios.

Balancei a cabeça novamente e ele olhou nos meus


olhos. "Você não precisa assistir a qualquer outra pessoa para
aprender. Eu vou te ensinar...”

Ainda sorrindo, ele pegou minha mão e me puxou


para o chuveiro. Ele pressionou seu peito contra o meu e deslizou
um dedo em minha boca, enquanto a água caía sobre nós. "Isso é
o quão grande que você pode abrir para mim?"

Pisquei, assentindo.
"Você vai ter que abrir muito mais amplo do que isso
para meu pau caber em sua boca..." Ele se sentou no pequeno
banco molhado atrás dele e fez sinal para eu me dobrar e abaixar.

O fluxo de água que vinha de cima caía nas minhas


costas quando eu fiquei de joelhos.

"Lamba seus lábios," ele ordenou, e eu obedeci –


sentindo-me completamente fora da minha zona.

Inclinei-me para frente, assumindo que era para


levá-lo na minha boca agora, mas ele me parou.

"Deixe-o molhado."

"O quê?"

"Ponha sua boca no meu pau e umedeça-o."

Hesitante, eu pressionei meus lábios contra seu pau


e deslizei minha língua sobre seu eixo. Eu a estava rodando contra
ele lentamente, mas, em seguida, ele puxou minha cabeça para
cima.

"Você está sendo muito gentil," disse ele. "Eu não


preciso que você seja a porra de uma dama agora..."

"Eu –"

"Preciso que você seja agressiva, gananciosa, e


relaxada, porque eu não vou ser gentil quando eu estiver
devorando você." Ele gentilmente empurrou minha cabeça para
baixo e abriu as pernas um pouco mais. "Massageie minhas bolas
com a mão..."

Eu imediatamente as segurei, esfregando-as uma


contra a outra.
"Um pouco mais firme..." Sua respiração diminuiu e
eu peguei o ritmo dos meus dedos.

"Agora," ele sussurrou. "Abra sua boca o mais amplo


que você conseguir, e leve meu pau tão profundo quanto você
puder..."

Abri minha boca e tomei os primeiros centímetros


facilmente enquanto ele enfiava alguns dedos pelo meu cabelo.

"Mantenha seus olhos em mim." Ele parecia de certa


forma impressionado. "Você não tem que levar tudo isso agora..."
Ele usou os meus ombros para me empurrar para trás e depois
para frente. "Mantenha movendo-o para dentro e fora de sua boca
bem assim..."

Gemendo, ele olhou para mim com pura luxúria em


seus olhos, e então ele sussurrou. "Chupe-me mais profundo..."

Eu segui o seu comando e ele gemeu ainda mais alto.


Eu podia ver os músculos em suas pernas enrijecerem enquanto
minha boca cobria mais da metade de seu pau. Eu estava
começando a me sentir um pouco mais ousada, ligeiramente mais
confiante, então eu peguei um pouco mais dele.

"Porra..." Ele respirou.

Usei a minha mão livre para cobrir a parte de seu


pau que não estava na minha boca, e massageei do mesmo jeito
que estava massageando suas bolas – suave, mas agressiva.

Ele começou a puxar meu cabelo, me implorando


para tomar mais dele em minha boca. "Pegue tudo isso..."
Sentindo-me como se estivesse agora no controle,
neguei seu pedido, e acelerei meu ritmo – balançando a cabeça
para cima e para baixo.

"Aubrey..." Suas palavras eram forçadas.

Levei-o um pouco mais profundo – envolvendo meus


lábios em torno dele um pouco mais apertado, mas eu não fui até
o fim.

"Aubrey...", disse ele de novo, parecendo


desesperado.

Eu não estava prestando atenção nas suas palavras.


Eu estava adorando a maneira como seu pau ficava dentro da
minha boca, amando o jeito que minha língua estava
comandando-o e fazendo-o reagir.

"Pare." Ele me puxou de volta pelos cabelos e olhou


para mim. "Tome todo o meu pau na porra de sua boca, agora."

Deslizei minha boca sobre ele e inclinei-me por todo


o caminho – eu não parei até que ele tocou no fundo da minha
garganta.

Andrew fechou brevemente os olhos e suspirou.


Então ele os abriu de novo e falou com firmeza. "Eu preciso que
você me deixe gozar na sua boca..." Sua voz era rouca. "E preciso
que você engula cada fodida gota..."

Segurei em seus joelhos e o chupei mais e mais


rápido, e seu pau começou a latejar na minha boca. Eu podia
senti-lo pulsando, apertando, e quando ele se inclinou para trás e
finalmente deixou-se gozar, eu senti jatos de calor deslizando pela
minha garganta.
Seu gozo era salgado e grosso, e eu sinceramente
amei o gosto disso. Quando a última gota pousou em minha boca,
olhei em seus olhos e ele olhou para mim. A expressão em seu
rosto era de pura satisfação e admiração, e eu estava mais
excitada do que já estive em minha vida.

Ele levantou-se me puxando com ele, e apertou seus


lábios contra os meus. "Isso foi fodidamente perfeito." Ele desligou
a água e levou-me para fora do chuveiro e de volta para seu
quarto – não se preocupando em me secar.

Ele me agarrou pela minha cintura e me jogou em


cima da cama. "Abra suas pernas."

Deixei minhas pernas caírem abertas e ele subiu em


cima de mim. Colidindo seus lábios contra os meus, ele chupou
meu lábio inferior em sua boca.

Eu podia sentir a ponta do seu pau esfregando


contra a minha buceta e eu levantei meus quadris – encorajando-o
a me foder.

Depois de estar com ele no chuveiro, eu não queria


fazer muitas preliminares e eu não queria falar.

Eu só queria ser fodida. Agora.

Suas mãos acariciavam meus seios e eu o empurrei.


"Foda-me, Andrew."

"Eu vou."

"Agora."
Ele sorriu para mim, parecendo como se quisesse
dizer alguma coisa inteligente, mas ele se inclinou e enfiou a mão
no criado-mudo para pegar um preservativo.

Ele rapidamente colocou-o e entrou em mim num


golpe em cheio, fazendo-me gemer de prazer.

"Ahhhh..." Estendi a mão e agarrei seu cabelo


enquanto seu pau batia em mim incansavelmente. Eu tinha
certeza de que nunca me cansaria dele me fodendo, cada vez era
melhor que a anterior.

Fechei os olhos quando ele enterrou a cabeça no


meu pescoço, enquanto ele sussurrava algo como quão "bom pra
caralho" isso o fazia sentir. Pequenos tremores começaram a
crescer dentro de mim, e por mais que eu quisesse que isso
durasse um pouco mais, eu não seria capaz de segurar.

"Andrewww..." Eu disse seu nome quando meus


quadris começaram a empurrar e meu orgasmo tomou conta de
mim. Eu gritei, caindo de volta nos travesseiros, e ele caiu em
cima de mim segundos depois.

Nós dois deitamos ali, entrelaçados um no outro por


um longo tempo – sem dizer uma palavra. Quando eu finalmente
encontrei a energia para falar, limpei minha garganta. "Você vai
dormir dentro de mim a noite toda?"

"Claro que não." Ele saiu de mim, imediatamente me


fazendo sentir falta da sensação dele. Ele caminhou até seu
armário, jogando fora o preservativo.

"O que você está fazendo?" Eu sentei-me.

"Vestindo-me."
"Para quê?"

"Para que eu possa te levar para casa." Ele entrou


em uma calça. "E para que eu possa dormir." Ele colocou uma
camisa, e então ele olhou para mim. "Quanto tempo você acha que
vai levar para ficar pronta?"

"Eu não quero que você me leve para casa." Eu


balancei minha cabeça. "Eu quero ficar."

"Aqui?", ele parecia totalmente confuso.

"Sim, aqui."

"Como em uma noite?"

Balancei a cabeça, e ele ficou ali olhando para mim


como se eu tivesse acabado de lhe pedir para fazer o impensável.
O olhar que ele estava me dando era um misto de angústia, pesar,
e por um segundo eu quase me senti mal por sugerir isso.

"Aubrey, eu não..." Ele suspirou. "Eu nunca deixei


alguém passar a noite."

"Então me deixe ser sua primeira..."

Ele continuou me olhando, batendo em seu queixo, e


então ele foi até seu armário e pegou um conjunto de pijama
branco.

"Você pode dormir nestes..." Ele segurou-os para


mim.

Estendi a mão para pegá-los, mas ele balançou a


cabeça.

"Levante-se."
Deslizei para fora da cama e fiquei de pé na frente
dele.

Ele levou o seu tempo para ajudar-me a abotoar a


camisa – beijando cada centímetro da minha pele exposta até
chegar ao botão de cima, e quando ele acabou ele beijou meus
lábios.

Eu esperava que ele me entregasse a calça em


seguida, mas ele jogou-a pelo quarto. "Vá para cama."

Sorrindo, eu escorreguei debaixo dos lençóis


enquanto ele apagava as luzes.

Ele se juntou a mim na cama segundos depois, me


puxando contra seu peito.

"Você está feliz?", ele sussurrou.

"Sim..."

"Você tem certeza? Há mais alguma coisa fora da


minha zona de conforto que você gostaria que eu fizesse para você
esta noite?"

"Hoje não, mas você poderia me fazer o café da


manhã."

"Você está empurrando..."

"Apenas no caso de você mudar de ideia, gostaria de


waffles belgas, bacon, morangos fatiados e suco de laranja."

"A menos que você queira comer todas essas coisas


no meu pau, isso não estará acontecendo." Ele beliscou minha
bunda. "Vá dormir, Aubrey".
***

Na parte da manhã, eu abri os olhos e percebi que


estava sozinha na cama de Andrew. Olhei para onde ele estava
dormindo e vi uma nota no papel timbrado da GBH:

Tive que correr para o escritório para atender a


um novo cliente. Estarei de volta para levá-la para casa.

PS: Sinta-se livre para levar sua coleção de


calcinhas para casa com você.

–Andrew

Saí da cama, pronta para explorar mais de seu


condomínio, mas houve uma batida forte repentina na porta. Corri
e torci a maçaneta, esperando ver Andrew, mas era um homem
vestido todo de preto.

"Um... Olá?" Tentei não parecer muito confusa.

"Você é Aubrey Everhart?"

"Sim..."

"Ótimo." Ele me entregou um saco branco. "Waffles


Gourmet, bacon, morangos fatiados e suco de laranja, certo?"
Uma declaração, na resposta do réu a uma
reclamação em uma ação judicial, de que uma alegação (alegação
de fato) não é verdadeira.

Eu estava oficialmente fora da minha mente maldita.

Eu estava na minha banheira, e Aubrey estava


sentada em cima de mim – ofegante enquanto ela descia de outro
orgasmo.

Ela estava passando a noite no meu apartamento


pela terceira vez esta semana, e era inútil até mesmo fingir que eu
me importava.

Eu não sabia o que diabos estava acontecendo, mas


ela definitivamente chegou a mim. Ela foi se infiltrando em cada
pensamento meu, e não importa o que eu fiz para tentar voltar
para os meus sentidos – me lembrar que isso só podia ser
temporário, ela deslizou mais profundo em minha vida.

"Por que você está tão quieto hoje à noite?", ela


perguntou.

"Eu não estou autorizado a pensar?"


"Não quando há uma mulher nua no seu colo."

"Eu estava lhe dando uma chance de relaxar." Eu


deslizei minhas mãos por baixo de suas coxas. "Que besteira
desnecessária que você quer falar hoje?"

"Não é desnecessário," disse ela. "É sobre a sua


família."

"O que sobre minha família?"

"Eles ainda estão em Nova York?"

Eu me impedi de apertar a minha mandíbula. "Eu


não sei."

"Você não sabe?" Ela levantou a sobrancelha. "O que


quer dizer que você não sabe? Você está distante deles?"

"Não...", eu suspirei. "Eu simplesmente não tenho


pais."

Ela inclinou a cabeça para o lado. "Então, por que eu


lembro de você me contando uma história sobre sua mãe no
primeiro mês em que nos conhecemos?"

"Que história?"

"A história sobre o Central Park e sorvete." Ela olhou


nos meus olhos, como se estivesse esperando que eu dissesse
alguma coisa. "Você disse que ela o levou para alguma quermesse
de crianças, eu acho? Era algo que acontecia todos os sábados.
Mas o que você mais recordava aconteceu quando estava
chovendo e ela ainda levou você, e você ficou na fila por uma hora
apenas para obter uma colher de baunilha.”

Eu pisquei.
"Essa história não está certa? Estou misturando-a
com outra coisa?"

"Não," eu disse. "É isso mesmo... Mas eu não a vi


desde então."

"Ah..." Ela olhou para baixo. "Eu sinto muito."

"Não sinta." Eu trilhei um dedo em seus lábios. "Eu


me virei muito bem."

"Posso te perguntar mais algumas coisas?"

"Você tem uma quota de pergunta diária que começa


hoje."

Ela revirou os olhos. "O que todas as fotos "E" e "H"


em seu corredor representam?"

Eu senti uma dor súbita no peito. "Nada."

"Se você odeia New York tanto e você não gosta de


falar sobre o seu passado ou o que você perdeu há seis anos, por
que você tem tantas lembranças penduradas em suas paredes?"

"Aubrey..."

"Ok, esqueça essa pergunta. E a citação em Latim


em seu coração? O que isso significa?”

"Minta sobre uma coisa, minta sobre tudo..." Eu


beijei seus lábios antes que ela pudesse me perguntar qualquer
outra coisa. Eu estava começando a me perguntar por que ela não
queria ser uma maldita jornalista em vez de uma bailarina.

"É a sua vez," ela disse suavemente. "Você pode me


fazer perguntas agora."
"Eu prefiro transar com você de novo." Eu levantei-a
comigo quando fiquei de pé e ajudei-a a sair da banheira.

Ambos nos secamos e fomos para o meu quarto.


Assim que eu estava puxando-a contra mim, a minha campainha
tocou.

Eu suspirei. "O jantar está adiantado." Eu


escorreguei em uma calça de pijama e uma camisa e me dirigi
para a porta com meu cartão de crédito.

O segundo em que abri, fui confrontado com a visão


da última pessoa na terra que eu queria ver. Ava.

"Não se atreva a bater a porra da porta em mim


desta vez," ela sibilou. "Nós precisamos conversar."

"Nós não precisamos falar sobre merda." Eu pisei


fora e fechei a porta atrás de mim. "Quantas vezes eu tenho que
lhe dizer que você não é bem vinda aqui?”

"Quantas vezes forem necessárias para realmente


acreditar, que você não faz." Ela zombou. "Pergunte-me porque eu
vim para Durham para vê-lo, Sr. Hamilton. Satisfaça-me e eu
finalmente irei para bem longe."

"Você está indo bem longe de qualquer maneira," eu


disse, sem rodeios. "Eu realmente não dou a mínima por que você
veio aqui."

"Nem mesmo se for para assinar os papéis do


divórcio?"

"Você poderia ter enviado aquela merda pelo correio."


Eu cerrei os dentes. "E desde que eu tenho certeza que você está
ficando sem brechas para contestá-lo, eu estou disposto a esperar
até que todas as suas opções se esgotem. Tenho certeza que seus
advogados vão deixá-la assim que eles descobrirem que tipo de
cliente você é."

"Tudo o que eu estou pedindo é dez mil por mês."

"Vá pedir ao homem que estava transando com você


no nosso quarto enquanto eu estava no trabalho." Eu olhei para
ela, lívido. "Ou melhor ainda, peça ao juiz, você apenas ‘fode por
um favor,’ ou ei, se você estiver a fim, foda meu ex-melhor amigo.
Dormir com ele sempre pareceu fazer você se sentir melhor,
certo?"

"Você não era o Sr. Perfeito também."

"Eu nunca te traí porra, e eu nunca menti para você."

Silêncio.

"Cinco mil por mês," disse ela.

"Vá se foder, Ava."

"Você sabe que eu nunca desisto," disse ela, seus


olhos se arregalaram quando eu voltei para dentro do meu
apartamento. "Eu sempre consigo o que quero."

"Eu também." Eu bati a porta na cara dela, sentindo


meu coração palpitando, sentindo o ataque de lembranças feias
tudo de novo.

Chuva. Nova Iorque. Desgosto.

Desgosto total e absoluto.

Ver Ava em pessoa de novo – ouvir sua voz


manipuladora e sentir as dores familiares em meu peito,
imediatamente me fez perceber que eu não poderia cometer o
mesmo erro novamente.

Aubrey já estava fazendo perguntas, tentando cavar


seu caminho para a minha vida tanto quanto ela podia –
pensando que se ela ficasse em torno de mim tempo suficiente nós
daríamos certo juntos. Mas eu sabia que nunca iria acontecer,
não depois de ver Ava e saber o quão longe ela iria para me
arruinar tudo de novo.

Eu estava farto oficialmente com este jogo


monogâmico que estávamos jogando nas últimas semanas. Foi
muito divertido – diferente, mas desde que Aubrey nunca poderia
ser minha e eu nunca poderia ser dela, era fodidamente inútil
também.

Eu voltei para o meu quarto e vi Aubrey sorrindo


enquanto ela se estabelecia na cama.

"Onde está o jantar?" Ela perguntou, inclinando a


cabeça para o lado. "Você o deixou na porta?"

"Não." Eu balancei a cabeça e comecei a arrumar


suas coisas, colocando-as todas em sua bolsa.

"O que você está fazendo?" Ela perguntou.

"Você não pode passar a noite."

"Tudo bem..." Ela levantou-se. "Alguma coisa


aconteceu? Você quer falar sobre –"

"Eu não quero falar sobre qualquer outra coisa com


você." Eu assobiei. "Eu só quero te levar para casa, inferno."
"O quê?" Ela parecia confusa. "O que há de errado
com você? Por que você está –"

"Certifique-se de obter todas as suas merdas fora do


meu banheiro. Você não vai voltar aqui novamente.”

"Por que não?"

"Porque eu preciso começar a foder outra pessoa."


Peguei sua tiara. "Eu acho que já passei tempo mais que
suficiente com você, você não acha?"

"Andrew..." O rosto dela caiu. "De onde tudo isso


está vindo?"

"Do mesmo lugar que sempre veio. Você mentiu para


mim uma vez, você vai mentir para mim de novo."

"Eu pensei que nós tivéssemos superado isso."

"Talvez você tenha, mas eu não."

"O que você está dizendo?"

"Eu estou dizendo que você precisa pegar todas as


suas coisas para que eu possa levá-la para casa, e de agora em
diante, você é minha estagiária e eu sou seu chefe. Você vai
sempre ser Srta. Everhart, e para você eu vou ser o Sr. Hamilton."

"Andrew..."

"Sr. Fodido. Hamilton."

Ela correu por mim e pegou suas coisas, deixando


escapar algumas lágrimas de seus olhos. "Foda-se. FODA-SE.
Esta é a última vez que você vai vir com essa merda quente e fria
em mim." Ela saiu do meu apartamento, batendo a porta atrás de
si.
Suspirei e senti uma pontada de culpa imediata no
meu peito, mas eu sabia que era a coisa certa a fazer. Ou cortava
essa merda fora agora, ou seria responsável por quebrar o coração
dela mais tarde.

Eu dei um passo para a varanda e acendi um


charuto – olhando para o céu escuro. Embora eu me sentisse mal
por terminar as coisas tão abruptamente, por colocá-la para fora
sem nenhuma explicação, eu precisava voltar para o que diabos
eu era, rápido, antes que eu fodesse e colocasse meu coração na
linha de novo...
Andrew (Bem... naquela época, você teria me
chamado de "Liam A. Henderson")

Há alguma coisa sobre esta cidade que me faz


acreditar novamente. É a esperança no ar, as luzes piscando que
brilham mais do que em qualquer outro lugar, e os sonhadores
que enchem as ruas dia após dia – relutantes em desistir diante
de suas falhas, até que eles finalmente vençam. Não há outra
cidade como esta, e não há nada mais atraente do lado de fora
destas linhas estatais — nada que me fará alguma vez partir.

À medida que o sol se põe à distância, eu envolvo


meu braço em torno da cintura da minha esposa. Estamos de pé
contra a grade da ponte do Brooklyn – sorrindo porque eu
adicionei outro cliente de alto perfil para a minha empresa.

"Você acha que um dia os jornais vão realmente dizer


a verdade sobre o seu primeiro caso?" Ela olhou para mim com
seus olhos verdes. "Ou você acha que eles vão continuar varrendo-
o para debaixo do tapete?"
"Varrendo-o para debaixo do tapete." Eu suspiro. "Eu
duvido que o governo queira que as pessoas saibam que um
garoto recém-saído da faculdade de direito tenha descoberto uma
conspiração. É um insulto à sua organização.”

"Então, você está bem em ser reduzido a uma


questão de perigo fortuito que vai acontecer daqui a dez anos?
‘Vou conseguir os advogados que nunca tiveram crédito por
duzentos, Alex.’ Você está bem com isso?"

"Por que eu não deveria estar?" Eu beijo sua testa.


"Eu não preciso que os jornais imprimam o meu nome para obter
clientes. As pessoas sabiam, foi assim que eles me encontraram."

"Você deveria ser muito maior do que o que você é..."


Ela balança a cabeça, sussurrando: "O seu nome deveria estar
estampado em todos os outdoors na cidade. Idiotas do caralho...”

Sorrindo, eu aperto meu braço em volta da sua


cintura e começo a caminhada de volta para o nosso carro. De
todas as pessoas que entram e saem da minha vida, Ava Sanchez
tem sido a única constante.

Ela é a única mulher que eu já amei, e desde o dia


em que eu a fiz minha no nosso casamento, há três anos, eu jurei
que isso nunca iria mudar.

"Eu também estava pensando," diz ela, deslizando


para o banco do passageiro, “que, talvez, eu, você e seu parceiro
Kevin poderíamos sair para um encontro de solteiros no próximo
fim de semana."

“Porque nós iríamos a um encontro de solteiros?”


"É mais para Kevin... Ele precisa ter a sua própria
vida. Estou cansada de tê-lo pendurado ao nosso redor o tempo
todo. É ruim o suficiente que todos nós trabalhamos em sua
empresa juntos, mas nós temos que passar cada momento nosso
juntos, também?"

Rindo, eu dirigi pelas ruas da cidade e para a enorme


casa de arenito que nós compartilhamos. Foi a primeira compra
que eu tinha feito, depois de vencer o ‘caso que nunca existiu’, e
Ava insistiu para que eu comprasse a mais cara.

"Porque você fodidamente merece isso," ela tinha


dito. "E você nunca se delicia com nada de bom... Isso é o que eu
não entendo sobre você, Liam. Você é um cara tão legal para
todos, mas para si mesmo..."

Eu estacionei nosso carro em frente a nossa casa e


imediatamente saí para abrir sua porta. Como de costume, Ava
sussurrou, "Eu aposto que ela vai gritar para você primeiro,"
quando começamos a subir os degraus.

O segundo em que entramos, aquela voz doce


familiar ressoa em toda a sala.

"Papaiiiii!"

Eu solto a mão de Ava e me abaixo para que a minha


filha – Emma Henderson, possa correr para meus braços. Ela é a
melhor parte do meu dia, a melhor parte da minha vida, e vê-la
sempre traz um sorriso inquebrável ao meu rosto.

Eu beijo sua testa enquanto ela incoerentemente


balbucia sobre o seu dia com a babá, e eu sorrio quando seus
olhos azuis fitam os meus.
Eu não tenho consciência disso agora – estou muito
cego e feliz para ver, mas nos meses que estão por vir, a minha
vida vai desvencilhar tão rápida e inesperadamente que eu
desejarei que eu nunca tivesse existido. As mentiras que vêm a
tona vão ser tão devastadoras e esmagadoras que toda a minha
vida vai desmoronar ao meu redor. Mas a pior parte, a parte que
vai me quebrar, é não saber que este momento presente com a
minha "filha" será a última boa lembrança de Nova York que eu
sempre vou ter...

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