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Conteúdo do curso
1. Princípio do Trabalho Virtual
2. Princípio dos Trabalhos Virtuais Complementares
3. Princípio dos Trabalhos Virtuais para corpos rígidos
4. Princípio dos Trabalhos Virtuais para corpos deformáveis
- Matriz de rigidez
- Princípio do Trabalho Virtual em Elementos Discretos de Mola
- Montagem direta da matriz de rigidez global
5. Trabalhos Virtuais em Sistemas Estruturais de Barras
6. Treliças
7. Barras solicitadas por torção
8. Vigas
9. Pórticos planos (Treliça + Viga)
10. Torção
11. Grelha (Flexão + Torção)
12. Pórticos espaciais
13. Membranas triangulares
Utiliza-se:
O Princípio dos Trabalhos Virtuais (PTV) fornece as equações de equilíbrio para a solução dos problemas estruturais.
Dada a partícula em repouso com forças “ ” reais atuando. O deslocamento é o deslocamento imaginário e éo
deslocamento imaginário resultante.
O trabalho realizado por uma partícula pode ser virtual ou real e observável. Para uma partícula em repouso, o trabalho
realizado por todas as forças que atuam nela, na direção do deslocamento virtual é nulo. Sendo o deslocamento virtual
qualquer deslocamento imaginário compatível.
Onde:
E para z:
O Princípio dos Trabalho Virtual Complementares iguala as forças virtuais autoequilibradas (internas e externas) e os
deslocamentos reais (internos e externos).
Exemplos
Exemplo 1
Para:
Então:
Exemplo 2
Pelo P.V.T.,
Então:
Exemplo 3
Como é qualquer:
Uma mola que sofre uma força externa possui uma força interna de mesmo módulo.
Definições:
Matriz de rigidez
Considere o elemento de mola i a seguir:
Figura 1.7 – Configuração real e virtual de um corpo deformável.
Em notação matricial:
Ou então:
Para todo elemento de mola, a matriz terá o a forma acima. Existirá uma matriz de rigidez para cada elemento da
estrutura, assim como uma matriz de rigidez global abrangendo todos os elementos da estrutura.
Princípio do Trabalho Virtual em Elementos Discretos de Mola
Considere a estrutura abaixo:
Como são independentes e quaisquer, os termos entre colchetes devem ser nulos:
Sendo as equações acima as Equações de Equilíbrio. Portanto, a partir do princípio do trabalho virtual, obtém-se:
Como e são nulos, encontra-se as reações de apoio e o sistema deixa de ser 4x4.
Invertendo a matriz:
- Numerar os nós
- Numerar as barras
- Efetuar o mapeamento da matriz de rigidez local na matriz global.
Elemento 1
Elemento 2
Elemento 3
Posicionam-se os termos das matrizes locais na matriz de rigidez global através da posição e tipo de deslocamento dos
nós. Para a mola simples, o único tipo de deslocamento é translacional.
Nota-se que o resultado é o mesmo que o encontrado pelo Princípio dos Trabalhos Virtuais. A matriz de rigidez global
da estrutura é expressa por:
A partir das expressões gerais do trabalho virtual, podem-se desenvolver expressões para os trabalhos virtuais no
interior de corpos deformáveis.
Onde, na expressão acima, os termos com acento circunflexo representam componentes virtuais de tensão e
0
deformação. Os superescritos, , indicam componentes de tensão ou deformação iniciais enquanto que o superescritos,
, é utilizado para identificar componentes de tensão e/ou deformação de origem térmica.
Treliças
Em treliças, a única componente do tensor de tensões atuante na seção normal ao eixo da barra é a componente
normal. Portanto, para barras tracionadas ou comprimidas na direção x, os tensores de tensão e deformação podem
ser representados por:
Supondo que o módulo de elasticidade, E, seja homogêneo na área da seção transversal, ≠ ( , ), o trabalho virtual
interno pode ser reescrito como:
Onde:
Designando ( ) como o campo de deslocamento nas coordenadas locais da barra, supõe-se que se pode expressar o
campo de deslocamentos real por:
1) Ser compatível
2) Permitir deslocamento de corpo rígido
3) Deve, no mínimo, conter um estado de Deformação Constante.
Conter um estado de deformação constante equivale a dizer que contém a solução da equação diferencial do problema
para cargas aplicadas somente nos nós. Função compatível é uma função contínua e que respeite as condições de
contorno.
Para cargas aplicadas nas extremidades, N é constante. Neste caso, derivando a equação, tem-se:
Portanto, precisa conter no mínimo a função linear, de forma a satisfazer a condição 3).
Substituindo a e b em , tem-se:
Assim:
Sendo o deslocamento total do elemento. Ou seja, se , então a barra terá o deslocamento de corpo rígido,
satisfazendo a condição 2).
Substituindo no :
A partir de:
Tem-se:
Considerando os trabalhos virtuais gerados pelas forças oriundas de variação de temperatura e deformação inicial,
tem-se:
Como o deslocamento virtual é qualquer:
Observe que o deslocamento e força estão expressas em coordenadas locais (x,y) da barra. Deseja-se expressar o
campo de deslocamento em coordenadas globais ( , ).
Transpondo:
Substituindo na equação ( ), tem-se:
Onde:
Para expressar esta equação no sistemade eixos globais (X,Y), é necessário expressar os deslocamentos locais em
função do deslocamentos globais como a seguir:
Substituindo em , tem-se:
Para o caso tridimensional, a matriz de transformação de coordenadas pode ser expressa por:
Onde:
Logo:
Como o deslocamento virtual é qualquer:
Caso a carga sobre um elemento seja distrubuída, calcula-se o carregamento equivalente em cada nó.
Sendo o carregamento nodal equivalente.
Para um elemento de treliça no espaço com carga nos nós e carga distribuída, a equação da treliça se torna:
Para barras de seção circular, a expressão do trabalho virtual interno pode ser escrita em coordenadas polares:
Onde:
Portanto:
Em que G é o módulo de elasticidade ao cisalhamento. A deformação virtual também pode ser expressa em termos do
ângulo de rotação da seção, ou seja:
Definindo:
Tem-se:
Pode-se demonstrar², para outras formas de seção transversais, que o trabalho virtual interno em barras solicitadas por
torção é genericamente expresso por:
Onde:
As componentes de tensão de cisalhamento na torção de barras de seção circular são dadas por:
Logo:
Resulta em:
Sendo assim, ( ) satisfaz todos os requisitos para que a solução de elementos finitos convirja para a solução do
problema.
Observe que o campo deslocamento virtual possui as mesmas funções de forma dos deslocamentos reais. Substituindo
no trabalho virtual, tem-se:
[PI1] Comentário: Usa-se uma notação
diferente para esta fórmula logo abaixo.
Logo:
Sendo o deslocamento virtual qualquer, para cargas aplicadas somente nos nós, tem-se:
Na forma matricial:
Onde:
1) Para:
Figura 3 - Exemplo
(Torção distribuída)
Tem erro do x
Tem-se:
Sendo:
2) Para:
Tem-se:
Vigas
Onde:
Assim:
Considerando o material como isotrópico, não haverá cisalhamento por variação da temperatura.
Embora varie ao longo da seção transversal, é conveniente considerá-la constante na seção. O cisalhamento na
seção transversal da viga é simplificado de acordo com o modelo proposto por Timoshenko¹, em que se
adiciona uma constante para representá-lo, de modo que a energia de deformação no modelo real e
simplificado se mantém. A constante de Timoshenko se torna relevante em vigas de alma grande ou
estruturas como as hélices de um helicóptero.
¹ Timoshenko, S.P, “On the Correction for Shear of the Differential Equation for Transverse Vibration
Assim:
Assim, a componente de tensão de cisalhamento na seção transversal pode ser reescrita como:
Adotando e , e substituindo na expressão do trabalho virtual interno, segue que:
Onde
Figura 2.22: (a) Linha elástica, Momento de flexão e esforço cortante ao longo de uma viga. (b) Momento estático em
vigas de seção transversal qualquer da viga. (c) Momento estático em viga de seção retangular.
Ou seja, todas as cargas são aplicadas nos nós. Considerando o elemento de seção e material constante
( = ), tem-se:
Assim, pelo estado de deformação constante:
Condição de estabilidade:
Condições de contorno:
Condições de contorno:
Em , tem-se:
Em , tem-se:
Calculando:
Tem-se:
Calculando:
Obtém-se:
Substituindo em , encontra-se:
Similarmente:
Ou:
Onde:
- Para:
Tem-se:
- Para:
Tem-se:
Substituindo em , tem-se:
Assim:
Ou seja, caso o momento inicial seja constante, só haverá trabalho interno referente ao ângulo .
Onde:
O pode ser encontrado de forma similar ao trabalho interno virtual devido à deformação inicial, considerando
constante. Assim:
Assim como a deformação inicial devido a um raio de curvatura constante na barra, a variação de temperatura entre as
faces da barra irá gerar trabalho interno referente ao ângulo .
A diferença de temperatura entre as faces da barra irá gerar uma curvatura devido à
expansão diferente na seção.
Calculando:
Assim:
**Obs:
No elemento de treliça, a temperatura pode variar ao longo de x e é constante na seção. Desta forma, a variação de
temperatura pode ocasionar tensão normal à seção da barra.
[PI3] Comentário: Essa é uma fórmula de
deformação, não? Pois acima está como
deformação, acho.
Ou:
Funções de forma
O estado de deformação constante na viga é encontrado por:
Cada função de forma é a participação do termo na deformada do elemento, para qualquer elemento obtido pelo
estado de deformação constante ( ) e compatibilidade.
Tais funções devem satisfazer o deslocamento de corpo rígido: [PI4] Comentário: Não se verificou o
deslocamento de corpo rígido como nos outros
elementos.
Logo:
Treliça:
Viga:
Então:
Figura 34 – Transformação de coordenadas
Onde:
Similarmente:
Assim:
Sendo que: