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Convidada Especial: Isabel Victoria Marazina

ANAIS DOS EVENTOS ISBN: 978-85-64616-04-2

Anais de Resumos/Organizador: Solange Aparecida Emílio

Núcleo de Estudos em Saúde Mental e Psicanálise das Configurações Vinculares - NESME


Dados da Obra
Título: Anais de Resumos do XI Congresso Brasileiro de Psicanálise das Configurações Vinculares; XIII Encontro Luso-
brasileiro de Grupanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo; IX Encontro Paulista de Saúde Mental; XIII Jornada da
SPAGESP
Tipo: Título Independente / Assunto: PSICOLOGIA

Obs.: O conteúdo destes anais poderá ser reproduzido de forma parcial, desde que citada a fonte.

Instituições Promotoras:

NESME - Núcleo de Estudos em Saúde Mental e Psicanálise das Configurações Vinculares

SPGPAG - Sociedade Portuguesa de Grupanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo

SPAGESP - Sociedade de Psicoterapias Analíticas Grupais do Estado de São Paulo


Comissão Organizadora Local:
Presidente: Solange A. Emilio
Secretaria: Ângela H. Teixeira
Apoio da Secretaria: Carla Lam
Tesouraria: Andreza Buzaid
Apoio da Tesouraria: Amaury Rufatto

Comissão Científica e Organizadora Interinstitucional e Internacional:

Beatriz Silverio Fernandes - NESME e SPAGESP


Cláudia Galácia Fernandes - Recife e região
Domingos Silva - SPGPAG
Edilberto Maia - Centro de Estudos de Psicanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo do Pará
Fernanda Maria Gomes - SPAGESP
Fernanda de Oliveira Cecchi - SPAGESP
Josiane Perussi Rodrigues - SPAGESP
Lazslo Ávila - NESME, SPAGESP e profissionais da região de São José do Rio Preto
Liliana Scatena - SPAGESP
Luis Carlos Osorio – GRUPPOS e profissionais da região Sul do país
Mário David - SPGPAG
Paula Carvalho - SPGPAG
Sebastião Molina Sanches - profissionais da região de Campinas
Tânia Aldrighi Flake - NESME
Waldemar José Fernandes - NESME e SPAGESP

Tema Central:

Ressonâncias da grupalidade: O estranho e o familiar em nós, entre nós e nos outros

Subtemas:

A clínica de grupos, famílias e casais.


Ressonâncias da grupalidade.
Raízes - o que se mantém e o que se transforma.
A viagem entre o "NÓS" (instância do grupo no EU) e os outros.
Saúde mental e instituições.
Grupanálise e Psicanálise Vincular - semelhanças e diferenças.
A formação de grupoterapeutas e de psicanalistas de grupo.
Os vínculos e as novas tecnologias.
Interculturalidade / Transculturalidade.
Grupos e Configurações Vinculares.
Família: papéis e identificações.
Fenômenos e Processos Grupais.
Grupos na formação profissional.
O estranho e o familiar em nós, entre nós e nos outros.
A parentalidade na contemporaneidade.
Estudos e reflexões em saúde.
A Psicanálise Vincular, os grupos e as instituições.
Ressonâncias familiares.
Separações e exclusões - intolerâncias: o estrangeiro entre nós.
Reflexões e ressonâncias da grupalidade.

Público-alvo: psicólogos, médicos, assistentes sociais, profissionais da saúde e educação, estudantes


universitários dessas áreas.
Carta aos participantes

Caros colegas e amigos:

Mais um Congresso Brasileiro de Psicanálise das Configurações Vinculares está sendo organizado pelo NESME. Já
estamos na 11ª edição e temos contado com a parceria da SPAGESP e com a presença de participantes de vários
estados brasileiros e de diferentes setores: universidades, instituições, consultórios particulares, organizações não
governamentais, etc.
A novidade é que dessa vez o evento será em conjunto com a SPGPAG, realizando assim também o Encontro Luso-
brasileiro de grupanálise e psicoterapia analítica de grupo.
Um evento quádruplo e internacional:
XI Congresso Brasileiro de Psicanálise das Configurações Vinculares
XIII Encontro Luso-Brasileiro de Grupanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo
IX Encontro Paulista de Saúde Mental
XIII Jornada da SPAGESP
As instituições brasileiras e portuguesa que trabalham com grupos vêm durante os últimos 25 anos realizando eventos
e muitas trocas em seus campos de trabalho, sem, contudo, desconsiderar a singularidade de cada país/continente.
Por isso, a organização desse evento é muito preciosa.
A escolha do tema e da programação do Congresso foi construída em conjunto para contemplar os trabalhos realizados
em cada país e promover a vivência em diferentes tipos de grupos - como os Grupos de Acolhimento (GA) e Grupos
de Discussão (GD), uma marca em nossos congressos no Brasil, e os Grandes Grupos, tradicionais em Portugal.
O tema “Ressonâncias da grupalidade: o estranho e o familiar em nós, entre nós e nos outros” leva-nos a pensar nos
vínculos - seja no grupo terapêutico, na família, com colegas de trabalho, em instituições e na sociedade; como
também, que é na presença do outro que podemos perceber o que é familiar e o que é estranho em nós mesmos, nos
outros ou nas relações estabelecidas.
Desejamos a todos um bom congresso, rico em construção de saberes e vínculos.

Solange Aparecida Emílio e Carla Lam


(Comissão Organizadora Local)

Atividades do Evento

O NESME é uma instituição que estuda e pratica grupos e não poderia ser diferente durante o Congresso. Assim, temos
tradicionalmente realizado vários momentos de grupos durante o Congresso.

Detalhamento dos grupos:

Grupos de Acolhimento - têm como objetivo principal receber os participantes e já começar a integrá-los na
experiência de grupo e no contato interpessoal. Acontecem no momento do pré-congresso. Os participantes são
inscritos de forma aleatória em pequenos grupos, para que já possam começar a se conhecer.
Grandes Grupos de Reflexão - acontecem no início das manhãs de atividades, na sala maior, com todos os
participantes organizados de forma espiral. Têm como objetivo principal a expressão e vivência de ideias, questões e
relacionamentos no evento. Eles não têm um tema pré-fixado e muito menos um evento disparador objetivo. É no
encontro e na experiência grupal que se constrói o conhecimento sobre o grupo e sobre si mesmo. No último dia do
evento teremos um Grande Grupo de Reflexão Final, que será a última atividade antes do encerramento e após a
apresentação de uma síntese do que foi visto e vivenciado no Congresso; constitui um importante momento de
elaboração de afetos, avaliação geral do evento e levantamento de possíveis temas e questões para próximos
encontros.
Grupos de Discussão - são grupos psicanalíticos realizados após as apresentações em mesas redondas, mesas de
comunicações temáticas e sessões de pôsteres e coordenados por especialistas em grupos. Com isso, procuramos
quebrar, pelo menos parcialmente, o nível de funcionamento grupal de dependência, tradicional nos Congressos,
partindo para uma discussão horizontal e criativa. De maneira democrática, tais grupos estimulam a circulação do
saber de cada participante, despertam associações e constroem novo conhecimento a partir do material exposto pelos
participantes/autores de trabalhos.
Fórum de Entidades - realizado pelos congressistas que pertencem a grupos/núcleos de estudos e instituições que
estudam grupos e universidades com o objetivo de pensar e delinear ações de fomento à prática grupal.
Grupo para Estudantes de Graduação - tem a finalidade de proporcionar um espaço de reflexão sobre a formação e
atuação profissional, além de possibilitar o vínculo entre estudantes de diferentes faculdades, cidades e estados.
Sarau - momento descontraído para estarmos juntos com muita música e poesia, para o qual todos estarão
convidados.

Vejam o resumo das atividades abaixo:

18 de maio 19 de maio 20 de maio 21 de maio


Quinta Sexta Sábado Domingo

9h - 9h30
8h30 - 10h 8h30 - 10h
Síntese Isabel
Grande Grupo de Reflexão Grande Grupo de Reflexão
Marazina

10h - 10h30 10h - 10h30 9h30 - 11h


Café Café Grande Grupo de
Reflexão Final
10h30 - 11h30
10h30 - 11h30
Mesas de Comunicação 11h - 11h30
Mesas Redondas
Temática Mesa de
MR 1, 2 e 3
MCT 5, 6, 7 e 8 Encerramento
11h30 - 12h30 11h30 – 12h30
Grupos de Discussão Grupos de Discussão
12h
Abertura da Secretaria e
Credenciamento 12h30 - 14h30 12h30 - 14h30
Almoço Almoço

14h30 - 15h30 14h30 - 15h30


14h - 17h Mesas de Comunicação Temática Mesas Redondas
Minicursos e Oficinas MCT 1, 2, 3 e 4 MR 7, 8 e 9
Pré-Congresso 15h30 - 16h30 15h30 - 16h30
Grupos de Discussão Grupos de Discussão
16h30 - 17h 16h30 - 17h
Café Café
17h - 18h
Mesas Redondas 17h - 18h30
17h30 - 18h30 MR 4, 5 e 6 Pôsteres 1, 2 e 3
Grupos de Acolhimento seguidos de Grupos de Discussão
18h - 19h
18h40 - 19h Grupos de Discussão 18h30 - 19h30
Mesa de Abertura Assembleia exclusiva para
19h - 20h membros do NESME
Fórum de Entidades
19h - 20h30
e Grupo para Estudantes de
Conferência de Abertura
Graduação

20:30 - 21:00
Coquetel

21h - 22h30
Sarau
Programação

Quinta-feira - 18/05/2017

12:00 - Abertura da Secretaria e Credenciamento

14:00 às 17:00 - Minicursos e Oficinas Pré-Congresso

Minicursos
• Análise Institucional - questões que atravessam as práticas de Saúde Mental. Sala Monte Carlo
Isabel Victoria Marazina (3 horas)
• Uma introdução teórica e vivencial aos grupos operativos. Sala Monterrey
Pablo de Carvalho Godoy Castanho (2 horas - 15:00 às 17:00)

Oficinas
• Vivência do Bambu. Sala da Lareira
Mauro Hegenberg (3 horas)
• Como atender sistemas humanos (grupos, casais, famílias, empresas). Sala Millenium
Luiz Carlos Osorio (3 horas)
• A Intervenção Terapêutica no Atendimento com Casais e Famílias. Sala Ipê
Ruth Blay Levisky, Silvia Brasiliano e Maria Lucia de Souza Campos Paiva (3 horas)
• Os mediadores terapêuticos: o pictograma grupal - a sua utilidade na clínica com grupos, famílias, situações
de crise. Sala Jacarandá
María Antonieta Pezo (3 horas)

17:30 às 18:30 - Grupos de Acolhimento

• Sala Millenium - Andreza V. Buzaid


• Sala Monterrey - Angela H. Teixeira
• Sala Monte Carlo - Osvaldo Santana

18:40 às 19:00 - Mesa de Abertura


Solange A. Emilio (Presidente do NESME); Josiane Perussi Rodrigues (Secretária da SPAGESP) e Isaura Manso Neto
(Presidente da SPGPAG) - Sala Millenium

19:00 às 20:30 - Conferência de Abertura: “Quem tem medo dos Grupos Terapêuticos? Paradoxos e Mais valias”
Isaura Manso Neto - Sala Millenium

20:30 às 21:00 - Coquetel


Bar do Hotel
Sexta-feira - 19/05/2017

8:30 às 10:00 - Grande Grupo de Reflexão


César Vieira Dinis (Portugal) e Waldemar J. Fernandes (Brasil) - Sala Millenium

10:00 às 10:30 - Café

10:30 às 12:30 - Mesas Redondas e Grupos de Discussão

MR 01: A clínica de grupos, famílias e casais. Sala Millenium


Presidente: Paula Carvalho
Coordenação GD: Rose P. Toledo

• Grupo com irmãos: terapia dos vínculos fraternos. Josiane Perussi Rodrigues e Fernanda M. Gomes
• Terapia de Casais. Luiz Carlos Osorio
• Um estranho entre nós. Mariana Marchi Galon, Marina Faustini Rasteiro e Silvia Maria Bonassi

MR 02: Ressonâncias da grupalidade. Sala Monterrey


Presidente: Valéria Lisondo
Coordenação GD: Cláudia Bolela

• O vai e vem dos afetos nos vínculos em psicoterapia de grupo de inspiração psicanalítica. Beatriz Silverio
Fernandes
• Transdisciplinaridade e transculturalidade: experimentando sutilezas que sustentam resistências ou potências
para a vivência com a diversidade. Maria de Lourdes Feriotti
• A grupalidade na música Maria Maria: uma visão musical e baktiniana. Cláudio Nazaré Silveira

MR 03: Raízes - o que se mantém e o que se transforma. Sala Monte Carlo


Presidente: Edson Rufino
Coordenação GD: Pablo Castanho

• Escuta psicanalítica à mulher no pré-parto e possíveis consequências da ausência de afetividade. Miriam de


Castro Aguiar Braga, Silvia Maria Bonassi e Aline Eiko Koga Salgueiro
• Eu e os outros - o contributo de Fairbairn. Domingos Carreto Silva
• Drogadição e Transicionalidade: Intervenção Psicanalítica. Bárbara Castro Pecinelli Céfalo e Alexandre dos
Santos

12:30 às 14:30 - Almoço

14:30 às 16:30 - Mesas de Comunicação Temática e Grupos de Discussão

MCT 01: Grupos e Configurações Vinculares. Sala Millenium


Presidente: Maria Alcida Aquino Freitas
Coordenação GD: Fátima Rolim Rosa

• Terapia de Casal: olhar da Psicanálise, Configurações Vinculares e Teoria Sistêmica. Fernanda de Oliveira
Cecchi e Liliana Scatena
• Trabalhando em grupo com os gestores da unidade de saúde da Faceres. Ester Franco de Souza Freitas Silva,
Maria Carolina Gatti, Fernanda do N. P. Quessada, Felipe Colombelli Pacca e Patrícia Maluf Cury
• Um olhar de cuidado para o aluno do curso de medicina da Faceres. Ester Franco de Souza Freitas Silva, Maria
Carolina Gatti, Fernanda do N. P. Quessada, Felipe Colombelli Pacca e Patrícia Maluf Cury
Sexta-feira - 19/05/2017

14:30 às 16:30 - Mesas de Comunicação Temática e Grupos de Discussão

MCT 02: Família: papéis e identificações. Sala Monterrey


Presidente: Rose P. Toledo
Coordenação GD: Tânia A. Flake

• Relato de caso em psicodiagnóstico: adoção e conflito emocional. Jussara Esteves Pereira, Lidiane Pinto Lunkes
e Alexandre dos Santos
• Como nossos pais: a função da identificação na construção dos modelos. Edilberto Clairefont Dias Maia
• A influência dos modelos parentais nos vínculos conjugais e familiares: um estudo sobre a efemeridade dos
casamentos contemporâneos. Reinaldo Pereira da Cruz e Mary Yoko Okamoto

MCT 03: Fenômenos e Processos Grupais. Sala Monte Carlo


Presidente: Beatriz S. Fernandes
Coordenação GD: Fernanda M. Gomes

• Práticas grupais: intervenções psicológicas em grupo no Estágio de Processos Grupais. Jobert Teixeira Costa e
Cláudia Alexandra Bolela Silveira
• Supervisão em grupo: potencialidades e limitações. Juan Adolfo Brandt
• O Terapeuta perante o Grupo. Reflexões Teóricas e Clínicas. Mário José Melo e Matos David
• Resistências antes e durante o processo grupanalítico. Angela Maria Mendes Pedrosa Ribeiro

MCT 04: Grupos na formação profissional. Sala da Lareira


Presidente: Josiane Perussi Rodrigues
Coordenação GD: Paulo Manuel Baptista da Mota Marques

• Processos grupais para a promoção de comunicação e autonomia na formação profissional. Camila Leme
Cardenuto Alvarado, Jocasta Knihs, Solange Aparecida Emilio e Isabela Mendes Coelho
• Grupo de acolhimento ao ingressante no ensino superior: espaço de transformação e integração à vivência
acadêmica e de promoção de saúde mental. Mayara Karolina Alvarenga Recaldes Gomes Coutinho e Silvia
Maria Bonassi
• Projeto de ensino de graduação sobre Psicanálise Infantil: o estranho e o familiar na formação analítica no
campo da saúde mental. Silvia Maria Bonassi e Mayara Karolina Alvarenga Recaldes Gomes Coutinho
• Grupos em instituições de ensino: um espaço para cuidar da saúde mental por meio da arte. Tiago Batista da
Costa e Cláudia Alexandra Bolela Silveira

16:30 às 17:00 - Café

17:00 às 19:00 - Mesas Redondas e Grupos de Discussão

MR 04: A viagem entre o "NÓS" (instância do grupo no EU) e os outros. Sala Millenium
Presidente: Edilberto Maia
Coordenação GD: Betty Svartman

• Psicoterapia Analítica de Grupo e Eu. Ricardo Maximiliano Pelosi


• Grupo terapêutico. Todos no mesmo barco - destino incerto. Waldemar José Fernandes
• Desatando 'nós', tecendo laços: a delicadeza e nuances na construção de vínculos com grupos em um serviço
público de saúde. Maria José Rodrigues da Cruz e Rosa Junqueira Correa
Sexta-feira - 19/05/2017

17:00 às 19:00 - Mesas Redondas e Grupos de Discussão

MR 05: Saúde mental e instituições. Sala Monterrey


Presidente: Sueli Cândida Maciel
Coordenação GD: Ismênia de Camargo

• Resiliência e grupo operativo: uma experiência com participantes de um Centro de Convivência para Terceira
Idade. Valéria Silva de Matos Pires
• ENCONTROS E NÓS: grupos com familiares em instituições de ensino. Cláudia Alexandra Bolela Silveira
• Transferência e contratransferência na clínica psicanalítica com religiosos. Juan Adolfo Brandt

MR 06: Grupanálise e Psicanálise Vincular - semelhanças e diferenças. Sala Monte Carlo

Presidente: Domingos Carreto Silva


Coordenação GD: Maria Ondina da Silva Peruzzo

• Grupanálise - uma Psicoterapia Relacional. Paulo Manuel Baptista da Mota Marques


• Os grupos e a construção da subjetividade - Quem é o estranho? Lazslo Antonio Ávila
• A hipótese de um vínculo de libertação no trabalho com pequenos grupos: renovando possibilidades de estar
juntos. Pablo Castanho

19:00 às 20:00 - Fórum de Entidades


Coordenado por Solange A. Emílio - Sala Monterrey

19:00 às 20:00 - Grupo para Estudantes de Graduação


Coordenado por Maria Carolina Gatti - Sala Millenium

Sábado - 20/05/2017

8:30 às 10:00 - Grande Grupo de Reflexão


César Vieira Dinis (Portugal) e Waldemar J. Fernandes (Brasil) - Sala Millenium

10:00 às 10:30 - Café

10:30 às 12:30 - Mesas de Comunicação Temática e Grupos de Discussão

MCT 05: O estranho e o familiar em nós, entre nós e nos outros. Sala Millenium
Presidente: Sebastião Molina Sanches
Coordenação GD: Edilberto Maia

• Um estranho em mim: relato de experiência com um grupo de grávidas. Ana Claudia Aparecida Neves Unger
Lamas Rosa, Bruno Bonfá Araújo e Wilma Magaldi Henriques
• Grupoterapia com adolescentes: um espaço de interação e elaboração psíquica. Larissa Sarah Cristhina Pires
Oliveira e Claudia Alexandra Bolela Silveira
• Vivenciando uma bela troca de experiência entre gerações. Maria Carolina Gatti, Claudia Roberta Amadeu de
Castilho e Ênia Claudia de Oliveira Z. Duarte
• Um grupo que cuida do cuidador de idoso com DA. Maria Carolina Gatti, Cristiane Garcia da Costa Armentano
e Heleny Silvia Scrocchio Romero
Sábado - 20/05/2017

10:30 às 12:30 - Mesas de Comunicação Temática e Grupos de Discussão

MCT 06: A parentalidade na contemporaneidade. Sala Monterrey


Presidente: Mário J. M. M. David
Coordenação GD: Amaury T. Rufatto

• Parentalidade e relações de gênero no atendimento do filho que é porta-voz de seus pais. Michelle Cristina
Moreira, Liliana Scatena e Shelen Patricia de Castro
• Função parental, o desenvolvimento psicológico no século XXI: considerações psicanalíticas sobre função
materna independente do gênero. Luiza Benedetti Alves Garcia e Silvia Maria Bonassi
• A experiência emocional de casais na transição para a parentalidade: um estudo de caso. Mariana Biffi e Tania
Mara Marques Granato

MCT 07: Estudos e reflexões em saúde. Sala Monte Carlo


Presidente: Maria Gizelda R. O. Dias
Coordenação GD: Rachel Giacoia

• Transmissão de dor psíquica entre gerações: relação mãe e filha e o transtorno alimentar. Larissa Machado
Bueno, Liliana Scatena e Paula Barbosa Rejane
• Avaliação do estresse de doentes renais crônicos: a saúde mental no serviço de hemodiálise. Silvia Maria
Bonassi e Renato Amaro Zângaro
• A Observação da Relação Mãe Bebê (ORMB) em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Thays Puerta Carvalho
e Isabela Gimenez Manna Oliveira
• O alcoolismo pós-cirurgia bariátrica: apontamentos sobre o sofrimento de mulheres atendidas em um serviço
ambulatorial. Livia Maria Amaral de Brito, Silvia Brasiliano e Patricia Brunfentrinker Hochgraf

MCT 08: A Psicanálise Vincular, os grupos e as instituições. Sala da Lareira


Presidente: Maria Ondina S. Peruzzo
Coordenação GD: Luis Carlos Osorio

• Conversando sobre a clínica do NESME. Ismênia de Camargo e Tânia Aldrighi Flake


• A importância da Psicanálise no tratamento da compulsão alimentar. Juliana Ferreira Santos Farah e Pablo de
Carvalho Godoy Castanho
• Raízes e Transformação: a traição virtuosa na empresa familiar. Valeria Cecília Dorado Lisondo

12:30 às 14:30 - Almoço

14:30 às 16:30 - Mesas Redondas e Grupos de Discussão

MR 07: A formação de grupoterapeutas e de psicanalistas de grupo. Sala Millenium


Presidente: Fátima Rolim Rosa
Coordenação GD: Angela Maria Mendes Pedrosa Ribeiro

• O estranho e o familiar em meio à formação de estagiários de Psicologia. Wilma Magaldi Henriques


• O uso de objetos mediadores nos grupos de formação de psicoterapeutas e coordenadores de grupos. Rose
Pompeu de Toledo
• Ressonâncias da grupalidade - o(s) nós nos encontros dos grupos de discussão. Osvaldo Santana e Solange A.
Emílio
Sábado - 20/05/2017

14:30 às 16:30 - Mesas Redondas e Grupos de Discussão

MR 08: Os vínculos e as novas tecnologias. Sala Monterrey


Presidente: Liliana Scatena
Coordenação GD: Beatriz S. Fernandes

• A imagem de si mesmo, a imagem grupal e as questões da virtualidade. Marly Terra Verdi


• Ressonâncias de comportamentos suicidas na realidade.com e a Saúde Pública: algumas reflexões. Ana Vitória
Salimon C. dos Santos e Lazslo Antonio Ávila
• Uma reflexão sobre os grupos de WhatsApp® dos profissionais de saúde. Fellipe Miranda Leal

MR 09: Interculturalidade / Transculturalidade. Sala Monte Carlo (piscina)


Presidente: Francisco Cruz
Coordenação GD: Juan Adolfo Brandt

• Grupo de acolhimento e escuta a gestantes e mães- bebês migrantes no alojamento social do Amparo
Maternal: as dores de partir e de chegar. Tereza Marques de Oliveira e Cigala Peirano Iglesias
• Viajando entre a Clínica Transcultural e a Grupanálise: migração entre a Antropologia e a Psicanálise. Thames
Cornette-Borges e Marie Rose Moro

16:30 às 17:00 - Café

17h às 18h30 - Pôsteres e Grupos de Discussão

P 01: Ressonâncias familiares. Sala Monterrey


Sintetizador: Ricardo M. Pelosi e Fernanda Maria Gomes
Coordenação GD: Andreza V. Buzaid

• Quando "meu bem" se transforma em "meus bens". Sidney K. Shine e Martha Maria Guida Fernandes
• O imaginário coletivo de crianças sobre a maternidade: um estudo por meio do Procedimento Desenho-Estória
com Tema. Isabela Gimenez Manna Oliveira e Thaysa Brinck Fernandes Silva
• “Até que algo os separe”: um estudo sobre o estabelecimento e a manutenção do casamento na
contemporaneidade. Juliana Beatriz Ferreira de Souza e Thassia Souza Emidio
• Processos inconscientes no vínculo primitivo mãe-bebê. Neuzeli Antonia da Silva, André Bigi, Silvia Maria
Bonassi e Tamires Xavier Batista
• Quando a gestação continua na incubadora: a formação do vínculo pais-bebê. Isabela Gimenez Manna Oliveira
e Thays Puerta Carvalho

P 02: Separações e exclusões - intolerâncias: o estrangeiro entre nós. Sala Monte Carlo
Sitentizador: Betty Svartman
Coordenação GD: Paula T. Carvalho

• Intolerância e exclusão escolar: implicações na relação vincular. Josiane Perussi Rodrigues


• Alzheimer, sintomas e grupos: uma revisão sistemática integrativa. Felipe Santos da Silva, Liandra Aparecida
Orlando Caetano e Cláudia Alexandra Bolela Silveira
• Lidando com o suicida em terapia grupal. Relato de experiência. Maria Alcida Aquino Freitas
• Intervenções em grupos com homens em situação de vulnerabilidade social. Karoline Fialho de Lima, Talytta
Cristhine Rodrigues, Rodolpho Pires, Solange Aparecida Emílio, Felipe Corte e Lucas Babrikowski
Sábado - 20/05/2017

17h às 18h30 - Pôsteres e Grupos de Discussão

P 03: Reflexões e ressonâncias da grupalidade. Sala Millenium


Sintetizadora: Wilma Magaldi Henriques
Coordenação GD: Lazslo Ávila

• Inibição, Falso-self e Estereotipia: reflexões na perspectiva vincular. Flávia Toledo Lima e Flávio Eduardo Piva
Bosso.
• EntreNós: Trabalhando os desafios juventude com adolescente da periferia de São Paulo usando arte como
linguagem. Ana Carolina Camargo Cortes e Juliana Ferreira Santos Farah
• Reflexões da prática profissional em Clínica-Escola de Psicologia. Diana Pontes Ferreira da Silva e Elisângela de
Alencar Barbosa
• Reflexões sobre a influência do vínculo em contexto institucional. Diana Pontes Ferreira da Silva, Maricelma
Silva da Costa, Paulo Vinícius Barbosa Chaves e Victor Hugo Basílio Wanderley
• Residências Terapêuticas na Perspectiva Vincular. Flavio Eduardo Piva Bosso e Flávia Toledo Lima

18:30 às 19:30 - Assembleia do NESME (exclusiva para membros)


Sala Monterrey

21:00 às 22:30 - Sarau

Domingo - 21/05/2017

09:00 às 09:30 - Síntese do Evento


Isabel V. Marazina - Sala Millenium

9:30 às 11:00 - Grande Grupo de Reflexão Final


César Vieira Dinis (Portugal) e Waldemar J. Fernandes (Brasil) - Sala Millenium

11:00 às 11:30 - Mesa de Encerramento


Solange A. Emílio e Rose P. Toledo - Sala Millenium
Anais de Resumos do XI Congresso Brasileiro de Psicanálise das Configurações Vinculares; XIII Encontro Luso-brasileiro de Grupanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo; IX Encontro Paulista de Saúde Mental; XIII Jornada da SPAGESP
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Minicursos e Oficinas Pré-Congresso

Minicursos

Análise Institucional - questões que atravessam as práticas de Saúde Mental


Isabel Victoria Marazina

Essa atividade pretende colocar à disposição dos participantes os conceitos básicos da disciplina da Análise
Institucional e dialogar através deles com questões que atravessam as práticas de Saúde Mental. Está
apoiada na troca de experiências com os próprios participantes, a partir das práticas que desenvolvem no
campo.

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Uma introdução teórica e vivencial aos grupos operativos


Pablo de Carvalho Godoy Castanho (USP/ Nesme/ IAGP)

Iniciamos com uma introdução teórica sobre os grupos operativos focando nos conceitos-chave para
sustentação de sua prática. Seguimos para uma vivência de grupo operativo. A parte teórica estaria focada
no texto: CASTANHO, P. . Uma Introdução aos Grupos Operativos: Teoria e Técnica. Vínculo (São Paulo.
Impresso), v. 9, p. 47-60, 2012.

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Oficinas

Como atender sistemas humanos (grupos,casais,famílias,empresas)


Luiz Carlos Osorio (Gruppos)

Breve introdução, com apresentação de slides, dos marcos referenciais teóricos que utilizo, com ênfase nas
contribuições do pensamento sistêmico à compreensão dos sistemas humanos. A seguir, utilização do
próprio grupo de participantes da oficina, através de exercícios ilustrativos, e projeção de filmes ilustrativos
para contextualizar as ideias contidas no propósito da atividade.

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Vivência do Bambu
Mauro Hegenberg (Sedes Sapientiae)

A vivência se propõe, a partir de uma experiência com o corpo, música e bambus, demonstrar a importância
de um conceito fundamental de Winnicott, o espaço transicional, além de abordar, a partir de power-point,
alguns conceitos básicos da teoria Winnicottiana.

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Anais de Resumos do XI Congresso Brasileiro de Psicanálise das Configurações Vinculares; XIII Encontro Luso-brasileiro de Grupanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo; IX Encontro Paulista de Saúde Mental; XIII Jornada da SPAGESP
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Oficinas

A Intervenção Terapêutica no Atendimento com Casais e Famílias


Ruth Blay Levisky (NESME), Silvia Brasiliano (NESME/Hospital das Clínicas da FMUSP) e
Maria Lucia de Souza Campos Paiva

Na contemporaneidade, já não é possível pensar em um único modelo de casamento ou de família.


Tampouco, fazer previsões a respeito da durabilidade de um vínculo matrimonial ou familiar, uma vez que
vivemos um momento em que muitos vínculos amorosos assumem um caráter mais fluido e passageiro.
Além disso, convivemos com inúmeras formas que um casal ou família podem se organizar. Então, frente
às novas configurações vinculares, como podemos pensar a clínica com casais e famílias e as formas de
intervenção? No intuito de analisar algumas vicissitudes do trabalho clínico com casais e famílias,
discutiremos a questão da intervenção terapêutica a partir do entrelaçamento entre a teoria e a prática na
clínica atual. Pretendemos, inicialmente, expor um breve panorama das várias correntes teóricas da
psicanálise que dão alicerce ao trabalho clínico. Então, utilizaremos a teoria psicanalítica vincular para
abordar as novas configurações vinculares. Serão apresentadas algumas vinhetas clínicas para que se possa
ilustrar e refletir sobre a intervenção terapêutica.

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Os mediadores terapêuticos: O pictograma grupal – a sua utilidade na clínica com grupos, famílias,
situações de crise
María Antonieta Pezo (Universidade de São Paulo)

Nas primeiras entrevistas com famílias, grupos, quando existem situações traumáticas de difícil
comunicação e quando durante o processo terapêutico a palavra se torna instrumento de agressão, se
tornam uteis poder contar com ferramentas que permitam aceder a outros níveis de comunicação. Propor
mediadores terapêuticos pode ser uma ferramenta útil para favorecer o surgimento de fantasias, desejos
e ou vivencias, sem registro simbólico. Os mediadores terapêuticos permitem diversas articulações entre o
interno e externo, entre instancias psíquicas, se opõe ao imediato, a violência do corpo a corpo, permitem
explorar o espaço intrapsíquico e intersubjetivo. O jogo do rabisco introduzido por Winnicott permite uma
modalidade de comunicação profunda, sendo os rabiscos-desenhos, construídos conjuntamente permitem
aceder a estratos mentais do nível do inominável. Inspirados em este dispositivo, construímos o pictograma
grupal, mediador terapêutico útil nas consultas terapêuticas com famílias e com grupos. Alguns conceitos
serão abordados: os espaços psíquicos, o trabalho do pré-consciente, as cadeias associativas grupais, as
funções e formações intermediarias.

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Anais de Resumos do XI Congresso Brasileiro de Psicanálise das Configurações Vinculares; XIII Encontro Luso-brasileiro de Grupanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo; IX Encontro Paulista de Saúde Mental; XIII Jornada da SPAGESP
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Conferência de Abertura

Quem tem medo dos Grupos Terapêuticos? Paradoxos e Mais valias


Isaura Manso Neto (SPGPAG)

A grupalidade proporciona a ressonância do estranho e do familiar. Prefiro dizer que pode proporcionar a ressonância
do que é rígido e destrutivo, mas pretende-se essencialmente que proporcione a ressonância do que é autêntico,
criativo e livre. Voltando à metáfora do desenvolvimento da personalidade para compreender o tratamento
grupanalítico: na Escola Portuguesa de Grupanálise de que faço parte, tendemos a obviar as dificuldades e riscos
destrutivos dos grupos com alguns procedimentos: - tendemos a iniciar um processo grupanalítico por um período
inicial variável de relação dual onde a aliança terapêutica se consolide, numa relação transferencial natural e
inicialmente idealizada que permitirá o embate com o conhecimento da cena primitiva e da dinâmica da fratria. -
tendemos a aumentar a frequência das sessões (2 a 3/semana) não só por razões de estimulação do aparecimento
dos fenómenos transferenciais e sua compreensão/interpretação mas também porque pensamos que é preciso tempo
para cada membro, para o seu passado e presente. Tal como nas famílias os pais têm de prestar atenção a cada filho,
tendo em conta a família como um todo. - tenho verificado que os grupos terapêuticos que conduzimos sobretudo no
privado fora dos constrangimentos e imposições institucionais, são mais pequenos, com um menor nº de membros.
Poderá ser resistência ao trabalho com a grupalidade, pode ser a crise das nossas disciplinas, com a diminuição da
procura que necessariamente dificulta a formação e a manutenção de grupos. Mas cada vez é mais claro para mim
que gosto de trabalhar com grupos menos numerosos (5 membros idealmente) onde posso ser/ter o padrão
grupanalítico em que acredito e de que gosto, onde tento proporcionar a cada membro do grupo a liberdade de
pensar, sentir o seu passado e presente e a responsabilidade de participação no seu destino e no de outros.

Referências bibliográficas:

Badaracco, J.G. (1986). Identification and its vicissitudes in the psychosis; the importance of the concept of the
«maddening object». Int. J. Psychoanalysis, 67: 133146.

Dinis, C. D. (2001). Existir na Net e ser na matriz grupanalítica. Revista Portuguesa de Grupanálise, 3, Outono de
2001.Edição Fim de Século: 17-26.

Freud, S. (1919). O “Estranho” In edição Standard Brasileira das obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud -
Volume XVII. Imago Editora Ltda Rio de Janeiro (1976): 271318 Quinodoz, J.-M. (2004). O Estranho In Ler Freud - Guia
de leitura da Obra de S. Freud. Artmed: São Paulo: 185-189. Mollnos, P. (2002). Shame and Jealousy - the hidden
Turmoils. Ed: Karnac

Neto, I. M. (2014). Psicopatologia Relacional. Os grupos grupanalíticos como situações de eleição para o seu
diagnóstico e tratamento. Revista Portuguesa de Grupanálise, 6976.

Neto, I. M. & Centeno, M. J. (2006) Is there a Crisis in Psychoanalysis and Group Analysis? Essence and preconception.
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Estudos sobre Técnica Psicanalítica. (3th edn). Porto Alegre: Artes Médicas.

The Boston Change Process Study Group (2010). Change in Psychotherapy - A Unifying Paradigm. Ed. W. W. Norton .
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de Psicanálise. Porto Alegre: Artmed: p.131

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Trabalhos Apresentados em Mesas Redondas

MR1 - A Clínica de grupos, famílias e casais

Grupo Com Irmãos: Terapia Dos Vínculos Fraternos


Josiane Perussi Rodrigues (SPAGESP) e Fernanda M. Gomes (SPAGESP)

O trabalho tem por objetivo pensar o atendimento de um grupo de quatro irmãs. As filhas são dos mesmos pais
biológicos, que vivem separados e construíram outras uniões. Todos estão ligados ao Movimento dos Trabalhadores
Rurais sem Terra (MST). Será apresentada uma reflexão a luz da psicoterapia familiar e de grupo sobre todo o processo,
desde o pedido da família, a estruturação dos atendimentos, seus impasses até o fechamento e encaminhamento das
participantes. Analisou-se: vinculação; interrupções; queixas; diferença de idades entre as irmãs e a vida dentro do
MST. Em função das especificidades deste caso, gerou-se o interesse em relatá-la e tentar contribuir para uma melhor
compreensão e análise tanto do grupo atendido, como das novas possibilidades de construção da subjetividade, a
partir das transformações das configurações da instituição família. Ao término do processo, as participantes
evidenciavam amadurecimento e maior segurança para lidar com os conflitos familiares. Seus responsáveis referiam
melhora na qualidade da relação familiar, no desenvolvimento emocional e social das mesmas.

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Terapia De Casais
Luiz Carlos Osorio (Gruppos)

Desde 1980 atendo casais sistematicamente como uma modalidade de grupoterapia. Inicialmente utilizava-me como
marcos referenciais teórico-clínicos para a abordagem dos casais a psicanálise e o psicodrama, a partir de minha
formação profissional nestas duas áreas. Posteriormente inclui os conhecimentos oriundos de minha formação em
terapia familiar sistêmica na Itália durante os anos 80. Resumidamente poderia dizer que visualizo funcionalmente o
casal como um sistema, trato de entender seus participantes segundo a ótica psicanalítica e me utilizo de técnicas
psicodramáticas durante o processo terapêutico. Minha abordagem dos casais é, portanto, uma práxis interdisciplinar.
Após uma sessão inicial para avaliar a motivação do casal e a indicação desta modalidade terapêutica para seu
atendimento estabeleço as “regras do jogo” suficientemente flexíveis para serem alteradas ao longo do processo:
sessões semanais de sessenta a oitenta minutos cada, em número não superior a dez a vinte encontros, que só serão
realizados ou iniciados com a presença de ambos os membros do casal.

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Um Estranho Entre Nós


Mariana Marchi Galon (UFMS), Marina Faustini Rasteiro (UFMS/CPAR) e Silvia Maria Bonassi (UFMS)

Este trabalho foi desenvolvido numa clínica-escola. Durante o processo de psicodiagnóstico infantil e acolhimento
familiar foi constatada a necessidade de psicoterapia familiar. Uma avó procurou pelo atendimento com queixa difusa,
caracterizada por dificuldades de relação familiar e cuidados com os netos os quais ela é a tutora. Elegeu o neto como
sendo o membro “doente” queixando-se de que ele apresentava carência, rebeldia, pouco envolvimento afetivo com
familiares, desempenho escolar insatisfatório e pequenos furtos no ambiente escolar. Os pais das crianças são usuários
de Crack, a mãe se afastou das mesmas para cumprir pena por envolvimento com drogas em outro estado, o pai mora
vizinho e exerce a função paterna de forma negligente. O neto de oito anos viveu por dois em abrigo protetivo e voltou
para a família há quatro. Estão em atendimento os avós paternos e o menino. Através dos sintomas do neto foi possível
compreender a trama familiar, as configurações vinculares para propor intervenção psicoterápica com os envolvidos.
Trabalhou-se o fortalecimento dos vínculos familiares, a elaboração da ferida narcísica deixada pelo abandono e
negligências vividas na primeira infância, assim como a debilidade da avó adotante em aceitá-lo e assumi-lo como
neto, e não um estranho no ninho familiar.

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Trabalhos Apresentados em Mesas Redondas

MR2 - Ressonâncias da grupalidade

O Vai E Vem Dos Afetos Nos Vínculos Em Psicoterapia De Grupo De Inspiração Psicanalítica
Beatriz Silverio Fernandes (NESME/SPAGESP)

O objetivo desta reflexão é discutir sobre o vai e vem dos afetos entre os elementos do grupo, entre si e com o
psicoterapeuta. Esta reflexão é baseada em grupos de crianças e adultos que conseguem manter-se em processo
psicoterápico por mais de 2 anos, num mesmo grupo, com pequenas variações de componentes.
O que promove o envolvimento das pessoas no grupo? Como se relacionam consigo mesmo, com os demais colegas,
com o psicoterapeuta? Como se relacionam com seu entorno? No que resultam os diferentes tipos de vinculação, e a
maneira como cada qual consegue viver, será objeto deste estudo, baseado nos relatos de sessões grupais e nos
estudos da psicanálise das configurações vinculares, assim como de alguns aspectos da Grupanálise.
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Transdisciplinaridade e Transculturalidade: Experimentando Sutilezas que Sustentam Resistências ou Potências


para a Vivência com a Diversidade
Maria De Lourdes Feriotti (PUC-Campinas)

Relato de experiência pedagógica de laboratório, desenvolvida em grupo de estudos de Terapia Ocupacional, com
objetivo de promover reflexões sobre vivência com/na diversidade, como pressuposto para compreensão da
transdisciplinaridade e transculturalidade. Mais que metodologia de interações disciplinares, a transdisciplinaridade
adquire, hoje, uma dimensão ética e política, frente às intolerâncias sociais e ameaças contemporâneas para
sustentabilidade do planeta. Contrário à homogeneização cultural e domínio de uma cultura sobre outras, o enfoque
transdisciplinar é, ele próprio, transcultural, almejando uma civilização que, pelo diálogo intercultural, se abra para a
singularidade de cada um e para a inteireza do ser, enfrentando o difícil trânsito pelas fronteiras da diversidade.
Diversidade compreendida como estranhamento ou reconhecimento da diferença do outro, quanto a ideias, crenças,
costumes, etnias, classes sociais, linguagens, profissões, habilidades, gêneros, etc. Apoiada no método da
Complexidade, essa experiência facilitou a percepção de dificuldades e possibilidades para construção dum projeto
coletivo que pudesse manter a diversidade na unidade e a unidade na diversidade. A experiência consistiu na
confecção coletiva de uma colcha de retalhos, por considera-la metáfora da interação de diversidades numa unidade.
A vivência permitiu identificar diferenças entre movimentos de simples justaposição de partes e movimentos de
interação que preservam a sistemicidade da unidade.

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A Grupalidade na Música Maria Maria: Uma Visão Musical e Baktiniana


Cláudio Nazaré Silveira (Universidade de Franca)

Maria Maria consiste em uma música dos compositores Milton Nascimento e Fernando Brant lançada em 1978 no LP
duplo “Clube da Esquina 2”. Sendo reconhecida mundialmente pela letra e música, retratou a mulher num contexto
sociocultural de uma época marcada pela censura. Portanto, o objetivo deste trabalho consiste em analisar a letra e a
música Maria Maria buscando os aspectos grupais presentes no contexto retratado pela canção. Foi realizada uma
pesquisa bibliográfica e análise da letra e da música a partir do dialogismo de Mikhail Bakhtin e dos aspectos rítmicos
e harmônicos das estruturas musicais. Foi possível verificar que a “Maria” cantada na música representa não só a
mulher como também os grupos sociais, culturais, religiosos e políticos; que na época eram censurados pelo regime
político. Os compositores trabalharam a música por meio do compasso binário e o contratempo, realçando também a
contradição e a mudança de valores na sequência de acordes invertidos.
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Trabalhos Apresentados em Mesas Redondas

MR3 - Raízes – o que se mantém e o que se transforma

Escuta Psicanalítica à Mulher no Pré–Parto e Possíveis Consequências da Ausência de Afetividade


Miriam De Castro Aguiar Braga (UFMS), Silvia Maria Bonassi (UFMS) e Aline Eiko Koga Salgueiro (UFMS)

Segundo Melanie Klein, o psiquismo é um funcionamento dinâmico entre as posições esquizoparanóide e depressiva,
as quais se iniciam com o nascimento e findam-se com a morte do indivíduo. Entende-se que os problemas emocionais
(neuroses, esquizofrenias e depressão) são analisados a partir de duas posições; a ansiedade depressiva e a ansiedade
persecutória. É necessário “equacionar” ambas as ansiedades e não apenas tratar os conteúdos reprimidos. Ao
considerarmos como indivíduo, uma mulher grávida e laços de afetividade desta com a futura criança, há que se
entender que o estado de gravidez envolva não apenas a mulher, mas todo o meio bio-psico social que a rodeia. Há
uma mudança drástica do papel social da grávida. O parto é um fato social, pelo qual se incorpora ao meio um novo
ser. Logo, o estudo em tela pretende analisar as ditas ansiedades da mãe antes do nascimento, além de ressaltar a
importância dos cuidados e a afetividade direta com filho (a). Este estudo de caso tem por objetivo desenvolvido numa
maternidade de um município da região centro oeste brasileira pretende promover a escuta e reflexão psicanalítica à
cerca da importância dos laços afetivos e cuidados com a mulher grávida, enquanto indivíduo, pautado em
necessidades básicas e inerentes ao período em que se encontra, para que, de fato, ocorra uma conscientização e
aplicabilidade de estudos, além de concretização dos direitos fundamentais da saúde mental e na constituição do
vínculo mãe e filho, que nos remete a possível problema de saúde pública na atualidade.
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Eu e os Outros - O Contributo de Fairbairn


Domingos Carreto Silva (SPGPAG - Hospital Prisional S. João De Deus)

Fairbairn dá-nos uma estrutura da teoria das relações de objeto radicalmente diferente do conceito clássico. Ele
prescinde do ID, e reformula o EGO e o SUPEREGO como estruturas dinâmicas na natureza de estruturas mentais
energizadas libidinal e agressivamente. A sua Teoria assenta na evolução da necessidade de dependência; Estádio I -
Dependência Infantil 1. Fase oral primária (objeto parcial) 2. Fase oral secundária (objeto total) Estádio II - Quase
independência Estádio III - Dependência madura. Reflete a necessidade de uma diferenciação plena do self face aos
objetos e como consequência da genitalidade e das relações de objeto total. Com a estruturação da matriz é muito
importante ter em conta este contributo para uma análise mais completa dos sintomas. Podermos exemplificar na
vinheta clínica este aspeto.
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A Drogadição e Transicionalidade: Intervenção Psicanalítica


Bárbara Castro Pecinelli Céfalo (FUNEC) e Alexandre Dos Santos

Para um desenvolvimento satisfatório, a criança necessita de uma sustentação ambiental que viabilize a conquistas de
tarefas típicas do desenvolvimento rumo a um ser integrado. Estabelecendo uma confiança firmada no vínculo com a
mãe, para que possa ser suportada sua falta e para que o processo de dependência rumo à independência relativa siga
de forma segura e feliz. Em alguns casos, o processo do desenvolvimento poderá sofrer perturbações ocasionadas por
um ambiente intrusivo, o qual acarretará no indivíduo uma incessante busca a objetos que possam suprir o ego do
sujeito. Estabelecer um bom contato com o mundo interno e externo, isto é, com os próprios sentimentos e com o
que os cerca, é uma difícil tarefa encontrada por uma significativa parcela de dependentes químicos. Portanto, o
presente trabalho atentou-se em relacionar a drogadição humana, a possíveis falhas na fase de transicionalidade
defendida por Winnicott. Deste modo, tal teoria contribui na visualização por parte do terapeuta, na fase do
desenvolvimento imbricada neste fenômeno, o que possibilitará ao analista atender as necessidades do paciente.

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Trabalhos Apresentados em Mesas Redondas

MR4 - A viagem entre o "NÓS" (Instância do grupo no EU) e os outros

Psicoterapia Analítica de Grupo e Eu


Ricardo Maximiliano Pelosi (SPAGESP)

O autor pretende refletir sobre o aprendizado da relação que tem com o trabalho com grupos e dos sentimentos que
circundam esta relação. Fragmentos de sessões serão utilizadas como ilustração.

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Grupo Terapêutico. Todos No Mesmo Barco – Destino Incerto


Waldemar José Fernandes (NESME/SPAGESP)

Pretendo desenvolver neste trabalho algo sobre a viagem entre “o nós e os outros”, a qual ocorre durante o trabalho
de investigação psicanalítica com grupos e casais. Os temas da incerteza e do narcisismo de pacientes e do terapeuta
serão abordados, assim como do altruísmo. Tal estudo será baseado em minha experiência clínica e em estudos sobre
a psicanálise vincular. A ideia básica é a de que pacientes e terapeuta de grupo estão todos no mesmo barco, e a busca
do conhecimento é um destino incerto, o que causa certo sofrimento nos membros do grupo, trazendo o mesmo
desconforto a quem o coordena, devido às vulnerabilidades do terapeuta de grupo.

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Desatando 'Nós', Tecendo Laços: A Delicadeza e Nuances na Construção de Vínculos com Grupos em um Serviço
Público de Saúde.
Maria José Rodrigues Da Cruz (UBS) e Rosa Junqueira Correa

Ao apresentarmos esse trabalho com grupoterapia desenvolvido em uma Unidade Básica de Saúde da capital Paulista,
pretendemos demonstrar que é possível vencer crenças e preconceitos que ainda rondam essa modalidade de
atendimento, como por exemplo, que a mesma serve principalmente para o atendimento da imensa demanda
quantitativa que existe no SUS. Sendo a UBS um equipamento de Atenção Básica é a porta de entrada para o SUS,
logo, é natural o paciente chegar através da doença, o que resulta em grande diversidade de patologias, demandas
das mais diferentes origens, famílias com organizações precárias que denotam dificuldades das mais diferentes ordens
e inadequação social, etc. Esses são apenas alguns problemas que adentram nesse equipamento. Os pacientes, sendo,
maioria adultos, que já passaram por grupoterapia ou os que se encontram em tratamento confirmam diariamente a
importância dos benefícios terapêuticos atingidos por esse tratamento. As repercussões desses benefícios
terapêuticos são o ‘alimento’ primordial para a escrita desse trabalho, que ao desatar os ‘nós’, revela as delicadezas
que é tecer laços vinculares que possam ressignificar histórias de vidas. São as nuances dessas construções que
pretendemos expor. O aporte teórico é o da Psicanálise e dos estudiosos das Configurações Vinculares.

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Trabalhos Apresentados em Mesas Redondas

MR5 - Saúde mental e instituições

Resiliência e Grupo Operativo: uma Experiência com Participantes de um Centro de Convivência para Terceira Idade.
Valéria Silva de Matos Pires (Instituto Educatiehoog de Ensino e Pesquisa)

Os eixos norteadores deste trabalho são a resiliência, o envelhecimento e o trabalho grupal pela emergência destes
temas e pela possibilidade de se pensar o grupo como um fator/promotor de resiliência para os idosos. Este trabalho
é parte da dissertação de mestrado profissional em Psicogerontologia e seu foco é a intervenção grupal realizada com
as participantes de um Centro de Convivência para Terceira Idade em um município de São Paulo. Objetivou-se que
as participantes refletissem e assimilassem os aspectos relacionados à resiliência. Participaram oito mulheres entre
58 e 78 anos de idade. Os temas foram levantados em dois grupos de discussão e trabalhados em pares: rejeição e
humor; perdas e rede de apoio; pobreza e independência; doença e autoestima; desamparo e sentido de vida;
violência e limite na infância; experiências infantis e autoconfiança; mudança de contexto e fé; e grupo. A técnica
utilizada para trabalhar os temas foi o grupo operativo. Foram doze encontros semanais, com duração de uma hora e
meia cada. Verificou-se que o processo grupal foi permeado pelo lento exercício da escuta, estabelecimento de vínculo
e aprendizagem entre as participantes, tendo como aspecto implícito a dificuldade de aceitação. Ao final elas
reconheceram a legitimidade do espaço grupal.

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Encontros e Nós: Grupos com Familiares em Instituições de Ensino


Cláudia Alexandra Bolela Silveira (Universidade de Franca)

Os espaços escolares apresentam uma demanda significativa de trabalho com as famílias, uma vez que os vínculos e
as constituições familiares interferem diretamente nas relações escolares: alunos, docentes, gestores e funcionários.
Sendo assim, a escola consiste em um espaço legítimo para se trabalhar em grupos com as famílias. Este trabalho foi
realizado a partir de uma experiência no Estágio de Psicologia em uma universidade do interior do Estado de São Paulo.
O objetivo foi realizar uma reflexão sobre os encontros e os nós, dificuldades e entraves, que a intervenção em grupo
com os familiares possibilitaram a todos os envolvidos no trabalho. A metodologia foi a pesquisa qualitativa e
descritiva a partir da revisão da literatura sobre grupos e instituições, e, análise documental a partir dos diários de
campo dos encontros do grupo. A intervenção em grupo foi realizada em escolas públicas de três municípios do interior
do Estado de São Paulo por solicitação do Ministério Público em função do projeto MPEduc. Verificou-se que os grupos
possibilitaram encontros significativos entre os membros participantes a partir dos relatos e vivências, e, para que os
encontros acontecessem foi necessário desatar muitos NÓS, pessoais e institucionais que concorreram com o
trabalho.

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Transferência e Contratransferência na Clínica Psicanalítica com Religiosos


Juan Adolfo Brandt (SPP-DF)

A apresentação deste trabalho está proposta como atividade a cumprir durante o percurso de pós-doutoramento
apresentado à Universidade Católica de Brasília. Trata-se de pesquisa visando a rever a experiência do proponente
com a supervisão de psicoterapeutas [religiosos alguns, leigos outros] de religiosos da Igreja Católica, ocorrida durante
os anos de 2009 e 2010 em uma instituição ligada à Igreja. a proposta inclui entrevistar os religiosos que participaram
do processos de supervisão clínica e desde esse conteúdo promover o debate dos aspectos relativos à transferência e
contratransferência, considerando aspectos subjetivos, intersubjetivos e institucionais que atravessam esse contexto
terapêutico. Nesta apresentação abordamos os temas colocados em análise durante as sessões de supervisão e as
dificuldades - na visão do supervisor clínico - com as quais se confrontaram os psicoterapeutas.

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Trabalhos Apresentados em Mesas Redondas

MR6 - Grupanálise e Psicanálise vincular - semelhanças e diferenças

Grupanálise - uma Psicoterapia Relacional


Paulo Manuel Baptista da Mota Marques (SPGPAG)

O objetivo desta comunicação é refletir sobre a grupanálise, sobretudo o modelo da Escola Portuguesa de Grupanálise
e de como as contribuições e discussões inerentes à denominada Psicanálise Relacional podem constituir aportes
interessantes para a grupanálise nos seus aspetos teóricos, técnicos e clínicos. A teoria psicanalítica tem evoluído ao
longo do tempo nas suas dimensões teóricas e técnicas, no seu enquadramento em contexto individual (ou dual) e de
grupo. O desenvolvimento da psicanálise relacional teve possivelmente alguma influência das teorias do grupo
analítico e seus aspetos relacionais. A grupanálise poderá também integrar alguns desenvolvimentos e aplicações
desta perspetiva. Os teóricos da intersubjetividade e da psicanálise relacional desenvolveram várias conceções que
têm pontos comuns como a empatia e a noção de matriz relacional ou campo intersubjetivo. De algum modo estes
aspetos e outros dentro deste contexto, já tinham sido abordados por Foulkes e Cortesão na conceptualização do
modelo grupanalítico, e são desenvolvidos pelos grupanalistas contemporâneos. Mas o desenvolvimento da
psicanálise relacional (e também refiro aqui a importância do modelo vincular-dialético, na esteira de Bion) parece
ampliar e abrir novos horizontes que podem contribuir para uma melhor clarificação e reflexão sobre o processo
analítico e grupanalítico nas suas diversas vertentes.
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Os Grupos e a Construção da Subjetividade - Quem é o Estranho?
Lazslo Antonio Ávila (NESME / SPAGESP / FAMERP)

O presente trabalho, de natureza conceitual, visa discutir os complexos vínculos entre os processos intersubjetivos
que se dão nos grupos humanos e o permanente desenvolvimento da Subjetividade e da identidade individual, desde
antes do nascimento da pessoa até muito depois de sua extinção física. Pretendemos demonstrar, com exemplos
tomados de diferentes fontes referenciais, que aquilo que consideramos objetivamente como unidade, ou seja, o
Indivíduo, deveria antes ser tomado em sua multiplicidade inerente, como agregado de interações humanas.
Campos de manifestação: 1) O casal humano e suas trocas emocionais; 2) a família e os projetos e desejos dos pais
na constituição subjetiva de seus filhos; 3) a língua e demais sistemas simbólicos determinados culturalmente, como
matrizes das configurações subjetivas; 4) o desenvolvimento do individuo humano nas suas interações desde a
infância, educação, grupos de iguais na adolescência, e posteriormente nos demais contextos de sua socialização;
5) os estudos antropológicos e etnológicos que abordam as diferentes possibilidades de construção da
individualidade, do self e das participações no coletivo; 6) Os grupos enquanto objeto de estudo, análise e
transformação dos indivíduos, a partir da imersão e circulação elaborativa dos afetos e representações, nos campos
intrapsiquicos e intersubjetivos. Pichon-Rivière, René Käes e Wilfred Bion são aqui os nortes referenciais.
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A Hipótese de um Vínculo de Libertação no Trabalho com Pequenos Grupos: Renovando Possibilidades de Estar
Juntos
Pablo Castanho (USP/ NESME/ IAGP)

O objetivo do presente trabalho é caracterizar o que denominamos de “vínculo de libertação”, identificando-o como
alternativo às formas mercantis de relação que fundamentam o metaquadro social globalizado. O significante
“libertação” é evocado por distintos grupos e de distintas formas na atualidade. A frequência com a qual é usado por
movimentos reivindicatórios variados, sugere seu potencial como via para investigarmos as formas do mal-estar na
contemporaneidade. Nós tomamos o termo originalmente de Paulo Freire, propondo recortá-lo e relê-lo, ao
abordarmos a problemática da opressão pelo aparato conceitual psicanalítico da pulsão de domínio, e de uma
investigação das condições de possibilidade intersubjetivas que lhe abram vias sublimatórias. Assim, caminhamos
entre aspectos teóricos e vinhetas de nosso trabalho com grupos. A inspiração freiriana de nosso ponto de partida,
bem como nossa experiência com populações brasileiras ditas oprimidas, salientam especificidades locais da questão.
Por outro lado, o diálogo com a metapiscologia nos permite sugerir uma compreensão que transcenda nossa cultura
quando concluímos propondo que um vínculo de libertação seja aquele no qual cada um renuncia a parte da
realização direta da pulsão de domínio, em troca de uma incremento de sua potencialidade de ser.
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Trabalhos Apresentados em Mesas Redondas

MR7 - A formação de grupoterapeutas e de psicanalistas de grupo

O Estranho e o Familiar em Meio a Formação de Estagiários de Psicologia


Wilma Magaldi Henriques (Universidade de Mogi Das Cruzes /Educatie. X)

Aqui desejo relatar um pouco do meu percurso e experiencia enquanto supervisora de grupos de estágio em
Psicologia.Estágios estes em diferentes abordagens:clínica,comunitária,jurídica,saúde,grupos,etc.Ao receber a cada
semestre diferentes estagiários, observo que cada um se pensa inicialmente como unidade isolada.Com o passar das
semanas , cada um vai descobrindo que nao existe sem os outros,que precisa do outro para ser,que o seu mundo
mental é referenciado aos outros que vai encontrar, e aos outros que o habitam.Assim gradativamente vai saindo da
hiperindividualizaçao,do estranhamento, do egocentrismo, do narcisismo para poder se constituir numa grupalidade.
Para isso é necessário que o professor/supervisor, enquanto coordenador, aponte continuamente para o movimento
grupal, para o grupo enquanto ferramenta, enquanto instrumental. É necessário que a competição, a inveja, a
rivalidade, as sabotagens sejam cuidadosamente apontadas e interpretadas pelo supervisor/coordenador, pois essas
e outras ações disruptivas atacam os vínculos e ameaçam a unidade grupal.À partir do momento que o estagiário
começa a sentir que nao está sòzinho , que o grupo de supervisao o envelopa, que lhe oferece ancoragem, que é um
continente para seus contidos, ele entao se revela mais seguro nas suas intervençoes e passa ao compartilhamento
de suas angustias,do seu nao saber e também de suas alegrias e vitórias. Se o supervisor/coordenador favorecer a
pertinencia e e através a cooperaçao, o grupo poderá produzir coletivamente e através do contínuo exercício do
encontro com a alteridade aprenderá a lidar com o estranho e o familiar existente em cada um.

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O Uso de Objetos Mediadores nos Grupos de Formação de Psicoterapeutas e Coordenadores de Grupos


Rose Pompeu De Toledo (Nesme/Sedes Sapientiae)

A autora abordará o uso de objetos mediadores nos grupos de formação de psicoterapeutas e coordenadores de
grupos. A partir do referencial psicanalítico, especificamente Kaës, Vacheret, Pichon-Rivière e Winnicott e de exemplos
de situações de grupo utilizando o método da fotolinguagem©, desenhos, pinturas e colagens, enfatizará como o uso
desses objetos facilita a participação do sujeito no grupo e favorece as trocas identificatórias, contribuindo para a
formação dos profissionais que trabalham com grupos.

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Ressonâncias da Grupalidade – O(s) Nós nos Encontros dos Grupos de Discussão


Osvaldo Santana (NESME/CAPS III Largo Treze) e Solange A. Emílio (NESME/Universidade Anhembi Morumbi)

Este trabalho contém ressonâncias da história de um grupo que tem quase trinta anos de existência, já passou por
diferentes configurações e missões e hoje se empenha em promover encontros e grupos e pensar e aprender com e
sobre eles. Parte do recorte de uma modalidade de Grupos Operativos realizados e defendidos pelos membros do
NESME: O grupo psicanalítico de discussão, que pode ser considerado como um espaço de compartilhamento
horizontal de ideias e de saberes, numa construção coletiva de conhecimento. Trata, então, do que permite a
transformação da ordem monocular para a poliocular. Tudo que é síntese, como uma obra de arte, uma escultura,
demanda análise. Desta lise, vai se integrando o novo (ana), novos conhecimentos, novos sentires, vai se ampliando o
viver, aumentando o repertório. Temos aí uma nova obra emanada do processo viabilizado pela estruturação de um
espaço-enquadre. Objetiva-se, com este trabalho, refletir sobre o compromisso com a integração entre pensar, sentir,
produzir, criar , procriar. Para isso, abordaremos o nós e os nós que são decorrentes do que é proporcionado pelos
grupos de discussão.
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Anais de Resumos do XI Congresso Brasileiro de Psicanálise das Configurações Vinculares; XIII Encontro Luso-brasileiro de Grupanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo; IX Encontro Paulista de Saúde Mental; XIII Jornada da SPAGESP
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Trabalhos Apresentados em Mesas Redondas

MR8 - Os vínculos e as novas tecnologias

"A Imagem De Si Mesmo, a Imagem Grupal e as Questões da Virtualidade"


Marly Terra Verdi (NESME)

O presente trabalho discute as diferentes mídias contemporâneas visando analisar as profundas mudanças advindas
na autorrepresentação do ser humano, desde que o espelho foi inventado há mais de 3.000 anos. Apresentaremos a
evolução histórica dos diferentes aparatos que permitem a captura e a reprodução das imagens, discutindo seus
significados e impactos nas formas como o Ser se conhece, se apresenta aos outros e se relaciona consigo mesmo e
com os demais. Essas questões afetam as relações humanas em todos os contextos onde elas ocorrem, nos diversos
grupos onde se dá o convívio humano e particularmente na família.

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Ressonâncias de Comportamentos Suicidas na Realidade.com e a Saúde Pública: Algumas Reflexões


Ana Vitória Salimon C. Dos Santos (UNIFAI) e Lazslo Antonio Ávila (NESME / SPAGESP / FAMERP)

O suicídio vem sendo considerado mundialmente como um problema de Saúde Pública. Além de ceifar a vida envolvida
com o ato letal, impacta duramente sobre pessoas próximas, família, amigos e mesmo “desconhecidos” que tomam
conhecimento do fato e de algum modo se implicam com o ocorrido. As tentativas de suicídio, em número bastante
superior aos suicídios, impactam também familiares e conhecidos, assim como a Saúde Pública, sendo necessárias
ações em vários âmbitos para sua prevenção e cuidados. Os meios virtuais de relacionamentos ampliam as
possibilidades de comunicação bem como interferem nas relações, ações e reações. Sendo assim, não há como não
refletir sobre relações vinculares, questões coletivas e grupais. A proposta do presente trabalho é apresentar alguns
dados sobre manifestações, pessoais e coletivas, em meios “reais” (físicos) e virtuais, como facebook e whatsapp,
relacionadas a comportamentos suicidas e algumas reflexões sobre como as mesmas denotam singularidades e
vínculos reais bem como impactam nos usuários das redes sociais, “reais” e virtuais, sendo necessário às intervenções
em Saúde Pública considerar a realidade ampliada, enquanto mundo.com, em seus planejamentos.

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Uma Reflexão Sobre os Grupos de Whatsapp® dos Profissionais de Saúde


Fellipe Miranda Leal (UNIFESP)

Considerando que ao longo das últimas duas décadas houve um exponencial progresso tecnológico das ferramentas
audiovisuais e dos meios de comunicação, isto impulsionado sobretudo pela impetuosa consolidação das redes sociais
digitais, observa-se que vem ocorrendo assim uma intensa reconfiguração de todo entendimento da comunicação do
homem do século XXI. Apoiado neste cenário, esta reflexão põe em destaque o WhatsApp®: um aplicativo para
smartphones lançado em 2009, o qual atingiu grande popularidade por reunir atributos que proporcionam uma larga
aplicabilidade, incluindo a possibilidade da formação dos “grupos de whatsapp” entre os seus usuários. No âmbito da
saúde, os profissionais - em grande medida sem poderio próprio - vem constituindo (e aplicando para diversas
finalidades) grupos de WhatsApp®, o que primordialmente visa facilitar e tornar mais veloz a comunicação entre os
membros de determinada equipe de saúde. Assim este proposta de trabalho invoca uma urgente discussão acerca da
formação e utilização destes grupos de WhatsApp® entre os profissionais de saúde, buscando principalmente
evidenciar a perspectiva bioética desta questão, não pretendendo apresentar prescrições a esta matéria, mas ampliar,
ainda preliminarmente, este debate atual e bastante presente nos grupos que trabalham na saúde.

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Anais de Resumos do XI Congresso Brasileiro de Psicanálise das Configurações Vinculares; XIII Encontro Luso-brasileiro de Grupanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo; IX Encontro Paulista de Saúde Mental; XIII Jornada da SPAGESP
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Trabalhos Apresentados em Mesas Redondas

MR9 - Interculturalidade / transculturalidade

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Grupo de Acolhimento e Escuta a Gestantes e Mães- Bebê Migrante no Alojamento Social do Amparo Maternal: as
Dores de Partir e de Chegar
Tereza Marques de Oliveira (ONG HABITARE) e Cigala Peirano Iglesias

Este trabalho traz uma experiência de um grupo de acolhimento às mulheres migrantes abrigadas num alojamento
social em uma instituição em São Paulo, parceira do Centro Habitare, considerando alguns princípios da clinica
transcultural. A partir desta experiência e do trabalho com a equipe técnica, pensa- se na relevância deste trabalho
para as mulheres, em especial quando consideramos a complexidade do processo de parentalidade na imigração e
suas implicações psíquicas e sociais, bem como o despreparo das equipes técnica que trabalha na instituição

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Viajando Entre a Clínica Trancultural e a Grupanálise : Migração entre a Antropologia e a Psicanálise


Thames Cornette- Borges (ONG HABITARE /UNIVISITÉ PARIS DESCARTES /INSERM/AIEP) e Marie Rose Moro

É fato que as famílias imigrantes e desenraizadas podem encontrar momentos difíceis e à vezes traumáticos nos
caminhos percorridos entre a terra mãe e a terra de acolhimento. Torna-se importante não deixar cair no
esquecimento que as raízes profundas, alicerces antropológicos e transgeneracionais ficaram na terra mãe . A
adaptação no pais de acolhimento pode resultar em momentos de incompreensão, abandono e perdas de referências
culturais, aumentando as angústias, reforçando os muros, as barreiras de defesas. Cada família representa um
universo, um micro grupo, uma micro cultura. Um microgrupo de base analítica , constituído numa instituição de
atendimento clínico , compõem-se dentro do ritmo do tempo, no entrelaçamento dos vínculos ancestrais e atuais
presentes na viagem ao passado e ao presente , aqui e lá, através da analogia da narrativa presente nas histórias que
circulam entre os tempos e as culturas dentro de uma multiplicidade de idiomas e pensamentos. Nosso objetivo
consiste em criar um espaço potencial capaz de conter os sofrimentos, os objetos transicionais, os elementos culturais,
as narrativas o imaginário e a criatividade que se misturam ao " mundo psíquico-cultural-teórico-clínico " do
therapeuta e co- therapeutas . Este movimento clínico baseia-se nos conceitos de complementaridade desenvolvidos
por Devereux.

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Trabalhos Apresentados em Mesas de Comunicação Temática

MCT1 - Grupos e Configurações Vinculares

Terapia de Casal: olhar da Psicanálise, Configurações Vinculares e Teoria Sistêmica


Fernanda De Oliveira Cecchi (SPAGESP) e Liliana Scatena (UNIFRAN)

Este relato de caso tratou-se de uma família que foi encaminhada pelo Serviço de Assistência Social à clínica social de
Psicologia de uma instituição de formação em Psicanálise Grupal. O trabalho se propôs a uma reflexão sobre as
configurações vinculares transgeracionais à luz teórica da Psicanálise e Sistêmica. A demanda para atendimento era
difusa, a princípio decidiu-se que seria realizado um atendimento familiar e se transformou em terapia de casal.
Escolheu-se relatar a primeira sessão que foi simbólica e viria a influenciar todo o tratamento a seguir. Compareceram
à sessão apenas a mãe, filha mais velha e filha mais nova. A filha mais velha não quis entrar e a mãe ligou para o marido
avisando-o para não vir. Ao final da sessão a filha mais velha invadiu o atendimento. A filha mais velha era o porta-voz
de uma família onde os integrantes não sabiam quais eram seus devidos papéis. A família é um ambiente que pode
ser favorável ou desfavorável aos seus membros, também possui papel essencial na educação dos filhos na fase de
passagem da adolescência para a vida adulta, pois além dos temores que fizeram parte da infância dos filhos, as crises
advêm das experiências libidinais próprias da adolescência.

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Trabalhando em Grupo com os Gestores da Unidade de Saúde da Faceres
Ester Franco De Souza Freitas Silva (FACERES/SEDES), Maria Carolina Gatti (FACERES), Fernanda do N. P. Quessada,
Felipe Colombelli Pacca e Patrícia Maluf Cury

Introdução: O presente trabalho expõe a experiência de um grupo de reflexão o qual acontece quinzenalmente com
os gestores da Unidade de Saúde da faculdade. Este possui uma tarefa ampla que enfatiza o refletir e abre espaço para
que as tensões oriundas do processo de ensino/aprendizado e dos vínculos entre os integrantes do grupo possam ser
questionadas. Gerenciar um serviço de saúde pode ser uma tarefa difícil, por esta razão o profissional necessita não
só de informações sobre a saúde da população atendida, mas, sobretudo, que suas limitações e inseguranças sejam
conhecidas e valorizadas. Sendo assim o trabalho com a equipe a qual atende a população e gerencia o serviço se faz
importante e o trabalho de grupo de reflexão com os gestores se mostra eficiente. Objetivo: favorecer um espaço para
troca e intercâmbio de experiências, para que possam ser conhecidos e reconhecidos tanto os conceitos de fenômenos
grupais, como seus próprios participantes. Conclusão: Faz-se necessária a implantação de programas que possibilitem
desenvolver o potencial coletivo e individual dos funcionários, compreendendo e buscando prevenir os possíveis
fatores estressantes, que possam interromper ou dificultar a rotina de trabalho.
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Um olhar de cuidado para o aluno do curso de medicina da Faceres


Ester Franco De Souza Freitas Silva (FACERES/SEDES), Maria Carolina Gatti (FACERES), Fernanda do N. P. Quessada,
Felipe Colombelli Pacca e Patrícia Maluf Cury

Introdução: A passagem para a vida adulta é demarcada, especialmente no mundo ocidental moderno, por uma
autorização cultural e historicamente definida, caracterizada por diversas situações possíveis. Neste contexto, tem-se,
na universidade, pessoas em transição de um estágio a outro, mas em uma situação onde o comportamento esperado
das pessoas não é mais aqueles aceitos para os adolescentes. No entanto, os fatores de desenvolvimento cognitivo,
as transformações do organismo e o ambiente universitário muitas vezes não estão em equilíbrio com a estabilidade
emocional dos indivíduos. Sendo assim os serviços de apoio ao estudante tornam-se uma necessidade essencial,
principalmente nos cursos de medicina, nos quais as características específicas são também fatores determinantes
para desestabilização emocional dos estudantes. Objetivo: Descrever o serviço do Núcleo de Apoio Educacional e
Psicológico (NAEP) ao aluno de medicina da FACERES, uma Instituição de Ensino Superior no interior do Estado de São
Paulo. Conclusão: O NAEP é uma possibilidade de auxílio para o aluno e a própria Instituição de Ensino Superior por
se consolidar como fator de mudanças na estabilidade emocional dos estudantes, principalmente.

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Trabalhos Apresentados em Mesas de Comunicação Temática

MCT2 - Família: papéis e identificações

Relato de Caso em Psicodiagnóstico: Adoção e Conflito Emocional


Jussara Esteves Pereira (MARINA NAUTICA), Lidiane Pinto Lunkes (MARINA SABORES) e Alexandre Dos Santos

O psicodiagnóstico é um procedimento científico, no qual são utilizados técnicas e testes psicológicos, podendo ser
individual ou coletivo, e tem como objetivo elucidar questões psicológicas a fim de classificar e prever o curso do
problema em questão. O presente trabalho trata de um relato de caso, cujo objetivo foi apresentar os resultados
obtidos em um processo de psicodiagnóstico de uma criança adotada, com nove anos de idade, cuja principal queixa
centralizou-se no comportamento agressivo e na dificuldade de lidar com frustração. Para interpretação dos dados
coletados neste processo, utilizou-se o referencial psicanalítico Winnicottiano. Os resultados obtidos neste processo
evidenciaram falhas na fase da dependência absoluta, o que não favoreceu o desenvolvimento rumo à integralidade
desta criança. Isso se deu devido à exposição dessa a um ambiente intrusivo, marcado por sérios conflitos oriundos
do processo de dependência química da mãe biológica, que fazia uso de crack desde a gestação do mesmo, o que
dificultou o desenvolvimento da constância objetal. A família adotiva não consegue desenvolver um ambiente no qual
os conflitos inconscientes desta criança possam ser elaborados, pois cede às chantagens emocionais do adotado. Uma
das possibilidades para um melhor desenvolvimento emocional desta criança é oferecer um ambiente que possibilite
a resolução de conflitos imbricados na fase de dependência absoluta.
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Como nossos pais: a função da identificação na construção dos modelos
Edilberto Clairefont Dias Maia (Centro de Estudos de Psicanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo do Pará)

O autor inicia transcrevendo um trecho da música de Belchior que diz “apesar de termos feito tudo que fizemos,
continuamos os mesmos e vivemos como nossos pais”, para enfatizar a importância da identificação, pois dela
depende o que o sujeito fará com a herança herdada de seus ascendentes. A identificação marca o futuro do sujeito.
O autor analisa a identificação projetiva e a introjetiva, mostrando que a identificação começa na relação pele a pele
do bebê com sua mãe. Explica essa identificação trazendo a Teoria Materno-Infantil de Winnicott, que dá a base de
sua subjetividade, mostrando ser essa a Identificação Primária de Freud. O autor cita as três formas sintáticas de
identificação: 1. Atributiva; 2. Reflexiva; 3. Passiva, descritas por Alberto Eiguer. Através de um fragmento de grupo,
mostra a presença desses tipos de identificação. Finaliza mostrando que na sociedade pós-moderna, a família vem
mudando sua configuração e funcionamento, porém, apesar das mudanças, a criança necessita de um referencial e é
na transmissão intergeracional que os pais marcados pela sociedade onde vivem transmitem ao filho, além de sua
herança, essa marca da relação do casal com o meio social, imprimindo a preservação de valores e leis.
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A influência dos modelos parentais nos vínculos conjugais e familiares: um estudo sobre a efemeridade dos
casamentos contemporâneos
Reinaldo Pereira Da Cruz (UNESP – ASSIS) e Mary Yoko Okamoto

Com as recorrentes mudanças na sociedade, em uma realidade pós-moderna, caracterizada pela fugacidade e relações
descartáveis, vive-se uma aceleração do tempo, tornando cada vez mais comuns relações humanas efêmeras, desde
as de trabalho até os relacionamentos amorosos. O amor romântico que marcou os séculos XVIII, XIX até meados do
século XX, marcado pela estabilidade da relação, embora ainda no imaginário social, perde espaço para
relacionamentos puros, regidos pela satisfação dos parceiros mais do que por convenções sociais. Diante dessa nova
conjuntura social as famílias sofreram importantes transformações e os casamentos até então duradouros, passam
cada vez mais a se dissolver em pouco tempo. Tendo em vista que numa trama conjugal há processos de identificação
com o casal parental, essa pesquisa qualitativa verificou a influência dos modelos parentais no estabelecimento dos
vínculos conjugais. Resultados: Percebemos a implacável influência da transmissão psíquica geracional nas relações
estabelecidas no grupo familiar, principalmente quando há conteúdos não elaborados, com presença de não ditos e
segredos. Também há transmissão por difração das lealdade genealógicas Ademais, persiste atualmente idealizações
de inspiração romântica nos relacionamentos. Há de se considerar a dificuldade de lidar com a alteridade nos
envolvimentos amorosos.
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Trabalhos Apresentados em Mesas de Comunicação Temática

MCT3 - Fenômenos e Processos Grupais

Práticas Grupais: Intervenções Psicológicas em Grupo no Estágio de Processos Grupais


Jobert Teixeira Costa (UNIFRAN) e Cláudia Alexandra Bolela Silveira (UNIFRAN)

As práticas grupais na atuação profissional do psicólogo constituem uma ferramenta fundamental para intervenção
psicológica nas duas grandes áreas da psicologia: clínica e institucional. O Estágio de Processos Grupais (PG) realizado
pelos alunos quintoanista do Curso de Psicologia em uma universidade do interior do Estado de São Paulo oferece a
oportunidade aos estagiários de realizar a intervenção grupal tanto em instituições quanto na clínica psicológica.
Portanto, as produções decorrentes deste estágio constituem importantes fontes de estudo e pesquisa. O objetivo
deste projeto consistiu em verificar as modalidades grupais realizadas no Estágio no período de 2010 a 2016. Quanto
à metodologia foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental, a partir dos quais se fez um levantamento da
literatura referente às modalidades de intervenção psicológica em grupo e um levantamento das modalidades grupais
realizadas no Estágio PG. O instrumento utilizado para análise foram os relatórios do Estágio PG disponibilizados pela
supervisora-orientadora desse trabalho. A análise foi realizada comparando as modalidades grupais do estágio com a
literatura. Verificou-se que por meio do Estágio PG foram realizadas intervenções psicológicas em grupo na área clínica
e institucional, ficando evidente que foram mais numerosas as intervenções institucionais em relação às
grupoterapias.
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Supervisão em grupo: potencialidades e limitações
Juan Adolfo Brandt (SPP-DF)

Por meio desta apresentação pretendemos colocar em debate aspectos teóricos e transferenciais relativos à
supervisão em grupo, do trabalho realizado na clínica psicanalítica. Buscamos suporte na obra de Freud relativa à
clínica do divã bem como em sua obra social. Também buscamos suporte nas obras dos psicanalistas que
desenvolveram a clínica do grupo. O propósito é promover o debate sobre as possíveis perdas e ganhos na formação
do analista quando é privilegiado o grupo em detrimento da supervisão individual. É encontrado suporte ainda, na
experiência do proponente com as duas formas de supervisão, seja voltada para formação de analistas, seja para
acompanhamento de profissionais já formados.
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O Terapeuta perante o Grupo. Reflexões Teóricas e Clínicas
Mário José Melo e Matos David (CHPLISBOA E SPGPAG)

O terapeuta tem uma enorme influência na dinâmica do Grupo (Matriz). Esta tem haver as características pessoais e
psicológicas (emocionais e mentais) dos seus membros assim como a formação, treino e supervisão do
Grupanalista/Psicoterapeuta de Grupo que está condicionada pela Pessoa deste, nas suas características de
Personalidade e de Carácter, nas suas capacidades de afetivas/emocionais e mentais (empatia, disponibilidade
interna, curiosidade, verdade, aceitação do Outro e das diferenças, etc.), isto é, como se disponibiliza e interage com
cada membro do grupo, pelo que se apresenta uma breve e sucinta revisão das posições de autores de diferentes
tendências, em particular, na área da Grupanálise. Segue-se uma reflexão pessoal sobre a experiência do autor com
certos tipos de pacientes difíceis e de indicação condicionada: com antecedentes de consumos de drogas ou
portadores de certas perturbações da personalidade (narcisismo). Quais dificuldades contra transferenciais assim
como alguns aspetos técnicos no seu manejo com cada um deles.
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Resistências antes e durante o processo grupanalitico
Angela Maria Mendes Pedrosa Ribeiro (Hospital Prisional S.Joao de Deus)

A autor vem apresentar um trabalho em que se propõe a reflectir sobre as causas de resistência antes do tratamento
e durante o tratamento grupanalitico. Fala em resistências "passivas " antes do grupo e das resistências que
normalmente têm uma explicação e interpretação analítica,vulgarmente aceites como resistência.
Designa resistência passiva do paciente a uma forma de resistência consciente que leva o indivíduo a não optar por
um tratamento Grupanalítico,continuando a desejar continuar em psicoterapia individual. Designa resistência passiva
do grupanalista a uma decisão consciente do grupanalista a não integrar aquele indivíduo no seu Grupo de Análise,
por preconceito seu ou excesso de zelo, como é o caso da homossexualidade. Propoe- se a analisar e pôr à discussão
este fenômeno que chama de resistência passiva ,suas causas e consequências relacionadas com as mudanças sociais
que tem acontecido no final do séc xx e princípios deste século e na necessidade que sente de uma reflexão
psicanalitica / psicodinâmica destes temas. Quanto à resistência dita "analítica" propõe- se a enumerar as formas mais
comuns de resistência, a forma como as vivência na contratransferencia e dá alguns exemplos da forma como as tem
trabalhado ao longo do seu percurso como grupanalista.
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Trabalhos Apresentados em Mesas de Comunicação Temática

MCT4 - Grupos na formação profissional

Processos Grupais para a Promoção de Comunicação e Autonomia na Formação Profissional


Camila Leme Cardenuto Alvarado (Universidade Anhembi Morumbi - UAM), Jocasta Knihs (UAM), Solange Aparecida
Emílio (UAM e NESME) e Isabela Mendes Coelho

O presente trabalho foi desenvolvido por estagiários de um estágio básico obrigatório do 5.o semestre de um curso
de Graduação em Psicologia no qual se realizam intervenções em pequenos grupos, a partir de demandas levantadas.
O estágio foi feito junto aos formandos do curso de Visagismo e Terapia Capilar. Identificou-se que a autonomia, a
comunicação e a exposição de ideias eram questões que mereciam atenção neste grupo. Foram realizadas
intervenções grupais com os formandos interessados, com uso de objetos mediadores para facilitar a comunicação e
expressão dos participantes. Como resultados, observou-se que a dificuldade em expressão oral muitas vezes
percebida poderia estar relacionada à ausência de repertório de autores e à falta de definições dentro da área. Ambas
as atividades deram suporte para a elaboração coletiva e integração dos conteúdos emergentes e permitiram que os
participantes identificassem que serão os agentes construtores do espaço de sua profissão. Ao final do processo,
alegaram ter melhorado como pessoas, aprendido a trabalhar melhor também em equipe, construído amizades, além
de terem despertado para a importância de continuar estudando. Discutiu-se, também, a importância de se apropriar
do processo para virar futuros autores desta área, que se apresenta em construção por ser relativamente nova no
Brasil.

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Grupo de acolhimento ao ingressante no ensino superior: espaço de transformação e integração à vivência


acadêmica e de promoção de saúde mental
Mayara K.A.R.G. Coutinho (UFMS) e Silvia Maria Bonassi (UFMS)

Relato de experiência de grupo piloto de acolhimento a acadêmicos ingressantes no curso de matemática


(licenciatura) de uma instituição pública no interior do Estado de Mato Grosso do Sul. Objetivos: escutar
analiticamente e acolher as angústias e fantasias decorrentes do ingresso na vida universitária; apresentar os serviços
de assistência acadêmica disponibilizados pela instituição. Metodologia: três encontros com os acadêmicos, com
duração de 90 minutos; reuniões da equipe para avaliação e planejamento; rodas de conversa e técnicas de
sensibilização para trabalhar os temas: apresentação e reconhecimento mútuo, o novo na vivência acadêmica, as
situações adversas na vida universitária e possibilidades de superação. Resultados: No trabalho grupal destacaram-se:
as tensões entre fantasia, realização e frustração e entre a dependência da família e o ser produtivo/preparar-se para
a vida profissional; a resistência a trabalhar os conteúdos que remetiam às emoções subjacentes a estas tensões; e os
indícios de pouca maturidade para a escolha profissional. Esta experiência piloto subsidiou o planejamento de novas
intervenções grupais com acadêmicos ingressantes de outros cursos da instituição e a busca pela institucionalização
da escuta analiticamente orientada e o acolhimento grupal na recepção de calouros na universidade a fim de promover
a saúde mental dos acadêmicos e reduzir os índices de evasão.

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Trabalhos Apresentados em Mesas de Comunicação Temática

MCT4 - Grupos na formação profissional

Projeto de Ensino de Graduação sobre Psicanálise Infantil: o Estranho e o Familiar na Formação Analítica no
Campo da Saúde Mental
Silvia Maria Bonassi (UFMS) e Mayara K.A.R.G. Coutinho (UFMS)

O presente trabalho relata um Projeto de Ensino de Graduação vinculado ao Projeto Pedagógico de um curso de
Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Objetivos: favorecer o desenvolvimento educacional de
discentes em atuação nos campos de estágios obrigatórios e/ou extensão e pesquisa que envolvam o atendimento
psicológico infantil; promover a apropriação de conhecimentos interdependentes e regidos pelo mesmo princípio
lógico, integrados à realidade prática dos discentes. Participantes: 17 discentes e três docentes. Metodologia: Sete
seminários teóricos-clínicos, quinzenais, carga horária total de 30horas. Discutiram-se textos básicos de Melanie Klein
e de estudiosos da teoria kleiniana. A avaliação dos participantes foi a produção de artigos científicos, decorrentes da
análise e estudo de caso ou de revisão bibliográfica sistemática. Resultados: Nos seminários, reflexões e rodas de
conversa discutiu-se a formação dos profissionais no campo da saúde mental e a motivação para o aprofundamento
dos estudos psicanalíticos, conforme o tripé freudiano – conhecimento teórico, análise pessoal e supervisão. Neste
trabalho constatou-se que a curiosidade e interesse não são suficientes para motivar o discente, pois houve seis
desistências. Entretanto, o grupo constitui-se num espaço de acolhimento a várias exposições pessoais sobre a
repercussão das atuações identificadas pelos discentes quanto as subjetividades individuais ou grupais, permitindo-
lhes reconhecer que na presença do outro, torna-se possível perceber o familiar e o estranho em nós mesmos, nos
outros, ou nas relações institucionais.

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Grupos em Instituições de Ensino: um Espaço para Cuidar da Saúde Mental por Meio da Arte
Tiago Batista Da Costa (UNIFRAN) e Cláudia Alexandra Bolela Silveira (UNIFRAN)

O estágio de Psicologia Escolar e Processos Sociais Comunitários – Ênfase em Processos Educativos tem como objetivo
inserir o aluno do curso de psicologia na prática da psicologia escolar, assim traz a oportunidade de vivenciar e
experimentar o ambiente escolar na prática e pela ótica da teoria que embasa a psicologia grupal e a saúde mental
nas instituições de ensino. O objetivo deste trabalho é apresentar o relato da experiência de um trabalho psicológico
em grupo realizado com alunos de uma instituição de ensino pública de Ensino Fundamental Ciclo I do interior do
Estado de São Paulo. A metodologia utilizada foi uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso. A análise dos dados
foi realizada a partir dos diários de campo semanais dos encontros do grupo à luz das teorias em processos grupais e
arte. Foi possível verificar por meio do trabalho realizado que o espaço grupal oferecido aos alunos possibilitou a
expressão de sentimentos, emoções e de conteúdos conflitivos de seu cotidiano. Verificou-se também que a realização
de algumas tarefas no grupo por meio de técnicas em arte facilitou a manifestação e interação dos alunos membros
do grupo.
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Trabalhos Apresentados em Mesas de Comunicação Temática

MCT5 - O estranho e o familiar em nós, entre nós e nos outros

Um estranho em mim: Relato de experiência com um grupo de grávidas


Ana Claudia Aparecida Neves Unger Lamas Rosa, Bruno Bonfá Araújo e Wilma Magaldi Henriques (UMC)

Grupos são conjuntos restritos de pessoas que estão ligadas, propondo a realização de tarefas visando um novo saber
sincrético que envolve inúmeras variáveis, não sendo apenas um agrupamento de pessoas. A modalidade grupal tem
demonstrado, nos últimos anos, um desenvolvimento relevante e sem precedentes. O presente trabalho descreve o
relato de experiência de dois estudantes de psicologia com um grupo de grávidas em estado de vulnerabilidade, que
apresentaram-se entre o quinto e sétimo mês de gestação, na faixa etária entre 16 e 36 anos de uma instituição do
Alto Tietê. Foram realizados seis encontros semanais com uma hora de duração, entre os meses de outubro e
dezembro de 2016 coordenados pelos estagiários e supervisionados sistematicamente. Utilizou-se o modelo de grupo
de reflexão que, tem como objetivo refletir e indagar sobre o que acontece naquele momento para assim promover
as mudanças necessárias, visando um outro contexto que não o da clínica individual tradicional. Os principais temas
dos encontros foram: julgamento da família, luto, o estranhamento do bebê no corpo da mãe e no último encontro
foi destacado o des-cuido da mãe a partir de uma frase de Leonardo Boff. O estranhamento nos encontros não ocorreu
apenas com as integrantes do grupo, os estagiários foram capazes de ampliar e modificar a visão e a concepção do
cuidar e não cuidar. O trabalho permitiu a troca de experiências entre o grupo e os estagiários, a relação interpessoal
do grupo, o compartilhamento de seus sentimentos e expectativas e o conhecimento das singularidades dessas
mulheres que ao final dos encontros demonstraram maior ligação com o bebê que as habitavam familiarizando-se
com o estranho até então.
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Grupoterapia com Adolescentes: um Espaço de Interação e Elaboração Psíquica
Larissa Sarah Cristhina Pires Oliveira (UNIFRAN) e Claudia Alexandra Bolela Silveira (UNIFRAN)
O presente trabalho apresenta o relato de experiência dos atendimentos clínicos com adolescente realizado no Estágio
de Processos Grupais do quinto ano de Psicologia de uma universidade do interior do Estado de São Paulo. O objetivo
constituiu em analisar os fenômenos grupais no grupo com adolescentes e seus movimentos como um espaço de
interação e elaboração psíquica. Quanto à metodologia consistiu em uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso
com intervenção participante da grupoterapeuta e autora desta produção. A análise dos dados foi realizada a partir
das transcrições dos atendimentos à luz da teoria psicanalítica. A grupoterapia com adolescentes possibilita um espaço
para interação e facilita a compreensão dos processos vivenciados nesta fase do desenvolvimento humano que
provoca muitas transformações e descobertas nos aspectos físico, emocional, social e intelectual. A partir do trabalho
realizado foi possível verificar que o espaço oferecido aos adolescentes possibilitou a manifestação de fenômenos
grupais ao longo dos atendimentos como: a relação transferencial, a dependência e o acting out. Além da identificação
entre os membros em função das dificuldades semelhantes vivenciadas pelas adolescentes em relação à convivência
e relacionamentos familiares, o que legitimou a ressonância grupal por meio da interação e da elaboração psíquica
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Anais de Resumos do XI Congresso Brasileiro de Psicanálise das Configurações Vinculares; XIII Encontro Luso-brasileiro de Grupanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo; IX Encontro Paulista de Saúde Mental; XIII Jornada da SPAGESP
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Trabalhos Apresentados em Mesas de Comunicação Temática

MCT5 - O estranho e o familiar em nós, entre nós e nos outros

Vivenciando uma bela troca de experiência entre gerações


Maria Carolina Gatti (FACERES), Claudia Roberta Amadeu De Castilho e Ênia Claudia De Oliveira Z. Duarte

Introdução: O número de idosos cresce no mundo todo. Dados da ONU de 2005, em todo mundo, refere que o número
de pessoas com 60 anos ou mais tem crescido mais que o de qualquer outra faixa etária. Estima-se que em 2025 haverá
1,2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos no mundo e o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos. O
trabalho com os alunos do ensino fundamental II da instituição de ensino teve como ponto de partida a necessidade,
cada vez mais premente, de aproximar as crianças a essa nova realidade social, principalmente aproximar os nossos
alunos dos idosos institucionalizados de uma forma acolhedora e repleta de afeto. Objetivo: este trabalho pretende
contar essa bela experiência de troca de afetos entre gerações. Conclusão: Diante dessa nova realidade social, que
compreende o envelhecimento e, principalmente, a institucionalização do idoso, observou-se que os alunos puderam
compartilhar experiências e afetos, o que se faz de extrema importância, tanto para as crianças quanto para os idosos.
Sendo assim, essas crianças podem se tornar belos cuidadores de pessoas, podendo aprender e ensinar com as suas
experiências.

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Um grupo que cuida do cuidador de idoso com DA


Maria Carolina Gatti (FACERES), Cristiane Garcia Da Costa Armentano e Heleny Silvia Scrocchio Romero

Introdução: O trabalho da ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer) consiste em transmitir informações sobre o
diagnóstico e tratamento da doença e, também, orientar sobre os aspectos cotidianos do acompanhamento do
portador. Aí está o grande papel dos grupos de ajuda da ABRAz que existem para dar suporte emocional e servir de
auxílio, de cooperação e de orientação no trabalho dos cuidadores/familiares. Este trabalho relata a experiência com
os cuidadores familiares do grupo de apoio da ABRAz de São José do Rio Preto, na qual os mesmos participam
mensalmente. Objetivo: este trabalho pretende refletir sobre as relações e o cuidar do idoso com DA. Conclusão:
Diante dessa perspectiva, os familiares que se tornam cuidadores vêem a importância fundamental de compartilhar
suas dúvidas e angústias com outras pessoas que passam pelas mesmas situações com seus idosos portadores de D.A..
O grupo de apoio da ABRAz se tornou uma excelente fonte de informação e suporte para as famílias que buscam
auxílio e acolhimento.

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Anais de Resumos do XI Congresso Brasileiro de Psicanálise das Configurações Vinculares; XIII Encontro Luso-brasileiro de Grupanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo; IX Encontro Paulista de Saúde Mental; XIII Jornada da SPAGESP
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Trabalhos Apresentados em Mesas de Comunicação Temática

MCT6 - A parentalidade na contemporaneidade

Parentalidade e Relações de Gênero no Atendimento do Filho Que é Porta - Voz de seus Pais
Michelle Cristina Moreira (UNIFRAN), Liliana Scatena (UNIFRAN) e Shelen Patricia De Castro (UNIFRAN)

A clínica da universidade presta serviço psicológico para a comunidade, os atendimentos são feitos por estagiários do
curso de Psicologia e supervisionados por professores vinculados ao curso. O atendimento durou três meses, era um
Psicodiagnóstico. O presente trabalho se propôs a uma reflexão sobre as configurações vinculares, transgeracionais,
as relações de gênero de um casal e sua função de parentalidade no processo de educação de um filho pré-
adolescente. O processo de Psicodiagnóstico foi realizado com a entrevista inicial com os pais, observação clínica, hora
de jogo, técnicas de desenhos. O paciente avaliado foi um menino de 11 anos, que cursava o ensino fundamental em
escola pública. As queixas dos pais eram de introversão, dificuldade de aprendizagem e mau comportamento na
escola. Houve uma ruptura familiar quando o pai foi trabalhar no Japão, o paciente só conheceu o pai aos três anos
de idade, quando mãe e filho foram também morar no Japão. Retornaram ao Brasil quando ele tinha 6 anos. Problemas
emocionais interferiam nas habilidades sociais do paciente. Nessa relação familiar, os papéis esperados do pai como
homem provedor e protetor não condiziam com a dinâmica do casal e a mãe não tinha como "instinto natural" a
maternagem.
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Função Parental, O Desenvolvimento Psicológico No Século XXI: Considerações Psicanalíticas Sobre Função
Luiza Benedetti Alves Garcia (UFMS) e Silvia Maria Bonassi (UFMS)

A psicanálise clássica em seus pressupostos teóricos o modelo uma família patriarcal, na qual, o pai ou outra figura
masculina exercendo a função paterna deve ter o lugar de cortar o vínculo simbiótico do bebê com a mãe, introduzindo
a criança nas relações triangulares que impulsiona o desenvolvimento de sua sociabilidade. Nesse sentido, também é
atribuído à função paterna a introdução das regras e leis a criança, possibilitando a participação desta na sociedade.
O objetivo deste trabalho é realizar um estudo, a partir do referencial teórico psicanalítico, sobre a função materna
exercida independente do gênero. Para isto, toma-se como ponto de partida um estudo de caso de uma criança de
um ano e meio de idade, considerando a relação pai-bebê (o pai na maternagem) e o reflexo desta na relação primária
mãe-bebê. Atualmente, com as novas configurações familiares, não se enfatiza tanto a questão do gênero para o
exercício da função paterna ou materna no desenvolvimento da criança. Assim, é possível considerar, na ausência
figura da mãe, um pai que exerce a função materna. Pensando nisso, e na prática psicanalítica, há muito ainda que
pesquisar sobre forma como as crianças se desenvolverão psicologicamente quanto aos novos modelos de vínculos,
gêneros e famílias reconstruídas, trazendo preocupações com relação às adequações das funções paterna e materna
nas experiências e introjeções que a criança fará.
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A experiência emocional de casais na transição para a parentalidade: um estudo de caso


Mariana Biffi (PUC – Campinas) e Tania Mara Marques Granato

A transição para a parentalidade é definida por diversos autores como uma das experiências de maior intensidade
afetiva vivida pelos casais, devido às transformações que demanda do relacionamento conjugal para a constituição da
relação pais-bebês . Nosso objetivo é investigar a experiência de casais durante a transição para a parentalidade, em
termos dos sentidos afetivo-emocionais que sustentam a conduta parental. Realizamos um estudo qualitativo
longitudinal de inspiração psicanalítica, do qual estão participando quatro casais que vivenciam, pela primeira vez, o
processo de transição para a parentalidade. Cada casal participa de três entrevistas, realizadas nos momentos
emblemáticos do processo, ou seja, a gestação, o pós-parto e o segundo trimestre de vida do bebê. Nesse trabalho
apresentamos o estudo de caso do casal Alice e Bernardo, ilustrando o processo por eles vivenciado. Após o período
de internação de Bernardo, o casal parece idealizar a experiência de transição para a parentalidade, evitando qualquer
interferência familiar que pudesse interromper o cenário de proteção que construíram. As demandas do bebê
convocam o casal a se defrontar com seus medos, angústias e limitações. Além disso, nos questionamos sobre os
sentidos que perpassam as funções parentais, considerando as transformações contemporâneas.
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Trabalhos Apresentados em Mesas de Comunicação Temática

MCT7 - Estudos e reflexões em saúde

Transmissão de dor psíquica entre gerações: relação mãe e filha e o transtorno alimentar
Larissa Machado Bueno (UNIFRAN), Liliana Scatena (UNIFRAN) e Paula Barbosa Rejane (UNIFRAN)

A clínica de Psicologia da universidade presta serviço para a comunidade em conjunto com a Clínica de Nutrição em
Transtornos Alimentares e Obesidade. Os atendimentos são realizados por estagiários do quinto ano do curso de
Psicologia e supervisionados por professores vinculados ao curso. O presente trabalho se propôs a uma reflexão sobre
as configurações vinculares, a falta de compreensão do cuidador sobre si e sobre suas questões subjetivas diante do
cuidado integral de um doente crônico com diagnóstico de anorexia nervosa (AN). Abordamos também a transmissão
psíquica entre gerações, levantando pontos em comum na história de vida entre mãe e filha assim como o vínculo
simbiótico – e sua influência na subjetividade da filha. Os atendimentos clínicos individuais de mãe e filha foram
realizados entre os meses de Março e Maio de 2016, totalizando quatorze atendimentos. A filha foi encaminhada pela
Nutrição para atendimento individual por ser acompanhante e cuidadora integral de sua mãe. A finalidade terapêutica
foi a de propiciar transformações favorecendo que a filha enxergasse suas necessidades e desejos em detrimento da
rotina pesada de cuidados da mãe já em estado terminal, promovendo o surgimento de uma subjetividade,
impulsionadora de vida e busca por objetivos particulares.

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Avaliação Do Estresse De Doentes Renais Crônicos: A Saúde Mental No Serviço De Hemodiálise


Silvia Maria Bonassi (UFMS) e Renato Amaro Zângaro

O diagnóstico dos sintomas de estresse do doente renal crônico pode ser facilitado por tecnologias e proporciona
diagnósticos mais precisos. Entre os métodos computacionais usa-se a análise da variabilidade da frequência cardíaca.
O cortisol é um hormônio glicocorticoide vital e permite que o indivíduo se adapte às alterações externas e ao estresse,
por isso, é considerado um marcador biológico adequado para mensurar o estresse através de amostra plasmática e
da saliva. A colheita da saliva não é invasiva como a plasmática, e as amostras podem ser colhidas sem procedimentos
estressantes. Além destes, o instrumento psicométrico Inventário de Stress – ISSL possibilita o diagnóstico de
ocorrências de sintomas de estresse físico e psicológico. Nesta pesquisa de campo foram analisados 38 participantes
adultos, doentes renais crônicos, do interior do Mato Grosso do Sul. Resultados: Há maior incidência de doentes do
gênero masculino, com idade entre 35 – 65 anos, os sintomas de estresse são mais frequentes nos homens. Segundo
análise estatística dos dados, não há diferença significativa do nível de estresse, considerando distância no domicílio
até o serviço de hemodiálise. Do ponto de vista do paciente, há várias queixas estressoras: vivências pessoais, a
doença, tratamento, serviço psicossocial insuficiente, além da orientação nutricional insatisfatória. O atendimento
médico e enfermagem são considerados satisfatórios.

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Trabalhos Apresentados em Mesas de Comunicação Temática

MCT7 - Estudos e reflexões em saúde

A Observação da Relação Mãe Bebê (ORMB) em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal


Thays Puerta Carvalho (UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO – USF) e Isabela Gimenez Manna Oliveira (USF)

O método de observação da relação mãe-bebê (ORMB) foi definido por Esther Bick como parte do processo de
formação de psicanalistas, teve por objetivo estudar relação estabelecida entre a mãe e seu bebê, e identificar padrões
de vínculo. Os principais aspectos a serem observados são: banho, troca de fraldas, amamentação, choro e contenção
de choro, sono e comunicação. Outros pesquisadores se basearam no método de Esther Bick para realizar observações
em contextos diferentes como Hospitais e Instituições. Este trabalho tem por objetivo apresentar, as especificidades
da ORMB em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Trata-se de um relato de experiência de uma psicóloga
residente em saúde neonatal. A UTIN é caracterizada pela urgência e coexistência entre vida e morte, neste ambiente
o bebê está na maior parte do tempo separado de sua mãe, e a relação estabelecida entre eles é dificultada pela rotina
do setor e gravidade do quadro clínico. Os aspectos observados na técnica tradicional puderam ser contemplados no
contexto hospitalar por meio de uma ressignificação de um vínculo aparentemente interrompido. As adaptações de
cuidado e relacionamento entre mãe- bebê em UTIN apresentaram as especificidades da utilização da técnica e a
importância do processo de observação para o acompanhamento psicológico de mães neste contexto.

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O Alcoolismo Pós-cirurgia Bariátrica: Apontamentos sobre o Sofrimento de Mulheres Atendidas


em um Serviço Ambulatorial
Livia Maria Amaral De Brito (IPQ-HC-FMUSP), Silvia Brasiliano (NESME/HC-FMUSP) e Patricia Brunfentrinker Hochgraf

Nos deparamos atualmente na clínica com o aumento do número de casos de pessoas que se submetem à cirurgia
bariátrica na tentativa de solucionar o quadro de obesidade. Além disso a ocorrência de casos de alcoolismo pós-
cirúrgico tem chamado a atenção, tanto nos centros de tratamento para dependência química, como nos consultórios
particulares. São casos de grande complexidade psicopatológica, geralmente associados a transtornos alimentares,
quadros depressivos, ansiosos, entre outros. Mas, apesar do aumento dos procedimentos bariátricos e da recente
conscientização sobre a transferência do sintoma aditivo pós-operatório, existem poucos estudos que subsidiem o
trabalho clínico, o que torna essas articulações e questionamentos ainda mais necessários. Para a elaboração desse
trabalho, utilizamos recortes clínicos de sessões de psicoterapia grupal de mulheres em um serviço ambulatorial para
dependência química. A partir do referencial psicanalítico, objetivamos traçar algumas considerações, levantar
hipóteses e formular perguntas, mais do que tentar respondê-las. A complexidade dessa clínica nos convoca a
aprofundar essa investigação e articular conhecimentos. Pretendeu-se trazer para a discussão, além dos aspectos
psicopatológicos da obesidade, do alcoolismo e dos transtornos alimentares, a influência das determinações sociais
sobre corpo feminino e sua relação com o modo hegemônico de sofrimento na atualidade.

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Trabalhos Apresentados em Mesas de Comunicação Temática

MCT8 - A Psicanálise Vincular, os grupos e as instituições

A Importância da Psicanálise no Tratamento da Compulsão Alimentar


Juliana Ferreira Santos Farah (USP) e Pablo De Carvalho Godoy Castanho (USP/NESME/IAGP)

A obesidade tem aumentado muito nos últimos anos e consequentemente, os problemas de saúde a ela associados.
Portanto, medidas de redução e prevenção da obesidade se fazem necessárias e urgentes, o que reforça a importância
da associação, nos tratamentos, de abordagens que tenham eficácia a curto e longo prazo. Depois de pouco mais de
um ano trabalhando em uma clínica de tratamento de compulsão alimentar, como terapeuta de grupo, pude observar
processos nos quais, após um período de maior dificuldade inicial - uma fase de "obedecer regras" e viver a abstinência
física, seguindo a dieta indicada pela clínica -, a comida deixava de ocupar um lugar central na vida dos pacientes,
deixando espaço para o aparecimento de questões, tanto internas quanto externas, antes anestesiadas ou negadas
com a ingestão excessiva de alimentos. O objetivo desta apresentação é discutir a importância da Psicanálise no
tratamento do sobrepeso e da obesidade, a partir da leitura de que corpo e psiquismo são intimamente ligados e,
portanto, não se pode mudar um sem consequências para o outro.

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Raízes e Transformação: a Traição Virtuosa na Empresa Familiar
Valeria Cecília Dorado Lisondo (NESME)

A Psicanálise Vincular destaca o papel dos vínculos, heranças e cadeias transgeracionais na compreensão do fenômeno
humano. Também apresenta o desafio de acomodar a oferta de um dado legado e relação de pertença com a criação
de uma marca própria e autoral. E distinta. Esse processo será analisado em um contexto particular: o das Empresas
Familiares. O imperativo de adaptação e transformação em face de novos tempos, mercados e paradigmas é um jargão
comum e conhecido na literatura empresarial. E quando essa Organização é Familiar? Não há “inovação” isenta de
trabalho psíquico por parte de uma família empresária convocada a posicionar-se afinada com o seu tempo; provocada
a rever e transformar as suas tradições. Pretende-se elucidar essa tensão e discutir esse processo à luz da noção de
“Traição Virtuosa”.

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Conversando sobre a Clínica do NESME


Ismênia De Camargo (NESME) e Tânia Aldrighi Flake (NESME/Universidade Anhembi Morumbi)

O objetivo é apresentar a trajetória da construção da Clínica Social do Nesme, desde o seu surgimento, os desafios de
atender as demandas e os objetivos, chegando até os contornos atuais do serviço prestado à comunidade. Surge em
2010, com o interesse de alunos, recém-formados do Curso de especialização oferecido pelo Nesme, de aplicar os
conhecimentos adquiridos. Partimos da premissa de que deveríamos sair do impasse simplesmente econômico ou da
dicotomia clinica individual x clínica grupal, ou ainda, da clínica tradicional x clínica social. Pensamos na proposta de
uma clínica social, com as especificidades da psicoterapia de grupo, que fosse ampla e desse conta dos dilemas
humanos atuais. Questões como o que é uma Clínica social, as demandas, divulgação, critérios de constituição dos
grupos e a interseção com a instituição Nesme, foram os norteadores para a construção e consolidação deste modelo.
A construção da Clínica Social do Nesme é um processo dinâmico, com muitos fatores envolvidos, incluindo o tamanho
e a composição do grupo, outras como a estrutura do grupo (aberto ou fechado), tempo limitado ou aberto. Enfim, a
proposta está centrada no modelo de funcionamento concentrado na psicoterapia de grupo que utiliza o grupo como
um agente de mudança.
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Trabalhos Apresentados em Sessões de Pôsteres

P1 – Ressonâncias Familiares

Quando "meu bem" se transforma em "meus bens"


Sidney K. Shine (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO); Martha Maria Guida Fernandes

Na separação conjugal o(a) parceiro(a) escolhido(a) se torna alguém irreconhecível: um total estranho. Alguém que se
quer separar, excluir e eliminar de dentro de nós e do cotidiano. Como fazê-lo quando se tem filhos em comum? Este
é o problema humano que vai ser enfrentado nos tribunais de justiça que tem convocado, cada vez mais, os psis para
seu manejo e resolução. O psicólogo/psicanalista é convocado a oferecer o seu saber para os profissionais do Direito
nas figuras do Perito e do(s) Assistente(s) Técnico(s). Demanda-se um saber real, científico e não um suposto saber.
No divórcio de um par conjugal, enfrenta-se a dificuldade de dois ou mais profissionais da mesma área atuarem juntos,
embora de forma diferente com membros da mesma família. Reproduzir-se-á na relação profissional a dificuldade da
separação? Nosso trabalho abordará esta questão a partir de exemplos clínicos com famílias nas perícias em Vara de
Família.

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O imaginário coletivo de crianças sobre a maternidade: um estudo por meio do Procedimento
Desenho-Estória com Tema
Isabela Gimenez Manna Oliveira (Universidade São Francisco) e Thaysa Brinck Fernandes Silva

Entender como o papel materno vem sendo entendido, pensado e sentido por crianças significa desvendar as
concepções não conscientes presentes neste grupo, e permitir construir um canal para transformações de possíveis
posicionamentos tanto das crianças com suas figuras maternas, quanto do modo como essas mães exercem esse
papel, atuando para a promoção de um vínculo mais satisfatório e boa interação entre mãe e filho. Neste contexto,
este estudo tem como objetivo analisar a concepção do imaginário coletivo de crianças sobre a maternidade. Para
tanto, utilizou-se o Procedimento Desenhos–Estória com Tema e entrevista terapêutica grupal, analisados à luz do
método psicanalítico. A partir dos resultados, constatou-se que o imaginário coletivo das crianças foi amparado na
concepção tradicional de maternidade, na qual, o amor materno incondicional, a visão da mãe ideal, responsável pelo
bem-estar da família, foram predominantes. O conjunto das análises permitiu apreender que o imaginário coletivo
desse grupo de crianças sobre a maternidade foi constituído pela crença de que a mãe, por seu amor inato, é a principal
responsável em suprir as necessidades dos filhos, sendo esse exercício determinante de satisfação e felicidade das
mães. Além disso, a concepção de maternidade perpassa pela identidade de gênero socialmente atribuída à mulher e
às novas configurações familiares.
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“Até que algo os separe”: um estudo sobre o estabelecimento e a manutenção do casamento na
contemporaneidade
Juliana Beatriz Ferreira de Souza (UNESP-ASSIS) e Thassia Souza Emidio

Ao nos depararmos com o panorama atual, podemos perceber as transformações sociais e históricas que ocorreram
ao longo dos últimos séculos e que contribuíram para as modificações nas maneiras de ser e de se relacionar
amorosamente. No entanto, mesmo com as novas maneiras de conjugalidade, o casamento ainda se faz presente
enquanto opção. Embora ainda seja permeado por alguns aspectos do amor romântico, há importantes características
divergentes daquelas dos séculos anteriores. Assim, nesta pesquisa, pretendemos analisar e refletir sobre os vínculos
conjugais na contemporaneidade; buscando compreender os sentidos inferidos ao estabelecimento e à manutenção
do casamento por aqueles que realizam esta escolha. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que terá como instrumento
a entrevista semi-dirigida. Serão entrevistadas cinco pessoas casadas há pelo menos cinco anos. A pesquisa se
encontra em sua fase inicial de coleta de dados, os quais serão analisados a partir de uma interlocução entre o material
colhido, os estudos psicanalíticos acerca dos temas abordados, o panorama histórico e as transformações das formas
de conjugalidade. Desta maneira, esta pesquisa se faz relevante para pensar-se em como o casamento se configura e
se sustenta na atualidade, contribuindo assim, para as discussões atuais e para estudos posteriores acerca do tema.
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Trabalhos Apresentados em Sessões de Pôsteres

P1 – Ressonâncias Familiares

Processos Inconscientes no Vínculo Primitivo Mãe – Bebê


Neuzeli Antonia da Silva (UFMS), André Bigi, Silvia Maria Bonassi (UFMS) e Tamires Xavier Batista (UFMS)

Introdução: Segundo a psicanálise infantil a observação da relação de mães e bebês nos primeiros momentos de vida
pode identificar atitudes inconscientes de mães sobre os processos inconscientes dos bebês. Objetivo: O presente
trabalho faz parte de atividades desenvolvidas no estágio obrigatório do curso de psicologia na área de Psicologia e
Saúde. Pretende-se caracterizar a relação vincular e o desenvolvimento da afetividade entre mães e bebes nas
primeiras 24 horas pós - parto. O trabalho é desenvolvido na maternidade de um Hospital de Mato Grosso do Sul.
Método: Observação clínica e escuta psicanalítica. Instrumentos: roteiro de entrevista semidirigido e escuta analítica.
O estudo em andamento pretende identificar a relação afetiva e a qualidade vincular no período perinatal. Acredita-
se que os resultados poderão ser relevantes para futuras pesquisas que envolvem a psicogênese e a identidade sob a
perspectiva psicanalítica, além de possibilitar uma intervenção de estimulação ao vinculo parental primitivo, sob as
perspectivas familiares atuais.

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Quando a gestação continua na incubadora: A formação do vínculo pais-bebê


Isabela Gimenez Manna Oliveira (Universidade São Francisco - USF) e Thays Puerta Carvalho (USF)

Introdução: Os cuidados em UTIN são marcados pela alta tecnologia e precisão das ações, no sentido de manter a vida
do bebê. Neste contexto, o nascimento e possibilidade de vida ocorrem, concomitantemente, ao risco de morte e/ou
deficiência, desdobrando-se em incertezas e inseguranças. Ocorre aí uma desconstrução da maternidade idealizada,
que transformará a construção do vínculo pais-bebê. Objetivo: Identificar na literatura, especificidades de vínculo pais-
bebê em UTIN e as possibilidades de atuação do psicólogo no contexto de vinculação. Método: Revisão narrativa de
literatura após estudos e acompanhamentos de casos em UTIN. Resultados: Na prematuridade, a identificação mãe-
bebê está especialmente comprometida, pois o bebê no qual a mãe deve investir aponta para a sua falha. O
nascimento prematuro é um momento de interrupção do processo de construção do bebê imaginário, o qual trará
confronto com o real de um bebê prematuro. Ainda assim, a presença dos pais na UTIN se mostra importante
enquanto possibilidade de espaço de investimento no bebê real. Conclusão: As intervenções psicológicas neste
contexto acontecem no sentido de acolher os pais e auxiliá-los na vinculação com o bebê internado. A escuta e a
compreensão de seus conteúdos internos é fundamental para o entendimento da parentalidade e suas implicações
para o bebê.

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Trabalhos Apresentados em Sessões de Pôsteres

P2 - Separações e exclusões - intolerâncias: o estrangeiro entre nós

Intolerância e exclusão escolar: implicações na relação vincular


Josiane Perussi Rodrigues (SPAGESP)

O trabalho tem por objetivo pensar o atendimento de alunos de uma sexta série do ensino fundamental, na faixa
etária de 12 a 14 anos, de uma escola pública de Ribeirão Preto e verificar as implicações oriundas dessa ação. A sala
foi composta por alunos que estavam excluídos de atividades escolares, inclusive sem aulas, já que os professores não
consigam ministrar suas disciplinas. Será exposto uma reflexão de todo o processo grupal, desde a parceria feita com
a escola, a queixa apresentada, a estruturação do trabalho, seus impasses e evolução. Analisou-se os fenômenos de
transferência e contratransferência, a ressonância de sintomas e sentimentos de inadequação do psicólogo, as
vinculações, os sentimentos de exclusão e rejeição sofridos pelos alunos e a psicologia grupanalítica na sala de aula. O
grupo configurou-se como fechado, com vinte participantes, heterogêneo quanto ao sexo, com encontros de 1h30min,
uma vez por semana. A coordenação foi realizada por uma psicóloga. Essa oficina aconteceu durante 8 meses e
utilizou-se de atividades de leitura, dinâmicas de grupo e os pressupostos metodológicos advêm da psicoterapia
analítica de grupo. Ao término do trabalho, os gestores e professores ressaltaram a melhora no comportamento dos
alunos, na concentração e rendimento escolar.
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Alzheimer, sintomas e grupos: uma revisão sistemática integrativa
Felipe Santos Da Silva (UNIFRAN), Liandra Aparecida Orlando Caetano (UNIFRAN) e Cláudia Alexandra Bolela Silveira (UNIFRAN)

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que prejudica a princípio a cognição e memória, além das habilidades
motoras dos portadores. Constitui a patologia mais comum entre as doenças neurodegenerativas que afetam a
população brasileira. Esta doença requer cuidados específicos para atender as necessidades dos pacientes e garantir
uma qualidade de vida melhor. O objetivo deste estudo foi levantar as produções científicas em relação ao Alzheimer,
sintomas e intervenções em grupo no período de 2011 a 2016. A metodologia consistiu em uma revisão sistemática
integrativa nos periódicos PUBmed, BVsalud, Scielo e CAPES. Portanto, foi realizado o levantamento das palavras
Alzheimer, sintomas e grupos, combinadas entre si, verificando as pesquisas produzidas na área no período. A análise
foi realizada quantitativamente e qualitativamente integrando o resultado das produções primárias com a indexação
do novo material. Quanto aos resultados verificou-se que foram encontrados nove resumos de artigos científicos,
vinte e cinco artigos completos e uma monografia, totalizando trinta e cinco produções. Entre elas, sete estão em
inglês e três em espanhol. Ambas abordaram a temática sobre a doença de Alzheimer e sintomas, modelos de
intervenções como grupos de apoio, viabilizando melhorar a qualidade de vida entre os pacientes neurodegenerativos
e seus cuidadores.
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Lidando c/ o suicida em terapia grupal. Relato de experiência
Maria Alcida Aquino Freitas (NESME)

Pretende-se neste relato de experiência refletir sobre o que aconteceu com um grupo formado com pacientes suicidas,
durante o processo psicoterápico. Entre as ideias ventiladas, vinculam-se as mudanças de hábitos, busca de novos
objetivos, investimentos pessoais e quais foram os recursos que estes pacientes colocaram a seu serviço nesta
trajetória.
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Intervenções em grupos com homens em situação de vulnerabilidade social
Karoline Fialho de Lima (Universidade Anhembi Morumbi – UAM), Talytta Cristhine Rodrigues (UAM),
Rodolpho Pires (UAM), Solange Aparecida Emílio (UAM/NESME), Felipe Corte e Lucas Babrikowski

O presente trabalho apresenta e discute as experiências de estagiários do quinto semestre do Curso de Psicologia de
uma universidade privada na cidade de São Paulo na promoção de intervenções grupais. No referido estágio básico e
obrigatório, são propostas intervenções a partir de levantamento prévio de demandas em pequenos grupos de
instituições parceiras. Os participantes das intervenções aqui relatadas foram moradores e egressos de uma casa de
acolhimento para homens em situação de rua. Apesar de realizados em momentos diferentes e por distintos
estagiários (uma dupla de estagiários no primeiro semestre de 2016 e um trio no segundo semestre de 2016) e grupos
diferentes de participantes (6 a 13 homens moradores da casa de acolhimento, no primeiro semestre e 3 a 11 homens
moradores e ex-moradores da casa, no segundo semestre), houve muitos pontos de aproximação entre as
experiências, o que estimulou a elaboração deste relato. Em ambas as situações foram utilizados objetos mediadores
para a realização das intervenções em grupo, que contribuíram para a aproximação entre os participantes e a com os
estagiários. Muitos desafios foram enfrentados e enormes potenciais revelados, o que garantiu um importante
aprendizado para todos os envolvidos

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Anais de Resumos do XI Congresso Brasileiro de Psicanálise das Configurações Vinculares; XIII Encontro Luso-brasileiro de Grupanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo; IX Encontro Paulista de Saúde Mental; XIII Jornada da SPAGESP
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Trabalhos Apresentados em Sessões de Pôsteres

P3 - Reflexões e Ressonâncias da grupalidade

Inibição, Falso-self e Estereotipia: reflexões na perspectiva vincular


Flávia Toledo Lima (CEFAS) e Flávio Eduardo Piva Bosso (CEFAS)

O presente trabalho procura repensar os conceitos de inibição, falso-self e estereotipia na perspectiva vincular de
forma a enriquecer a compreensão do "estranho e o familiar em nós, entre nós e nos outros". Esses conceitos nos
ajudam a refletir sobre as manifestações ou inibições do nosso eu verdadeiro em nossas relações, assim como,
permitem a ilustração de nossos mecanismos de defesas contra possíveis adversidades inerentes as relações
vinculares.
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EntreNós: Trabalhando os desafios juventude com adolescente da periferia de São Paulo


usando arte como linguagem
Ana Carolina Camargo Cortes e Juliana Ferreira Santos Farah (USP)

O Projeto Entrenós foi idealizado inicialmente a partir de uma demanda institucional: uma importante rede de
supermercados especializada em atacado queria que os jovens que lá trabalham se sentissem mais parte da empresa
e com isso diminuísse a rotatividade de funcionários desta faixa etária. No entanto, a idealizadora do projeto, co-
autora deste trabalho, conseguiu unir em uma única proposta um objetivo corporativo e um social. Aprovado e
financiado através da lei Rouanet, o Entrenós utilizou a arte e a cultura como ferramentas para trabalhar questões
como identidade, grupalização, gênero, classe social, política e carreira. 30 jovens com idades entre 16 e 19 anos,
divididos em dois grupos encontraram-se duas vezes por semana durante 5 meses, totalizando 40 encontros cada
grupo. No presente trabalho falaremos sobre os aspectos da grupalidade que puderam ser observados ao longo do
processo. Inspiradas pelo tema do congresso, refletimos sobre as ressonâncias destes grupos em nós, “Entrenós” e
nos outros.
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Reflexões da prática profissional em Clínica-Escola de Psicologia


Diana Pontes Ferreira da Silva e Elisângela de Alencar Barbosa

Este trabalho objetiva refletir sobre as condições de saúde do psicólogo, responsável técnico, que atua no contexto
de Clínica-Escola em Instituição de Ensino Superior (IES). Pois se percebe que neste contexto torna-se relevante a
priorização da higiene mental, no sentido de possibilitar melhores condições de saúde para ele, e os demais
participantes desta comunidade na qual o psicólogo está inserido. Assim, a função técnica numa Clínica-Escola, torna-
se um exercício diário da psico-higiene tanto nos fenômenos sociais ocorridos no processo de formação profissional
dos estudantes e em seus estágios supervisionados, como também no exercício clínico exercido nas urgências e
emergências oferecido à comunidade ou as demandas da Instituição. Em decorrência desses fenômenos, as relações
construídas nesse espaço pode favorecer adequado desenvolvimento profissional e pessoal do psicólogo, preservando
sua saúde mental ou, paradoxalmente, trazer angústias, conflitos e estranhamentos nas relações dentro do ambiente
laboral. Dentre algumas dessas experiências relatadas vem à tona o modelo de gestão e o lugar ocupado pelo psicólogo
nesse ambiente e sua relação grupal, refletido a partir de textos psicanalíticos.
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Residências Terapêuticas na Perspectiva Vincular


Flavio Eduardo Piva Bosso (CEFAS) e Flávia Toledo Lima (CEFAS)

Este trabalho tem como objetivo refletir sobre as Residências Terapêuticas na perspectiva vincular. As características
próprias das Residências Terapêuticas, seu modo de funcionar e os objetivos serem alcançados são associados a
melhoras significativas nos vínculos de muitos pacientes psiquiátricos. As Residências Terapêuticas surgiram como
forma de apoio aos pacientes que há tempos estavam internados em hospitais psiquiátricos sem conseguirem serem
reintegrados a sociedade ou aqueles que eram abandonados pelas famílias e se viam sem qualquer recurso e apoio.
As Residências Terapêuticas permitem uma significativa inclusão social dos portadores de transtornos mentais que
haviam perdido autonomia, capacidade produtiva e vínculos familiares e sociais.
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Anais de Resumos do XI Congresso Brasileiro de Psicanálise das Configurações Vinculares; XIII Encontro Luso-brasileiro de Grupanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo; IX Encontro Paulista de Saúde Mental; XIII Jornada da SPAGESP
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XII Congresso Brasileiro


de Psicanálise das
Configurações
Vinculares

2019

www.nesme.com.br

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