MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS

Prova Escrita Objetiva

PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO

INFORMAÇÕES GERAIS

a F rova
As questões objetivas têm cinco alternativas de resposta (A,
B, C, D, E) e somente uma delas está correta
SUA PROVA Verifique se seu caderno está completo, sem repeti-

GV
ba de p
ção de questões ou falhas. Caso contrário, notifi-
que imediatamente o fiscal da sala, para que sejam
Além deste caderno de provas, contendo oitenta
tomadas as devidas providências
questões objetivas, você receberá do fiscal de sala:
Confira seus dados pessoais, especialmente nome,
ela to
uma folha de respostas das questões objetivas
nc número de inscrição e documento de identidade,
e leia atentamente as instruções para preencher a
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folha de respostas
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TEMPO material transparente, com tinta preta ou azul
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4 horas e 30 minutos é o período disponível Caso tenha recebido caderno de cargo, cor ou tipo
para a realização da prova, já incluído o tempo diferente do impresso em sua folha de respostas, o
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para a marcação da folha de respostas da

on

fiscal deve ser obrigatoriamente informado para o

prova objetiva devido registro na ata da sala
3 horas após o início da prova é possível retirar­se O preenchimento das respostas da prova objetiva
ad

da sala, sem levar o caderno de provas é de sua responsabilidade e não será permitida a
30 minutos antes do término do período de troca da folha de respostas em caso de erro
lic

prova é possível retirar-se da sala levando o Reserve tempo suficiente para o preenchimento de
se

caderno de provas suas respostas. Para fins de avaliação, serão levadas em

ap

consideração apenas as marcações realizadas na folha

Ba

de respostas da prova objetiva, não sendo permitido

anotar informações relativas às respostas em qualquer
outro meio que não seja o caderno de provas
A FGV coletará as impressões digitais dos candida-
NÃO SERÁ PERMITIDO tos na lista de presença
Os candidatos serão submetidos ao sistema de
detecção de metais quando do ingresso e da saída
Qualquer tipo de comunicação entre os can- de sanitários durante a realização das provas
didatos durante a aplicação da prova Boa sorte!
Levantar da cadeira sem autorização do
fiscal de sala
Usar o sanitário ao término da prova, após
deixar a sala
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● Atenção ao tempo de duração da prova, que já inclui o preenchimento da folha de respostas.

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a antecede e contém orientação necessária para resposta. Para cada questão, existe
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marque o campo designado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo
designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. Se optar por não responder
a uma determinada questão, marque o campo “EM BRANCO”. Lembrando que, neste
estilo de banca, uma resposta errada anula uma resposta certa.
Obs.: Se não houver sinalização quanto à prova ser estilo Cespe/Cebraspe, apesar de
ser no estilo CERTO e ERRADO, você não terá questões anuladas no cartão-resposta
em caso de respostas erradas.
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Ministério Público do Estado de Goiás
GRUPO I
DIREITO PENAL
DOUGLAS VARGAS
1
Acerca dos aspectos que conceituam o Direito Penal, jul-
gue as assertivas a seguir.
I – Sob o aspecto estático, o Direito Penal é um conjun-
to de normas que define as infrações penais, seus
agentes e as sanções a serem aplicadas.
II – Sob o aspecto material, o Direito Penal diz respeito
aos comportamentos considerados reprováveis e
que acabam por afetar bens jurídicos tidos como in-
dispensáveis à sua própria conservação e progresso.
III – Sob o aspecto dinâmico, o Direito Penal é mais um
instrumento de controle social de comportamen-
tos desviados.
Está correto somente o que se afirma em:
(A) I.
(B) III.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) I, II e III.
2
Acerca dos aspectos introdutórios ao Direito Penal, mar-
que a correta:
(A) A missão imediata do Direito Penal está associada
ao controle social e a limitação do poder puniti-
vo estatal.
(B) De acordo com o funcionalismo sistêmico, a função
do Direito Penal é a de assegurar o império da norma.
(C) O Direito Penal adjetivo é aquele que cria as figuras
criminosas e contravencionais.
(D) O Direito Penal objetivo jus poenale refere-se ao di-
reito de punir do Estado.
(E) O Direito Penal subjetivo jus puniendi diz respeito ao
conjunto de leis penais em vigor no país.
3
Marque a assertiva que melhor se coaduna com o con-
ceito de "privatização" do Direito Penal:
(A) Visa atender demandas de criminalização.
(B) Ocorre quando o Estado emprega as leis penais como
instrumento, promovendo seus interesses.
(C) Visa proteger bens jurídicos individuais que causem
perigo concreto.
(D) Visa destacar o papel da vítima no âmbito criminal.
(E) Fortalece a dualidade da função da pena: retribuição
e prevenção.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
4
Acerca do garantismo penal, marque a incorreta:
(A) O garantismo penal busca representar o equilíbrio
entre os modelos do abolicionismo e do direito pe-
nal máximo.
(B) Sob o plano jurídico, seria uma forma de limitação do
poder punitivo em garantia dos direitos fundamen-
tais do cidadão.
(C) Sob o plano político, funciona como técnica de redu-
zir a violência e maximizar a liberdade.
(D) As garantias primárias são as diversas formas de re-
paração subsequentes às violações praticadas.
(E) Busca deslegitimar normas ou formas de controle
social que se sobreponham aos direitos e garantias
individuais.
5
De acordo com a doutrina moderna, é fonte formal me-
diata do Direito Penal:
(A) Tratado internacional de direitos humanos.
(B) Complementos da norma penal.
(C) Jurisprudência.
(D) Doutrina.
(E) Princípios.
6
No que tange à teoria geral do crime, julgue as asserti-
vas a seguir.
I – Delito liliputiano é espécie de infração penal.
II – A duração da pena de prisão simples não poderá
ser superior a 5 anos.
III – O período de prova para a suspensão da pena decor-
rente da prática de crime é de 2 a 4 anos, em regra.
IV – De acordo com a doutrina, admite-se o confisco de
instrumento de contravenções penais.
Está correto somente o que se afirma em:
(A) I e II.
(B) II e III.
(C) I, II e III.
(D) I, III e IV.
(E) III e IV.
7
É causa interruptiva da prescrição, exceto:
(A) decisão confirmatória da pronúncia.
(B) publicação de sentença condenatória irrecorrível.
(C) continuação do cumprimento da pena.
(D) recebimento de denúncia.
(E) reincidência.
Ministério Público do Estado de Goiás
8 11
Não expressa característica da medida de segurança:
(A) Finalidade essencialmente preventiva.
(B) Trabalha com a periculosidade do agente.
(C) A restritiva é o tratamento ambulatorial.
(D) Sua imposição depende do devido processo legal.
(E) Volta-se ao passado (fato concreto cometido
pelo agente).
9 (E) estelionato praticado contra maior de 70 anos (art.
Acerca do Direito Penal, da vitimologia e das Ciências cri-
minais, marque a correta:
(A) A Criminologia é uma ciência teleológica, que analisa
as raízes do crime no intuito de discipliná-lo.
(B) De acordo com a classificação de Mendelsohn, as ví-
timas ideais são completamente inocentes, sem ne-
nhuma vinculação com a ação delitiva.
(C) A Política Criminal visa ao conhecimento do crime
como fenômeno individual e social, além de seus as-
pectos biossociológicos.
(D) Vítima e sujeito passivo são coisas distintas, uma vez
que o sujeito passivo é conceito mais abrangente do
que vítima no âmbito criminal.
(E) A chamada "cifra negra" ou "cifra oculta" diz respeito
à perda de protagonismo da vítima ao longo da evo-
lução da sociedade com normas e regras.
10 porte seja clandestino.
João, por motivo egoístico, induziu Maria, menor de 14
anos, a cometer suicídio. Utilizando um estilete, Maria
atentou contra a própria vida. Ela não faleceu, mas so-
freu lesão corporal de natureza grave. Tendo por base
essa situação hipotética, marque a correta:
(A) Como o suicídio não se consumou, a conduta pratica-
da por João é considerada atípica.
(B) João responderá apenas pelo crime de induzimen-
to, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutila-
ção com pena duplicada pela prática do crime por
motivo egoístico.
(C) Em face da idade da vítima, o agente responderá
pelo crime de lesão corporal de natureza grave des-
crito no § 1º do art. 129 do Código Penal.
(D) João deve responder por crime de induzimento, ins-
tigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação na
forma qualificada, com pena duplicada pela prática
do crime por motivo egoístico.
(E) João responderá pelo crime por crime de induzimen-
to, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutila-
ção; mas será isento de pena, pois a morte de Maria
não se consumou.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
Somente se procede mediante representação o crime de:
(A) fraude à execução (art. 179 do Código Penal).
(B) correspondência comercial (art. 152 do Có-
digo Penal).
(C) violação de direito autoral (art. 184, caput do Có-
digo Penal).
(D) induzimento a erro essencial e ocultação de impedi-
mento (art. 236 do Código Penal).
171 do Código Penal).
12
Acerca do crime de redução a condição análoga à de es-
cravo, marque a correta:
(A) É crime próprio.
(B) É crime de ação livre.
(C) É crime comissivo e permanente.
(D) É crime de dano e formal.
(E) A tentativa é inadmissível.
13
Acerca dos crimes contra a administração pública, julgue
as assertivas a seguir:
I – De acordo com os tribunais superiores, para aplica-
ção da majorante prevista no art. 334, § 3º, do CP
(crime de descaminho), é necessário que o trans-
II – O crime de inserção de dados falsos em sistema
de informações somente pode ser praticado pelo
funcionário público devidamente autorizado a lidar
com o sistema informatizado ou banco de dados.
III – Na denunciação caluniosa, a pena é aumentada de
sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou
de nome suposto.
Está correto somente o que se afirma em:
(A) I.
(B) III.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) II e III.
Ministério Público do Estado de Goiás
DIREITO PROCESSUAL PENAL
DANIELLE ROLIM
14 sidade. No entanto, o incidente de falsidade, quando
A respeito do acordo de não persecução penal, é cor-
reto dizer:
(A) Caberá quando não for caso de arquivamento e o
investigado confessar formal e circunstancialmente
a prática de infração penal sem violência ou grave
ameaça, com pena máxima inferior a 4 anos.
(B) poderá ter dentre as condições ajustadas a repara-
ção do dano à vítima, mas não a renúncia voluntária
a bens e direitos indicados pelo Ministério Público.
(C) não será cabível o benefício se o investigado for
reincidente ou se houver elementos probatórios
que indiquem conduta criminal habitual, reiterada
ou profissional, exceto se insignificantes as infrações
penais pretéritas.
(D) não será cabível o benefício se o investigado tiver
sido beneficiado nos 2 (dois) anos anteriores ao
cometimento da infração em acordo de não perse-
cução penal, em transação penal ou em suspensão
condicional do processo.
(E) se descumprido o acordo de não persecução penal,
os autos serão encaminhados ao juízo da execução,
visando ao cumprimento da pena fixada.
15 pagamento frustrado ou por meio da transferência
No que diz respeito ao sequestro no processo penal, jul-
gue as alternativas abaixo:
I – caberá o sequestro dos bens imóveis, adquiridos
pelo indiciado com os proventos da infração, ainda
que já tenham sido transferidos a terceiro.
II – Para a decretação do sequestro, bastará a exis-
tência de indícios veementes da proveniência ilíci-
ta dos bens.
III – O sequestro será autuado em apartado e não admi-
tirá embargos de terceiro, por ser instituto próprio
do direito processual civil.
IV – O sequestro será levantado se, dentre outras hipó-
teses previstas na lei, for julgada extinta a punibili-
dade ou absolvido o réu, por sentença transitada
em julgado.
Apenas está correto somente o que se diz:
(A) nos itens I e II.
(B) nos itens II, III e IV.
(C) nos itens I, III e IV.
(D) nos itens I, II e IV.
(E) nos itens III e IV.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
16
Sobre os incidentes no processo penal, é correto dizer:
(A) O juiz poderá, de ofício, proceder à verificação da fal-
feito por procurador, exige poderes gerais.
(B) A decisão proferida no incidente de falsidade, se for
procedente, fará coisa julgada em prejuízo de ulte-
rior processo penal ou civil.
(C) O incidente de insanidade mental será processado
em auto apartado, que só depois da apresentação
do laudo, será apenso ao processo principal.
(D) Se os peritos concluírem que o acusado, ao tempo da
infração, não tinha condições de compreender o ca-
ráter ilícito do fato ou de se comportar de acordo com
esse entendimento, o juiz designará curador para o
acusado e determinará a suspensão do processo.
(E) No incidente de insanidade mental, o juiz nomeará
curador ao acusado, quando determinar o exame e, se
já iniciada a ação penal, o processo seguirá seu curso
regular, até que os peritos concluam seus trabalhos.
17
Sobre competência no processo penal, é correto afirmar:
(A) De acordo com o Superior Tribunal de Justiça, nos
crimes de estelionato, quando praticados mediante
depósito, por emissão de cheques sem suficiente
provisão de fundos em poder do sacado ou com o
de valores, a competência será definida pelo local do
domicílio da vítima, em razão da superveniência da
Lei n. 14.155/2021, salvo se os fatos tenham sido an-
teriores à nova lei.
(B) Conforme o Código de Processo Penal, haverá com-
petência por prevenção toda vez que, concorrendo
dois ou mais juízes igualmente competentes ou com
jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos
outros na prática de algum ato do processo ou de
medida a este relativa, salvo se anterior ao ofereci-
mento da denúncia ou da queixa.
(C) Nos casos de conexão e continência, será obrigató-
ria a separação dos processos quando as infrações
tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo
ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo nú-
mero de acusados e para não lhes prolongar a prisão
provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz re-
putar conveniente a separação.
(D) De acordo com o Código de Processo Penal, os cri-
mes praticados a bordo de aeronave nacional, den-
tro do espaço aéreo correspondente ao território
brasileiro, ou ao alto-mar, ou a bordo de aeronave
estrangeira, dentro do espaço aéreo correspondente
ao território nacional, serão processados e julgados
pela justiça da comarca em cujo território se verificar
Ministério Público do Estado de Goiás
o pouso após o crime, ou pela da comarca de onde
houver partido a aeronave.
(E) Reconhecida inicialmente ao júri a competência por
conexão, o juiz, se vier a desclassificar a infração ou
impronunciar ou absolver o acusado, de maneira que
exclua a competência do júri, decidirá apenas o pro-
cesso referente ao crime conexo.
18 demora para a juntada da carta rogatória cumprida
Considerando a mais recente jurisprudência dos tribu-
nais superiores, analise as alternativas abaixo e assinale
a correta.
(A) De acordo com o entendimento do Superior Tribunal
de Justiça, é lícita a entrada de policiais, sem auto-
rização judicial e sem o consentimento do hóspe-
de, em quarto de hotel não utilizado como morada
permanente, desde que presentes fundadas razões
que sinalizem a ocorrência de crime e hipótese de
flagrante delito.
(B) De acordo com o entendimento do Superior Tribu-
nal de Justiça, é desnecessária a realização de perícia
para a identificação de voz captada nas intercepta-
ções telefônicas, salvo quando houver dúvida plausí-
vel que justifique a medida.
(C) É firme o entendimento do Supremo Tribunal Federal
no sentido de que a inobservância do prazo nonage-
simal do artigo 316 do CPP para reavaliação da prisão
preventiva implica em sua automática revogação.
(D) De acordo com o entendimento do Superior Tribunal
de Justiça, a concessão de liberdade provisória, com
fixação de medida cautelar de recolhimento noturno
e aos finais de semana, não gera direito à detração
da pena, nos moldes do art. 42 do Código Penal.
(E) Será considerada ilícita a prova obtida por meio de
espelhamento via WhatsApp Web, salvo se houver
prévia autorização judicial, deferida em conformida-
de com a lei que trata da interceptação das comuni-
cações telefônicas.
19
Quanto às citações e intimações no processo penal, assi-
nale a alternativa correta:
(A) Se o réu for citado pessoalmente ou por hora certa e
não apresentar resposta à acusação, o processo se-
guirá, devendo o juiz designar audiência de instrução
e julgamento.
(B) Se o réu for citado por edital e não comparecer e nem
constituir advogado, o processo ficará suspenso, as-
sim como o curso do prazo prescricional. Conforme
entendimento dos tribunais superiores, a suspensão
da prescrição bem como do curso do processo será
limitada ao tempo de prescrição da pena máxima em
abstrato cominada ao crime.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
(C) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido,
será citado mediante carta rogatória, suspendendo-
-se o curso do prazo de prescrição até o seu cumpri-
mento. De acordo com o Superior Tribunal de Justi-
ça, o termo final da suspensão do prazo prescricional
pela expedição de carta rogatória para citação do
acusado no exterior é a data da efetivação da comu-
nicação processual no estrangeiro, ainda que haja
nos autos.
(D) Será nula a citação por edital que indicar apenas o
dispositivo da lei penal, sem transcrever a denúncia
ou a queixa ou, ao menos, resumir os fatos em que
se baseia a acusação.
(E) Se o réu se ocultar para não ser citado, o juiz deter-
minará a citação por edital e, caso não compareça e
nem constitua advogado, o juiz determinará a sus-
pensão do processo e do curso do prazo prescricional.
20
No que diz respeito aos recursos e ações autônomas de
impugnação no processo penal, analise as alternativas
abaixo e assinale a correta:
(A) Cabe recurso em sentido estrito contra a decisão que
recusar a homologação da proposta do acordo de
não persecução penal, previsto no art. 28-A do CPP.
(B) Será admitida a revisão criminal quando a sentença
condenatória for contrária ao texto expresso da lei
ou à evidência dos autos, mas não quando a senten-
ça condenatória se fundar em depoimentos compro-
vadamente falsos.
(C) Será admitida a revisão criminal quando, após a sen-
tença, se descobrirem novas provas de inocência do
condenado, mas não de circunstância que determine
ou autorize diminuição especial da pena.
(D) Quando, no curso da revisão, falecer a pessoa cuja
condenação tiver de ser revista, o presidente do Tri-
bunal, à vista da certidão de óbito e após a manifes-
tação do Ministério Público, julgará extinta a ação.
(E) O  habeas corpus  poderá ser impetrado por qual-
quer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como
pelo Ministério Público. Os juízes não têm compe-
tência para expedir de ofício ordem de habeas cor-
pus, quando no curso do processo verificarem que
habeas corpus  poderá ser impetrado por qualquer
pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo
Ministério Público.
Ministério Público do Estado de Goiás
21 23
Assinale a alternativa que reproduz o entendimento do
Superior Tribunal de Justiça quanto às provas obtidas
por meio de extração de dados em aparelhos celulares:
(A) É ilícita a prova proveniente do acesso à agenda te-
lefônica da pessoa presa em flagrante delito, pois a
agenda também goza da proteção decorrente do si-
gilo telefônico ou de dados telemáticos.
(B) É lícita a prova obtida a partir das mensagens cons-
tantes do aparelho celular do investigado que foi
preso em flagrante delito. Isso porque, o estado de
flagrância dispensa ordem judicial ou consentimento
do preso para que as mensagens sejam acessadas di-
retamente pelos policiais responsáveis pela prisão.
(C) Autorização concedida pelo preso para que os poli-
ciais acessem o conteúdo das mensagens constantes
do aparelho celular dele não basta para que a prova
seja considerada lícita, pois o sigilo telefônico tem
guarida constitucional.
(D) São válidas as provas obtidas por meio de print scre-
en da tela da ferramenta WhatsApp Web, desde que
juntadas por um dos interlocutores.
(E) Se o telefone celular for apreendido em busca e
apreensão determinada por decisão judicial, não há
óbice para que a autoridade policial acesse o conte-
údo armazenado no aparelho, inclusive as conversas
do WhatsApp.
22 ANTUNES/SIMONE MAGALHÃES
A respeito do procedimento previsto no Código de Pro-
cesso Penal para julgamento dos crimes dolosos contra
a vida, assinale a alternativa incorreta.
(A) O juiz, fundamentadamente, absolverá sumariamen-
te o acusado se demonstrado que ele não tinha con-
dições de compreender o caráter ilícito do fato ou de
se comportar conforme esse entendimento, se essa
for a única tese defensiva.
(B) Se o juiz proferir decisão de desclassificação, por se
convencer que o crime não é doloso contra a vida,
deverá remeter os autos para o juízo competente.
(C) Ainda que preclusa a decisão de pronúncia, havendo
circunstância superveniente que altere a classifica-
ção do crime, o juiz ordenará a remessa dos autos ao
Ministério Público.
(D) Não se convencendo da materialidade do fato ou da
existência de indícios suficientes de autoria ou de
participação, o juiz, fundamentadamente, impro-
nunciará o acusado.  A decisão de impronúncia faz
coisa julgada formal e material.
(E) A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indi-
cação da materialidade do fato e da existência de
indícios suficientes de autoria ou de participação,
devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que
julgar incurso o acusado e especificar as circunstân-
cias qualificadoras e as causas de aumento de pena.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
Sobre as testemunhas no processo penal, assinale a al-
ternativa correta:
(A) São proibidos de depor os funcionários públicos que
tomem conhecimento de um fato criminoso em ra-
zão do cargo que ocupam.
(B) As pessoas que são proibidas de depor em virtude do
dever de guardar segredo, decorrente de função, mi-
nistério, ofício ou profissão, poderão dar seu teste-
munho se quiserem e forem desobrigadas pela parte
interessada.
(C) A pessoa que nada souber que interesse à decisão
da causa ainda assim será computada como teste-
munha, pois é das partes o ônus probatório.
(D) As perguntas serão formuladas pelas partes à teste-
munha, por intermédio do juiz, e este não admitirá
aquelas perguntas que puderem induzir a resposta,
não tiverem relação com a causa ou importarem na
repetição de outra já respondida.
(E) A testemunha que, regularmente intimada, deixar de
comparecer sem motivo justificado, não poderá ser
conduzida coercitivamente, de acordo com o enten-
dimento do Supremo Tribunal Federal.
LEGISLAÇÃO PENAL E PROCESSUAL
PENAL ESPECIAL
DIEGO FONTES/VLADIMIR ARAS/LEANDRO
24
À luz da Lei n. 8.072/1990, considerando as atualiza-
ções promovidas pela Lei n. 13.964/2019 (vulgarmente
conhecida como Pacote Anticrime), considera-se cri-
me hediondo:
(A) associação para o tráfico (art. 35 da Lei n.
11.343/2006).
(B) corrupção passiva (art. 317 do Código Penal).
(C) promoção de migração ilegal (art. 232-A do Có-
digo Penal)
(D) violação de sigilo funcional (art. 325 do Código Penal).
(E) comércio ilegal de arma de fogo (art. 17 do Estatuto
do Desarmamento).
Ministério Público do Estado de Goiás 1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto

25 27
Sobre a Lei n. 13.431/2017, que regula sobre o Sistema Acerca dos institutos previstos no título da Aplicação
de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente da Lei Penal no Código Penal Militar (Decreto-Lei n.
Vítima ou Testemunha de Violência, assinale a alter- 1001/1969) e também no Código Penal (Decreto-Lei n.
nativa incorreta: 2.848/1940), assinale a alternativa correta:
(A) Escuta especializada é o procedimento de entrevista (A) No Código Penal, não há crime sem lei anterior que
sobre situação de violência com criança ou adoles- o defina; todavia, de acordo com dispositivo no
cente perante órgão da rede de proteção, limitado CPM, poderá ter crime militar definido por decreto
o relato estritamente ao necessário para o cumpri- presidencial.
mento de sua finalidade. (B) No Código Penal e no Código Penal Militar, os dispo-
(B) Depoimento especial é o procedimento de oitiva de sitivos que versam sobre a lei supressiva de incrimi-
criança ou adolescente vítima ou testemunha de vio- nação, abolitio criminis, encontram dispostos apenas
lência perante autoridade policial ou judiciária. no título da extinção de punibilidade.
(C) O depoimento especial será gravado em áudio e vídeo (C) O Código Penal adotou a teoria da atividade para o
e deverá ser repetido em juízo, no curso da ação pe- tempo do crime e o Código Penal Militar adotou a
nal, para assegurar o contraditório e a ampla defesa. teoria da ubiquidade.
(D) A coleta, guarda provisória e preservação de material (D) O Código Penal e o Código Penal Militar adotaram a
com vestígios de violência serão realizadas pelo Ins-
extraterritorialidade como exceção, sendo a regra a
tituto Médico Legal (IML) ou por serviço credenciado
territorialidade.
do sistema de saúde mais próximo, que entregará o
(E) O Código Penal adotou a teoria da ubiquidade para o
material para perícia imediata.
lugar do crime e o Código Penal Militar adotou para
(E) É crime violar sigilo processual, permitindo que de-
os crimes militares comissivos a teoria da ubiquidade
poimento de criança ou adolescente seja assistido
e para os crimes omissivos a teoria da atividade.
por pessoa estranha ao processo, sem autorização
judicial e sem o consentimento do depoente ou de
seu representante legal.
28
Acerca do contido Código de Processo Penal Militar
(Decreto-Lei 1.002/1969), assinale a única alternativa
26
incorreta sobre o modo de instauração de um inquérito
Sobre a Lei de Lavagem de Dinheiro – Lei n. 9.613/1998,
policial militar:
assinale a alternativa incorreta:
(A) Por determinação ou delegação da autoridade mili-
(A) Os crimes de lavagem de dinheiro transnacionais são
tar superior, que, em caso de urgência, poderá ser
de competência federal.
feita por via telegráfica ou radiotelefônica e confir-
(B) A ocultação da origem de criptoativos decorrente da
mada, posteriormente, por ofício.
prática do crime de fraude eletrônica configura o cri-
(B) Em virtude de requisição do Ministério Público.
me de lavagem de dinheiro.
(C) Em virtude de requisição do juiz auditor.
(C) A autoridade policial pode determinar o afastamen-
(D) A requerimento da parte ofendida ou de quem legal-
to cautelar de funcionário público indiciado por lava-
mente a represente, ou em virtude de representação
gem de dinheiro.
devidamente autorizada de quem tenha conheci-
(D) Na falta de tratados, a partilha de ativos em coopera-
mento de infração penal, cuja repressão caiba à Jus-
ção internacional é regida pelo direito interno.
tiça Militar.
(E) É efeito da condenação a perda, em favor da União
(E) Quando, de sindicância feita em âmbito de jurisdição
– e dos Estados, nos casos de competência da Jus-
militar, resulte indício da existência de infração pe-
tiça Estadual –, de todos os bens, direitos e valores
nal militar.
relacionados, direta ou indiretamente, à prática dos
crimes de lavagem e dos antecedentes, ressalvado o
direito do lesado ou de terceiro de boa-fé,
Ministério Público do Estado de Goiás
29 31
À luz da Lei n. 8.072/1990, que regulamenta sobre os
crimes hediondos, julgue os itens a seguir:
I – Considera-se crime hediondo o delito de furto qua-
lificado pelo emprego de explosivo ou de artefato
análogo que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A
do Código Penal).
II – O tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tra-
tado na Lei n. 11.343/2006, é crime hediondo ex-
pressamente previsto no rol da Lei n. 8.072/1990,
inclusive o tráfico privilegiado previsto no art. 33, §
4º da Lei de Regência.
III – A pena por crime previsto na Lei n. 8.072/1990 será
cumprida integralmente em regime fechado.
IV – Considera-se hediondo o delito de extorsão quali-
ficada pela morte (art. 158, § 2º do Código Penal).
Está(ão) correto(s):
(A) os itens I e IV.
(B) os itens II e III.
(C) apenas o item IV.
(D) os itens I e II.
(E) apenas o item I.
30
Quanto à Lei de Interceptação Telefônica – Lei n.
9.296/1996, assinale a alternativa correta:
(A) É indispensável a transcrição integral de diálogos
colhidos em interceptação telefônica no âmbito do
procedimento administrativo disciplinar.
(B) Em nome da ampla defesa, é sempre necessária a
realização de perícia para a identificação de voz cap-
tada nas interceptações telefônicas.
(C) Ao decidir pedidos ou representações de prorroga-
ção de interceptação telefônica, pode o juiz valer-se
da técnica de fundamentação per relationem.
(D) Somente a Polícia Civil pode executar uma ordem de
interceptação telefônica expedida por um juiz.
(E) Informações anônimas não servem para embasar re-
presentações policiais para interceptação telefônica.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
Referente aos crimes contra as relações de consumo
previstos pelo Código de Defesa do Consumidor – Lei n.
8.078/1990, identifique a opção correta:
(A) Não é conduta tipificada deixar de comunicar à auto-
ridade competente e aos consumidores sobre a noci-
vidade ou a periculosidade de algum produto, quan-
do esse conhecimento for posterior à sua colocação
no mercado.
(B) Às associações legalmente constituídas há pelo me-
nos um ano, e que incluam entre seus fins institu-
cionais a defesa dos interesses e direitos protegidos
pelo Código de Defesa do Consumidor, não é possi-
bilitada intervenção, no processo penal, como assis-
tentes do Ministério Público.
(C) A quem concorrer para os crimes tipificados no Có-
digo de Defesa do Consumidor, incidirá as penas a
esses cominadas na medida de sua culpabilidade.
(D) Se a situação econômica do indiciado ou réu assim
indicar, a fiança poderá ser reduzida até a um terço
do seu valor mínimo.
(E) Caso um fornecedor se utilize de ameaça, coação,
constrangimento físico ou moral para realizar co-
brança de dívidas, esses atos serão tão somente re-
preendidos na esfera civil.
32
Quanto ao Estatuto do Idoso (Lei n. 10.741/2003), assi-
nale a alternativa correta:
(A) Os crimes do Estatuto do Idoso são de ação penal
privada e de ação penal pública condicionada.
(B) Aos crimes do Estatuto do Idoso aplicam-se subsi-
diariamente, no que couber, as disposições do Có-
digo Penal.
(C) Aos crimes do Estatuto do Idoso aplicam-se todos os
institutos da Lei 9.099/1995.
(D) Se o agente recusar, retardar ou omitir dados técni-
cos indispensáveis à propositura da ação civil objeto
do Estatuto do Idoso, quando requisitados pelo Mi-
nistério Público, comete o crime do art. 10 da Lei de
Ação Civil Pública (Lei n. 7.347/1985).
(E) O crime de abandono de idoso é omissivo próprio,
exigindo a condição especial de garante do sujeito
ativo, atribuída por lei ou mandado.
Ministério Público do Estado de Goiás 1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto

33 processo criminal; ou por órgãos públicos e entida-

De acordo com a jurisprudência do STJ acerca da Lei Ma- des com atribuições de defesa dos direitos humanos.
ria da Penha (Lei n. 11.340/2006), o descumprimento de (C) Não é possível a utilização de “testemunhas sem ros-
medida protetiva de urgência: to”, com base na referida lei, tendo em vista a viola-
(A) constitui crime cujo sujeito ativo deve ser sem- ção do direito ao contraditório.
pre um homem. (D) O indiciado ou acusado que colaborar voluntaria-
(B) não é crime e por isso não se admite o arbitramento mente com a investigação policial e o processo cri-
de fiança pelo juiz. minal na identificação dos demais coautores ou par-
(C) é um crime específico previsto no art. 24-A da Lei n. tícipes do crime, na localização da vítima com vida e
11.340/2006. na recuperação total ou parcial do produto do crime,
(D) é crime de desobediência previsto no Código Penal. no caso de condenação, terá pena reduzida de um a
(E) é um crime somente punido na modalidade culposa. dois terços.
(E) Terão prioridade na tramitação o inquérito e o pro-
34 cesso criminal em que figure indiciado, acusado,
Sobre a Lei de Drogas – Lei n. 11.343/2006, escolha a vítima ou réu colaboradores, vítima ou testemunha
alternativa correta: protegidas pelos programas de proteção da Lei n.
(A) Não incide majorante quando o agente pratica 9.807/1999.
o crime de narcotráfico prevalecendo-se de fun-
ção pública. GRUPO II
(B) O crime do art. 35 da Lei de Drogas (Lei n. 11.343/2006)
exige a associação de 3 ou mais pessoas.
DIREITO CIVIL
(C) A jurisprudência atual do STJ considera que a apli-
cação da causa de diminuição de pena prevista no
CARLOS ELIAS
artigo 33, § 4º, da Lei de Drogas, afasta a hediondez
do crime de tráfico de drogas. No entanto, desde o
36
Assinale a alternativa incorreta.
advento do Pacote Anticrime (Lei n. 13.964/2019), a
(A) Na união estável, a alteração do regime de bens pode
Lei de Execuções Penais prevê expressamente a na-
ser retroativa, desde que feita por escritura pública
tureza hedionda dessa hipótese.
pelos conviventes.
(D) A majorante do tráfico transnacional de drogas (ar-
(B) As pessoas jurídicas de direito público interno são ci-
tigo 40, I, da Lei n. 11.343/2006) configura-se com a
vilmente responsáveis por atos dos seus agentes que
prova da destinação internacional das drogas, ainda
nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalva-
que não consumada a transposição de fronteiras, da
do direito regressivo contra os causadores do dano,
mesma forma que a majorante do tráfico interesta-
se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
dual (artigo 40, V, da Lei n. 11.343/2006), bastando
(C) A impossibilidade inicial do objeto não invalida o
que haja demonstração inequívoca da intenção de
negócio jurídico se for relativa ou se cessar antes de
realizar o tráfico interestadual.
realizada a condição a que ele estiver subordinado.
(E) O crime de posse de droga para consumo próprio
(D) Em se tratando de obrigação de dar coisa certa, se
não pode ser apurado mediante a instauração de
para o melhoramento, ou aumento, empregou o de-
termo circunstanciado de ocorrência pelo juiz.
vedor trabalho ou dispêndio, o caso se regulará pelas
normas do Código Civil atinentes às benfeitorias rea-
35
lizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé.
Sobre a Lei n. 9.807/1999, que legisla sobre proteção a
(E) Os efeitos da sentença que reduz, majora ou exonera
vítimas e testemunhas, assinale a alternativa incorreta:
o alimentante do pagamento retroagem à data da ci-
(A) Estão excluídos da proteção os indivíduos cuja perso-
tação, vedadas a compensação e a repetibilidade.
nalidade ou conduta seja incompatível com as restri-
ções de comportamento exigidas pelo programa, os
condenados que estejam cumprindo pena e os indi-
ciados ou acusados sob prisão cautelar em qualquer
de suas modalidades.
(B) A solicitação objetivando ingresso no programa po-
derá ser encaminhada ao órgão executor pelo inte-
ressado; por representante do Ministério Público;
pela autoridade policial que conduz a investigação
criminal; pelo juiz competente para a instrução do
Ministério Público do Estado de Goiás
37 39
Assinale a alternativa incorreta.
(A) O agente público responderá pessoalmente por suas
decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou
erro grosseiro.
(B) Na interpretação de normas sobre gestão pública,
serão considerados os obstáculos e as dificuldades
reais do gestor e as exigências das políticas públicas
a seu cargo, ainda que em prejuízo dos direitos dos
administrados.
(C) Em decisão sobre regularidade de conduta ou va-
lidade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma
administrativa, serão consideradas as circunstâncias
práticas que houverem imposto, limitado ou condi-
cionado a ação do agente.
(D) Na aplicação de sanções, serão consideradas a na-
tureza e a gravidade da infração cometida, os danos
que dela provierem para a administração pública, as
circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antece-
dentes do agente.
(E) A decisão administrativa, controladora ou judicial
que estabelecer interpretação ou orientação nova
sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo
novo dever ou novo condicionamento de direito, de-
verá prever regime de transição quando indispensá-
vel para que o novo dever ou condicionamento de
direito seja cumprido de modo proporcional, equâni-
me e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais.
38 (C) evicção.
Assinale a alternativa incorreta:
(A) A ocupação indevida de bem público por pessoa
de boa-fé autoriza a retenção ou a indenização por
acessões e benfeitoria.
(B) Os registros de propriedade particular de imóveis
situados em terrenos de marinha não são oponí-
veis à União.
(C) É admissível a oposição de embargos de terceiro fun-
dados em alegação de posse advinda do compromis-
so de compra e venda de imóvel, ainda que despro-
vido do registro.
(D) A falta de registro do compromisso de compra e ven-
da não dispensa a prévia interpelação para constituir
em mora o devedor.
(E) São imprescritíveis as ações indenizatórias por danos
morais e materiais decorrentes de atos de persegui-
ção política com violação de direitos fundamentais
ocorridos durante o regime militar. 
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
Assinale a alternativa correta:
(A) Considera-se imóvel, para os efeitos legais, o direito
à sucessão aberta, e móveis os materiais proviso-
riamente separados de um prédio, para nele se re-
empregarem.
(B) Constitui universalidade de fato o complexo de re-
lações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor
econômico.
(C) São pertenças os bens que, constituindo partes inte-
grantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao
serviço ou ao aformoseamento de outro.
(D) O bem integrante de herança jacente só passa a ser
de propriedade do Poder Público com a sentença de
declaração da vacância, podendo, até ali, adquirido
por usucapião.
(E) Aquele que possuir, como sua, área urbana de até
quinhentos metros quadrados, por cinco anos inin-
terruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio,
desde que não seja proprietário de outro imóvel ur-
bano ou rural.
40
A perda do bem adquirido em contrato oneroso, em fun-
ção de sentença que atribui a titularidade deste a tercei-
ro, acarreta:
(A) vício redibitório.
(B) vício do produto.
(D) exceção de contrato não cumprido.
(E) cláusula solve et repete.
41
Assinale a alternativa incorreta.
(A) O testamento público precisa de três testemunhas.
(B) Ao cego só se permite o testamento público.
(C) São nulos os fideicomissos além do segundo grau.
(D) Rompe-se também o testamento feito na ignorância
de existirem outros herdeiros necessários.
(E) Podem testar os maiores de dezesseis anos.
42
Assinale a alternativa incorreta.
(A) A prescrição intercorrente observará o mesmo prazo
de prescrição da pretensão.
(B) O dolo de aproveitamento é requisito da lesão.
(C) O devedor somente pode compensar com o credor
o que este lhe dever; mas o fiador pode compensar
sua dívida com a de seu credor ao afiançado.
(D) Não pode o adquirente demandar pela evicção, se
sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.
(E) Os contratos civis e empresariais presumem-se paritá-
rios e simétricos até a presença de elementos concre-
tos que justifiquem o afastamento dessa presunção.
Ministério Público do Estado de Goiás
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
GUSTAVO ALVES
43 nar judicial.
No cumprimento definitivo de sentença que reconhece
a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa, o
executado foi intimado a pagar o débito. Findo o prazo
para pagamento voluntário, o executado poderá apre-
sentar impugnação, na qual é lícito alegar
(A) excesso de execução sem a indicação do valor que o
executado entenda ser o correto.
(B) prescrição do direito invocado, não alegada na res-
posta da fase de conhecimento.
(C) inexigibilidade da obrigação reconhecida no título
executivo judicial, se esta estiver fundada em lei con-
siderada inconstitucional pelo STF, proferida antes
do trânsito em julgado da decisão exequenda.
(D) incompetência absoluta do juízo da fase de co-
nhecimento.
(E) nulidade da citação não alegada pelo réu na fase de
conhecimento.
44 investidura.
Considere os enunciados seguintes, referentes à peti-
ção inicial:
I – Na ação que tiver por objeto cumprimento de obri-
gação em prestações sucessivas, essas serão con-
sideradas incluídas no pedido, independentemente
de declaração expressa do autor, e serão incluídas
na condenação, enquanto durar a obrigação, se o
devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las
ou de consigná-las.
II – O pedido deve ser determinado, sendo lícito porém
formular pedido genérico, dentre outras hipóteses,
se não for possível determinar, desde logo, as con-
sequências do ato ou do fato, ou ainda, nas ações
universais, se o autor não puder individuar os bens
demandados.
III – É lícita a cumulação em um único processo, contra
o mesmo réu, de vários pedidos, desde que entre
eles haja conexão ou continência.
IV – Na obrigação indivisível com pluralidade de credo-
res, aquele que não participou do processo não po-
derá receber sua parte, salvo em ação autônoma.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) II e III.
(B) II e IV.
(C) I e II.
(D) I e IV.
(E) I, III e IV.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
45
A tutela da evidência:
(A) em nenhuma hipótese, admite concessão de limi-
(B) depende de demonstração de perigo de dano e pro-
babilidade do direito invocado.
(C) depende de demonstração de risco ao resultado útil
do processo.
(D) não pode ser concedida se dependente de prova do-
cumental dos fatos constitutivos do direito do autor,
ainda que o réu não oponha objeção capaz de gerar
dúvida razoável.
(E) será concedida, entre outras hipóteses, se as alega-
ções de fato puderem ser comprovadas apenas do-
cumentalmente e houver tese firmada em julgamen-
to de casos repetitivos ou em súmula vinculante.
46
Em relação à jurisdição, é correto afirmar que
(A) ao se dizer que a lei não excluirá da apreciação ju-
risdicional ameaça ou lesão a direito, o ordena-
mento jurídico processual refere-se ao princípio da
(B) à jurisdição voluntária não se aplicam as garantias
fundamentais do processo, pela inexistência de lide
e pela possibilidade de se julgar por equidade.
(C) viola o princípio do Juiz natural a criação de mutirões
de sentença.
(D) só haverá atividade jurisdicional relativa à disciplina
e às competições desportivas após esgotarem-se as
instâncias da justiça desportiva reguladas em lei.
(E) A arbitragem é um equivalente jurisdicional, que po-
derá ser imposto às partes.
47
De acordo com a jurisprudência dominante dos Tribu-
nais Superiores, é incorreto afirmar que:
(A) o Ministério Público Federal não possui legitimidade
para propor ação civil pública a fim de debater a co-
brança de encargos bancários supostamente abusi-
vos praticados por instituições financeiras privadas.
(B) a desistência da execução pelo credor, em razão da
inexistência de bens penhoráveis, não rende ensejo
à condenação do exequente em honorários advoca-
tícios na vigência do novo CPC.
(C) o rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitiga-
da, por isso admite a interposição de agravo de ins-
trumento quando verificada a urgência decorrente
da inutilidade do julgamento da questão no recurso
de apelação.
(D) conforme entendimento do STJ, para a formalização
da pretensão e análise do pedido de suspensão de
segurança, basta o requerimento em simples petição
dirigida ao presidente do tribunal ao qual couber o
Ministério Público do Estado de Goiás 1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto

conhecimento de recurso na causa principal, consi- 50

derando que não há requisitos formais a serem pre- No que diz respeito às respostas do réu, assinale a alter-
enchidos pelo pedido. nativa incorreta.
(E) conforme entendimento do STJ, a comprovação de (A) Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção
feriado local não poderá ser feita após a interposição para manifestar pretensão própria, conexa com a
do recurso. ação principal ou com o fundamento da defesa.
(B) A desistência da ação ou a ocorrência de causa extin-
48 tiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao
Sobre a tutela provisória, de acordo com o Código de prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
Processo Civil, é correto afirmar que: (C) A reconvenção pode ser proposta contra o autor e
(A) concedida a tutela antecipada requerida em caráter contra terceiro.
antecedente, o autor deverá aditar a petição inicial, (D) O réu pode propor reconvenção independentemen-
com a complementação de sua argumentação, a jun- te de contestação.
tada de novos documentos e a confirmação do pedi- (E) A reconvenção pode ser proposta pelo réu, mas nun-
do de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro ca em litisconsórcio com terceiro.
prazo maior que o juiz fixar.
(B) no procedimento da tutela cautelar requerida em TUTELA DOS INTERESSES DIFUSOS,
caráter antecedente, o réu será citado para, no pra-
COLETIVOS E INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
zo de 15 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as
provas que pretende produzir.
NILTON CARLOS
(C) todas as hipóteses da tutela da evidência compor-
tam apreciação liminar pela autoridade judiciária.
51
Com base na Lei de Ação Civil Pública e jurisprudência na
(D) o direito de rever, reformar ou invalidar a tutela an-
área ambiental, assinale a alternativa incorreta.
tecipada estabilizada, extingue-se após dois anos,
(A) As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro
contados da concessão da tutela de urgência.
do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá compe-
(E) a tutela de evidência poderá se estabilizar, quando
tência funcional para processar e julgar a causa.
concedida em caráter antecedente.
(B) A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo
para todas as ações posteriormente intentadas que
49
possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.
No dia e na hora designados, o juiz declarará aberta a
(C) A ação civil poderá ter por objeto a condenação em
audiência de instrução e julgamento e mandará apre-
dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou
goar as partes e os respectivos advogados, bem como
não fazer, alternativamente.
outras pessoas que dela devam participar. Instalada a
(D) Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins desta
audiência,
Lei, objetivando, inclusive, evitar dano ao patrimônio
(A) o juiz tentará conciliar as partes, desde que não te-
público e social, ao meio ambiente, ao consumidor,
nha havido no processo o emprego anterior de ou-
à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou
tros métodos de solução consensual de conflitos.
religiosos, à ordem urbanística ou aos bens e direi-
(B) as provas orais serão produzidas em audiência, ou-
tos de valor artístico, estético, histórico, turístico e
vindo-se, nesta ordem, preferencialmente, peritos e
paisagístico.
assistentes técnicos, autor, réu e testemunhas arro-
(E) Fica facultado ao Poder Público e a outras associa-
ladas pelas partes.
ções legitimadas nos termos deste artigo habilitar-se
(C) incumbe ao juiz manter a ordem e o decoro, sendo
como litisconsortes de qualquer das partes.
incumbência do secretário registrar em ata, com
exatidão, todos os requerimentos apresentados
em audiência.
(D) qualquer das partes poderá gravar a audiência, des-
de que haja autorização judicial, observados os re-
quisitos legais.
(E) será adiada por atraso superior a 1 (uma) hora.
Ministério Público do Estado de Goiás
Com base na Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964,
a qual estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal,
julgue o item.
52 específica da obrigação ou determinará providências
Integrarão a Lei de Orçamento, exceto:
(A) Sumário geral da receita por fontes e da despesa por
funções do Governo.
(B) Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segun-
do as Categorias Econômicas, na forma do Anexo n. 1.
(C) Quadro discriminativo da receita por fontes e respec-
tiva legislação.
(D) Quadro das dotações por órgãos do Governo e da
Administração.
(E) Plano Plurianual, com discriminação dos gastos
e receitas.
53 (D) O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença,
Com base na Resolução n. 179, de 26 de julho de 2017, a
qual regulamenta o § 6º do art. 5º da Lei n. 7.347/1985,
disciplinando, no âmbito do Ministério Público, a toma-
da do compromisso de ajustamento de conduta, assina-
le a alternativa correta.
(A) É cabível o compromisso de ajustamento de conduta
nas hipóteses configuradoras de improbidade admi-
nistrativa, sem prejuízo do ressarcimento ao erário e
da aplicação de uma ou algumas das sanções previstas
em lei, de acordo com a conduta ou o ato praticado.
(B) A celebração do compromisso de ajustamento de
conduta com o Ministério Público afasta a eventu-
al responsabilidade administrativa ou penal pelo
mesmo fato,
(C) Caberá ao órgão do Ministério Público com atribui-
ção para a celebração do compromisso de ajusta-
mento de conduta realizar audiências públicas com a
participação dos titulares dos direitos, entidades que
os representem ou demais interessados, sempre que
houver solicitação por 50 ou mais pessoas.
(D) No exercício de suas atribuições, deverá o órgão do
Ministério Público tomar compromisso de ajusta-
mento de conduta para a adoção de medidas provi-
sórias ou definitivas, parciais ou totais.
(E) Na hipótese de adoção de medida provisória ou par-
cial, a investigação deverá continuar em relação aos
demais aspectos da questão, sem exceção.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
Com base no Código de Defesa do Consumidor – CDC,
julgue o item.
54
Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obri-
gação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela
que assegurem o resultado prático equivalente ao do
adimplemento, exceto:
(A) A conversão da obrigação em perdas e danos so-
mente será admissível se por elas optar o autor ou
se impossível a tutela específica ou a obtenção do
resultado prático correspondente.
(B) A indenização por perdas e danos se fará sem prejuí-
zo da multa (art. 287, do Código de Processo Civil).
(C) Sendo relevante o fundamento da demanda e ha-
vendo justificado receio de ineficácia do provimento
final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente
ou após justificação prévia, citado o réu.
impor multa diária ao réu, desde que haja pedido ex-
presso do autor, se for suficiente ou compatível com
a obrigação, fixando prazo razoável para o cumpri-
mento do preceito.
(E) Para a tutela específica ou para a obtenção do resul-
tado prático equivalente, poderá o juiz determinar as
medidas necessárias, tais como busca e apreensão,
remoção de coisas e pessoas, desfazimento de obra,
impedimento de atividade nociva, além de requisi-
ção de força policial.
55
Com base no CDC, assinale a alternativa incorreta:
(A) Nas ações coletivas de que trata este código, a sen-
tença fará coisa julgada erga omnes, exceto se o
pedido for julgado improcedente por insuficiência
de provas, hipótese em que qualquer legitimado po-
derá intentar outra ação, com idêntico fundamento
valendo-se de nova prova, na hipótese de interes-
ses difusos.
(B) Nas ações coletivas de que trata este Código, a sen-
tença fará coisa julgada ultra partes, mas limitada-
mente ao grupo, categoria ou classe, salvo impro-
cedência por insuficiência de provas, nos termos do
inciso anterior, quando se tratar de interesses coleti-
vos em sentido estrito.
(C) Nas ações coletivas de que trata este Código, a sen-
tença fará coisa julgada erga omnes, apenas no caso
de procedência do pedido, para beneficiar todas as
vítimas e seus sucessores, na hipótese de interesses
individuais homogêneos.
Ministério Público do Estado de Goiás
(D) Os efeitos da coisa julgada previstos no caso de inte-
resses difusos e coletivos não prejudicarão interesses
e direitos individuais dos integrantes da coletividade,
do grupo, categoria ou classe.
(E) Na hipótese de interesses individuais homogêneos,
em caso de improcedência do pedido, os interes-
sados que tiverem intervindo no processo como li-
tisconsortes poderão propor ação de indenização a
título individual.
Com base na Lei de Improbidade Administrativa, julgue
o item.
56 lado do autor, desde que haja concordância do autor.
Liberar verba pública sem a estrita observância das nor-
mas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua
aplicação irregular, configura:
(A) ato de improbidade administrativa de enriquecimen-
to ilícito.
(B) ato de improbidade administrativa de prejuízo
ao erário.
(C) ato de improbidade administrativa de violação a
princípios de direito administrativo.
(D) ato de improbidade administrativa decorrentes de
Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Finan-
ceiro ou Tributário.
(E) mera irregularidade administrativa, após a entrada
em vigor da Lei n. 14.230/2021.
57 Com base na Lei n. 13.465/2017, julgue o item.
Considera-se Área de Preservação Permanente, em zo-
nas rurais ou urbanas, as faixas marginais de 100 (cem)
metros de qualquer curso d’água natural perene e inter-
mitente desde a borda da calha do leito regular, quando
este curso d’água tenha:
(A) menos de 10 (dez) metros de largura.
(B) de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura.
(C) de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura.
(D) de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros
de largura.
(E) largura superior a 600 (seiscentos) metros.
Com base na Lei n. 12.305/2010, responda à questão
a seguir.
58 ou religião.
Estão sujeitos à elaboração de plano de gerenciamento
de resíduos sólidos, os geradores dos seguintes tipos de
resíduos sólidos, exceto:  dor dos serviços.
(A) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico.
(B) resíduos industriais.
(C) resíduos de serviços de saúde.
(D) resíduos da construção civil.
(E) resíduos de mineração.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
59
Com base na Lei de Ação Popular, assinale a alterna-
tiva incorreta.
(A) A ação será proposta contra as pessoas públicas ou
privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra
as autoridades, funcionários ou administradores que
houverem autorizado, aprovado, ratificado ou prati-
cado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem
dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários
diretos dele.
(B) A pessoas jurídica de direito público ou de direito
privado, cujo ato seja objeto de impugnação, poderá
abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao
(C) O Ministério Público acompanhará a ação, caben-
do-lhe apressar a produção da prova e promover
a responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela
incidirem, sendo-lhe vedado, em qualquer hipó-
tese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos
seus autores.
(D) É facultado a qualquer cidadão habilitar-se como li-
tisconsorte ou assistente do autor da ação popular.
(E)  Se o autor desistir da ação ou der motivo à absolvi-
ção da instância, serão publicados editais nos prazos
e condições previstos no art. 7º, inciso II, ficando as-
segurado a qualquer cidadão, bem como ao repre-
sentante do Ministério Público, dentro do prazo de
90 (noventa) dias da última publicação feita, promo-
ver o prosseguimento da ação.
60
O usuário de serviço público tem direito à adequada
prestação dos serviços, devendo os agentes públicos
e prestadores de serviços públicos observar a seguin-
te diretriz:
(A) atendimento por ordem de chegada, ressalvados
casos de urgência e aqueles em que houver possibi-
lidade de agendamento, asseguradas as prioridades
legais às pessoas com deficiência, aos idosos, às ges-
tantes, às lactantes e às pessoas acompanhadas por
crianças de colo.
(B) presunção de boa-fé do prestador do serviço.
(C) igualdade no tratamento aos usuários, permitida,
apenas, a discriminação e razão do sexo, idade, raça
(D) adoção de medidas visando a proteção à saúde e ao
patrimônio e a segurança dos usuários e do presta-
(E) possibilidade da exigência de nova prova sobre fato já
comprovado em documentação válida apresentada.
Ministério Público do Estado de Goiás
Com base na LC n. 101/2000, julgue o item.
61 2013, a qual dispõe sobre a responsabilização adminis-
O acompanhamento e a avaliação, de forma permanen-
te, da política e da operacionalidade da gestão fiscal
serão realizados por conselho de gestão fiscal, consti-
tuído por representantes de todos os Poderes e esferas
de Governo, do Ministério Público e de entidades téc-
nicas representativas da sociedade, e terá como objeti-
vos, exceto:
(A) harmonização e coordenação entre os entes da
Federação.
(B) disseminação de práticas que resultem em maior
eficiência na alocação e execução do gasto público,
na arrecadação de receitas, no controle do endivida-
mento e na transparência da gestão fiscal.
(C) adoção de normas de consolidação das contas pú-
blicas, padronização das prestações de contas e dos
relatórios e demonstrativos de gestão fiscal de que
trata esta Lei Complementar, normas e padrões mais
simples para os pequenos Municípios, bem como ou-
tros, necessários ao controle social.
(D) A análise dos gastos, investimentos e despesas reali-
zados pelo poder público, com vistas à sustentabili-
dade econômica do Município e geração de renda.
(E) divulgação de análises, estudos e diagnósticos.
62 interesse público e recíproco, mediante a execução
Os procedimentos previstos na Lei de Acesso a Informa-
ções destinam-se a assegurar o direito fundamental de
acesso à informação e devem ser executados em con-
formidade com os princípios básicos da administração
pública e com a seguinte diretriz:
(A) observância do sigilo como preceito geral e da publi-
cidade como exceção.
(B) divulgação de informações de interesse privado, in-
dependentemente de solicitações.
(C) utilização de meios de comunicação viabilizados pela
tecnologia da informação.
(D) fomento ao desenvolvimento da cultura de proteção
do sigilo de informações na administração pública.
(E) desenvolvimento do controle judicial da administra-
ção pública.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
63
Segundo estabelece a Lei n. 12.846, de 1º de agosto de
trativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos
contra a administração pública, serão levados em con-
sideração na aplicação das sanções os seguintes aspec-
tos, exceto:
(A) a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator.
(B) a intenção ou não da realização da infração.
(C) o grau de lesão ou perigo de lesão.
(D) a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das
infrações.
(E) o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica
com o órgão ou entidade pública lesados.
Com base na Lei n. 13.019, de 31 de julho de 2014, a
qual estabelece o regime jurídico das parcerias entre a
administração pública e as organizações da sociedade civil,
julgue o item.
64
Considera-se parceria:
(A) O conjunto de direitos, responsabilidades e obriga-
ções decorrentes de relação jurídica estabelecida
formalmente entre a administração pública e orga-
nizações da sociedade civil, em regime de mútua
cooperação, para a consecução de finalidades de
de atividade ou de projeto expressos em termos de
colaboração, em termos de fomento ou em acordos
de cooperação.
(B) O conjunto de operações que se realizam de modo
contínuo ou permanente, das quais resulta um pro-
duto ou serviço necessário à satisfação de interesses
compartilhados pela administração pública e pela or-
ganização da sociedade civil.
(C) O conjunto de operações, limitadas no tempo, das
quais resulta um produto destinado à satisfação de
interesses compartilhados pela administração públi-
ca e pela organização da sociedade civil.
(D) o instrumento por meio do qual são formalizadas as
negociações estabelecidas pela administração públi-
ca com organizações da sociedade civil para a conse-
cução de finalidades de interesse público e recíproco
propostas pela administração pública que envolvam
a transferência de recursos financeiros.
(E) instrumento por meio do qual são formalizados os
acordos entre administração pública com organiza-
ções da sociedade civil para a consecução de finali-
dades de interesse público e recíproco que não en-
volvam a transferência de recursos financeiros.
Ministério Público do Estado de Goiás
Com relação à fiscalização das entidades, nos termos do
Estatuto da Criança e do Adolescente, julgue o item.
65 (A) Utilização racional e integrada dos recursos hídricos.
As entidades governamentais que descumprirem obri-
gação constante do art. 94 do Estatuto da Criança e do
Adolescente estão sujeitas à aplicação das seguintes me-
didas, exceto:
(A) advertência.
(B) afastamento provisório de seus dirigentes.
(C) afastamento definitivo de seus dirigentes.
(D) fechamento de unidade ou interdição de programa.
(E) multa.
66 São objetivos do Sistema Único de Saúde – SUS:
A pessoa com deficiência tem direito a receber atendi-
mento prioritário, sobretudo com a finalidade de:
(A) disponibilização de recursos, tanto humanos quanto
tecnológicos, que garantam atendimento em igual-
dade de condições com as demais pessoas.
(B) proteção, carinho e socorro em quaisquer cir-
cunstâncias.
(C) atendimento em instituições e serviços de atendi-
mento ao público especificamente criados para tal
atendimento.
(D) disponibilização de pontos de táxi acessíveis para o
transporte individual de passageiros e garantia de
segurança no embarque, trajeto e desembarque.
(E) elaboração de declaração de imposto de renda.
67 Com relação à Lei de Ação Civil Pública, assinale a alter-
Assinale a alternativa correta em relação ao estudo de
impacto de vizinhança.
(A) Lei federal definirá os empreendimentos e atividades
privados ou públicos em área urbana que depende-
rão de elaboração de estudo prévio de impacto de vi-
zinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações
de construção, ampliação ou funcionamento.
(B) O EIV será executado de forma a contemplar os
efeitos positivos e negativos do empreendimen-
to ou atividade quanto à crescimento da economia
e a qualidade de vida da população que frequenta
aquela região.
(C) Os documentos integrantes do EIV serão sigilosos até
a concessão da licença de instalação, ficando dispo-
níveis para consulta, no órgão competente do Poder
Público municipal, por pessoas que, comprovada-
mente, tenham interesse no projeto.
(D) A elaboração do EIV substitui a elaboração e a apro-
vação de estudo prévio de impacto ambiental (EIA),
requeridas nos termos da legislação ambiental.
(E) o estudo prévio de impacto de vizinhança fará parte
do plano de operação urbana consorciada
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
68
Assinale a alternativa que contempla um objetivo da Po-
lítica Nacional de Recursos Hídricos:
(B) A água é um recurso natural limitado, dotado de va-
lor econômico.
(C) Em situações de escassez, o uso prioritário dos recur-
sos hídricos é o consumo humano e a dessedentação
de animais.
(D) Uso múltiplo das águas.
(E) A gestão dos recursos hídricos de forma des-
centralizada.
69
(A) a proteção e o sigilo dos fatores condicionantes e de-
terminantes da saúde.
(B) a formulação de política de saúde destinada a pro-
mover, nos campos econômico e social, a observân-
cia do dever do Estado de garantir a saúde. 
(C) a assistência às pessoas carentes e hipossuficientes
por intermédio de ações de promoção, proteção e
recuperação da saúde, com a realização integrada
das ações assistenciais e das atividades preventivas.
(D) Incentivar a atuação da iniciativa privada como órgão
integrante do Sistema Único de Saúde (SUS).
(E) Universalização de acesso aos serviços de saúde em
todos os níveis de assistência.
70
nativa incorreta:
(A) O Ministério Público, se não intervier no proces-
so como parte, atuará obrigatoriamente como fis-
cal da lei.
(B) Em caso de desistência infundada ou abandono da
ação por associação legitimada, o Ministério Público
ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa.
(C) Os requisitos da pré-constituição e da pertinência te-
mática poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja
manifesto interesse social evidenciado pela dimen-
são ou característica do dano, ou pela relevância do
bem jurídico a ser protegido.
(D) Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Mi-
nistérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos
Estados na defesa dos interesses e direitos de que
cuida esta lei.
(E) Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos
interessados compromisso de ajustamento de sua
conduta às exigências legais, mediante cominações,
que terá eficácia de título executivo extrajudicial
Ministério Público do Estado de Goiás
GRUPO III
DIREITO CONSTITUCIONAL
RICARDO BLANCO
71 (B) O constituinte derivado se subdivide em dois: revisor
Assinale a opção correta em relação ao conceito de
Constituição.
(A) Segundo Ferdinand Lassale, a Constituição é uma de-
cisão política.
(B) Segundo Hans Kelsen, a Constituição é uma mera fo-
lha de papel escrita.
(C) Segundo Carl Schmitt, a Constituição é uma norma
pura que possui hierarquia sobre todo o ordenamen-
to jurídico.
(D) Para Konrad Hesse, a Constituição é uma norma
aberta sujeita novas interpretações para garantir a
sua máxima eficácia.
(E) No sentido culturalista, a Constituição seria apenas
os fatores reais do poder que regem uma nação.
72 coação em sua liberdade de locomoção, por ilegali-
Assinale a opção correta sobre o controle de constitu-
cionalidade.
(A) As normas infraconstitucionais editadas antes da
Constituição que não se mostraram compatíveis com
o novo texto são anuladas.
(B) O Brasil admite a teoria da inconstitucionalidade su-
perveniente.
(C) No controle relacionado às normas infraconstitucio-
nais anteriores à Constituição (juízo de recepção/re-
vogação) só se analisa a sua compatibilidade formal
com o novo texto.
(D) A Constituição anterior será revogada pela nova. Não
importa se esse ou aquele trecho da Constituição an-
terior está de acordo com a Constituição atual, na me-
dida em que ocorre a ab-rogação, e não derrogação.
(E) A desconstitucionalização acontece quando a nova
Constituição, ao invés de revogar a anterior, opta por
recebê-la com status de lei (infraconstitucional) e,
segundo o STF, esse mecanismo é aceito pelo orde-
namento jurídico vigente.
73 público ou de entidade de que o Estado participe, à
Assinale a opção incorreta em relação a classificação da
Constituição.
(A) A Constituição brasileira atual é promulgada.
(B) Quanto à forma, a Constituição brasileira atual
é escrita.
(C) Quanto ao modo de elaboração, a Constituição brasi-
leira atual é dogmática.
(D) Quanto à extensão, a Constituição brasileira atual é
analítica.
(E) Quanto à estabilidade ou possibilidade de altera-
ção ou alterabilidade, a Constituição brasileira atual
é flexível.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
74
Assinale a opção incorreta em relação ao poder
constituinte.
(A) O Poder Constituinte Derivado (PCD) é limitado e
condicionado.
e reformador.
(C) O poder constituinte derivado decorrente não foi es-
tendido aos Municípios.
(D) Lei municipal que conflite com a lei orgânica muni-
cipal é chamado de controle de legalidade, e não de
constitucionalidade.
(E) O Poder Constituinte Derivado (PCD) Revisor é que
ele não pode mais ser colocado em prática, estando
com sua eficácia exaurida e aplicabilidade esgotada.
75
Assinale a opção incorreta em relação aos remédios
constitucionais.
(A) Conceder-se-á habeas-corpus sempre que alguém
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou
dade ou abuso de poder.
(B) Conceder-se-á mandado de segurança para proteger
direito líquido e certo, não amparado por  habeas-
-corpus ou habeas-data, quando o responsável pela
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública
ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribui-
ções do Poder Público.
(C) Conceder-se-á mandado de injunção sempre que
a falta de norma regulamentadora torne inviável o
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e
das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à sobe-
rania e à cidadania.
(D) Conceder-se-á habeas-data: para assegurar o conhe-
cimento de informações relativas à pessoa do impe-
trante, constantes de registros ou bancos de dados de
entidades governamentais ou de caráter público ou
para a retificação de dados, quando não se prefira fa-
zê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.
(E) Qualquer pessoa é parte legítima para propor ação
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, sal-
vo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do
ônus da sucumbência.
Ministério Público do Estado de Goiás
76 78
Assinale a opção incorreta em relação a nacionalidade.
(A) Aos originários de língua portuguesa com residên-
cia permanente no País, se houver reciprocidade
em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos
inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituição.
(B) A lei não poderá estabelecer distinção entre brasilei-
ros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos
nesta Constituição.
(C) São privativos de brasileiro nato os cargos: de Presi-
dente e Vice-Presidente da República.
(D) Será declarada a perda da nacionalidade do brasilei-
ro que tiver cancelada sua naturalização, por senten-
ça judicial, em virtude de atividade nociva ao interes-
se nacional.
(E) Será declarada a perda da nacionalidade do brasilei-
ro que adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos
de reconhecimento de nacionalidade originária pela
lei estrangeira.
77 que concerne a normas de organização e atribuições
Assinale a opção correta em relação a jurisprudên-
cia do STF.
(A) O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que cabe
ao Poder Judiciário fazer o controle jurisdicional da
interpretação do sentido e do alcance das normas re-
gimentais das Casas Legislativas, independentemente
de ficar ou não caracterizado o desrespeito a regras
constitucionais pertinentes ao processo legislativo.
(B) Segundo o STF, é constitucional a utilização de Decre-
to Legislativo estadual para a fixação de subsídio de
deputados estaduais.
(C) É compatível com a Constituição Federal (CF) Emen-
da à Constituição estadual que institui, como limite
remuneratório único dos servidores públicos esta-
duais, o valor do subsídio dos ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF).
(D) É constitucional a interpretação de disposições legais
que viabilizem a promoção a cargo de nível superior
a servidores que ingressaram por concurso público
para cargo de nível médio.
(E) Não havendo norma federal disciplinadora, é cons-
titucional lei estadual que proíba a utilização de
animais para desenvolvimento, experimento e teste
de produtos cosméticos, higiene pessoal, perfumes,
limpeza e seus componentes tendo em vista que se
trata de competência concorrente para legislar sobre
fauna e flora.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
Assinale a opção correta em relação a jurisprudên-
cia do STF.
(A) Segundo o STF, a CPI instalada no Congresso Nacio-
nal tem competência para convocar Governadores
para prestar esclarecimento sem que haja a violação
da independência e da separação dos poderes.
(B) A justiça trabalhista é competente para processar
e julgar ação em que se discute a reintegração de
empregados públicos dispensados em face da con-
cessão de aposentadoria espontânea. Isso porque
não se debate relação de trabalho, mas somente a
possibilidade de reintegração ao emprego público na
eventualidade de se obter aposentadoria adminis-
trada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
(C) São formalmente inconstitucionais dispositivos da
Lei n. 10.001/2000, de iniciativa do Poder Legislativo,
que tratam de atribuições do Ministério Público.  A
Constituição Federal (CF) reserva ao Presidente da
República e ao Chefe do Ministério Público o poder
de iniciativa para deflagrar o processo legislativo no
do Ministério Público. Esses mesmos dispositivos são
materialmente inconstitucionais por ofender a inde-
pendência e a autonomia funcional e administrativa
do Ministério Público.
(D) Segundo o STF, não cabe ao Estado fornecer, em ter-
mos excepcionais, medicamento que, embora não
possua registro na Anvisa, tem a sua importação au-
torizada pela agência de vigilância sanitária, mesmo
que comprovada a incapacidade econômica do pa-
ciente, a imprescindibilidade clínica do tratamento,
e a impossibilidade de substituição por outro similar
constante das listas oficiais de dispensação de me-
dicamentos e os protocolos de intervenção terapêu-
tica do SUS.
(E) Segundo o STF, é constitucional portaria do Depar-
tamento Estadual de Trânsito (Detran) que dispõe
sobre condições para o exercício de atividade profis-
sional, porque não compete privativamente à União
legislar sobre o tema.
Ministério Público do Estado de Goiás
79 (D) O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes
Assinale a opção correta em relação as atribui-
ções do TCU.
(A) Compete ao TCU apreciar as contas prestadas anu-
almente pelo Presidente da República, mediante pa-
recer prévio que deverá ser elaborado em quarenta
dias a contar de seu recebimento.
(B) Compete ao TCU julgar as contas dos administradores
e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos da administração direta e indireta, excluídas
as fundações e sociedades instituídas e mantidas
pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que
derem causa a perda, extravio ou outra irregularida-
de de que resulte prejuízo ao erário público.
(C) Compete ao TCU apreciar, para fins de registro, a
legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qual-
quer título, na administração direta e indireta, inclu-
ídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, inclusive as nomeações para cargo de provi-
mento em comissão, bem como a das concessões de
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as
melhorias posteriores que não alterem o fundamen-
to legal do ato concessório.
(D) Compete ao TCU realizar, por iniciativa própria, da
Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Co-
missão técnica ou de inquérito, inspeções e audito-
rias de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial, nas unidades administra-
tivas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário,
e demais entidades administrativas.
(E) Compete ao TCU fiscalizar as contas nacionais das
empresas supranacionais de cujo capital social a
União participe, apenas de forma direta, nos termos
do tratado constitutivo.
80 que os remunere ou à qual seja vinculada a entida-
Assinale a opção correta em relação aos direitos
políticos.
(A) O Presidente da República, os Governadores de Es-
tado e do Distrito Federal, os Prefeitos só podem ser
reeleitos uma vez.
(B) Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da
República, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal, os Deputados Federais e os Prefeitos e de-
vem renunciar aos respectivos mandatos até seis
meses antes do pleito.
(C) São inelegíveis, no território de jurisdição do titu-
lar, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins,
até o terceiro grau ou por adoção, do Presidente da
República, de Governador de Estado ou Território,
do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
substituído dentro dos seis meses anteriores ao plei-
to, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato
à reeleição.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
condições: se contar menos de dez anos de serviço,
deverá afastar-se da atividade e se contar mais de
dez anos de serviço, será agregado pela autoridade
superior e, se eleito, passará automaticamente, no
ato da diplomação, para a inatividade.
(E) Lei ordinária estabelecerá outros casos de inelegibi-
lidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger
a probidade administrativa, a moralidade para exer-
cício de mandato considerada vida pregressa do can-
didato, e a normalidade e legitimidade das eleições
contra a influência do poder econômico ou o abuso
do exercício de função, cargo ou emprego na admi-
nistração direta ou indireta.
81
Assinale a opção incorreta em relação ao entendi-
mento do STF.
(A) O Estado responde de forma objetiva pelos danos
causados a profissional de imprensa ferido, por poli-
ciais, durante cobertura jornalística de manifestação
pública em que ocorra tumulto ou conflito, desde
que o jornalista não haja descumprido ostensiva e
clara advertência quanto ao acesso a áreas definidas
como de grave risco à sua integridade física, caso em
que poderá ser aplicada a excludente da responsabi-
lidade por culpa exclusiva da vítima.
(B) Lei n. 8.906/1994: “Art. 28. A advocacia é incompatí-
vel, mesmo em causa própria, com as seguintes ativi-
dades: (...) IV – ocupantes de cargos ou funções vin-
culados direta ou indiretamente a qualquer órgão do
Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais
e de registro; (...) Art. 30. São impedidos de exercer
a advocacia: I – os servidores da administração dire-
ta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública
de empregadora;” Lei n. 11.415/2006: “Art. 21. Aos
servidores efetivos, requisitados e sem vínculos do
Ministério Público da União é vedado o exercício da
advocacia e consultoria técnica.” Segundo o STF, são
constitucionais as restrições ao exercício da advoca-
cia aos servidores do Poder Judiciário e do Ministério
Público, previstas nos arts. 28, IV, e 30, I, da Lei n.
8.906/1994, e no art. 21 da Lei n. 11.415/2006. Isso
porque o art. 5º, XIII, da CF é norma fundamental de
eficácia contida e as restrições estabelecidas pelas
normas impugnadas são expressão dos valores cons-
titucionais da eficiência, da moralidade e da isono-
mia no âmbito da Administração Pública.
(C) Por usurpar competência privativa da União para
legislar sobre Direito Civil e política de seguros, é
inconstitucional preceito de lei estadual que esta-
beleça prazo máximo de 24 horas para as empresas
de plano de saúde regionais autorizarem ou não so-
Ministério Público do Estado de Goiás
licitações de exames e procedimentos cirúrgicos em
seus usuários que tenham mais de sessenta anos.
(D) Segundo o STF, os estados podem optar por garantir
a autonomia formal aos institutos de criminalística
ou podem integrá-los aos demais órgão de seguran-
ça pública sem que isso importe ofensa material à
Constituição.
(E) Segundo o STF, é compatível com a Constituição Fe-
deral (CF) a interpretação de que prepostos, indica-
dos pelo titular de cartório ou mesmo pelos tribunais
de justiça, possam exercer substituições ininterrup-
tas por períodos superiores a seis meses.  autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer
82 (B) sustar os atos normativos do Poder Executivo que
Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente,
a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar
originariamente, exceto:
(A) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo federal ou estadual, municipal e a ação
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato nor-
mativo federal.
(B) nas infrações penais comuns, o Presidente da Repú-
blica, o Vice-Presidente, os membros do Congresso
Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-
-Geral da República.
(C) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo inter-
nacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o
Território.
(D) as causas e os conflitos entre a União e os Estados,
a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros,
inclusive as respectivas entidades da administra-
ção indireta.
(E) a extradição solicitada por Estado estrangeiro.
83 proporcional dos partidos ou dos blocos parlamenta-
Assinale a opção incorreta sobre o Ministério Público.
(A) O Ministério Público é instituição permanente, es-
sencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-
-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrá-
tico e dos interesses sociais e individuais disponíveis.
(B) São princípios institucionais do Ministério Públi-
co a unidade, a indivisibilidade e a independência
funcional.
(C) O Ministério Público da União tem por chefe o Procu-
rador-Geral da República, nomeado pelo Presidente
da República dentre integrantes da carreira, maio-
res de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu
nome pela maioria absoluta dos membros do Sena-
do Federal, para mandato de dois anos, permitida a
recondução.
(D) A destituição do Procurador-Geral da República, por
iniciativa do Presidente da República, deverá ser pre-
cedida de autorização da maioria absoluta do Sena-
do Federal.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
(E) Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito
Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre in-
tegrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para
escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado
pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois
anos, permitida uma recondução.
84
É da competência exclusiva do Congresso Nacio-
nal, exceto:
(A) aprovar o estado de defesa e a intervenção federal,
uma dessas medidas.
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de
delegação legislativa.
(C) fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente
da República e dos Ministros de Estado.
(D) julgar anualmente as contas prestadas pelo Presi-
dente da República e apreciar os relatórios sobre a
execução dos planos de governo.
(E) autorizar, por dois terços de seus membros, a ins-
tauração de processo contra o Presidente e o Vice-
-Presidente da República e os Ministros de Estado.
85
Assinale a opção incorreta em relação ao poder
legislativo.
(A) O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões
permanentes e temporárias, constituídas na forma e
com as atribuições previstas no respectivo regimento
ou no ato de que resultar sua criação.
(B) Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é
assegurada, tanto quanto possível, a representação
res que participam da respectiva Casa.
(C) Às comissões, em razão da matéria de sua compe-
tência, cabe discutir e votar projeto de lei que dis-
pensar, na forma do regimento, a competência do
Plenário, salvo se houver recurso de dois décimos
dos membros da Casa.
(D) As comissões parlamentares de inquérito, que terão
poderes de investigação próprios das autoridades
judiciais, além de outros previstos nos regimentos
das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara
dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto
ou separadamente, mediante requerimento de um
terço de seus membros, para a apuração de fato de-
terminado e por prazo certo, sendo suas conclusões,
se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público,
para que promova a responsabilidade civil ou crimi-
nal dos infratores.
Ministério Público do Estado de Goiás
(E) Durante o recesso, haverá uma Comissão represen-
tativa do Congresso Nacional, eleita por suas Casas
na última sessão ordinária do período legislativo,
com atribuições definidas no regimento comum, cuja
composição reproduzirá, quanto possível, a propor-
cionalidade da representação partidária.
DIREITO ADMINISTRATIVO
RENATO BORELLI
86 88
Com relação à Lei n. 12.846/2013, indique a asserti-
va correta:
(A) O acordo de leniência exime a pessoa jurídica da
obrigação de reparar integralmente o dano causado.
(B) A lei regula a responsabilização objetiva administrati-
va e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos con-
tra a administração pública, nacional ou estrangeira.
(C) As sociedades controladoras, controladas, coligadas
ou, no âmbito do respectivo contrato, as consorcia-
das serão subsidiariamente responsáveis pela prática
dos atos previstos nesta Lei, restringindo-se tal res-
ponsabilidade à obrigação de pagamento de multa e
reparação integral do dano causado.
(D) O efeito negativo produzido pela infração, em razão
da natureza subjetiva que ostenta, não é um dos fa-
tores que deve ser levado em consideração na apli-
cação das sanções.
(E) A competência para a instauração e o julgamento do
processo administrativo de apuração de responsabi-
lidade da pessoa jurídica não poderá ser objeto de
delegação e subdelegação.
87 (E) Em caso de inobservância de seu dever específico de
Em relação às Organizações da Sociedade Civil (OSCs),
assinale a assertiva correta.
(A) Termo de colaboração é o instrumento por meio
do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas
pela administração pública com organizações da
sociedade civil para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco propostas pela admi-
nistração pública que não envolvam a transferência
de recursos financeiros.
(B) Termo de fomento é o instrumento por meio do qual
são formalizadas as parcerias estabelecidas pela ad-
ministração pública com organizações da sociedade
civil para a consecução de finalidades de interesse
público e recíproco que não envolvam a transferên-
cia de recursos financeiros.
(C) Acordo de cooperação é o instrumento por meio do
qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela
administração pública com organizações da socieda-
de civil para a consecução de finalidades de interesse
público e recíproco que não envolvam a transferên-
cia de recursos financeiros.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
(D) O termo de fomento deve ser adotado pela admi-
nistração pública para consecução de planos de tra-
balho de sua iniciativa, para celebração de parcerias
com organizações da sociedade civil que envolvam a
transferência de recursos financeiros.
(E) O termo de colaboração deve ser adotado pela admi-
nistração pública para consecução de planos de tra-
balho propostos por organizações da sociedade civil
que envolvam a transferência de recursos financeiros.
Sobre a responsabilidade civil do Estado, marque a as-
sertiva correta:
(A) O Estado responderá de maneira objetiva, com base
na Teoria da Culpa Administrativa, pelos danos que os
seus agentes, no exercício de suas funções e por inter-
médio de condutas comissivas, causarem a terceiros.
(B) Conforme a jurisprudência majoritária do Supremo
Tribunal Federal, a responsabilidade civil do Estado
por atos omissivos é baseada na Teoria da Culpa Ad-
ministrativa, sendo do particular o ônus de demons-
trar que o serviço não foi prestado ou foi prestado de
modo ineficiente ou tardio.
(C) Conforme a jurisprudência majoritária do Superior
Tribunal de Justiça, a responsabilidade civil do Estado
por atos omissivos é baseada na Teoria da Culpa Ad-
ministrativa, sendo do particular o ônus de demons-
trar que o serviço não foi prestado ou foi prestado de
modo ineficiente ou tardio.
(D) Para o Superior Tribunal de Justiça, o dano ocasio-
nado por omissão específica do Estado enseja a res-
ponsabilidade objetiva deste, com base na Teoria do
Risco Administrativo.
proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da CF/88, o
Estado não é responsável pela morte de detento.
89
Levando-se em consideração a jurisprudência do Supe-
rior Tribunal de Justiça, julgue os itens a seguir:
I – A portaria de instauração do processo administrati-
vo disciplinar não prescinde da exposição detalha-
da dos fatos a serem apurados.
II – É permitida a “prova emprestada” no processo ad-
ministrativo disciplinar, desde que devidamente
autorizada pelo juízo competente e respeitados o
contraditório e a ampla defesa.
III – O excesso de prazo para a conclusão do processo
administrativo disciplinar só causa nulidade se hou-
ver demonstração de prejuízo à defesa.
IV – Ainda que motivada e fundamentada em inves-
tigação ou sindicância, é vedada a instauração de
processo administrativo disciplinar com base em
denúncia anônima.
Ministério Público do Estado de Goiás
Estão corretos os itens:
(A) II, apenas.
(B) I e II.
(C) II, III e IV.
(D) I e IV.
(E) II e III.
90 90 (noventa) dias antes da data das eleições, obser-
Dadas as assertivas abaixo, assinale a opção correta:
(A) Os bens integrantes do acervo patrimonial de socie-
dades de economia mista não poderão ser equipara-
dos a bens públicos, sendo, portanto, suscetíveis de
serem adquiridos por meio de usucapião.
(B) A ocupação indevida de bem público é mera deten-
ção de bem, inexistindo indenização por benfeito-
rias, ainda que úteis ou necessárias.
(C) Terras em faixas de fronteira e aquelas sem registro
imobiliário são, por si só, terras devolutas.
(D) Os registros de propriedade particular de imó-
veis situados em terrenos de marinha são oponí-
veis à União.
(E) É vedado ao administrador público impor o uso co-
mum dos bens públicos de forma retribuída.
DIREITO ELEITORAL
EDSON COSTA
91 estabelecidas em lei, não computada, em qualquer
Caracteriza conduta vedada aos agentes públicos em
tempo de campanha, exceto:
(A) A nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Mi-
nistério Público, dos Tribunais ou Conselhos de Con-
tas e dos órgãos da Presidência da República.
(B) Usar materiais ou serviços, custeados pelos Gover-
nos ou Casas Legislativas, que excedam as prerroga-
tivas consignadas nos regimentos e normas dos ór-
gãos que integram.
(C) Fazer ou permitir uso promocional em favor de can-
didato, partido político ou coligação, de distribuição
gratuita de bens e serviços de caráter social custea-
dos ou subvencionados pelo Poder Público.
(D) Nos três meses que antecedem o pleito, realizar
transferência voluntária de recursos da União aos
Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios,
sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados
os recursos destinados a cumprir obrigação formal
preexistente para execução de obra ou serviço em
andamento e com cronograma prefixado, e os desti-
nados a atender situações de emergência e de cala-
midade pública.
(E) Todas as alternativas acima estão erradas.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
92
Sobre as alterações introduzidas pela Emenda Constitu-
cional n. 111/2021, assinale a alternativa incorreta:
(A) As consultas populares serão realizadas concomi-
tantemente às eleições gerais as consultas popula-
res sobre questões locais aprovadas pelas Câmaras
Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até
vados os limites operacionais relativos ao número
de quesitos.
(B) As manifestações favoráveis e contrárias às questões
submetidas às consultas populares nos termos do §
12 do art. 14 da Constituição Federal ocorrerão du-
rante as campanhas eleitorais, sem a utilização de
propaganda gratuita no rádio e na televisão.
(C) Para fins de distribuição entre os partidos políticos
dos recursos do fundo partidário e do Fundo Espe-
cial de Financiamento de Campanha (FEFC), os votos
dados a candidatas mulheres ou a candidatos negros
para a Câmara dos Deputados nas eleições realiza-
das de 2022 a 2030 serão contados em dobro uma
única vez.
(D) Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os
Deputados Distritais e os Vereadores que se des-
ligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos
perderão o mandato, salvo nos casos de anuência
do partido ou de outras hipóteses de justa causa
caso, a migração de partido para fins de distribuição
de recursos do fundo partidário ou de outros fundos
públicos e de acesso gratuito ao rádio e à televisão.
(E) O Presidente da República e os Governadores de Es-
tado e do Distrito Federal eleitos em 2022 tomarão
posse em 1º de janeiro de 2023, e seus mandatos
durarão até a posse de seus sucessores, em 5 e 6 de
janeiro de 2027, respectivamente.
93
Assinale a alternativa correta:
(A) A ação de impugnação de registro de candidatura
tramita em segredo de justiça.
(B) A Justiça Eleitoral pode conhecer de ofício de inelegi-
bilidade não alegada pelas partes na ação de impug-
nação de registro de candidatura, desde que resguar-
dados o contraditório e a ampla defesa.
(C) O prazo de cinco dias, previsto no art. 3º da LC n.
64/1990, para o Ministério Público impugnar o regis-
tro inicia-se com a sua intimação pessoal, uma vez
que se trata de prerrogativa legal.
(D) Em registro de candidatura, é possível examinar o
acerto ou desacerto da decisão que examinou, em
processo específico, a filiação partidária do eleitor.
(E) Todas as alternativas acima estão erradas.
Ministério Público do Estado de Goiás
94 97
Desejando o Advogado-Geral da União se candidatar
ao cargo de Senador da República, deverá se desincom-
patibilizar:
(A) Definitivamente, até 3 meses antes da eleição.
(B) Temporariamente, até 3 meses antes da eleição, sem
recebimento de subsídios.
(C) Definitivamente, até 6 meses antes da eleição.
(D) Temporariamente, até 3 meses antes da eleição, com
recebimento de subsídios.
(E) Definitivamente, até 4 meses antes da eleição.
95 República dentre integrantes da carreira, maiores de
Das sentenças de condenação ou absolvição, em proces-
so penal destinado à apuração de crime eleitoral, cabe
recurso para o Tribunal Regional Eleitoral respectivo, a
ser interposto no prazo de:
(A) 3 dias.
(B) 2 dias.
(C) 5 dias.
(D) 15 dias.
(E) 10 dias.
LEGISLAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
FRANCION SANTOS
96 ral e Territórios.
De acordo com o disposto na Lei Complementar n. 75,
de 20 de maio de 1993 (dispõe sobre a organização, as
atribuições e o estatuto do Ministério Público da União),
assinale a alternativa correta.
(A) O Ministério Público da União exercerá o controle ex-
terno da atividade policial por meio de medidas judi-
ciais e extrajudiciais podendo, após autorização judicial,
ingressar em estabelecimentos policiais ou prisionais.
(B) Incumbe, como regra geral, aos órgãos de defesa dos
direitos constitucionais do cidadão promover em juí-
zo a defesa de direitos individuais lesados.
(C) Trata-se de prerrogativa processual do membro do
MPU sentar-se no mesmo plano e imediatamente à
direita dos juízes singulares ou presidentes dos ór-
gãos judiciários perante os quais oficiem.
(D) Trata-se de prerrogativa institucional do membro do
MPU ter ingresso e trânsito livres, em razão de serviço,
em qualquer recinto público ou privado, respeitada a
garantia constitucional da inviolabilidade do domicílio.
(E) O Procurador-Geral da República terá as mesmas
honras e tratamento dos Ministros do Superior Tri-
bunal de Justiça.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
De acordo com o disposto na Lei Complementar n. 75,
de 20 de maio de 1993 (dispõe sobre a organização, as
atribuições e o estatuto do Ministério Público da União),
assinale a alternativa incorreta.
(A) Ao Ministério Público da União é assegurada autono-
mia funcional, administrativa e financeira, cabendo-
-lhe propor ao Poder Legislativo a criação e extinção
de seus cargos e serviços auxiliares, bem como a fixa-
ção dos vencimentos de seus membros e servidores.
(B) O Procurador-Geral da República é o chefe do Minis-
tério Público da União, nomeado pelo Presidente da
trinta e cinco anos, permitida a recondução precedi-
da de nova decisão do Senado Federal.
(C) Compete ao Procurador-Geral da República, como
Chefe do Ministério Público da União, nomear e dar
posse ao Vice-Procurador-Geral da República, ao
Procurador-Geral do Trabalho, ao Procurador-Geral
da Justiça Militar, bem como dar posse ao Procura-
dor-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
(D) O Conselho de Assessoramento Superior do Ministé-
rio Público da União, sob a presidência do Procura-
dor-Geral da República será integrado pelo Vice-Pro-
curador-Geral da República, pelo Procurador-Geral
do Trabalho, pelo Procurador-Geral da Justiça Militar
e pelo Procurador-Geral de Justiça do Distrito Fede-
(E) A carreira do Ministério Público Federal é constituída
pelos cargos de Procurador-Geral da República, Sub-
procurador-Geral da República, Procurador Regional
da República e Procurador da República.
98
Assinale a única alternativa incorreta, conforme disposi-
ções estabelecidas na Lei n. 8.625, de 12 de fevereiro de
1993 (Institui a Lei Orgânica Nacional do Ministério Pú-
blico, dispõe sobre normas gerais para a organização do
Ministério Público dos Estados e dá outras providências).
(A) Os Ministérios Públicos dos Estados formarão lista
tríplice, dentre integrantes da carreira, na forma da
lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral,
que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo,
para mandato de dois anos, permitida uma recondu-
ção, observado o mesmo procedimento.
(B) Compete ao Procurador-Geral de Justiça exercer a
chefia do Ministério Público estadual, representan-
do-o judicial e extrajudicialmente.
(C) O Conselho Superior do Ministério Público é com-
posto por todos os Procuradores de Justiça.
(D) O Corregedor-Geral do Ministério Público será elei-
to pelo Colégio de Procuradores, dentre os Pro-
curadores de Justiça, para mandato de dois anos,
permitida uma recondução, observado o mesmo
procedimento.
Ministério Público do Estado de Goiás
(E) Cabe aos Procuradores de Justiça exercer as atribui-
ções junto aos Tribunais, desde que não cometidas
ao Procurador-Geral de Justiça, e inclusive por dele-
gação deste.
99 Lei n. 8.625/93, disciplinando, no âmbito do Ministério
De acordo com o disposto na Lei Complementar n. 25,
de 6 de julho de 1998 – LOMPGO (Institui a Lei Orgâni-
ca do Ministério Público do Estado de Goiás e dá outras
providências), assinale a alternativa correta.
(A) A Procuradoria-Geral de Justiça, órgão de direção
superior do Ministério Público, funcionará em sede
própria e será chefiada pelo Procurador-Geral de
Justiça, nomeado pelo Governador do Estado dentre
os integrantes vitalícios e em atividade na carreira,
indicados em lista tríplice, elaborada na forma desta
Lei, para mandato de 2 (dois) anos, permitida uma
recondução, observado o mesmo procedimento.
(B) São elegíveis para o cargo de Procurador-Geral de
Justiça todos os membros do Ministério Público do
Estado de Goiás, ainda que estejam cumprindo san-
ção aplicada em processo administrativo disciplinar.
(C) O Colégio de Procuradores de Justiça será compos-
to pelo Procurador-Geral de Justiça, que o presidirá,
pelo Corregedor-Geral do Ministério Público, e por
5 (cinco) Procuradores de Justiça eleitos, três pelos
Promotores de Justiça em exercício e dois pelo Co-
légio de Procuradores de Justiça, para mandato de 2
(dois) anos, vedada a reeleição.
(D) Ao Colégio de Procuradores de Justiça compete indi-
car ao Procurador-Geral de Justiça, em lista tríplice, os
candidatos a remoção ou promoção por merecimento.
(E) As Procuradorias de Justiça são órgãos auxiliares e
de execução do Ministério Público, com cargos de
Procurador de Justiça e serviços auxiliares necessá-
rios ao desempenho das funções legais estabelecidas
na LOMPGO.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
100
De acordo com o disposto na Resolução n. 23/2007 do
Conselho Nacional do Ministério Público (Regulamenta
os artigos 6º, inciso VII, e 7º, inciso I, da Lei Complemen-
tar n. 75/1993 e os artigos 25, inciso IV, e 26, inciso I, da
Público, a instauração e tramitação do inquérito civil),
assinale a alternativa incorreta.
(A) Durante a tramitação do inquérito civil, qualquer
pessoa poderá apresentar ao Ministério Público sub-
sídios ou documentos que contribuam para uma me-
lhor apuração dos fatos.
(B) O inquérito civil é instaurado por meio de portaria,
que poderá ser aditada por membro do Ministério
Público quando novos fatos indicarem necessidade
de investigação de objeto diverso do que estiver
sendo investigado, respeitadas as normas incidentes
quanto à divisão de atribuições.
(C) O inquérito civil não poderá ser instaurado de ofício
pelo Ministério Público, que deverá ser provocado
por qualquer pessoa ou autoridade que forneça in-
formações acerca do fato e de seu provável autor
bem como a qualificação mínima que permita sua
identificação e sua localização.
(D) Em cumprimento ao princípio da publicidade das in-
vestigações, o membro do Ministério Público poderá
prestar informações, inclusive aos meios de comu-
nicação social, a respeito das providências adotadas
para apuração de fatos em tese ilícitos, abstendo-se,
contudo de externar ou antecipar juízos de valor a
respeito de apurações ainda não concluídas.
(E) Esgotadas todas as possibilidades de diligências, o
membro do Ministério Público, caso se convença da
inexistência de fundamento para a propositura de
ação civil pública, promoverá, fundamentadamente,
o arquivamento do inquérito civil ou do procedimen-
to preparatório.
Ministério Público do Estado de Goiás 1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto

SIMULADO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PÚBLICO

PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO

GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E B D D D C B E B D
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
B C E C D C D B C A
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
E D B E C C E C E C
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
C E C D C A B A D C
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
A B C C E D A A B E
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
B E A D E B C D B A
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
D C B A E A E A B C
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
D D E B E A E C D D
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
E A A E C B C C E B
91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
A A B C E D E C A C
Ministério Público do Estado de Goiás
GRUPO I
DIREITO PENAL
DOUGLAS VARGAS
1
Acerca dos aspectos que conceituam o Direito Penal, jul-
gue as assertivas a seguir.
I – Sob o aspecto estático, o Direito Penal é um conjun-
to de normas que define as infrações penais, seus
agentes e as sanções a serem aplicadas.
II – Sob o aspecto material, o Direito Penal diz respeito
aos comportamentos considerados reprováveis e
que acabam por afetar bens jurídicos tidos como in-
dispensáveis à sua própria conservação e progresso.
III – Sob o aspecto dinâmico, o Direito Penal é mais um
instrumento de controle social de comportamen-
tos desviados.
Está correto somente o que se afirma em:
(A) I.
(B) III.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) I, II e III.
Letra e.
I – Certo. É a definição do Direito Penal sob o aspecto
formal ou estático.
II – Certo. É a definição do Direito Penal sob o aspec-
to material.
III – Certo. É a definição do Direito Penal sob o aspecto
material ou dinâmico.
2 Essa é a expressão utilizada por parte da doutrina
Acerca dos aspectos introdutórios ao Direito Penal, mar-
que a correta:
(A) A missão imediata do Direito Penal está associada
ao controle social e a limitação do poder puniti-
vo estatal.
(B) De acordo com o funcionalismo sistêmico, a função
do Direito Penal é a de assegurar o império da norma.
(C) O Direito Penal adjetivo é aquele que cria as figuras
criminosas e contravencionais.
(D) O Direito Penal objetivo jus poenale refere-se ao di-
reito de punir do Estado.
(E) O Direito Penal subjetivo jus puniendi diz respeito ao
conjunto de leis penais em vigor no país.
Letra b.
(A) Errado. A missão imediata do Direito Penal é a de
assegurar bens jurídicos. A assertiva descreve a missão
mediata do Direito Penal.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
(B) Certo. Também chamado de funcionalismo radial, o
funcionalismo sistêmico define a função do Direito Penal
como a de "resguardar o sistema, mostrando que o di-
reito posto existe e não pode ser violado".
(C) Errado. O Direito Penal adjetivo é o próprio Direito
Processual Penal, o qual trata de normas que instru-
mentalizam a atuação do Estado diante da ocorrência
de um crime.
(D) Errado. O Direito Penal objetivo é aquele que traduz
o conjunto de leis penais em vigor no país.
(E) Errado. O direito de punir do Estado refere-se ao Di-
reito Penal subjetivo ("capacidade que o Estado tem de
produzir e fazer cumprir suas normas").
3
Marque a assertiva que melhor se coaduna com o con-
ceito de "privatização" do Direito Penal:
(A) Visa atender demandas de criminalização.
(B) Ocorre quando o Estado emprega as leis penais como
instrumento, promovendo seus interesses.
(C) Visa proteger bens jurídicos individuais que causem
perigo concreto.
(D) Visa destacar o papel da vítima no âmbito criminal.
(E) Fortalece a dualidade da função da pena: retribuição
e prevenção.
Letra d.
(A) Errado. Não possui relação com o comando, mas sim
com Direito Penal de Emergência.
(B) Errado. A assertiva descreve o chamado Direito Penal
Promocional (político ou demagogo).
(C) Errado. A assertiva traz a utilização do Direito Penal
com foco no Direito de Intervenção.
(D) Certo. Conforme destaca Rogério Sanches:
para destacar o (atual e crescente) papel da vítima
no âmbito criminal. Trata-se de uma forma diferente
de encarar o crime e os personagens nele envolvidos,
sobressaindo a reassunção, pelas partes, do poder
sobre as decisões a serem tomadas após a prática do
delito – poder este tradicionalmente "usurpado" pelo
Estado, que historicamente alijou a vítima, valorizan-
do um sistema punitivo imparcial.
(E) Errado. Pelo contrário, a "privatização" do direito pe-
nal visa enfraquecer essa dualidade, incluindo uma nova
possibilidade: Reparação do dano gerado para a vítima.
Ministério Público do Estado de Goiás
4 (C) Errado. A jurisprudência é fonte imediata do Direito
Acerca do garantismo penal, marque a incorreta:
(A) O garantismo penal busca representar o equilíbrio
entre os modelos do abolicionismo e do direito pe-
nal máximo.
(B) Sob o plano jurídico, seria uma forma de limitação do
poder punitivo em garantia dos direitos fundamen-
tais do cidadão.
(C) Sob o plano político, funciona como técnica de redu-
zir a violência e maximizar a liberdade.
(D) As garantias primárias são as diversas formas de re-
paração subsequentes às violações praticadas.
(E) Busca deslegitimar normas ou formas de controle
social que se sobreponham aos direitos e garantias
individuais.
Letra d.
(A) Certo. Enquanto o modelo abolicionista propõe a to-
tal exclusão da intervenção estatal, o direito penal má-
ximo propõe uma punição "sem que haja maiores freios
ou limites para a aplicação de penas". Já o garantismo
penal é tido como uma sistema equilibrado de aplicação
da lei penal sem perder de vista o devido processo legal
e seus corolários.
(B) Certo. Trata-se de um dos significados do garantismo
pela visão do autor italiano Luigi Ferrajoli.
(C) Certo. Trata-se de um dos significados do garantismo
pela visão do autor italiano Luigi Ferrajoli.
(D) Errado. A assertiva descreve as chamadas garantias
secundárias. Segundo a doutrina, as garantias primárias
"são os limites e vínculos normativos impostos, na tutela
do direito, ao exercício de qualquer poder (ex.: proibi-
ções e obrigações, formais e substanciais)."
(E) Certo. De acordo com essa vertente, a Constituição
deve ser o fundamento de todas as normas infraconsti-
tucionais, as quais deverão observar os direitos funda-
mentais nela consagrados.
5 IV – Errado. De acordo com a doutrina, "somente é possí-
De acordo com a doutrina moderna, é fonte formal me-
diata do Direito Penal:
(A) Tratado internacional de direitos humanos.
(B) Complementos da norma penal.
(C) Jurisprudência.
(D) Doutrina.
(E) Princípios.
Letra d.
(A) Errado. Os tratados, convenções e regras de direito
internacional sobre direitos humanos são fontes formais
imediata do Direito Penal.
(B) Errado. De acordo com a doutrina, "os complemen-
tos da norma penal em branco seguem a lei e, portanto,
são incriminadores, de modo que se incluem também
neste rol de fontes imediatas do Direito Penal."
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
Penal pela doutrina moderna.
(D) Certo. Nesse sentido, Rogério Sanches: "Dentro des-
ta moderna perspectiva das fontes do Direito Penal, figu-
ra como fonte mediata apenas a doutrina".
(E) Errado. Os princípios são tidos como fonte imediata
pela doutrina moderna.
6
No que tange à teoria geral do crime, julgue as asserti-
vas a seguir.
I – Delito liliputiano é espécie de infração penal.
II – A duração da pena de prisão simples não poderá
ser superior a 5 anos.
III – O período de prova para a suspensão da pena decor-
rente da prática de crime é de 2 a 4 anos, em regra.
IV – De acordo com a doutrina, admite-se o confisco de
instrumento de contravenções penais.
Está correto somente o que se afirma em:
(A) I e II.
(B) II e III.
(C) I, II e III.
(D) I, III e IV.
(E) III e IV.
Letra c.
I – Certo. No Brasil, o sistema dualista. Dessa forma, in-
fração penal é gênero, que possui como espécies o crime
(ou delito) e a contravenção penal (ou crime anão, delito
liliputiano ou crime vagabundo).
II – Certo. Essa é a previsão do art. 10 da Lei de Con-
travenções Penais acerca do tempo máximo de cumpri-
mento de pena.
III – Certo. Trata-se de disposição do art. 77 do Código
Penal, que traz os requisitos da suspensão condicio-
nal da pena.
vel o confisco de bens que configurem produto do crime,
excluída a possibilidade deste efeito penal da sentença
condenatória em relação às contravenções penais."
Ministério Público do Estado de Goiás
7 8
É causa interruptiva da prescrição, exceto:
(A) decisão confirmatória da pronúncia.
(B) publicação de sentença condenatória irrecorrível.
(C) continuação do cumprimento da pena.
(D) recebimento de denúncia.
(E) reincidência.
Letra b.
(A) Errado. De acordo com o art. 117 do CP:
Art. 117. O curso da prescrição interrompe-se: pelo
recebimento da denúncia ou da queixa; pela pronún-
cia; pela decisão confirmatória da pronúncia; pela
publicação da sentença ou acórdão condenatórios re-
corríveis; pelo início ou continuação do cumprimento
da pena e pela reincidência.
(B) Certo. De acordo com o art. 117 do CP:
Art. 117. O curso da prescrição interrompe-se: pelo
recebimento da denúncia ou da queixa; pela pronún-
cia; pela decisão confirmatória da pronúncia; pela
publicação da sentença ou acórdão condenatórios re-
corríveis; pelo início ou continuação do cumprimento
da pena e pela reincidência.
(C) Errado. De acordo com o art. 117 do CP:
Art. 117. O curso da prescrição interrompe-se: pelo
recebimento da denúncia ou da queixa; pela pronún-
cia; pela decisão confirmatória da pronúncia; pela
publicação da sentença ou acórdão condenatórios re-
corríveis; pelo início ou continuação do cumprimento
da pena e pela reincidência.
(D) Errado. De acordo com o art. 117 do CP:
Art. 117. O curso da prescrição interrompe-se: pelo
recebimento da denúncia ou da queixa; pela pronún-
cia; pela decisão confirmatória da pronúncia; pela
publicação da sentença ou acórdão condenatórios re-
corríveis; pelo início ou continuação do cumprimento
da pena e pela reincidência.
(E) Errado. De acordo com o art. 117 do CP:
Art. 117. O curso da prescrição interrompe-se: pelo
recebimento da denúncia ou da queixa; pela pronún-
cia; pela decisão confirmatória da pronúncia; pela
publicação da sentença ou acórdão condenatórios re-
corríveis; pelo início ou continuação do cumprimento
da pena e pela reincidência.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
Não expressa característica da medida de segurança:
(A) Finalidade essencialmente preventiva.
(B) Trabalha com a periculosidade do agente.
(C) A restritiva é o tratamento ambulatorial.
(D) Sua imposição depende do devido processo legal.
(E) Volta-se ao passado (fato concreto cometido
pelo agente).
Letra e.
(A) Errado. A medida de segurança volta-se ao futuro e
sua finalidade é essencialmente preventiva, ou seja, bus-
ca evitar que o agente volte a delinquir.
(B) Errado. A partir do princípio da proporcionalidade,
quando da determinação da medida de segurança, o juiz
deve observar não apenas a gravidade do fato, mas so-
bretudo o grau de periculosidade do agente.
(C) Errado. Essa é a disposição extraída do art. 96,
II, do CP.
(D) Errado. Assim como a pena, a medida de segurança
também se submete ao princípio da legalidade, da ante-
rioridade e ao devido processo legal.
(E) Certo. Essa é a característica da pena e não da medi-
da de segurança. De acordo com a doutrina, a medida de
segurança "volta-se ao futuro (fato abstrato que o agen-
te poderá cometer)".
9
Acerca do Direito Penal, da vitimologia e das Ciências cri-
minais, marque a correta:
(A) A Criminologia é uma ciência teleológica, que analisa
as raízes do crime no intuito de discipliná-lo.
(B) De acordo com a classificação de Mendelsohn, as ví-
timas ideais são completamente inocentes, sem ne-
nhuma vinculação com a ação delitiva.
(C) A Política Criminal visa ao conhecimento do crime
como fenômeno individual e social, além de seus as-
pectos biossociológicos.
(D) Vítima e sujeito passivo são coisas distintas, uma vez
que o sujeito passivo é conceito mais abrangente do
que vítima no âmbito criminal.
(E) A chamada "cifra negra" ou "cifra oculta" diz respeito
à perda de protagonismo da vítima ao longo da evo-
lução da sociedade com normas e regras.
Letra b.
(A) Errado. A criminologia não é uma ciência teleológica
e sim causal-explicativa, pois de acordo com a doutrina
"retrata o delito enquanto fato, perquirindo as suas ori-
gens, razões da sua existência, os seus contornos e for-
ma de exteriorização".
Ministério Público do Estado de Goiás
(B) Certo. De acordo com Mendelsohn, as vítimas
podem ser ideais; vítimas por ignorância (menos cul-
padas que o delinquente); vítimas provocadoras (tão
culpadas quanto o delinquente) e vítimas agressoras
(únicas culpadas).
(C) Errado. A assertiva descreveu a Criminologia, a qual
abarca a Biologia Criminal Sociologia Criminal. A política
criminal é a que possui a finalidade de trabalhar as estra-
tégias e meios de controle social da criminalidade.
(D) Errado. O conceito de vítima é mais abrangente, pois
engloba situações em que há ou não crime. Portanto,
havendo crime, sujeito passivo e vítima se reúnem na
mesma pessoa.
(E) Errado. A "cifra negra" diz respeito a um aspecto
fundamental de estudo da vítima por Molina: repre-
senta "a parcela de delitos cometidos e que não são
comunicados pelas vítimas às autoridades responsá-
veis pela apuração".
10 (E) Errado. João deve responder por crime de induzi-
João, por motivo egoístico, induziu Maria, menor de 14
anos, a cometer suicídio. Utilizando um estilete, Maria
atentou contra a própria vida. Ela não faleceu, mas so-
freu lesão corporal de natureza grave. Tendo por base
essa situação hipotética, marque a correta:
(A) Como o suicídio não se consumou, a conduta pratica-
da por João é considerada atípica.
(B) João responderá apenas pelo crime de induzimen-
to, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutila-
ção com pena duplicada pela prática do crime por
motivo egoístico.
(C) Em face da idade da vítima, o agente responderá
pelo crime de lesão corporal de natureza grave des-
crito no § 1º do art. 129 do Código Penal.
(D) João deve responder por crime de induzimento, ins-
tigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação na
forma qualificada, com pena duplicada pela prática
do crime por motivo egoístico.
(E) João responderá pelo crime por crime de induzimen-
to, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutila-
ção; mas será isento de pena, pois a morte de Maria
não se consumou.
Letra d.
(A) Errado. O crime é formal e se consuma com a mera
instigação, induzimento ou auxílio.
(B) Errado. João deve responder por crime de induzi-
mento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutila-
ção na forma qualificada, com pena duplicada pela prá-
tica do crime por motivo egoístico.
(C) Errado. Só haverá aplicação do art. 129 do CP no caso
de lesão corporal de natureza gravíssima, nos termos do
art. 122, § 6º:
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
Art. 122, § 6º Se o crime de que trata o § 1º deste ar-
tigo resulta em lesão corporal de natureza gravíssima
e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou
contra quem, por enfermidade ou deficiência mental,
não tem o necessário discernimento para a prática do
ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode ofe-
recer resistência, responde o agente pelo crime des-
crito no § 2º do art. 129 deste Código.
(D) Certo. Responderá pelo art. 122 com pena de reclu-
são de 1 a 3 anos:
Art. 122, § 1º Se da automutilação ou da tentativa de
suicídio resulta lesão corporal de natureza grave ou
gravíssima, nos termos dos § § 1º e 2º do art. 129
deste Código.
Além da pena duplicada pelo motivo egoístico.
mento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutila-
ção (art. 122 do CP) na forma qualificada (art. 122,§ 1º,
do CP), com pena duplicada pela prática do crime por
motivo egoístico (art. 122, § 1º, com a majorante do §
3º, I, do CP).
11
Somente se procede mediante representação o crime de:
(A) fraude à execução (art. 179 do Código Penal).
(B) correspondência comercial (art. 152 do Có-
digo Penal).
(C) violação de direito autoral (art. 184, caput do Có-
digo Penal).
(D) induzimento a erro essencial e ocultação de impedi-
mento (art. 236 do Código Penal).
(E) estelionato praticado contra maior de 70 anos (art.
171 do Código Penal).
Letra b.
(A) Errado. O crime de fraude à execução (art. 179) é pa-
trimonial e somente se procede mediante queixa.
(B) Certo. O crime de violação de correspondência co-
mercial (art. 152 do CP) é de ação pública condicionada
à representação da vítima.
(C) Errado. De acordo com o art. 186 do CP: “Procede-se
mediante: I – queixa, nos crimes previstos no caput do
art. 184”.
(D) Errado. O crime Induzimento a erro essencial e ocul-
tação de impedimento é de ação penal privada persona-
líssima e somente pode ser intentada pelo cônjuge que
se sente enganado.
(E) Errado. Nesse delito, a ação penal será pública in-
condicionada.
Ministério Público do Estado de Goiás
12 gir a aplicação do dispositivo legal, sendo irrelevante que
Acerca do crime de redução a condição análoga à de es-
cravo, marque a correta:
(A) É crime próprio.
(B) É crime de ação livre.
(C) É crime comissivo e permanente.
(D) É crime de dano e formal.
(E) A tentativa é inadmissível.
Letra c.
(A) Errado. O crime possui como sujeito ativo qualquer
pessoa (é comum).
(B) Errado. De acordo com a doutrina, "com o advento
da Lei n. 10.803/2003, foram enumerados taxativamen-
te quais comportamentos caracterizam o delito, tornan-
do-o de forma vinculada".
(C) Certo. De acordo com Rogério Sanches, "trata-se de
crime permanente (a consumação protrai-se no tempo),
perdurando o delito enquanto houver a prática cercea-
dora da liberdade".
(D) Errado. É crime material. Consuma-se com perda da
liberdade de ir e vir.
(E) Errado. De acordo com a doutrina, "a tentativa é per-
feitamente possível em qualquer das figuras descritas no
tipo. Pode configurar-se quando o agente, embora tenha
empregado os meios necessários à subjugação da vítima
a seus poderes, não logra êxito em compeli-la por cir-
cunstâncias alheias à sua vontade."
13 penais pretéritas.
Acerca dos crimes contra a administração pública, julgue
as assertivas a seguir:
I – De acordo com os tribunais superiores, para aplica-
ção da majorante prevista no art. 334, § 3º, do CP
(crime de descaminho), é necessário que o trans-
porte seja clandestino.
II – O crime de inserção de dados falsos em sistema
de informações somente pode ser praticado pelo
funcionário público devidamente autorizado a lidar
com o sistema informatizado ou banco de dados.
III – Na denunciação caluniosa, a pena é aumentada de
sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou
de nome suposto.
Está correto somente o que se afirma em:
(A) I.
(B) III.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) II e III.
Letra e.
I – Errado. De acordo com os tribunais superiores, "se a
lei não faz restrições quanto à espécie de voo que enseja
a aplicação da majorante, não cabe ao intérprete restrin-
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
o transporte seja clandestino ou regular." STJ. 5ª Turma.
HC 390899/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em
23/11/2017/ STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1850255/SP,
Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 26/05/2020.
II – Certo. O crime do art. 313-A possui como sujeito ativo
somente o funcionário público devidamente autorizado
a lidar com o sistema informatizado ou banco de dados.
III – Certo. Essa é a disposição do art. 339, § 1º, do Có-
digo Penal.
DIREITO PROCESSUAL PENAL
DANIELLE ROLIM
14
A respeito do acordo de não persecução penal, é cor-
reto dizer:
(A) Caberá quando não for caso de arquivamento e o
investigado confessar formal e circunstancialmente
a prática de infração penal sem violência ou grave
ameaça, com pena máxima inferior a 4 anos.
(B) poderá ter dentre as condições ajustadas a repara-
ção do dano à vítima, mas não a renúncia voluntária
a bens e direitos indicados pelo Ministério Público.
(C) não será cabível o benefício se o investigado for
reincidente ou se houver elementos probatórios
que indiquem conduta criminal habitual, reiterada
ou profissional, exceto se insignificantes as infrações
(D) não será cabível o benefício se o investigado tiver
sido beneficiado nos 2 (dois) anos anteriores ao
cometimento da infração em acordo de não perse-
cução penal, em transação penal ou em suspensão
condicional do processo.
(E) se descumprido o acordo de não persecução penal,
os autos serão encaminhados ao juízo da execução,
visando ao cumprimento da pena fixada.
Letra c.
(A) Errada. Pena mínima inferior a 4 anos – art.
28-A, caput.
(B) Errada. Art. 28-A, II – renunciar voluntariamente a
bens e direitos indicados pelo Ministério Público como
instrumentos, produto ou proveito do crime.
(C) Certa. Art. 28-A, § 2º, II.
(D) Errada. Art. 28-A, § 2º, III – ter sido o agente benefi-
ciado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da
infração, em acordo de não persecução penal, transação
penal ou suspensão condicional do processo.
(E) Errada. Art. 28-A, § 10 Descumpridas quaisquer
das condições estipuladas no acordo de não persecu-
ção penal, o Ministério Público deverá comunicar ao
juízo, para fins de sua rescisão e posterior oferecimen-
to de denúncia. 
Ministério Público do Estado de Goiás
15 Letra c.
No que diz respeito ao sequestro no processo penal, jul-
gue as alternativas abaixo:
I – caberá o sequestro dos bens imóveis, adquiridos
pelo indiciado com os proventos da infração, ainda
que já tenham sido transferidos a terceiro.
II – Para a decretação do sequestro, bastará a exis-
tência de indícios veementes da proveniência ilíci-
ta dos bens.
III – O sequestro será autuado em apartado e não admi-
tirá embargos de terceiro, por ser instituto próprio
do direito processual civil.
IV – O sequestro será levantado se, dentre outras hipó-
teses previstas na lei, for julgada extinta a punibili-
dade ou absolvido o réu, por sentença transitada
em julgado.
Apenas está correto somente o que se diz:
(A) nos itens I e II.
(B) nos itens II, III e IV.
(C) nos itens I, III e IV.
(D) nos itens I, II e IV.
(E) nos itens III e IV.
Letra d.
I – Certo. Literalidade do art. 125 do CPP.
II – Certo. Literalidade do art. 126 do CPP.
III – Errado. Art. 129. O sequestro autuar-se-á em apar-
tado e admitirá embargos de terceiro.
IV – Certo. O art. 131 do CPP lista as hipóteses em que o
sequestro será levantado. Dentre elas, diz o inciso III: se
for julgada extinta a punibilidade ou absolvido o réu, por
sentença transitada em julgado.
16 medida a este relativa, salvo se anterior ao ofereci-
Sobre os incidentes no processo penal, é correto dizer:
(A) O juiz poderá, de ofício, proceder à verificação da fal-
sidade. No entanto, o incidente de falsidade, quando
feito por procurador, exige poderes gerais.
(B) A decisão proferida no incidente de falsidade, se for
procedente, fará coisa julgada em prejuízo de ulte-
rior processo penal ou civil.
(C) O incidente de insanidade mental será processado
em auto apartado, que só depois da apresentação
do laudo, será apenso ao processo principal.
(D) Se os peritos concluírem que o acusado, ao tempo da
infração, não tinha condições de compreender o ca-
ráter ilícito do fato ou de se comportar de acordo com
esse entendimento, o juiz designará curador para o
acusado e determinará a suspensão do processo.
(E) No incidente de insanidade mental, o juiz nomeará
curador ao acusado, quando determinar o exame e, se
já iniciada a ação penal, o processo seguirá seu curso
regular, até que os peritos concluam seus trabalhos.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
(A) Errada. Art. 146. A arguição de falsidade, feita por
procurador, exige poderes especiais.
(C) Errada. Art. 148. Qualquer que seja a decisão, não
fará coisa julgada em prejuízo de ulterior processo pe-
nal ou civil.
(C) Certa. Art. 153. O incidente da insanidade mental
processar-se-á em auto apartado, que só depois da apre-
sentação do laudo, será apenso ao processo principal.
(D) Errada. Art. 151. Se os peritos concluírem que o
acusado era, ao tempo da infração, irresponsável nos
termos do art. 22 do Código Penal (atual art. 26, CP), o
processo prosseguirá, com a presença do curador.
(E) Errada. Art. 149, § 2º O juiz nomeará curador ao acu-
sado, quando determinar o exame, ficando suspenso o
processo, se já iniciada a ação penal, salvo quanto às di-
ligências que possam ser prejudicadas pelo adiamento.
17
Sobre competência no processo penal, é correto afirmar:
(A) De acordo com o Superior Tribunal de Justiça, nos
crimes de estelionato, quando praticados mediante
depósito, por emissão de cheques sem suficiente
provisão de fundos em poder do sacado ou com o
pagamento frustrado ou por meio da transferência
de valores, a competência será definida pelo local do
domicílio da vítima, em razão da superveniência da
Lei n. 14.155/2021, salvo se os fatos tenham sido an-
teriores à nova lei.
(B) Conforme o Código de Processo Penal, haverá com-
petência por prevenção toda vez que, concorrendo
dois ou mais juízes igualmente competentes ou com
jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos
outros na prática de algum ato do processo ou de
mento da denúncia ou da queixa.
(C) Nos casos de conexão e continência, será obrigató-
ria a separação dos processos quando as infrações
tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo
ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo nú-
mero de acusados e para não lhes prolongar a prisão
provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz re-
putar conveniente a separação.
(D) De acordo com o Código de Processo Penal, os cri-
mes praticados a bordo de aeronave nacional, den-
tro do espaço aéreo correspondente ao território
brasileiro, ou ao alto-mar, ou a bordo de aeronave
estrangeira, dentro do espaço aéreo correspondente
ao território nacional, serão processados e julgados
pela justiça da comarca em cujo território se verificar
o pouso após o crime, ou pela da comarca de onde
houver partido a aeronave.
Ministério Público do Estado de Goiás
(E) Reconhecida inicialmente ao júri a competência por
conexão, o juiz, se vier a desclassificar a infração ou
impronunciar ou absolver o acusado, de maneira que
exclua a competência do júri, decidirá apenas o pro-
cesso referente ao crime conexo.
Letra d.
(A) Errada. Ainda que os fatos tenham sido anteriores à
nova lei - entendimento do Superior Tribunal de Justi-
ça sobre o tema: Informativo 706, CC 180.832-RJ, Rel.
Min. Laurita Vaz, Terceira Seção, por unanimidade, em
25/08/2021.
(B) Errada. Art. 83. Verificar-se-á a competência por pre-
venção toda vez que, concorrendo dois ou mais juízes
igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa,
um deles tiver antecedido aos outros na prática de al-
gum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda
que anterior ao oferecimento da denúncia ou da queixa.
(C) Errada. As hipóteses são de separação facultativa –
art. 80, CPP.
(D) Certa. Literalidade do art. 90 do CPP.
(E) Errada. Reconhecida inicialmente ao júri a com-
petência por conexão ou continência, o juiz, se vier a
desclassificar a infração ou impronunciar ou absolver o
acusado, de maneira que exclua a competência do júri,
remeterá o processo ao juízo competente.
18 MA, julgado em 27/11/2018, DJe 12/12/2018).
Considerando a mais recente jurisprudência dos tribu-
nais superiores, analise as alternativas abaixo e assinale
a correta.
(A) De acordo com o entendimento do Superior Tribunal
de Justiça, é lícita a entrada de policiais, sem auto-
rização judicial e sem o consentimento do hóspe-
de, em quarto de hotel não utilizado como morada
permanente, desde que presentes fundadas razões
que sinalizem a ocorrência de crime e hipótese de
flagrante delito.
(B) De acordo com o entendimento do Superior Tribu-
nal de Justiça, é desnecessária a realização de perícia
para a identificação de voz captada nas intercepta-
ções telefônicas, salvo quando houver dúvida plausí-
vel que justifique a medida.
(C) É firme o entendimento do Supremo Tribunal Federal
no sentido de que a inobservância do prazo nonage-
simal do artigo 316 do CPP para reavaliação da prisão
preventiva implica em sua automática revogação.
(D) De acordo com o entendimento do Superior Tribunal
de Justiça, a concessão de liberdade provisória, com
fixação de medida cautelar de recolhimento noturno
e aos finais de semana, não gera direito à detração
da pena, nos moldes do art. 42 do Código Penal.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
(E) Será considerada ilícita a prova obtida por meio de
espelhamento via WhatsApp Web, salvo se houver
prévia autorização judicial, deferida em conformida-
de com a lei que trata da interceptação das comuni-
cações telefônicas.
Letra b.
(A) Certa, conforme entendimento do STJ sobre o tema
– informativo 715 do STJ. B) Certa. (jurisprudência em
teses. Edição 111, tese 8).
(C) Errada. O entendimento do STF é justamente no sen-
tido de que não há revogação automática da prisão nes-
sa hipótese (RHC 197730. 27/04/2021).
(D) Errada. A Terceira Seção do Superior Tribunal de Jus-
tiça deliberou que a soma das horas de recolhimento do-
miciliar a que o paciente foi submetido devem ser con-
vertidas em dias para contagem da detração da pena.
(HC 455.097/PR, Rel. Ministra LAURITA VAZ, TERCEIRA
SEÇÃO, julgado em 14/04/2021, DJe 07/06/2021).
(E) Errada. Recurso provido, a fim de declarar a nulida-
de da decisão judicial que autorizou o espelhamento do
WhatsApp via Código QR, bem como das provas e dos
atos que dela diretamente dependam ou sejam conse-
quência, ressalvadas eventuais fontes independentes,
revogando, por conseguinte, a prisão preventiva dos
Recorrentes, se por outro motivo não estiverem presos.
(RHC 99.735/SC, Rel. Ministra LAURITA VAZ, SEXTA TUR-
19
Quanto às citações e intimações no processo penal, assi-
nale a alternativa correta:
(A) Se o réu for citado pessoalmente ou por hora certa e
não apresentar resposta à acusação, o processo se-
guirá, devendo o juiz designar audiência de instrução
e julgamento.
(B) Se o réu for citado por edital e não comparecer e nem
constituir advogado, o processo ficará suspenso, as-
sim como o curso do prazo prescricional. Conforme
entendimento dos tribunais superiores, a suspensão
da prescrição bem como do curso do processo será
limitada ao tempo de prescrição da pena máxima em
abstrato cominada ao crime.
(C) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido,
será citado mediante carta rogatória, suspendendo-
-se o curso do prazo de prescrição até o seu cumpri-
mento. De acordo com o Superior Tribunal de Justi-
ça, o termo final da suspensão do prazo prescricional
pela expedição de carta rogatória para citação do
acusado no exterior é a data da efetivação da comu-
nicação processual no estrangeiro, ainda que haja
demora para a juntada da carta rogatória cumprida
nos autos.
Ministério Público do Estado de Goiás
(D) Será nula a citação por edital que indicar apenas o
dispositivo da lei penal, sem transcrever a denúncia
ou a queixa ou, ao menos, resumir os fatos em que
se baseia a acusação.
(E) Se o réu se ocultar para não ser citado, o juiz deter-
minará a citação por edital e, caso não compareça e
nem constitua advogado, o juiz determinará a sus-
pensão do processo e do curso do prazo prescricional.
Letra c.
(A) Errada. Art. 396-A, § 2o Não apresentada a resposta
no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir
defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, con-
cedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias.
(B) Errada. A limitação se aplica à prescrição. O processo
permanece suspenso até que o réu compareça, constitua
advogado ou que se opere a prescrição. Nesse sentido:
Em caso de inatividade processual decorrente de ci-
tação por edital, ressalvados os crimes previstos na
Constituição Federal como imprescritíveis, é constitu-
cional limitar o período de suspensão do prazo pres-
cricional ao tempo de prescrição da pena máxima em
abstrato cominada ao crime, a despeito de o processo
permanecer suspenso (STF, RE n. 600.851/DF, subme-
tido à sistemática da repercussão geral).
(C) Certa. Art. 368, CPP, e Informativo 691, RESP
1882330/SP, 6/04/2021.
(D) Errada. Súmula 366, STF:  Não é nula a citação por
edital que indica o dispositivo da lei penal, embora não
transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos
em que se baseia.
(E) Errada. Art. 362. Verificando que o réu se oculta para
não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência
e procederá à citação com hora certa (...).
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
20
No que diz respeito aos recursos e ações autônomas de
impugnação no processo penal, analise as alternativas
abaixo e assinale a correta:
(A) Cabe recurso em sentido estrito contra a decisão que
recusar a homologação da proposta do acordo de
não persecução penal, previsto no art. 28-A do CPP.
(B) Será admitida a revisão criminal quando a sentença
condenatória for contrária ao texto expresso da lei
ou à evidência dos autos, mas não quando a senten-
ça condenatória se fundar em depoimentos compro-
vadamente falsos.
(C) Será admitida a revisão criminal quando, após a sen-
tença, se descobrirem novas provas de inocência do
condenado, mas não de circunstância que determine
ou autorize diminuição especial da pena.
(D) Quando, no curso da revisão, falecer a pessoa cuja
condenação tiver de ser revista, o presidente do Tri-
bunal, à vista da certidão de óbito e após a manifes-
tação do Ministério Público, julgará extinta a ação.
(E) O  habeas corpus  poderá ser impetrado por qual-
quer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como
pelo Ministério Público. Os juízes não têm compe-
tência para expedir de ofício ordem de habeas cor-
pus, quando no curso do processo verificarem que
habeas corpus  poderá ser impetrado por qualquer
pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo
Ministério Público.
Letra a.
(A) Certa. Art. 581, XXV, do CPP.
(B) Errada. Art. 621. A revisão dos processos findos será
admitida: II – quando a sentença condenatória se fundar
em depoimentos, exames ou documentos comprovada-
mente falsos.
(C) Errada. Art. 621. A revisão dos processos findos
será admitida: III – quando, após a sentença, se desco-
brirem novas provas de inocência do condenado ou de
circunstância que determine ou autorize diminuição es-
pecial da pena”.
(D) Errado. Art. 631. Quando, no curso da revisão, fale-
cer a pessoa, cuja condenação tiver de ser revista, o pre-
sidente do tribunal nomeará curador para a defesa.
(E) Errada. Art. 654, § 2o Os juízes e os tribunais têm
competência para expedir de ofício ordem de  habeas
corpus, quando no curso de processo verificarem que al-
guém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal.
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21 (D) Errada. Agravo regimental parcialmente provido,
Assinale a alternativa que reproduz o entendimento do
Superior Tribunal de Justiça quanto às provas obtidas
por meio de extração de dados em aparelhos celulares:
(A) É ilícita a prova proveniente do acesso à agenda te-
lefônica da pessoa presa em flagrante delito, pois a
agenda também goza da proteção decorrente do si-
gilo telefônico ou de dados telemáticos.
(B) É lícita a prova obtida a partir das mensagens cons-
tantes do aparelho celular do investigado que foi
preso em flagrante delito. Isso porque, o estado de
flagrância dispensa ordem judicial ou consentimento
do preso para que as mensagens sejam acessadas di-
retamente pelos policiais responsáveis pela prisão.
(C) Autorização concedida pelo preso para que os poli-
ciais acessem o conteúdo das mensagens constantes
do aparelho celular dele não basta para que a prova
seja considerada lícita, pois o sigilo telefônico tem
guarida constitucional.
(D) São válidas as provas obtidas por meio de print scre-
en da tela da ferramenta WhatsApp Web, desde que
juntadas por um dos interlocutores.
(E) Se o telefone celular for apreendido em busca e
apreensão determinada por decisão judicial, não há
óbice para que a autoridade policial acesse o conte-
údo armazenado no aparelho, inclusive as conversas
do WhatsApp.
Letra e.
(A) Errada. “No caso, como autorizado pelo Código de
Processo Penal CPP foi apreendido o telefone celular de
um acusado e analisados os dados constantes da sua
agenda telefônica, a qual não tem a garantia de prote-
ção do sigilo telefônico ou de dados telemáticos, pois
a agenda é uma das facilidades oferecidas pelos mo-
dernos aparelhos de smartphones a seus usuários. 5.
Assim, deve ser reconhecida como válida a prova pro-
duzida com o acesso à agenda telefônica do recorrido,
com o restabelecimento da sentença condenatória,
determinando-se que a Corte a quo continue a apreciar
a apelação”. (REsp 1782386/RJ, Rel. Ministro JOEL ILAN
PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 15/12/2020,
DJe 18/12/2020)”.
B/C) Erradas. “Os dados constantes de aparelho celular
obtidos por órgão investigativo – mensagens e conver-
sas por meio de programas ou aplicativos (WhatsApp)
– somente são admitidos como prova lícita no processo
penal quando há precedente mandado de busca e apre-
ensão expedido por juiz competente ou quando há au-
torização voluntária de interlocutor da conversa” (AgRg
no HC 646.771/PR, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NO-
RONHA, QUINTA TURMA, julgado em 10/08/2021, DJe
13/08/2021).
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
para declarar nulas as mensagens obtidas por meio
do print screen da tela da ferramenta WhatsApp Web,
determinando-se o desentranhamento delas dos autos,
mantendo-se as demais provas produzidas após as dili-
gências prévias da polícia realizadas em razão da notí-
cia anônima dos crimes. (AgRg no RHC 133.430/PE, Rel.
Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em
23/02/2021, DJe 26/02/2021).
(E) Certa. STJ. 5ª Turma. RHC 77.232/SC, Rel. Min. Felix
Fischer, julgado em 03/10/2017.
22
A respeito do procedimento previsto no Código de Pro-
cesso Penal para julgamento dos crimes dolosos contra
a vida, assinale a alternativa incorreta.
(A) O juiz, fundamentadamente, absolverá sumariamen-
te o acusado se demonstrado que ele não tinha con-
dições de compreender o caráter ilícito do fato ou de
se comportar conforme esse entendimento, se essa
for a única tese defensiva.
(B) Se o juiz proferir decisão de desclassificação, por se
convencer que o crime não é doloso contra a vida,
deverá remeter os autos para o juízo competente.
(C) Ainda que preclusa a decisão de pronúncia, havendo
circunstância superveniente que altere a classifica-
ção do crime, o juiz ordenará a remessa dos autos ao
Ministério Público.
(D) Não se convencendo da materialidade do fato ou da
existência de indícios suficientes de autoria ou de
participação, o juiz, fundamentadamente, impro-
nunciará o acusado.  A decisão de impronúncia faz
coisa julgada formal e material.
(E) A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indi-
cação da materialidade do fato e da existência de
indícios suficientes de autoria ou de participação,
devendo o juiz declarar o dispositivo legal em que
julgar incurso o acusado e especificar as circunstân-
cias qualificadoras e as causas de aumento de pena.
Letra d.
(A) Certa. Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absol-
verá desde logo o acusado, quando: IV – demonstrada
causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. Pará-
grafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do ca-
put  deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista
no caput do art. 26 do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de de-
zembro de 1940 – Código Penal, salvo quando esta for a
única tese defensiva.
(B) Certa. Art. 419. Quando o juiz se convencer, em dis-
cordância com a acusação, da existência de crime diver-
so dos referidos no § 1o do art. 74 deste Código e não
for competente para o julgamento, remeterá os autos ao
juiz que o seja. 
Ministério Público do Estado de Goiás
(C) Certa. Literalidade do § 1º do art. 421 do CPP.
(D) Errada. Art. 414, parágrafo único. Enquanto não
ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser formula-
da nova denúncia ou queixa se houver prova nova. 
(E) Certa. Literalidade do § 1º do art. 413 do CPP.
23
Sobre as testemunhas no processo penal, assinale a al-
ternativa correta:
(A) São proibidos de depor os funcionários públicos que
tomem conhecimento de um fato criminoso em ra-
zão do cargo que ocupam.
(B) As pessoas que são proibidas de depor em virtude do
dever de guardar segredo, decorrente de função, mi-
nistério, ofício ou profissão, poderão dar seu teste-
munho se quiserem e forem desobrigadas pela parte
interessada.
(C) A pessoa que nada souber que interesse à decisão
da causa ainda assim será computada como teste-
munha, pois é das partes o ônus probatório.
(D) As perguntas serão formuladas pelas partes à teste-
munha, por intermédio do juiz, e este não admitirá
aquelas perguntas que puderem induzir a resposta,
não tiverem relação com a causa ou importarem na
repetição de outra já respondida.
(E) A testemunha que, regularmente intimada, deixar de
comparecer sem motivo justificado, não poderá ser
conduzida coercitivamente, de acordo com o enten-
dimento do Supremo Tribunal Federal.
Letra b.
(A) Errada. A proibição legal é diversa:
Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que,
em razão de função, ministério, ofício ou profissão,
devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela
parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.
(B) Certa. Art. 207. São proibidas de depor as pessoas
que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão,
devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela par-
te interessada, quiserem dar o seu testemunho.
(C) Errada. Art. 209, § 2o Não será computada como tes-
temunha a pessoa que nada souber que interesse à de-
cisão da causa.
(D) Errada. Art. 212. As perguntas serão formuladas pe-
las partes diretamente à testemunha, não admitindo o
juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tive-
rem relação com a causa ou importarem na repetição de
outra já respondida.  (E) É crime violar sigilo processual, permitindo que de-
(E) Errada. O entendimento do STF sobre condução coer-
citiva abrange apenas o interrogatório do réu. Ademais:
Art. 218. Se, regularmente intimada, a testemunha
deixar de comparecer sem motivo justificado, o juiz
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
poderá requisitar à autoridade policial a sua apre-
sentação ou determinar seja conduzida por oficial de
justiça, que poderá solicitar o auxílio da força pública.
LEGISLAÇÃO PENAL E PROCESSUAL
PENAL ESPECIAL
DIEGO FONTES/VLADIMIR ARAS/LEANDRO
ANTUNES/SIMONE MAGALHÃES
24
À luz da Lei n. 8.072/1990, considerando as atualiza-
ções promovidas pela Lei n. 13.964/2019 (vulgarmente
conhecida como Pacote Anticrime), considera-se cri-
me hediondo:
(A) associação para o tráfico (art. 35 da Lei n.
11.343/2006).
(B) corrupção passiva (art. 317 do Código Penal).
(C) promoção de migração ilegal (art. 232-A do Có-
digo Penal)
(D) violação de sigilo funcional (art. 325 do Código Penal).
(E) comércio ilegal de arma de fogo (art. 17 do Estatuto
do Desarmamento).
Letra e.
O crime de comércio ilegal de arma de fogo (art. 17 da
Lei n. 10.826/2003) foi inserido na Lei de Crimes Hedion-
dos pelo Pacote Anticrime.
25
Sobre a Lei n. 13.431/2017, que regula sobre o Sistema
de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente
Vítima ou Testemunha de Violência, assinale a alter-
nativa incorreta:
(A) Escuta especializada é o procedimento de entrevista
sobre situação de violência com criança ou adoles-
cente perante órgão da rede de proteção, limitado
o relato estritamente ao necessário para o cumpri-
mento de sua finalidade.
(B) Depoimento especial é o procedimento de oitiva de
criança ou adolescente vítima ou testemunha de vio-
lência perante autoridade policial ou judiciária.
(C) O depoimento especial será gravado em áudio e vídeo
e deverá ser repetido em juízo, no curso da ação pe-
nal, para assegurar o contraditório e a ampla defesa.
(D) A coleta, guarda provisória e preservação de material
com vestígios de violência serão realizadas pelo Ins-
tituto Médico Legal (IML) ou por serviço credenciado
do sistema de saúde mais próximo, que entregará o
material para perícia imediata.
poimento de criança ou adolescente seja assistido
por pessoa estranha ao processo, sem autorização
judicial e sem o consentimento do depoente ou de
seu representante legal.
Ministério Público do Estado de Goiás
Letra c.
(A) Certa. Vide o art. 7º da Lei n. 13.431/2017.
(B) Certa. Vide o art. 8º da Lei n. 13.431/2017.
(C) Errada, pois o depoimento especial é colhido como
antecipação de prova, de preferência uma única vez,
conforme o art. 11 da Lei.
(D) Certa. Vide o art. 18 da Lei e o art. 158, único,
II, do CPP.
(E) Certa. Vide o art. 24 da Lei.
26 sitivos que versam sobre a lei supressiva de incrimi-
Sobre a Lei de Lavagem de Dinheiro – Lei n. 9.613/1998,
assinale a alternativa incorreta:
(A) Os crimes de lavagem de dinheiro transnacionais são
de competência federal.
(B) A ocultação da origem de criptoativos decorrente da
prática do crime de fraude eletrônica configura o cri-
me de lavagem de dinheiro.
(C) A autoridade policial pode determinar o afastamen-
to cautelar de funcionário público indiciado por lava-
gem de dinheiro.
(D) Na falta de tratados, a partilha de ativos em coopera-
ção internacional é regida pelo direito interno.
(E) É efeito da condenação a perda, em favor da União
– e dos Estados, nos casos de competência da Jus-
tiça Estadual –, de todos os bens, direitos e valores
relacionados, direta ou indiretamente, à prática dos
crimes de lavagem e dos antecedentes, ressalvado o
direito do lesado ou de terceiro de boa-fé,
Letra c.
(A) Certa. Vide o art. 2º, inciso III, da Lei e o art. 109, V,
da Constituição.
(B) Certa. Vide o art. 1º da Lei 9.613/1998 e o art. 171, §
2º-A, do CP, assim como a Recomendação 15 do GAFI.
(C) Errada. Na ADI 4911, o STF declarou a inconstitucio-
nalidade do art. 17-D da Lei 9.613/1998.
(D) Certa. Vide o art. 8º, § 2º da Lei 9.613/1998.
(E) Certa. Vide o art. 7º, inciso I, da Lei.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
27
Acerca dos institutos previstos no título da Aplicação
da Lei Penal no Código Penal Militar (Decreto-Lei n.
1001/1969) e também no Código Penal (Decreto-Lei n.
2.848/1940), assinale a alternativa correta:
(A) No Código Penal, não há crime sem lei anterior que
o defina; todavia, de acordo com dispositivo no
CPM, poderá ter crime militar definido por decreto
presidencial.
(B) No Código Penal e no Código Penal Militar, os dispo-
nação, abolitio criminis, encontram dispostos apenas
no título da extinção de punibilidade.
(C) O Código Penal adotou a teoria da atividade para o
tempo do crime e o Código Penal Militar adotou a
teoria da ubiquidade.
(D) O Código Penal e o Código Penal Militar adotaram a
extraterritorialidade como exceção, sendo a regra a
territorialidade.
(E) O Código Penal adotou a teoria da ubiquidade para o
lugar do crime e o Código Penal Militar adotou para
os crimes militares comissivos a teoria da ubiquidade
e para os crimes omissivos a teoria da atividade.
Letra e.
CP:
Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina.
Não há pena sem prévia cominação legal. 
Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei
posterior deixa de considerar crime, cessando em
virtude dela a execução e os efeitos penais da sen-
tença condenatória.
Parágrafo único – A lei posterior, que de qualquer
modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anterio-
res, ainda que decididos por sentença condenatória
transitada em julgado.
Art. 4º Considera-se praticado o crime no momento
da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento
do resultado.
Art. 5º Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de con-
venções, tratados e regras de direito internacional, ao
crime cometido no território nacional.
Art. 6º Considera-se praticado o crime no lugar em
que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte,
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se
o resultado.
Art. 7º Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometi-
dos no estrangeiro:
CPM:
Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina,
nem pena sem prévia cominação legal.
Ministério Público do Estado de Goiás
Art. 2° Ninguém pode ser punido por fato que lei pos-
terior deixa de considerar crime, cessando, em virtu-
de dela, a própria vigência de sentença condenatória
irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de natureza civil.
Art. 5º Considera-se praticado o crime no momento da
ação ou omissão, ainda que outro seja o do resultado.
Art. 6º Considera-se praticado o fato, no lugar em
que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo
ou em parte, e ainda que sob forma de participação,
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se
o resultado. Nos crimes omissivos, o fato considera-
-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a
ação omitida.
Art. 7º Aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo de
convenções, tratados e regras de direito internacio-
nal, ao crime cometido, no todo ou em parte no terri-
tório nacional, ou fora dele, ainda que, neste caso, o
agente esteja sendo processado ou tenha sido julga-
do pela justiça estrangeira.
28
Acerca do contido Código de Processo Penal Militar
(Decreto-Lei 1.002/1969), assinale a única alternativa
incorreta sobre o modo de instauração de um inquérito
policial militar:
(A) Por determinação ou delegação da autoridade mili-
tar superior, que, em caso de urgência, poderá ser
feita por via telegráfica ou radiotelefônica e confir-
mada, posteriormente, por ofício.
(B) Em virtude de requisição do Ministério Público.
(C) Em virtude de requisição do juiz auditor.
(D) A requerimento da parte ofendida ou de quem legal-
mente a represente, ou em virtude de representação
devidamente autorizada de quem tenha conheci-
mento de infração penal, cuja repressão caiba à Jus-
tiça Militar.
(E) Quando, de sindicância feita em âmbito de jurisdição
militar, resulte indício da existência de infração pe-
nal militar.
Letra c.
Art. 10. O inquérito é iniciado mediante portaria:
a) de ofício, pela autoridade militar em cujo âmbito de
jurisdição ou comando haja ocorrido a infração penal,
atendida a hierarquia do infrator;
b) por determinação ou delegação da autoridade mili-
tar superior, que, em caso de urgência, poderá ser feita
por via telegráfica ou radiotelefônica e confirmada, pos-
teriormente, por ofício;
c) em virtude de requisição do Ministério Público;
d) por decisão do Superior Tribunal Militar, nos termos
do art. 25;
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
e) a requerimento da parte ofendida ou de quem le-
galmente a represente, ou em virtude de representação
devidamente autorizada de quem tenha conhecimento
de infração penal, cuja repressão caiba à Justiça Militar;
f) quando, de sindicância feita em âmbito de jurisdi-
ção militar, resulte indício da existência de infração pe-
nal militar.
29
À luz da Lei n. 8.072/1990, que regulamenta sobre os
crimes hediondos, julgue os itens a seguir:
I – Considera-se crime hediondo o delito de furto qua-
lificado pelo emprego de explosivo ou de artefato
análogo que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A
do Código Penal).
II – O tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tra-
tado na Lei n. 11.343/2006, é crime hediondo ex-
pressamente previsto no rol da Lei n. 8.072/1990,
inclusive o tráfico privilegiado previsto no art. 33, §
4º da Lei de Regência.
III – A pena por crime previsto na Lei n. 8.072/1990 será
cumprida integralmente em regime fechado.
IV – Considera-se hediondo o delito de extorsão quali-
ficada pela morte (art. 158, § 2º do Código Penal).
Está(ão) correto(s):
(A) os itens I e IV.
(B) os itens II e III.
(C) apenas o item IV.
(D) os itens I e II.
(E) apenas o item I.
Letra e.
I – Certo. Acrescentado pelo Pacote Anticrime, constan-
do do inciso IX do art. 1º da Lei n. 8.072/1990.
II – Errado. O tráfico de entorpecentes não é crime he-
diondo, é crime equiparado a hediondo.
Além disso, o tráfico privilegiado não se enquadra como
delito equiparado a hediondo, segundo entendimento
dos tribunais superiores e previsão expressa da Lei de
Execução Penal.
III – Errado. Essa previsão foi revogada da Lei de Crimes
Hediondos. Pouco antes da referida revogação, o STF já
havia entendido que seria inconstitucional por ferir o
princípio da individualização da pena.
IV – Errado. A extorsão qualificada pela morte (art. 158,
§ 2º do CP) deixou de ser crime hediondo após o Pacote
Anticrime, o qual revogou a antiga previsão. A partir de
agora, só é hediondo o previsto no art. 158, § 3º (ex-
torsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima,
em sua forma “simples”, ou qualificada pelos resultados
lesão corporal grave ou morte).
Ministério Público do Estado de Goiás
30 31
Quanto à Lei de Interceptação Telefônica – Lei n.
9.296/1996, assinale a alternativa correta:
(A) É indispensável a transcrição integral de diálogos
colhidos em interceptação telefônica no âmbito do
procedimento administrativo disciplinar.
(B) Em nome da ampla defesa, é sempre necessária a
realização de perícia para a identificação de voz cap-
tada nas interceptações telefônicas.
(C) Ao decidir pedidos ou representações de prorroga-
ção de interceptação telefônica, pode o juiz valer-se
da técnica de fundamentação per relationem.
(D) Somente a Polícia Civil pode executar uma ordem de
interceptação telefônica expedida por um juiz.
(E) Informações anônimas não servem para embasar re-
presentações policiais para interceptação telefônica.
Letra c.
(A) Errada. Para o STJ, é dispensável a transcrição inte-
gral de diálogos colhidos em interceptação telefônica no
âmbito do PAD, pois tal obrigatoriedade não encontra
amparo legal. Vide o MS 18761/DF, Rel. Ministro MAU-
RO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
12/06/2019.
(B) Errada. Para o STJ, é desnecessária a realização de
perícia para a identificação de voz captada nas intercep-
tações telefônicas. Tal medida só se torna indispensável
quando há dúvida plausível sobre a autoria da voz. HC
453357/SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSE-
CA, QUINTA TURMA, julgado em 16/08/2018.
(C) Certa. Conforme o STJ, é admissível a utilização da
técnica de fundamentação per relationem para a prorro-
gação de interceptação telefônica quando mantidos os
pressupostos que autorizaram a decretação da medida
originária. Vide o RHC 34349/RS, Rel. Ministro JOEL ILAN
PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 23/10/2018.
(D) Errada. Para o STJ, o art. 6º da Lei n. 9.296/1996 não
restringe à Polícia Civil a atribuição para a execução de
interceptação telefônica ordenada judicialmente. Vide
o RHC 90125/SC, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA
TURMA, julgado em 07/08/2018.
(E) Errada. Conforme o STJ, é possível a determinação
de interceptações telefônicas com base em denúncia
anônima, desde que corroborada por outros elementos
que confirmem a necessidade da medida excepcional.
Vide o RHC 70560/SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES
DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 04/12/2018.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
Referente aos crimes contra as relações de consumo
previstos pelo Código de Defesa do Consumidor – Lei n.
8.078/1990, identifique a opção correta:
(A) Não é conduta tipificada deixar de comunicar à auto-
ridade competente e aos consumidores sobre a noci-
vidade ou a periculosidade de algum produto, quan-
do esse conhecimento for posterior à sua colocação
no mercado.
(B) Às associações legalmente constituídas há pelo me-
nos um ano, e que incluam entre seus fins institu-
cionais a defesa dos interesses e direitos protegidos
pelo Código de Defesa do Consumidor, não é possi-
bilitada intervenção, no processo penal, como assis-
tentes do Ministério Público.
(C) A quem concorrer para os crimes tipificados no Có-
digo de Defesa do Consumidor, incidirá as penas a
esses cominadas na medida de sua culpabilidade.
(D) Se a situação econômica do indiciado ou réu assim
indicar, a fiança poderá ser reduzida até a um terço
do seu valor mínimo.
(E) Caso um fornecedor se utilize de ameaça, coação,
constrangimento físico ou moral para realizar co-
brança de dívidas, esses atos serão tão somente re-
preendidos na esfera civil.
Letra c.
(A) Errado, pois esse é um dos crimes contra as relações
de consumo.
CDC, art. 64. Deixar de comunicar à autoridade com-
petente e aos consumidores a nocividade ou pericu-
losidade de produtos cujo conhecimento seja poste-
rior à sua colocação no mercado.
(B) Errado, pois essas associações podem atuar no pro-
cesso penal como assistentes do Ministério Público.
CDC, art. 80. No processo penal atinente aos crimes
previstos neste código, bem como a outros crimes e
contravenções que envolvam relações de consumo,
poderão intervir, como assistentes do Ministério Pú-
blico, os legitimados indicados no art. 82, inciso III
e IV, aos quais também é facultado propor ação pe-
nal subsidiária, se a denúncia não for oferecida no
prazo legal.
(C) Certo.
CDC, art. 75. Quem, de qualquer forma, concor-
rer para os crimes referidos neste código, incide as
penas a esses cominadas na medida de sua culpa-
bilidade, bem como o diretor, administrador ou ge-
rente da pessoa jurídica que promover, permitir ou
Ministério Público do Estado de Goiás
por qualquer modo aprovar o fornecimento, oferta,
exposição à venda ou manutenção em depósito de
produtos ou a oferta e prestação de serviços nas
condições por ele proibidas.
(D) Errado, pois o valor da fiança poderá ser reduzido
até metade.
CDC, art. 79. (...), parágrafo único. Se assim recomen-
dar a situação econômica do indiciado ou réu, a fian-
ça poderá ser: a) reduzida até a metade do seu valor
mínimo; b) aumentada pelo juiz até vinte vezes.
(E) Errado,  pois as referidas ações configuram crime
contra as relações de consumo.
CDC, art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ame-
aça, coação, constrangimento físico ou moral, afirma-
ções falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer
outro procedimento que exponha o consumidor,
injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu
trabalho, descanso ou lazer: Pena Detenção de três
meses a um ano e multa.
32
Quanto ao Estatuto do Idoso (Lei n. 10.741/2003), assi-
nale a alternativa correta:
(A) Os crimes do Estatuto do Idoso são de ação penal
privada e de ação penal pública condicionada.
(B) Aos crimes do Estatuto do Idoso aplicam-se subsi-
diariamente, no que couber, as disposições do Có-
digo Penal.
(C) Aos crimes do Estatuto do Idoso aplicam-se todos os
institutos da Lei 9.099/1995.
(D) Se o agente recusar, retardar ou omitir dados técni-
cos indispensáveis à propositura da ação civil objeto
do Estatuto do Idoso, quando requisitados pelo Mi-
nistério Público, comete o crime do art. 10 da Lei de
Ação Civil Pública (Lei n. 7.347/1985).
(E) O crime de abandono de idoso é omissivo próprio,
exigindo a condição especial de garante do sujeito
ativo, atribuída por lei ou mandado.
Letra e.
(A) Errada. Segundo o art. 95, do EI, os crimes nele defi-
nidos são de ação penal pública incondicionada, não se
lhes aplicando os arts. 181 e 182 do Código Penal.
(B) Errada. Na ADI 3096 (Pleno, j. 16/06/2010), o STF deu
interpretação conforme à Constituição do Brasil, com re-
dução de texto do art. 94, “para suprimir a expressão ‘do
Código Penal e’”.
(C) Errada, pois na mesma ADI, o STF determinou que só
se dá a aplicação do procedimento sumaríssimo previsto
na Lei n. 9.099/1995, que resulta em benefício do ido-
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
so com a celeridade processual. Por outro lado, afirmou
a “impossibilidade de aplicação de quaisquer medidas
despenalizadoras e de interpretação benéfica ao autor
do crime”.
(D) Errada, pois o crime será o do inciso V do art. 100
do Estatuto do Idoso: “recusar, retardar ou omitir dados
técnicos indispensáveis à propositura da ação civil objeto
desta Lei, quando requisitados pelo Ministério Público”.
(E) Certa. Vide a decisão do STJ no INQ 1196/DF, da
Corte Especial, julgado em 15/05/2019. Vide também o
art. 98 do EI.
33
De acordo com a jurisprudência do STJ acerca da Lei Ma-
ria da Penha (Lei n. 11.340/2006), o descumprimento de
medida protetiva de urgência:
(A) constitui crime cujo sujeito ativo deve ser sem-
pre um homem.
(B) não é crime e por isso não se admite o arbitramento
de fiança pelo juiz.
(C) é um crime específico previsto no art. 24-A da Lei n.
11.340/2006.
(D) é crime de desobediência previsto no Código Penal.
(E) é um crime somente punido na modalidade culposa.
Letra c.
(A) Errada. O sujeito ativo pode ser homem ou mulher.
(B) Errada, pois a conduta é crime e admite fiança
pelo juiz.
(C) Certa. Vide o art. 24-A da Lei Maria da Penha.
(D) Errada, já que há tipo especial.
(E) Errada. O crime é doloso.
34
Sobre a Lei de Drogas – Lei n. 11.343/2006, escolha a
alternativa correta:
(A) Não incide majorante quando o agente pratica
o crime de narcotráfico prevalecendo-se de fun-
ção pública.
(B) O crime do art. 35 da Lei de Drogas (Lei n. 11.343/2006)
exige a associação de 3 ou mais pessoas.
(C) A jurisprudência atual do STJ considera que a apli-
cação da causa de diminuição de pena prevista no
artigo 33, § 4º, da Lei de Drogas, afasta a hediondez
do crime de tráfico de drogas. No entanto, desde o
advento do Pacote Anticrime (Lei n. 13.964/2019), a
Lei de Execuções Penais prevê expressamente a na-
tureza hedionda dessa hipótese.
(D) A majorante do tráfico transnacional de drogas (ar-
tigo 40, I, da Lei n. 11.343/2006) configura-se com a
prova da destinação internacional das drogas, ainda
que não consumada a transposição de fronteiras, da
mesma forma que a majorante do tráfico interesta-
dual (artigo 40, V, da Lei n. 11.343/2006), bastando
Ministério Público do Estado de Goiás 1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto

que haja demonstração inequívoca da intenção de (C) Errada. O STF admite a testemunha sem rosto, com
realizar o tráfico interestadual. base no art. 7º, incisos IV e VIII, da Lei n. 9.807/1999.
(E) O crime de posse de droga para consumo próprio Vide o HC 124.614 AgR, 2ª Turma, j. em 10/03/2015, rel.
não pode ser apurado mediante a instauração de min. Celso de Mello. Vide também no STJ o AgRg no RHC
termo circunstanciado de ocorrência pelo juiz. 152.215/CE, j. em 19/10/2021 pela 5ª Turma, rel. min.
Reynaldo Soares da Fonseca.
Letra d. (D) Certa. Vide o art. 14 da Lei n. 9.807/1999.
(A) Errada. Vide o art. 40, II, da Lei n. 11.343/2006. (E) Certa. Vide o art. 19-A da Lei.
(B) Errada. Vide o art. 35 da Lei, que exige apenas
dois agentes. GRUPO II
(C) Errada. Vide o § 5º do art. 112 da Lei n. 7.210/1984,
que diz que o crime em questão não é hediondo.
DIREITO CIVIL
(D) Certa.
(E) Errada. Vide a decisão do STF na ADI 3807 (rel. min.
CARLOS ELIAS
Cármen Lúcia, 2020), que admite TCO instaurado por
juiz, na forma do art. 48, § 3º e 4º, da Lei 11.343/2006.
36
Assinale a alternativa incorreta.
(A) Na união estável, a alteração do regime de bens pode
35
ser retroativa, desde que feita por escritura pública
Sobre a Lei n. 9.807/1999, que legisla sobre proteção a
pelos conviventes.
vítimas e testemunhas, assinale a alternativa incorreta:
(B) As pessoas jurídicas de direito público interno são ci-
(A) Estão excluídos da proteção os indivíduos cuja perso-
vilmente responsáveis por atos dos seus agentes que
nalidade ou conduta seja incompatível com as restri-
nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalva-
ções de comportamento exigidas pelo programa, os
do direito regressivo contra os causadores do dano,
condenados que estejam cumprindo pena e os indi-
se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
ciados ou acusados sob prisão cautelar em qualquer
(C) A impossibilidade inicial do objeto não invalida o
de suas modalidades.
negócio jurídico se for relativa ou se cessar antes de
(B) A solicitação objetivando ingresso no programa po-
realizada a condição a que ele estiver subordinado.
derá ser encaminhada ao órgão executor pelo inte-
(D) Em se tratando de obrigação de dar coisa certa, se
ressado; por representante do Ministério Público;
para o melhoramento, ou aumento, empregou o de-
pela autoridade policial que conduz a investigação
vedor trabalho ou dispêndio, o caso se regulará pelas
criminal; pelo juiz competente para a instrução do
normas do Código Civil atinentes às benfeitorias rea-
processo criminal; ou por órgãos públicos e entida-
lizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé.
des com atribuições de defesa dos direitos humanos.
(E) Os efeitos da sentença que reduz, majora ou exonera
(C) Não é possível a utilização de “testemunhas sem ros-
o alimentante do pagamento retroagem à data da ci-
to”, com base na referida lei, tendo em vista a viola-
tação, vedadas a compensação e a repetibilidade.
ção do direito ao contraditório.
(D) O indiciado ou acusado que colaborar voluntaria-
Letra a.
mente com a investigação policial e o processo cri-
(A) Errado. Alteração de regime de bens não pode retro-
minal na identificação dos demais coautores ou par-
agir, conforme STJ. Os demais itens estão de acordo com
tícipes do crime, na localização da vítima com vida e
a jurisprudência. Veja:
na recuperação total ou parcial do produto do crime,
no caso de condenação, terá pena reduzida de um a
CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA E DAS
dois terços.
SUCESSÕES. (...) CELEBRAÇÃO DE ESCRITURA PÚBLI-
(E) Terão prioridade na tramitação o inquérito e o pro-
CA DE INCOMUNICABILIDADE PATRIMONIAL COM
cesso criminal em que figure indiciado, acusado,
EFICÁCIA RETROATIVA. IMPOSSIBILIDADE, POIS CON-
vítima ou réu colaboradores, vítima ou testemunha
FIGURADA A ALTERAÇÃO DE REGIME COM EFICÁCIA
protegidas pelos programas de proteção da Lei n.
EX-TUNC, AINDA QUE SOB O RÓTULO DE MERA DE-
9.807/1999.
CLARAÇÃO DE FATO PRÉ-EXISTENTE. (...)
Letra c.
(STJ, REsp 1845416/MS, Rel. Ministro MARCO AURÉ-
(A) Certa. Vide o art. 2º, § 2º, da Lei n. 9.807/1999.
LIO BELLIZZE, Rel. p/ Acórdão Ministra NANCY ANDRI-
(B) Certa. Vide o art. 5º da Lei.
GHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 17/08/2021, DJe
24/08/2021)
Ministério Público do Estado de Goiás
(B) Certo. É o art. 43, CC:
Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público interno
são civilmente responsáveis por atos dos seus agen-
tes que nessa qualidade causem danos a terceiros,
ressalvado direito regressivo contra os causadores do
dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.
(C) Certo. Veja art. 106 do CC:
Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto não in-
valida o negócio jurídico se for relativa, ou se ces-
sar antes de realizada a condição a que ele estiver
subordinado.
(D) Certo. É o art. 242, CC:
Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento,
empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o caso
se regulará pelas normas deste Código atinentes
às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé
ou de má-fé.
Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, ob-
servar-se-á, do mesmo modo, o disposto neste Códi-
go, acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé.
(E) Certo. É a Súmula 621/STJ: Os efeitos da sentença
que reduz, majora ou exonera o alimentante do paga-
mento retroagem à data da citação, vedadas a compen-
sação e a repetibilidade.
37 validade de ato, contrato, ajuste, processo ou nor-
Assinale a alternativa incorreta.
(A) O agente público responderá pessoalmente por suas
decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou
erro grosseiro.
(B) Na interpretação de normas sobre gestão pública,
serão considerados os obstáculos e as dificuldades
reais do gestor e as exigências das políticas públicas
a seu cargo, ainda que em prejuízo dos direitos dos
administrados.
(C) Em decisão sobre regularidade de conduta ou va-
lidade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma
administrativa, serão consideradas as circunstâncias
práticas que houverem imposto, limitado ou condi-
cionado a ação do agente.
(D) Na aplicação de sanções, serão consideradas a na-
tureza e a gravidade da infração cometida, os danos
que dela provierem para a administração pública, as
circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antece-
dentes do agente.
(E) A decisão administrativa, controladora ou judicial
que estabelecer interpretação ou orientação nova
sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
novo dever ou novo condicionamento de direito, de-
verá prever regime de transição quando indispensá-
vel para que o novo dever ou condicionamento de
direito seja cumprido de modo proporcional, equâni-
me e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais.
Letra b.
É a alternativa condizente com os seguintes arti-
gos da LINDB:
Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa,
controladora ou judicial, decretar a invalidação de
ato, contrato, ajuste, processo ou norma administra-
tiva deverá indicar de modo expresso suas consequ-
ências jurídicas e administrativas. (Incluído pela Lei n.
13.655, de 2018) (Regulamento)
Parágrafo único. A decisão a que se refere o  ca-
put deste artigo deverá, quando for o caso, indicar as
condições para que a regularização ocorra de modo
proporcional e equânime e sem prejuízo aos interes-
ses gerais, não se podendo impor aos sujeitos atingi-
dos ônus ou perdas que, em função das peculiarida-
des do caso, sejam anormais ou excessivos. (Incluído
pela Lei n. 13.655, de 2018)
Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão
pública, serão considerados os obstáculos e as difi-
culdades reais do gestor e as exigências das políticas
públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos ad-
ministrados. (Regulamento)
§ 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou
ma administrativa, serão consideradas as circuns-
tâncias práticas que houverem imposto, limitado ou
condicionado a ação do agente. (Incluído pela Lei n.
13.655, de 2018) 
§ 2º Na aplicação de sanções, serão consideradas a
natureza e a gravidade da infração cometida, os da-
nos que dela provierem para a administração pú-
blica, as circunstâncias agravantes ou atenuantes
e os antecedentes do agente. (Incluído pela Lei n.
13.655, de 2018)
§ 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em
conta na dosimetria das demais sanções de mesma
natureza e relativas ao mesmo fato.
Art. 23. A decisão administrativa, controladora ou
judicial que estabelecer interpretação ou orienta-
ção nova sobre norma de conteúdo indeterminado,
impondo novo dever ou novo condicionamento de
direito, deverá prever regime de transição quando
indispensável para que o novo dever ou condiciona-
mento de direito seja cumprido de modo proporcio-
Ministério Público do Estado de Goiás
nal, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interes-
ses gerais. (Regulamento)
Parágrafo único. (VETADO).
Art. 26. Para eliminar irregularidade, incerteza jurí-
dica ou situação contenciosa na aplicação do direito
público, inclusive no caso de expedição de licença,
a autoridade administrativa poderá, após oitiva do
órgão jurídico e, quando for o caso, após realização
de consulta pública, e presentes razões de relevante
interesse geral, celebrar compromisso com os inte-
ressados, observada a legislação aplicável, o qual só
produzirá efeitos a partir de sua publicação oficial.
(Incluído pela Lei n. 13.655, de 2018) (Regulamento)
§ 1º O compromisso referido no caput deste artigo:
(Incluído pela Lei n. 13.655, de 2018)
I – buscará solução jurídica proporcional, equânime,
eficiente e compatível com os interesses gerais; (In-
cluído pela Lei n. 13.655, de 2018)
II – (VETADO); (Incluído pela Lei n. 13.655, de 2018)
III – não poderá conferir desoneração permanen-
te de dever ou condicionamento de direito reco-
nhecidos por orientação geral; (Incluído pela Lei n.
13.655, de 2018)
IV – deverá prever com clareza as obrigações das par-
tes, o prazo para seu cumprimento e as sanções apli-
cáveis em caso de descumprimento. (Incluído pela Lei
n. 13.655, de 2018)
§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei n. 13.655, de 2018)
Art. 28. O agente público responderá pessoalmente
por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de
dolo ou erro grosseiro.
38 econômico.
Assinale a alternativa incorreta:
(A) A ocupação indevida de bem público por pessoa
de boa-fé autoriza a retenção ou a indenização por
acessões e benfeitoria.
(B) Os registros de propriedade particular de imóveis
situados em terrenos de marinha não são oponí-
veis à União.
(C) É admissível a oposição de embargos de terceiro fun-
dados em alegação de posse advinda do compromis-
so de compra e venda de imóvel, ainda que despro-
vido do registro.
(D) A falta de registro do compromisso de compra e ven-
da não dispensa a prévia interpelação para constituir
em mora o devedor.
(E) São imprescritíveis as ações indenizatórias por danos
morais e materiais decorrentes de atos de persegui-
ção política com violação de direitos fundamentais
ocorridos durante o regime militar. 
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
Letra a.
É a alternativa condizente com as seguintes súmulas:
Súmula 619/STJ: A ocupação indevida de bem públi-
co configura mera detenção, de natureza precária, in-
suscetível de retenção ou indenização por acessões e
benfeitorias.
Súmula 496/STJ: Os registros de propriedade particu-
lar de imóveis situados em terrenos de marinha não
são oponíveis à União.
Súmula 84/STJ: É admissível a oposição de embargos
de terceiro fundados em alegação de posse advinda
do compromisso de compra e venda de imóvel, ainda
que desprovido do registro.
Súmula 647/STJ: São imprescritíveis as ações indeni-
zatórias por danos morais e materiais decorrentes de
atos de perseguição política com violação de direitos
fundamentais ocorridos durante o regime militar.
Súmula 76/STJ: A falta de registro do compromisso
de compra e venda de imóvel não dispensa a prévia
interpelação para constituir em mora o devedor.
39
Assinale a alternativa correta:
(A) Considera-se imóvel, para os efeitos legais, o direito
à sucessão aberta, e móveis os materiais proviso-
riamente separados de um prédio, para nele se re-
empregarem.
(B) Constitui universalidade de fato o complexo de re-
lações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor
(C) São pertenças os bens que, constituindo partes inte-
grantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao
serviço ou ao aformoseamento de outro.
(D) O bem integrante de herança jacente só passa a ser
de propriedade do Poder Público com a sentença de
declaração da vacância, podendo, até ali, adquirido
por usucapião.
(E) Aquele que possuir, como sua, área urbana de até
quinhentos metros quadrados, por cinco anos inin-
terruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio,
desde que não seja proprietário de outro imóvel ur-
bano ou rural.
Letra d.
É a alternativa condizente com os seguintes artigos do
CC e precedente do STJ:
Ministério Público do Estado de Goiás
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I – as energias que tenham valor econômico;
II – os direitos reais sobre objetos móveis e as ações
correspondentes;
III – os direitos pessoais de caráter patrimonial e res-
pectivas ações.
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade
de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa,
tenham destinação unitária.
Parágrafo único. Os bens que formam essa universali-
dade podem ser objeto de relações jurídicas próprias.
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo
partes integrantes, se destinam, de modo duradouro,
ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo
partes integrantes, se destinam, de modo duradouro,
ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro.
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urba-
na de até duzentos e cinquenta metros quadrados,
por cinco anos ininterruptamente e sem oposição,
utilizando-a para sua moradia ou de sua família, ad-
quirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietá-
rio de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º O título de domínio e a concessão de uso serão
conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, inde-
pendentemente do estado civil.
§ 2º  O direito previsto no parágrafo antecedente
não será reconhecido ao mesmo possuidor mais
de uma vez.
AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
HERANÇA JACENTE. USUCAPIÃO. FALTA DE ARGU-
MENTOS NOVOS, MANTIDA A DECISÃO ANTERIOR.
MATÉRIA JÁ PACIFICADA NESTA CORTE. INCIDÊNCIA
DA SÚMULA 83.
(...)
II – O bem integrante de herança jacente só é devolvi-
do ao Estado com a sentença de declaração da vacân-
cia, podendo, até ali, ser possuído ad usucapionem.
Incidência da Súmula 83/STJ.
Agravo improvido.
AgRg no Ag 1212745/RJ, Rel. Ministro SIDNEI BENE-
TI, TERCEIRA TURMA, julgado em 19/10/2010, DJe
03/11/2010)
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
40
A perda do bem adquirido em contrato oneroso, em fun-
ção de sentença que atribui a titularidade deste a tercei-
ro, acarreta:
(A) vício redibitório.
(B) vício do produto.
(C) evicção.
(D) exceção de contrato não cumprido.
(E) cláusula solve et repete.
Letra c.
Questão define evicção, que é disciplinada no art.
447 do CC:
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante respon-
de pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a
aquisição se tenha realizado em hasta pública.
41
Assinale a alternativa incorreta.
(A) O testamento público precisa de três testemunhas.
(B) Ao cego só se permite o testamento público.
(C) São nulos os fideicomissos além do segundo grau.
(D) Rompe-se também o testamento feito na ignorância
de existirem outros herdeiros necessários.
(E) Podem testar os maiores de dezesseis anos.
Letra a.
Ao contrário do dito na alternativa “A”, o testamento
público precisa de duas testemunhas (art. 1.864, II, CC).
As demais questões condizem com o texto legal. Veja os
dispositivos:
Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar
os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno dis-
cernimento.
Parágrafo único. Podem testar os maiores de de-
zesseis anos.
Art. 1.864. São requisitos essenciais do testamen-
to público:
I – ser escrito por tabelião ou por seu substituto legal
em seu livro de notas, de acordo com as declarações
do testador, podendo este servir-se de minuta, notas
ou apontamentos;
II – lavrado o instrumento, ser lido em voz alta pelo
tabelião ao testador e a duas testemunhas, a um só
tempo; ou pelo testador, se o quiser, na presença des-
tas e do oficial;
III – ser o instrumento, em seguida à leitura, assinado
pelo testador, pelas testemunhas e pelo tabelião.
Ministério Público do Estado de Goiás 1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto

Art. 1.867. Ao cego só se permite o testamento públi- to dessa presunção, ressalvados os regimes jurídi-
co, que lhe será lido, em voz alta, duas vezes, uma pelo cos previstos em leis especiais, garantido também
tabelião ou por seu substituto legal, e a outra por uma que: (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
das testemunhas, designada pelo testador, fazendo-se I – as partes negociantes poderão estabelecer parâ-
de tudo circunstanciada menção no testamento. metros objetivos para a interpretação das cláusulas
negociais e de seus pressupostos de revisão ou de re-
Art. 1.959. São nulos os fideicomissos além do se- solução; (Incluído pela Lei n. 13.874, de 2019)
gundo grau. II – a alocação de riscos definida pelas partes deve
ser respeitada e observada; e  (Incluído pela Lei n.
Art. 1.974. Rompe-se também o testamento feito na 13.874, de 2019)
ignorância de existirem outros herdeiros necessários. III – a revisão contratual somente ocorrerá de manei-
ra excepcional e limitada.
42
Assinale a alternativa incorreta. Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evic-
(A) A prescrição intercorrente observará o mesmo prazo ção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.
de prescrição da pretensão.
(B) O dolo de aproveitamento é requisito da lesão. DIREITO PROCESSUAL CIVIL
(C) O devedor somente pode compensar com o credor
GUSTAVO ALVES
o que este lhe dever; mas o fiador pode compensar
sua dívida com a de seu credor ao afiançado.
43
(D) Não pode o adquirente demandar pela evicção, se
No cumprimento definitivo de sentença que reconhece
sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.
a exigibilidade de obrigação de pagar quantia certa, o
(E) Os contratos civis e empresariais presumem-se paritá-
executado foi intimado a pagar o débito. Findo o prazo
rios e simétricos até a presença de elementos concre-
para pagamento voluntário, o executado poderá apre-
tos que justifiquem o afastamento dessa presunção.
sentar impugnação, na qual é lícito alegar
(A) excesso de execução sem a indicação do valor que o
Letra b.
executado entenda ser o correto.
A lesão não exige dolo de aproveitamento, ou seja, a
(B) prescrição do direito invocado, não alegada na res-
ciência da situação de premente necessidade ou de
posta da fase de conhecimento.
inexperiência (art. 157, CC). Isso faz a alternativa “B” o
(C) inexigibilidade da obrigação reconhecida no título
gabarito. As demais alternativas condizem com o texto
executivo judicial, se esta estiver fundada em lei con-
legal. Veja:
siderada inconstitucional pelo STF, proferida antes
do trânsito em julgado da decisão exequenda.
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob pre-
(D) incompetência absoluta do juízo da fase de co-
mente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a
nhecimento.
prestação manifestamente desproporcional ao valor
(E) nulidade da citação não alegada pelo réu na fase de
da prestação oposta.
conhecimento.
§ 1 o Aprecia-se a desproporção das prestações segun-
do os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado
Letra c.
o negócio jurídico.
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem
§ 2  o  Não se decretará a anulação do negócio, se for
o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze)
oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favo-
dias para que o executado, independentemente de pe-
recida concordar com a redução do proveito.
nhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos,
sua impugnação.
Art. 206-A. A prescrição intercorrente observará o
§ 1º Na impugnação, o executado poderá alegar:
mesmo prazo de prescrição da pretensão. 
I – falta ou nulidade da citação se, na fase de conheci-
mento, o processo correu à revelia;
Art. 371. O devedor somente pode compensar com o
II – ilegitimidade de parte;
credor o que este lhe dever; mas o fiador pode com-
III – inexequibilidade do título ou inexigibilidade da
pensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado.
obrigação;
IV – penhora incorreta ou avaliação errônea;
Art. 421-A. Os contratos civis e empresariais presu-
V – excesso de execução ou cumulação indevida de
mem-se paritários e simétricos até a presença de
execuções;
elementos concretos que justifiquem o afastamen-
Ministério Público do Estado de Goiás
VI – incompetência absoluta ou relativa do juízo
da execução;
VII – qualquer causa modificativa ou extintiva da obriga-
ção, como pagamento, novação, compensação, transa-
ção ou prescrição, desde que supervenientes à sentença.
44 que entre eles não haja conexão.
Considere os enunciados seguintes, referentes à peti-
ção inicial:
I – Na ação que tiver por objeto cumprimento de obri-
gação em prestações sucessivas, essas serão con-
sideradas incluídas no pedido, independentemente
de declaração expressa do autor, e serão incluídas
na condenação, enquanto durar a obrigação, se o
devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las
ou de consigná-las.
II – O pedido deve ser determinado, sendo lícito porém
formular pedido genérico, dentre outras hipóteses,
se não for possível determinar, desde logo, as con-
sequências do ato ou do fato, ou ainda, nas ações
universais, se o autor não puder individuar os bens
demandados.
III – É lícita a cumulação em um único processo, contra
o mesmo réu, de vários pedidos, desde que entre
eles haja conexão ou continência.
IV – Na obrigação indivisível com pluralidade de credo-
res, aquele que não participou do processo não po-
derá receber sua parte, salvo em ação autônoma.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) II e III.
(B) II e IV.
(C) I e II.
(D) I e IV.
(E) I, III e IV.
Letra c.
I – Certo. Art. 323. Na ação que tiver por objeto cum-
primento de obrigação em prestações sucessivas, essas
serão consideradas incluídas no pedido, independente-
mente de declaração expressa do autor, e serão inclu-
ídas na condenação, enquanto durar a obrigação, se o
devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de
consigná-las.
II – Certo. Art. 324. O pedido deve ser determinado.
§ 1º É lícito, porém, formular pedido genérico:
I – nas ações universais, se o autor não puder individuar
os bens demandados;
II – quando não for possível determinar, desde logo, as
consequências do ato ou do fato;
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
III – quando a determinação do objeto ou do valor da
condenação depender de ato que deva ser praticado
pelo réu..
III – Errado. Art. 327. É lícita a cumulação, em um único
processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda
IV – Errado. Art. 328. Na obrigação indivisível com plu-
ralidade de credores, aquele que não participou do pro-
cesso receberá sua parte, deduzidas as despesas na pro-
porção de seu crédito..
45
A tutela da evidência:
(A) em nenhuma hipótese, admite concessão de limi-
nar judicial.
(B) depende de demonstração de perigo de dano e pro-
babilidade do direito invocado.
(C) depende de demonstração de risco ao resultado útil
do processo.
(D) não pode ser concedida se dependente de prova do-
cumental dos fatos constitutivos do direito do autor,
ainda que o réu não oponha objeção capaz de gerar
dúvida razoável.
(E) será concedida, entre outras hipóteses, se as alega-
ções de fato puderem ser comprovadas apenas do-
cumentalmente e houver tese firmada em julgamen-
to de casos repetitivos ou em súmula vinculante.
Letra e.
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, indepen-
dentemente da demonstração de perigo de dano ou de
risco ao resultado útil do processo, quando:
I – ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o
manifesto propósito protelatório da parte;
II – as alegações de fato puderem ser comprovadas ape-
nas documentalmente e houver tese firmada em julga-
mento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III – se tratar de pedido reipersecutório fundado em pro-
va documental adequada do contrato de depósito, caso
em que será decretada a ordem de entrega do objeto
custodiado, sob cominação de multa;
IV – a petição inicial for instruída com prova documen-
tal suficiente dos fatos constitutivos do direito do au-
tor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvi-
da razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz
poderá decidir liminarmente.
Ministério Público do Estado de Goiás
46 47
Em relação à jurisdição, é correto afirmar que
(A) ao se dizer que a lei não excluirá da apreciação ju-
risdicional ameaça ou lesão a direito, o ordena-
mento jurídico processual refere-se ao princípio da
investidura.
(B) à jurisdição voluntária não se aplicam as garantias
fundamentais do processo, pela inexistência de lide
e pela possibilidade de se julgar por equidade.
(C) viola o princípio do Juiz natural a criação de mutirões
de sentença.
(D) só haverá atividade jurisdicional relativa à disciplina
e às competições desportivas após esgotarem-se as
instâncias da justiça desportiva reguladas em lei.
(E) A arbitragem é um equivalente jurisdicional, que po-
derá ser imposto às partes.
Letra d.
(A) Trata-se do princípio da indeclinabilidade ou inafas-
tabilidade do controle jurisdicional.
(B) Todas as garantias processuais serão aplicadas à ju-
risdição voluntária, ainda que com características distin-
tas da jurisdição contenciosa.
(C) É firme o entendimento desta Corte no sentido de
que o princípio do juiz natural não tem caráter absoluto,
podendo o juiz titular ser substituído nas hipóteses do
art. 132 do CPC/73, em cujo rol está incluída a expres-
são afastado por qualquer outro motivo, que admite o
afastamento do magistrado em decorrência do regime
de exceção ou mutirão para agilização da prestação ju-
risdicional. (AgInt no REsp 1591302 / BA, STJ, 3ª Turma,
Rel. Min. Moura Ribeiro, DJe 27/04/2017)
(D) Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas des-
portivas formais e não-formais, como direito de cada
um, observados:
§ 1º O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à dis-
ciplina e às competições desportivas após esgotarem-se
as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.
(E) Art. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional
ameaça ou lesão a direito.
§ 1º É permitida a arbitragem, na forma da lei.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
De acordo com a jurisprudência dominante dos Tribu-
nais Superiores, é incorreto afirmar que:
(A) o Ministério Público Federal não possui legitimidade
para propor ação civil pública a fim de debater a co-
brança de encargos bancários supostamente abusi-
vos praticados por instituições financeiras privadas.
(B) a desistência da execução pelo credor, em razão da
inexistência de bens penhoráveis, não rende ensejo
à condenação do exequente em honorários advoca-
tícios na vigência do novo CPC.
(C) o rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitiga-
da, por isso admite a interposição de agravo de ins-
trumento quando verificada a urgência decorrente
da inutilidade do julgamento da questão no recurso
de apelação.
(D) conforme entendimento do STJ, para a formalização
da pretensão e análise do pedido de suspensão de
segurança, basta o requerimento em simples petição
dirigida ao presidente do tribunal ao qual couber o
conhecimento de recurso na causa principal, consi-
derando que não há requisitos formais a serem pre-
enchidos pelo pedido.
(E) conforme entendimento do STJ, a comprovação de
feriado local não poderá ser feita após a interposição
do recurso.
Letra a.
(A) Errado. Justificativa: REsp 1.573.723-RS, julgado
em 10/12/2019, Tema: Ação Civil Pública. Práticas su-
postamente abusivas. Instituições financeiras privadas.
Ministério Público Federal. Legitimidade ativa. (Infor-
mativo 0662)
(B) Certo. Desistência da execução. Ausência de bens
penhoráveis. Honorários advocatícios. Não cabimento.
REsp 1.675.741/PR (Informativo 653)
(C) O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada,
por isso admite a interposição de agravo de instrumento
quando verificada a urgência decorrente da inutilidade
do julgamento da questão no recurso de apelação. REsp
1.704.520-MT, Rel. Min. Nancy Andrighi, Corte Especial,
por maioria, julgado em 05/12/2018, DJe 19/12/2018
(Tema 988)
(D) AgInt no AgInt na SLS 2.116-MG, Rel. Min. Lauri-
ta Vaz, por unanimidade, julgado em 07/11/2018, DJe
26/02/2019. Tema: Suspensão de liminar e de sentença.
Legislação de regência. Ausência de requisitos formais.
Simples petição dirigida ao Presidente do Tribunal Com-
petente. Possibilidade. (informativo 644)
(E) REsp 1.813.684-SP, Rel. Min. Raul Araújo, Rel. Acd.
Min. Luis Felipe Salomão, Corte Especial, por unanimida-
de, julgado em 02/10/2019, DJe 18/11/2019. Tema: Re-
curso. Tempestividade. Feriado local. Comprovação no
ato de interposição do recurso. Modulação dos efeitos.
Ministério Público do Estado de Goiás
Necessidade. Aplicação dos princípios da segurança jurí-
dica e da proteção da confiança. Destaque: É necessária
a comprovação de feriado local no ato de interposição
do recurso, sendo aplicável os efeitos desta decisão tão
somente aos recursos interpostos após a publicação do
REsp 1.813.684/SP. (informativo 660)
48 nha havido no processo o emprego anterior de ou-
Sobre a tutela provisória, de acordo com o Código de
Processo Civil, é correto afirmar que:
(A) concedida a tutela antecipada requerida em caráter
antecedente, o autor deverá aditar a petição inicial,
com a complementação de sua argumentação, a jun-
tada de novos documentos e a confirmação do pedi-
do de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro
prazo maior que o juiz fixar.
(B) no procedimento da tutela cautelar requerida em
caráter antecedente, o réu será citado para, no pra-
zo de 15 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as
provas que pretende produzir.
(C) todas as hipóteses da tutela da evidência compor-
tam apreciação liminar pela autoridade judiciária.
(D) o direito de rever, reformar ou invalidar a tutela an-
tecipada estabilizada, extingue-se após dois anos,
contados da concessão da tutela de urgência.
(E) a tutela de evidência poderá se estabilizar, quando
concedida em caráter antecedente.
Letra a.
(A) Art. 303 (...), § 1º Concedida a tutela antecipada a
que se refere o caput deste artigo:
I – o autor deverá aditar a petição inicial, com a comple-
mentação de sua argumentação, a juntada de novos do-
cumentos e a confirmação do pedido de tutela final, em
15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar;
(B) Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco)
dias, contestar o pedido e indicar as provas que preten-
de produzir.
(C) Art. 311 (...), parágrafo único. Nas hipóteses dos in-
cisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
(D) Art. 304 (...), § 5º O direito de rever, reformar ou in-
validar a tutela antecipada, previsto no § 2º deste artigo,
extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da
decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1º.
(E) A tutela de evidência só pode ser concedida em cará-
ter incidente e nunca se estabiliza.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
49
No dia e na hora designados, o juiz declarará aberta a
audiência de instrução e julgamento e mandará apre-
goar as partes e os respectivos advogados, bem como
outras pessoas que dela devam participar. Instalada a
audiência,
(A) o juiz tentará conciliar as partes, desde que não te-
tros métodos de solução consensual de conflitos.
(B) as provas orais serão produzidas em audiência, ou-
vindo-se, nesta ordem, preferencialmente, peritos e
assistentes técnicos, autor, réu e testemunhas arro-
ladas pelas partes.
(C) incumbe ao juiz manter a ordem e o decoro, sendo
incumbência do secretário registrar em ata, com
exatidão, todos os requerimentos apresentados
em audiência.
(D) qualquer das partes poderá gravar a audiência, des-
de que haja autorização judicial, observados os re-
quisitos legais.
(E) será adiada por atraso superior a 1 (uma) hora.
Letra b.
(A) Art. 359. Instalada a audiência, o juiz tentará conci-
liar as partes, independentemente do emprego anterior
de outros métodos de solução consensual de conflitos,
como a mediação e a arbitragem.
(B) Art. 361. As provas orais serão produzidas em audi-
ência, ouvindo-se nesta ordem, preferencialmente: I – o
perito e os assistentes técnicos, que responderão aos
quesitos de esclarecimentos requeridos no prazo e na
forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente
por escrito; II – o autor e, em seguida, o réu, que pres-
tarão depoimentos pessoais; III – as testemunhas arrola-
das pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas.
(C) Art. 360. O juiz exerce o poder de polícia, incumbin-
do-lhe: I – manter a ordem e o decoro na audiência; II
– ordenar que se retirem da sala de audiência os que
se comportarem inconvenientemente; III – requisitar,
quando necessário, força policial; IV – tratar com urbani-
dade as partes, os advogados, os membros do Ministério
Público e da Defensoria Pública e qualquer pessoa que
participe do processo; V – registrar em ata, com exatidão,
todos os requerimentos apresentados em audiência.
(D) Art. 365 (...), § 5º A audiência poderá ser integral-
mente gravada em imagem e em áudio, em meio digital
ou analógico, desde que assegure o rápido acesso das
partes e dos órgãos julgadores, observada a legislação
específica. § 6º A gravação a que se refere o § 5º tam-
bém pode ser realizada diretamente por qualquer das
partes, independentemente de autorização judicial.
(E) Art. 362. A audiência poderá ser adiada: (...) III – por
atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30
(trinta) minutos do horário marcado.
Ministério Público do Estado de Goiás 1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto

50 TUTELA DOS INTERESSES DIFUSOS,

No que diz respeito às respostas do réu, assinale a alter- COLETIVOS E INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
nativa incorreta.
NILTON CARLOS
(A) Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção
para manifestar pretensão própria, conexa com a
51
ação principal ou com o fundamento da defesa.
Com base na Lei de Ação Civil Pública e jurisprudência na
(B) A desistência da ação ou a ocorrência de causa extin-
área ambiental, assinale a alternativa incorreta.
tiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao
(A) As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro
prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá compe-
(C) A reconvenção pode ser proposta contra o autor e
tência funcional para processar e julgar a causa.
contra terceiro.
(B) A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo
(D) O réu pode propor reconvenção independentemen-
para todas as ações posteriormente intentadas que
te de contestação.
possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.
(E) A reconvenção pode ser proposta pelo réu, mas nun-
(C) A ação civil poderá ter por objeto a condenação em
ca em litisconsórcio com terceiro.
dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou
não fazer, alternativamente.
Letra e.
(D) Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins desta
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor recon-
Lei, objetivando, inclusive, evitar dano ao patrimônio
venção para manifestar pretensão própria, conexa com
público e social, ao meio ambiente, ao consumidor,
a ação principal ou com o fundamento da defesa.
à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou
§ 1º Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na
religiosos, à ordem urbanística ou aos bens e direi-
pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no
tos de valor artístico, estético, histórico, turístico e
prazo de 15 (quinze) dias.
paisagístico.
§ 2º A desistência da ação ou a ocorrência de causa ex-
(E) Fica facultado ao Poder Público e a outras associa-
tintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao
ções legitimadas nos termos deste artigo habilitar-se
prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
como litisconsortes de qualquer das partes.
§ 3º A reconvenção pode ser proposta contra o autor
e terceiro.
Letra b.
§ 4º A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litis-
Súmula n. 629: “Quanto ao dano ambiental, é admitida
consórcio com terceiro.
a condenação do réu à obrigação de fazer ou à de não
§ 5º Se o autor for substituto processual, o reconvinte
fazer cumulada com a de indenizar”.
deverá afirmar ser titular de direito em face do substi-
Sobre as demais alternativas:
tuído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do
autor, também na qualidade de substituto processual.
Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas
§ 6º O réu pode propor reconvenção independentemen-
no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá
te de oferecer contestação
competência funcional para processar e julgar a causa.
Parágrafo único A propositura da ação prevenirá a ju-
risdição do juízo para todas as ações posteriormente
intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou
o mesmo objeto. (Incluído pela Medida provisória n.
2.180-35, de 2001)

Art. 3º A ação civil poderá ter por objeto a condena-

ção em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de
fazer ou não fazer.

Art. 4º Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins

desta Lei, objetivando, inclusive, evitar dano ao patri-
mônio público e social, ao meio ambiente, ao consu-
midor, à honra e à dignidade de grupos raciais, étni-
cos ou religiosos, à ordem urbanística ou aos bens e
direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico
e paisagístico.
Ministério Público do Estado de Goiás
§ 2º Fica facultado ao Poder Público e a outras asso-
ciações legitimadas nos termos deste artigo habilitar-
-se como litisconsortes de qualquer das partes.
Com base na Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964,
a qual estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal,
julgue o item.
52 em lei, de acordo com a conduta ou o ato praticado.
Integrarão a Lei de Orçamento, exceto:
(A) Sumário geral da receita por fontes e da despesa por
funções do Governo.
(B) Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segun-
do as Categorias Econômicas, na forma do Anexo n. 1.
(C) Quadro discriminativo da receita por fontes e respec-
tiva legislação.
(D) Quadro das dotações por órgãos do Governo e da
Administração.
(E) Plano Plurianual, com discriminação dos gastos
e receitas.
Letra e.
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da
receita e despesa de forma a evidenciar a política eco-
nômica financeira e o programa de trabalho do Gover-
no, obedecidos os princípios de unidade universalidade
e anualidade.
§ 1° Integrarão a Lei de Orçamento:
I – Sumário geral da receita por fontes e da despesa por
funções do Governo;
II – Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segun-
do as Categorias Econômicas, na forma do Anexo n. 1;
III – Quadro discriminativo da receita por fontes e res-
pectiva legislação;
IV – Quadro das dotações por órgãos do Governo e da
Administração.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
53
Com base na Resolução n. 179, de 26 de julho de 2017, a
qual regulamenta o § 6º do art. 5º da Lei n. 7.347/1985,
disciplinando, no âmbito do Ministério Público, a toma-
da do compromisso de ajustamento de conduta, assina-
le a alternativa correta.
(A) É cabível o compromisso de ajustamento de conduta
nas hipóteses configuradoras de improbidade admi-
nistrativa, sem prejuízo do ressarcimento ao erário e
da aplicação de uma ou algumas das sanções previstas
(B) A celebração do compromisso de ajustamento de
conduta com o Ministério Público afasta a eventu-
al responsabilidade administrativa ou penal pelo
mesmo fato,
(C) Caberá ao órgão do Ministério Público com atribui-
ção para a celebração do compromisso de ajusta-
mento de conduta realizar audiências públicas com a
participação dos titulares dos direitos, entidades que
os representem ou demais interessados, sempre que
houver solicitação por 50 ou mais pessoas.
(D) No exercício de suas atribuições, deverá o órgão do
Ministério Público tomar compromisso de ajusta-
mento de conduta para a adoção de medidas provi-
sórias ou definitivas, parciais ou totais.
(E) Na hipótese de adoção de medida provisória ou par-
cial, a investigação deverá continuar em relação aos
demais aspectos da questão, sem exceção.
Letra a.
Art. 1º, § 2º É cabível o compromisso de ajustamento de
conduta nas hipóteses configuradoras de improbidade
administrativa, sem prejuízo do ressarcimento ao erário
e da aplicação de uma ou algumas das sanções previstas
em lei, de acordo com a conduta ou o ato praticado.
§ 3º A celebração do compromisso de ajustamento de
conduta com o Ministério Público não afasta, necessa-
riamente, a eventual responsabilidade administrativa
ou penal pelo mesmo fato, nem importa, automatica-
mente, no reconhecimento de responsabilidade para
outros fins que não os estabelecidos expressamente no
compromisso.
§ 4º Caberá ao órgão do Ministério Público com atribui-
ção para a celebração do compromisso de ajustamento
de conduta decidir quanto à necessidade, conveniência
e oportunidade de reuniões ou audiências públicas com
a participação dos titulares dos direitos, entidades que
os representem ou demais interessados.
Art. 2º No exercício de suas atribuições, poderá o órgão
do Ministério Público tomar compromisso de ajusta-
mento de conduta para a adoção de medidas provisórias
ou definitivas, parciais ou totais.
Ministério Público do Estado de Goiás
Parágrafo único. Na hipótese de adoção de medida
provisória ou parcial, a investigação deverá continuar
em relação aos demais aspectos da questão, ressal-
vada situação excepcional que enseje arquivamento
fundamentado.
Com base no Código de Defesa do Consumidor – CDC,
julgue o item.
54 pedimento de atividade nociva, além de requisição de
Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obri-
gação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela
específica da obrigação ou determinará providências
que assegurem o resultado prático equivalente ao do
adimplemento, exceto:
(A) A conversão da obrigação em perdas e danos so-
mente será admissível se por elas optar o autor ou
se impossível a tutela específica ou a obtenção do
resultado prático correspondente.
(B) A indenização por perdas e danos se fará sem prejuí-
zo da multa (art. 287, do Código de Processo Civil).
(C) Sendo relevante o fundamento da demanda e ha-
vendo justificado receio de ineficácia do provimento
final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente
ou após justificação prévia, citado o réu.
(D) O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença,
impor multa diária ao réu, desde que haja pedido ex-
presso do autor, se for suficiente ou compatível com
a obrigação, fixando prazo razoável para o cumpri-
mento do preceito.
(E) Para a tutela específica ou para a obtenção do resul-
tado prático equivalente, poderá o juiz determinar as
medidas necessárias, tais como busca e apreensão,
remoção de coisas e pessoas, desfazimento de obra,
impedimento de atividade nociva, além de requisi-
ção de força policial.
Letra d.
Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento
da obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a
tutela específica da obrigação ou determinará providên-
cias que assegurem o resultado prático equivalente ao
do adimplemento.
§ 1° A conversão da obrigação em perdas e danos so-
mente será admissível se por elas optar o autor ou se
impossível a tutela específica ou a obtenção do resulta-
do prático correspondente.
§ 2° A indenização por perdas e danos se fará sem prejuí-
zo da multa (art. 287, do Código de Processo Civil).
§ 3° Sendo relevante o fundamento da demanda e ha-
vendo justificado receio de ineficácia do provimento fi-
nal, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou
após justificação prévia, citado o réu.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
§ 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na senten-
ça, impor multa diária ao réu, independentemente de
pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a
obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento
do preceito.
§ 5° Para a tutela específica ou para a obtenção do re-
sultado prático equivalente, poderá o juiz determinar
as medidas necessárias, tais como busca e apreensão,
remoção de coisas e pessoas, desfazimento de obra, im-
força policial.
55
Com base no CDC, assinale a alternativa incorreta:
(A) Nas ações coletivas de que trata este código, a sen-
tença fará coisa julgada erga omnes, exceto se o
pedido for julgado improcedente por insuficiência
de provas, hipótese em que qualquer legitimado po-
derá intentar outra ação, com idêntico fundamento
valendo-se de nova prova, na hipótese de interes-
ses difusos.
(B) Nas ações coletivas de que trata este Código, a sen-
tença fará coisa julgada ultra partes, mas limitada-
mente ao grupo, categoria ou classe, salvo impro-
cedência por insuficiência de provas, nos termos do
inciso anterior, quando se tratar de interesses coleti-
vos em sentido estrito.
(C) Nas ações coletivas de que trata este Código, a sen-
tença fará coisa julgada erga omnes, apenas no caso
de procedência do pedido, para beneficiar todas as
vítimas e seus sucessores, na hipótese de interesses
individuais homogêneos.
(D) Os efeitos da coisa julgada previstos no caso de inte-
resses difusos e coletivos não prejudicarão interesses
e direitos individuais dos integrantes da coletividade,
do grupo, categoria ou classe.
(E) Na hipótese de interesses individuais homogêneos,
em caso de improcedência do pedido, os interes-
sados que tiverem intervindo no processo como li-
tisconsortes poderão propor ação de indenização a
título individual.
Letra e.
Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a
sentença fará coisa julgada:
I – erga omnes, exceto se o pedido for julgado improce-
dente por insuficiência de provas, hipótese em que qual-
quer legitimado poderá intentar outra ação, com idênti-
co fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese
do inciso I do parágrafo único do art. 81;
Ministério Público do Estado de Goiás
II – ultra partes, mas limitadamente ao grupo, catego-
ria ou classe, salvo improcedência por insuficiência de
provas, nos termos do inciso anterior, quando se tra-
tar da hipótese prevista no inciso II do parágrafo único
do art. 81;
III – erga omnes, apenas no caso de procedência do pe-
dido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores,
na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81.
§ 1° Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos I e II
não prejudicarão interesses e direitos individuais dos in-
tegrantes da coletividade, do grupo, categoria ou classe.
§ 2° Na hipótese prevista no inciso III, em caso de im-
procedência do pedido, os interessados que não tiverem
intervindo no processo como litisconsortes poderão pro-
por ação de indenização a título individual.
Com base na Lei de Improbidade Administrativa, julgue
o item.
56 (A) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos
Liberar verba pública sem a estrita observância das nor-
mas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua
aplicação irregular, configura:
(A) ato de improbidade administrativa de enriquecimen-
to ilícito.
(B) ato de improbidade administrativa de prejuízo
ao erário.
(C) ato de improbidade administrativa de violação a
princípios de direito administrativo.
(D) ato de improbidade administrativa decorrentes de
Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Finan-
ceiro ou Tributário.
(E) mera irregularidade administrativa, após a entrada
em vigor da Lei n. 14.230/2021.
Letra b.
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que
causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão dolosa,
que enseje, efetiva e comprovadamente, perda patrimo-
nial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapida-
ção dos bens ou haveres das entidades referidas no art.
1º desta Lei, e notadamente:
XI – liberar verba pública sem a estrita observância das
normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a
sua aplicação irregular;
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
57
Considera-se Área de Preservação Permanente, em zo-
nas rurais ou urbanas, as faixas marginais de 100 (cem)
metros de qualquer curso d’água natural perene e inter-
mitente desde a borda da calha do leito regular, quando
este curso d’água tenha:
(A) menos de 10 (dez) metros de largura.
(B) de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura.
(C) de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura.
(D) de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros
de largura.
(E) largura superior a 600 (seiscentos) metros.
Letra c.
Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente,
em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei:
I – as faixas marginais de qualquer curso d’água natural
perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a
borda da calha do leito regular, em largura mínima de:
de 10 (dez) metros de largura;
(B) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que te-
nham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura;
(C) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham
de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;
(D) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que
tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros
de largura;
(E) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que
tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;
Com base na Lei n. 12.305/2010, responda à questão
a seguir.
58
Estão sujeitos à elaboração de plano de gerenciamento
de resíduos sólidos, os geradores dos seguintes tipos de
resíduos sólidos, exceto: 
(A) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico.
(B) resíduos industriais.
(C) resíduos de serviços de saúde.
(D) resíduos da construção civil.
(E) resíduos de mineração.
Letra d.
Art. 20. Estão sujeitos à elaboração de plano de geren-
ciamento de resíduos sólidos: 
I – os geradores de resíduos sólidos previstos nas alíneas
“e”, “f”, “g” e “k” do inciso I do art. 13; 
e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico:
os gerados nessas atividades, excetuados os referidos na
alínea “c”; 
Ministério Público do Estado de Goiás
f) resíduos industriais: os gerados nos processos produ-
tivos e instalações industriais;  -lhe apressar a produção da prova e promover a respon-
g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos ser-
viços de saúde, conforme definido em regulamento
ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama
e do SNVS;  § 5º É facultado a qualquer cidadão habilitar-se como
h) resíduos da construção civil: os gerados nas constru-
ções, reformas, reparos e demolições de obras de cons-
trução civil, incluídos os resultantes da preparação e es-
cavação de terrenos para obras civis;  condições previstos no art. 7º, inciso II, ficando assegu-
k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de
pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios;  do Ministério Público, dentro do prazo de 90 (noventa)
59 mento da ação.
Com base na Lei de Ação Popular, assinale a alterna-
tiva incorreta.
(A) A ação será proposta contra as pessoas públicas ou
privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra
as autoridades, funcionários ou administradores que
houverem autorizado, aprovado, ratificado ou prati-
cado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem
dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários
diretos dele.
(B) A pessoas jurídica de direito público ou de direito
privado, cujo ato seja objeto de impugnação, poderá
abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao
lado do autor, desde que haja concordância do autor.
(C) O Ministério Público acompanhará a ação, caben-
do-lhe apressar a produção da prova e promover
a responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela
incidirem, sendo-lhe vedado, em qualquer hipó-
tese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos
seus autores.
(D) É facultado a qualquer cidadão habilitar-se como li-
tisconsorte ou assistente do autor da ação popular.
(E)  Se o autor desistir da ação ou der motivo à absolvi-
ção da instância, serão publicados editais nos prazos
e condições previstos no art. 7º, inciso II, ficando as-
segurado a qualquer cidadão, bem como ao repre-
sentante do Ministério Público, dentro do prazo de
90 (noventa) dias da última publicação feita, promo-
ver o prosseguimento da ação.
Letra b.
Art. 6º A ação será proposta contra as pessoas públicas
ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra
as autoridades, funcionários ou administradores que
houverem autorizado, aprovado, ratificado ou pratica-
do o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado
oportunidade à lesão, e contra os beneficiários dire-
tos do mesmo.
§ 3º A pessoas jurídica de direito público ou de direito
privado, cujo ato seja objeto de impugnação, poderá abs-
ter-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do
autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público,
a juízo do respectivo representante legal ou dirigente.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
§ 4º O Ministério Público acompanhará a ação, cabendo-
sabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem, sen-
do-lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa
do ato impugnado ou dos seus autores.
litisconsorte ou assistente do autor da ação popular.
Art. 9º Se o autor desistir da ação ou der motiva à absol-
vição da instância, serão publicados editais nos prazos e
rado a qualquer cidadão, bem como ao representante
dias da última publicação feita, promover o prossegui-
Com base na Lei n. 13.465/2017, julgue o item.
60
O usuário de serviço público tem direito à adequada
prestação dos serviços, devendo os agentes públicos
e prestadores de serviços públicos observar a seguin-
te diretriz:
(A) atendimento por ordem de chegada, ressalvados
casos de urgência e aqueles em que houver possibi-
lidade de agendamento, asseguradas as prioridades
legais às pessoas com deficiência, aos idosos, às ges-
tantes, às lactantes e às pessoas acompanhadas por
crianças de colo.
(B) presunção de boa-fé do prestador do serviço.
(C) igualdade no tratamento aos usuários, permitida,
apenas, a discriminação e razão do sexo, idade, raça
ou religião.
(D) adoção de medidas visando a proteção à saúde e ao
patrimônio e a segurança dos usuários e do presta-
dor dos serviços.
(E) possibilidade da exigência de nova prova sobre fato já
comprovado em documentação válida apresentada.
Letra a.
Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à ade-
quada prestação dos serviços, devendo os agentes pú-
blicos e prestadores de serviços públicos observar as
seguintes diretrizes:
II – presunção de boa-fé do usuário;
III – atendimento por ordem de chegada, ressalvados ca-
sos de urgência e aqueles em que houver possibilidade
de agendamento, asseguradas as prioridades legais às
pessoas com deficiência, aos idosos, às gestantes, às lac-
tantes e às pessoas acompanhadas por crianças de colo;
V – igualdade no tratamento aos usuários, vedado qual-
quer tipo de discriminação;
VIII – adoção de medidas visando a proteção à saúde e a
segurança dos usuários;
XV – vedação da exigência de nova prova sobre fato já
comprovado em documentação válida apresentada.
Ministério Público do Estado de Goiás
Com base na LC n. 101/2000, julgue o item.
61 ções destinam-se a assegurar o direito fundamental de
O acompanhamento e a avaliação, de forma permanen-
te, da política e da operacionalidade da gestão fiscal
serão realizados por conselho de gestão fiscal, consti-
tuído por representantes de todos os Poderes e esferas
de Governo, do Ministério Público e de entidades téc-
nicas representativas da sociedade, e terá como objeti-
vos, exceto:
(A) harmonização e coordenação entre os entes da
Federação.
(B) disseminação de práticas que resultem em maior
eficiência na alocação e execução do gasto público,
na arrecadação de receitas, no controle do endivida-
mento e na transparência da gestão fiscal.
(C) adoção de normas de consolidação das contas pú-
blicas, padronização das prestações de contas e dos
relatórios e demonstrativos de gestão fiscal de que
trata esta Lei Complementar, normas e padrões mais
simples para os pequenos Municípios, bem como ou-
tros, necessários ao controle social.
(D) A análise dos gastos, investimentos e despesas reali-
zados pelo poder público, com vistas à sustentabili-
dade econômica do Município e geração de renda.
(E) divulgação de análises, estudos e diagnósticos.
Letra d.
Art. 67. O acompanhamento e a avaliação, de forma
permanente, da política e da operacionalidade da ges-
tão fiscal serão realizados por conselho de gestão fiscal,
constituído por representantes de todos os Poderes e
esferas de Governo, do Ministério Público e de entida-
des técnicas representativas da sociedade, visando a:
I – harmonização e coordenação entre os entes da
Federação;
II – disseminação de práticas que resultem em maior
eficiência na alocação e execução do gasto público, na
arrecadação de receitas, no controle do endividamento
e na transparência da gestão fiscal;
III – adoção de normas de consolidação das contas públi-
cas, padronização das prestações de contas e dos relató-
rios e demonstrativos de gestão fiscal de que trata esta
Lei Complementar, normas e padrões mais simples para
os pequenos Municípios, bem como outros, necessários
ao controle social;
IV – divulgação de análises, estudos e diagnósticos.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
62
Os procedimentos previstos na Lei de Acesso a Informa-
acesso à informação e devem ser executados em con-
formidade com os princípios básicos da administração
pública e com a seguinte diretriz:
(A) observância do sigilo como preceito geral e da publi-
cidade como exceção.
(B) divulgação de informações de interesse privado, in-
dependentemente de solicitações.
(C) utilização de meios de comunicação viabilizados pela
tecnologia da informação.
(D) fomento ao desenvolvimento da cultura de proteção
do sigilo de informações na administração pública.
(E) desenvolvimento do controle judicial da administra-
ção pública.
Letra c.
Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-
-se a assegurar o direito fundamental de acesso à infor-
mação e devem ser executados em conformidade com
os princípios básicos da administração pública e com as
seguintes diretrizes:
I – observância da publicidade como preceito geral e do
sigilo como exceção;
II – divulgação de informações de interesse público, in-
dependentemente de solicitações;
III – utilização de meios de comunicação viabilizados
pela tecnologia da informação;
IV – fomento ao desenvolvimento da cultura de transpa-
rência na administração pública;
V – desenvolvimento do controle social da administra-
ção pública.
63
Segundo estabelece a Lei n. 12.846, de 1º de agosto de
2013, a qual dispõe sobre a responsabilização adminis-
trativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos
contra a administração pública, serão levados em con-
sideração na aplicação das sanções os seguintes aspec-
tos, exceto:
(A) a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator.
(B) a intenção ou não da realização da infração.
(C) o grau de lesão ou perigo de lesão.
(D) a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das
infrações.
(E) o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica
com o órgão ou entidade pública lesados.
Letra b.
Art. 7º Serão levados em consideração na aplicação
das sanções:
II – a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator;
III – a consumação ou não da infração;
Ministério Público do Estado de Goiás
IV – o grau de lesão ou perigo de lesão;
V – o efeito negativo produzido pela infração;
VII – a cooperação da pessoa jurídica para a apuração
das infrações;
IX – o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica
com o órgão ou entidade pública lesados;
Com base na Lei n. 13.019, de 31 de julho de 2014, a
qual estabelece o regime jurídico das parcerias entre a
administração pública e as organizações da sociedade civil,
julgue o item.
64 para a consecução de finalidades de interesse público e
Considera-se parceria:
(A) O conjunto de direitos, responsabilidades e obriga-
ções decorrentes de relação jurídica estabelecida
formalmente entre a administração pública e orga-
nizações da sociedade civil, em regime de mútua
cooperação, para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco, mediante a execução
de atividade ou de projeto expressos em termos de
colaboração, em termos de fomento ou em acordos
de cooperação.
(B) O conjunto de operações que se realizam de modo
contínuo ou permanente, das quais resulta um pro-
duto ou serviço necessário à satisfação de interesses
compartilhados pela administração pública e pela or-
ganização da sociedade civil.
(C) O conjunto de operações, limitadas no tempo, das
quais resulta um produto destinado à satisfação de
interesses compartilhados pela administração públi-
ca e pela organização da sociedade civil.
(D) o instrumento por meio do qual são formalizadas as
negociações estabelecidas pela administração públi-
ca com organizações da sociedade civil para a conse-
cução de finalidades de interesse público e recíproco
propostas pela administração pública que envolvam
a transferência de recursos financeiros.
(E) instrumento por meio do qual são formalizados os
acordos entre administração pública com organiza-
ções da sociedade civil para a consecução de finali-
dades de interesse público e recíproco que não en-
volvam a transferência de recursos financeiros.
Letra a.
Art. 2, III – parceria: conjunto de direitos, responsabili-
dades e obrigações decorrentes de relação jurídica esta-
belecida formalmente entre a administração pública e
organizações da sociedade civil, em regime de mútua co-
operação, para a consecução de finalidades de interesse
público e recíproco, mediante a execução de atividade
ou de projeto expressos em termos de colaboração, em
termos de fomento ou em acordos de cooperação;
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
III-A – atividade: conjunto de operações que se realizam
de modo contínuo ou permanente, das quais resulta um
produto ou serviço necessário à satisfação de interesses
compartilhados pela administração pública e pela orga-
nização da sociedade civil;
III-B – projeto: conjunto de operações, limitadas no tem-
po, das quais resulta um produto destinado à satisfação
de interesses compartilhados pela administração públi-
ca e pela organização da sociedade civil;
VII – termo de colaboração: instrumento por meio do
qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela ad-
ministração pública com organizações da sociedade civil
recíproco propostas pela administração pública que en-
volvam a transferência de recursos financeiros;
VIII-A – acordo de cooperação: instrumento por meio
do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas
pela administração pública com organizações da socie-
dade civil para a consecução de finalidades de interesse
público e recíproco que não envolvam a transferência
de recursos financeiros; 
Com relação à fiscalização das entidades, nos termos do
Estatuto da Criança e do Adolescente, julgue o item.
65
As entidades governamentais que descumprirem obri-
gação constante do art. 94 do Estatuto da Criança e do
Adolescente estão sujeitas à aplicação das seguintes me-
didas, exceto:
(A) advertência.
(B) afastamento provisório de seus dirigentes.
(C) afastamento definitivo de seus dirigentes.
(D) fechamento de unidade ou interdição de programa.
(E) multa.
Letra e.
Art. 97. São medidas aplicáveis às entidades de atendi-
mento que descumprirem obrigação constante do art.
94, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal de
seus dirigentes ou prepostos:
I – às entidades governamentais:
a) advertência;
b) afastamento provisório de seus dirigentes;
c) afastamento definitivo de seus dirigentes;
d) fechamento de unidade ou interdição de programa.
II – às entidades não-governamentais:
a) advertência;
b) suspensão total ou parcial do repasse de ver-
bas públicas;
c) interdição de unidades ou suspensão de programa;
d) cassação do registro.
Ministério Público do Estado de Goiás
66 (D) A elaboração do EIV substitui a elaboração e a apro-
A pessoa com deficiência tem direito a receber atendi-
mento prioritário, sobretudo com a finalidade de:
(A) disponibilização de recursos, tanto humanos quanto
tecnológicos, que garantam atendimento em igual-
dade de condições com as demais pessoas.
(B) proteção, carinho e socorro em quaisquer cir-
cunstâncias.
(C) atendimento em instituições e serviços de atendi-
mento ao público especificamente criados para tal
atendimento.
(D) disponibilização de pontos de táxi acessíveis para o
transporte individual de passageiros e garantia de
segurança no embarque, trajeto e desembarque.
(E) elaboração de declaração de imposto de renda.
Letra a.
Art. 9º A pessoa com deficiência tem direito a receber
atendimento prioritário, sobretudo com a finalidade de:
I – proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
II – atendimento em todas as instituições e serviços de
atendimento ao público;
III – disponibilização de recursos, tanto humanos quanto
tecnológicos, que garantam atendimento em igualdade
de condições com as demais pessoas;
IV – disponibilização de pontos de parada, estações e ter-
minais acessíveis de transporte coletivo de passageiros e
garantia de segurança no embarque e no desembarque;
V – acesso a informações e disponibilização de recursos
de comunicação acessíveis;
VI – recebimento de restituição de imposto de renda;
VII – tramitação processual e procedimentos judiciais e
administrativos em que for parte ou interessada, em to-
dos os atos e diligências
67 (C) Em situações de escassez, o uso prioritário dos recur-
Assinale a alternativa correta em relação ao estudo de
impacto de vizinhança.
(A) Lei federal definirá os empreendimentos e atividades
privados ou públicos em área urbana que depende-
rão de elaboração de estudo prévio de impacto de vi-
zinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações
de construção, ampliação ou funcionamento.
(B) O EIV será executado de forma a contemplar os
efeitos positivos e negativos do empreendimen-
to ou atividade quanto à crescimento da economia
e a qualidade de vida da população que frequenta
aquela região.
(C) Os documentos integrantes do EIV serão sigilosos até
a concessão da licença de instalação, ficando dispo-
níveis para consulta, no órgão competente do Poder
Público municipal, por pessoas que, comprovada-
mente, tenham interesse no projeto.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
vação de estudo prévio de impacto ambiental (EIA),
requeridas nos termos da legislação ambiental.
(E) o estudo prévio de impacto de vizinhança fará parte
do plano de operação urbana consorciada
Letra e.
Art. 36. Lei municipal definirá os empreendimentos e
atividades privados ou públicos em área urbana que de-
penderão de elaboração de estudo prévio de impacto de
vizinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações
de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do
Poder Público municipal.
Art. 37. O EIV será executado de forma a contemplar
os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou
atividade quanto à qualidade de vida da população resi-
dente na área e suas proximidades (...)
Parágrafo único. Dar-se-á publicidade aos documentos
integrantes do EIV, que ficarão disponíveis para consulta,
no órgão competente do Poder Público municipal, por
qualquer interessado.
Art. 38. A elaboração do EIV não substitui a elaboração
e a aprovação de estudo prévio de impacto ambiental
(EIA), requeridas nos termos da legislação ambiental.
Art. 33. Da lei específica que aprovar a operação urbana
consorciada constará o plano de operação urbana con-
sorciada, contendo, no mínimo: V – estudo prévio de im-
pacto de vizinhança;
68
Assinale a alternativa que contempla um objetivo da Po-
lítica Nacional de Recursos Hídricos:
(A) Utilização racional e integrada dos recursos hídricos.
(B) A água é um recurso natural limitado, dotado de va-
lor econômico.
sos hídricos é o consumo humano e a dessedentação
de animais.
(D) Uso múltiplo das águas.
(E) A gestão dos recursos hídricos de forma des-
centralizada.
Letra a.
Art. 2º São objetivos da Política Nacional de Recur-
sos Hídricos:
II – a utilização racional e integrada dos recursos hídri-
cos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao de-
senvolvimento sustentável;
Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-
-se nos seguintes fundamentos:
I – a água é um bem de domínio público;
II – a água é um recurso natural limitado, dotado de va-
lor econômico;
Ministério Público do Estado de Goiás
III – em situações de escassez, o uso prioritário dos re-
cursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação
de animais;
IV – a gestão dos recursos hídricos deve sempre propor-
cionar o uso múltiplo das águas;
VI – a gestão dos recursos hídricos deve ser descentrali-
zada e contar com a participação do Poder Público, dos
usuários e das comunidades.
69 (C) Os requisitos da pré-constituição e da pertinência te-
São objetivos do Sistema Único de Saúde – SUS:
(A) a proteção e o sigilo dos fatores condicionantes e de-
terminantes da saúde.
(B) a formulação de política de saúde destinada a pro-
mover, nos campos econômico e social, a observân-
cia do dever do Estado de garantir a saúde.  nistérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos
(C) a assistência às pessoas carentes e hipossuficientes
por intermédio de ações de promoção, proteção e
recuperação da saúde, com a realização integrada
das ações assistenciais e das atividades preventivas.
(D) Incentivar a atuação da iniciativa privada como órgão
integrante do Sistema Único de Saúde (SUS).
(E) Universalização de acesso aos serviços de saúde em
todos os níveis de assistência.
Letra b.
Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:
I – a identificação e divulgação dos fatores condicionan-
tes e determinantes da saúde;
II – a formulação de política de saúde destinada a pro-
mover, nos campos econômico e social, a observância
do disposto no § 1º do art. 2º desta lei;
III – a assistência às pessoas por intermédio de ações de
promoção, proteção e recuperação da saúde, com a rea-
lização integrada das ações assistenciais e das atividades
preventiva.
Art. 4, § 2º A iniciativa privada poderá participar do Sis-
tema Único de Saúde (SUS), em caráter complementar.
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os ser-
viços privados contratados ou conveniados que inte-
gram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvi-
dos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da
Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes
princípios:
I – universalidade de acesso aos serviços de saúde em
todos os níveis de assistência.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
70
Com relação à Lei de Ação Civil Pública, assinale a alter-
nativa incorreta:
(A) O Ministério Público, se não intervier no proces-
so como parte, atuará obrigatoriamente como fis-
cal da lei.
(B) Em caso de desistência infundada ou abandono da
ação por associação legitimada, o Ministério Público
ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa.
mática poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja
manifesto interesse social evidenciado pela dimen-
são ou característica do dano, ou pela relevância do
bem jurídico a ser protegido.
(D) Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Mi-
Estados na defesa dos interesses e direitos de que
cuida esta lei.
(E) Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos
interessados compromisso de ajustamento de sua
conduta às exigências legais, mediante cominações,
que terá eficácia de título executivo extrajudicial
Letra c.
Art. 5, § 1º O Ministério Público, se não intervier no
processo como parte, atuará obrigatoriamente como
fiscal da lei.
§ 3º Em caso de desistência infundada ou abandono da
ação por associação legitimada, o Ministério Público ou
outro legitimado assumirá a titularidade ativa.
§ 4° O requisito da pré-constituição poderá ser dispen-
sado pelo juiz, quando haja manifesto interesse social
evidenciado pela dimensão ou característica do dano,
ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido.
§ 5° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os
Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos
Estados na defesa dos interesses e direitos de que cui-
da esta lei.
§ 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos
interessados compromisso de ajustamento de sua con-
duta às exigências legais, mediante cominações, que
terá eficácia de título executivo extrajudicial
Ministério Público do Estado de Goiás
GRUPO III
DIREITO CONSTITUCIONAL
RICARDO BLANCO
71
Assinale a opção correta em relação ao conceito de
Constituição.
(A) Segundo Ferdinand Lassale, a Constituição é uma de-
cisão política.
(B) Segundo Hans Kelsen, a Constituição é uma mera fo-
lha de papel escrita.
(C) Segundo Carl Schmitt, a Constituição é uma norma
pura que possui hierarquia sobre todo o ordenamen-
to jurídico.
(D) Para Konrad Hesse, a Constituição é uma norma
aberta sujeita novas interpretações para garantir a
sua máxima eficácia.
(E) No sentido culturalista, a Constituição seria apenas
os fatores reais do poder que regem uma nação.
Letra d.
(A) Errado. Ferdinand Lassale defende o conceito socio-
lógico de Constituição.
(B) Errado. Hans Kelsen defende o conceito jurídico de
Constituição e quem define uma Constituição como uma
mera folha de papel escrita é Ferdinand Lassale.
(C) Errado. Carl Schmitt defende o conceito político de
Constituição e Hans Kelsen defende a supremacia da
Constituição.
(D) Certo. Konrad Hesse vai não mão contrária da defini-
ção de Lassale ao afirmar que a Constituição está aberta
a novas interpretações e não pode ser considerada uma
mera folha de papel, tendo em vista que ela pode ser
interpretada buscando a sua máxima efetividade.
(E) Errado. O sentido culturalista ou conceito ideal seria
a junção do conceito político, jurídico e sociológico em
um único conceito.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
72
Assinale a opção correta sobre o controle de constitu-
cionalidade.
(A) As normas infraconstitucionais editadas antes da
Constituição que não se mostraram compatíveis com
o novo texto são anuladas.
(B) O Brasil admite a teoria da inconstitucionalidade su-
perveniente.
(C) No controle relacionado às normas infraconstitucio-
nais anteriores à Constituição (juízo de recepção/re-
vogação) só se analisa a sua compatibilidade formal
com o novo texto.
(D) A Constituição anterior será revogada pela nova. Não
importa se esse ou aquele trecho da Constituição an-
terior está de acordo com a Constituição atual, na me-
dida em que ocorre a ab-rogação, e não derrogação.
(E) A desconstitucionalização acontece quando a nova
Constituição, ao invés de revogar a anterior, opta por
recebê-la com status de lei (infraconstitucional) e,
segundo o STF, esse mecanismo é aceito pelo orde-
namento jurídico vigente.
Letra d.
(A) Errado. As normas infraconstitucionais editadas an-
tes da Constituição, que não se mostraram compatíveis
com o novo texto, são revogadas e não anuladas.
(B) Errado. O Brasil não admite a teoria da inconstitucio-
nalidade superveniente (STF, ADI 7).
(C) Errado. No controle relacionado às normas infracons-
titucionais anteriores à Constituição (juízo de recepção/
revogação) só se analisa a sua compatibilidade material
com o novo texto.
(D) Certo. A Constituição anterior será revogada pela
nova. Não importa se esse ou aquele trecho da Consti-
tuição anterior está de acordo com a Constituição atual,
na medida em que ocorre a ab-rogação (revogação to-
tal), e não derrogação (revogação parcial).
(E) Errado. A desconstitucionalização acontece quando
a nova Constituição, ao invés de revogar a anterior, opta
por recebê-la com status de lei (infraconstitucional), po-
rém essa técnica não é aceita pelo STF.
73
Assinale a opção incorreta em relação a classificação da
Constituição.
(A) A Constituição brasileira atual é promulgada.
(B) Quanto à forma, a Constituição brasileira atual
é escrita.
(C) Quanto ao modo de elaboração, a Constituição brasi-
leira atual é dogmática.
(D) Quanto à extensão, a Constituição brasileira atual é
analítica.
(E) Quanto à estabilidade ou possibilidade de altera-
ção ou alterabilidade, a Constituição brasileira atual
é flexível.
Ministério Público do Estado de Goiás
Letra e.
(A) Certo. A Constituição brasileira atual é promulgada.
(B) Certo. Quanto à forma, a Constituição brasileira atual
é escrita.
(C) Certo. Quanto ao modo de elaboração, a Constitui-
ção brasileira atual é dogmática.
(D) Certo. Quanto à extensão: em português bem claro,
as Constituições podem ser grandes, falando demais, ou
pequenas, dizendo o mínimo necessário. Nossa Consti-
tuição tem 250 artigos e já sofreu cerca de 100 emen-
das, exatamente por ser extensa (prolixa, analítica). A
dos EUA contém pouquíssimos artigos, mesmo já con-
tando com mais de 200 anos. A Constituição brasileira
atual é analítica.
(E) Errado. Quanto à estabilidade ou possibilidade de
alteração ou alterabilidade, a Constituição brasileira atu-
al é rígida.
74 (D) Conceder-se-á habeas-data: para assegurar o conhe-
Assinale a opção incorreta em relação ao poder
constituinte.
(A) O Poder Constituinte Derivado (PCD) é limitado e
condicionado.
(B) O constituinte derivado se subdivide em dois: revisor
e reformador.
(C) O poder constituinte derivado decorrente não foi es-
tendido aos Municípios.
(D) Lei municipal que conflite com a lei orgânica muni-
cipal é chamado de controle de legalidade, e não de
constitucionalidade.
(E) O Poder Constituinte Derivado (PCD) Revisor é que
ele não pode mais ser colocado em prática, estando
com sua eficácia exaurida e aplicabilidade esgotada.
Letra b.
(A) Certo. O PCD é limitado e condicionado.
(B) Errado. O constituinte derivado se subdivide em três:
decorrente, revisor e reformador.
(C) Certo. O poder constituinte derivado decorrente não
foi estendido aos Municípios, isso porque a lei orgânica
do município se submete a um duplo grau de imposição
legislativa, devendo ser compatível com a Constituição
Federal e com a Estadual.
(D) Certo. Não é por outra razão que o confronto entre
uma lei municipal x lei orgânica municipal é chamado de
controle de legalidade, e não de constitucionalidade.
(E) Certo. O PCD Revisor só existe hoje para cair em
prova... é que ele não pode mais ser colocado em prá-
tica, estando com sua eficácia exaurida e aplicabilida-
de esgotada.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
75
Assinale a opção incorreta em relação aos remédios
constitucionais.
(A) Conceder-se-á habeas-corpus sempre que alguém
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou
coação em sua liberdade de locomoção, por ilegali-
dade ou abuso de poder.
(B) Conceder-se-á mandado de segurança para proteger
direito líquido e certo, não amparado por  habeas-
-corpus ou habeas-data, quando o responsável pela
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública
ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribui-
ções do Poder Público.
(C) Conceder-se-á mandado de injunção sempre que
a falta de norma regulamentadora torne inviável o
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e
das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à sobe-
rania e à cidadania.
cimento de informações relativas à pessoa do impe-
trante, constantes de registros ou bancos de dados de
entidades governamentais ou de caráter público ou
para a retificação de dados, quando não se prefira fa-
zê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.
(E) Qualquer pessoa é parte legítima para propor ação
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe, à
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, sal-
vo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do
ônus da sucumbência.
Letra e.
(A) Certo. Art. 5º, CF, LXVIII – conceder-se-á habeas-cor-
pus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomo-
ção, por ilegalidade ou abuso de poder;
(B) Certo. Art. 5º, CF, LXIX – conceder-se-á mandado
de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas-corpus ou habeas-data, quando o
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for auto-
ridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício
de atribuições do Poder Público;
(C) Certo. Art. 5º, CF, LXXI – conceder-se-á mandado de
injunção sempre que a falta de norma regulamentadora
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades cons-
titucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalida-
de, à soberania e à cidadania;
(D) Certo. Art. 5º, CF, LXXII – conceder-se-á habeas-da-
ta: a) para assegurar o conhecimento de informações re-
lativas à pessoa do impetrante, constantes de registros
ou bancos de dados de entidades governamentais ou de
Ministério Público do Estado de Goiás
caráter público; b) para a retificação de dados, quando
não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo;
(E) Errado. Precisa ser cidadão com pleno gozo dos direi-
tos políticos.
Art. 5º, CF, LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima
para propor ação popular que vise a anular ato lesivo
ao patrimônio público ou de entidade de que o Es-
tado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando
o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas ju-
diciais e do ônus da sucumbência;
76 remuneratório único dos servidores públicos esta-
Assinale a opção incorreta em relação a nacionalidade.
(A) Aos originários de língua portuguesa com residên-
cia permanente no País, se houver reciprocidade
em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos
inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituição.
(B) A lei não poderá estabelecer distinção entre brasilei-
ros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos
nesta Constituição.
(C) São privativos de brasileiro nato os cargos: de Presi-
dente e Vice-Presidente da República.
(D) Será declarada a perda da nacionalidade do brasilei-
ro que tiver cancelada sua naturalização, por senten-
ça judicial, em virtude de atividade nociva ao interes-
se nacional.
(E) Será declarada a perda da nacionalidade do brasilei-
ro que adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos
de reconhecimento de nacionalidade originária pela
lei estrangeira.
Letra a.
(A) Errado. Art. 12, CF, § 1º  Aos portugueses com re-
sidência permanente no País, se houver reciprocida-
de em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos
inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituição.
(B) Certo. Art. 12, CF, § 2º A lei não poderá estabelecer
distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo
nos casos previstos nesta Constituição.
(C) Certo. Art. 12, CF, § 3º São privativos de brasileiro
nato os cargos: I – de Presidente e Vice-Presidente da
República;
(D) Certo. Art. 12, CF, § 4º – Será declarada a perda da
nacionalidade do brasileiro que: I – tiver cancelada sua
naturalização, por sentença judicial, em virtude de ativi-
dade nociva ao interesse nacional;
(E) Certo. Art. 12, CF, § 4º – Será declarada a perda da
nacionalidade do brasileiro que: II – adquirir outra na-
cionalidade, salvo nos casos :a) de reconhecimento de
nacionalidade originária pela lei estrangeira;
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
77
Assinale a opção correta em relação a jurisprudên-
cia do STF.
(A) O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que cabe
ao Poder Judiciário fazer o controle jurisdicional da
interpretação do sentido e do alcance das normas re-
gimentais das Casas Legislativas, independentemente
de ficar ou não caracterizado o desrespeito a regras
constitucionais pertinentes ao processo legislativo.
(B) Segundo o STF, é constitucional a utilização de Decre-
to Legislativo estadual para a fixação de subsídio de
deputados estaduais.
(C) É compatível com a Constituição Federal (CF) Emen-
da à Constituição estadual que institui, como limite
duais, o valor do subsídio dos ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF).
(D) É constitucional a interpretação de disposições legais
que viabilizem a promoção a cargo de nível superior
a servidores que ingressaram por concurso público
para cargo de nível médio.
(E) Não havendo norma federal disciplinadora, é cons-
titucional lei estadual que proíba a utilização de
animais para desenvolvimento, experimento e teste
de produtos cosméticos, higiene pessoal, perfumes,
limpeza e seus componentes tendo em vista que se
trata de competência concorrente para legislar sobre
fauna e flora.
Letra e.
(A) Errado. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu
que não cabe ao Poder Judiciário fazer o controle jurisdi-
cional da interpretação do sentido e do alcance das nor-
mas regimentais das Casas Legislativas quando não ficar
caracterizado o desrespeito a regras constitucionais per-
tinentes ao processo legislativo. A decisão, por maioria,
foi tomada na sessão virtual encerrada em 11/6, no jul-
gamento do Recurso Extraordinário (RE) 1297884, com
repercussão geral reconhecida (Tema 1120).
(B) Errado. O subsídio dos deputados estaduais deve ser
fixado por lei em sentido formal, porquanto submetido
ao princípio da reserva de lei, é inconstitucional a uti-
lização de Decreto Legislativo estadual para a fixação
de subsídio de deputados estaduais. ADI 6437/MT, re-
latora Min. Rosa Weber, julgamento virtual finalizado
em 28.5.2021
(C) Errado. É incompatível com a Constituição Federal
(CF) Emenda à Constituição estadual que institui, como
limite remuneratório único dos servidores públicos es-
taduais, o valor do subsídio dos ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF). ADI 6746/RO, relatora Min. Rosa
Weber, julgamento virtual finalizado em 28.5.2021
Ministério Público do Estado de Goiás
(D) Errado. É inconstitucional a interpretação de dis-
posições legais que viabilizem a promoção a cargo de
nível superior a servidores que ingressaram por con-
curso público para cargo de nível médio. ADI 6355/PE,
relatora Min. Cármen Lúcia, julgamento virtual finaliza-
do em 28.5.2021
(E) Certo. Não havendo norma federal disciplinadora,
é constitucional lei estadual que proíba a utilização de
animais para desenvolvimento, experimento e teste de
produtos cosméticos, higiene pessoal, perfumes, limpe-
za e seus componentes. ADI 5995/RJ, relator Min. Gilmar
Mendes, julgamento em 26 e 27.5.2021
78 governadores por CPIs instaladas no Congresso Nacional
Assinale a opção correta em relação a jurisprudên-
cia do STF.
(A) Segundo o STF, a CPI instalada no Congresso Nacio-
nal tem competência para convocar Governadores
para prestar esclarecimento sem que haja a violação
da independência e da separação dos poderes.
(B) A justiça trabalhista é competente para processar
e julgar ação em que se discute a reintegração de
empregados públicos dispensados em face da con-
cessão de aposentadoria espontânea. Isso porque
não se debate relação de trabalho, mas somente a
possibilidade de reintegração ao emprego público na
eventualidade de se obter aposentadoria adminis-
trada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
(C) São formalmente inconstitucionais dispositivos da
Lei n. 10.001/2000, de iniciativa do Poder Legislativo,
que tratam de atribuições do Ministério Público.  A
Constituição Federal (CF) reserva ao Presidente da
República e ao Chefe do Ministério Público o poder
de iniciativa para deflagrar o processo legislativo no
que concerne a normas de organização e atribuições
do Ministério Público. Esses mesmos dispositivos são
materialmente inconstitucionais por ofender a inde-
pendência e a autonomia funcional e administrativa
do Ministério Público.
(D) Segundo o STF, não cabe ao Estado fornecer, em ter-
mos excepcionais, medicamento que, embora não
possua registro na Anvisa, tem a sua importação au-
torizada pela agência de vigilância sanitária, mesmo
que comprovada a incapacidade econômica do pa-
ciente, a imprescindibilidade clínica do tratamento,
e a impossibilidade de substituição por outro similar
constante das listas oficiais de dispensação de me-
dicamentos e os protocolos de intervenção terapêu-
tica do SUS.
(E) Segundo o STF, é constitucional portaria do Depar-
tamento Estadual de Trânsito (Detran) que dispõe
sobre condições para o exercício de atividade profis-
sional, porque não compete privativamente à União
legislar sobre o tema.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
Letra c.
(A) Errado. O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF)
referendou, por unanimidade, decisão liminar da mi-
nistra Rosa Weber para suspender as convocações dos
governadores de estado pela Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) da Pandemia, instaurada no Senado Fe-
deral. O referendo se deu na sessão virtual finalizada em
25/6, no julgamento da Arguição de Descumprimento
de Preceito Fundamental (ADPF) 848. A ação foi ajuizada
por governadores de 18 estados e do Distrito Federal,
que sustentam, entre outros pontos, que a competên-
cia fiscalizatória do Poder Legislativo federal é restrita à
administração pública federal. Assim, a convocação de
para apurar fatos relacionados à gestão local represen-
taria nova hipótese de intervenção federal nas gestões
administrativas estaduais.
(B) Errado. A justiça comum é competente para proces-
sar e julgar ação em que se discute a reintegração de
empregados públicos dispensados em face da concessão
de aposentadoria espontânea. Isso porque não se de-
bate relação de trabalho, mas somente a possibilidade
de reintegração ao emprego público na eventualidade
de se obter aposentadoria administrada pelo Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS). RE 655283/DF, relator
Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Dias Toffo-
li, julgamento em 16.6.2021
(C) Certo. São formalmente inconstitucionais dispositi-
vos da Lei n. 10.001/2000, de iniciativa do Poder Legisla-
tivo, que tratam de atribuições do Ministério Público. A
Constituição Federal (CF) reserva ao Presidente da Repú-
blica e ao Chefe do Ministério Público o poder de inicia-
tiva para deflagrar o processo legislativo no que concer-
ne a normas de organização e atribuições do Ministério
Público.  Esses mesmos dispositivos são materialmente
inconstitucionais por ofender a independência e a auto-
nomia funcional e administrativa do Ministério Público.
ADI 5351/DF, relatora Min. Cármen Lúcia, julgamento
virtual finalizado em 18.6.2021.
(D) Errado. Cabe ao Estado fornecer, em termos excep-
cionais, medicamento que, embora não possua registro
na Anvisa, tem a sua importação autorizada pela agência
de vigilância sanitária, desde que comprovada a incapa-
cidade econômica do paciente, a imprescindibilidade clí-
nica do tratamento, e a impossibilidade de substituição
por outro similar constante das listas oficiais de dispen-
sação de medicamentos e os protocolos de intervenção
terapêutica do SUS. RE 1165959/SP, relator Min. Marco
Aurélio, redator do acórdão Min. Alexandre de Moraes,
julgamento virtual finalizado em 18.6.2021
(E) Errado. É formalmente inconstitucional portaria do
Departamento Estadual de Trânsito (Detran) que dispõe
sobre condições para o exercício de atividade profis-
sional. Compete privativamente à União legislar sobre
Ministério Público do Estado de Goiás
o tema (1), nos termos do art. 22, XVI, da Constituição
Federal (CF). ADI 6754/TO, relator Min. Edson Fachin,
julgamento virtual finalizado em 25.6.2021
79 gresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
Assinale a opção correta em relação as atribui-
ções do TCU.
(A) Compete ao TCU apreciar as contas prestadas anu-
almente pelo Presidente da República, mediante pa-
recer prévio que deverá ser elaborado em quarenta
dias a contar de seu recebimento.
(B) Compete ao TCU julgar as contas dos administradores
e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos da administração direta e indireta, excluídas
as fundações e sociedades instituídas e mantidas
pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que
derem causa a perda, extravio ou outra irregularida-
de de que resulte prejuízo ao erário público.
(C) Compete ao TCU apreciar, para fins de registro, a
legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qual-
quer título, na administração direta e indireta, inclu-
ídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, inclusive as nomeações para cargo de provi-
mento em comissão, bem como a das concessões de
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as
melhorias posteriores que não alterem o fundamen-
to legal do ato concessório.
(D) Compete ao TCU realizar, por iniciativa própria, da
Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Co-
missão técnica ou de inquérito, inspeções e audito-
rias de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial, nas unidades administra-
tivas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário,
e demais entidades administrativas.
(E) Compete ao TCU fiscalizar as contas nacionais das
empresas supranacionais de cujo capital social a
União participe, apenas de forma direta, nos termos
do tratado constitutivo.
Letra d.
(A) Errado. Art. 71. O controle externo, a cargo do Con-
gresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribu-
nal de Contas da União, ao qual compete: I – apreciar as
contas prestadas anualmente pelo Presidente da Repú-
blica, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado
em sessenta dias a contar de seu recebimento;
(B) Errado. Art. 71. O controle externo, a cargo do Con-
gresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas da União, ao qual compete: II – julgar as con-
tas dos administradores e demais responsáveis por di-
nheiros, bens e valores públicos da administração direta
e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituí-
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
das e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas
daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público.
(C) Errado. Art. 71. O controle externo, a cargo do Con-
de Contas da União, ao qual compete: III – apreciar, para
fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de
pessoal, a qualquer título, na administração direta e in-
direta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de
provimento em comissão, bem como a das concessões
de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as
melhorias posteriores que não alterem o fundamento
legal do ato concessório;
(D) Certo. Art. 71. O controle externo, a cargo do Con-
gresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas da União, ao qual compete: IV – realizar, por
iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado
Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções
e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamen-
tária, operacional e patrimonial, nas unidades adminis-
trativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e
demais entidades referidas no inciso II;
(E) Errado. Art. 71. O controle externo, a cargo do Con-
gresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas da União, ao qual compete: V – fiscalizar as
contas nacionais das empresas supranacionais de cujo
capital social a União participe, de forma direta ou indi-
reta, nos termos do tratado constitutivo;
80
Assinale a opção correta em relação aos direitos
políticos.
(A) O Presidente da República, os Governadores de Es-
tado e do Distrito Federal, os Prefeitos só podem ser
reeleitos uma vez.
(B) Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da
República, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal, os Deputados Federais e os Prefeitos e de-
vem renunciar aos respectivos mandatos até seis
meses antes do pleito.
(C) São inelegíveis, no território de jurisdição do titu-
lar, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins,
até o terceiro grau ou por adoção, do Presidente da
República, de Governador de Estado ou Território,
do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
substituído dentro dos seis meses anteriores ao plei-
to, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato
à reeleição.
(D) O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes
condições: se contar menos de dez anos de serviço,
deverá afastar-se da atividade e se contar mais de
dez anos de serviço, será agregado pela autoridade
superior e, se eleito, passará automaticamente, no
ato da diplomação, para a inatividade.
Ministério Público do Estado de Goiás
(E) Lei ordinária estabelecerá outros casos de inelegibi-
lidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger
a probidade administrativa, a moralidade para exer-
cício de mandato considerada vida pregressa do can-
didato, e a normalidade e legitimidade das eleições
contra a influência do poder econômico ou o abuso
do exercício de função, cargo ou emprego na admi-
nistração direta ou indireta.
Letra d.
(A) Errado. Art. 14, CF, § 5º O Presidente da República,
os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Pre-
feitos e quem os houver sucedido, ou substituído no
curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um úni-
co período subsequente. (Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 16, de 1997)
(B) Errado. Art. 14, CF, § 6º Para concorrerem a outros
cargos, o Presidente da República, os Governadores de
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem re-
nunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes
do pleito.
(C) Errado. Art. 14, CF, § 7º São inelegíveis, no território
de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consan-
guíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do
Presidente da República, de Governador de Estado ou
Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem
os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato
à reeleição.
(D) Certo. Art. 14, CF, § 8º O militar alistável é elegível,
atendidas as seguintes condições: I – se contar menos
de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II – se contar mais de dez anos de serviço, será agregado
pela autoridade superior e, se eleito, passará automati-
camente, no ato da diplomação, para a inatividade.
(E) Errado. Art. 14, CF, § 9º Lei complementar estabele-
cerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua
cessação, a fim de proteger a probidade administrativa,
a moralidade para exercício de mandato considerada
vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimi-
dade das eleições contra a influência do poder econômi-
co ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego
na administração direta ou indireta. (Redação dada pela
Emenda Constitucional de Revisão n. 4, de 1994)
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
81
Assinale a opção incorreta em relação ao entendi-
mento do STF.
(A) O Estado responde de forma objetiva pelos danos
causados a profissional de imprensa ferido, por poli-
ciais, durante cobertura jornalística de manifestação
pública em que ocorra tumulto ou conflito, desde
que o jornalista não haja descumprido ostensiva e
clara advertência quanto ao acesso a áreas definidas
como de grave risco à sua integridade física, caso em
que poderá ser aplicada a excludente da responsabi-
lidade por culpa exclusiva da vítima.
(B) Lei n. 8.906/1994: “Art. 28. A advocacia é incompatí-
vel, mesmo em causa própria, com as seguintes ativi-
dades: (...) IV – ocupantes de cargos ou funções vin-
culados direta ou indiretamente a qualquer órgão do
Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais
e de registro; (...) Art. 30. São impedidos de exercer
a advocacia: I – os servidores da administração dire-
ta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública
que os remunere ou à qual seja vinculada a entida-
de empregadora;” Lei n. 11.415/2006: “Art. 21. Aos
servidores efetivos, requisitados e sem vínculos do
Ministério Público da União é vedado o exercício da
advocacia e consultoria técnica.” Segundo o STF, são
constitucionais as restrições ao exercício da advoca-
cia aos servidores do Poder Judiciário e do Ministério
Público, previstas nos arts. 28, IV, e 30, I, da Lei n.
8.906/1994, e no art. 21 da Lei n. 11.415/2006. Isso
porque o art. 5º, XIII, da CF é norma fundamental de
eficácia contida e as restrições estabelecidas pelas
normas impugnadas são expressão dos valores cons-
titucionais da eficiência, da moralidade e da isono-
mia no âmbito da Administração Pública.
(C) Por usurpar competência privativa da União para
legislar sobre Direito Civil e política de seguros, é
inconstitucional preceito de lei estadual que esta-
beleça prazo máximo de 24 horas para as empresas
de plano de saúde regionais autorizarem ou não so-
licitações de exames e procedimentos cirúrgicos em
seus usuários que tenham mais de sessenta anos.
(D) Segundo o STF, os estados podem optar por garantir
a autonomia formal aos institutos de criminalística
ou podem integrá-los aos demais órgão de seguran-
ça pública sem que isso importe ofensa material à
Constituição.
(E) Segundo o STF, é compatível com a Constituição Fe-
deral (CF) a interpretação de que prepostos, indica-
dos pelo titular de cartório ou mesmo pelos tribunais
de justiça, possam exercer substituições ininterrup-
tas por períodos superiores a seis meses. 
Ministério Público do Estado de Goiás
Letra e.
(A) Certo. O Estado responde de forma objetiva pelos
danos causados a profissional de imprensa ferido, por
policiais, durante cobertura jornalística de manifestação
pública em que ocorra tumulto ou conflito, desde que
o jornalista não haja descumprido ostensiva e clara ad-
vertência quanto ao acesso a áreas definidas como de
grave risco à sua integridade física, caso em que poderá
ser aplicada a excludente da responsabilidade por culpa
exclusiva da vítima. RE 1209429/SP, relator Min. Marco
Aurélio, redator do acórdão Min. Alexandre de Moraes,
julgamento em 10.6.2021
(B) Certo. Lei n. 8.906/1994: “Art. 28. A advocacia é in-
compatível, mesmo em causa própria, com as seguintes
atividades: (...) IV – ocupantes de cargos ou funções vin-
culados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Po-
der Judiciário e os que exercem serviços notariais e de
registro; (...) Art. 30. São impedidos de exercer a advoca-
cia: I – os servidores da administração direta, indireta e
fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere
ou à qual seja vinculada a entidade empregadora;” Lei
11.415/2006: “Art. 21. Aos servidores efetivos, requisi-
tados e sem vínculos do Ministério Público da União é
vedado o exercício da advocacia e consultoria técnica.”
Segundo o STF, são constitucionais as restrições ao exer-
cício da advocacia aos servidores do Poder Judiciário e
do Ministério Público, previstas nos arts. 28, IV, e 30, I,
da Lei n. 8.906/1994, e no art. 21 da Lei 11.415/2006.
Isso porque o art. 5º, XIII, da CF é norma fundamental de
eficácia contida e as restrições estabelecidas pelas nor-
mas impugnadas são expressão dos valores constitucio-
nais da eficiência, da moralidade e da isonomia no âmbi-
to da Administração Pública. ADI 5235/DF, relatora Min.
Rosa Weber, julgamento virtual finalizado em 11.6.2021
(C) Certo. Por usurpar competência privativa da União
para legislar sobre Direito Civil e política de seguros, é
inconstitucional preceito de lei estadual que estabeleça
prazo máximo de 24 horas para as empresas de plano de
saúde regionais autorizarem ou não solicitações de exa-
mes e procedimentos cirúrgicos em seus usuários que
tenham mais de sessenta anos. A competência suple-
mentar dos estados para legislar sobre saúde e proteção
ao consumidor não se confunde com o núcleo essencial
dos contratos de prestação de serviços das operadoras
de planos de saúde, sob pena de invasão da competên-
cia da União estabelecida no art. 22, I e VII, da Constitui-
ção Federal (CF) (1) (2) Ademais, cumpre ressaltar que a
matéria se encontra regulamentada em sentido diverso
pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, órgão de
âmbito federal responsável pela disciplina do tema (Lei
9.961/2000). Com base nesse entendimento, o Plenário,
por maioria, julgou procedente o pedido formulado em
ação direta para declarar a inconstitucionalidade formal
do parágrafo único do art. 1º da Lei 9.394/2010 do es-
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
tado do Espírito Santo (3). Vencidos os ministros Edson
Fachin (relator), Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio.
ADI 6452/ES, relator Min. Edson Fachin, redator do acór-
dão Min. Alexandre de Moraes, julgamento virtual finali-
zado em 11.6.2021
(D) Certo. Os estados podem optar por garantir a auto-
nomia formal aos institutos de criminalística ou podem
integrá-los aos demais órgão de segurança pública sem
que isso importe ofensa material à Constituição. O art.
144,  caput, da Constituição Federal (CF) previu norma
de competência concorrente para a segurança pública
ao dispor que “a segurança pública, dever do Estado,
direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública da incolumidade das
pessoas e do patrimônio”. Concretizando o comando
do § 7º do art. 144 da CF (1), a Lei 13.675/2018, que
disciplina a organização e o funcionamento dos órgãos
responsáveis pela segurança pública, traçou uma nova
dimensão para a autonomia da polícia científica. Assim,
ao reespecificar o comando constitucional, o legislador
ordinário acolheu a interpretação que melhor realiza a
finalidade da política de segurança, enfatizando o aspec-
to institucional e a eficiência dos órgãos administrativos.
Ao mesmo tempo, rompeu-se com a anterior fórmula de
organização que encontrava amparo neste Tribunal, qual
seja, a de repartição federativa, com descentralização e
engessamento. Em seu lugar, o Sistema Único de Segu-
rança Pública (SUSP) promove centralização do plane-
jamento estratégico, e flexibilidade das atribuições dos
órgãos responsáveis pela segurança pública, retirando,
portanto, a taxatividade do caput do art. 144 da CF. ADI
6621/TO, relator Min. Edson Fachin, julgamento virtual
finalizado em 7.6.2021 (segunda-feira), às 23:59
(E) Errado. É incompatível com a Constituição Federal
(CF) a interpretação de que prepostos, indicados pelo
titular de cartório ou mesmo pelos tribunais de justiça,
possam exercer substituições ininterruptas por períodos
superiores a seis meses. A autorização legal para que o
titular do cartório possa indicar o seu substituto é com-
patível com a Constituição, dada a necessidade de que o
serviço público seja ininterrupto. Mas isso não autoriza
o exercício abusivo da prerrogativa, de tal modo que o
empregado (substituto) assuma de fato, por longos pe-
ríodos, a própria titularidade. Nesse sentido, tendo-se
em vista que o § 3º do art. 236 da CF (1) não permite
que qualquer serventia fique vaga, sem abertura de con-
curso de provimento ou de remoção, por mais de seis
meses, extrai-se da referida norma que a substituição
precária de um notário ou registrador por agente  ad
hoc não pode superar esse período. ADI 1183/DF 
Ministério Público do Estado de Goiás
82 (E) Certo. Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Fede-
Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente,
a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar
originariamente, exceto:
(A) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo federal ou estadual, municipal e a ação
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato nor-
mativo federal.
(B) nas infrações penais comuns, o Presidente da Repú-
blica, o Vice-Presidente, os membros do Congresso
Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-
-Geral da República.
(C) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo inter-
nacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o
Território.
(D) as causas e os conflitos entre a União e os Estados,
a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros,
inclusive as respectivas entidades da administra-
ção indireta.
(E) a extradição solicitada por Estado estrangeiro.
Letra a.
(A) Errado. Lei municipal cabe ADI no TJ.
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, pre-
cipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I – processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou
ato normativo federal ou estadual e a ação declara-
tória de constitucionalidade de lei ou ato normativo
federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional
n. 3, de 1993)
(B) Certo. Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Fe-
deral, precipuamente, a guarda da Constituição, caben-
do-lhe: I – processar e julgar, originariamente: b) nas
infrações penais comuns, o Presidente da República,
o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacio-
nal, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da
República;
(C) Certo. Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Fede-
ral, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-
-lhe: I – processar e julgar, originariamente: e) o litígio
entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a
União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território;
(D) Certo. Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Fede-
ral, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-
-lhe: I – processar e julgar, originariamente: f) as causas
e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o
Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as res-
pectivas entidades da administração indireta;
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
ral, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-
-lhe: I – processar e julgar, originariamente: g) a extradi-
ção solicitada por Estado estrangeiro;
83
Assinale a opção incorreta sobre o Ministério Público.
(A) O Ministério Público é instituição permanente, es-
sencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-
-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrá-
tico e dos interesses sociais e individuais disponíveis.
(B) São princípios institucionais do Ministério Públi-
co a unidade, a indivisibilidade e a independência
funcional.
(C) O Ministério Público da União tem por chefe o Procu-
rador-Geral da República, nomeado pelo Presidente
da República dentre integrantes da carreira, maio-
res de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu
nome pela maioria absoluta dos membros do Sena-
do Federal, para mandato de dois anos, permitida a
recondução.
(D) A destituição do Procurador-Geral da República, por
iniciativa do Presidente da República, deverá ser pre-
cedida de autorização da maioria absoluta do Sena-
do Federal.
(E) Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito
Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre in-
tegrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para
escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado
pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois
anos, permitida uma recondução.
Letra a.
(A) Errado. Art. 127, CF. O Ministério Público é institui-
ção permanente, essencial à função jurisdicional do Es-
tado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do re-
gime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis.
(B) Certo. Art. 127, CF, § 1º São princípios institucionais
do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a in-
dependência funcional.
(C) Certo. Art. 128, CF, § 1º O Ministério Público da União
tem por chefe o Procurador-Geral da República, nome-
ado pelo Presidente da República dentre integrantes da
carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprova-
ção de seu nome pela maioria absoluta dos membros do
Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a
recondução.
(D) Certo. Art. 128, CF, § 2º A destituição do Procurador-
-Geral da República, por iniciativa do Presidente da Re-
pública, deverá ser precedida de autorização da maioria
absoluta do Senado Federal.
Ministério Público do Estado de Goiás
(E) Certo. Art. 128, CF, § 3º Os Ministérios Públicos dos
Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lis-
ta tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei
respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que
será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para man-
dato de dois anos, permitida uma recondução.
84 (B) Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é
É da competência exclusiva do Congresso Nacio-
nal, exceto:
(A) aprovar o estado de defesa e a intervenção federal,
autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer
uma dessas medidas.
(B) sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de
delegação legislativa.
(C) fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente
da República e dos Ministros de Estado.
(D) julgar anualmente as contas prestadas pelo Presi-
dente da República e apreciar os relatórios sobre a
execução dos planos de governo.
(E) autorizar, por dois terços de seus membros, a ins-
tauração de processo contra o Presidente e o Vice-
-Presidente da República e os Ministros de Estado.
Letra e.
(A) Certo. Art. 49. É da competência exclusiva do Con-
gresso Nacional: IV – aprovar o estado de defesa e a in-
tervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspen-
der qualquer uma dessas medidas;
(B) Certo. Art. 49. É da competência exclusiva do Con-
gresso Nacional: V – sustar os atos normativos do Poder
Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites de delegação legislativa;
(C) Certo. Art. 49. É da competência exclusiva do Con-
gresso Nacional: VIII – fixar os subsídios do Presidente
e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de
Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, §
4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
(D) Certo. Art. 49. É da competência exclusiva do Con-
gresso Nacional: IX – julgar anualmente as contas presta-
das pelo Presidente da República e apreciar os relatórios
sobre a execução dos planos de governo;
(E) Errado. Art. 51. Compete privativamente à Câmara
dos Deputados: I – autorizar, por dois terços de seus
membros, a instauração de processo contra o Presi-
dente e o Vice-Presidente da República e os Ministros
de Estado;
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
85
Assinale a opção incorreta em relação ao poder
legislativo.
(A) O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões
permanentes e temporárias, constituídas na forma e
com as atribuições previstas no respectivo regimento
ou no ato de que resultar sua criação.
assegurada, tanto quanto possível, a representação
proporcional dos partidos ou dos blocos parlamenta-
res que participam da respectiva Casa.
(C) Às comissões, em razão da matéria de sua compe-
tência, cabe discutir e votar projeto de lei que dis-
pensar, na forma do regimento, a competência do
Plenário, salvo se houver recurso de dois décimos
dos membros da Casa.
(D) As comissões parlamentares de inquérito, que terão
poderes de investigação próprios das autoridades
judiciais, além de outros previstos nos regimentos
das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara
dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto
ou separadamente, mediante requerimento de um
terço de seus membros, para a apuração de fato de-
terminado e por prazo certo, sendo suas conclusões,
se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público,
para que promova a responsabilidade civil ou crimi-
nal dos infratores.
(E) Durante o recesso, haverá uma Comissão represen-
tativa do Congresso Nacional, eleita por suas Casas
na última sessão ordinária do período legislativo,
com atribuições definidas no regimento comum, cuja
composição reproduzirá, quanto possível, a propor-
cionalidade da representação partidária.
Letra c.
(A) Certo. Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas te-
rão comissões permanentes e temporárias, constituídas
na forma e com as atribuições previstas no respectivo
regimento ou no ato de que resultar sua criação.
(B) Certo. Art. 58, § 1º Na constituição das Mesas e de
cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos partidos ou dos blocos
parlamentares que participam da respectiva Casa.
(C) Errado. Art. 58, § 2º Às comissões, em razão da
matéria de sua competência, cabe: I – discutir e votar
projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a
competência do Plenário, salvo se houver recurso de um
décimo dos membros da Casa;
(D) Certo. Art. 58, § 3º As comissões parlamentares de
inquérito, que terão poderes de investigação próprios
das autoridades judiciais, além de outros previstos nos
regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câ-
mara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto
ou separadamente, mediante requerimento de um terço
Ministério Público do Estado de Goiás 1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto

de seus membros, para a apuração de fato determinado Parágrafo único. Aplica-se o disposto nesta Lei às so-
e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, ciedades empresárias e às sociedades simples, per-
encaminhadas ao Ministério Público, para que promova sonificadas ou não, independentemente da forma
a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. de organização ou modelo societário adotado, bem
(E) Certo. Art. 58, § 4º Durante o recesso, haverá uma como a quaisquer fundações, associações de entida-
Comissão representativa do Congresso Nacional, eleita des ou pessoas, ou sociedades estrangeiras, que te-
por suas Casas na última sessão ordinária do período nham sede, filial ou representação no território bra-
legislativo, com atribuições definidas no regimento co- sileiro, constituídas de fato ou de direito, ainda que
mum, cuja composição reproduzirá, quanto possível, a temporariamente
proporcionalidade da representação partidária.
(C) Errada. Trata de responsabilidade solidária (e
DIREITO ADMINISTRATIVO não subsidiária!), conforme o art. 4º, § 2º, da Lei n.
12.846/2013:
RENATO BORELLI
Art. 4º, § 2º As sociedades controladoras, controla-
86
das, coligadas ou, no âmbito do respectivo contrato,
Com relação à Lei n. 12.846/2013, indique a asserti-
as consorciadas serão solidariamente responsáveis
va correta:
pela prática dos atos previstos nesta Lei, restringindo-
(A) O acordo de leniência exime a pessoa jurídica da
-se tal responsabilidade à obrigação de pagamento de
obrigação de reparar integralmente o dano causado.
multa e reparação integral do dano causado.
(B) A lei regula a responsabilização objetiva administrati-
va e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos con-
(D) Errada. O efeito negativo produzido pela infração
tra a administração pública, nacional ou estrangeira.
é um dos fatores que, segundo o art. 7º, V, da Lei n.
(C) As sociedades controladoras, controladas, coligadas
12.846/2013, deve ser levado em consideração na apli-
ou, no âmbito do respectivo contrato, as consorcia-
cação das sanções. Vejam:
das serão subsidiariamente responsáveis pela prática
dos atos previstos nesta Lei, restringindo-se tal res-
Art. 7º Serão levados em consideração na aplicação
ponsabilidade à obrigação de pagamento de multa e
das sanções:
reparação integral do dano causado.
I – a gravidade da infração;
(D) O efeito negativo produzido pela infração, em razão
II – a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator;
da natureza subjetiva que ostenta, não é um dos fa-
III – a consumação ou não da infração;
tores que deve ser levado em consideração na apli-
IV – o grau de lesão ou perigo de lesão;
cação das sanções.
V – o efeito negativo produzido pela infração;
(E) A competência para a instauração e o julgamento do
processo administrativo de apuração de responsabi-
E) Errada. A competência para a instauração e o julga-
lidade da pessoa jurídica não poderá ser objeto de
mento do processo administrativo de apuração de res-
delegação e subdelegação.
ponsabilidade da pessoa jurídica poderá ser objeto de
delegação, vedada, porém, a subdelegação.
Letra b.
(A) Errada. Ao contrário, define o art. 16, § 3º, da Lei n.
É o que estabelece o art. 8º, § 1º, da Lei n.
12.846/2013, que:
12.846/2013, que
§ 1º A competência para a instauração e o julgamento
Art. 16, § 3º O acordo de leniência não exime a pes-
do processo administrativo de apuração de respon-
soa jurídica da obrigação de reparar integralmente o
sabilidade da pessoa jurídica poderá ser delegada,
dano causado.
vedada a subdelegação.
(B) Certa. Nesse sentido, art. 1º, caput, da Lei n.
12.846/2013:

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização ob-

jetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas pela
prática de atos contra a administração pública, nacio-
nal ou estrangeira.
Ministério Público do Estado de Goiás 1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto

87 Art. 2º. (...)

Em relação às Organizações da Sociedade Civil (OSCs), VII – termo de colaboração: instrumento por meio
assinale a assertiva correta. do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas
(A) Termo de colaboração é o instrumento por meio pela administração pública com organizações da
do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas sociedade civil para a consecução de finalidades de
pela administração pública com organizações da interesse público e recíproco propostas pela admi-
sociedade civil para a consecução de finalidades de nistração pública que envolvam a transferência de
interesse público e recíproco propostas pela admi- recursos financeiros;
nistração pública que não envolvam a transferência
de recursos financeiros. (B) Errada. A alternativa trouxe o conceito de acordo de
(B) Termo de fomento é o instrumento por meio do qual cooperação (art. 2º, VIII-A da lei n. 13.019/2014).
são formalizadas as parcerias estabelecidas pela ad-
ministração pública com organizações da sociedade Art. 2º. (...)
civil para a consecução de finalidades de interesse VIII – termo de fomento: instrumento por meio do
público e recíproco que não envolvam a transferên- qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela
cia de recursos financeiros. administração pública com organizações da socieda-
(C) Acordo de cooperação é o instrumento por meio do de civil para a consecução de finalidades de interesse
qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela público e recíproco propostas pelas organizações da
administração pública com organizações da socieda- sociedade civil, que envolvam a transferência de re-
de civil para a consecução de finalidades de interesse cursos financeiros;
público e recíproco que não envolvam a transferên- VIII-A) acordo de cooperação: instrumento por meio
cia de recursos financeiros. do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas
(D) O termo de fomento deve ser adotado pela admi- pela administração pública com organizações da so-
nistração pública para consecução de planos de tra- ciedade civil para a consecução de finalidades de inte-
balho de sua iniciativa, para celebração de parcerias resse público e recíproco que não envolvam a trans-
com organizações da sociedade civil que envolvam a ferência de recursos financeiros;
transferência de recursos financeiros.
(E) O termo de colaboração deve ser adotado pela admi- (C) Certa. É exatamente a definição legal conferida
nistração pública para consecução de planos de tra- pelo Lei n. 13.019/2014 (art. 2º, VIII-A) ao acordo de
balho propostos por organizações da sociedade civil cooperação.
que envolvam a transferência de recursos financeiros. (D) Errada. A alternativa está se referindo ao termo de
colaboração (art. 16 da Lei n. 13.019/2014).
Letra c.
Não confunda! Art. 16. O termo de colaboração deve ser adotado
pela administração pública para consecução de pla-
Termo de Termo de Acordo de nos de trabalho de sua iniciativa, para celebração de
colaboração fomento cooperação parcerias com organizações da sociedade civil que en-
volvam a transferência de recursos financeiros.
Parcerias Parcerias pro- Parcerias
propostas pela postas pela OSC. propostas
administra- pela adminis- (E) Errada. A alternativa está se referindo ao termo de
ção pública. tração pública fomento (art. 17 da Lei n. 13.019/2014).
ou pela OSC.
Envolve Envolve transfe- Não envolve Art. 17. O termo de fomento deve ser adotado pela
transferência rência de recur- transferência administração pública para consecução de planos
de recursos sos financeiros. de recursos de trabalho propostos por organizações da socie-
financeiros. financeiros. dade civil que envolvam a transferência de recur-
sos financeiros. 
(A) Errada. O erro está na parte final da assertiva, pois o
termo de colaboração envolve a transferência de recur-
sos financeiros (art. 2º, VII da lei n. 13.019/2014)
Ministério Público do Estado de Goiás 1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto

88
Supremo Superior Tribunal
Sobre a responsabilidade civil do Estado, marque a as- Tribunal Federal de Justiça
sertiva correta:
(A) O Estado responderá de maneira objetiva, com base Costuma fazer a seguinte Entende que tan-
na Teoria da Culpa Administrativa, pelos danos que os distinção: to na hipótese de
seus agentes, no exercício de suas funções e por inter- a) Omissão específica: ocor- omissão específica
médio de condutas comissivas, causarem a terceiros. re quando o Estado não rea- quanto na hipó-
(B) Conforme a jurisprudência majoritária do Supremo liza um dever de atuação es- tese de omissão
Tribunal Federal, a responsabilidade civil do Estado pecificamente contemplado genérica, a res-
por atos omissivos é baseada na Teoria da Culpa Ad- em lei ou na Constituição ponsabilidade do
ministrativa, sendo do particular o ônus de demons- Federal. Ex.: o art. 14 da LEP estatal será de na-
trar que o serviço não foi prestado ou foi prestado de define que o preso terá di- tureza subjetiva
modo ineficiente ou tardio. reito à assistência médica. com fundamento
(C) Conforme a jurisprudência majoritária do Superior Assim, caso um detento fi- da Teoria da Culpa
Tribunal de Justiça, a responsabilidade civil do Estado que doente e o Estado não do Serviço, Culpa
por atos omissivos é baseada na Teoria da Culpa Ad- ofereça a ele tratamento Anônima ou Faute
ministrativa, sendo do particular o ônus de demons- médico, deverá ser respon- du service.
trar que o serviço não foi prestado ou foi prestado de sabilizado pela sua morte.
modo ineficiente ou tardio. Para o STF, a omissão es-
(D) Para o Superior Tribunal de Justiça, o dano ocasio- pecífica gera para o Estado
nado por omissão específica do Estado enseja a res- uma responsabilidade de
ponsabilidade objetiva deste, com base na Teoria do natureza objetiva, aplican-
Risco Administrativo. do-se a Teoria do Risco Ad-
(E) Em caso de inobservância de seu dever específico de ministrativo.
proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da CF/88, o
Estado não é responsável pela morte de detento. b) Omissão genérica: ocor-
re quando o Estado descum-
Letra c. priu um dever de ordem
(A) Errada. A responsabilidade do Estado por condutas geral como, por exemplo, o
comissivas será, de fato, de natureza objetiva, porém, dever de manter as calça-
com fundamento na teoria do risco administrativo e das e as ruas corretamente
não com fundamento na teoria da culpa administrativa. pavimentadas. Para o STF,
Estampada no art. 37, § 6º, da CF, a teoria do risco nestes casos a responsabi-
administrativo determina que as pessoas jurídicas de lidade será subjetiva, com
direito público e as de direito privado prestadoras de fundamento na Teoria da
serviços públicos responderão objetivamente, isto é, Culpa do serviço ou Culpa
independentemente da comprovação de dolo ou cul- anônima, cabendo ao pre-
pa, pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, judicado demonstrar que
causarem a terceiros. o serviço público não foi
Ao Estado será possível se exonerar da obrigação de re- prestado ou foi prestado de
parar os danos  se demonstrada alguma excludente de modo ineficiente ou tardio.
responsabilidade, como a culpa exclusiva da vítima, o
caso fortuito e a força maior. (C) Certa. Como acabamos de ver na explicação da alter-
(B) Errada. O item narrou o entendimento do STJ e não nativa B, a jurisprudência majoritária do STJ é no sentido
o do STF. No que tange à responsabilidade do Estado por de que a responsabilidade civil do Estado por atos omis-
atos omissivos é importante fixar que: sivos (específicos ou genéricos!) é baseada na Teoria da
Culpa Administrativa, sendo do particular o ônus de de-
monstrar que o serviço não foi prestado ou foi prestado
de modo ineficiente ou tardio.
(D) Errada. A alternativa trouxe o entendimento do STF e
não o do STJ.
Ministério Público do Estado de Goiás
Novamente:
1) Para o STJ, a responsabilidade do Estado por omis-
são será subjetiva, com fundamento na Teoria da Culpa
do Serviço.
2) Para o STF, a omissão específica faz surgir a respon-
sabilidade objetiva do Estado, aplicando-se a Teoria do
Risco Administrativo. Já no caso de omissão genérica,
haverá responsabilidade subjetiva, incidindo a Teoria da
Culpa do Serviço.
Obs.: em relação aos atos comissivos, não há divergên-
cia na jurisprudência. A responsabilidade será objetiva,
com fundamento na Teoria do Risco Administrativo.
(E) Errada. É exatamente o contrário do indicado na al-
ternativa. Com repercussão geral, o STF assentou no jul-
gamento do RE 841526/RS:
Em caso de inobservância do seu dever específico de
proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da Consti-
tuição Federal, o Estado é responsável pela morte
de detento.
89
Levando-se em consideração a jurisprudência do Supe-
rior Tribunal de Justiça, julgue os itens a seguir:
I – A portaria de instauração do processo administrati-
vo disciplinar não prescinde da exposição detalha-
da dos fatos a serem apurados.
II – É permitida a “prova emprestada” no processo ad-
ministrativo disciplinar, desde que devidamente
autorizada pelo juízo competente e respeitados o
contraditório e a ampla defesa.
III – O excesso de prazo para a conclusão do processo
administrativo disciplinar só causa nulidade se hou-
ver demonstração de prejuízo à defesa.
IV – Ainda que motivada e fundamentada em inves-
tigação ou sindicância, é vedada a instauração de
processo administrativo disciplinar com base em
denúncia anônima.
Estão corretos os itens:
(A) II, apenas.
(B) I e II.
(C) II, III e IV.
(D) I e IV.
(E) II e III.
Letra e.
Estão corretos os itens II e III!
I – Errado. De acordo com a Súmula n. 641 do STJ:
A portaria de instauração do processo administrativo
disciplinar prescinde da exposição detalhada dos fa-
tos a serem apurados.
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
II – Certo. É o que define a Súmula n. 591 do STJ:
É permitida a “prova emprestada” no processo admi-
nistrativo disciplinar, desde que devidamente autori-
zada pelo juízo competente e respeitados o contradi-
tório e a ampla defesa.
III – Certo. Está de acordo com a Súmula n. 592 do STJ:
O excesso de prazo para a conclusão do processo ad-
ministrativo disciplinar só causa nulidade se houver
demonstração de prejuízo à defesa.
IV – Errado. Dispõe a Súmula n. 611 do STJ que:
Desde que devidamente motivada e com amparo em
investigação ou sindicância, é permitida a instaura-
ção de processo administrativo disciplinar com base
em denúncia anônima, em face do poder-dever de
autotutela imposto à Administração.
90
Dadas as assertivas abaixo, assinale a opção correta:
(A) Os bens integrantes do acervo patrimonial de socie-
dades de economia mista não poderão ser equipara-
dos a bens públicos, sendo, portanto, suscetíveis de
serem adquiridos por meio de usucapião.
(B) A ocupação indevida de bem público é mera deten-
ção de bem, inexistindo indenização por benfeito-
rias, ainda que úteis ou necessárias.
(C) Terras em faixas de fronteira e aquelas sem registro
imobiliário são, por si só, terras devolutas.
(D) Os registros de propriedade particular de imó-
veis situados em terrenos de marinha são oponí-
veis à União.
(E) É vedado ao administrador público impor o uso co-
mum dos bens públicos de forma retribuída.
Letra b.
(A) Errada. Na edição 124 de Jurisprudência em teses, o
STJ sedimentou:
Os bens integrantes do acervo patrimonial de socie-
dades de economia mista sujeitos a uma destinação
pública equiparam-se a bens públicos, sendo, por-
tanto, insuscetíveis de serem adquiridos por meio de
usucapião.
(B) Certa. O STJ consolidou na Súmula 619 que: “A ocu-
pação indevida de bem público é mera detenção de
bem, inexistindo indenização por benfeitorias”.
Ministério Público do Estado de Goiás 1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto

(C) Errada. “Terras em faixas de fronteira e aquelas sem 92

registro imobiliário não são, por si só, terras devolu- Sobre as alterações introduzidas pela Emenda Constitu-
tas, cabendo ao ente federativo comprovar a titulari- cional n. 111/2021, assinale a alternativa incorreta:
dade desses terrenos.” (Jurisprudência em teses. Edi- (A) As consultas populares serão realizadas concomi-
ção n. 124) tantemente às eleições gerais as consultas popula-
(D) Errada. Súmula 496 do STJ: “Os registros de proprie- res sobre questões locais aprovadas pelas Câmaras
dade particular de imóveis situados em terrenos de ma- Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até
rinha não são oponíveis à União.” 90 (noventa) dias antes da data das eleições, obser-
(E) Errada. Dispõe o art. 103 do Código Civil que “o uso vados os limites operacionais relativos ao número
comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuí- de quesitos.
do, conforme for estabelecido legalmente pela entidade (B) As manifestações favoráveis e contrárias às questões
a cuja administração pertencerem.” submetidas às consultas populares nos termos do §
12 do art. 14 da Constituição Federal ocorrerão du-
DIREITO ELEITORAL rante as campanhas eleitorais, sem a utilização de
propaganda gratuita no rádio e na televisão.
EDSON COSTA
(C) Para fins de distribuição entre os partidos políticos
dos recursos do fundo partidário e do Fundo Espe-
91
cial de Financiamento de Campanha (FEFC), os votos
Caracteriza conduta vedada aos agentes públicos em
dados a candidatas mulheres ou a candidatos negros
tempo de campanha, exceto:
para a Câmara dos Deputados nas eleições realiza-
(A) A nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Mi-
das de 2022 a 2030 serão contados em dobro uma
nistério Público, dos Tribunais ou Conselhos de Con-
única vez.
tas e dos órgãos da Presidência da República.
(D) Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os
(B) Usar materiais ou serviços, custeados pelos Gover-
Deputados Distritais e os Vereadores que se des-
nos ou Casas Legislativas, que excedam as prerroga-
ligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos
tivas consignadas nos regimentos e normas dos ór-
perderão o mandato, salvo nos casos de anuência
gãos que integram.
do partido ou de outras hipóteses de justa causa
(C) Fazer ou permitir uso promocional em favor de can-
estabelecidas em lei, não computada, em qualquer
didato, partido político ou coligação, de distribuição
caso, a migração de partido para fins de distribuição
gratuita de bens e serviços de caráter social custea-
de recursos do fundo partidário ou de outros fundos
dos ou subvencionados pelo Poder Público.
públicos e de acesso gratuito ao rádio e à televisão.
(D) Nos três meses que antecedem o pleito, realizar
(E) O Presidente da República e os Governadores de Es-
transferência voluntária de recursos da União aos
tado e do Distrito Federal eleitos em 2022 tomarão
Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios,
posse em 1º de janeiro de 2023, e seus mandatos
sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados
durarão até a posse de seus sucessores, em 5 e 6 de
os recursos destinados a cumprir obrigação formal
janeiro de 2027, respectivamente.
preexistente para execução de obra ou serviço em
andamento e com cronograma prefixado, e os desti-
Letra a.
nados a atender situações de emergência e de cala-
As consultas populares são concomitantes às eleições
midade pública.
municipais (CF/88, art. 14, § 12). As demais assertivas
(E) Todas as alternativas acima estão erradas.
estão corretas, nos termos do art. 14, § 13, da CF/88
(item B); art. 2º da EC n. 111/2021 (item C); CF/88, art.
Letra a.
17, § 6º (item D); art. 4º da EC n. 111/2021 (item E).
Lei n. 9.504/1997, art. 73, V, “b”.
As letras B, C e D caracterizam condutas vedadas, nos
termos do art. 73, II, IV e VI, “a”, da Lei n. 9.504/97.
A letra E está errada porque a letra A está correta.
Ministério Público do Estado de Goiás 1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto

93 Letra c.
Assinale a alternativa correta: LC n. 64/1990, art. 1º, inciso II, n. 5 c/c inciso V, “a”.
(A) A ação de impugnação de registro de candidatura
tramita em segredo de justiça. 95
(B) A Justiça Eleitoral pode conhecer de ofício de inelegi- Das sentenças de condenação ou absolvição, em proces-
bilidade não alegada pelas partes na ação de impug- so penal destinado à apuração de crime eleitoral, cabe
nação de registro de candidatura, desde que resguar- recurso para o Tribunal Regional Eleitoral respectivo, a
dados o contraditório e a ampla defesa. ser interposto no prazo de:
(C) O prazo de cinco dias, previsto no art. 3º da LC n. (A) 3 dias.
64/1990, para o Ministério Público impugnar o regis- (B) 2 dias.
tro inicia-se com a sua intimação pessoal, uma vez (C) 5 dias.
que se trata de prerrogativa legal. (D) 15 dias.
(D) Em registro de candidatura, é possível examinar o (E) 10 dias.
acerto ou desacerto da decisão que examinou, em
processo específico, a filiação partidária do eleitor. Letra e.
(E) Todas as alternativas acima estão erradas. Código Eleitoral, art. 362.

Letra b. LEGISLAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

TSE, Súmula 45:
FRANCION SANTOS
Nos processos de registro de candidatura, o Juiz Elei-
96
toral pode conhecer de ofício da existência de causas
De acordo com o disposto na Lei Complementar n. 75,
de inelegibilidade ou da ausência de condição de ele-
de 20 de maio de 1993 (dispõe sobre a organização, as
gibilidade, desde que resguardados o contraditório e
atribuições e o estatuto do Ministério Público da União),
a ampla defesa.
assinale a alternativa correta.
(A) O Ministério Público da União exercerá o controle ex-
LC n. 64/1990, art. 7º, parágrafo único:
terno da atividade policial por meio de medidas judi-
ciais e extrajudiciais podendo, após autorização judicial,
O Juiz, ou Tribunal, formará sua convicção pela livre
ingressar em estabelecimentos policiais ou prisionais.
apreciação da prova, atendendo aos fatos e às cir-
(B) Incumbe, como regra geral, aos órgãos de defesa dos
cunstâncias constantes dos autos, ainda que não ale-
direitos constitucionais do cidadão promover em juí-
gados pelas partes, mencionando, na decisão, os que
zo a defesa de direitos individuais lesados.
motivaram seu convencimento.
(C) Trata-se de prerrogativa processual do membro do
MPU sentar-se no mesmo plano e imediatamente à
(A) Errada, uma vez que não há previsão legal para que a
direita dos juízes singulares ou presidentes dos ór-
AIRC tramite em segredo de justiça.
gãos judiciários perante os quais oficiem.
(C) Errada, porque o prazo de 5 dias conta da publicação
(D) Trata-se de prerrogativa institucional do membro do
do edital com a lista de candidatos (TSE, Súmula 49).
MPU ter ingresso e trânsito livres, em razão de serviço,
(D) Errada, porque é vedado examinar o acerto ou desa-
em qualquer recinto público ou privado, respeitada a
certo da decisão que examinou, em processo específico,
garantia constitucional da inviolabilidade do domicílio.
a filiação partidária do eleitor (TSE, Súmula 52).
(E) O Procurador-Geral da República terá as mesmas
(E) Errada, porque a letra B está correta.
honras e tratamento dos Ministros do Superior Tri-
bunal de Justiça.
94
Desejando o Advogado-Geral da União se candidatar
Letra d.
ao cargo de Senador da República, deverá se desincom-
(A) Errada, pois tal prerrogativa independe de autoriza-
patibilizar:
ção judicial, conforme (art. 9º, inciso I, da LC n. 75/1993).
(A) Definitivamente, até 3 meses antes da eleição.
(B) Errada, pois é vedado aos órgãos de defesa dos di-
(B) Temporariamente, até 3 meses antes da eleição, sem
reitos constitucionais do cidadão promover em juízo a
recebimento de subsídios.
defesa de direitos individuais lesados (art. 15, caput, da
(C) Definitivamente, até 6 meses antes da eleição.
LC n. 75/1993).
(D) Temporariamente, até 3 meses antes da eleição, com
(C) Errada, pois elenca prerrogativa institucional do
recebimento de subsídios.
membro do MPU, não processual (art. 18, inciso I, alínea
(E) Definitivamente, até 4 meses antes da eleição.
“a”, da LC n. 75/1993).
Ministério Público do Estado de Goiás
(D) Certa, conforme art. 18, inciso I, alínea “c”, da LC
n. 75/1993.
(E) Errada, pois o Procurador-Geral da República terá as
mesmas honras e tratamento dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal (art. 19, da LC n. 75/1993)
97 (A) Os Ministérios Públicos dos Estados formarão lista
De acordo com o disposto na Lei Complementar n. 75,
de 20 de maio de 1993 (dispõe sobre a organização, as
atribuições e o estatuto do Ministério Público da União),
assinale a alternativa incorreta.
(A) Ao Ministério Público da União é assegurada autono-
mia funcional, administrativa e financeira, cabendo-
-lhe propor ao Poder Legislativo a criação e extinção
de seus cargos e serviços auxiliares, bem como a fixa-
ção dos vencimentos de seus membros e servidores.
(B) O Procurador-Geral da República é o chefe do Minis-
tério Público da União, nomeado pelo Presidente da
República dentre integrantes da carreira, maiores de
trinta e cinco anos, permitida a recondução precedi-
da de nova decisão do Senado Federal.
(C) Compete ao Procurador-Geral da República, como
Chefe do Ministério Público da União, nomear e dar
posse ao Vice-Procurador-Geral da República, ao Pro-
curador-Geral do Trabalho, ao Procurador-Geral da
Justiça Militar, bem como dar posse ao Procurador-
-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
(D) O Conselho de Assessoramento Superior do Ministé-
rio Público da União, sob a presidência do Procura-
dor-Geral da República será integrado pelo Vice-Pro-
curador-Geral da República, pelo Procurador-Geral
do Trabalho, pelo Procurador-Geral da Justiça Militar
e pelo Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal
e Territórios.
(E) A carreira do Ministério Público Federal é constituída
pelos cargos de Procurador-Geral da República, Sub-
procurador-Geral da República, Procurador Regional
da República e Procurador da República.
Letra e.
(A) Certa, conforme art. 22, inciso I, da LC n. 75/1993.
(B) Certa, conforme art. 25, caput, da LC n. 75/1993.
(C) Certa, conforme art. 26, inciso IV, da LC n. 75/1993.
(D) Certa, conforme art. 28 da LC n. 75/1993.
(E) Errada, pois o cargo de Procurador-Geral da Repúbli-
ca não é cargo de carreira do Ministério Público Federal
(art. 44, caput, da LC n. 75/1993).
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
98
Assinale a única alternativa incorreta, conforme disposi-
ções estabelecidas na Lei n. 8.625, de 12 de fevereiro de
1993 (Institui a Lei Orgânica Nacional do Ministério Pú-
blico, dispõe sobre normas gerais para a organização do
Ministério Público dos Estados e dá outras providências).
tríplice, dentre integrantes da carreira, na forma da
lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral,
que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo,
para mandato de dois anos, permitida uma recondu-
ção, observado o mesmo procedimento.
(B) Compete ao Procurador-Geral de Justiça exercer a
chefia do Ministério Público estadual, representando-
-o judicial e extrajudicialmente.
(C) O Conselho Superior do Ministério Público é compos-
to por todos os Procuradores de Justiça.
(D) O Corregedor-Geral do Ministério Público será eleito
pelo Colégio de Procuradores, dentre os Procurado-
res de Justiça, para mandato de dois anos, permitida
uma recondução, observado o mesmo procedimento.
(E) Cabe aos Procuradores de Justiça exercer as atribui-
ções junto aos Tribunais, desde que não cometidas
ao Procurador-Geral de Justiça, e inclusive por dele-
gação deste.
Letra c.
(A) Certa, conforme art. 9º, caput, da Lei n. 8.625/1993.
(B) Certa, conforme art. 10, inciso I, da Lei n. 8.625/1993.
(C) Errada, pois o Colégio de Procuradores de Justiça é
composto por todos os Procuradores de Justiça (art. 12
da Lei n. 8.625/1993). O art. 14 prevê que a Lei Orgânica
de cada Ministério Público disporá sobre a composição,
inelegibilidade e prazos de sua cessação, posse e duração
do mandato dos integrantes do Conselho Superior do Mi-
nistério Público.
(D) Certa, conforme art. 16, caput, da Lei n. 8.625/1993.
(E) Certa, conforme art. 31 da Lei n. 8.625/1993.
Ministério Público do Estado de Goiás
99 100
De acordo com o disposto na Lei Complementar n. 25,
de 6 de julho de 1998 – LOMPGO (Institui a Lei Orgâni-
ca do Ministério Público do Estado de Goiás e dá outras
providências), assinale a alternativa correta.
(A) A Procuradoria-Geral de Justiça, órgão de direção
superior do Ministério Público, funcionará em sede
própria e será chefiada pelo Procurador-Geral de
Justiça, nomeado pelo Governador do Estado dentre
os integrantes vitalícios e em atividade na carreira,
indicados em lista tríplice, elaborada na forma desta
Lei, para mandato de 2 (dois) anos, permitida uma
recondução, observado o mesmo procedimento.
(B) São elegíveis para o cargo de Procurador-Geral de
Justiça todos os membros do Ministério Público do
Estado de Goiás, ainda que estejam cumprindo san-
ção aplicada em processo administrativo disciplinar.
(C) O Colégio de Procuradores de Justiça será compos-
to pelo Procurador-Geral de Justiça, que o presidirá,
pelo Corregedor-Geral do Ministério Público, e por
5 (cinco) Procuradores de Justiça eleitos, três pelos
Promotores de Justiça em exercício e dois pelo Co-
légio de Procuradores de Justiça, para mandato de 2
(dois) anos, vedada a reeleição.
(D) Ao Colégio de Procuradores de Justiça compete indi-
car ao Procurador-Geral de Justiça, em lista tríplice, os
candidatos a remoção ou promoção por merecimento.
(E) As Procuradorias de Justiça são órgãos auxiliares e
de execução do Ministério Público, com cargos de
Procurador de Justiça e serviços auxiliares necessá-
rios ao desempenho das funções legais estabelecidas
na LOMPGO.
Letra a.
(A) Certa, conforme art. 5º, caput, da LCE n. 25/1998.
(B) Errada, pois os membros do MPGO que estejam
cumprindo sanção aplicada em processo administrativo
disciplinar são inelegíveis para o cargo de PGJ (art. 7º,
inciso III, da LCE n. 25/1998).
(C) Errada, pois elenca conceito e organização afetos ao
Conselho Superior do Ministério Público (art. 19, § 1º, da
LCE n. 25/1998).
(D) Errada, pois elenca atribuição do Conselho Su-
perior do Ministério Público (art. 23, inciso II, da LCE
n. 25/1998).
(E) Errada, pois as Procuradorias de Justiça são órgãos
de administração do Ministério Público, e não órgãos
auxiliares (art. 33, da LCE n. 25/1998).
1º Simulado – Promotor de Justiça Substituto
De acordo com o disposto na Resolução n. 23/2007 do
Conselho Nacional do Ministério Público (Regulamenta
os artigos 6º, inciso VII, e 7º, inciso I, da Lei Complemen-
tar n. 75/1993 e os artigos 25, inciso IV, e 26, inciso I, da
Lei n. 8.625/93, disciplinando, no âmbito do Ministério
Público, a instauração e tramitação do inquérito civil),
assinale a alternativa incorreta.
(A) Durante a tramitação do inquérito civil, qualquer
pessoa poderá apresentar ao Ministério Público sub-
sídios ou documentos que contribuam para uma me-
lhor apuração dos fatos.
(B) O inquérito civil é instaurado por meio de portaria,
que poderá ser aditada por membro do Ministério
Público quando novos fatos indicarem necessidade
de investigação de objeto diverso do que estiver
sendo investigado, respeitadas as normas incidentes
quanto à divisão de atribuições.
(C) O inquérito civil não poderá ser instaurado de ofício
pelo Ministério Público, que deverá ser provocado
por qualquer pessoa ou autoridade que forneça in-
formações acerca do fato e de seu provável autor
bem como a qualificação mínima que permita sua
identificação e sua localização.
(D) Em cumprimento ao princípio da publicidade das in-
vestigações, o membro do Ministério Público poderá
prestar informações, inclusive aos meios de comu-
nicação social, a respeito das providências adotadas
para apuração de fatos em tese ilícitos, abstendo-se,
contudo de externar ou antecipar juízos de valor a
respeito de apurações ainda não concluídas.
(E) Esgotadas todas as possibilidades de diligências, o
membro do Ministério Público, caso se convença da
inexistência de fundamento para a propositura de
ação civil pública, promoverá, fundamentadamente,
o arquivamento do inquérito civil ou do procedimen-
to preparatório.
Letra c.
(A) Certa, conforme art. 6º, § 5º, da Res. n.
23/2007 do CNMP.
(B) Certa, conforme art. 4º, caput e parágrafo único, da
Res. n. 23/2007 do CNMP.
(C) Errada, pois o inquérito civil poderá ser instaurado
de ofício pelo Ministério Público, conforme art. 2º, inciso
I, da Res. n. 23/2007 do CNMP.
(D) Certa, conforme art. 8º da Res. n. 23/2007 do CNMP.
(E) Certa, conforme art. 10 da Res. n. 23/2007 do CNMP.