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ENQUALAB-2005 - Encontro para a Qualidade de Laboratórios

7 a 9 de junho de 2005, São Paulo, Brasil

USO DE PLANILHAS ELETRÔNICAS PARA IMPLEMENTAÇÃO DO


MÉTODO DE MONTE CARLO PARA ESTIMATIVA DA INCERTEZA DE
MEDIÇÃO

Daniel Homrich da Jornada


Rede Metrológica RS
dhj@terra.com.br / (51) 3347-8745 / 9696-4474

Morgana Pizzolato
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
morgana@producao.ufrgs.br / (51) 3316-3490 / 9808-5979

Resumo:
Uma vez que a metodologia já está estabelecida, o
O presente artigo visa apresentar um estudo de caso da problema central será a implementação deste novo
utilização de um software de planilhas eletrônicas para método. A disponibilidade de softwares – que é um pré-
implementação do cálculo de incerteza da medição requisito para aplicação da Simulação de Monte Carlo – é
segundo o Método de Monte Carlo, comparando restrita, e os laboratórios de metrologia que desejarem
posteriormente os resultados obtidos com o método de implementar esse método deverão optar por um software
cálculo proposto pelo ISO GUM. que seja adequado às necessidades.

Palavras-chave: metrologia; cálculo de incerteza; método O presente artigo traz uma análise a respeito da aplicação
de Monte Carlo; Planilhas Eletrônicas. do Método de Monte Carlo com o uso do software
computacional Microsoft Excel. Serão apresentadas as
1. INTRODUÇÃO ferramentas disponíveis e as restrições do software para a
geração de números aleatórios e conseqüente
A recente necessidade dos laboratórios de ensaios implementação do método de Simulação de Monte Carlo.
implementarem uma sistemática para a estimativa da O trabalho apresenta também um exemplo da aplicação
incerteza em suas medições fez com que este universo de desta ferramenta computacional no ensaio de
laboratórios se deparasse com um problema: a atual determinação do índice de acidez em águas. Os resultados
sistemática de cálculo de incerteza, proposta pelo Guia foram comparados com aqueles obtidos através do cálculo
para Expressão da Incerteza de Medição da ISO executado segundo o método proposto pelo ISO GUM.
(International Organization for Standardization),
documento também conhecido como ISO GUM, vem 2. OBJETIVO
sendo muito bem implementada, desde 1993, pela área de
calibração, mas em muitos casos, principalmente em O objetivo deste artigo consiste em demonstrar a
ensaios, a metodologia não pode ser considerada a mais implementação do método de Simulação de Monte Carlo
adequada ou viável de ser adotada, seja pela para cálculo da incerteza de medição de um ensaio através
complexidade dos cálculos envolvidos ou pelos pré- de planilhas eletrônicas, comparando os resultados com o
requisitos exigidos pelo atual método. Neste contexto, método proposto pelo ISO GUM.
começam a ser discutidas formas alternativas para o
cálculo da incerteza de medição, para que este parâmetro O presente artigo não pretende esgotar a discussão sobre o
possa ser mais adequadamente estimado. tema, mas sim, avaliar uma proposta para a efetiva
implementação do método de Monte Carlo para o cálculo
Surge, assim, como uma possibilidade, a aplicação da da incerteza.
Simulação de Monte Carlo para o cálculo de incerteza.
Um documento orientativo sobre o assunto já está em 3. MÉTÓDO
discussão na ISO, que deverá traçar os principais
requisitos para aplicação desta nova metodologia para o Como o resultado de uma medição é meramente uma
cálculo de incerteza. estimativa do valor do mensurando, ao relatar seu
resultado torna-se necessária a indicação quantitativa da confiança desejado (normalmente 95,45%), após um
qualidade dessa estimativa, de forma tal que aqueles que grande número de repetições executadas [3].
os utilizam possam avaliar sua confiabilidade. A incerteza
do resultado de uma medição reflete a falta de Um documento suplementar ao ISO GUM, a respeito da
conhecimento exato – ou dúvida – quanto ao valor utilização da Simulação de Monte Carlo para o cálculo da
verdadeiro do mensurando. A incerteza de medição incerteza de medição, vem sendo desenvolvido, ainda em
compreende, em geral, muitos componentes. Alguns forma de minuta por um comitê ligado ao BIPM chamado
desses componentes podem ser estimados com base na de Joint Committee for Guides in Metrology (JCGM).
distribuição estatística dos resultados das séries de
medições e podem ser caracterizados por desvios padrão Com o método de Monte Carlo, as funções densidade de
experimentais. Outros componentes, que também podem probabilidade das grandezas de entrada são propagadas
ser caracterizados por desvios padrão, são avaliados por pelo modelo matemático da medição para obter uma
meio de distribuições de probabilidade assumidas, função densidade de probabilidade para a grandeza de
baseadas na experiência ou em outras informações [1]. saída, o mensurando. Desta forma, a distribuição da
grandeza de saída não é assumida a priori, como acontece
O ISO GUM foi elaborado no sentido de harmonizar as no método do ISO GUM, mas calculada a partir das
metodologias utilizadas pelos laboratórios de metrologia distribuições de probabilidade das grandezas de entrada
para a estimativa da incerteza nas medições, bem como [4].
servir como um guia de fácil entendimento e
implementação nas diferentes áreas da metrologia. Seu As bases para a aplicação da Simulação de Monte Carlo
princípio consiste em demonstrar que a incerteza global no cálculo da incerteza consistem em selecionar
do ensaio ou calibração incorpora diversas fontes de aleatoriamente um número de uma distribuição de
incerteza, que surgem de efeitos sistemáticos e aleatórios, possíveis valores para uma grandeza de entrada e repetir o
propiciando, assim, a comparabilidade dos resultados de procedimento para as outras grandezas de entrada. Cada
medições executadas por laboratórios distintos [1]. valor obtido aleatoriamente é considerado no modelo
matemático da medição e um resultado é, então, obtido
A implementação do ISO GUM parte da análise do para a grandeza de saída. Este passo é repetido n vezes, de
modelo matemático da medição (equação da medição forma independente, a fim de avaliar a função densidade
propriamente dita) que inclui todas as contribuições de probabilidade do mensurando. Desta forma, os
relevantes para o ensaio ou calibração. A incerteza global procedimentos adotados pela Simulação de Monte Carlo
é então estimada pela lei da propagação da incerteza, dispensam os cálculos das derivadas parciais, o que em
seguindo a identificação e a quantificação da incerteza muitos casos pode ser um fator de complicada obtenção
individual dos fatores de influência [2]. [4].

O procedimento geral para aplicação do ISO GUM De acordo com [4], a incerteza calculada pelo método de
consiste em representar as estimativas de entrada do Monte Carlo pode ser expressa pela equação (1):
modelo matemático da medição em termos de suas
médias e desvios-padrão. Essas informações são I0,9545 = [Percentil0,022275; Percentil0,97725] (1)
propagadas para obtenção de um desvio-padrão,
assumindo a distribuição do mensurando como uma Onde:
Gaussiana, ou tipo t-Student [3]. - I0,9545 é a incerteza de medição, para um nível da
confiança de 95,45%
Por outro lado, o método de Monte Carlo, diferentemente - Percentil0,022275 é o percentil 2,2275 % do conjunto de
do ISO GUM, utiliza o conceito de propagação das resultados gerados através das simulações de Monte
distribuições de probabilidade das grandezas de entrada e Carlo;
não, somente a propagação das incertezas das grandezas - Percentil0,97725 é o percentil 97,725 % do conjunto de
de entrada como preconiza o outro método. Ou seja, toda resultados gerados através das simulações de Monte
a distribuição de probabilidade de cada fonte de incerteza Carlo;
é propagada através da equação da medição [3].
Outra importante utilidade da Simulação de Monte Carlo
O conceito de propagação de distribuições utilizado pela consiste na possibilidade de validação, ou não, dos
Simulação de Monte Carlo consiste primeiramente em cálculos executados pelo método do ISO GUM. A lei da
assumir distribuições de probabilidade apropriadas (como propagação da incerteza, proposta pelo ISO GUM, pode
uniforme, normal, triangular, entre outras) para as fontes funcionar plenamente, na maioria dos casos. Contudo, é
de incerteza do ensaio ou calibração. Essas distribuições complexo quantificar os efeitos das aproximações
são, então, propagadas através da equação da medição e envolvidas, tais como não-linearização do modelo
os valores para a média e desvio-padrão dos resultados matemático, inaplicabilidade da fórmula de Welch-
são estimados. A incerteza do ensaio ou da calibração será Satterthwaite e a distribuição não normal da grandeza de
calculada de acordo com um determinado nível da saída. Neste sentido, sempre quando houver dúvidas com
relação à adequação do método do ISO GUM, os cálculos
devem ser validados de alguma forma. A Simulação de Para efeitos de cálculo, será estimada a incerteza de
Monte Carlo, associada à utilização de softwares medição do ensaio, quando:
computacionais, pode ser uma alternativa para validar tais
cálculos, já que a propagação de distribuições é uma N = 0,0196 N
generalização da lei de propagação de incertezas [4]. Vt = 1,20 mL
Va = 100,00 mL
Informações detalhadas sobre o processo de cálculo de
incerteza segundo o método do ISO GUM podem ser Desta forma, substituindo os valores citados
consultadas em [1; 5-6]. Referências com relação ao anteriormente na equação (2), o resultado do ensaio de
Método de Monte Carlo para o cálculo de incerteza determinação do índice de acidez seria:
podem ser obtidas em [3-4;7].
Y = 50.000x0,0196x1,2x100,00-1 = 11,8 mg/L de CaCO3
A seguir será demonstrado o resultado de um estudo sobre
a implementação do método de Monte Carlo, em O resultado da incerteza expandida calculada previamente
comparação com o método do ISO GUM. pelo laboratório, de acordo com o método do ISO GUM
foi de ± 1,3 mg/L de CaCO3, para o ensaio de
4. RESULTADOS determinação do índice de acidez em águas, para uma
probabilidade de abrangência de 95,45%.
4.1 Sobre o estudo
4.3 Resultados pelo método de Monte Carlo
O estudo apresentado a seguir visa analisar criticamente a
implementação do cálculo de incerteza através do método Para implementar o método de Monte Carlo, foi utilizada
de Monte Carlo com a utilização de planilhas eletrônicas a função “ferramentas de análise – geração de números
para estruturação de tais cálculos. aleatórios” para gerar os números aleatórios em Microsoft
Excel. Para tanto, as mesmas fontes de incerteza
A ferramenta computacional escolhida para implementar consideradas inicialmente pelo laboratório, em sua
o método de Monte Carlo foi o Microsoft Excel, visto que planilha de incerteza pelo método do ISO GUM, foram
se configura como um software de grande utilização por consideradas no cálculo pelo método de Monte Carlo.
parte dos laboratórios. Cabe ressaltar que este software
não foi concebido, a princípio, para este fim, possuindo, Infelizmente, o referido software não descreve o
portanto, algumas limitações que serão tratadas na algoritmo utilizado para a geração de tais números
seqüência. aleatórios. Sendo assim, para avaliar a coerência da
geração destes números foram analisados histogramas de
Para o estudo de caso, foi enfocado o ensaio de um conjunto de números gerados aleatoriamente pelo
determinação do índice de acidez em águas, executado no software. As figuras (1) e (2) apresentam dois testes feitos
Laboratório Geral do Centro de Ecologia da UFRGS com a geração de 20.000 números aleatórios cada, com
(CENECO). O CENECO é um órgão ligado ao Instituto distribuições de probabilidade normal (média 0 e desvio-
de Biociências. Ele possui quatro laboratórios padrão 1) e uniforme (de -1 a 1), respectivamente. Pela
reconhecidos pela Rede Metrológica RS, de acordo com a análise visual das figuras (1) e (2), nota-se claramente a
norma NBR ISO/IEC 17025:2001, dentre eles o adequação dos conjuntos de dados às distribuições
Laboratório Geral, que executa análises físico-químicas propostas.
em águas e efluentes.
300
4.2 Resultados pelo método do ISO GUM
250
A determinação do Índice de Acidez em Águas é dado
pela equação (2):
200
Freqüência

-1
Y = 50.000 x N x Vt x Va (2)
150

Onde:
100

- Y é o resultado do ensaio (índice de acidez) – expresso


em mg/L de CaCO3; 50

- 50.000 é uma constante multiplicativa em função da


massa molar de CaCO3; 0

- N é a normalidade da solução-padrão preparada; Bloco

- Vt é o volume gasto do titulante; Figura (1) – Histograma de freqüência da geração de números


- Va é o volume da amostra; aleatórios para uma variável com distribuição normal, com
média 0 e desvio-padrão 1.
Com relação a opção “geração de números aleatórios”, o
software apresenta uma restrição quanto às distribuições
120
de probabilidade: o usuário pode escolher somente entre
100 as seguintes distribuições:
- Uniforme/retangular
80
- Normal
Freqüência

60 - Bernoulli
- Binomial
40 - Poisson
20
- Padronizada
- Discreta
0
Bloco Neste sentido, o software não contempla as distribuições
do tipo triangular ou t-Student, o que, em certos casos,
Figura (2) – Histograma de freqüência da geração de números poderia vir impossibilitar seu uso para o cálculo da
aleatórios para variável com distribuição uniforme, de -1 a 1. incerteza pelo método de Monte Carlo.

Na primeira planilha elaborada, envolvendo o cálculo do Para a fonte de incerteza com relação ao erro de indicação
volume da solução-padrão, consideraram-se como fontes da pipeta, acionou-se novamente a função de geração de
de incerteza a incerteza na calibração da pipeta, o erro de números aleatórios. Neste caso, a distribuição desta
indicação da pipeta e o erro volumétrico da pipeta em variável é do tipo uniforme, que é um sinônimo para
função da variação de temperatura do laboratório. distribuição retangular. Os valores podem variar desde
-0,0118 mL até 0,0118 mL, conforme indicação da
Do certificado de calibração da pipeta, temos que a planilha do método do ISO GUM, calculada previamente
incerteza expandida é igual a 0,0111 mL. Dividindo-se pelo laboratório.
esse valor pelo respectivo fator de abrangência k = 2,
temos que a incerteza padrão combinada (representada O mesmo processo foi executado para a fonte de incerteza
sob forma de um desvio-padrão) será igual a 0,00555 mL. com relação ao erro volumétrico em função da variação
O passo seguinte consiste em acionar a função de geração de temperatura do laboratório. Novamente, a distrituição é
de números aleatórios, selecionando, neste caso, do tipo uniforme, variando desde -0,0126 mL até 0,0126
distribuição de probabilidade normal para esta fonte de mL.
incerteza. O software solicita a definição do número de
repetições que deverão ser executadas pelo algoritmo. Para combinar as 3 variáveis e obter um valor de incerteza
Optou-se por utilizar neste trabalho 20.000 repetições em único para esta etapa, deve-se primeiro recorrer à equação
cada variável gerada aleatoriamente. Na seqüência, da medição, no qual todos os valores obtidos da geração
declarou-se o valor central da variável, que é igual a 0, e o aleatória são combinados. Esse processo é repetido 20.000
seu desvio-padrão, igual a incerteza padrão combinada, ou vezes, que é justamente o número de repetições
seja, 0,00555 mL. A figura (3) apresenta a janela de estabelecido anteriormente.
entrada dos dados para acionar a função de geração de
números aleatórios pelo Microsoft Excel. Na seqüência, calcula-se o valor da média do conjunto de
resultados e o valor dos percentis 2,275 % e 97,725 %,
para se obter uma incerteza com 95,45 % de nível da
confiança (mesmo nível estabelecido para o cálculo pelo
método do ISO GUM). O valor obtido do percentil 2,2275
% será o limite inferior de incerteza e o valor do percentil
97,725 % será o limite superior da incerteza pelo método
de Monte Carlo.

Desta forma, a incerteza final para a determinação de do


índice de acidez pelo método de Monte Carlo foi de:

I0,9545 = [-1,31; 1,34] mg/L de CaCo3

A figura (4) apresenta o histograma dos resultados obtidos


através das 20.000 repetições executadas pelo método de
Monte Carlo. O histograma demonstra a adequação dos
Figura (3) – Uso da função “ferramentas de análise – geração de dados à distribuição normal.
números aleatórios” no Microsoft Excel
É importante neste ponto ressaltar que o Microsoft Excel
apresenta uma restrição com relação à quantidade de
repetições possíveis na geração dos números aleatórios. O processamento de cada geração foi de aproximadamente 1
software permite gerar até 32.767 repetições para cada minuto, num computador com processador de 1,7 GHz e
variável. 256 Mb de memória RAM.

Sendo assim, foi desenvolvido um estudo para avaliar as Nestas configurações, o arquivo com as planilhas
variações nos resultados em função da variação no eletrônicas pelo método de Monte Carlo ocupou
número de repetições executadas no Microsoft Excel. aproximadamente 23 Mb no HD, o que vem a ser um
ponto negativo, pois demanda muito espaço de
O estudo envolveu a geração de números aleatórios com armazenamento.
distribuição uniforme, variando de -1 a 1. Foram gerados
números aleatórios com 5.000 repetições, 10.000 Após obtido este valor de incerteza, foi executado um
repetiçõe, 15.000 repetições, 20.000 repetições, 25.000 processo de comparação entre as incertezas obtidas pelo
repetições e 32.767 repetições. método do ISO GUM e pelo método de Monte Carlo.
Através desta comparação, foi possível verificar a
validade dos cálculos gerados e o uso da planilha
500 eletrônica. Para este processo de validação, foi utilizado o
450 procedimento recomendado por [4].
400
350
5. DISCUSSÃO
Freqüência

300
Pelos resultados apresentados percebe-se claramente que
250 o uso de softwares tipo Microsoft Excel, de planilhas
200 eletrônicas, para o processo de cálculo de incerteza é
150
válido, apesar de suas limitações apresentadas
anteriormente neste trabalho.
100
50 6. CONCLUSÕES
0
Bloco O presente artigo apresentou uma comparação entre o
atual método de cálculo de incerteza segundo o ISO GUM
Figura (4) – Histograma de Freqüência para os resultados finais e o método alternativo de cálculo de incerteza que utiliza
do ensaio pelo Método de Monte Carlo Simulação de Monte Carlo, enfocando o uso de planilhas
eletrônicas.
A figura (5) apresenta graficamente os resultados desse
Foi possível constatar a compatibilidade entre os dois
estudo, que demonstra que visualmente não há diferenças
métodos de cálculo. Pelo uso do software proposto neste
significativas com relação a variações no número de
trabalho, apesar de suas restrições discutidas
repetições executadas.
anteriormente, foi possível verificar sua fácil
implementação. Obviamente, estudos abrangendo outros
1,50000
ensaios e calibrações devem também ser executados, para
1,00000 avaliar todas as restrições em termos de software, quando
da implementação da metodologia de cálculo de incerteza
0,50000
por Simulação de Monte Carlo.
Resultado

0,00000

REFERÊNCIAS
-0,50000

-1,00000 [1] INMETRO. Guia para a Expressão da Incerteza de


Medição. Terceira edição brasileira em língua
-1,50000
0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000
portuguesa. Rio de Janeiro: ABNT, INMETRO, 2003.
Número de repetições
120 p.

Figura (5) – Estudo do número de repetição para aplicação do [2] ELLISON, Stephen L. R. and BARWICK, Vicki J.
método de Monte Carlo Using validations data for ISO measurement
uncertainty estimation: Part 1 – Principles of an
approach using cause and effect analysis. The Analyst,
Em função dos resultados apresentados na figura (5), vol 123, p. 1387-1392, jun/1998.
estipulou-se o número padrão de 20.000 repetições para as
planilhas desenvolvidas. Isto porque, um número maior [3] COX, M. G. e HARRIS, P. M. GUM Supplements. CIE
demandaria muito tempo de processamento Expert Symposium on Uncertainty Evaluation, Method
computacional e ocuparia muita memória no Hard Drive for analysis of uncertainties in optical radiation
measurement, Vienna, Austria, 2001.
(HD). Para as planilhas desenvolvidas, o tempo de
[4] BIPM. Guide to the expression of uncertainty in
measurement (GUM) - Supplement 1: Numerical
methods for the propagation of distributions -
Temporary ISO Guide 9998. BIPM/JCGM-WG1-SC1-
N10. 2004.

[5] European co-operation for Acreditation (EA). EA-4/02 –


Expression of the Uncertainty of Measurement in
Calibration. 1999. 79 p.

[6] EURACHEM/CITAC. Quantifying Uncertainty in


Analitical Measurement. 2ª ed. 2000.

[7] LANDGRAF, Wagner R.; STEMPNIAK, Charles R.


Simulação de Monte Carlo e Ferramentas para
Avaliação da Incerteza de Medição. In: IV Congresso
Latino Americano de Metrologia, 2004, Foz do Iguaçu.
Anais.

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