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SINTOMATOLOGIA:
1. Sopro Carotídeo:
• Em um relatório do NASCET, 75% dos pacientes com sopro carotídeo tinham
estenose moderada a severa da A. Carotídea (com mais de 60% de estenose);
o Um sopro focal sugere uma estenose de A. Carótida Interna;
o Um sopro estridente sugere um aumento da velocidade do fluxo sanguíneo na
região da estenose arterial;
o Um sopro de longa duração na sístole sugere uma maior estenose.
OBS: Essas características são perceptíveis na origem da A. Carotídea Interna quando a
estenose é maior que 70% e/ou o diâmetro residual do lúmen é menor que 1,5mm.
2. Sintomas Isquêmicos:
• Isquemia hemisférica cerebral e ocular.
o Perda de visão parcial ou total em um olho e ausência de reflexo pupilar. A
fundoscopia pode demonstrar oclusão arterial ou dano isquêmico à retina.
o Sinais de isquemia cerebral incluem: hemianopsia homônima, hemiparesia e
perda sensorial.
EXAMES DE IMAGEM:
Vantagens:
o Permite avaliar todo o Sistema Carotídeo, fornecendo informações sobre a presença
e morfologia das placas ateroscleróticas e da circulação colateral, que podem alterar
o tratamento.
Desvantagens:
o Procedimento invasivo, de alto custo, com risco de morbi-mortalidade.
▪ Risco de eventos embólicos após o procedimento.
Vantagens:
o Procedimento não-invasivo, seguro, relativamente barato.
o Útil como primeiro exame em pacientes selecionados.
Desvantagens:
o A ausência de fluxo na A. Carótida Interna pode ser consequência de uma oclusão,
mas lúmens residuais extremamente finos podem ser deixados passar nesse exame.
Além disso, há estudos que mostram que o USDC tende a superestimar o grau de
estenose.
▪ Há menor precisão na determinação de estenoses menores que 50% se
comparadas às estenoses de graus mais elevados.
▪ A imagem pode ser limitada devido a lesões calcificadas na carótida e/ou
artérias tortuosas.
SCREENING:
• Pacientes com mais de 65 anos + fatores de risco para doença cardiovascular.
TRATAMENTO:
Recomendações:
• Em pacientes com AIT ou AVE isquêmico recente (dentro dos últimos 6 meses), com estenose
carotídea severa (70 a 99%) – recomenda-se endarterectomia.
• Em pacientes com AIT ou AVE isquêmico recente, com estenose carotídea moderada (50 a
69%) – a endarterectomia é recomendada dependendo de fatores específicos do paciente
(idade, sexo, comorbidades).
• Quando o grau de estenose é menor que 50% - não há indicação de revascularização
carotídea por endarterectomia nem angioplastia com stent.
• A angioplastia com stent é uma alternativa à endarterectomia para pacientes sintomáticos
com baixos riscos de complicação associados à intervenção endovascular, quando o diâmetro
do lúmen da A. Carótida Interna é reduzido a menos de 70% (visto por exames de imagem
não-invasivos) ou a menos de 50% (visto por angiografia).
ENDARTERECTOMIA:
• Aspirina em baixas doses (81 a 325mg/dia) é recomendada para todos os pacientes que serão
encaminhados à endarterectomia – sua adm. deve ser iniciada antes da cirurgia e continuada
por ao menos 3 meses após o procedimento.
• Terapia antiplaquetária é indicada para a maior parte dos pacientes, por 3 meses, para prevenir
eventos cardiovasculares – principalmente para aqueles com histórico de AVE isquêmico ou
AIT.
Risco de AVE isquêmico e morte em 30 dias é maior em pacientes tratados com endarterectomia,
porém, em um follow-up de 2 anos após a cirurgia, observou-se:
• Menor risco de qualquer tipo de AVE ipsilateral e morte se comparado à angioplastia.
Timing da Cirurgia:
• Endarterectomia deve ser realizada dentro de duas semanas após o AVE ou AIT, mas não
antes de dois dias após o último evento sintomático.
• ↑ risco de IAM perioperatório;
Seleção de pacientes:
• Estenose carotídea de 70 a 99%, que apresenta uma das seguintes
condições:
o Uma lesão carotídea que não é acessível através da cirurgia;
o Estenose induzida por radiação;
o Re-estenose após endarterectomia;
o Comorbidades severas (FE < 25% ou DPOC grave);
O risco de AVE ou morte durante o procedimento é maior com a angioplastia
do que com a endarterectomia.
TRATAMENTO CLÍNICO: