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Grupo Temático 1
Subgrupo 1.1
Resumo:
A crescente presença das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) na
sociedade contemporânea vem acarretando transformações profundas na comunicação
e interação entre pessoas. Tais transformações refletem também no
ensino/aprendizagem de línguas estrangeiras (LE). Nesse sentido, neste trabalho
objetivamos realizar um estado da arte das TDICs no ensino/aprendizagem de Língua
Estrangeira (LE), dos últimos dez anos (2009-2019). Como objetivo específico,
pretendemos mapear, graficamente, o cenário recente dos trabalhos acadêmicos sobre
as TDICs no ensino/aprendizagem de LE.
Palavras-chave: Estado da arte; TDICs; Ensino/Aprendizagem de LE.
Abstract:
The growing presence of Digital Information and Communication Technologies in
contemporary society has led to profound changes in communication and interaction
between people. Such transformations are also reflected in the teaching/learning foreign
languages. In this sense, in this paper we aim to achieve a state of the art of Digital
Information and Communication Technologies in the teaching/learning foreign
language, of the last ten years (2009-2019). As specific objective, we intend to map,
graphically, the recent scenario of academic production of technologies in the
teaching/learning languages.
Keywords: State of the art; Digital Information and Communication Technologies;
Teaching / Learning Foreign Language.
1. Introdução
Com a gradativa popularização do acesso a tablets e a celulares nos últimos anos, é
notável que se transformou a maneira como se trata as Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs) e as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs). De 1
1
Neste trabalho, apresentamos os resultados preliminares de uma pesquisa de Iniciação Científica sem bolsa
(ISB).
2
Graduando do curso de Letras (alemão-português) na UNESP/Araraquara. Email: pm.carvalho@unesp.br
3
Professora de espanhol e português para estrangeiros no Laboratório de Línguas (LabLin) da UNESP/Botucatu.
Doutoranda pelo programa de Linguística e Língua Portuguesa da UNESP/Araraquara. Email:
mayarasataka@gmail.com / mayara.sataka@unesp.br
acordo com Prensky (2001), as gerações mais jovens, que crescem em contato com TICs,
estão acostumadas com uma rápida troca de informações.
Desse modo, discutiremos, na próxima seção, o arcabouço teórico que subjaz este
trabalho, após isso abordaremos a metodologia de pesquisa. Por fim, apresentaremos o
estado da arte e as considerações finais.
2. As TDICs no ensino/aprendizagem de LE
As possibilidades de emprego das TDICs no ensino de LE são muito amplas, indo além
de exercitar somente competências de leitura e escrita de LE, podendo exercitar também 2
competências sociais e midiáticas. Tais competências do âmbito social estão profundamente
alinhadas com o que explicitou Almeida (2005), com o letramento digital. Diante da
sociedade contemporânea de rápida troca de informações, o letramento digital não
configura somente a apreensão e a reprodução dos dados, mas também uma visão crítica
deles.
No entanto, é essencial o preparo por parte do professor para promover o
letramento digital, pois a maior parte dos alunos/professores que fazem uso das TDICs em
sala são exploram todo seu potencial. Desse modo, a prática mais profícua seria ir além da
mera exposição do conteúdo usando das TDICs, sem participação do aluno. “[Os novos
alunos] esperam mudanças” (TEZANI, 2017, p. 304). Assim, fica nítido como o emprego das
TDICs no ensino/aprendizagem de LE, para que possa exercer seu potencial, necessita de
uma aplicação adequada por parte do professor. Tal preparo não compreende somente
conhecimento técnico de como operar as tecnologias, mas também uma reflexão quanto o
método tradicional de ensino diante do novo perfil do aluno. De acordo com Prensky (2001),
a tendência é que os alunos das últimas gerações cresçam tendo contato com tecnologias
midiáticas, de forma que, acostumados com rápidos recebimento e transmissão de
informações, tenham dificuldade para se manter passivos durante longas aulas de caráter
expositivo.
Tezani (2017) sustenta o quanto as TDICs estão presentes na vida dos alunos,
constatando em seu trabalho que a maioria deles, além de possuir computador com acesso
à rede, poderia utilizar a ferramenta para pesquisa. A autora destaca que, apesar da vasta
maioria dos alunos possuírem acesso à mídia, seu uso é muito restrito nas escolas. O
potencial das TDICs é pouco explorado nos processos educacionais. Nessa direção, Marques-
Schäfer (2015, p. 4) reforça a necessidade de se preparar o professor: “Seria [...] errado
imaginar que o simples fato de disponibilizar computadores nas escolas propiciaria o
letramento digital dos cidadãos, principalmente dos professores”. Advogamos, em
consonância com a autora, de que a mera inserção das TDICs não resulta necessariamente
uma boa aprendizagem, pois TDICs não são apenas veículos de conteúdo. Por exemplo, Um
datashow exibe muito mais rapidamente o que seria escrito por extenso na lousa, mas é
necessário repensar maneiras de inserir ativamente os estudantes na aula, de maneira a não
frustrá-los e colaborar para a construção do conhecimento. Sendo assim, na próxima seção
discutiremos acerca da metodologia que orienta este trabalho.
3. Metodologia
Este trabalho é de natureza qualitativa e uma pesquisa bibliográfica. A pesquisa
qualitativa caracteriza-se por buscar interpretar o objeto de estudo e situá-lo em um
contexto histórico (CÓRDOVA, SILVEIRA, 2009). Além disso, a pesquisa bibliográfica,
frequentemente confundida por revisão de bibliografia, compreende processos de vigilância
epistemológica, de observação e de cuidado na escolha e no encaminhamento dos
processos metodológicos (LIMA, MIOTO, 2007).
4
Disponível em: <https://scholar.google.com/>. Acesso em 12 de maio de 2020.
Em relação à coleta de dados, utilizamos motores de busca no Google Scholar.
Usando combinações de diferentes operadores disponibilizados pela ferramenta, criamos a
frase que resulta no maior número de resultados relevantes ao tema. Coletados os
trabalhos, analisamos seus títulos, resumos, palavras-chave e fichas técnicas. Essa análise
providencia as seguintes informações: título, data de publicação, autoria, instituição a que se
vincula, LE referente (ou a qual o trabalho direciona maior foco), gênero acadêmico
(dissertação, tese, etc) e finalidade. A finalidade trata-se do foco prático do trabalho
analisado. De acordo com Gerhardt e Souza (2009, p. 12), as razões que levam à realização
de uma pesquisa científica podem ser agrupadas em razões intelectuais (desejo de conhecer
pela própria satisfação de conhecer) e razões práticas (desejo de conhecer com vistas a fazer
algo de maneira mais eficaz). Como demonstramos na Fundamentação Teórica (cf. seção 2),
há três desdobramentos principais do tema “TDICs no ensino/aprendizagem de LE”, e cada
um deles representa uma categorização de finalidade, os quais são: Ensino/Aprendizagem,
Formação de Docentes, Políticas da Linguagem e Estado da Arte. Categorizados cada um
dos trabalhos coletados pelos motores de busca e extraídas suas informações, organizamos
tais informações em gráficos, a fim de melhor representá-los visualmente e analisá-los.
Sendo assim, na próxima seção, explicitamos o estado da arte.
4. Estado da arte
Nesta seção, apresentamos o estado da arte das TDICs no ensino/aprendizagem de
LE. Realizamos os procedimentos de coleta e análise de dados, descritos na seção de
metodologia (cf. seção 3), usando os motores de busca no Google Scholar. Dentre todos os
trabalhos que encontramos (226), selecionamos cinquenta e nove (59) trabalhos
acadêmicos5.
5
A quantidade de trabalhos coletados nesta pesquisa bibliográfica, bem como as análises, será expandida
futuramente, tendo em vista que neste trabalho divulgamos apenas resultados preliminares.
Figura 1. Gráfico de contagem por instituição
Fonte: Autoria própria
5
Figura 2. Gráfico da contagem dos gêneros acadêmicos
Fonte: Autoria própria
6
Figura 3. Gráfico de línguas focalizadas nos trabalhos
Fonte: Autoria própria
8
Figura 5. Gráfico das produções por ano
Fonte: Autoria própria
5. Considerações finais
Neste trabalho objetivamos realizar um estado da arte das TDICs no
ensino/aprendizagem de LE, dos últimos dez anos (2009-2019). Como objetivo específico,
buscamos mapear, graficamente, o cenário recente dos trabalhos acadêmicos sobre as TDICs
no ensino/aprendizagem de LE. Após a análise dos dados coletados, ressaltamos algumas 9
observações que julgamos serem importantes.
6. Referências bibliográficas
ALMEIDA, M. E. B. de. Letramento digital e hipertexto: contribuições à educação. In:
PELLANDA, N. M. C.; SCHLÜNZEN, E. T. M.; JUNIOR, K. S. (org.). Inclusão digital: tecendo
redes afetivas/cognitivas. Rio de Janeiro: DP&A, 2005. p. 171-192.
PRENSKY, M. Digital Natives, Digital Immigrants. On the Horizon. In: On the Horizon, 9 (6),
2001, 1-9.
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