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BETÃO ESTRUTURAL I
CAPÍTULO 7 — Pilares
Texto de apoio
Luciano Jacinto
Índice
1 Introdução .............................................................................................................. 3
2 Conceitos fundamentais relacionados com encurvadura de colunas ........................ 4
3 Dimensionamento de pilares isolados ...................................................................... 9
3.1 Imperfeições a considerar ............................................................................... 10
3.2 Condições de dispensa da consideração dos efeitos de 2.ª ordem.................... 12
3.3 Método geral de dimensionamento ................................................................. 13
3.4 Método da rigidez nominal ............................................................................. 15
3.5 Método da curvatura nominal ........................................................................ 19
4 Dimensionamento de pilares inseridos em pórticos ............................................... 26
4.1 Imperfeições a considerar em edifícios ............................................................ 26
4.2 Condições de dispensa da consideração dos efeitos globais de 2.ª ordem ........ 26
4.3 Estruturas contraventadas versus estruturas não contraventadas .................. 27
4.4 Método das forças fictícias horizontais ........................................................... 29
5 Disposições construtivas relevantes do EC2 .......................................................... 31
5.1 Armaduras longitudinais ................................................................................ 31
5.2 Armaduras transversais.................................................................................. 32
Problemas de revisão ................................................................................................. 33
Anexos ....................................................................................................................... 37
Resolução do problema proposto na secção 1........................................................ 37
Bases dos métodos simplificados do EC2 .............................................................. 37
2
1 Inttroduçã
ão
Consideere-se o pillar representado na F
Figura. Qu
uanto vale o momentoo na base?
3
N N N
1) M 2) 3)
F
N N N N
4) 5) 6) 7)
F
4
Obsserve-se qu nte em P = Pcr é ho
ue a tangen orizontal, o que signiifica que, uma
u vez
atingida a cargga crítica, as deforrmações tornam-se
t descontrooladas (eq quilíbrio
instáveel).
Suponha-se agora
a que a colunaa possui um defeitto, caracteerizado po or uma
excentrricidade e0 no ponto de aplicaçção da carg ga P (situa
ação (b) daa figura annterior).
Constaata-se que asa deformaações come çam logo a aumentarr desde o iinício da ap plicação
da cargga. Verificca-se tamb bém que as deform mações aum mentam m muito rapid damente
(como se a rigideez baixasse) quando a carga se s aproxim ma da cargga crítica. Quanto
mais próximo daa carga críítica estiveer o esforçço axial da a barra taanto maiorr são as
deformações laterrais e bem assim os e sforços de 2.ª ordem..
Note-se, no en ntanto, qu
ue, devido à imperfeeição, a coluna (b) nnão está su ujeita à
ocorrênncia de fenómenos dee instabiliddade (possiibilidade dee ocorrênciia de deforrmações
repentinas, sem aviso),
a ue é benéfiico. Por issso é que o EC2 (Cl. 55.8.1) referre que a
o qu
encurva adura pura a não é um estado limite releevante em estruturass reais, deevido às
imperfeeições e à existência de carg as transveersais. Porr este mottivo a dessignação
«Verifiicação da segurança em relaçção ao EL L último de d encurvaadura», co omo era
utilizad
da no REB BAP (1983 3) não é mmuito correecta. É ma ais apropriaada a desiignação:
«Verifiicação da segurança a ao EL ú último de flexão composta coom efeitos de 2.ª
ordem» ».
ue o conceiito de cargga crítica Pcr é um conceito
Enfaatiza-se qu c asssociado a colunas
sem im mperfeições — um conceito te órico, porttanto. No entanto, de acordo com o
expostoo acima, é um conceiito útil ten ndo em con nta que a proximidadde entre o esforço
axial dda barra e a carga a crítica cconstitui uma
u boa medida daa magnitu ude dos
momen ntos de 2.ª ordem.
No ttexto que segue representaremoos a carga crítica porr N B (B dde bucklingg), que é
a notaçção empreegue no EC C2. Para u uma colun na genéricaa, a carga N B é da ada pela
expresssão:
π2EI
NB = ,
l02
5
Mostra-se na Figura seguinte os comprimentos de encurvadura de colunas com
condições fronteira ideais (deslocamentos perfeitamente livres ou perfeitamente
restringidos):
Para além dos casos acima, o EC2 contém ainda disposições para o cálculo do
comprimento de encurvadura de pilares com apoios elásticos na extremidade (pilares
inseridos em pórticos) (Cl. 5.8.3.2, p77).
6
de k1 e k2 são duas constante s relativass às extrem
ond midades 1 e 2 do pila
ar. Para
cada um nte k determ
ma das exttremidadess a constan mina-se pela expressãão:
xtremidade rotulada: k = ∞ ;
Ex
xtremidade encastrada: k = 0 ;
Ex
Ex
xemplo. Determine-se o compriimento de encurvadu
ura do seguuinte pilar:
Resoolução:
Desiignando poor 1 a extremidade in
nferior e po
or 2 a extreemidade suuperior, tem
m-se:
k1 = ∞ ;
0.0006775 / 3
k2 = = 0.12
0 ;
3 × 0.0033125 / 5
⎛ k1 ⎞⎟⎛ k2 ⎞⎟ ⎛ 0.122 ⎞
l0 = 0.5l ⎜⎜⎜1 + ⎟⎟⎜⎜1 +
0.45 + k1 ⎟⎠⎜⎝ 0.45 + k2 ⎟⎟⎠
⎟ = 0.5
5l (1 + 1)⎜⎜⎜1 + 0.45 + 0.12 ⎟⎟⎟⎟ = 2.333 m
⎝ ⎝ ⎠
7
xão do pilaar. A esbelteza λ dee uma coluuna em reelação a
direcções principaais de flex
uma direcção é daada por:
l0
λ= ,
i
onde l0 é o com mprimento de encurvvadura pa ara o planno de flexãão em cau usa e i
representa o chammado raio de giraçãoo da secção
o transversal em relaç
ação à direccção em
causa, d
definido poor:
I
i= .
A
É fáácil verificaar que:
π 2EA
NB = ,
λ2
onde A represen nta a área a da secçãão transveersal da cooluna. Istoo significa
a que a
esbeltezza de um ma coluna (bem com mo o mód dulo de ellasticidade E e a área á A)
determinam a caarga críticca. Isto m mostra a immportânciaa do conceeito de essbelteza.
Podemoos afirmaar que a importâância doss efeitos de 2.ª ordem depende d
fundammentalmentte de duass grandezaas: (1) magnitude do o esforço aaxial actuaante no
pilar e (2) sua esb
belteza.
Deteermine-se o raio de giração
g de u
uma secçãoo rectangular a × b :
Ix ab 3 b2 b
ix = = = =
A 12ab 12 12
a
iy =
112
Deteermine-se agora
a a secção cirrcular de raaio r :
o raiio de giraç ão de uma
I πd 4 2r )4
(2 r2 r
i= = = = =
A 644πr 2 6 r2
64 4 2
Ex xemplo. Considere-s
C e um pilaar com secção rectanngular a × b e condiições de
apoio iindicadas nan Figura.. Determin ne-se a relação entree a e b dde forma a que a
esbeltezza do pilarr seja idênttica nas du
uas direcçõees.
8
Resoolução:
Direecção longiitudinal (flexão em toorno dos yy
y )
l0y l
λy = = 12
iy a
Exxemplo. Determine-s
D se a esbeltteza de umma coluna para a quual o esforçço axial
maga o bettão ( N Rd ) coincide coom a carga
que esm a crítica dee Euler.
Resoolução:
π 2E
EA E
= fcd A ⇔ π 2E = λ 2 fcd ⇔ λ=π ;
λ2 fcd
É in
nteressantee que o RE EBAP no artigo 64..º especificcava que oos pilares em
e caso
algum poderiam tert esbeltezas superioores a 140.. A ideia era
e obrigar a adoptarr pilares
que esm
maguem an ntes de entrarem em equilíbrio instável, reeduzindo-sse assim o risco da
ncia de fenóómenos de instabilidaade.
ocorrên
3 Diimensionamento de pila
ares iso
olados
Pilares isolados incluem
i oss que são efectivammente isolados e aquueles que, fazendo
parte d
da estruturra, poderão
o ser analissados em separado.
s É o caso dde pilares in
nseridos
em esstruturas com efeiitos globaais de 2.ª 2 ordem
m desprezááveis (esttruturas
contravventadas).
9
3.1 Im
mperfeiçõ
ões a con
nsiderar
As impperfeições a considera ar no dimennsionamentto dos pila ares pretenddem simular erros
construutivos inevvitáveis, coomo por eexemplo a ocorrência de desvvios em reelação à
verticallidade, ou,, no caso de
d aplicaçãão de carga as concentrradas no ttopo dos piilares, a
aplicaçãão excêntrrica dessas cargas. A incerteza originada pelo efeitoo das impeerfeições
não esttá contemp plada nos coeficientees de segurrança, peloo que esse efeito preecisa ser
explicittamente coonsiderado, já que afeecta os mommentos flecctores de pprimeira orrdem.
Paraa elementoos isolados, o efeito ddas imperfeeições podeerá ser moodelado com mo uma
excentrricidade ei ou como uma forçaa transversa al H i aplicada na poosição que produz
o momeento máxim mo, conforme se indicca a seguirr (Cl. 5.2):
l0 l0
ei = θi H i = θi N ei = θi H i = 2 θi N
2 2
A grrandeza θi é determiinada a paartir das ex
xpressões:
1
θi = αh αm ;
200
αh = 2 / l ; 2 / 3 ≤ αh ≤ 1 ;
de ei , o
No caso de see optar porr representtar as impeerfeições por uma exxcentricidad
momen
nto devido às imperfeições (a addicionar ao
os restantess momentoos) é dado por:
10
M i = Nei ,
indepen
ndentemennte do tipo de pilar (ccontraventado ou não
o contravenntado).
Paraa se obterr o momennto de priimeira ord dem total, é necessárrio adicion
nar este
momen nto ao moomento deevido às cargas (q que podemmos represeentar por M 0f ).
Podemoos então esscrever:
M 0 = M 0f + M i
Exxemplo. Determine
D os momen ntos de prrimeira ord
dem, incluuindo o efeeito das
imperfeeições, nos pilares dass seguintess estruturas:
a) b)
Resoolução:
Começa-se por detterminar as
reeacções nos apoios. A Figura ao
laado mostraa os valoress obtidos.
a) D
De acordo com as rea acções calc uladas, o esforço
e no pilar é N = 67.5 KN
N.
αh = 2 / 5 = 0.894 ; αm = 1 ;
θi = (1 / 2000) × 0.894 = 0.00447;;
ei = θi (l 0 / 2) = 0.00447 × 5 / 2 = 0.011 m ;
M 0 = Nei = 67.5 × 0.011 = 0.755 KNm ;
b) D
De acordo com as reacções
r ccalculadas, o esforço no
pilar é N = 67.5 KN .
p
αh = 2 / 5 = 0.894 ; αm = 1 ;
θi = (1 / 2000) × 0.894 = 0.00447;;
ei = θi (l0 / 2) = 0.00447 × 2 × 5 / 2 = 0.022
2 m;
M 0 = 250 + Nei = 25 50 + 67.5 × 0.022 = 25 51.5 KNm ;
11
3.2 C
Condições
s de dispensa da c
considera
ação dos
s efeitos d
de 2.ª ord
dem
Para pilares isolaados, os efeeitos de 2..ª ordem poderão
p serr desprezaddos nos ca
asos que
verifiqu
uem a cond dição:
λ ≤ λlim ,
em quee λ é a esb
belteza do pilar
p nsiderada e λlim a esbbelteza dad
na dirrecção con da por:
A ⋅ B ⋅C
λlim = 20 ;
n
Relaativamentee ao cálculo dos factoores A, B e C, transscreve-se dde seguida o que é
especifiicado no EC2.
Avverificação da dispenssa dos efeittos de 2.ª ordem dev verá ser efeectuada pa
ara cada
uma daas direcçõees principa
ais de flexãão do pilar. Pode aco ontecer quee os efeitos de 2.ª
ordem possam serr desprezad dos numa d direcção e na outra não.
n
Relaativamentee ao coeficciente ϕef , chamado coeficientee de fluênncia efectivvo, pode
ser quaantificado de
d acordo com
c a exprressão (verr Cl. 5.8.4 (2), p79):
M 0Eqp
ϕef = ϕ(∞, t0 ) ,
M 0Ed
onde ϕ(∞, t0 ) é o valor final
f do cooeficiente de
d fluênciaa, M 0Eqp é o momeento de
primeirra ordem para
p a combinação quuase perma anente de acções
a e M 0Ed é o momento
m
de prim
meira ordem
m para a coombinaçãoo de acçõess de estado limite últiimo.
Exxemplo. Determine-s
D se a esbelteeza limite (esbelteza que permiite a dispeensa dos
efeitos de 2.ª ordeem) de um m n = 0.20 e adoptan
m pilar com ndo para A , B e C os valores
por deffeito indicaados no EC
C2.
Resoolução:
12
0.7 × 1.1 × 0.7
λlim = 20 = 24 ;
0.2
Exemplo. Considere-se um pilar com secção rectangular b × h e comprimento de
encurvadura l 0 . Admita-se que o esforço axial no pilar é igual a N Ed . Determine-se a
altura da secção h que permite dispensar a consideração dos efeitos de 2.ª ordem.
Resolução:
l0 20A ⋅ B ⋅ C N Ed 20A ⋅ B ⋅ C ⋅ h
λ ≤ λlim ⇔ ≤ ⇔ l0 ≤ ⇔
h / 12 N Ed b h fcd 12
b h fcd
12N Ed l0 12N Ed
⇔ 20A ⋅ B ⋅ C ⋅ h ≥ l0 ⇔ hh 1/2 ≥ ⇔
b h fcd 20A ⋅ B ⋅ C b fcd
⎛ ⎞⎟2/3
⎜ l0 N Ed ⎟⎟ ;
⇔ h ≥ ⎜⎜ ⎟⎟
⎜⎜ 5.774 ⋅ A ⋅ B ⋅ C b fcd ⎟⎠
⎝
Adoptando para A, B e C os valores por defeito indicados no EC2, tem-se
⎛ ⎞⎟2/3 ⎛2 ⎞1/3
⎜l N Ed ⎜⎜l0 N Ed ⎟⎟
h ≥ ⎜⎜ 0 ⎟⎟ ⇔ h ≥⎜ ⎟
⎜⎜ 3 b fcd ⎟⎟⎟ ⎜⎜ 9 b fcd ⎟⎟
⎝ ⎠
⎝ ⎠
No caso de se poder dispensar a consideração dos efeitos de 2.ª ordem, deve-se ter
em atenção a Cl. 6.1 (4) do EC2, que diz: «Para secções com armaduras simétricas
sujeitas a um esforço de compressão, é necessário considerar uma excentricidade
mínima e0 = h/30, mas não inferior a 20 mm, em que h é a altura da secção». Ou
seja, no caso de se poder dispensar os efeitos de 2.ª ordem, a excentricidade mínima a
considerar é dada por:
emin = max{ei = θi l 0 / 2; h / 30; 0.02} .
13
entre ddois nós coonsecutivoss. Quanto m mais próxiimos estiveerem os nóós mais correcta é
esta hiipótese. Oss deslocam mentos doss diferentees nós em que o pillar foi div vidido é
calculaddo recorreendo à in ntegração dos diag gramas momentos–ccurvatura obtidos
directammente daas relações constitu utivas dos materia ais. Destaa forma as não
linearid
dades físicaas são tidass devidameente em co onta.
Note-se que todos os fa actores quee afectam a deformabilidade doo pilar dev vem ser
tidos ddevidamentte em contta. Para aalém dos aspectos
a reeferidos accima, relaccionados
com o comportam mento não linear dos materiais, refere-se a fluência do betão, que faz
aumenttar as defoormações e consequen ntemente oso efeitos de d 2.ª ordeem. É precciso não
esqueceer também a modelaçção das im perfeições do pilar.
Em relação à verificaçã ão da segu urança propriamente dita, o pproblema pode p ser
formulaado de várrias maneirras. Por exxemplo, co onsidere-se o pilar inndicado na a Figura
junta, sujeito a duas
d acçõees, uma peermanente,, 1.35G , e uma variiável, 1.5Q Q . Uma
vez quee a deformmabilidade do pilar d depende da a quantidad de de armaadura existente, é
necessáário começar por arb bitrar umaa certa qu uantidade de d armaduura. Por exemplo,
pode-see iniciar o processo de
d verificaçção da segu urança considerando uma perceentagem
de arm madura de ρ = 0.01 . Ou entãão pode-see determin nar a arm madura neecessária
consideerando apeenas os esforços
e dee 1.ª ordem. O prroblema dda verifica ação da
segurannça do pillar pode ser s formullado em termost de acções. R Recorrendo o a um
programma de com mputador o problem ma consistee em soliciitar o pilaar com um ma força
F = α ((1.5Q ) successivamen nte maior ( α = 0.1, 0.2, 0.3,... ). O problem ma consistte então
em encontrar o faactor α qu ue provoca o colapso do pilar, αcol . O colaapso do pillar pode
dar-se quer por esgotament
e to da resisstência, qu
uer por oco orrência dee instabilid
dade. A
segurannça encon ntra-se sattisfeita (issto é, a armadura a inicialmeente arbittrada é
suficien
nte) quando:
Q ≤ Fmax
1.5Q ⇔ 1.5Q ≤ αcol 1.5Q ⇔ αcol
c ≥1
14
afectad
das de um coeficiente de segurrança de 1.35.
1 À pa
artida não se sabe qual
q das
duas sittuações é a pior.
Om mesmo prob blema pode ser form
mulado para
a um pórtiico, como sse esquema
atiza na
Figura seguinte:
3.4 M
Método da
a rigidez nominal
n
De acorrdo com o método da a rigidez noominal, deescrito na Cl.
C 5.8.7, pp81, o mommento de
dimensionamentoo M Ed (a usar na veerificação da seguran nça ao ELL último dee flexão
compossta e que in
nclui aprop
priadamentte os efeitoos de 2.º orrdem) é daado por:
⎛ β ⎞⎟
M Edd = M 0Ed ⎜⎜1 + ⎟, (1)
⎜⎝ N B / N Ed − 1⎟⎟⎠
onde:
– M 0Ed repreesenta o momento
m dee 1.ª ordem
m, incluindo
o o efeito ddas imperfeeições.
– β é um coeficiente
c que depennde da disstribuição dos momeentos de 1.ª e 2.ª
oordem, a ex
xplicar ma
ais à frente.
– N Ed é o vaalor do esfoorço axial d
de cálculo.
– N B é a carrga crítica de Euler ( Bucking looad), dada por:
π2EII
NB = ,
l02
ccalculada para
p uma rigidez E EI devidam mente redu
uzida paraa ter em conta a
iinfluência do compo ortamento não linear dos materiais,
m dda fluência e da
ffendilhaçãoo.
Paraa elementoos isolados de secçãão transveersal consttante e soolicitados por
p um
esforço normal coonstante, poderá
p adm
mitir-se qu
ue o momeento de 2.ºº ordem teem uma
distribuuição sinussoidal. Nessse caso,
15
β = π 2 / c0 ,
Obsservação: Note-se
N quee a consideeração de c0 = 8 é um
ma hipótesse conserva
ativa.
O EEC2 (Cl. 5.8.7.3(4),
5 ue β = 1 constitui nnormalmen
p83) referee ainda qu nte uma
hipótesse razoável, assumind
do a Eq. (1 ) a seguintte forma mais
m simplees:
M 0Ed
M Edd = .
1 − N EEd / N B
A riigidez nom
minal EI a usar no coontexto do o método acabado
a dee descreverr poderá
ser estimada usanndo as exprressões da Cl. 5.8.7.2
2, p81, que se reproduuzem de seeguida.
16
A inércia daas armaduras, I s , é dada por: I s = ∑ (I i + Ai di2 ) , eme que
I i = π φ / 64 é a inercia
4 a do varãoo i (diâm metro φ ) e Ai é a respectiv
va área.
ável face a Ai di2 , pod
Normallmente I i é desprezá dendo então
o escrever- se:
I s = ∑ Ai di2
NNota: Antess de se aprresentar umm exemploo, convém chamar a atenção qu ue, para
efeitos de cálculo do momen nto M Ed , d
deve-se esccolher evid
dentementee a secção do pilar
onde o momentoo é máxim mo. Neste respeito é importan nte distingguir entre pilares
contrav ventados e pilares não coontraventad dos. Quan ndo os pilares sã ão não
contrav ventados, tanto o momento
m d
de 1.ª ord
dem como o momennto de 2.ªª ordem
apresenntam valorres máximo os nas extrremidades, pelo que o momentto de cálcu ulo M Ed
refere-sse sempre a uma das extreemidades do d pilar. Designadoo por 1 e 2 as
extremidades do pilar
p ue M 01 < M 02 , tem
tal qu m-se pois:
M Edd = M 02 + M 2 .
Já nno caso dee pilares coontraventaados, o moomento má áximo totaal (primeira + 2.ª
ordem) não ocoorre em geral g num
ma das ex xtremidadees, mas siim numa secção
interméédia, comoo ilustrado na Figura seguinte:
17
Om momento de d dimensio onamento M Ed pode neste caso
o ser deterrminado av
valiando
o mommento de 1.ª 1 ordem M 0 a paartir do seguinte
s alor — chhamado momento
va m
equivallente (Cl. 5.8.8.2(2),
5 p84):
p
M 0e = 0.6 M 022 + 0.4 M 01 ≥ 0.4 M 02 ;
Exxemplo. Recorrendo
R ao métod do da rigiidez nominal, estim me o momeento de
dimensionamentoo M Ed na baseb do segguinte pilar, considerrando apennas as impeerfeições
e efeitoos de 2.ª ordem
o no plano
p da eestrutura. Despreze o pp do ppilar e conssidere a
situaçãão com o esforço
e axiial majoraddo. Admitta ainda queq a flexãão no plan no yz se
encontrra impedid da (por exemplo devid do à existêência de pa
aredes nessaa direcção)).
Resoolução:
Um vez que a flexão no plano yzz se encon ntra impedida, é neccessário con
nsiderar
flexão apenas no plano xz. Por conseeguinte, é necessárioo determinnar apenas M Ed ,y ,
que, dee acordo coom o métod
do da rigid
dez nomina
al, é dado por:
p
⎛ β ⎞⎟
M Edd ,y = M 0Ed ,y ⎜⎜⎜1 + ⎟.
⎝ N B / N Ed − 1⎟⎟⎠
18
No que segue irá omitir-se o índice y por razões de simplicidade.
Começa-se por determinar o efeito das imperfeições:
1 2
θi = × × 1.00 = 0.005 ;
200 4
l0 2×4
ei = θi = 0.005 = 0.02 m ;
2 2
O esforço axial de calculo é igual a:
N Ed = 1.35 × 1000 = 1350 KN
0.3
Kc = = 0.25 ;
1 + 0.5 × 0.40
Desta forma:
31 × 106 0.3 × 0.63
EI = Kc Ecd I c + Ks Es I s = 0.25 × × = 34 875 KNm2
1.2 12
π2EI π2 × 34875
NB = = = 5378 KN ;
l 02 (2 × 4)2
⎛ β ⎞⎟ ⎛ 1 ⎟⎟⎞ =
M Ed = M 0Ed ⎜⎜1 + ⎟⎟ = 627 × ⎜⎜1 +
⎜⎝ N B / N Ed − 1⎟⎠ ⎜⎝ 5378 / 1350 − 1⎟⎟⎠
19
A ex
xcentricidaade de 2.ªo
ordem é esttimada pela expressão
o:
1 l 02
e2 = ,
r c
onde 1 / r é a curvatura
c do pilar, devidamen nte amplificada paraa ter em conta a
presençça de fissuuração e o efeito d da fluênciaa, e c um coeficientte dependeente da
distribuuição de curvaturas
c , podendoo-se considderar nas situações correntes c = 10
(secçãoo transversal constante). Se o mmomento ded primeiraa ordem foor constantte deve-
se adop ptar um valor
v inferior a 10, mas superrior a 8 (8 é um liimite inferrior que
correspponde a um
m momento o total consstante).
A ccurvatura 1 / r é calculada dee acordo com c a Cl. 5.8.8.3 quue se repro
oduz de
seguidaa:
20
Obsservação: O factor K r destinaa-se a terr em contta o factoo de em algumas
a
situações a armad dura não atingir
a a ccedência, co
onduzindo a uma cuurvatura in
nferior à
curvatuura base 1 / r0 (daí ser
s um facttor que nã ão deve ser tomado ccom valor superior
s
a 1.00).
NNota: Relativamente ao
a raio de giração da
a secção total das arm
maduras, podemos
p
escreveer:
is =
I
=
∑ (I i + Adi i2 )
A ∑ Ai
is =
∑ di2 ,
n
ondee n é o núm arões.
mero de va
1
Por um
m lado o esforrço axial faz aumentar oss efeitos de 2.ª
2 ordem (deesfavorável), por outro, pode fazer
aumentaar o momentoo resistente (favorável).
(
21
pode seer determiinado avaliando o m m M 0 a ppartir do seguinte
momento dee 1.ª ordem s
valor (v
valor equiv
valente, Cl. 5.8.8.2(2)), p84):
M 0e = 0.6 M 022 + 0.4 M 01 ≥ 0.4 M 02 ;
Exxemplo. Considerem
C os novameente o exem mplo visto anteriorm
mente, cujo
os dados
se reprooduzem naa Figura seeguinte. Deetermine-see o momen
nto de 2.ª oordem na base do
pilar em
mpregandoo o método da curvattura nomin nal.
Resoolução:
Perccentagem mecânica de armadu o não se sabe neste momento qual a
ura: como
armadu ura do pillar, podem derar ρ = 0.01 . A percentagem
mos consid p m mecâniica vale
então:
As fyd fyd 435
w= =ρ = 0.01 = 0.26 ;
Ac fcd fcd 16.7
Estiimativa daa curvatura
a no pilar:
1 1
= Kr Kϕ
r r0
N Ed 1.35 × 1000
n= = = 0.45 ;
Ac fcd 60 × 16.7 × 1103
0.3 × 0.6
nu = 1 + ω = 1 + 0.26
6 = 1.26
nu − n 1.26 − 00.45
Kr = (≤ 1) = = 0.94
4;
nu − nbal 1.26 − 00.40
Connsiderando que ϕef = 0.44 (ver exemplo anteerior) e que
λ = 2 × 4 / (0.6 / 12) = 46 , vem:
β = 0.35 + fck / 200 − λ / 150 = 0.35 + 25 / 200 − 46 / 150 = 0.1168 ;
22
Tem-se pois:
1 1
= K r K ϕ = 0.94 × 1.07 × 0.0088 = 0.0088 m -1 ;
r r0
Excentricidade de 2.ª ordem:
1 l02 82
e2 = = 0.0088 × = 0.056 m ;
r c 10
O momento de 1.ª ordem foi calculado no exemplo anterior, tendo-se obtido
M 0Ed = 627 KNm .
Momento de cálculo:
M Ed = M 0Ed + M 2 = 627 + 1.35 × 1000 × 0.056 = 703 KNm ;
23
Q1 G
g k = 35 KN/m
Gk = 800 KN
q q k = 35 KN/m
q Q1k = 150 KN
Q2
C Q2k = 50 KN
A
B C25/30 A500
ϕ ef = 0.75 ω = 0.30
4.00
0.30 0.60
0.6
5φ16
5φ16
0.30
D
Resolução:
Determinação dos esforços de 1.ª ordem sem os efeitos das imperfeições
M 0Ed = 1.5 × 50 × 4 = 300 KNm ;
1.35x800 = 1080 KN
RB NEd
l0 8
λ= = = 46.2 ;
i 0.60 / 12
A ⋅ B ⋅C 1 1
λlim = 20 ; A= = = 0.87 ;
n 1 + 0.20ϕef 1 + 0.2 × 0.75
24
B = 1 + 2ω = 1 + 2 × 0.30 = 1.265 ;
N Ed 1363.5
n= = = 0.454 ;
Ac fcd 0.3 × 0.60 × 16.7 × 103
nu = 1 + w = 1 + 0.30 = 1.3 ;
nu − n 1.3 − 0.454
Kr = = = 0.94 ( ≤ 1 verifica)
nu − nbal 1.3 − 0.4
fck λ 25 46.2
β = 0.35 + − = 0.35 + − = 0.167 ;
200 150 200 150
K ϕ = 1 + β ϕef = 1 + 0.167 × 0.75 = 1.125 ( ≥ 1 verifica)
1 1
= Kr Kϕ = 0.94 × 1.125 × 0.0088 = 0.0093 m -1 ;
r r0
1 l02 82
e2 = = 0.0093 = 0.060 ;
r c 10
M Ed = M 0Ed + N Ed e2 = 327.3 + 1363.5 × 0.06 = 409 KNm
Verificação da segurança
A verificação da segurança consiste em determinar o momento resistente M Rd da
secção considerando a presença de um esforço axial de N Ed = 1363.5 KN
(compressão). Como exercício sugere-se o cálculo desse momento, utilizando os
conhecimentos adquiridos no capítulo 4. Se o momento obtido for superior ao
momento actuante, a verificação da segurança encontra-se satisfeita. Se não, significa
que é preciso aumentar a armadura dada.
25
4 Diimensionamento de pila
ares ins
seridos em
e pórtiicos
4.1 Im
mperfeiçõ
ões a con
nsiderar e
em edifíciios
De acorrdo com a Cl. 5.2(8),, p66, o efeeito das im
mperfeições poderá serr representtado por
forças transversaais, a apliccar ao nívvel dos pisos em co onjunto coom outras acções,
quantifficadas pelaa expressão
o:
H i = θi (N b − N a ) ; (o indice i siggnifica imp
perfeição)
1
θi = αh αm ;
200
2
αh = ; (2 / 3 ≤ αh ≤ 1 ) (l – aaltura do ed
difício)
l
αm = 0.5 (1 + 1 / m )
4.2 C
Condições
s de dispensa da c
considera
ação dos
s efeitos g
globais de 2.ª
ordem
No casso de pilarres inseridos em pórrticos há que q distinguir entree efeitos gllobais e
efeitos locais de 2.ª ordemm. Efeitos globais dee 2.ª ordem m são os que resulttam dos
deslocaamentos hoorizontais ao
a nível doos pisos e efeitos loccais são oss que resulltam do
acréscimmo de curvvatura ao longo
l do piilar devidoo à presença de esforçço axial.
De acordo com a Cl. 5.8.3.3,
5 p799, os efeittos globais de 2.ª orrdem em edifícios
e
poderãoo ser ignorrados se a carga vertiical total Fv,Ed (em elementos
e contraventtados +
elementtos de conttraventamento) verifficar a segu uinte condiição:
26
FV ,EEd ≤ 0.31
ns ∑ Ecd Ic ,
ns + 1.6 L2
onde:
– ns represen nta o número de pisoos;
– L é a altu ura total do
d edifícioo acima do
o
nnível do en
ncastramen
nto;
– Ecd = Ecm / 1.2 ;
– Ic é o moomento dee inércia ((em secção o
nnão fend dilhada) dos elem mentos de
ccontraventamento.
4.3 Estruturas
s contraventadas v
versus es
struturas não conttraventad
das
No casso de estru uturas cujos efeitos globais ded 2.ª ordeem possam m ser disp pensados
(estrutuuras contraaventadas)), há apenaas que con
nsiderar os efeitos loccais em cad
da pilar.
Os pilaares podem
m então ser tratados ccomo pilarees isolados..
O andamento dos momeentos de 1.ªª e 2.ª ordeem é o indiicado na F Figura seguuinte:
27
1. D
Determinaçção do mom
mento de 11.ª ordem equivalente
e e:
M 0e = 0.6M 02 + 0.4M 01 ; M 0e ≥ 0.4M 02
0 ;
3. M
Momento ded dimensionamento
– Se se opttar pelo método da rrigidez nom
minal, o mo
omento de dimension
namento
é dado por:
⎛ β ⎞⎟
M Ed = M 0Ed ⎜⎜⎜1 + ⎟;
⎝ N B / N Ed − 1⎟⎟⎠
Note-se que estee procedimento d deve abranger todoos os elem mentos ressistentes
verticaiis existentees, incluind
do paredess de contra
aventamentto. Para o dimension namento
das parredes de coontraventamento (braacing systeems), o ECC2, Cl. 5.8. 7.3(4), p83
3, refere
explicittamente que
q o mom mento de dimension namento pode
p ser ddeterminaddo pela
expresssão:
M 0Ed
M Edd = ,
1 − N EEd / N B
ondee:
28
1) CComo primmeira apro
oximação p podemos considerar
c EI = 0.4 E cd I c (Ex
xpressão
HH.3, p2399). Se se poder aatribuir à parede de contraaventamen nto um
ccomportam onsola, ent ão l 0 = 2L .
mento de co
2) A equação acima apliica-se paraa cada elem
mento de co
ontraventaamento exisstente.
Obsserve-se qu
ue nestas esstruturas ttanto o mo omento de 1.º ordem como o momento
m
de 2.º ordem ocorrem nass extremid dades, peloo que são estas as ccondicionantes no
dimensionamentoo. Isto mostra que noo caso de estruturas
e com desloccamentos ao a nível
dos pissos não deesprezáveiss haverá aapenas quee considera ar os efeittos globaiss de 2.ª
ordem. Para a determinaç
d ção dos efeeitos globa ais de 2.ª ordem poode recorreer-se ao
métodoo das forçass horizonta
ais fictíciass que se deescreve na próxima
p seecção.
4.4 M
Método da
as forças fictícias horizonta
ais
O Anex xo H ofereece um méétodo simplificado pa
ara a estim
mativa dos efeitos glo
obais de
2.ª ord
dem que muito
m resu
umidamentte consistee em efecttuar uma análise lin near da
estrutu
ura aplicanndo ao nível
n dos pisos forçças horizoontais ficttícias, dad
das por
(Expresssão (H.7))):
FH ,0Ed
FH ,Ed = ,
1 − FV ,Ed / FV ,B
onde,
– FH ,0Ed rep presenta a força horiizontal de primeira ordem devvida ao veento, às
iimperfeiçõees, etc.;
– FV ,Ed é a carga vertical total nos elementtos contrraventados e de
ccontraventamento;
– FV ,B é a carga glo obal nomiinal de en ncurvaduraa (carga ccrítica de Euler)
ccalculada conforme
c see explica d
de seguida.
No caso de se verificarem m as hipótteses vistass na secção
o 4.2, a forrça FV ,B pode
p ser
calculad da pela exppressão:
FV ,B = 7.8
ns ∑ EI
E
,
ns + 1.6 L2
onde,
29
– ns é o núm mero de pissos;
– ∑ EI é a soma dos factoores de riigidez de flexão ddos elemenntos de
ccontraventamento na direcçãoo considerrada, inclu uindo evenntuais efeeitos da
ffendilhaçãoo. Na ausêência de u uma avalia
ação mais rigorosa dda rigidez, poderá
uutilizar-se a seguinte expressão::
EI ≈ 0.4 Ecd I c ;
E Ecdd = Ecm / 11.20 ;
Resoolução:
ns = 3 ; L = 9.00 m ;
30
∑ EEI = 3 × 0.4 × (31 × 106 × 0.30 × 0.403 / 12) = 59520 KNm2 ;
3 59520
FV ,B = 7.8 = 3738 K
KN ;
3 + 1.6 92
FH ,0Ed 1
FH ,EEd = = FH ,0Ed = 1.31FH ,0Ed ;
1 − FV ,Ed / FV ,B 1 − 900 / 3738
Exxemplo. Considerand
C do ainda a estrutura a do exemp plo anterioor, suponh
ha agora
que se deseja criaar uma parede resisttente que permite
p disspensar os efeitos glo
obais de
2.ª ordeem. Determ mensão h daa parede.
mine a dim
Resoolução:
Vammos considderar que a parede é o único
o elemento
o de contrraventameento (os
pilares são elemen
ntos contra
aventados) .
ns = 3 ; L =9 m;
1 6 / 1.2)(00.3 × h 3 / 12
3 (31 × 10 2)
900 ≤ 0.31 ⇔
3 + 1.6 9 2
5 Diisposiçõ
ões cons
strutivas
s relevantes do EC2
Resumee-se de segguida a Cll. 9.5, p1822, que tratta das regrras de porrmenorização para
pilares.
5.1 A
Armaduras
s longitudinais
31
Øl = 10 mm ⎧⎪ 0.10N Ed
⎪⎪
As,min = max ⎪⎨ fyd
⎪⎪
⎪⎪⎩ 0.002Ac
As,max = 0.04 Ac
Øl
6 mm
s
Øt Øl
A travinca não seria
4
necessária se s < 0.15
b
15Ø l
s cl,t max = min a
300 mm
b
a b
b
32
Problemas de revisão
Apresenta-se de seguida 2 problemas adaptados de problemas de exame.
0.70
z z
x y
0.50
Resolução:
λ ≤ λlim
Verificação para flexão no plano xz
0.70 × 4 A ⋅ B ⋅C
λ= = 19.4 ; λlim = 20 ;
0.5 / 12 n
1
A= ; B = 1 + 2ω ; C = 0.70 (porquê?)
1 + 0.2ϕef
N Ed 1125
n= = = 0.19 ;
Ac fcd 0.5 × 0.7 × 16.7 × 103
33
2×4
λ= = 39.6 ; A = 0.79 ; B = 1.17 ; C = 0.7 ; n = 0.19 ; λlim ≈ 30
0.7 / 12
Como λ > λlim para flexão no plano yz, os efeitos de 2.ª ordem não podem ser
desprezados nesse plano.
g Gk = 50 KN
q k = 15 KN/m
A B C
G (Despreze o pp do pilar)
C25/30
A400 NR
6.00
y
z
x
0.25
D E
x 4Ø20 + 4Ø16
0.25
2.00 7.00
Verifique a segurança do pilar BD. Admita que o pilar possui condições de apoio
idênticas em ambos os planos de flexão. Despreze o peso próprio do pilar e considere
os seguintes dados adicionais:
ϕef = 0.57 ; c = 8; 1 / r0 = 0.0184 m -1 (método da curvatura nominal)
M Rd ,x = M Rd ,y = 80 KNm ;
Resolução
4.50
396.9
Imperfeições:
1) Flexão no plano xz
34
l0 1 2
ei = θi ; θi = αh αm ; αh = = 0.82 (≥ 2 / 3; ≤ 1.00) ; αm = 1 ;
2 200 6
1 6
θi = 0.82 × 1.00 = 0.0041 ; ei,x = 0.0041 = 0.012 m ;
200 2
2) Flexão no plano yz
N Ed = 341.9 KN ;
6.00
λ= = 83 ; (trata-se de um pilar muito esbelto)
0.25 / 12
1 1
A= = = 0.90 ;
1 + 0.2ϕef 1 + 0.2 × 0.57
C = 0.70 ;
N Ed 341.9
n= = = 0.33 ;
Ac fcd 0.252 × 16.7 × 103
1 l02 1 1 1
e2 = ; c = 8; l 0 = 6.00 m ; = Kr Kϕ ; = 0.0184 m -1 ;
r c r r0 r0
nu − n 1.69 − 0.33
nu = 1 + ω = 1.69 ; Kr = = = 1.05 → 1.00 ;
nu − nbal 1.69 − 0.40
fck λ 25 83
β = 0.35 + − = 0.35 + − = −0.078 ;
200 150 200 150
35
K ϕ = 1 + β ϕef = 1 − 0.078 × 0.57 → 1.00 ;
1
= 1.00 × 1.00 × 0.0184 = 0.0184 m -1 ;
r
62
e2 = 0.0184 = 0.083 m ; e2,x = e2,y = 0.083 m ;
8
Verificação da excentricidade mínima (Cl. 6.1(4))
Verificação da segurança
⎛ M Ed ,x ⎞⎟a ⎛ M Ed ,y ⎞⎟a
⎜ ⎜
⎜⎜⎜ M ⎟⎟⎟ + ⎜⎜ ⎟⎟⎟ ≤ 1 ;
⎝ Rd ,x ⎠ ⎜ M
⎝ Rd ,y ⎠
N Rd = fcd Ac + As fyd = 16.7 × 103 × 0.252 + 348 × 103 × 20.6 × 10−4 = 1760.3 KN ;
⎛ 32.5 ⎞⎟1.08
⎜⎜ ⎟
⎜⎝ 80 ⎟⎟⎠ × 2 ≤ 1 ⇔ 0.756 ≤ 1 Verifica.
e 2,x e i,x
x
36
Anex
xos
Resolu
ução do problema
p a propostto na secção 1
Bases
s dos méttodos sim
mplificado
os do EC2
2
Consideere-se a coluna
c perrfeita apreesentada na
n Figura junta. Saabemos qu ue para
N = Pccr , a deform
mada lateral da colunna é descriita por uma
a função seeno, como segue:
πx
y = A sin ,
l
em qque A é umma constantte.
Para pequen nas deform
mações, sab
bemos
por ooutro lado que:
1
y '' = ,
r
onde 1 / r reprresenta a curvatura. Tem-
se poois:
37
'
1 ⎛ π πx ⎞⎟ π2 πx π2
⎜
= y '' = ⎜⎜A cos ⎟⎟ = −A sin =− y;
r ⎝ l l ⎠⎟ l2 l l2
1 l 02
e2 = , (1)
r c
onde c é uma constante. No caso das curvaturas variarem sinusoidalmente, tem-se,
como se viu acima, c = π2 . A Eq. (1) relaciona a excentricidade de 2.ª ordem numa
secção genérica da coluna com a curvatura na mesma secção.
Relativamente ao método baseado num rigidez nominal, substitua-se na expressão
(1) 1 / r por M / EI . Tem-se:
1 l02 M l02
M 2 = Ne2 = N =N .
r π2 EI c
O factor de rigidez EI só tem agora de ser corrigido de modo a que a curvatura
real (que inclui o efeito da fluência e da fissuração do betão) corresponda
efectivamente a M / EI . O momento M é evidentemente a soma do momento de 1.ª
ordem com o momento de 2.ª ordem, isto é, M = M 0 + M 2 . Substituindo na
expressão M / c por M 0 / c0 + M 2 / c2 , vem:
1 l02 l 2 ⎛M M ⎞
M 2 = Ne2 = N = N 0 ⎜⎜ 0 + 2 ⎟⎟⎟ .
r π2 EI ⎜⎝ c0 c2 ⎟⎠
Nl 02c2 / c0 c2 / c0
⇔ M2 = M0 ⇔ M2 = M0
EIc2 − Nl 02 EIc2
−1
Nl 02
Para uma variação sinusoidal dos momentos de 2.º ordem c2 = π2 . Fazendo:
β = c2 / c0 = π2 / c0 ,
38
β
M2 = M0
NB
−1
N
Considerando agora que M = M 0 + M 2 , tem-se a expressão que serve de base ao
método da rigidez nominal, isto é:
⎛ β ⎞⎟
M = M 0 ⎜⎜⎜1 + ⎟
⎝ N B / N − 1⎟⎠⎟
39