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Keynesianismo, também chamado de Escola ou Teoria Keynesiana, é uma


teoria político-econômica que defende a intervenção do Estado na organização
econômica de um país.
O pensamento keynesiano afirma que o Estado deve oferecer benefícios
sociais aos trabalhadores, como seguro de saúde, seguro-desemprego, salário
mínimo, férias remuneradas, dentre outros.

Nesse sentido, o Estado tem deveres a cumprir para com seus cidadãos, lhes
proporcionando uma vida digna. Essa teoria levou ao surgimento do conceito
de Bem-Estar social.

Desta maneira, o Keynesianismo é oposto ao liberalismo econômico, que


sustenta que a economia deve ser regulada pelo mercado.

Origem do Keynesianismo
O Keynesianismo surgiu na década de 30 do séc. XX e recebe esse nome por
ter sido elaborado pelo economista britânico John Maynard Keynes (1883-
1946). Sua teoria econômica foi exposta na obra “Teoria geral do emprego, do
juro e da moeda”, publicada em 1936.

A teoria Keynesiana aparece num momento em que o sistema capitalista e


liberal passava por crises de produção e desemprego. Assim, Keynes propôs
algo que os governos não haviam tentado até o momento: a regulação da
economia pelo Estado.

Keynes argumenta que o mercado não é capaz de se regular por si mesmo e


que o Estado deveria participar na economia através de investimentos,
empresas e regulando o comércio.

Como exemplo, citamos o “New Deal” (Novo Acordo), implantado de 1933 a


1937, pelo governo do presidente estadunidense Franklin Roosevelt.

Este plano fez com que o Estado fosse o grande impulsor da economia
promovendo investimentos e construções de infraestruturas para gerar
emprego. O objetivo do “New Deal” era acabar com a Crise de 1929, que
mergulhou o país na grande depressão.

Após a Segunda Guerra Mundial, o modelo econômico keynesiano foi utilizado


em alguns países para sua reconstrução. O resultado foi o estabelecimento de
empresas estatais, regulamentação do mercado e direitos trabalhistas.

No entanto, na década de 60, o aumento das desigualdades sociais, da


inflação e do desemprego fizeram o pensamento keynesiano sofrer diversas
críticas por parte dos liberais.
Resumo das características do
Keynesianismo
As principais características do Keynesianismo são:

 Oposição aos ideais liberais e neoliberais


 Protecionismo de mercado e equilíbrio econômico
 Investimento de capital por parte do governo
 Redução da taxa de juros
 Equilíbrio entre a demanda e a produção
 Intervenção estatal na economia
 Garantia de pleno emprego
 Benefícios sociais

A intervenção do Estado deve ser feita através do cumprimento de uma política fiscal para
que não haja crescimento e descontrole da inflação.
 
* Vale ressaltar que John Maynard Keynes era contrário à estatização da economia, como
havia ocorrido nos países socialistas, após a Revolução Russa de 1917. Ele defendia o
sistema capitalista, porém acreditava que deveria haver ações e medidas de controle por
parte do Estado.

Defesa da intervenção estatal na economia, principalmente em áreas onde a iniciativa


privada não tem capacidade ou não deseja atuar.
 
- Defesa de ações políticas voltadas para o protecionismo econômico.
 
- Contra o liberalismo econômico.
 
- Defesa de medidas econômicas estatais que visem à garantia do pleno emprego. Este
seria alcançado com o equilíbrio entre demanda e capacidade de produção.
 
- O Estado tem um papel fundamental de estimular as economias em momentos de crise e
recessão econômica.
 

Keynesianismo, Liberalismo e
Neoliberalismo
O Keynesianismo econômico é oposto aos ideais do liberalismo econômico e
do neoliberalismo, que prezam pela iniciativa individual e a não intervenção do
Estado no mercado.

O liberalismo, baseado nas ideias de Adam Smith, defendia que o mercado era
capaz de se autorregular, pois é regido pela lei da oferta e da procura. Quanto
mais um produto ou serviço é ofertado, mais barato ele será. Por outro lado,
quanto mais pessoas procuram um produto ou serviço, mais caro ele será.
Na década de 90, o keynesianismo foi esquecido diante do avanço do
neoliberalismo no contexto da globalização e da abertura do mercado
internacional.

Isto ocorreu porque o neoliberalismo é uma atualização do liberalismo e


defende a privatização de empresas estatais, a abertura econômica dos
mercados nacionais e a livre circulação de capitais internacionais.

O keynesianismo na atualidade
 
A doutrina econômica keynesiana enfraqueceu muito nas últimas décadas em função do
avanço do neoliberalismo. O processo de globalização econômica mundial impôs, de certa
forma, aos países a adoção de medidas voltadas para a abertura da economia e pouca
interferência estatal. A maioria dos países do mundo segue o neoliberalismo, com suas
especificidades, como forma de se manterem ativos neste mundo voltado para a
globalização e para a economia de livre mercado.

Principais obras de Keynes:


 
- A obra de John Maynard Keynes em que o keynesianismo é explanado de forma
completa é a Teoria geral do emprego, do juro e da moeda, publicado em 1936. Keynes
também é autor de outras obras importante como, por exemplo: As consequências
econômicas da paz (1919), Tratado sobre a moeda (1930) e Como pagar pela
guerra (1940).
 

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