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Embora, hoje em dia ainda não seja reconhecida oficialmente a sua real origem, este tema tem

muitos pontos de vista diferentes, recordo-me perfeitamente dos noticiários divulgarem e


elogiarem, a forma e rapidez como a china construía hospitais para doentes de um novo vírus
altamente contagiante.
De facto, o grande impacto transmitido, era toda a organização, investimento, coordenação, e
rapidez da forma como trabalhavam. A meu ver, inicialmente nunca existiu uma preocupação
em relação ao próprio vírus, embora alguns especialistas alertavam e alarmavam para uma
possível pandemia à escala mundial.

O que é certo, é que a europa foi invadida por o vírus em um espaço de tempo bastante curto.
Países como a Itália, um dos primeiros a sofrerem grandes roturas nos sistemas Hospitalares,
viveram dias inesquecíveis, atingindo muito mais de 900 mortes em apenas 24h.
Nenhum país da europa, estava preparado para acolher tantos doentes nos serviços
hospitalares, e ter os meios necessários para socorrer e auxiliar todos aqueles que
necessitavam. Todos os infetados, originavam uma doença respiratória aguda. O altíssimo
poder de transmissibilidade, obrigou a um confinamento, e mudanças de comportamento
radicais no nosso dia a dia, para contrair o contágio. As principais prevenções é a lavagem
frequente das mãos, evitar o contacto próximo com outras pessoas, evitar tocar com as mãos
na cara e o uso de máscara em locais públicos.

O pânico estava instalado, o vírus cada vez estava mais próximo de cada um de nós, as dúvidas
eram muitas, não existiam respostas, apenas a esperança de uma possível vacina, que
conseguisse responder e atenuar todas estas infeções respiratórias, altamente contagiantes.
Assim que a pandemia, começou a apresentar um alto número de contágios pelo mundo
inteiro, muitos laboratórios começaram a desenvolver e testar vacinas para erradicar a
pandemia. Uma vacina é uma preparação biológica que fornece imunidade adquirida ativa,
para uma doença particular. Tipicamente contém um agente que se assemelha a um
microrganismo causador de doenças, e é muitas vezes feita de forma enfraquecida ou morta
do micróbio, das suas toxinas ou de uma das suas proteínas de superfície. Em ensaios clínicos
de fase III, várias vacinas demonstraram ter uma eficácia de até 95% na prevenção de infeções
sintomáticas de COVID-19. A data de 25 de março de 2021, existia um total de 12 vacinas que
tinham recebido autorização de uso, por pelo menos uma entidade reguladora nacional em
todo o mundo. Esta é a principal arma para o combate a uma pandemia a nível mundial.
Nos dias de hoje, qualquer ser humano tem consciência e noção da importância que as vacinas
foram, e continuam a ser para o benefício da nossa saúde e longevidade. Infelizmente a noção
da realidade é incompatível com certas políticas instaladas em determinados países do mundo,
e isso viu-se quando muitos desprezaram completamente a pandemia, e agiram como se nada
fosse, focados apenas no orçamento e recuperação financeira. Hoje, são as principais vítimas
desse desprezo.

Na europa, os países acionaram programas de vacinação, como previsto por parte da OMS. Em
Portugal foi apresentado no dia 3 de dezembro de 2020 o Plano de Vacinação Covid-19.
Elaborado pela Ministra da Saúde e pelo Primeiro-ministro, numa altura em que a fase de
contratação de diferentes vacinas estava a ser finalizada pela comissão Europeia em nome de
todos os Estados Membros. Foi então que o governo decide criar uma task-force, para a
elaboração e funcionamento do plano de vacinação em Portugal, com a decisão de escolher
um oficial General das Forças Armadas. Esta, sem dúvida na minha opinião era a única forma
de contrariar a tendência negativa, de como o vírus se alastrava. Foram criados centros de
vacinação, de norte a sul do país, adaptáveis e flexíveis à disponibilidade de vacinação,
geografia e demografia de cada local, com as condições necessárias para o cumprimento das
medidas de prevenção e controlo de infeção, nomeadamente o distanciamento físico. Foi
estabelecido a forma de identificação dos utentes, foi criado o modelo de agendamento e
convocatória para a vacina, o plano logístico, a motorização, tudo o que era necessário. Toda
esta complexidade associada ao plano de vacinação, a forma como tudo foi elaborado, a
persistência de todas as pessoas envolvidas, direta ou indiretamente, na minha opinião foi
claramente e continua a ser de certa forma bastante positiva.

Infelizmente, existem sempre inúmeras causas que dificultam a deslocação, ou até mesmo o
contacto, com um determinado grupo que abrange os mais idosos. A negação também foi
evidente logo nesta primeira fase, o medo do desconhecido, o avanço da idade destas pessoas
causou uma grande duvida, e uma inquietação devido a todas as incertezas que se viviam.
Com o passar do tempo, e nas faixas etárias mais novas, a adesão cresceu de forma bastante
positiva, muitas pessoas procuraram ser vacinadas, embora existindo um ou outro
contratempo, penso que o balanço da 1ª e 2ª dose cumpriu o objetivo.

A meu ver, passado mais de 1 ano do inicio da pandemia, podemos retirar bastantes
conclusões. A maior prova positiva superada, sem duvida, é o numero de pessoas vacinadas
com 2 doses. Alem de todas as campanhas de divulgação e encorajamento para a toma da
vacina, o dever de responsabilidade cívica que recaiu sobre todos nós, foi claramente
cumprido. Evidentemente, que já se esperava obter, uma percentagem de pessoas
negacionistas, que até tem vindo a crescer por todo o mundo, penso que o medo, a incerteza,
e o facto de ser uma solução temporária, são os fatores principais para esta causa.

Contudo, acredito que a criação de o certificado digital, para comprovar a administração da


vacina, que passou a ser exigido em enumeras atividades, como restaurantes, a entrada em
determinados espaços públicos, viajar para determinados países, levou de certa forma a
muitas pessoas indecisas, a clarificarem a sua opinião, percebendo que sem o certificado
digital ficariam com a sua liberdade em causa. Acredito, que foi este o primeiro sentimento de
muitas pessoas, sentiram-se ‘’obrigadas’’ a levar a vacina. A meu ver, o certificado não faz
muito sentido, pois hoje a sua utilização é bastante insuficiente, e claro para mim a sua
credibilidade é praticamente nula. Presenciei várias situações que não faziam sentido algum,
como em um hipermercado, onde as mesas de refeição eram comuns as da pastelaria, e era
exigido o certificado para quem quisesse fazer uma refeição completa, que acabariam depois
por ficar próximo de muitos que tomavam apenas o café, e que não lhes era exigido o
certificado.

Portugal esta num bom rumo, mas o vírus não vai desaparecer, e nós temos de continuar a
viver com a sua presença, e para já a única solução que temos, é sermos vacinados de modo a
reduzir todos os efeitos da infeção, e de certa forma reduzir a propagação do vírus. Enquanto
não existir uma imunidade a escala mundial, este problema vai sempre persistir.
A longo prazo este vírus acabará por perder ‘’força’’, porque com ou sem vacina, a imunidade
é uma consequência direta da alta propagação do mesmo, o que irá demorar muito tempo.

O regresso à normalidade dos sistemas hospitalares, no que diz respeito ao número de


internados, e de pessoas infetadas, revelaram diretamente a consequência da administração
da vacina em mais de 80% da população em Portugal. Rapidamente se compreendeu de forma
geral, a importância da vacinado, não só por a saúde de cada um pessoalmente, mas sim a dos
que nos rodeiam.

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