Este documento discute as regras para revogação e prorrogação de benefícios penais como: (1) suspensão condicional do processo; (2) suspensão condicional da pena; e (3) livramento condicional. Ele explica as condições obrigatórias e facultativas para revogação desses benefícios, bem como as circunstâncias em que eles podem ser prorrogados.
Este documento discute as regras para revogação e prorrogação de benefícios penais como: (1) suspensão condicional do processo; (2) suspensão condicional da pena; e (3) livramento condicional. Ele explica as condições obrigatórias e facultativas para revogação desses benefícios, bem como as circunstâncias em que eles podem ser prorrogados.
Este documento discute as regras para revogação e prorrogação de benefícios penais como: (1) suspensão condicional do processo; (2) suspensão condicional da pena; e (3) livramento condicional. Ele explica as condições obrigatórias e facultativas para revogação desses benefícios, bem como as circunstâncias em que eles podem ser prorrogados.
Suspensão condicional do Suspensão condicional da Livramento
processo pena condicional Revogação obrigatória: Revogação obrigatória: Revogação obrigatória: Processado por crime; Condenado irrecorrível por Condenado irrecorrível por: Não reparar dano. crime doloso; o Crime durante o Não reparar dano; benefício. Frustrar pagamento de multa; o Crime antes do o O sursis não suspende benefício se o PRD e multa. somatório impedir Não cumprir as condições do o sursis. primeiro ano de PSC ou LFDS. Revogação facultativa: Revogação facultativa: Revogação facultativa: Processado por contravenção; Condenado irrecorrível por Condenado irrecorrível por Processado por 28 da 11343; crime culposo ou contravenção crime ou contravenção a Não cumprir outra condição. a PPL ou PRD (não fala multa). pena que não seja PPL. Não cumprir outra condição. Não cumprir condições. Prorrogação do período de prova: Prorrogação do período de prova: A lei 9099 não traz, mas na prática Processado por crime ou prorrogam. contravenção: A lei 9605 traz, pois o laudo de o Prorroga até o constatação de reparação é condição julgamento definitivo. para extinção da punibilidade, daí pode o Prorrogação prorrogar: automática. o Prorroga até o máximo, Quando facultativa a revogação, acrescido de mais um ano. o juiz pode prorrogar até o o Nova prorrogação até o máximo, em vez de revogar. máximo previsto*. o Prorrogação judicial. Alguns autores dirão ser possível prorrogar até 10 anos. Estelionato Furto mediante fraude (171) (155, p.4° II) Obtenção de vantagem em prejuízo alheio. Subtração de coisa alheia móvel. Há uma relação sinalagmática (um negócio jurídico); Não há uma relação sinalagmática entre o autor e vítima; A fraude usada pelo agente recai justamente sobre a A fraude é usada pelo agente para desviar a vigilância da relação sinalagmática envolvendo o objeto que recai o vítima sobre a coisa, ainda que haja entrega voluntária; crime. Não há expectativa de receber uma contraprestação, A vítima espera por uma contraprestação derivada do pois não há um negócio jurídico, negócio jurídico envolvendo o objeto que recai o crime; Há expectativa de a coisa ser-lhe restituída a coisa na A contraprestação é frustrada, pois houve fraude por qual recai o crime. parte do agente, que não deixou com que a vítima soubesse que se tratava de um golpe. Casos (professor Bruno Gilaberte (fl. 55 e seguintes): Pessoa pede o carro emprestado a outra, alegando ter que levar uma parente ao hospital, mas não lhe devolve: o Furto mediante fraude. Não há relação sinalagmática pretérita; A vítima esperava que a coisa fosse restituída; Fraude empregada para retirar a vigilância da vítima: Alguns autores dirão: No furto, o artifício é empregado para subtrair a coisa, enquanto que no estelionato é para recebê-la. o Veja que essa distinção não é suficiente, pois, nesse caso, a vítima entregou o bem voluntariamente, mas mesmo assim configura furto, justamente por falta a fraude sobre uma relação sinalagmática. Pessoa vai ao posto para abastecer, distrai o frentista e foge sem pagar: o Furto mediante fraude. Há relação sinalagmática pretérita. Contudo, a fraude não recai sobre a relação sinalagmática, mas sim para desviar a vigilância da vítima. Pessoa finge ser manobrista, recebe o veículo pela vítima e foge com o veículo: o Furto mediante fraude. Há relação sinalagmática pretérita. A fraude recai sobre a relação sinalagmática. Contudo, a vítima esperava receber o bem de volta, logo, a despeito de existir uma relação sinalagmática, esta não envolvia a contraprestação pelo veículo, mas sim pelo serviço do manobrista. Pessoa vai à concessionária fingindo ser empresária, engana o vendedor que lhe entrega o veículo para um test-drive, contudo o agente foge com o veículo. o Furto mediante fraude. Não há uma relação sinalagmática pretérita envolvendo o objeto do crime. O engodo é usado para conquistar o acesso ao veículo da vítima, que o entrega voluntariamente. Contudo, a vítima esperava receber o bem de volta o veículo, e não uma contraprestação pelo pagamento do veículo. Pessoa vai à casa da vítima fingindo ser do banco, justifica sua presença para recastramento, pega o cartão e senha da vítima, devolve um cartão falso, depois vai ao banco e saca valores: o Furto mediante fraude. Não há relação sinalagmática pretérita, ou seja, não havia um negócio jurídico simulado firmado pelo criminoso com a vítima. O engodo é usado para conquista do acesso ao cartão e senha da vítima e não sobre um negócio jurídico. Pessoa capta informações bancárias da vítima através de software malicioso instalado no computador da vítima, depois realiza transferências eletrônicas. o Furto mediante fraude. Não há relação sinalagmática simulada pretérita entre autor e vítima. Pessoa vai ao posto de gasolina para abastecer e paga com cheque sem fundos. o Estelionato. Há uma relação sinalagmática simulada pretérita. A fraude recai sobre essa relação simulada. A vítima esperava receber a contraprestação que envolvia o negócio jurídico firmado. Pessoa vai à casa da vítima fingindo ser do banco, justifica sua presença para recastramento, pega o cartão e senha da vítima, devolve um cartão falso, depois solicita empréstimo junto à uma instituição financeira, passando-se pelo titular da conta, ou então, quando capta dados e solicita empréstimo. o Estelionato. Há uma relação sinalagmática simulada pretérita (contratação do empréstimo). A fraude recai sobre essa relação simulada (dados falsos). A vítima (instituição financeira) esperava receber a contraprestação que envolvia o negócio jurídico firmado. Pessoa usa cartão falso para adquirir bens. o Estelionato. Há uma relação sinalagmática simulada pretérita (adquirir bens mediante cartão de crédito). A fraude recai sobre essa relação simulada (cartão falso). A vítima (comerciante) esperava receber a contraprestação que envolvia o negócio jurídico firmado.