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Objetivo:
Competências:
A habitação do novo milénio assinala uma das mais profundas e decisivas crises da
história humana. As alterações climáticas são o principal indicador da natureza
excecional desta época (Soromenho-Marques, 2010a). Os modos de vida e os
valores, as hierarquias e os sistemas de organização do poder, do trabalho, e toda a
relação da humanidade entre si e com o planeta Terra pode-se designar como a da
procura da sustentabilidade (Soromenho-Marques, 2005).
A luta pela sustentabilidade, em qualquer dos vários nomes que ela tem vindo a
assumir nas ultimas décadas e em qualquer das frentes onde ela se joga – nas
politicas, nas empresas, no ambiente domestico, permanecerá como o terreno de
luta privilegiado para todos aqueles que não desistem do que é justo e necessário
(Soromenho-Marques, 2010b).
O conceito formal de Educação Ambiental (EA) surgiu pela primeira vez em 1970 no
Workshop internacional de Educação Ambiental da União Internacional da
Conservação da Natureza em Carson City, EUA, como o processo que consiste em
reconhecer valores e clarificar conceitos com o objetivo de incrementar as atitudes
necessárias para compreender e apreciar as inter-relações entre o Homem, a sua
cultura e o sistema biofísico (Carapeto et al., 1999).
2https://expresso.pt/sociedade/2019-09-04-Inquerito-sobre-Sustentabilidade-A-crise-
continua-a-assombrar-os-portugueses-mas-ha-uma-nova-atitude-face-as-questoes-
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Referencias bibliográficas
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL:
CONCEITOS
TEXTO DE APOIO
dezembro 2017
O que é o Desenvolvimento Sustentável
O primeiro, ‘a génese’, ocorreu entre 1962 e 1973, e caracterizou-se por ter sido um
ciclo expansivo. Surgiram as primeiras obras a alertar para os efeitos da economia no
ambiente, como foram o caso de Silent Spring (1962) de Richard Carson,
habitualmente referida como sendo o despertar da consciência ambiental, mas
também The Tragedy of the Commons (1968) de Hardin, Limits to Growth (1972) de
Meadows, ou Small is Beautiful (1973) de Schumacher. Foram lançadas as primeiras
infra-estruturas das políticas nacionais de ambiente. Destacam-se as leis-quadro
1
Durante a segunda metade do séc. XX o PIB aumentou 6 vezes e a exportação de mercadorias
multiplicou-se por 17 (Soromenho-Marques, 2005).
2
A diferença de rendimentos entre o país mais pobre e o mais rico duplicou durante o mesmo período
(Maddison, 2003)
2 João Miguel Simão
O que é o Desenvolvimento Sustentável
O segundo ciclo, designado por ‘o recuo’, vai de 1973 a 1983. É um período dominado
pela crise do petróleo e consequente instabilidade económica. A preocupação com o
ambiente dá lugar na agenda internacional ao combate ao desemprego, à recessão
económica e às crises energéticas. No entanto, Soromenho-Marques considera não
ter sido um ciclo completamente negativo. Surge pela primeira vez, em 1980, o
conceito de desenvolvimento sustentável, elaborado pela IUCN e focado apenas na
sustentabilidade ecológica (Baker, 2006). Em 1982 é assinada a Convenção das Nações
Unidas sobre o Direito do Mar. Em 1983, pela primeira vez, um partido ecologista (“Os
Verdes”, na então República Federal Alemã) consegue representação parlamentar.
‘O ciclo virtuoso’ ocorre entre 1983 e 1997 e é caracterizado por uma crescente
internacionalização do discurso ambiental, com repercussões na legislação e na
criação de ministérios do ambiente em todos os países desenvolvidos. Em 1983, as
Nações Unidas criaram a Comissão Mundial para o Ambiente e Desenvolvimento e
quatro anos mais tarde seria publicado o relatório “O Nosso Futuro Comum” –
disponível na plataforma -, o qual ficaria conhecido por Relatório Brundtland, que
constitui um marco fundamental, já que:
3
Resolução das Nações Unidas n.º 44/228, de 1989, in Vieira (2003).
4 João Miguel Simão
O que é o Desenvolvimento Sustentável
teve efetivação no terreno (Miller & Twining-Ward, 2005), e em 2000 são assinados,
pela totalidade dos países nela representados, os Objetivos do Milénio a serem
cumpridos até 2015, onde a ênfase é colocada no combate à pobreza e no
desenvolvimento humano. Em 2002 realiza-se a Cimeira Mundial para o
Desenvolvimento Sustentável, também referida por Cimeira da Terra de Joanesburgo,
de onde sai uma Declaração Política e um Plano de Acção, que inclui capítulos sobre a
pobreza, água e saneamento, energia, saúde, educação, biodiversidade, recursos
naturais, alterações climáticas, globalização, comércio internacional e ajuda ao
desenvolvimento. No entanto, os documentos não são vinculativos e não incluem
qualquer tipo de monitorização ou sanção, o que deixa como sensação dominante a
de que se poderia (deveria) ter ido mais longe (Dresner, 2002; Vieira, 2003).
Parece que nos últimos anos, desde 2007, se abriu um ciclo caracterizado pela
sensibilização internacional em torno da necessidade de agir mas, simultaneamente,
pela inação. Soromenho-Marques designa-o por um período de (ainda) confusão.
Diversos relatórios de organismos independentes mostram de forma inequívoca a
ação humana sobre o ambiente (IPCC, 2007a), e outros referem que os custos de não
fazer nada são superiores aos de agir (Stern, 2006). Alguns desastres naturais tornam-
se mais frequentes e tenta-se perceber a sua ligação às alterações climáticas. Os
media contribuem gradualmente para a sensibilização, dedicando crescente atenção
ao fenómeno, enquanto que diversas obras de divulgação se tornam sucessos
editoriais. Em 2007 o prémio Nobel da paz foi entregue a Al Gore e ao Painel
Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) "for their efforts to build up
and disseminate greater knowledge about man-made climate change, and to lay the
foundations for the measures that are needed to counteract such change"4. Já em
2004, Wangari Maathai, fundadora do Green Belt Movement, tinha sido laureada por
defender a ligação entre desenvolvimento sustentável, democracia e paz. A
Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, ocorrida em Bali, teve
como aspeto positivo voltar a trazer os EUA para o processo negocial, embora tenha
ficado aquém das expectativas no que toca a metas a atingir. Por outro lado, a
4
www.nobelprize.org consultado em 28/2/08.
Conferência RIO+20 em junho de 2012 resultou num fracasso político, sendo que a
crise financeira e das dívidas soberanas iniciada em 2008 contribuiu para descentrar
as atenções neste tema.
Para Baker (2006), vários fatores contribuíram para elevar a definição de d.s.
constante no Relatório Brundtland a formulação dominante na esfera internacional,
no âmbito da discussão ambiental e do desenvolvimento5. Em primeiro lugar, a
formulação proporcionou um modo de reconciliar objetivos sociais aparentemente
conflituantes (como por exemplo a proteção ambiental e o crescimento económico).
Depois, porque surgiu numa época em que a poluição e a deterioração ambiental
estavam no topo da agenda política, sustentadas em casos bastante mediáticos como
sejam o buraco de ozono sobre a Antártida, ou o desastre nuclear de Chernobyl.
Finalmente, porque o relatório apoiava a melhoria dos objetivos sociais e económicos
dos países em desenvolvimento. Acrescente-se, como quarta razão, o facto de ser
uma formulação vaga, com que dificilmente não se estará de acordo.
5
Razão por que Baker (2006) considera que o Relatório Brundtland obteve um “authoritative status”.
O quadro 2.3 (p.25) de Baker (2006) oferece uma boa perspetiva da abordagem do
Relatório Brundtland ao desenvolvimento sustentável. O texto identifica ainda os
princípios normativos do d.s.: responsabilidades comuns mas diferenciadas, equidade
intra-geracional, equidade inter-geracional, justiça, participação e igualdade de
género.
Do exposto ressaltam algumas ideias que, não sendo as únicas, são particularmente
relevantes, nomeadamente (i) a equidade intra e inter geracional (ii) o tempo, o
espaço e o território; (iii) a interdisciplinaridade; (iv) a expressão de valores sociais e
éticos.
Equidade intergercional
Equidade intrageracional
Tempo e espaço
Interdisciplinaridade
6
Veja-se por exemplo os programas de conservação de espécies de tartarugas (Tisdell & Wilson, 2002).
sendo Q o produto, que pode ser utilizado para fins de consumo ou para investimento líquido
e,
L a oferta de trabalho, que cresce ao ritmo do nível demográfico.
7
Está-se assim perante a noção de riqueza de Hicks, “(…) the ammount one can consume during a
period and still be as well off at the end of the period”.
8
Veja-se Pezzey & Toman (2005:6) para a distinção entre substituibilidade ilimitada e perfeita. Já
Faucheux & Noël (1995:307) preferem usar o termo mais prudente ‘substituibilidade quase ilimitada’.
9
O caso de Nauru é talvez o mais conhecido exemplo de aplicação extrema da sustentabilidade fraca
“The development of Nauru followed the logic of weak sustainability, and shows clearly that weak
sustainability may be consistent with a situation of near complete environment devastation. (...) A
substitution of natural for manufactured capital may be one-way: once something is transformed into
manufactured capital there is no way to return to the original situation” (Ayres et al., 1998:3). Veja-se
também Tietenberg (2003:97).
13 João Miguel Simão
O que é o Desenvolvimento Sustentável
1995). Por este motivo, Pezzey & Toman (2005) designam os defensores da
sustentabilidade fraca por tecnoptimistas.
10
Em Neumayer (2003:26).
14 João Miguel Simão
O que é o Desenvolvimento Sustentável
Ambiente
Sociedade
Econo-
mia
Ambiente
Níveis de sustentabilidade
Sustentabilidade forte
DS
Sociedade Economia
Sociedade
Ambiente
Sustentabilidade fraca
Economia
Modelo insustentável
Tempo
O modelo situado no canto inferior esquerdo é designado por rabbit model e ilustra a
situação vigente. A sustentabilidade fraca, ao atribuir a mesma importância a cada
uma das dimensões, é vista como um passo necessário mas não suficiente para
alcançar um desenvolvimento sustentável. O modelo da sustentabilidade forte
reconhece que o sistema económico existe num contexto social e que muitos aspetos
da sociedade não envolvem atividade económica, conferindo-lhe um papel menos
preponderante do que aquele assumido no modelo anterior. Da mesma forma, apesar
dos valores e das expectativas sociais serem dinâmicas e mutáveis, não deve ser
11
Para uma leitura aprofundada sobre o modelo de Daly veja-se Neumayer (2003) ou Daly (1996).
12
Esta questão será melhor explorada no capítulo seguinte, no âmbito da Análise Custo-Benefício.
Apesar destes dois paradigmas serem os mais referidos na literatura, outros níveis
intermédios de sustentabilidade são passíveis de serem analisados: sustentabilidade
fraca / semi-fraca / semi-forte / forte, ou ainda a sustentabilidade muito fraca / fraca
/ forte / muito forte (Hunter, 1997). Baker (2006) encontra ainda ao nível das
preocupações ambientais duas posições extremas em relação ao desenvolvimento
sustentável: a do controlo da poluição, e a abordagem ideal. A primeira não chega a
ser desenvolvimento sustentável ao considerar que a proteção ambiental é parte
integrante mas não limitadora do desenvolvimento. Já a segunda defende uma
profunda alteração estrutural da sociedade, da economia e dos sistemas políticos,
assente numa transformação radical da atitude humana para com a natureza.
13
A questão da redução de todos os aspectos a uma única unidade, a monetária, ou seja, a atribuição de
valor económico ao Ambiente é algo muito discutido no seio da economia e é uma das matérias
fracturantes entre as escolas da sustentabilidade forte e fraca. Gössling (2001), por exemplo, ressalva que
a análise monetária não capta muitas das alterações ambientais e sociais causadas pelo turismo. Posições
antagónicas têm Pearce & Moran (1994:17): “(…) atribuindo valor económico à biodiversidade podem
ser formulados argumentos mais poderosos e mais práticos em prol da sua conservação”. A valoração
dos ecossistemas está proximamente relacionada com a questão dos trade-offs, e também será explorada
no capítulo 3.
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63
64
2.1 A Cultura Ambiental do Homem ao Longo da História
Cena 1 — A Pré-História
65
Em termos ecológicos, o Homem tem o conhecimento necessário para
compreender que a sua relação com o habitat é temporária e que, em cada
nova migração, deve buscar outro espaço com idênticas ou melhores
possibilidades de sustento.
A Natureza, por sua vez, sobretudo por se tratar de uma população tão pouco
numerosa, reage à sua presença por um lado, com indiferença segundo os
seus próprios ciclos ( i. e., os ciclos suceder-se-ão e no ano seguinte produzirá
novamente frutos, tubérculos, herbáceas), e por outro lado com enorme
capacidade de auto-regeneração. Outros herbívoros virão ocupar o território
do indivíduo suprimido (caçado) e a reprodução dará origem a novos ovos e
crias.
Podemos mesmo dizer que a Natureza ganhou com a presença deste Homem,
isto é, como todos os predadores, ele agiu de acordo com a regra que
estabelece que a apetência do predador pela presa é tanto maior quanto menor
for o esforço em a capturar. Diremos, por isso, que ele se enquadra num
processo de selecção natural, suprimindo os menos capazes e mais débeis
e facilitando a sobrevivência dos mais hábeis, aumentando-lhes as
possibilidades reprodutivas.
66
Serão problemas sobretudo naturais: um vulcão que entra em erupção e que
gera uma chuva de lava e de cinzas, uma inundação motivada pelo degelo de
um glaciar a montante, associada a uma grande chuvada primaveril, uma
seca especialmente prolongada, uma faísca numa trovoada de verão que
incendeia toda uma floresta...
Uma vez que domina mal a técnica recém descoberta — o fogo — também
o Homem pode dar origem ao mesmo tipo de catástrofe, por descuido ou por
desconhecimento.
67
Estamos em presença de um verdadeiro gestor do espaço, que fundamenta a
sua estratégia num real conhecimento dos processos naturais.
68
carácter epidemiológico, quer por infecção directa, quer através dos vectores
referidos.
O Homem descobriu que podia ser ajudado pelas máquinas se, para tanto,
dispusesse da capacidade para as construir e da energia necessária para as
pôr em funcionamento.
A capacidade de produzir era tão grande que se podia trabalhar sempre, dia
e noite.
69
Surgiu o trabalho por turnos. Se até aí o próprio clima determinava o período
de defeso para o trabalhador, agora havia necessidade de criar tempos próprios
para o descanso, porque as máquinas não precisavam de descansar... Surgiu
o horário de trabalho, o período de descanso, a folga, as férias...
Esta sociedade era perfeita, pois, como alguns autores actuais afirmam,
evoluia-se para a sociedade do descanso, aquela em que o Homem não
precisaria mais de trabalhar: as máquinas fá-lo-iam por si...
Podemos afirmar que nesta altura, quanto mais industrializada era uma
sociedade, menor era a cultura ambiental dos seus elementos.
70
transformados pelo Homem, os «engula».
71
Figura 2.1 – Representação da abordagem simples relativamente às dependências e
consequências da produção industrial.
2.2 A Consciência Desperta... Conceitos e Objectivos da Educação
Ambiental
O Homem começa então a verificar que a partir dos locais de descarga dos
efluentes industriais, o cheiro e o aspecto visual revelam a má qualidade da
água. Um olhar mais atento demonstra o perigo do consumo dessa água. Os
peixes desaparecem. É estabelecida uma relação de causa-efeito entre o agente
gerador e a má qualidade da água. Também se demonstra que os recursos
aparentemente inesgotáveis afinal não o são. A energia encarece.
72
associações dedicam-se especificamente à salvaguarda das espécies em
extinção como o WWF — Fundo Mundial para a Vida Selvagem (hoje Fundo
Mundial para a Natureza) fundada em 1962.
Por outro lado ainda, e mais recentemente, uma vaga de desastres alarmantes
percorreu o Mundo:
6
Carson City fica no estado
processo que consiste em reconhecer valores e clarificar conceitos com o do Nevada, Estados Unidos da
objectivo de incrementar as atitudes necessárias para compreender e apreciar América.
as inter-relações entre o Homem, a sua cultura e o meio biofísico
73
Em 1975 no «workshop» sobre Educação Ambiental em Belgrado (ex-
-Jugoslávia) é elaborada a Carta de Belgrado sobre a Educação Ambiental
e lançado o Programa Internacional de Educação Ambiental (IEEP) da
UNEP/UNESCO (ver Blocos 1 e 2).
Bloco 2
A Educação Ambiental é um processo que visa «formar uma população mundial
consciente e preocupada com o Ambiente e com os seus problemas, uma
população que tenha os conhecimentos, as competências, o estado de espírito,
as motivações e o sentido de compromisso, que lhe permitam trabalhar
individual e colectivamente na resolução das dificuldades actuais, e impedir
que elas se apresentem de novo»
Consideram-se seus objectivos os seguintes:
TOMADA DE CONSCIÊNCIA: ajudar os indivíduos e os grupos sociais a
tomar consciência do ambiente global e dos seus problemas, e sensibilizá-los
para estes assuntos.
OS CONHECIMENTOS: ajudar os indivíduos e os grupos sociais a adquirir
uma compreensão fundamental do ambiente global, dos problemas conexos,
da importância da humanidade, da responsabilidade e do papel crítico que
lhes incumbem.
A ATITUDE: ajudar os indivíduos e os grupos sociais, a adquirir os sistemas
74
de valores que incluam um vivo interesse pelo ambiente e uma motivação
suficientemente forte para participarem activamente na protecção e na melhoria
da qualidade de Ambiente.
(cont.)
(cont.)
AS COMPETÊNCIAS: ajudar os indivíduos e os grupos sociais a adquirir
as competências necessárias à solução dos problemas do ambiente.
A CAPACIDADE DE AVALIAÇÃO: ajudar os indivíduos e os grupos
sociais a avaliar as medidas e os programas de Educação Ambiental, em
função de factores ecológicos, políticos, económicos, sociais, estéticos e
educativos.
75
sobre a mesma.
Bloco 3
Na Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental, realizada em
Moscovo, em 1987 foi aprovada a Estratégia Internacional de Acção no
Domínio da Educação e da Formação Ambiental para os Anos 90.
Segundo este documento, a década de 1990-2000 seria considerada como
a década mundial para a Educação Ambiental, sendo então apresentados
como princípios orientadores e objectivos para uma estratégia internacional,
os items que seguidamente se referem, por igualmente poderem constituir a
base de elaboração de estratégias nacionais:
• Acesso à informação, com reforço de um sistema internacional de
permuta de dados e de experiências.
• Desenvolvimento da investigação e experimentação, que permitam
uma melhoria dos conteúdos, metodologias e estratégias de Educação
Ambiental.
• Desenvolvimento curricular adequado e elaboração de materiais
didácticos, para incremento da Educação Ambiental.
• Formação inicial e contínua de formadores, no âmbito formal e não formal.
• Formação Profissional e Técnica, com vista à integração da compo-
nente ambiental nos vários sistemas de ensino profissional.
• Informação e sensibilização do cidadão em matérias relacionadas com
o ambiente através da utilização dos media e de novas tecnologias de
comunicação.
• Incorporação da dimensão ambiental no ensino universitário, através
de programas de estudos, formação de professores e produção de
materiais didácticos adequados, bem como da implementação de
mecanismos institucionais apropriados.
• Formação de especialistas, promovendo o aperfeiçoamento científico
e técnico no domínio do ambiente.
• Cooperação regional e internacional que conduza a uma optimização
dos resultados.
76
dade Europeia, foi reconhecida a importância destas temáticas e reafirmada
a vontade de reforçar, em matéria de educação ambiental, os programas de
acção das Comunidades. Assim, adoptou-se em 24 de Maio de 1988 a
Resolução 88/C 177/03 na qual se retomam os objectivos e princípios
fundamentais da educação ambiental, delineando acções a empreender ao
nível dos Estados membros e ao nível comunitário, que acompanham as
propostas definidas na estratégia internacional.
Bloco 4
77
guerra.
«no meu tempo tinhamos que saber de cor todos os advérbios de modo,
todos os rios de Portugal e todas as linhas de caminhos de ferro das ex-
-colónias»
«agora as crianças sabem menos coisas de memória, mas são capazes de
formular uma opinião mais facilmente»
«sabíamos a tabuada de trás para a frente...»
«agora não são capazes de fazer uma conta de cabeça. Se não fossem as
máquinas de calcular...»
«se houvesse uma catástrofe, a sorte seria morrerem com ela, porque senão,
morreriam de fome. Não seriam capazes sequer de sobreviver num mundo
inóspito, sem frigorífico, sem energia eléctrica, enfim, no que restasse do
mundo civilizado.»
78
profissionalmente, não estão envolvidas no ensino.
Na maior parte dos casos deparamo-nos com o dilema: optar pelo ensino
baseado na memória ou por um ensino com base na lógica racional? E será
que os conhecimentos que veiculamos aos alunos são os que eles vão precisar
na sua vida futura?
René Hubert define educação como o «conjunto das acções e das influências
exercidas voluntariamente por um ser humano num outro, em princípio de
um adulto num jovem e orientada para um fim que consiste na formação, no
jovem, de toda a espécie de disposições que correspondem aos fins a que é
destinado quando atinge a maturidade.»
79
8
Também poderemos chamar- A dúvida surge relativamente à questão: será que os actuais processos de
-lhe sistema em sentido lato.
ensino não serão demasiado especializados ficando esquecida a tal capacidade
9
Chamamos moda, ao ele- de (re)agir perante a conjuntura que espera os jovens quando adultos?
mento que mais vezes se
repete no conjunto de todos os
possíveis. Não confundir com Esta abordagem pode, mesmo assim, considerar-se simplista, porque para
os conceitos de média e de além dos aspectos implícitos à sobrevivência do ser, neste caso, do Homem,
mediana.
outras questões se colocam como por exemplo a questão dos valores.
Cultura:
80
as capacidades suficientes para delas tirarem proveito, sabendo utilizá-las
na construção da sua própria felicidade e da felicidade dos que o rodeiam?
(afinal o nosso próprio papel no mundo!).
Paul Valery dizia «A cultura é aquilo que fica depois de se esquecer tudo o
que se aprendeu».
81
A educação ambiental tem mais a A educação ambiental tem mais a ver
ver com as pessoas do que com a com a natureza do que com as pessoas.
natureza.
A educação ambiental deveria A educação ambiental só deveria
mudar o comportamento das pessoas mudar a maneira de pensar das pessoas
face ao ambiente. face ao ambiente.
É mais importante para os alunos É mais importante para os alunos
desenvolver atitudes de preocupação conhecer os processos naturais do que
relativamente ao ambiente em geral, atitudes de preocupação, relativamente
do que conhecer os processos natu- ao ambiente em geral .
rais.
A educação ambiental é inevitavel- A educação ambiental deveria evitar
mente política. ser política.
As disciplinas científicas oferecem Todas as disciplinas fornecem igual
melhores oportunidades para a edu- oportunidade para a educação ambien-
cação ambiental. tal.
É importante que o professor tenha o Os estudantes deveriam ser consultados
controle total da informação e do amiudadamente e encorajados a parti-
rumo das suas aulas. cipar na planificação dos seus progra-
mas educativos.
A educação ambiental deveria cons- É importante que a educação ambiental
tituir uma disciplina autónoma. percorra transversalmente todo o
currículo.
As escolas situadas em áreas As escolas situadas em áreas rurais
urbanas estão em desvantagenm tendem a focalizar os programas de
relativamente à educação ambiental. educação ambiental em estudos de
questão naturais e rurais.
É mais importante para os alunos É mais importante que os alunos
conhecer as grandes questões am- conheçam o seu ambiente local do que
bientais, por ex. o aquecimento glo- os problemas de outros países.
bal, etc... do que as questões locais.
A educação ambiental deveria usar A educação ambiental deveria usar
exemplos negativos como os desas- exemplos positivos como os projectos
tres ecológicos, derrames de crude..., de escolas, os grupos de intervenção
para estimular nos estudantes a comunitária..., para estimular nos alu-
preocupação pelo ambiente. nos a preocupação pelo ambiente.
82
Ver-se-á com facilidade que nenhuma das respostas corresponde à verdade
única e não são realmente antagónicas. A discussão permitirá levantar
questões que chegam a versar aspectos éticos.
• a temática: o ambiente
83
• o local: tanto quanto possível fora do local habitual, não neces-
sariamente muito longe. Poderemos estar a referir-nos, por exemplo,
à área da própria escola quando nos referimos ao ensino formal, mas
sem perder de vista o ambiente global.
84
A sobrecarga de publicidade satura a maior parte das pessoas, tornando as
mensagens superficiais e, em geral, acaba por não levar a mudanças de
atitudes definitivas ou duradouras. Na maior parte dos casos a população 13
ADA – Associação de
Defesa do Ambiente.
alvo não é actuante e apenas espectadora. A este processo poderemos chamar
de sensibilização ambiental.
85
Na mesma altura, a referida Comissão Nacional do Ambiente foi chamada
a participar na decisão das mudanças necessárias para implementar a
14
ONGs – Organizações Não educação ambiental no ensino. Daí resultou, por exemplo, a introdução
Governamentais.
do «Meio Físico e Social» no ensino primário e a introdução de temas
15
Este conceito de educação
ambientais nalguns curricula. Quando em 1986 se deu a publicação da
ambiental para o desenvol- Lei de Bases do Sistema Educativo, abriram-se perspectivas nos cur-
vimento, assumiu mais tarde a
expressão simplificada de
ricula do Ensino Básico para a formação pessoal e social o que possi-
educação ambiental, genera- bilitou a implementação da educação ecológica, educação para a saúde,
lizada a partir daí, mas que ao
longo do tempo foi evoluindo
educação para o consumo, etc. Ao mesmo tempo foi introduzida a pos-
para educação ambiental para sibilidade do desenvolvimento de projectos interdisciplinares, nomeada-
a sustentabilidade e actual-
mente tende para educação
mente nas ciências naturais e exactas do 2.º Ciclo do Ensino Básico. Em
para a sustentabilidade, conclusão, embora a educação ambiental não exista formalmente nos
segundo uns, ou educação
para a biodiversidade segundo
curricula, ela pode ser implementada, existindo mesmo, um certo enco-
outros. O conceito geral man- rajamento na sua prática.
tém-se como sendo o de edu-
cação ambiental.
Entretanto, iniciaram-se uma série de cursos de formação na área da educação
16
O INAMB (Instituto Nacio- ambiental de que se destacam o CIF, no âmbito de um acordo entre Portugal
nal do Ambiente) em 1994 e a Suécia entre 1977 e 1982, que tenta estabelecer as bases para uma «Escola
passou a denominar-se
IPAMB – Instituto de Promo- Activa».
ção Ambiental. Mantém os
seus objectivos de apoio Talvez na sequência dos cursos anteriormente referidos, alguns projectos
aos projectos de Educação
Ambiental desenvolvidos de educação ambiental começaram a ser desenvolvidos dos quais se des-
pelas Associações (Organi- tacam «O Rio Tejo na Escola» lançado em 1986 pela Associação «Os ami-
zações Não Governamentais)
e pelas escolas. gos do Tejo» com o apoio das autoridades locais e que se manteve dinâ-
mico até 1988. Chegou a envolver 38 escolas dos 3 níveis de ensino,
17
SNPRCN – Serviço Nacio-
nal de Parques, Reservas e
localizadas nas margens do Rio Tejo e levou à organização do I Con-
Conservação da Natureza, gresso do Tejo. Outro projecto que merece ser mencionado foi o da
actualmente Instituto de
Conservação da Natureza.
Escola Secundária da Portela (perto de Lisboa) em 1986, trabalhando
as questões da poluição e que acabou por ser estendido a mais três esco-
18
DGF – Direcção-Geral das las. Embora não se possa generalizar a existência de um grande apoio
Florestas. O organismo flo-
restal nacional, já passou por
por parte das instituições (OGs e ONGs 14), este é considerado um bom
várias designações, quase exemplo desse apoio, bem como de um grande envolvimento por parte da
sempre com as mesmas atri-
buições: MN – Matas Nacio-
comunidade.
nais, SF – Serviços Florestais,
DSF – Direcção dos Serviços Nessa altura, a educação ambiental apareceu referenciada como Educa-
Florestais, SEF – Secretaria de
Estado das Florestas, com ção Ambiental para o Desenvolvimento15, e também Helena Cavaco no
duas Direcções-Gerais: a texto «Educação Ambiental para o Desenvolvimento» de 1992, consi-
DGOGF – Direcção-Geral de
Ordenamento e Gestão Flo- dera que este processo se iniciou nas escolas secundárias entre 1984 e 85.
restal e DGFF – Direcção-
-Geral do Fomento Florestal, Na zona de Benfica (Lisboa) surgiu uma rede de Escolas, de que se des-
DGSFA – Direcção-Geral dos
Serviços Florestais e Aquí- tacou a Escola Sec. José Gomes Ferreira, que catalizou um projecto de
colas e, actualmente, IF – âmbito comemorativo (do Dia Mundial do Ambiente) e que estabeleceu o
Instituto Florestal.
embrião de uma colaboração com a maior autarquia do País. Este tipo de
19
IJ – Instituto da Juventude. colaboração foi, posteriormente, estendida a outras escolas e a outras
86
autarquias.
87
Em 1987, com a publicação da Lei de Bases do Ambiente, (DL n.o 11/87)
e da Lei das Associações de Defesa do Ambiente (DL n.o 10/87), foi criado o
INAMB — Instituto Nacional do Ambiente, de cujos objectivos faz parte o
apoio ao desenvolvimento de Projectos de Educação Ambiental. O INAMB
apoia as relações com o exterior, Escolas Primárias e Secundárias e outras
organizações bem como a realização de acções de formação e publica um
Boletim Informativo.
88
No âmbito dos encontros, em Outubro de 1990, foi organizado o I Encon-tro
Nacional de Educação Ambiental numa iniciativa conjunta do INAMB
e do Parque Biológico de Gaia, onde aliás se realizou. Também o Par-
que Biológico de Gaia tinha sido recentemente criado pela autarquia de
Gaia 20.
89
Em Portugal, no entanto, só em Setembro de 1993, foi fundada a pri-
meira rede (e única até ao momento): Rede Associação para o Desen-
volvimento da Educação Ambiental (abreviadamente Rede Portuguesa de
Educação Ambiental — RPEA 23 e só legalmente constituída em Janeiro
de 1995) que integra um grupo também bastante diversificado de OGs,
ONGs, clubes e associações, que visam o desenvolvimento da educação
ambiental.
90
ser estendido a mais 3 escolas.
(cont.)
1989 – Por iniciativa de uma Rede de Escolas de região de Benfica – Lisboa,
a Câmara Municipal de Lisboa respondeu facilitando as acções de
educação ambiental por elas desenvolvidas o que levou, mais tarde, a
criar uma estrutura para isso vocacionada.
SINTESE: O texto destaca que a EA em Portugal tem una rica história, que
começou a ser explorada em 1975: projectos escolares, dinamização das
populações, publicações e vontade política para questões de ambiente,
entre outros indicadores. Una avaliação detalhada dos projectos de EA
implementados em Portugal ao longo de mais de trinta anos é completada
com a análisis de questionários. O texto destaca que uma análise da
situação actual e perspectivas futuras da Educação Ambiental (EA), não
pode deixar de considerar três aspectos essenciais, estreitamente inter-
relacionados: a) as mais valias e as deficiências que, até este momento,
a têm caracterizado; b) as exigências colocadas pela profunda crise que 133
133
abala o nosso mundo; e, c) o debate acerca da emergência da Educação
para o Desenvolvimento Sustentável (EDS) e das eventuais inter-relações
entre estas duas perspectivas educativas.
1
Com apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), Portugal.
* Subdirector del Instituto de Educación y Psicología de la Universidad do
Minho, Braga, Portugal.
2
Ministério do Equipamento Social e do Ambiente (I, II, III, IV e V Governos
Provisórios).
3
Entrevista concedida a Cristina Baptista, Cadernos de Educação Ambiental,
n.º 29, Junho de 2000.
4
Instituto Nacional do Ambiente, que só em 1989, sob tutela da Secretaria de
Estado do Ambiente e Recursos Naturais (Ministério do Planeamento e da Administração
do Território), vê aprovada a sua Lei Orgânica.
5
Instituto de Promoção Ambiental.
6
Tinha, entretanto, já começado a emergir (a partir de 1992, ou mesmo um
pouco antes, 1987) a perspectiva da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS).
Em 1997, foi o Conselho Nacional de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Portugal
é subscritor de acordos relativos à implementação da Década das Nações Unidas para a
EDS (DEDS) e, contudo a propósito desta matéria não aprovou, ainda, um documento
QUADRO I
Projectos escolares de EA implementados em Portugal (1997/2000)
e apoiados pelo IPAMB
1 9 9 7 /9 8 1 9 9 8 /9 9 1 9 9 9 /0 0
estratégico. E isto apesar de Portugal ter sido um dos primeiros países europeus a realizar
uma Conferencia Internacional sobre essa problemática, em Maio de 2004, por iniciativa
do Departamento e Universidade a que pertenço.
7
A que tive a honra de pertencer.
8
Centrada em cerca de 180 itens, agrupados hierarquicamente segundo vários
grupos de indicadores, seleccionados de acordo com oito parâmetros qualitativos globais
de avaliação: desenvolvimento geral do projecto, consecução dos objectivos, adequação
das metodologias, desenvolvimento das actividades, avaliação, globalização, divulgação
e custos.
9
Refinada com aplicação do teste de McNemar para pares de parâmetros, e
Q de Cochran para grupos de parâmetros. Para as respostas aos questionários (escala tipo
Likert) utilizaram-se o coeficiente de Spearman e o teste de Wilcoxon.
10
Em jornais locais ou nacionais (48%), desdobrável ou brochura (47%),
jornais escolares (36%).
11
Respectivamente, 219 projectos em 1998, 242 projectos em 1999, e 240
projectos em 2000.
12
Celebrado simultaneamente, e em separado, no Rio de Janeiro.
3. RELAÇÕES EDS/EA
FIGURA 1
Conflito de tendências e possibilidades de superação
Tecnocrática Naturalista
instrumental idealista
Ambientalismo Ecologismo
Crítica
reflexiva
FIGURA 2
Tripla ruptura e tripla unificação epistemológico-ética
(adaptado de M. Freitas, 2005)
DIVERSIDADE EXTERNA
DIVERSIDADE
INTERNA
ciência
“dura” SUSTENTABILIDAD
disciplinar transdisciplinar
natureza
ciência diversidade cultural
“leve” corpo, mente, (popular, tradicional,
emoções razão indigena, etc.)
BIBLIOGRAFIA
BRÜGGER, P. (2004): Educação ou adestramento ambiental? Florianópolis, Letras
Contemporâneas.
CAPRA, F. (2003): As conexões ocultas. Ciência para uma vida sustentável, 3.ª edição, São
Paulo, Cultrix.
HESSELINK, F.; KEMPEN, P., e WALLS, A. van (2000): EDSdebate, Suiza, Gland e Cambridge,
IUCN.
MATURANA, H., e VARELA, F. (1990): El árbol del conocimiento, 1.ª edição, Madrid, Editorial
Debate.
METTE de VISER, A. (ed.) (2002): «Sustainable is More Than Able. Viewpoints on Education
for Sustainability», in: Network for Ecological Education and Practice, pp.
1-44, Ollerup.
147
147
REGRESAR A ÍNDICE Nº 41
CONTACTAR
147
Objetivo:
Competências:
No final deste tópico o estudante deve ser capaz de conhecer e explorar as políticas,
programas e estratégias de educação para o desenvolvimento sustentável, a nível
nacional, europeu e internacional e relacioná-los com a sua aplicação prática.
Existem cinco fases cronológicas das políticas de EDS/ES que de alguma forma estão
associadas a políticas e recomendações/declarações internacionais listadas nos três
documentos indicados acima: a fase programática (1992 – 97), fase pragmática (1998
– 2002), a fase de implementação (2003 – 2008), fase de progresso e reflexão (2009
– 2013), e fase “olhar para a frente” (desde 2013) (Barth, 2016).
1 Políticas, Programas e Estratégias de Educação para a Sustentabilidade de Sandra Caeiro é
disponibilizado sob a Licença Creative Commons-Atribuição – Não Comercial-Compartilha Igual 4.0 Internacional
Sandra Caeiro, 2021 1
Janeiro (Rio+20), em 2012, das quais resultaram diversos relatórios, recomendações
e instituições que aí foram produzidos e sua importância no âmbito da EDS. No âmbito
da DESD um largo número de diferentes atividades foram desenvolvidas
internacionalmente e um conjunto de ações implementadas a todos os sectores da
educação)(Barth, 2016).
Realce-se ainda que na Europa a United Nations Economic Commission for Europe,
desenvolveu em 2005 a Estratégia Regional de Educação para o Desenvolvimento
sustentável, com o objetivo de encorajar os países a integrar a ESD em todas as
formas dos seus sistemas de educação e abranger todos os níveis de ensino, desde
o ensino primário até o terciário, incluindo a aprendizagem profissional e de adultos.
Normalmente é assumido que o uso de métodos participativos de ensino e
aprendizagem deverá ter um papel central na motivação e capacitação dos alunos
para a mudança de comportamentos (UNECE, 2005).
3
Mais informação em
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui
=377366012&PUBLICACOESmodo=2
4
Mais informação sobre a Eco-Escolas em https://ecoescolas.abae.pt
Sandra Caeiro, 2021 3
Contudo, não existe em Portugal uma estratégia ou programa de ação específico para
Sandra Caeiro, 2021 4
a EDS, embora em 2016 tenha sido publicada pela Agência Portuguesa de Ambiente
uma Estratégia Nacional de Educação Ambiental ENEA 2020 (APA, 2016), cujo grupo
de trabalho tinha sido criado em 2003. A concretização da ENEA 2020 pretende
privilegiar um trabalho temático e transversal capaz de garantir os compromissos
nacionais e internacionais assumidos por Portugal no domínio do Ambiente, dos quais
se destaca o Acordo de Paris e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da
Agenda 2030 (APA, 2016). De acordo com o definido nesta estratégia, entre os
diversos níveis de ensino mencionados, evidencie-se a referência que as Instituições
de Ensino Universitário e Politécnico deverão potenciar a disseminação de boas
práticas ambientais no contexto dos cursos académicos lecionados, bem como
constituírem-se, eles próprios, também como espaços privilegiados para o
desenvolvimento de atividades, projetos ou programas de EA.
Sobre a ENEA 2020 deve efetuar a respetiva leitura obrigatória (disponível este
tópico):
APA (2016). Caminho para uma Estratégia Nacional de Educação Ambiental 2020.
Agência Portuguesa do Ambiente.
Sobre o REAS deve efetuar a respetiva leitura obrigatória (disponível este tópico):
APA (2016). Caminho para uma Estratégia Nacional de Educação Ambiental 2020. Agência
Portuguesa do Ambiente.
APA( 2015a). Políticas de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Orientações
comunitárias e nacionais. Agência Portuguesa do Ambiente.
APA (2015b). Políticas de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Orientações nas Nações
Unidas. Agência Portuguesa do Ambiente.
Barth. M. (2016). Implementing Sustainabiliry in Higher Education. Routledge Studies in
Sustainable Development, Earthscan. New York. (Capítulo 2);
Cicmil, S., Gough, G., Hill, S. (2017). Insights into responsible education for sustainable
development: The case of UWE, Bristol. The International Journal of Management
Education 15, 293 – 305.
Comissão Nacional UNESCO (2006). Década de Educação para o Desenvolvimento
Sustentável da UNESCO 2005 – 2014 – contributos para a sua dinamização em Portugal.
Lisboa. Grupo de Trabalho da Comissão da Nacional UNESCO.
Dlouhá, J. e Pospísilová, M. (2018). Education for Sustainable Development Goals in public
debate: The importance of participatory research in reflecting and supporting the
consultation process in developing a vision for Czech education. Journal of Cleaner
Production, 172(20), 4314-4327.
IPAD (2010). Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento . Instituto Português
de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD). Disponível em
http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/ficheiros/estrategia_nacional_educao_desenvolvi
mento.pdf. Acedido a 6/7/17.
ME (2016). Referencial de Educação para o Desenvolvimento – Educação Pré-Escolar, Ensino
Básico e Ensino Secundário. Direção Geral da Educação, Instituto Camões e o CIDAC -
Centro de Intervenção para o Desenvolvimento Amílcar Cabral e a Fundação Gonçalo da
Silveira. Disponível em
https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/ECidadania/educacao_desenvolvimento/Docum
entos/referencial_de_educacao_para_o_desenvolvimento.pdf. Acedido em 6/7/17.
ME (2017). Referencial de Educação Ambiental para a Sustentabilidade. Ministério da
Educação. Direção Geral da Educação. Disponóvel em
http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/ECidadania/Educacao_Ambiental/documentos/re
as_consulta_publica.pdf. Acedido em 6/7/2017.
ME/PCM (2006). Fórum Educação para a Cidadania. Ministério da Educação/Presidência de
Conselho de Ministros
http://www.igualdade.gov.pt/images/stories/mdn/documentos/forumeducacaocidadania.pdf
. Acedido em 6/7/17.
Schmidt, L., Gil Nave, J. N., O’riordan, T., Guerra, J. (2011). Trends and Dilemmas Facing
Environmental Education in Portugal: From Environmental Problem Assessment to
Citizenship Involvement. Journal of Environmental Policy & Planning. 13 (2), 159–177.
Schmidt, L., Nave, J. G. Guerra. (2010). Educação Ambiental. Balanço e perspectivas para
uma agenda mais sustentável. ICS press.
Soromenho-Marques, V. (2005). Política Internacional de Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável. Balanço e Perspectivas. Metamorfoses. Entre o Colapso e o
Desenvolvimento Sustentável, Mem Martins, Publicações Europa-América, 37-62.
UN (2012). The future we want. Outcome document of the United Nations Conference on
Sustainable Development. Rio + 20. United Nations. Avialbale at
https://sustainabledevelopment.un.org/content/documents/733FutureWeWant.pdf. Acedido
1
Documento redigido por um Grupo de Trabalho reunido sob a égide
da Comissão Nacional da UNESCO e de que fizeram parte os
seguintes especialistas:
2
Teresa Goulão, Associação Bandeira Azul
Sumário Executivo
1. Questões prévias
1.1.Preâmbulo
1.2. Contexto
1.2.1. Escala Internacional
1.2.2. Escala Nacional
2.1.Princípios de Actuação
2.2.Objectivos e Metas
2.2.1. Objectivos estratégicos
2.2.2. Objectivos operacionais
2.2.3. Metas quantificáveis
2.3.Áreas de Intervenção
2.3.1. Projectos
2.3.2. Escolas
2.3.3. Autarquias
3. Próximos Passos
3
Sumário executivo
Este documento
4
Outros projectos concretos propostos incluem:
• Um workshop anual sobre EDS
• Instituição de prémios UNESCO de EDS
• Uma exposição itinerante sobre DS
• Lançamento de uma chancela UNESCO / EDS a utilizar em
projectos de EDS
1. Questões prévias
1.1. Preâmbulo
5
iniciativas que diferentes entidades têm vindo ou virão a desenvolver
no quadro da Década.
1.2. Contexto
6
1.2.2. Escala Nacional
7
• Em Portugal, os objectivos de uma política para o
Desenvolvimento Sustentável defrontam-se ainda com
obstáculos importantes a nível da resistência com que os
poderes políticos (centrais e locais) encaram as políticas que
não produzam resultados de crescimento económico visíveis a
prazos não superiores a 4 anos. Esta situação verifica-se tanto
mais quanto, a nível do Desenvolvimento Sustentável, as
práticas não estão ainda enraizadas nas políticas sectoriais e
existem situações problemáticas no domínio da legislação, dos
planos de acção e das estratégias1.
1
Veja-se o caso da ENDS que, entre 2002 e 2006, já conheceu três versões, a última das quais se encontra
actualmente em discussão pública, ou o caso da Agenda 21 Local (A21L) em que, depois dos compromissos assumidos
no Rio de Janeiro (1992) e da assinatura da Carta de Aalborg (1995) por parte de vários municípios, não houve, até
agora, nenhum compromisso oficial para a sua implementação em Portugal. O peso reduzido das iniciativas neste
âmbito coloca-nos na cauda do desempenho europeu.
8
2. As propostas deste documento
2
PNPOT – Programa Nacional de Politica de Ordenamento do Território
9
Nacional e respectivo Programa de Acção que dêem resposta
adequada aos objectivos da Década.
A. Integração / Cooperação
10
Factores-chave - Bons sistemas de informação, formalização
de boas práticas de comunicação.
Objectivos - Evitar duplicações e dispersão de esforços,
garantir eficácia, aumentar eficiência.
B. Mobilização / Participação
C. Co-responsabilização / Transversalidade
11
se não existir uma rede que garanta a troca de informação de
forma fluida, de modo a alimentar a confiança de todos e a
permitir um acompanhamento, em tempo real, da evolução do
sistema.
Factores-chave - Captar e envolver os meios de comunicação
social como parceiros cruciais deste processo e estimular a
troca de informação (horizontal e vertical: blogues, mail, sites
comunitários, etc.).
Objectivos - Fazer chegar a cada agente e instituição a
informação que lhe permita agir de forma mais eficiente em
tempo útil: saber quem está a fazer o quê, onde estão os
recursos, os potenciais parceiros e a informação necessária.
F. Inovação / Experimentação
12
inovação. Aceitar que nem todos os projectos serão bem
sucedidos mas estar disposto a correr o risco de experimentar.
Objectivos - Valorizar uma cultura de inovação e
experimentação no âmbito dos projectos e iniciativas quer de
Educação para o Desenvolvimento Sustentável quer de
Desenvolvimento Sustentável. Difundir a ideia de que se
aprende tanto ou mais com os erros (desde que devidamente
analisados e compreendidas as causas do insucesso) do que
com as vitórias. Aproveitar a capacidade catalisadora do Plano
Tecnológico, mobilizando a Universidade e as entidades de
investigação.
13
conhecimento de dados reais sobre a situação do país e do
planeta e através do verdadeiro envolvimento em acções que
visam o Desenvolvimento Sustentável que se consegue levar a
cabo a própria Educação para o Desenvolvimento Sustentável.
Para além disso, para determinados grupos-alvo será particularmente
interessante a divulgação de acções conducentes ao Desenvolvimento
Sustentável, como forma de mostrar que ele é possível e realizável.
De facto, este processo educativo visa não só dominar os conceitos,
mas passá-los à prática – não se trata apenas de “saber” o
Desenvolvimento Sustentável mas "fazer" Desenvolvimento
Sustentável.
14
assim como num agente de intervenção e num motor de
mobilização da sociedade através dos alunos, das suas famílias
e da restante comunidade educativa. Esta transformação deve
ser um dos pilares base de uma Estratégia Nacional de EDS e
deve estar consubstanciada nas políticas do Ministério da
Educação, do Ministério do Ambiente e do Ministério da Ciência.
15
2.2.2. Objectivos operacionais – As coisas a fazer
16
• Introduzir mecanismos de informação ambiental nas
empresas cotadas na Bolsa (como forma de promoção de uma
cultura de lealdade, transparência e responsabilidade social).
17
autarcas a professores, de jornalistas a publicitários, de
gestores a elementos de associações cívicas).
18
• Criar um curso anual de Desenvolvimento Sustentável a ser
ministrado pelo Cenjor – Centro Protocolar de Formação de
Jornalistas. Data limite: 2007.
19
• As questões do Desenvolvimento Sustentável devem estar
incluídas formalmente nas candidaturas e como critério de
avaliação e selecção em todos os projectos candidatos a
financiamento público. A medida deve ser posta em prática a
partir de 2007.
20
2.3. Áreas de Intervenção
2.3.1. Projecto-Plataforma
3
Registe-se que, em pesquisas recentes, se tornou claro que os projectos de educação ambiental e para o
desenvolvimento sustentável se concentram sobretudo nos primeiros graus de ensino, reduzindo-se substancialmente
durante o ensino secundário e tornando-se residuais no caso do ensino superior (“Educação Ambiental: balanço e
perspectivas”. Lisboa: OBSERVA, 2005-2006).
4
www.edcities.bcn.es
21
• criar hábitos de cooperação interdisciplinares e transregionais
(infra nacionais)
• envolver a comunidade, em geral e os estudantes, em
particular, num projecto “real” de uso profissional
• fomentar a mobilização local e nacional, bem como a
participação e o debate público em torno dos dados colhidos.
• mobilizar as comunidades locais para a criação e aplicação de
soluções inovadoras que permitam dar resposta às questões do
Desenvolvimento Sustentável na sua região.
2.3.2. Projectos-Escolas
22
limpas e eficientes nos processos de produção, como na
instalação/construção de infra-estruturas.
Objectivos
Efeitos de arrastamento
Exemplos
23
• Rede de Projectos do Programa Ciência Viva;
• Rede Educação do Consumidor;
2.3.3. Projectos-Autarquias
Objectivos
24
• Construir uma Base de Dados georreferenciada de âmbito
nacional e com actualização periódica, criando indicadores mais
fiáveis (qualitativos e quantitativos).
Efeitos de arrastamento
Exemplos
25
2.4. Acções Transversais
26
2.4.1. Media
27
notícias, telenovelas, "talk shows" ou publicidade. Pensamos,
porém, que é possível inserir na sua auto-regulação (nos seus
manuais de boas práticas, códigos deontológicos, na cultura das
suas organizações ou simplesmente nos seus hábitos) as
preocupações do Desenvolvimento Sustentável.
Intermediação
Publicidade e Marketing
28
reguladas por códigos de boas práticas mas nem sempre os seus
produtos veiculam os valores da sustentabilidade.
Pretende-se:
2.4.2. Consumo/Mercado
29
Propõe-se estruturar esta dinâmica em torno de dois conceitos: a
informação ao consumidor sobre produtos e serviços e a
transparência sobre processos de produção.
30
Tal poderá potenciar não só a divulgação alargada da temática mas
também uma mobilização em rede com efeito “bola de neve”
chegando a públicos mais alargados e assegurando uma
disseminação e envolvimento mais substanciais.
Objectivos
31
institucional da UNESCO e / ou da Comissão Nacional da
UNESCO.
3. Próximos Passos
32
4. Bibliografia - Documentos de Referência
• Carta da Terra
http://www.chartedelaterre.org
33
• Estratégia da CEE/ONU para a Educação para o
Desenvolvimento Sustentável, 2005
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=gov_portal_ia&_schema=GOV_PORTAL_IA&id_doc=6332&id_
menu=5608
34
CAMINHO
PARA UMA
ESTRATÉGIA
NACIONAL DE
EDUCAÇÃO
AMBIENTAL2020
Ficha Técnica
A adoção de uma Estratégia Nacional de Educação um processo pelo qual os seres humanos e as
Ambiental (ENEA 2020), para o período 2017- sociedades podem atingir o seu máximo potencial.
2020, constitui um desafio de grande importância Em Portugal, há nesta matéria, trabalho reconhecido
para o nosso futuro comum. Desde logo, porque que precisa ser integrado e continuado. Exemplo
esta é uma luta para toda a sociedade pela urgência disso é a cooperação entre os Ministérios da
que se impõe na mudança do Educação e do Ambiente,
paradigma civilizacional e na iniciada em 1996, que tem
alteração de comportamentos permitido a difusão de práticas
que traduzam uma maior e As últimas quatro décadas inovadoras na realização de
melhor consciência ambiental. testemunham diferentes projetos de Educação Ambiental,
esforços na constituição de uma em parcerias entre as escolas,
Com efeito, o Ambiente é um nova literacia ambiental: o poder local, as organizações
tema consolidado na agenda
a aquisição dos conhecimentos, não-governamentais e outras
política, reiterado nos inquéritos entidades de âmbito local e
competências, valores
à população europeia. Também regional, sob a coordenação
no nosso país é assumidamente e atitudes, com desígnio
de sustentabilidade, que dos profissionais da educação
transversal às dimensões, quer e de especialistas na área do
de exercício do Estado e dos seus permitam uma cidadania ativa Ambiente.
objetivos de desenvolvimento, e ambientalmente culta.
quer das preocupações Temos, no entanto, que ir mais
quotidianas dos cidadãos. além, procurando a expansão de
uma “cultura ambiental” – tornando-a um imperativo
As últimas quatro décadas testemunham – e, fortalecendo a cooperação e parcerias entre
diferentes esforços na constituição mais e diferentes áreas de governação, entre a
de uma nova literacia ambiental: administração central, regional e a local, entre o
a aquisição dos conhecimentos, competências, domínio público e o setor privado, entre a investigação
valores e atitudes, com desígnio de sustentabilidade, e a ação, entre o compromisso e a participação ativa.
que permitam uma cidadania ativa e ambientalmente
culta. Assim, a aposta numa Estratégia Nacional de
Educação Ambiental 2020 é a garantia para
Como nos aconselham as investigações, a melhor projetar uma sociedade mais inovadora, inclusiva
forma de promover novos comportamentos e empreendedora, estimulando o debate público
é mesmo praticando-os. De facto, mesmo quando sobre os valores associados ao Desenvolvimento
se adotaram modos de atuação pró-ambiente, o Sustentável. É neste contexto que o XXI Governo
que estava subjacente era o sentido de justiça, Constitucional deu início a este processo participativo
a promoção da saúde ou os interesses económicos para a construção de um verdadeiro compromisso
associados à eficiência no uso de recursos e até nacional. Este é um processo ímpar de participação
o desejo de ser bem visto pelos restantes cidadãos. que pretende facilitar uma efetiva apropriação e
Já reiterando alertas anteriores, a Conferência das responsabilização da sociedade civil nas ações que
Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento vão concretizar a ENEA 2020.
de 1992 apelava à necessidade de ser criado O presente documento estabelece as orientações
um novo modelo de conduta cívica que gerais para a definição da ENEA 2020, em especial
estabelecesse um “contrato ético” com o Planeta. a visão, os princípios, os eixos temáticos e as
De acordo com a Agenda 21 Local, saída da recomendações, que se pretende colocar a consulta
mesma Conferência do Rio, a educação, incluindo pública até ao final do primeiro trimestre de 2017.
a educação formal, a consciencialização pública
e a formação, deveria ser reconhecida como
4
2. Estado da Arte
1
Criada em 1971, na dependência da Presidência do Conselho de Ministros
O s princípios diretivos dos programas de Educação Ambiental,unanimemente aprovados pela
Carta de Belgrado, passam a ser os seguintes:
6
2.2.COOPERAÇÃO INSTITUCIONAL
7
Por outro lado, a rede de Equipamentos de Educação o seu trabalho complementado através de
Ambiental (EqA) difundiu-se a nível nacional através centros de investigação e associativismo informal.
da iniciativa de Autarquias, ONGA, empresas
e particulares. Atualmente encontram-se registados,
na APA, cerca de 200 EqEA. As empresas, designadamente as de maior
dimensão nos setores da água, resíduos e energia,
No contexto da Educação para a Cidadania, a própria assumiram um papel preponderante no apoio
Direção-Geral da Educação (DGE), em parceria com e reconhecimento de projetos e iniciativas de
a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), outros sustentabilidade junto das comunidades escolares.
organismos e diversos parceiros da sociedade civil, Neste contexto, a APA tem vindo também
elaborou recentemente o “Referencial da Educação a assegurar formação técnica especializada
Ambiental para a Sustentabilidade”, documento que a serviços da Administração Pública Central,
permitirá um melhor enquadramento desta dinâmica Regional e Local, como são exemplos,
em contexto curricular, do pré-escolar ao ensino a formação ao Serviço de Proteção da Natureza
secundário. e do Ambiente (SEPNA) da Guarda Nacional
Republicana, à Polícia de Segurança Pública e aos
A APA, no quadro da sua missão, mantém diferentes ramos das Forças Armadas.
o acompanhamento das atividades de EA
no país. A dinâmica nacional tem agora uma
multiplicidade de atores e especificidade de temas
e metodologias inovadoras. Os municípios, as
ONGA e a administração central veem agora
8
2.3. A PERCEPÇÃO DO AMBIENTE E A PARTICIPAÇÃO
2
Observa, Ambiente, Sociedade e Opinião Pública/Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
3
Análise do Eurobarómetro pelo Observa/ ICS
10
3. Compromisso
11
4. Princípios
12
5. Eixos Temáticos
13
5.1.3. MOBILIDADE SUSTENTÁVEL
A transição para a economia circular implica gerir
de modo sustentável os recursos que temos
A descarbonização da economia e a consequente
independência de combustíveis fósseis até
2050 são objetivos ambiciosos que o XXI Governo
disponíveis na nossa economia, desvinculando
extração de materiais e geração de resíduos do
crescimento económico. A desmaterialização de
Constitucional está determinado em cumprir. No processos (p.e. usar e-books ao invés de comprar
que respeita aos transportes, verifica-se que este livros, usar o telemóvel ao invés de imprimir
setor representa cerca de 25% das emissões dos o bilhete de avião, a partilha de manuais escolares
GEE e, aproximadamente, 75% do consumo total ou de equipamentos) constitui-se como modo direto
de petróleo e produtos de petróleo, tornando-se e indireto de desmaterialização, atuando sobre
urgente e imprescindível a adoção de medidas a prevenção – quer na extração de matérias-primas
concretas neste domínio. como na produção de resíduos - incentivando
Complementarmente, as pressões exercidas também a reutilização e extensão da utilidade dos
por este setor verificam-se também ao nível da recursos através da colaboração e partilha.
qualidade do ar, pelo que este é um fator relevante Mas enquanto consumidores individuais,
que urge combater, considerando os impactos no ou no exercício de atividades em empresas
Ambiente e, crucialmente, na saúde pública. e organizações, podemos também influenciar
As causas destas pressões estão essencialmente o contexto com escolhas ambientalmente conscientes
associadas ao tráfego automóvel, resultado da de bens e serviços – pensar na aquisição do serviço
dependência excessiva do transporte individual, e não do equipamento, aquisição de equipamentos
mas também, por exemplo, da ineficiência na de baixo consumo energético, produtos alimentares
logística urbana. Por este motivo, as medidas de origem biológica ou de produção local/regional,
aplicáveis ao setor em ambiente urbano assumem papel reciclado, produtos feitos de madeira gerida de
particular importância ao nível da qualidade do ar e forma sustentável, serviços que utilizem produtos de
do co-benefício associado às vertentes do ruído, do limpeza ecológicos, produtos com rótulo ecológico
consumo de combustíveis fósseis e das alterações ou informação específica sobre a sua pegada
climáticas. ecológica ou escolher edifícios energeticamente
eficientes. Estes serão produtos que, à partida,
Verifica-se, assim, a importância e a necessidade utilizam menos recursos naturais e que serão
de encontrar alternativa à utilização do transporte facilmente reaproveitados ou reciclados, e significa
individual, sendo cada vez mais relevante comprar o necessário, aumentando a vida útil dos
a transferência modal para o transporte coletivo, produtos tanto quanto possível.
em complementaridade com meios de mobilidade
suave e com a mobilidade elétrica. Finalmente, é também reduzir o desperdício
alimentar, na indústria, no retalho e mesmo no
Neste domínio, a ENEA 2020 deverá encorajar consumidor, e ao longo das cadeias de produção
o desenvolvimento de comportamentos e abastecimento, incluindo os que ocorrem pós-
compatíveis com o desenvolvimento sustentável colheita.
e consciencializar os cidadãos para os efeitos das
suas escolhas de transporte. Neste sentido, a ENEA2020 deve promover ações que
incentivem ao desenvolvimento e experimentação
prática deste tipo de soluções, monitorizando
impactes e disseminando os resultados alcançados
5.2. TORNAR A ECONOMIA CIRCULAR e que melhorem a consciencialização ambiental dos
5.2.1. DESMATERIALIZAÇÃO, ECONOMIA consumidores finais, contribuindo para o consumo
COLABORATIVA E CONSUMO sustentável, consciente e responsável.
SUSTENTÁVEL
14
5.2.2. CONCEÇÃO DE PRODUTOS a economia atual cresceu assente em padrões de
E USO EFICIENTE DE RECURSOS consumo insustentáveis, sobre o conceito de “usar
e deitar fora”, de “custa menos comprar novo do que
15
5.3. VALORIZAR O TERRITÓRIO justifica plenamente o desenvolvimento de medidas
específicas que fomentem o aproveitamento das
5.3.1. ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO suas potencialidades, designadamente através
O capital natural incorpora todos os ativos naturais Se é certo que Portugal está hoje dotado de
da Terra e todos os serviços dos ecossistemas vastas áreas do seu território – incluindo marinho
que tornam possível a existência de vida humana. – protegidas de diversas formas, não é menos
Os ecossistemas são formas de capital natural verdade que as populações ainda não estão
renovável, cujo funcionamento depende da suficientemente sensibilizadas para a dupla vertente
biodiversidade que os compõem e cuja preservação de proteção e valorização (incluindo económica)
e recuperação deve ser feita a uma escala global das nossas áreas protegidas e rica biodiversidade.
para manter ou restabelecer a conectividade entre É por isso prioritário inverter esta noção, através de
as zonas naturais existentes. um reforço sem precedentes do investimento na EA
em matéria de natureza e biodiversidade.
Importa, assim, considerar que o valor dos sistemas
naturais, agrícola e florestal afere-se não só pela
riqueza que geram, mas também pelas suas funções
17
6. Recursos
S e o tradicional espaço público primava pela ambientalmente mais sustentada, seja em meio
austeridade e distância para com o cidadão, que urbano ou rural.
ainda não era cliente, até por distância propositada As sedes e espaços geridos pelas ONGA são
ao processo de tomada de decisão, tal paradigma foi recursos que se encontram disponíveis para
transformado ao longo do tempo. A EA promove não o desenvolvimento de atividades, projetos
só dimensões de acesso a informação e novas ou programas de EA. Alguns destes espaços
atitudes de governantes e governados, mas constituem-se já como particulares e temáticos
visa sobretudo uma participação ativa na vida equipamentos de educação ambiental. Atualmente
da comunidade, qualquer que seja o âmbito. encontram-se registadas no RNOE mais de 100
Assim, foi-se registando uma evolução natural ONGA ou equiparadas.
na abertura dos espaços, na auscultação
das populações, na consulta pública
e nos exercícios de administração aberta. Serviços
há que prestam colaboração continuada com as 6.2. RECURSOS HUMANOS
D
suas comunidades de proximidade muito para os recursos humanos afetos a atividades,
além da sua objetiva missão legal, assim como se projetos ou programas de EA, os grupos mais
tornam já comuns os ‘orçamentos participados’ de significativos são, porventura, o dos profissionais da
autarquias. A administração central, regional e local educação, dos ativistas ambientais e dos técnicos
possui um conjunto diversificado de instalações autárquicos.
apropriadas para o desenvolvimento de atividades,
projetos ou programas de EA. No respeitante aos primeiros, são os docentes os
grandes dinamizadores da EA nas comunidades
Destas instalações importa ressaltar os espaços escolares, nos contextos da educação formal e não
geridos pelos municípios e juntas de freguesia que formal. Estes professores representam também um
por se encontrarem mais próximos dos cidadãos, importante papel na ligação destas atividades com
potenciam este tipo de atividades. as comunidades locais.
É crescente a importância da atuação dos técnicos,
6.1.5. EMPRESAS tanto das autarquias como dos equipamentos
de educação ambiental, no desenvolvimento de
20
7. Modelo de Gestão
Comissão de Acompanhamento
21
8. Roteiro Metodológico
22
9. Recomendações
25
Siglas
26
REFERENCIAL
DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A
SUSTENTABILIDADE
Educação Pré-Escolar
Ensino Básico (1.º, 2.º e 3.º ciclos)
Ensino Secundário
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
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REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
FICHA TÉCNICA:
Título:
Autores:
Coordenadores:
Editor:
Ministério da Educação
Data:
ISBN:
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REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
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REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ÍNDICE
I. Introdução
II. Ambiente e Sustentabilidade
III. Organização e Estrutura do Referencial
IV. Temas, Subtemas, Objetivos e Resultados de Aprendizagem
Educação Pré-Escolar
1.º Ciclo do Ensino Básico
2.º Ciclo do Ensino Básico
3.º Ciclo do Ensino Básico
Ensino Secundário
V. Recursos
Bibliografia
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REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
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REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
I. Introdução
A crise global que atualmente se vive torna cada vez mais premente a promoção de um
desenvolvimento que responda às necessidades do presente sem colocar em risco a satisfação
das necessidades das gerações vindouras.
Neste contexto, a Escola não se pode limitar a ser um mero espaço de transmissão de saberes
académicos, de forma fragmentada e descontextualizada, tornando-se imperioso que se
preocupe com a formação dos jovens enquanto cidadãos de pleno direito, preparando-os para
o exercício de uma cidadania ativa, responsável e esclarecida face às problemáticas da
sociedade civil.
A educação ambiental é parte integrante da educação para a cidadania assumindo, pela sua
característica eminentemente transversal, uma posição privilegiada na promoção de atitudes e
valores, bem como no desenvolvimento de competências imprescindíveis para responder aos
desafios da sociedade do século XXI.
Neste âmbito, a Direção-Geral da Educação (DGE) tem vindo a elaborar, em colaboração com
outros organismos e instituições públicas e com diversos parceiros da sociedade civil,
documentos que se poderão constituir como Referenciais na abordagem das diferentes
dimensões de cidadania.
O Referencial, de natureza flexível, pode ser usado em contextos muito diversos, no seu todo
ou em parte, no quadro da dimensão transversal da Educação para a Cidadania, através do
desenvolvimento de projetos e iniciativas que tenham como objetivo contribuir para a
formação pessoal e social dos alunos.
Pretende-se que os alunos aprendam a utilizar o conhecimento para interpretar e avaliar a
realidade envolvente, para formular e debater argumentos, para sustentar posições e opções,
competências estas consideradas fundamentais para a participação ativa na tomada de
decisões fundamentadas, numa sociedade democrática, face aos efeitos das atividades
humanas sobre o ambiente.
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REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
1
PNUA (Programa das Nações Unidas para o Ambiente)
2 UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura)
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REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
A Conferência de Tbilissi procurou definir, tanto o que é uma política de ambiente, como o
conceito e a forma de realizar a educação ambiental.
3
IUCN (International Union for Conservation of Nature and Natural Resources)
4
WWF (World Wide Found for Nature)
5
ONU (Organização das Nações Unidas)
-9-
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Outro marco importante a assinalar, é a instituição da Década das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Sustentável, em 2005, com o principal objetivo de integrar os valores
inerentes ao desenvolvimento sustentável em todos os aspetos da aprendizagem, a fim de
promover mudanças de comportamento que permitam criar uma sociedade sustentável e
mais justa para todos. Reconhece-se assim, neste âmbito, a importância do papel da educação
na promoção do desenvolvimento sustentável.
Em 2012, realizou-se a Conferência Estocolmo + 40, destacando-se como objetivo facultar aos
jovens, investigadores, políticos, empresários e outros membros da sociedade civil uma
plataforma de diálogo relativa a medidas a implementar conducentes ao desenvolvimento
sustentável.
No mês de junho do mesmo ano decorreu no Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. O principal objetivo da conferência foi a
renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, através da avaliação
do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas em conferências
anteriores sobre o assunto, bem como, o tratamento de temas novos e emergentes.
Mais recentemente, em janeiro de 2016, entrou em vigor a resolução das Nações Unidas –
Transformar o nosso mundo: Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável. Esta resolução,
composta por 17 objetivos desdobrados em 169 metas, foi aprovada em setembro de 2015 na
cimeira realizada na sede da ONU, em Nova Iorque. Sete destes objetivos relacionam-se
diretamente com questões ambientais: 6 – Água e saneamento potável; 7 – Energias
renováveis e acessíveis; 11 – Cidades e comunidades sustentáveis; 13- Ação climática; 14 –
Proteger a vida marítima e 15 – Proteger a vida terrestre.
Mantém-se imperativo encontrar o caminho para os tão desejados progresso e
desenvolvimento baseados no equilíbrio que permita ao ser humano uma convivência com a
Terra, utilizando recursos necessários para a sua sobrevivência e das gerações futuras, sem
causar danos irreparáveis no ambiente.
A tomada de consciência que assenta em modelos de desenvolvimento sustentáveis, para
além de uma obrigação coletiva, deve despertar em cada indivíduo a responsabilidade de viver
de forma sustentável.
Naturalmente, este despertar da responsabilidade coletiva advirá também de um processo
educativo orientado para alterações de atitudes e de comportamentos em matéria de
ambiente e de sustentabilidade.
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REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
- 11 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ensino
- 12 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Estes princípios foram-se materializando no currículo de uma forma cada vez mais
integrada e sistémica ao longo das reformas e revisões curriculares que foram tendo lugar.
A Área Escola era uma área curricular não disciplinar, que tinha como objetivos: “...a
concretização dos saberes através de atividades e projetos multidisciplinares, a articulação
entre a escola e o meio e a formação pessoal e social dos alunos.” (n.º 2, art.6.º, Decreto-
Lei n.º 286/89).
Nos anos 90, do século XX, registou-se um aumento significativo destes projetos
envolvendo-se a Escola em parcerias com várias entidades: poder local, alguns
- 13 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Apesar de se terem desenvolvido projetos significativos na Área Escola, o facto desta área
curricular não disciplinar não ter tempos letivos próprios constituiu uma das limitações
que levou a que as escolas não aderissem de uma forma generalizada à sua
implementação.
A Área de Projeto constitui um espaço semanal para todos os alunos, no âmbito da qual,
utilizando uma metodologia de projeto se desenvolvem trabalhos que tenham em
consideração o interesse dos alunos, nos quais frequentemente se trabalham questões
ambientais.
No caso concreto dos programas das disciplinas da área das ciências, privilegia-se uma
abordagem em que as relações que se estabelecem entre Ciência, Tecnologia, Sociedade e
- 14 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Tal como no ensino básico é criada a Área de Projeto, com tempo letivo semanal
atribuído, “que pretende mobilizar e integrar competências e saberes adquiridos nas
diferentes disciplinas”. Nesta área desenvolveram-se projetos de interesse dos alunos
muitos dos quais sobre questões ambientais e do desenvolvimento sustentável.
Os compromissos assumidos por Portugal na União Europeia (UE) e nos diversos fóruns
internacionais no domínio da educação ambiental para a sustentabilidade implicam o
reforço das capacidades de intervenção das entidades públicas, em termos de
transversalidade de atuação e cooperação interministerial. Assume particular relevância
neste domínio a cooperação estabelecida entre as tutelas do Ambiente e da Educação.
Neste sentido, os Ministérios que tutelam a Educação e o Ambiente celebraram, em 1996,
um protocolo de cooperação que se constituiu como um instrumento de promoção da
educação ambiental para a sustentabilidade nos domínios da educação pré-escolar e dos
ensinos básico e secundário. Ao abrigo desse protocolo foi criada uma rede de professores
que, integrados em Organizações Não Governamentais de Ambiente (ONGA) ou em
equipamentos de apoio à educação ambiental, coordenam e dinamizam projetos de cariz
ambiental nas escolas.
Em dezembro de 2005, foi celebrado um novo Protocolo de Cooperação entre estes
ministérios com vista ao reforço do trabalho articulado entre ambas as tutelas no domínio
da educação ambiental. Com vista ao acompanhamento e à concretização das ações
previstas nesse protocolo, em 2009, foi criado o Grupo de Trabalho de Educação
Ambiental para a Sustentabilidade (GTEAS)6. Este grupo integra dois representantes da
Direção-Geral da Educação (DGE), dois representantes da Agência Portuguesa do
Ambiente (APA), um representante do Instituto de Conservação da Natureza e das
Florestas (ICNF) e um representante da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares
(DGEstE).
6
Despacho n.º 19191/2009, de 19 de agosto
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REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Ao longo dos últimos anos, esta parceria entre as tutelas do Ambiente e da Educação tem
vindo a traduzir-se na implementação de numerosos projetos de educação ambiental nas
escolas, que se destinam aos vários níveis de ensino. Esta colaboração tem vindo também
a assumir uma expressão importante no âmbito de programas e de estratégias nacionais
relativas ao ambiente e à sustentabilidade.
As tutelas da Educação e do Ambiente convergem assim os seus esforços para o
desenvolvimento de projetos de educação ambiental para a sustentabilidade, apoiando
projetos de escolas e de entidades, nomeadamente de Organizações Não Governamentais
vocacionadas para a dinamização de projetos estruturados que se destinam a diversas
comunidades educativas.
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REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
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REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
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REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Quadro III – Temas, subtemas e objetivos nos diferentes níveis de educação e ensino
1º 2º 3º SE
TEMAS SUBTEMAS OBJETIVOS EPE
C C C C
A - Pilares da Compreender os pilares da X X X X X
Sustentabilidade sustentabilidade
Compreender a importância da ética e X X X X X
da cidadania nas questões ambientais e
B - Ética e Cidadania
da sustentabilidade
Assumir práticas de cidadania X X X X X
Compreender o impacte das atividades e X X X X X
atitudes humanas num contexto de
I - Sustentabilidade, Ética e C - Responsabilidade recursos naturais
Cidadania Intergeracional Compreender as consequências do X X X X X
esgotamento dos recursos naturais para
as gerações atuais e futuras
Conhecer os riscos conducentes a X X X X X
situações de pobreza (económicos,
D - Redução da sociais e ambientais)
Pobreza Participar em iniciativas de âmbito local X X X X X
ou a outras escalas que visem a redução
da pobreza
Conhecer o ciclo de vida de diferentes X X X X X
bens de consumo
A - Resíduos
Incorporar práticas de consumo X X X X X
responsável
Compreender o conceito de economia X X X X
B - Economia Verde
verde
Compreender a importância da X X X X X
C - Rotulagem (bens e informação existente nos rótulos dos
II - Produção e Consumo serviços) bens e serviços para a decisão de um
Sustentáveis consumo responsável
X X X
D - Modos de Compreender a necessidade de adotar
produção processos de produção agrícola
sustentáveis ambientalmente sustentáveis
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REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
D - Mitigação às
Participar de forma integrada com X X X X
alterações climáticas
diferentes atores sociais, na escola e na
família, em ações que minimizem o
impacte, a nível local, das atividades
humanas nas alterações climáticas
Compreender o conceito de X X X X X
A - A importância da Biodiversidade
Biodiversidade Conhecer os principais ecossistemas do X X X X
planeta
Conhecer as espécies animais e vegetais X X X X X
mais emblemáticas no território nacional
B - Biodiversidade Conhecer o papel dos serviços dos X X X X X
V - Biodiversidade
enquanto recurso ecossistemas, de preferência com
enquadramento na grelha do MEA
(Millennium Ecosystem Assessment)
Analisar as principiais ameaças à X X X X X
C - Principais ameaças Biodiversidade a diferentes escalas
à Biodiversidade Denunciar situações de ameaças à X X X X
Biodiversidade
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Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
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Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
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Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema A – Resíduos
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Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema A – Litoral
Subtema B – Paisagem
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Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
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Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
IV - ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
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REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
V – Biodiversidade
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Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
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Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VI - Energia
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Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VII - Água
Subtema A – Importância da água para a vida na Terra
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Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
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Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VIII – Solos
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Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
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Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
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Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema A – Resíduos
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Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema A – Litoral
Subtema B – Paisagem
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Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
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Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
IV - ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
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Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
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Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
V – Biodiversidade
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Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
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REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VI - Energia
Subtema A – Recursos energéticos
- 44 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 45 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VII - Água
- 46 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 47 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VIII – Solos
- 48 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 49 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 50 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema A – Resíduos
- 51 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 52 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema A – Litoral
Subtema B – Paisagem
- 53 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 54 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
IV - ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
- 55 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 56 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
V – Biodiversidade
- 57 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- Poluentes;
- Invasão de habitats por espécies exóticas.
- 58 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VI – Energia
- 59 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 60 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VII - Água
- 61 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 62 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VIII – Solos
- 63 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 64 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Calcular indicadores que avaliem o impacte das atividades humanas no Ambiente
(exemplos: pegadas ecológica, hídrica, energética, do azoto...).
Compreender as consequências do esgotamento dos recursos naturais para as
gerações atuais e futuras
Reconhecer a importância de utilizar conscientemente os recursos naturais, de
forma a não comprometer as necessidades das gerações futuras.
Debater o conceito de responsabilidade intergeracional.
Tomar decisões responsáveis perante diferentes opções relacionadas com o uso
dos recursos.
- 65 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
II - Produção e Consumo Sustentáveis
Subtema A – Resíduos
- 66 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema D – Modos de produção agrícola sustentáveis
- 67 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 68 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema B – Paisagem
- 69 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Identificar, através de observação direta e/ou indireta, as interligações entre os
elementos naturais e humanos, bem como as componentes da perceção e estética
da paisagem.
- 70 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
IV - ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
- 71 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Elaborar trabalhos de comunicação (exemplos: curtas-metragens, vídeos, noticias,
etc.) a partir de pesquisas sobre as principais ações humanas com impacte nas
alterações climáticas.
Participar em ações de esclarecimento na comunidade sobre as consequências da
nossa dieta alimentar para a emissão de gases com efeito de estufa.
- 72 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Elaborar na escola uma declaração de responsabilidade ambiental, estabelecendo
compromissos de atuação, de forma a combater as alterações climáticas.
Participar de forma integrada com diferentes atores sociais, na escola e na
família, em ações que minimizem o impacte, a nível local, das atividades
humanas nas alterações climáticas
Apresentar propostas de ações, de forma a minimizar o impacte das alterações
climáticas à escala local.
Implementar projetos e iniciativas pessoais, na escola e na comunidade com
impacte na redução de emissões de gases com efeito de estufa envolvendo
diferentes atores sociais.
Incentivar a mobilidade pedonal como contributo ao combate às alterações
climáticas e como forma de promoção da saúde do indivíduo e de um ambiente
mais saudável.
- 73 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
V – Biodiversidade
- 74 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- Sobre-exploração de recursos;
- Poluentes;
- Invasão de habitats por espécies exóticas.
Compreender o impacte ambiental à escala do planeta, dos seguintes
fenómenos:
- alterações do uso do solo;
- invasão de habitats por espécies exóticas;
- contaminação das águas.
Compreender as consequências das atividades e atitudes humanas nos
diferentes ecossistemas.
Denunciar situações de ameaças à Biodiversidade
- Participar em projetos e estudos de caso relativos a situações de ameaça à
Biodiversidade.
- Participar em ações para a preservação da Biodiversidade local.
- 75 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VI - Energia
Subtema A – Recursos energéticos
- 76 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Compreender que o recurso às energias renováveis aliado à eficiência energética
permite gerir de uma forma mais sustentada os recursos energéticos a nível local
e global.
Pesquisar exemplos concretos de adoção de comportamentos, práticas e
tecnologias promotoras da eficiência energética.
- 77 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VII - Água
- 78 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Pesquisar sobre os desafios da sustentabilidade da água a diferentes escalas (do
local ao global).
Atuar de forma a minimizar as problemáticas socioambientais associadas à água
Participar em ações que identifiquem e denunciem problemas que colocam em
risco a sustentabilidade da água.
Participar em projetos e iniciativas que visem a valorização e conservação da água.
Desenvolver propostas que evitem ou minimizem problemas associados à água
nas dimensões ambiental, económica, e cultural.
Debater os contributos da ciência e tecnologia para a mitigação dos problemas
associados à água.
- 79 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema D – Gestão Sustentável dos Recurso Hídricos
- 80 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VIII – Solos
- 81 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema C - Mitigação e adaptação
Compreender a importância da adoção de comportamentos, práticas e técnicas
adequados à conservação dos solos
Conhecer os requisitos necessários à certificação das práticas sustentáveis.
Participar em campanhas informativas e de sensibilização para a adoção de
comportamentos, práticas e técnicas adequadas à conservação dos solos.
Criar modelos que repliquem boas práticas para a conservação dos solos.
Compreender o impacte das alterações climáticas na degradação dos solos e na
desertificação
Pesquisar exemplos concretos de adoção de comportamentos, práticas e técnicas
adequadas à conservação dos solos e ao combate à desertificação.
Promover campanhas de sensibilização e de combate aos processos de
degradação dos solos e de desertificação.
- 82 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 83 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema C - Responsabilidade Intergeracional
- 84 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema A – Resíduos
- 85 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema D – Modos de produção agrícola sustentáveis
- 86 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
III - Território e Paisagem
Subtema A – Litoral
Subtema B – Paisagem
- 87 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Esquematizar através de observação direta e/ou indireta, as interligações entre os
elementos naturais e humanos, bem como as componentes da perceção e estética
da paisagem.
- 88 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
IV - ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
- 89 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Compreender o impacte potencial das alterações climáticas no ordenamento do
território no nosso país com consequências para os ecossistemas, a paisagem e as
atividades socioeconómicas, designadamente o turismo.
Calcular a pegada de carbono em diferentes situações.
- 90 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Reconhecer a importância de iniciativas internacionais na obtenção de
compromissos de combate às alterações climáticas.
Identificar ações de mitigação das alterações climáticas a diferentes escalas.
Valorizar o uso eficiente da energia, com vista à redução das emissões de gases
com efeito de estufa.
Promover hábitos de mobilidade sustentável.
Identificar hábitos e comportamentos quotidianos, de modo a limitar o uso de
energias de origem fóssil, substituindo-as por energias alternativas.
Elaborar na escola uma declaração de responsabilidade ambiental estabelecendo
compromissos de atuação, de forma a combater as alterações climáticas.
Participar de forma integrada com diferentes atores sociais, na escola e na
família, em ações que minimizem o impacte, a nível local, das atividades
humanas nas alterações climáticas
Apresentar propostas de ações, de forma a minimizar o impacte das alterações
climáticas à escala local.
Implementar projetos e iniciativas pessoais, na escola e na comunidade com
impacte na redução de emissões de gases com efeito de estufa, envolvendo
diferentes atores sociais.
Incentivar a mobilidade pedonal como contributo ao combate às alterações
climáticas e como forma de promoção da saúde do indivíduo e de um ambiente
mais saudável.
- 91 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
V – Biodiversidade
- 92 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema C – Principais ameaças à Biodiversidade
- 93 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- a análise das fragilidades e ameaças à conservação;
- a análise crítica das medidas de gestão.
Apresentar propostas para a conservação da Biodiversidade em casos concretos
Participar em campanhas de sensibilização para a conservação da Biodiversidade.
Realizar projetos e estudos de caso relativos a estratégias de conservação da
Biodiversidade em casos concretos.
- 94 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VI - Energia
Subtema A – Recursos energéticos
- 95 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Relacionar o aumento da eficiência energética num determinado processo/tarefa
com a diminuição do consumo dos recursos energéticos não renováveis (em
tempo útil para a humanidade).
Compreender que o recurso às energias renováveis aliado à eficiência energética
permitem gerir de uma forma mais sustentada os recursos energéticos a nível
local e global.
Pesquisar exemplos concretos de adoção de comportamentos, práticas e
tecnologias promotoras da eficiência energética.
Participar em ações de promoção da eficiência energética
Promover campanhas informativas e de sensibilização para o uso eficiente de
energia.
Participar em iniciativas que promovam o uso eficiente de energia.
Realizar uma auditoria energética. (identificar comportamentos/hábitos na
comunidade envolvente conducentes ao desperdício de energia; recolher dados;
identificar causas e consequências; identificar os diferentes intervenientes e locais
onde o desperdício de energia é mais significativo; apontar possíveis soluções
conducentes a um uso mais racional da energia e consequentemente a uma maior
eficiência energética).
Implementar um plano de ação para promoção da eficiência energética
(desenvolver e implementar um plano de ação; estabelecer metas e indicadores
de concretização; avaliar os resultados e proceder à sua divulgação à comunidade
local recorrendo a diversas estratégias e suportes de comunicação).
- 96 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Promover ações de diagnóstico sobre mobilidade, a nível local, que visem
implementar e promover a mobilidade sustentável.
Participar em campanhas de sensibilização para a promoção da mobilidade
sustentável.
Participar na elaboração de um plano, a nível local, com medidas conducentes à
mobilidade sustentável e fazê-lo chegar de uma forma participada às autoridades
competentes (por exemplo, a uma assembleia de freguesia ou a uma assembleia
municipal).
- 97 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VII - Água
- 98 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Atuar de forma a minimizar as problemáticas socioambientais associadas à água
Participar em ações que identifiquem e denunciem problemas que colocam em
risco a sustentabilidade da água.
Participar em projetos e iniciativas que visem a valorização e conservação da água.
Desenvolver propostas que evitem ou minimizem problemas associados à água
nas dimensões ambiental, económica, social e cultural.
Debater os contributos da ciência e tecnologia para a mitigação dos problemas
associados à água.
- 99 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Identificar situações ambientalmente críticas que indiciem práticas de gestão
desadequada dos recursos hídricos.
Identificar soluções individuais e coletivas que contribuam para a gestão
responsável dos recursos hídricos.
- 100 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VIII – Solos
- 101 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Participar em campanhas informativas e de sensibilização para a adoção de
comportamentos, práticas e técnicas adequados à conservação dos solos.
Criar modelos que repliquem boas práticas para a conservação dos solos.
- 102 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Ética: princípios morais por que um indivíduo rege a sua conduta pessoal ou profissional.
Ética Ambiental: Capacidade de refletir sobre o valor que atribuímos ou devemos atribuir ao
ambiente e sobre os valores que orientam ou devem orientar as nossas relações para com o
mesmo.
- 103 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Eco design: É o processo que tem por objetivo principal projetar ambientes, desenvolver
produtos e executar serviços que procuram reduzir o uso dos recursos não-renováveis ou ainda
minimizar o impacto ambiental dos mesmos durante o seu ciclo de vida.
Economia circular: Modelo onde os materiais são devolvidos ao ciclo produtivo através da
reutilização, recuperação e reciclagem. Este modelo representa uma enorme oportunidade
com vários benefícios associados, nomeadamente de impacto ambiental, através da diminuição
do recurso às matérias-primas, impacto social, pela possibilidade de melhorar e prolongar as
relações com os diferentes parceiros, e impacto económico, na medida em que representa um
estímulo à criatividade na redução de custos e fomenta a criação de emprego.
http://www.lipor.pt/pt/residuos-conceitos-fundamentais/economia-circular-conceito-e-
beneficio/#sthash.fq5bFNQn.dpuf
- 104 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Pegada energética: é um indicador que nos permite avaliar a quantidade de energia que
utilizamos em todas as nossas atividades diárias.
Pegada hídrica: indicador que expressa o consumo de água envolvido na produção dos bens e
serviços que consumimos. http://www.wwf.pt/o_nosso_planeta/agua/pegada_hidrica/
Produção e Consumo Sustentáveis: Produção e consumo que tem subjacente a reflexão dos
hábitos de consumo da população, despertando a consciência ecológica. O consumidor adquire
somente o que é necessário para suprir as suas necessidades básicas de sobrevivência,
evitando a aquisição de produtos supérfluos e, por conseguinte, o desperdício.
Resíduos: Qualquer substância ou objeto de que o detentor se desfaz ou tem a intenção ou a
obrigação de se desfazer, nomeadamente os identificados na Lista Europeia de Resíduos.
- 105 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Dulce Garrido, Rui Costa. 1996. Dicionário Breve de Geografia. Editorial Presença. Lisboa
Litoral – uma área onde interatuam processos marinhos e continentais, criando sistemas cujo
equilíbrio depende das diversas combinações das condições naturais com as induzidas pela ação do
homem. Constituído pelas áreas emersas e submersas em que ocorrem trocas transversais entre as
diferentes esferas que aqui se entrecruzam. Pretende-se assim incluir as áreas habitualmente
consideradas litorais (as emersas), mas também a parte interna da plataforma continental.
Ana Ramos Pereira. 2001. O(s) Oceano(s) e as suas Margens. Cadernos de Educação Ambiental 5, Edição do
Instituto de Inovação Educacional. Lisboa.
Litoralização – Termo que designa a grande concentração e das atividades económicas no litoral.
Dulce Garrido, Rui Costa. 1996. Dicionário Breve de Geografia. Editorial Presença. Lisboa
Dulce Garrido, Rui Costa. 1996. Dicionário Breve de Geografia. Editorial Presença. Lisboa
Paisagem – inclui aspetos visíveis de um dado território, nomeadamente elementos físicos tais
como o relevo; elementos vivos como a flora e da fauna; elementos abstratos como a luz e o clima
e elementos humanos como as atividades humanas e ambiente construído.
http://en.wikipedia.org
Paisagem – designa uma parte do território, tal como é apreendido pelas populações, cujo caráter
resulta da ação e da interação dos fatores naturais e ou humanos.
- 106 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Qualidade da Paisagem – inclui natureza, cultura, sociedade, estética, mas também a economia,
corresponde a um equilíbrio entre as necessidades sociais, económicas e ambientais.
- 107 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
IV - Alterações Climáticas
Adaptação - é um ajustamento nos sistemas naturais ou humanos como resposta a estímulos
climáticos verificados ou esperados, que moderam danos ou exploram oportunidades benéficas.
Podem ser distinguidos vários tipos de adaptação:
Adaptação antecipatória - medidas tomadas antes dos impactes das alterações climáticas
serem observados. Também referida como adaptação proactiva;
Adaptação autónoma - medidas tomadas, não como resposta consciente a estímulos
climáticos, mas que são desencadeadas por alterações ecológicas em sistemas naturais e
por alterações de mercado e de bem -estar em sistemas humanos. Também referida como
adaptação espontânea;
Adaptação planeada - medidas que resultam de decisão política deliberada, baseadas na
consciência de que as condições se alteraram ou estarão prestes a alterar-se, e que são
necessárias para regressar a, ou manter, um estado desejado.
Fonte: IPCC (Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas), 4th Assessment Report.
Aquecimento Global – Aumento da temperatura da Terra provocado pelo acréscimo das emissões
de gases com efeito de estufa que tem vindo a ocorrer desde meados do século XIX.
Gases com efeito de estufa- são gases concentrados na atmosfera, de origem natural e
antropogénica, que absorvem e emitem radiação infravermelha, a partir dos raios solares que são
refletidos para o espaço ou absorvidos e transformados em calor. Os principais gases com efeito de
- 108 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
estufa são o vapor de água (H₂O), o dióxido de carbono (CO₂), o metano (CH₄), o óxido nitroso
(N₂O), o ozono (O3), os clorofluorcarbonetos (CFC), os hifroclorofluorcarbonetos (HCFC).
Mitigação (das alterações climáticas) – intervenção humana que visa reduzir as fontes ou
aumentar os sumidouros de gases com efeito de estufa.
As medidas de mitigação visam combater as causas das alterações climáticas antropogénicas, o que
se traduz em ações que contribuem para estabilizar a concentração atmosférica dos gases com
efeito de estufa, por meio da limitação das emissões atuais e futuras assim como do
desenvolvimento de sumidouros potenciais desses gases.
- 109 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
V – Biodiversidade
Áreas protegidas - áreas definidas geograficamente dedicadas, ou regulamentadas e administradas
para alcançar objetivos específicos de conservação.
Conservação ex situ - conservação de componentes da diversidade biológica fora dos seus habitats
naturais.
Ecossistema – É um sistema formado por organismos vivos e pelo meio inorgânico com o qual
trocam matéria e energia. Integra componentes bióticos (plantas, animais, microrganismos) e
abióticos (água, solo, entre outros), que interagem constituindo uma unidade funcional.
Espécie dominante – espécie que apresenta a população com maior número de indivíduos (i.e.,
mais abundante) entre as espécies que compõem uma comunidade.
Espécie exótica – espécie que ocorre num território que não corresponde à sua área de distribuição
natural.
Espécie nativa, indígena ou autóctone - espécie que evoluiu no ambiente em que habita ou que lá
chegou em épocas remotas, sem a interferência humana.
Espécie invasora - espécie que desenvolve altas taxas de crescimento, reprodução e dispersão,
podendo ocupar o território de forma excessiva, em área ou número de indivíduos, provocando
modificações significativas nos ecossistemas e usando os recursos necessários à sobrevivência das
espécies locais.
Habitat – meio definido pelos fatores abióticos e bióticos próprios onde um organismo ou
população ocorre naturalmente, em qualquer das fases do seu ciclo biológico.
População - conjunto de organismos da mesma espécie que vivem na mesma área num
determinado período de tempo.
- 110 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Serviços dos Ecossistemas – contribuições diretas e indiretas dos ecossistemas para o bem-estar
humano. Podem classificar-se em:
Serviços de provisão (produtos obtidos a partir dos ecossistemas, tais como alimentos,
água, madeira, recursos genéticos e medicinais, entre outros);
Serviços de regulação (benefícios obtidos a partir da regulação do ecossistema, tais como
regulação dos riscos naturais, regulação climática, polinização, purificação da água, entre
outros);
Serviços de habitat (provisionamento, por parte dos ecossistemas, de habitat para
espécies migratórias e de condições de manutenção do acervo genético);
Serviços culturais (benefícios não materiais tais como enriquecimento espiritual,
desenvolvimento intelectual, recreação, etc.).
- 111 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
VI – Energia
Auditoria energética - Exame detalhado das condições de utilização de energia numa instalação
(unidade fabril ou edifício).
Fontes de energia não renováveis – são fontes que se encontram na natureza em quantidades
limitadas e cujas reservas se esgotam, pois o seu processo de formação é muito lento quando
comparado com seu ritmo de consumo pelo ser humano. Consideram-se fontes de energia não
renováveis os combustíveis fósseis (carvão, petróleo bruto e gás natural) e o urânio utilizado para
gerar energia nuclear. A curto ou longo prazo, estas fontes podem-se esgotar, dependendo das
reservas existentes no nosso planeta.
Fontes de Energia Renováveis – são fontes de energia como o sol, o vento, a água, a biomassa, as
marés, os geiseres e as fumarolas que se renovam continuamente na natureza, não sendo possível
estabelecer um fim temporal para a sua utilização, sendo por isso consideradas inesgotáveis.
- 112 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
VII - Água
Carta Europeia da água – foi proclamada pelo Conselho da Europa, em Estrasburgo, no dia 6 de maio de
1968. Surgiu com o objetivo de resolver os grandes problemas associados à água que afetam a
humanidade e que decorrem do aumento populacional, cujos efeitos são sentidos no aumento do
consumo e na contaminação dos recursos hídricos.
Ciclo da água ou ciclo hidrológico – refere-se ao movimento contínuo de água entre os continentes,
oceanos e atmosfera através dos processos de evaporação das águas superficiais, da evapotranspiração
dos seres vivos e da precipitação.
Crescimento azul – designação dada à estratégia da UE cujo objetivo é apoiar a longo prazo o
crescimento sustentável no conjunto de setores marinho e marítimo, reconhecendo a importância dos
mares e oceanos enquanto motores da economia europeia com grande potencial para a inovação e
crescimento.
2.º O Oceano e a vida marinha têm uma forte ação na dinâmica da Terra.
Recursos hídricos – é o conjunto de águas superficiais ou subterrâneas disponíveis e que pode ser
utilizado para uso humano. Segundo a ONU, este valor não ultrapassa 1% das águas totais do planeta.
- 113 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
VIII - Solos
Solo - é um corpo natural composto de sólidos (minerais e matéria orgânica), líquidos e gases que
ocorre à superfície da terra, ocupa espaço e é caracterizado por um ou ambos dos seguintes
critérios: tem horizontes, ou camadas, distinguíveis do material inicial em resultado das adições,
perdas, transferências e transformações de energia e matéria, ou tem a capacidade para suportar
plantas enraizadas em ambiente natural.
United States Department of Agriculture. 2014. Key to soil taxonomy. Twelfth Edition.
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Solo - o solo é geralmente definido como a camada superior da crosta terrestre, formada por
partículas minerais, matéria orgânica, água, ar e organismos vivos. O solo constitui a interface entre
a terra, o ar e a água e aloja a maior parte da biosfera.
Erosão - desgaste das massas rochosas seguido de transporte e acumulação dos materiais
provenientes do desgaste.
Adaptado de
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EDUCAÇÃO PARA A
SUSTENTABILIDADE| 21170]
ATIVIDADE FORMATIVA 2
Temática “Políticas, estratégias, planos e programas e de educação para
o desenvolvimento sustentável, a nível nacional, europeu e internacional”
Objetivos
Bom trabalho!
EDUCAÇÃO PARA A
SUSTENTABILIDADE| 21170
ORIENTAÇÕES DE RESPOSTA DE
ATIVIDADE FORMATIVA 2
Objetivos: Esta atividade pretende apoiar o seu processo de auto-aprendizagem da
temática Políticas, estratégias, planos e programas e de educação para o
desenvolvimento sustentável, a nível nacional”.
Para cada uma das perguntas desta atividade seguem-se apenas critérios de correção
e orientações de resposta, ou seja, tópicos do que deve obrigatoriamente ser focado
na resposta. O desenvolvimento, a organização da resposta, mais ou menos pessoal,
mais ou menos criativa, fica ao critério de cada aluno.
Orientação de Resposta:
A ENEA 2020, orienta a sua ação em três pilares essenciais:
1.Descarbonizar a sociedade;
2.Tornar a economia circular;
3.Valorizar o território.
Nota: Pode encontrar informação sobre esta questão na ENEA 2020 disponível no
tópico 2 (páginas 13 a 17).
Nota: Pode encontrar informação sobre esta questão na ENEA 2020 (todo o
documento e página 25 e em https://enea.apambiente.pt/content/promoção-do-
referencial-de-educação-ambiental-para-sustentabilidade?language=pt-pt) e na REAS
(todo o documento e em particular nas páginas 17 e 18) disponíveis no tópico 2.
Orientação de Resposta:
As principais áreas de intervenção prioritária identificadas no documento sobre
“dinamização em Portugal da Década das Nações Unidas da Educação para o
Desenvolvimento Sustentável (2005-2014)” foram os Projetos, as Escolas e as
Autarquias, de acordo com os princípios de atuação de integração/cooperação,
mobilização/participação, co-responsabilização/transversalidade,
comunicação/divulgação/informação, monitorização/avaliação e levantamento e
inovação/experimentação nas áreas do Desenvolvimento Sustentável (dimensão
Ambiental, Social e Económica). Muitas das atividades/ações/metas não foram
realizadas, mas existem exemplos de atividades que foram propostas neste
documento e desenvolvidas com sucesso, como o incremento de atribuição de
bandeiras para Eco-escolas e ECO-XXI na Associação Bandeira Azul, realização de
projetos no âmbito do Programa Ciência Viva, o Portal Agenda 21 Local (embora
atualmente não disponível), o Sistema de indicadores de Desenvolvimento
Sustentável, (APA em 2007), entre outros. É ainda referido no REAS 2017, página 15:
“A dimensão transversal da educação ambiental para a sustentabilidade (EAS) no
currículo, num quadro global de educação para a cidadania, continuou a ser
contemplada, nos princípios definidos pelo Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho,
que instituiu a revisão da estrutura curricular dos ensinos básico e secundário em
vigor.”
Nota: Pode encontrar informação sobre esta questão no documento sobre a
dinamização em Portugal da Década das Nações Unidas da Educação para o
Desenvolvimento Sustentável (2005-2014), disponível neste tópico.
Educação para a Sustentabilidade | código 21170
Objetivo
Competências
No final deste tópico o estudante deve ser capaz de propor e desenvolver diferentes
práticas de educação para o desenvolvimento sustentável aplicáveis a qualquer nível
de ensino/formação e organização.
Entenda-se neste contexto a educação formal como a que ocorre nas escolas no
âmbito do ensino regular (da educação de infância até ao ensino superior), altamente
estruturada e com conteúdos demarcados, enquanto que a educação não formal se
desenvolve fora do contexto escolar, adaptando os objetivos às necessidades dos
indivíduos, como por exemplo no contexto profissional e de aprendizagem ao longo
da vida. Pode ainda considerar-se a educação informal que ocorre em contextos de
socialização (família, amigos, comunidade) (Bruno, 2014). No caso da educação
informal os eixos de implementação serão mais limitados dado não ser liderada por
uma organização mais formal.
Nos próximos subcapítulos ilustra-se o que se entende por cada um dos eixos com os
respetivos exemplos de implementação.
V. I.
Comunidade Operações
externa no Campus
Práticas EDS
Integradas
holisticamente
IV. Avaliação
II. Ensino e
e
Curricula
comunicação
III. Gestão da
organização
A nível das Escolas uma das ferramentas mais utilizadas são as Eco-Escolas que é
um programa internacional da “Foundation for Environmental Education”,
desenvolvido em Portugal desde 1996 pela Associação Bandeira Azul da Europa
(ABAE) (ABAE, 2018a). Pretende encorajar ações e reconhecer o trabalho de
qualidade desenvolvido pela escola, no âmbito da Educação Ambiental para a
Sustentabilidade. A sua metodologia inspirada nos princípios da Agenda 21 local é
descrita em 7 passos que visam garantir a participação das crianças e jovens na
tomada de decisões, envolvendo-os assim na construção de uma escola e de uma
comunidade mais sustentáveis. É efetuada uma auditoria ambiental para avaliar o
estado ambiental da Escola e é definido um plano de ação. Na mesma lógica das Eco-
Escolas a ABAE desenvolveu também as Eco-Universidades (ABAE, 2018a).
Estas ferramentas podem também servir de força motriz às outras práticas de EDS/ES
indicadas na figura 1, dado que não implicam só com as instalações físicas das
1. Inclusão de algumas
componentes ambientais 4. Renovação de um
em disciplinas e cursos curricula completo
já já existentes (e.g.
Multiple-Perspective (formal ou não formal, de
Approach usual no ensino Formação de licenciatura ou pós-
secundário mas também professores graduação)
nas IES)
Métodos de
aprendizagem
e ferramentas
Competências
A pegada Ecológica desenvolvida pela Global Footprint Network pode ser um exemplo
de uma ferramenta onde cada formando pode verificar qual o seu desempenho
ambiental, através do cálculo da área de terra necessária para produzir de uma forma
continua, todos os bens consumidos e todos os resíduos produzidos por ele 5.
A nível do Ensino formal são um bom exemplo a atribuição das Bandeiras das Eco-
Escolas ou Eco-Universidades. A nível das IES é também um bom exemplo de
comprometimento a Assinatura de Declarações especificas para esse nível de ensino
como o Copernicus Alliance8 (em Portugal algumas Universidades já o assinaram).
Outras IES incluem nos seus planos estratégicos a EDS (e.g. Universidades de
Coimbra, Porto e Minho). A nível das organizações sem ser de ensino os sistemas de
certificação de Sistemas de Gestão Ambiental (e.g. ISO 14001) ou o seguimento de
Normas de Responsabilidade Social (ISO 26000), são também um bom exemplo de
boas intenções de mudança a nível da gestão de topo.
8
Mais informação em https://www.copernicus-alliance.org/
12 Disponível em http://greenmetric.ui.ac.id/
13 Mais informação em http://www.rcenetwork.org/portal/
Sandra Caeiro, 2020 12
Eco-Escolas), Workshops, Constelation, Dragon Dreaming, Mediative walks, entre
outras.
• Eficiência de recursos
• Implementação de ciência para a sustentabilidade
• Aplicação de ciência da complexidade
• Novas formas de aprendizagem e métodos de ensino (transformadores,
interdisciplinares, inovadores);
• Sistemas de pensamento holísticos e transdisciplinares;
• Formas de ultrapassar barreiras desde os líderes/gestores aos estudantes e todo
o staff;
• Formas de avaliar a mudança de atitudes;
• Ferramentas de envolvimento e participação dos atores-chave;
• Estudos de caso (casos de sucesso de práticas e EDS);
• Investigação-ação (por exemplo em ambientes reais de aprendizagem);
• Novas teorias;
• Transferência de conhecimento e estratégias de colaboração entre a academia e
a prática.
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Caeiro et al. (eds.), Sustainability Assessment Tools in Higher 3 Education
Institutions, Springer. 3 – 27.
Para criar um mundo mais sustentável e para se envolver com questões relacionadas à sustentabilidade,
de Desenvolvimento Sustentável
como descrito nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), os indivíduos devem se tornar
agentes de mudança para a sustentabilidade. Eles precisam de conhecimentos, habilidades, valores e Objetivos de aprendizagem
atitudes que lhes permitam contribuir para o desenvolvimento sustentável. A educação é, portanto, crucial
para a consecução do desenvolvimento sustentável e a educação para o desenvolvimento sustentável
(EDS) é particularmente necessária porque capacita os educandos a tomar decisões informadas e agir PARCERIAS E MEIOS
E DE IMPLEMENTAÇÃO ERRA
STIÇA DA PO DICAÇÃO
de forma responsável para promover a integridade ambiental, a viabilidade econômica e uma sociedade PAZ, JU UIÇÕES
INSTIT ZES
BREZA
EFIC A
Esta publicação orienta os leitores sobre como usar a educação, especialmente a EDS, para atingir os ODS.
Ela identifica os objetivos de aprendizagem, sugere temas e atividades de aprendizagem para cada ODS,
SAÚD -ESTAR
BEM
EE
GUA
VIDA
e descreve a implementação em diferentes níveis, desde a formulação do curso até estratégias nacionais.
NA Á
O documento tem como objetivo apoiar os formuladores e gestores de políticas, desenvolvedores de
MUDANÇA GLOBAL
currículo e educadores na elaboração de estratégias, programas e cursos para promover a aprendizagem
AÇÃO CONTRA A
EDUCAÇÃO DE
QUALIDADE
DO CLIMA
para os ODS.
PRODUÇ VEIS
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ECONÔMICO
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INDÚSTRIA, CENTE
EDUCAÇÃO DE
QUALIDADE
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
i
Setor de Educação da UNESCO A Agenda Global da Educação 2030
A educação é uma prioridade para a UNESCO A UNESCO, como agência especializada das Nações
porque é um direito humano básico e Unidas para a educação, é responsável por liderar e
estabelece a fundação para a construção da paz coordenar a Agenda da Educação 2030, que é parte
e a promoção do desenvolvimento sustentável. de um movimento global para erradicar a pobreza
A UNESCO é a agência especializada das até 2030 através dos 17 Objetivos de Desenvolvi-
Nações Unidas para a educação, e o Setor de mento Sustentável. A educação, essencial para atin-
Educação da UNESCO oferece liderança global gir todos esses objetivos, tem um objetivo dedicado
e regional em educação, fortalece os sistemas a ela. O Objetivo 4 visa “Assegurar a educação inclusi-
de educação nacionais e responde aos desafios va e equitativa de qualidade, e promover oportunida-
globais contemporâneos através da educação, des de aprendizagem ao longo da vida para todos”. O
com um foco especial sobre a igualdade de Marco de Ação da Educação 2030 oferece orienta-
gênero e a África. ções para a implementação desse objetivo ambicio-
so e seus compromissos.
Esta publicação está disponível em acesso livre Título original: Education for Sustainable
ao abrigo da licença Atribuição-Partilha 3.0 Development Goals: learning objectives. Publicado
IGO (CC-BY-SA 3.0 IGO) (http://creativecom- em 2017 pela Organização das Nações Unidas para
mons. org/licenses/by-sa/3.0/igo/). Ao utilizar a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
o conteúdo da presente publicação, os usuá-
rios aceitam os termos de uso do Repositório
UNESCO de acesso livre (http://unesco.org/ Produzido e impresso pela UNESCO
open-access/terms-use-ccbysa-en). Impresso no Brasil
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
Sumário
Prefácio........................................................................................................................................................................................................................ 1
Agradecimentos....................................................................................................................................................................................................... 2
Lista de siglas............................................................................................................................................................................................................ 3
Introdução....................................................................................................................................................................................... 5
ERRADICAÇÃO
DA POBREZA
IGUALDADE
DE GÊNERO
iii
Sumário — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
TRABALHO DECENTE
E CRESCIMENTO
ECONÔMICO 1.2.8 ODS 8 | Trabalho decente e crescimento econômico |
Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno
e produtivo, e trabalho decente para todos 26
INDÚSTRIA, INOVAÇÃO
E INFRAESTRUTURA
VIDA
NA ÁGUA
1.2.14 ODS 14 | Vida na água |
Conservar e usar sustentavelmente os oceanos, os mares e os recursos marinhos para o
desenvolvimento sustentável 38
VIDA
1.2.15 ODS 15 | Vida terrestre |
TERRESTRE
Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável
as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra, e deter a
perda de biodiversidade 40
PAZ, JUSTIÇA E
INSTITUIÇÕES
EFICAZES 1.2.16 ODS 16 | Paz, justiça e instituições fortes |
Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à
justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis 42
PARCERIAS E MEIOS
DE IMPLEMENTAÇÃO
3. Conclusões...................................................................................................................................................................................58
Anexo 2. Bibliografia.............................................................................................................................................................................................61
iv
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — Prefácio
Prefácio
A UNESCO vem promovendo a educação para o desenvolvimento sustentável (EDS) desde 1992. Ela liderou a Década das Nações
Unidas para a EDS 2005-2014 e agora está à frente da sua continuação, o Programa de Ação Global (Global Action Programme –
GAP) para a EDS.
O impulso para a EDS nunca foi tão forte. Questões globais – como a mudança climática – exigem uma mudança urgente no
nosso estilo de vida e uma transformação do nosso modo de pensar e agir. Para alcançar essa mudança, precisamos de novas
habilidades, valores e atitudes que levem a sociedades mais sustentáveis.
Os sistemas de educação devem responder a essa necessidade premente, definindo objetivos e conteúdos de aprendizagem
relevantes, introduzindo pedagogias que empoderem os educandos, e instando suas instituições a incluir princípios de
sustentabilidade em suas estruturas de gestão.
A nova Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável reflete claramente essa visão da importância de uma resposta edu-
cacional adequada. A educação é explicitamente formulada como um objetivo independente – o Objetivo de Desenvolvimento
Sustentável 4. Numerosas metas e indicadores relacionados à educação também estão contemplados nos outros Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A educação é tanto um objetivo em si mesmo como um meio para atingir todos os outros ODS. Não é apenas uma parte integrante
do desenvolvimento sustentável, mas também um fator fundamental para a sua consecução. É por isso que a educação representa
uma estratégia essencial na busca pela concretização dos ODS.
O objetivo desta publicação é ser um guia para profissionais da educação sobre o uso da EDS na aprendizagem para os ODS e,
consequentemente, contribuir para a realização dos ODS. O guia identifica objetivos de aprendizagem indicativos e sugere temas
e atividades de aprendizagem para cada ODS. Ele também apresenta métodos de implementação em diferentes níveis, desde a
formulação de cursos até estratégias nacionais.
O guia não pretende ser prescritivo de qualquer forma, mas sim oferecer orientações e sugestões que os educadores podem
selecionar e adaptar para que se encaixem em contextos de aprendizagem concretos.
Estou confiante de que este guia ajudará a desenvolver competências de sustentabilidade para todos os educandos e a capacitar
a todos para que contribuam para a consecução da nossa agenda global ambiciosa e crucial.
1
Agradecimentos — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
Agradecimentos
Este documento foi desenvolvido pela Seção de Educação para o Desenvolvimento Sustentável e Cidadania Global, Divisão
para Inclusão, Paz e Desenvolvimento Sustentável, Setor de Educação, UNESCO. Alexander Leicht e Julia Heiss coordenaram o
desenvolvimento do primeiro projeto.
A UNESCO gostaria de expressar sua profunda gratidão ao autor da publicação, Marco Rieckmann (Universidade de Vechta,
Alemanha), que teve o apoio de sua equipe, Lisa Mindt e Senan Gardiner.
As versões preliminares da publicação foram revisadas por especialistas na área da educação para o desenvolvimento sustentável
(EDS) e de vários setores relevantes para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Agradecimentos são especialmente
estendidos a Bárbara Ávila, Seção de Sistemas Hidrológicos e Escassez de Água, UNESCO; Carolee Buckler, Manitoba Training
and Education, Canadá; Christopher Castle, Seção de Saúde e Educação, UNESCO; Robert J. Didham, Instituto para Estratégias
Ambientais Globais (Institute for Global Environmental Strategies – IGES), Japão; Vera Dilari, Ministério da Educação, Investigação e
Assuntos Religiosos, Grécia; May East, Gaia Education, Reino Unido; Margherita Fanchiotti, Seção de Ciências da Terra e Redução do
Risco de Perigos Geológicos, UNESCO; Ann Finlayson, Sustentabilidade e Educação Ambiental (Sustainability and Environmental
Education – SEED), Reino Unido; Mario Franco, Millennium @EDU Sustainable Education, Suíça; Gerhard de Haan, Freie Universität
Berlin, Alemanha; Keith Holmes, Seção de Educação e Formação Técnica e Profissional, UNESCO; Livleen Kahlon, The Energy and
Resources Institute (TERI), Índia; Tintin Kartini, Jayagiri Centre, Indonésia; Ragini Kumar, The Energy and Resources Institute (TERI),
Índia; Greg Misiaszek, Beijing Normal University, China; Yoko Mochizuki, Instituto Mahatma Gandhi para Educação para a Paz
e o Desenvolvimento Sustentável da UNESCO, Índia; Miguel Ángel Moreno, Instituto Nacional de Formación y Capacitación del
Magisterio (INAFOCAM), República Dominicana; Tanvir Muntasim, ActionAid, Bangladesh; Zípora Musyoki, Escritório Regional
WWF para a África, Quênia; Elaine Nevin, ECO-UNESCO, Irlanda; Marianne Olesen, ONU Mulheres, Estados Unidos; Amina Osman,
The Commonwealth Secretariat, Unidade de Saúde e Educação, Reino Unido; Oluwafunmilayo Oyatogun, Wahamba Development
Organization, Nigéria; Ashok Regmi, International Youth Foundation, Estados Unidos; Elyesh Sahyoun, Organisation De
Développement Durable (ODDD), Líbano; Robert Schreiber, Association of German Non-Governmental Development Organizations
(VENRO); Pramod Sharma, Centro de Educação Ambiental (CEE), Índia; Jinan Karameh Shayya, Universidade Libanesa, Líbano;
Hannes Siege, Engagement Global, Alemanha; Zintle Songqwaru, The Environmental Education Association of Southern Africa
(EEASA); Victoria W. Thoresen, Universidade Hedmark de Ciências Aplicadas, Noruega; Felisa Tibbitts, Centro de Educação e
Formação em Direitos Humanos (Human Rights Education and Training Centre – HREA), Estados Unidos; Carlos Alberto Torres,
Universidade da Califórnia, EUA; Jair Torres, Aliança Global para a Redução do Risco de Desastres e Resiliência no Setor da Educação
(Global Alliance for Disaster Risk Reduction and Resilience in the Education Sector – GADRRRES), UNESCO; Shepherd Urenje, Centro
Internacional Sueco de Educação para o Desenvolvimento Sustentável (SWEDESD); Raúl Valdés Cotera, Instituto da UNESCO para
a Aprendizagem ao Longo da Vida (UNESCO Institute for Lifelong Learning – UIL); Hilligje van‘t Land, Associação Internacional
de Universidades (International Association of Universities – IAU); Paul Warwick, Centro de Futuros Sustentáveis, Universidade de
Plymouth, Reino Unido; Jonathan Yee, Comissão Canadense para a UNESCO, Canadá; Daniela Zallocco, Coordenadora Nacional da
Rede de Escolas Associadas da UNESCO (ASPnet), Argentina; governo do Japão.
Finalmente, agradecemos também à Cathy Nolan por seu valioso apoio editorial.
2
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — Lista de siglas
Lista de siglas
3
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — Introdução
Introdução
5
Introdução — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
Introdução
6
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — Introdução
7
Introdução — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
3. A quem se destina esse guia e como ele Os objetivos de aprendizagem, temas e atividades incluídos
neste guia devem ser vistos como uma orientação geral;
pode ser usado?
eles não são exaustivos ou definitivos. Embora os objetivos
Esta publicação visa a orientar os leitores sobre como usar a de aprendizagem incluam os resultados de aprendizagem
educação, e em particular a EDS, na consecução dos ODS. necessários (incluindo conhecimentos, habilidades, atitudes
Ela identifica os objetivos de aprendizagem, sugere temas e comportamentos) para apoiar a consecução dos ODS e
e atividades de aprendizagem para cada ODS, e descreve a destinam-se a ser aplicados em todo o mundo, eles transmitem
implementação em diferentes níveis, desde a formulação de apenas ideias centrais. Devem, portanto, ser complementados
um curso até estratégias nacionais. O documento tem como por temas adequados e localmente relevantes, bem como
objetivo apoiar os formuladores de políticas, desenvolvedores atualizados sobre novas questões que constantemente surgem
de currículo e educadores na elaboração de estratégias, no nosso mundo em rápida mudança. Parte do conteúdo pode
currículos e cursos para promover a aprendizagem para os já ser abordado em programas de educação existentes. Nesse
ODS. O documento não é prescritivo de nenhuma forma, caso, este guia pode ser usado como um recurso complementar,
mas apresenta orientações e oferece sugestões para temas como uma referência para a revisão ou para o fortalecimento
e objetivos de aprendizagem que os educadores podem dos programas existentes.
selecionar e adaptar a contextos de aprendizagem concretos.
A parte principal do documento resume as competências-chave
em EDS que os educandos deverão desenvolver e descreve os
Educadores podem usar este guia como um recurso no
desenvolvimento de treinamentos, livros didáticos, cursos objetivos de aprendizagem indicativos, temas e abordagens
pedagógicas para cada um dos 17 ODS. Posteriormente, uma
1. UNESCO. Educação para a cidadania global: tópicos e objetivos de seção mais curta traz orientações sobre a implementação em
aprendizagem. Brasília, 2015. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/
images/0024/002448/244826por.pdf>. diferentes níveis de educação e em diversos contextos.
8
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 1. Objetivos de aprendizagem para consecução dos ODS
1.
Objetivos de
aprendizagem para a
consecução dos ODS
9
1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
10
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS
11
1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
ERRADICAÇÃO
DA POBREZA
Objetivos de 1. O educando é capaz de colaborar com outros para empoderar indivíduos e comunidades
aprendizagem de forma a influenciar a mudança na distribuição de poder e recursos na comunidade
socioemocional e em outras instâncias.
2. O educando é capaz de aumentar a consciência a respeito de extremos de pobreza e
riqueza e incentivar o diálogo sobre as soluções.
3. O educando é capaz de mostrar sensibilidade para as questões da pobreza, bem como
empatia e solidariedade com os pobres e aqueles em situação de vulnerabilidade.
4. O educando é capaz de identificar suas experiências pessoais e preconceitos em relação
à pobreza.
5. O educando é capaz de refletir criticamente sobre o próprio papel na manutenção de
estruturas globais de desigualdade.
12
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS
Definições de pobreza
Distribuição global, nacional e local da pobreza extrema e da riqueza extrema, assim como suas razões
A importância da igualdade de direitos a recursos econômicos, bem como ao acesso a serviços básicos,
propriedade e controle sobre a terra e outras formas de propriedade, herança, recursos naturais, novas
tecnologias apropriadas e serviços financeiros, incluindo microfinanciamento
A inter-relação entre pobreza, desastres naturais, mudança climática e outras tensões e choques
econômicos, sociais e ambientais
Condições de trabalho relacionadas com a pobreza, como fábricas que exploram os trabalhadores,
trabalho infantil e escravidão moderna
Marcos de políticas nos âmbitos local, nacional e internacional, com base em estratégias de desenvolvimento
favoráveis aos pobres e sensíveis a gênero
Planejar e executar uma empresa estudantil que venda produtos de comércio justo
Realizar um estudo de caso sobre a pobreza e a riqueza em países selecionados (por meio de pesquisas
documentais) ou no nível local (por meio de excursões, da realização de entrevistas etc.)
13
1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
FOME ZERO E
AGRICULTURA
SUSTENTÁVEL
Objetivos de 1. O educando é capaz de avaliar e implementar ações pessoal e localmente para combater
aprendizagem a fome e promover a agricultura sustentável.
comportamental
2. O educando é capaz de avaliar, participar e influenciar o processo de decisão relativo às
políticas públicas de combate à fome e à desnutrição e de promoção de uma agricultura
sustentável.
3. O educando é capaz de avaliar, participar e influenciar o processo de decisão relativo
às estratégias de gestão das empresas locais, nacionais e internacionais em matéria de
combate à fome e à desnutrição e de promoção da agricultura sustentável.
4. O educando é capaz de assumir de forma crítica seu papel como cidadão global ativo
no desafio de combater a fome.
5. O educando é capaz de mudar suas práticas de produção e consumo, a fim de contribuir
para o combate à fome e a promoção de uma agricultura sustentável.
14
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS
Quadro 1.2.2a Tópicos sugeridos para o ODS 2 “Fome zero e agricultura sustentável”
Principais fatores e causas da fome e da desnutrição, incluindo a relação entre mudança climática e
segurança alimentar e esgotamento da qualidade do solo
Consequências da fome e da desnutrição sobre a saúde e o bem-estar das pessoas, incluindo práticas
como a migração como forma de adaptação
Instituições e movimentos relacionados à fome e à agricultura sustentável, como a Organização das Nações
Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Foodwatch, Slow Food, agricultura comunitária, o movimento
internacional Via Campesina etc.
Desenvolver cenários e análise de sistemas locais ou nacionais de produção e consumo de alimentos e/ou
que investiguem o impacto dos desastres naturais nos sistemas de produção de alimentos
Fazer análises de estudos de caso de políticas públicas ou estratégias de gestão de empresas adequadas
e não adequadas para combater a fome, reduzir o desperdício de alimentos e promover a agricultura
sustentável
Organizar excursões e viagens de campo para lugares onde a agricultura sustentável é praticada
Acompanhar a trajetória dos alimentos do campo à mesa – cultivo, colheita e preparo dos alimentos, por
exemplo, em projetos de horta urbana ou escolar
Envolver os educandos em esforços para conectar sobras de alimentos com pessoas carentes
15
1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
SAÚDE E
BEM-ESTAR
16
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS
Problemas de saúde dos grupos vulneráveis e nas regiões mais vulneráveis, além de uma compreensão de
como as desigualdades de gênero podem afetar a saúde e o bem-estar
Estratégias diretas para promover a saúde e o bem-estar, por exemplo, vacinas, alimentação saudável,
atividade física, saúde mental, consultas médicas, educação, educação em sexualidade e em saúde
reprodutiva, incluindo educação sobre prevenção da gravidez e sexo seguro
Estratégias indiretas (saúde pública) para promover a saúde e o bem-estar, por exemplo, programas
políticos para seguros de saúde, preços acessíveis de medicamentos, serviços de saúde, incluindo educação
em sexualidade, prevenção às drogas, transferência de conhecimento e tecnologia, redução da poluição e
contaminação, alerta precoce e redução de riscos
Atitudes discriminatórias em relação às pessoas que vivem com HIV, outras doenças ou transtornos mentais
Acidentes rodoviários
Assistir a vídeos que mostram comportamentos de promoção da saúde (por exemplo, uso de preservativo
para sexo seguro, dizer “não” às drogas ...)
Participar de discussões ou elaborar textos éticos e reflexivos sobre o que significa uma vida de saúde e
bem-estar
Envolver-se com a narrativa de experiências de pessoas com doenças graves, vícios de drogas etc.
Realizar projetos sobre epidemias e endemias – sucesso versus desafios (malária, zika, ebola etc.)
17
1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
EDUCAÇÃO DE
QUALIDADE
18
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS
Razões para a falta de acesso à educação (por exemplo, pobreza, conflitos, desastres, desigualdade de
gênero, falta de financiamento público da educação, privatização crescente)
Desenvolver parcerias entre escolas, universidades e outras instituições que oferecem ensino em diferentes
regiões do mundo (Sul e Norte, Sul e Sul)
Realizar um estudo de caso sobre o sistema educacional e o acesso à educação (por exemplo, taxa de
matrícula no ensino primário) em comunidades ou países selecionados
Planejar e executar um projeto de EDS em uma escola ou universidade, ou para a comunidade local
Comemorar o Dia Mundial das Habilidades dos Jovens, das Nações Unidas (15 de julho), o Dia Internacional
da Alfabetização (8 de setembro) ou o Dia Mundial do Professor (5 de outubro); ou participar da Semana
de Ação Mundial pela Educação
19
1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
IGUALDADE
DE GÊNERO
Objetivos de 1. O educando é capaz de avaliar seu entorno para se empoderar ou empoderar outras
aprendizagem pessoas que são discriminadas por causa de seu gênero.
comportamental
2. O educando é capaz de avaliar, participar e influenciar a tomada de decisões sobre
igualdade de gênero e participação.
3. O educando é capaz de apoiar os outros no desenvolvimento de empatia por todos os
gêneros e na erradicação da discriminação e da violência de gênero.
4. O educando é capaz de observar e identificar a discriminação de gênero.
5. O educando é capaz de planejar, implementar, apoiar e avaliar estratégias para a
igualdade de gênero.
20
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS
Convidar oradores que sofreram violência com base na identidade de gênero ou orientação sexual
Realizar dramatizações que exploram a inclusão e a identidade com base em papéis de gênero
Buscar parcerias com grupos de outras partes do mundo onde a abordagem ao gênero pode ser diferente
Passar um dia trabalhando em uma ocupação tradicionalmente feminina ou masculina (troca de papéis
no trabalho)
Explorar como os riscos e os desastres naturais afetam mulheres, meninas, homens e meninos de modo diferente
Desenvolver um projeto de pesquisa baseado na questão: “Qual é a diferença entre igualdade e equidade e
como ela se aplica ao mundo do trabalho?”
2
2. Exemplo: NATIONAL YOUTH COUNCIL OF IRELAND. The sustainable development goals and youth: resource pack. 2015. Disponível em: <http://www.
youth.ie/sites/youth.ie/files/SDGs_Youth_Resource%20_Pack.pdf>.
21
1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
ÁGUA POTÁVEL
E SANEAMENTO
3. Água virtual é a água “embutida” em commodities. A produção de bens e serviços requer água; a água utilizada para a produção de produtos agrícolas
ou industriais é chamada de “água virtual” do produto. UNESCO. World Water Assessment Programme (WWAP). Facts and figures. Disponível em: <http://
www.unesco.org/new/en/natural-sciences/environment/water/wwap/facts-and-figures/all-facts-wwdr3/fact-25-virtual-water-flows/>.
22
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS
4. A pegada de água mede a quantidade de água usada para produzir cada um dos produtos e serviços que usamos. Ela pode ser medida para um
processo individual, como o cultivo de arroz; para um produto, como calça jeans; para o combustível que colocamos em nosso carro, ou para uma
empresa multinacional inteira. A pegada de água também pode nos dizer quanta água está sendo consumida por determinado país ou por um
indivíduo. Ver: WATER FOOTPRINT NETWORK. Personal water footprint calculator. Disponível em: <http://waterfootprint.org/en/resources/>.
23
1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
ENERGIA
LIMPA E ACESSÍVEL
24
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS
Dimensões políticas, econômicas e sociais da energia e ligações com constelações de poder, por exemplo,
em megaprojetos de energia como parques solares em grande escala ou projetos de barragens – potencial
conflito de interesses (poder político e econômico – entre fronteiras –, direitos, especialmente indígenas)
Impactos e problemas ambientais de produção, fornecimento e uso de energia (por exemplo, mudanças
climáticas, energia cinza)5
Pico de produção de petróleo e segurança energética – dependência (excessiva) de energias não renováveis
como o petróleo
Refletir e debater sobre o próprio uso de energia, por exemplo, classificar as razões para o uso de energia
em uma dimensão (subjetiva), que abranja desde “atender a necessidades básicas” (por exemplo, energia
para cozinhar) até “manter um estilo de vida de luxo” (por exemplo, energia para uma piscina)
Realizar uma campanha para poupar energia na própria instituição ou em nível local
Executar um projeto em grupo sobre quanta energia é necessária para atender a nossas necessidades
diárias, por exemplo, pão, cereais etc.
Desenvolver um projeto de pesquisa baseado na questão: “Como a energia e o bem-estar humano estão
conectados?”
5
5. A energia cinza é uma energia oculta associada a um produto; significa a energia total consumida ao longo de todo o ciclo de vida do produto, desde
sua produção até seu descarte.
25
1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
TRABALHO DECENTE
E CRESCIMENTO
ECONÔMICO
Objetivos de 1. O educando é capaz de envolver-se com novas visões e modelos de uma economia
aprendizagem sustentável e inclusiva e de trabalho decente.
comportamental 2. O educando é capaz de facilitar melhorias relacionadas com salários injustos, remuneração
desigual para trabalho igual e más condições de trabalho.
3. O educando é capaz de desenvolver e avaliar ideias para a inovação e o empreendedorismo
baseados na sustentabilidade.
4. O educando é capaz de planejar e implementar projetos empresariais.
5. O educando é capaz de desenvolver critérios e fazer escolhas de consumo responsável como
um meio para apoiar condições de trabalho justas e os esforços para separar a produção do
impacto dos riscos naturais e da degradação ambiental.
26
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS
Ética econômica
Pressupostos, modelos e indicadores teóricos do crescimento econômico (Produto Interno Bruto – PIB;
Renda Nacional Bruta – RNB; Índice de Desenvolvimento Humano – IDH)
Força de trabalho (aumento da população através das taxas de natalidade, migração etc.)
Trabalho formal e informal, direitos trabalhistas, especialmente para migrantes e refugiados, trabalhos
forçados, escravidão e tráfico de seres humanos
Desenvolver um projeto de pesquisa baseado na questão: “Em que minha carreira pode contribuir para o
desenvolvimento sustentável?”
67
6. INCLUSIVE WEALTLH. The world wants to know how it is doing. Disponível em: <http://inclusivewealthindex.org/#the-world-wants-to-know-how-its-
doing>.
27
1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
INDÚSTRIA, INOVAÇÃO
E INFRAESTRUTURA
28
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS
A necessidade de infraestrutura básica, como estradas, TIC, saneamento, energia elétrica e água
A sustentabilidade da internet – desde grupos de conversa “verdes” até a pegada ecológica de servidores
de motores de busca
Desenvolver um plano de continuidade de negócios para uma empresa local após o impacto de um
desastre natural
Desenvolver uma visão para um mundo com sistemas de transporte livres de combustíveis fósseis
Desenvolver um projeto que explore uma forma de infraestrutura física ou social que respeite sua
comunidade
29
1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
REDUÇÃO DAS
DESIGUALDADES
30
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS
O significado do direito à terra, à propriedade e aos recursos naturais para a igualdade e o impacto das
desigualdades sobre as vulnerabilidades e as capacidades
Normas trabalhistas
Raízes históricas das desigualdades atuais (incluindo o papel das empresas multinacionais)
Planejar uma campanha ou política de conscientização com foco nas desigualdades dos sistemas de co-
mércio global
Analisar a própria história pessoal, considerando as vezes em que foi privilegiado ou discriminado
Desenvolver uma página web ou um blog destacando uma compreensão da situação local de migração e/
ou de refugiados
Desenvolver um projeto de pesquisa baseado na questão: “Como a desigualdade influencia a felicidade das
pessoas?”
31
1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
CIDADES E
COMUNIDADES
SUSTENTÁVEIS
Objetivos de 1. O educando é capaz de utilizar sua voz para identificar e utilizar os mecanismos de
aprendizagem participação pública nos sistemas de planejamento local, para exigir investimentos em
socioemocional infraestruturas sustentáveis, edifícios e parques em sua área e para debater os méritos
de planejamento de longo prazo.
2. O educando é capaz de conectar-se e ajudar grupos comunitários locais e online no
desenvolvimento de uma visão de futuro sustentável para sua comunidade.
3. O educando é capaz de refletir sobre sua região no desenvolvimento de sua própria
identidade, compreendendo os papéis que os ambientes naturais, sociais e técnicos
tiveram na construção de sua identidade e cultura.
4. O educando é capaz de contextualizar suas necessidades, dentro das necessidades dos
ecossistemas mais amplos que o cercam, por assentamentos humanos sustentáveis,
tanto local como globalmente.
5. O educando é capaz de sentir-se responsável pelos impactos ambientais e sociais de seu
próprio estilo de vida individual.
32
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS
8. Um galpão de alimentos se refere à localidade geográfica que produz alimentos para uma população específica. Informações disponíveis em: <http://
foodshedalliance.org/what-is-a-foodshed>.
33
1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
CONSUMO E
PRODUÇÃO
RESPONSÁVEIS
34
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS
História da produção e do consumo, padrões e cadeias de valor e gestão e uso dos recursos naturais
(renováveis e não renováveis)
Produção e consumo de energia (transporte, uso de energia comercial e residencial, energias renováveis)
Turismo
Economia “verde” (ciclo do berço ao berço,9 economia circular, crescimento verde, decrescimento)
Analisar produtos diferentes (por exemplo, telefones celulares, computadores, roupas) usando a análise de
ciclo de vida (ACV)
Fazer dramatizações que lidam com diferentes papéis em um sistema de comércio (produtor, publicitário,
consumidor, gestor de resíduos etc.)
Desenvolver e executar um projeto de ação (de jovens) relacionado com produção e consumo (por exemplo,
moda, tecnologia etc.)
Desenvolver um projeto de pesquisa baseado na questão: “A sustentabilidade requer abrir mão de coisas?”
91011
9. O conceito do ”ciclo do berço ao berço” é originário do inglês “cradle to cradle”. “O cradle to cradle é um conceito que inspira a inovação para criar
um sistema produtivo circular ‘do berço ao berço’ onde não existe o conceito de lixo, tudo é nutriente para um novo ciclo e resíduos são de fato
nutrientes que circulam em ciclos contínuos” (EPEA BRASIL. Disponível em: <http://www.epeabrasil.com/?page_id=23>).
10. A pegada ecológica é uma medida do impacto humano nos ecossistemas da Terra. Ela mede a oferta e a demanda na natureza e é medida em área
selvagem ou quantidade de capital natural consumido a cada ano. Ver <http://www.footprintnetwork.org/en/index.php/GFN/page/calculators/>.
35
1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
AÇÃO CONTRA A
MUDANÇA GLOBAL
DO CLIMA
36
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS
Quadro 1.2.13a Tópicos sugeridos para o ODS 13 “Ação contra a mudança global do clima”
Gases de efeito de estufa e suas emissões
Perigos relacionados à mudança climática que levam a desastres como secas, extremos climáticos etc., e
seu impacto social e econômico desigual dentro de famílias, comunidades e países, e entre países
Aumento do nível do mar e suas consequências para os países (por exemplo, pequenos Estados insulares)
Prevenção, estratégias de mitigação e adaptação e suas conexões com resposta a desastres e redução de
riscos de desastres
Efeitos e impactos sobre grandes ecossistemas como florestas, oceanos, geleiras e biodiversidade
Analisar diferentes cenários de mudança climática com relação a seus pressupostos, consequências e
caminhos de desenvolvimento anteriores
Desenvolver uma página web ou blog para contribuições do grupo relacionadas com questões de mudança
climática
Desenvolver um estudo de caso sobre como a mudança climática pode aumentar o risco de desastres em
uma comunidade local
Desenvolver projeto de pesquisa baseado na questão: “Aqueles que causaram o maior dano para a
atmosfera devem pagar por isso”
37
1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
VIDA
NA ÁGUA
38
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS
Gestão e uso dos recursos marinhos (renováveis e não renováveis): bens globais e sobrepesca, cotas e
como elas são negociadas, aquicultura, algas, recursos minerais
Aumento do nível do mar e os países que irão experimentar a perda total ou parcial de terra; refugiados do
clima e o que a perda de soberania significará
As relações culturais com o mar – o mar como fonte de serviços ecossistêmicos culturais como recreação,
inspiração e construção da identidade cultural
Fazer uma dramatização de moradores de ilhas que precisam se mudar por causa da elevação do nível
do mar
Conduzir um estudo de caso sobre as relações culturais e de subsistência com o mar em diferentes países
Realizar experimentos de laboratório para apresentar aos educandos evidências da acidificação do oceano
39
1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
VIDA
TERRESTRE
Objetivos de 1. O educando é capaz de argumentar contra práticas ambientais destrutivas que causem
aprendizagem a perda de biodiversidade.
socioemocional 2. O educando é capaz de argumentar a favor da conservação da biodiversidade por vários
motivos, incluindo os serviços ecossistêmicos e o valor intrínseco.
3. O educando é capaz de conectar-se com suas áreas naturais locais e sentir empatia com
a vida não humana na Terra.
4. O educando é capaz de questionar o dualismo do ser humano/natureza e percebe que
somos parte da natureza e não estamos à parte dela.
5. O educando é capaz de criar uma visão de uma vida em harmonia com a natureza.
Objetivos de 1. O educando é capaz de conectar-se com grupos locais que trabalham para a conservação
aprendizagem da biodiversidade em sua área.
comportamental 2. O educando é capaz de utilizar sua voz de forma eficaz nos processos de tomada de
decisão para ajudar as áreas urbanas e rurais a se tornarem mais permeáveis à vida
selvagem, com o estabelecimento de corredores ecológicos, esquemas agroambientais,
ecologia da restauração e muito mais.
3. O educando é capaz de trabalhar com os formuladores de políticas para melhorar a
legislação em matéria de biodiversidade e conservação da natureza, e sua implementação.
4. O educando é capaz de destacar a importância do solo como material para cultivo de
todos os alimentos, assim como de apontar a importância de remediar ou interromper
a erosão dos solos.
5. O educando é capaz de fazer campanha para a conscientização internacional sobre
a exploração de espécies e trabalhar para a implementação e desenvolvimento dos
regulamentos da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas
de Fauna e Flora Selvagem (Convention on International Trade in Endangered Species of
Wild Fauna and Flora – CITES).
40
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS
Os perigos de extinção: espécies individualmente em perigo, como a extinção é para sempre, o longo
tempo necessário para formar espécies, e a seis extinções em massa
Restauração da vida selvagem e visão dos seres humanos como uma força de cura
Realizar uma Bioblitz – um dia anual quando a comunidade se reúne para mapear tantas espécies diferentes
em sua área quanto possível
Fazer uma excursão a um parque nas proximidades para fins culturais, por exemplo, recreação, meditação,
arte
Plantar um jardim de vida selvagem para animais selvagens, por exemplo, flores que atraem abelhas,
hotéis de insetos, lagoas etc. em áreas urbanas
Comemorar o Dia da Terra (22 de abril) e/ou o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho)
41
1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
PAZ, JUSTIÇA E
INSTITUIÇÕES
EFICAZES
Objetivos de 1. O educando é capaz de conectar-se com outras pessoas que podem ajudá-lo no sentido
aprendizagem de facilitar a paz, a justiça, a inclusão e instituições fortes no seu país.
socioemocional
2. O educando é capaz de debater questões locais e globais relativas a paz, justiça, inclusão
e instituições fortes.
3. O educando é capaz de mostrar empatia e solidariedade para com aqueles que sofrem de
injustiça em seu próprio país, bem como em outros países.
4. O educando é capaz de refletir sobre seu papel nas questões relativas a paz, justiça,
inclusão e instituições fortes.
5. O educando é capaz de refletir sobre o próprio pertencimento a diversos grupos (gênero,
social, econômico, político, étnico, nacional, habilidade, orientação sexual etc.), seu acesso
à justiça e seu senso compartilhado de humanidade.
Objetivos de 1. O educando é capaz de avaliar criticamente questões relativas a paz, justiça, inclusão e
aprendizagem instituições fortes na sua região, nacional e globalmente.
comportamental
2. O educando é capaz de exigir e apoiar publicamente o desenvolvimento de políticas de
promoção da paz, da justiça, da inclusão e de instituições fortes.
3. O educando é capaz de colaborar com grupos que atualmente sofrem injustiças e/ou
conflitos.
4. O educando é capaz de tornar-se um agente de mudança na tomada de decisão local,
combatendo a injustiça.
5. O educando é capaz de contribuir para a resolução de conflitos em âmbito local e
nacional.
42
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS
Quadro 1.2.16a Tópicos sugeridos para o ODS 16 “Paz, justiça e instituições eficazes”
Definições de justiça: retributiva e de reabilitação
Justiça climática
Justiça comercial
Fazer uma dramatização sobre diferentes pessoas de todo o mundo que são vítimas de injustiça
Debater questões de justiça no contexto histórico e cultural, por exemplo, os desaparecidos na Argentina,
o apartheid na África do Sul etc., e como essas questões de justiça evoluíram
43
1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
PARCERIAS E MEIOS
DE IMPLEMENTAÇÃO
Objetivos de 1. O educando é capaz de conscientizar outros sobre a importância das parcerias globais
aprendizagem para o desenvolvimento sustentável.
socioemocional
2. O educando é capaz de trabalhar com outros para promover parcerias globais para o
desenvolvimento sustentáveis e exigir a responsabilização dos governos em relação
aos ODS.
3. O educando é capaz de assumir os ODS como pertencentes a ele também.
4. O educando é capaz de criar uma visão para uma sociedade global sustentável.
5. O educando é capaz de ter um sentimento de pertencimento a uma humanidade
comum, compartilhando valores e responsabilidades, com base nos direitos humanos.
Objetivos de 1. O educando é capaz de tornar-se um agente de mudança para alcançar os ODS e assumir
aprendizagem seu papel como um cidadão ativo, crítico, global e favorável à sustentabilidade.
comportamental
2. O educando é capaz de contribuir para facilitar e implementar parcerias locais, nacionais
e globais para o desenvolvimento sustentável.
3. O educando é capaz de exigir e apoiar publicamente o desenvolvimento de políticas que
promovam parcerias globais para o desenvolvimento sustentável.
4. O educando é capaz de apoiar atividades de cooperação para o desenvolvimento.
5. O educando é capaz de influenciar as empresas a participarem de parcerias globais para
o desenvolvimento sustentável.
44
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 1. Objetivos de aprendizagem para a consecução dos ODS
O dilema do prisioneiro12 e a tragédia dos comuns13 como desafios para a criação da governança global e
de mercados globais que promovam o desenvolvimento sustentável
Analisar o progresso na implementação dos ODS globalmente e em nível nacional, e determinar quem é
responsável pelo progresso ou pela falta dele
Realizar jogos de simulação relacionados com as negociações em conferência globais (por exemplo,
Modelo Nacional das Nações Unidas)
Planejar e executar um projeto de ação (de jovens) sobre os ODS e sua importância
Desenvolver um projeto de pesquisa baseado na questão: “Juntos, podemos ... Explore esta frase
comumente usada e como ela se aplica aos ODS”
1213
12. Mais informações em inglês sobre “o dilema do prisioneiro” disponíveis em: <http://www.prisoners-dilemma.com>.
13. Mais informações em inglês sobre “a tragédia dos comuns”: CONCISE ENCICLOPEDIA OF ECONOMICS. Tradegy of commons. Disponível em: <http://
www.econlib.org/library/Enc/TragedyoftheCommons.html>.
45
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 2. Implementação da aprendizagem para os ODS por meio da EDS
2.
Implementação da
aprendizagem para os
ODS por meio da EDS
47
2. Implementação da aprendizagem para os ODS por meio da EDS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
48
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 2. Implementação da aprendizagem para os ODS através da EDS
Quadro 2.1.3 Questões cruciais para o sucesso da implementação de políticas que promovem a EDS
A coerência política plena entre o setor da educação e o setor do desenvolvimento sustentável precisa ser garantida. O
alinhamento das metas e das estratégias locais e nacionais de desenvolvimento sustentável com a política de educação
pode promover o redirecionamento dos sistemas de educação para o desenvolvimento sustentável. A EDS deve ser
integrada de forma coerente em todas as políticas setoriais ou subsetoriais relevantes.
Não há uma versão de EDS que sirva a todos. Realidades políticas e socioculturais e desafios ambientais e ecológicos
específicos tornam essencial a contextualização da EDS. É por isso que precisamos de interpretações relevantes da EDS e de
formas relacionadas de educação em nível local e nacional.
A liderança política é crucial para a EDS. Já foi comprovado que organismos e mecanismos de coordenação apoiam a
integração da EDS nos sistemas educacionais. Portanto, as políticas devem criar tais estruturas em diferentes níveis. Além
disso, os governos deverão estabelecer metas para a EDS.
A EDS é promovida não apenas por organizações governamentais formais, mas também, em grande medida, por ONGs, que
muitas vezes trabalham em contextos de aprendizagem não formal e informal. As políticas internacionais, nacionais e locais
devem apoiar as ONGs no sentido de facilitar essas atividades, fornecendo financiamento, mas também com a criação de
redes e incentivos a processos de aprendizagem social.
Fonte: UNESCO, 2014a.
2.2 Integração da EDS em currículos e livros 2014c, p. 36). A partir do desenvolvimento de currículos de
sustentabilidade, espera-se “melhorar a capacidade dos nossos
didáticos sistemas de educação para preparar as pessoas para buscar o
A EDS deve ser integrada em todos os programas de educação desenvolvimento sustentável” (UNITED NATIONS, 2012, par. 230).
formal, incluindo os cuidados e educação na primeira infância
e a educação primária e secundária, a educação e formação O monitoramento e a avaliação da DEDS destacou muitos
técnica e profissional e a educação superior. A EDS diz bons exemplos existentes de integração da EDS nos
respeito ao cerne do ensino e da aprendizagem e não deve currículos (ver o Quadro 2.2.1). Avaliações de documentos
ser considerada como algo a ser adicionado ao currículo curriculares oficiais revelam que “muitos países passaram a
existente. A popularização da EDS exige a inclusão de temas incluir a sustentabilidade e/ou temas ambientais como um
de sustentabilidade nos currículos, mas também de resultados dos objetivos gerais da educação” (UNESCO, 2014a, p. 30).
de aprendizagem relacionados com a sustentabilidade. Na educação primária e secundária, o maior progresso foi
alcançado no desenvolvimento curricular voltado para a
“Os currículos precisam garantir que todas as crianças e jovens EDS. “Perto de 40% dos Estados-membros indicam que sua
aprendam não apenas habilidades básicas, mas também maior conquista ao longo da DEDS foi a integração da EDS no
habilidades transferíveis, como pensamento crítico, resolução currículo formal, e um quinto dos países descreveram projetos
de problemas, advocacy e resolução de conflitos, para ajudá- escolares específicos como sua contribuição mais importante
-los a se tornarem cidadãos globais responsáveis” (UNESCO, para a EDS” (UNESCO, 2014a, p. 82).
49
2. Implementação da aprendizagem para os ODS através da EDS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
50
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 2. Implementação da aprendizagem para os ODS através da EDS
51
2. Implementação da aprendizagem para os ODS através da EDS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
educação e estudos orientados para a prática devem incluir Além disso, a EDS exige a internacionalização como um
princípios da metodologia e conhecimento das matérias da elemento de formação de professores, em particular por
EDS (ver o Quadro 2.3.3). meio de debates internacionais sobre a EDS e discussões
sobre a diversidade cultural como componentes integrais
Aprender com base em desafios sociais reais em contextos dos módulos. Isso significa que os educandos devem ter a
locais requer cooperação com parceiros externos. Os módulos oportunidade de estudar no exterior, facilitando experiências
devem, portanto, permitir o acesso a parceiros externos (como práticas.
comunidades, instituições de educação não formal e redes de EDS)
e incluir possibilidades de colaboração orientada para projetos. Para integrar a EDS mais plenamente na formação de
professores, o conteúdo e a organização dos programas de
Quadro 2.3.2 Objetivos de aprendizagem para que formação de professores devem ser desenvolvidos com a
os professores promovam a EDS participação dos principais interessados, como educandos,
professores, ONGs locais e especialistas em EDS. Para facilitar a
Ter conhecimento sobre desenvolvimento sustentável, os
diferentes ODS e os tópicos e desafios relacionados inovação, é fundamental que a instituição de ensino tenha as
condições estruturais necessárias, bem como a liberdade de
Entender o discurso e a prática da EDS em seu contexto
participar dos processos de aprendizagem organizacional.
local, nacional e global
Desenvolver a própria visão integrada dos problemas e Como ainda existem muitos professores que não aprenderam
dos desafios do desenvolvimento sustentável, levando sobre a EDS em sua formação pré-serviço, eles precisam ter
em conta a dimensão social, ecológica, econômica acesso à formação em serviço sobre o tema. Por um lado,
e cultural do ponto de vista dos princípios e valores
isso abre oportunidades para desenvolver o conhecimento
do desenvolvimento sustentável, incluindo a justiça
intergeracional e global e as competências necessárias para participar do processo
de desenvolvimento sustentável. Por outro lado, esse
Adotar perspectivas disciplinares, interdisciplinares e
desenvolvimento profissional é um pré-requisito para
transdisciplinares15 sobre questões de mudanças globais e
suas manifestações locais reorientar os processos educacionais e as instituições de
educação. Nesse sentido, é essencial que o desenvolvimento
Refletir sobre o conceito de desenvolvimento sustentável,
profissional para a EDS seja disponibilizado a mais de um
os desafios para alcançar os ODS, a importância da sua
própria área de especialização para o alcance dos ODS e o professor por instituição, e que seja reconhecido pelos
próprio papel nesse processo sistemas educacionais com relação a inscrições, promoções
etc. Centros nacionais e regionais de especialização em EDS
Refletir sobre a relação da aprendizagem formal, não
formal e informal para o desenvolvimento sustentável, também podem criar oportunidades para desenvolvimento
e aplicar esse conhecimento em seu próprio trabalho profissional e serviços de consultoria, utilizando o potencial
profissional do governo e de ONGs, universidades e outras instituições de
Compreender como a diversidade cultural, a igualdade educação superior.
de gênero, a justiça social, a proteção ambiental e o
desenvolvimento pessoal são elementos integrais da EDS Quadro 2.3.3 Possíveis módulos de um currículo de
e como torná-los parte dos processos educativos formação de professores tendo a EDS como um
Praticar uma pedagogia transformadora orientada para a elemento-chave
ação que envolva os educandos em processos de reflexão
e ação participativos, sistêmicos, criativos e inovadores, no Conceitos básicos de desenvolvimento sustentável em
contexto das comunidades locais e da vida cotidiana dos uma perspectiva local, nacional e internacional
educandos
Conceitos de EDS em uma perspectiva local, nacional e
Atuar como um agente de mudança em um processo de internacional
aprendizagem organizacional que faça a escola avançar na
direção do desenvolvimento sustentável Visões disciplinares, interdisciplinares e transdisciplinares
Identificar oportunidades de aprendizagem locais dos principais exemplos de desafios da sustentabilidade
relacionadas com o desenvolvimento sustentável e
construir relações de cooperação Trabalho orientado para projeto sobre problemas
específicos de importância local, nacional e global, em
Avaliar e aferir o desenvolvimento de competências de cooperação com instituições de educação e outros
sustentabilidade transversais e de resultados específicos parceiros (locais)
de aprendizagem relacionados com a sustentabilidade
15 Análise baseada em pesquisa de processos de EDS em
diferentes contextos de aprendizagem (como escolas,
faculdades ou instituições de ensino não formal)
52
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 2. Implementação da aprendizagem para os ODS através da EDS
2.4 Ensino da EDS em sala de aula e outros abordagem visa à integração da sustentabilidade em todos os
ambientes de aprendizagem aspectos da instituição de educação. Isso envolve repensar o
currículo, as operações do campus, a cultura organizacional, a
2.4.1 Abordagem da instituição como um todo participação dos educandos, a liderança e gestão, as relações
A EDS não se limita ao ensino do desenvolvimento sustentável comunitárias e a pesquisa (UNESCO, 2014a). Dessa forma,
e à adição de novo conteúdo a cursos e treinamentos. Escolas a própria instituição funciona como um modelo para os
e universidades devem se ver como lugares de aprendizagem educandos. Ambientes de aprendizagem sustentáveis, como a
e experiência para o desenvolvimento sustentável e devem, “ecoescola” ou o campus “verde”, permitem que educadores e
portanto, orientar todos os seus processos para os princípios da educandos integrem os princípios da sustentabilidade em suas
sustentabilidade. Para que a EDS seja mais eficaz, a instituição práticas diárias e facilitam a capacitação, o desenvolvimento de
educacional como um todo precisa ser transformada. Tal competências e a valorização da educação de forma abrangente.
53
2. Implementação da aprendizagem para os ODS por meio da EDS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
54
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 2. Implementação da aprendizagem para os ODS através da EDS
55
2. Implementação da aprendizagem para os ODS através da EDS — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
56
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — 2. Implementação da aprendizagem para os ODS através da EDS
necessários para monitorar dois indicadores temáticos da cívica. O feedback dos educadores, comentários dos colegas
Meta 4.7: número 26, “Porcentagem de alunos por faixa e a autoavaliação (por exemplo, com diários ou portfólios de
etária (ou nível educacional) que mostram um entendimento reflexão) capacitam os educandos a monitorar os próprios
apropriado de questões relacionadas à cidadania global e à processos de aprendizagem e identificar possibilidades de
sustentabilidade”, e número 27, “Porcentagem de alunos de melhoria.
15 anos que mostram proficiência em conhecimentos sobre
Além de avaliar os resultados da aprendizagem, é importante
ciência ambiental e geociência” (UNESCO, 2015b).
monitorar e avaliar continuamente a qualidade dos programas
A avaliação da EDS pode servir a propósitos diferentes (ver o de EDS. O monitoramento e a avaliação podem se concentrar
Quadro 2.5.2). em aspectos programáticos (por exemplo, expectativas de
aprendizagem, recursos, competências de ensino, ambiente
Quadro 2.5.2 Diferentes finalidades da avaliação da de aprendizagem); processos (por exemplo, práticas de ensino,
EDS em nível individual recursos de aprendizagem, envolvimento dos educandos);
Colher informações e registrar o progresso e rendimento resultados (por exemplo, conhecimento, competências,
dos educandos em relação aos resultados de valores e atitudes, efeito transformador); e considerações
aprendizagem pretendidos
contextuais.
Comunicar o progresso para os educandos, identificando
pontos fortes e áreas para crescimento, e usar essa A realização de uma avaliação eficaz dos programas de
informação para definir objetivos de aprendizagem EDS deve ser integrada em avaliações que já são realizadas,
Fornecer feedback sobre o sucesso dos processos sempre que possível, e exige muita atenção a uma série de
de ensino e aprendizagem para ajudar a planejar, fatores. As finalidades e os indicadores da avaliação devem ser
implementar e melhorar esses processos
claramente definidos, a natureza da população e o contexto
Na educação formal, orientar as decisões sobre a de ensino/aprendizagem precisam ser considerados, assim
aprendizagem e as escolhas acadêmicas e profissionais do
educando como o tipo de informação que constitui evidência aceitável
e os métodos de coleta de dados precisam ser determinados.
Há muitas maneiras de avaliar os resultados da aprendizagem.
Os resultados de uma avaliação de programa podem ser
A abordagem adotada dependerá do contexto (por exemplo,
usados para diversas finalidades (ver o Quadro 2.5.3).
as características do sistema de educação) e da forma como
a EDS é transmitida: na educação formal, por exemplo, de
Quadro 2.5.3 Diferentes finalidades da avaliação de
forma transversal em todo o currículo ou dentro de um tema programas
específico, ou outra modalidade. Os métodos de avaliação
Identificar limitações programáticas
precisarão ser alinhados aos objetivos de aprendizagem e
às práticas de ensino e aprendizagem. Dada a variedade Focar em áreas específicas de melhoria
de objetivos de aprendizagem e competências na EDS, é Reportar tendências e resultados locais, nacionais e
provável que sejam necessários diversos métodos para avaliar internacionais
a aprendizagem com precisão. Avaliar a eficácia do programa
Promover a responsabilização e a transparência
A EDS envolve um amplo leque de finalidades transformadoras.
Os educadores devem, portanto, considerar essas finalidades O monitoramento e a avaliação devem ser melhorados para
mais amplas. Eles devem ir além do uso exclusivo da garantir as evidências necessárias para a continuação e a
avaliação da aprendizagem; devem incluir a avaliação para ampliação dos investimentos em EDS, e para o engajamento
a aprendizagem e a avaliação como aprendizagem. Os reflexivo com a EDS como um processo de reorientação
educadores devem usar uma combinação de métodos de educacional emergente. Portanto, é fundamental desenvolver
avaliação tradicionais e métodos mais reflexivos baseados no marcos de indicadores que estabeleçam normas para os
desempenho, como a autoavaliação e a avaliação por pares, resultados de aprendizagem da EDS.
que captam os insights dos educandos sobre aspectos como
a transformação pessoal, a compreensão aprofundada da
investigação crítica, bem como o engajamento e a atuação
57
3. Conclusão — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
3. Conclusões
A EDS pode contribuir para o alcance dos ODS, primeiramente, por meio do desenvolvimento de competências de sustentabi-
lidade transversais necessárias para lidar com muitos desafios de sustentabilidade diferentes e relacionar os diferentes ODS uns
com os outros. Em segundo lugar, a EDS pode instrumentalizar os educandos com os resultados específicos de aprendizagem
cognitiva, socioemocional e comportamental que lhes permitirão lidar com os desafios particulares de cada ODS.
Para que todos ao redor do mundo possam atuar em favor dos ODS, todas as instituições de educação devem considerar como
sua responsabilidade trabalhar intensamente com questões de desenvolvimento sustentável, promover o desenvolvimento de
competências de sustentabilidade e desenvolver os resultados de aprendizagem específicos relacionados a todos os ODS. Por
isso, é vital não apenas incluir conteúdos relacionados aos ODS nos currículos, mas também utilizar a pedagogia transformadora
orientada para a ação.
58
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — Anexos
Sites sobre os ODS Gaia Education’s Design for Sustainability E-learning Programme
http://www.gaiaeducation.org/index.php/en/online
BRASIL. Ministério das Relações Exteriores.
GlobalGiving: Crowdfunding for the SDGs
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
https://www.globalgiving.org/sdg/
http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/
desenvolvimento-sustentavel-e-meio-ambiente/134-objetivos-de- Green Pack: Teaching material on sustainability issues http://
desenvolvimento-sustentavel-ods education.rec.org/green-pack.html
ONU no Brasil. OpenLearn. The Open University: Material for self-study on all kinds of
Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis: 17 objetivos para topics http://www.open.edu/openlearn/
transformar o nosso mundo
OXFAM: A selection of suggested teaching ideas around
https://nacoesunidas.org/pos2015/
the SDGs https://www.oxfam.org.uk/education/resources/
UNESCO no Brasil. sustainabledevelopment-goals
UNESCO e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Sustainability Gamepedia: A database of games related to
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/post-2015-development-
sustainability http://www.games4sustainability.org/gamepedia/
agenda/unesco-and-sustainable-development-goals/
Teaching and Learning for a Sustainable Future: Resources for
Sites de língua inglesa sobre os ODS teachers about teaching approaches as well as classroom activities
on diverse topics related to sustainability http://www.unesco.org/
Human Rights and the 2030 Agenda for Sustainable Development
education/tlsf/mods/theme_gs.html
http://www.ohchr.org/EN/Issues/MDG/Pages/The2030Agenda.aspx
Teach UNICEF: Collection of teacher resources on the SDGs https://
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The Goals.org: Free global education and learning portal on
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sustainable-development-goals-united-nations
The Story of Stuff: An online resource that investigates the humanity’s
The UN Sustainable Development Knowledge Platform
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sustainabledevelopment
www.youth.ie/sites/youth.ie/files/SDGs_Youth_Resource%20_Pack.
http://www.un.org/sustainabledevelopment/
pdf
sustainabledevelopment-goals
UNESCO: Good Practices in Teacher Education Institutions http://
World Economic Forum: What are the Sustainable Development
unesdoc.unesco.org/images/0015/001524/152452eo.pdf
Goals? https://www.weforum.org/agenda/2015/09/what-are-
thesustainable-development-goals World’s Largest Lesson: Find everything you need to introduce
the SDGs to young people, take part and take action http://
Recursos de língua inglesa para a sala de aula, currículos e worldslargestlesson.globalgoals.org
trabalho de jovens
Young Masters Programme on Sustainable Development: Online
British Council: Sustainable Development Goals resource courses and international exchange between students on sustainable
https://schoolsonline.britishcouncil.org/sites/default/files/sdg_ development http://www.goymp.org/en/frontpage
education_pack_v3.pdf
59
Anexos — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
YUNGA Challenge Badges: Developed in collaboration with UN Apoio pedagógico aos educadores em língua inglesa
agencies, civil society and other organizations, YUNGA Challenge
Education for Sustainability Starter Kit http://www.
Badges aim to raise learners’ awareness, educate and motivate them
sustainableschoolsproject.org/tools-resources/starter-kit
to change their behaviour and become active agents of change in
their local community. The series can be used by teachers in school Education for Sustainable Development Toolkit http://www.
classes as well as by youth leaders. http://www. fao.org/yunga/ esdtoolkit.org/
resources/challenge-badges/en/
German Curriculum Framework Education for Sustainable
Development http://ensi.org/global/downloads/Publications/418/
Organizações e iniciativas internacionais
Curriculum%20Framework%20ESD%20final%201.pdf
Eco-Schools Networks http://www.ecoschools.global
Guide to Education for Sustainability http://
Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO) http:// sustainableschoolsproject.org/sites/default/files/ EFSGuide2015b.pdf
www.fao.org/home/en/
Guide to Quality and Education for Sustainability in Higher Education
GAIA Education http://www.gaiaeducation.org http://efsandquality.glos.ac.uk/
Global Ecovillage Network http://www.gen.ecovillage.org Shaping the future we want. UN Decade of ESD. Final report http://
Global Footprint Network http://www.footprintnetwork.org/en/ unesdoc.unesco.org/images/0023/002303/230302e.pdf
index.php/GFN/ UNESCO’s Roadmap to ESD. Implementing the Global
Higher Education Sustainability Initiative (HESI) https:// Action Programme (GAP) http://unesdoc.unesco.org/
sustainabledevelopment.un.org/sdinaction/hesi images/0023/002305/230514e.pdf
ICLEI: Local Governments for Sustainability http://www.iclei.org UNESCO’s Teaching and Learning for a Sustainable Future http://
www.unesco.org/education/tlsf/
International Institute for Sustainable Development http://www.iisd.
org Vanderbilt University’s Guide for Teaching Sustainability https://cft.
vanderbilt.edu/guides-sub-pages/teaching-sustainability
Sustainable Development Solutions Network http://unsdsn.org
Whole-school approaches to sustainability: A review of models
UNESCO ASPnet schools http://www.unesco.org/new/en/education/ for professional development in pre-service teacher education
networks/global-networks/aspnet (Australian Research Institute in Education for Sustainability) http://
United Nations Development Programme http://www.undp.org/ aries.mq.edu.au/projects/preservice/files/TeacherEduDec06.pdf
60
Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem — Anexos
Anexo 2. Bibliografia
• ADOMßENT, M.; HOFFMANN, T. The concept of competencies in • LOTZ-SISITKA, H. et al. Transformative, transgressive social learning:
the context of Education for Sustainable Development (ESD). ESD rethinking higher education pedagogy in times of systemic global
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assets/130314-Concept-Paper-ESD-Competencies.pdf>. Acesso p. 73-80, 2015.
em: 16 out. 2016.
• McCORMICK, K. et al. Education for sustainable development and
• BARTH, M. Implementing sustainability in higher education: learning the Young Masters Program. Journal of Cleaner Production, v. 13,
in an age of transformation. London: Routledge, 2015. n. 10-11, p. 1107-1112, 2005.
• BERTSCHY, F.; KÜNZLI, C.; LEHMANN, M. Teachers’ competencies for • MEZIROW, J. Learning as transformation: critical perspectives on a
the implementation of educational offers in the field of education theory in progress. San Francisco: Jossey-Bass, 2000.
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• OECD. Global competency for an inclusive world. Paris: Organisation
-5080, 2013.
for Economic Co-operation and Development (OECD), 2016.
• BUTÃO. Ministério da Educação. Matters: 30th education policy Disponível em: <https://www.oecd. org/pisa/aboutpisa/Global-
guidelines and instructions; EPGI 2012. Thimphu, 2012. competency-for-an-inclusive-world.pdf>. Acesso em: 29 out. 2016.
• DE HAAN, G. The development of ESD-related competencies • OECD. Green at fifteen?: how 15-year-olds perform in environmental
in supportive institutional frameworks. International Review of science in PISA 2006. Paris: Organisation for Economic
Education, v. 56, n. 2, p. 315-328, 2010. Co-operation and Development (OECD), 2009.
• DELORS, J. et al. Learning, the treasure within: Report to UNESCO of • RAUCH, F., STEINER, R. Competences for education for sustainable
the International Commission on Education for the 21st Century. development in teacher education. CEPS Journal, v. 3, n. 1, p. 9-24,
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• GERMAN-SPEAKING NETWORK TEACHER EDUCATION FOR • RIECKMANN, M. Future-oriented higher education: which key
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development from pilot projects and initiatives to new structures. A learning? Futures, v. 44, n. 2, p. 127-135, 2012.
memorandum on reorienting teacher education in Germany, Austria
• RYCHEN, D. S. Key competencies: Meeting important challenges in
and Switzerland. 2015. Disponível em: <http://www.leuphana.de/
life. In: RYCHEN, D. S.; SALGANIK, L. H. (Eds.). Key competencies for a
fileadmin/user_upload/portale/netzwerk-lena/Memorandum_
successful life and well-functioning society. Cambridge, MA: Hogrefe
LeNa_English_Stand_August_15.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2016.
e Huber, 2003. p. 63-107.
• GODEMANN, J. Promotion of interdisciplinary competence as a
• SCHREIBER, J. R.; SIEGE, H. (Eds.). Curriculum Framework Education
challenge for higher education. Journal of Social Science Education,
for Sustainable Development. Standing Conference of the Ministers
v. 5, n. 2, p. 51-61, 2006.
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• IAEG-SDGs. Final list of proposed Sustainable Development Goal Economic Cooperation and Development (BMZ), 2016. Disponível
indicators. Inter-Agency and Expert Group on SDG Indicators em: <http://ensi.org/global/downloads/Publications/418/
(IAEG-SDGs), 2016. Disponível em: <http://unstats.un.org/sdgs/ Curriculum%20Framework%20ESD%20final%201.pdf> Acesso em:
indicators/Official%20List%20of%20Proposed%20SDG%20 6 nov. 2016.
Indicators.pdf>. Acesso em: 29 out. 2016.
• SCHULZ, W. et al. ICCS 2009 international report: civic knowledge,
• INTERNATIONAL FORUM FOR VOLUNTEERING IN DEVELOPMENT. attitudes, and engagement among lower-secondary school
The Lima Declaration. 2014. Disponível em: <http://forum-ids.org/ students in 38 countries. Amsterdam: International Association for
conferences/ivco/ivco-2014/ lima-declaration/>. Acesso em: 6 out. the Evaluation of Educational Achievement, 2010.
2016.
• SLAVICH, G. M.; ZIMBARDO, P. G. Transformational teaching:
• KOLB, D. A. Experiential learning: experience as the source of theoretical underpinnings. basic principles, and core methods.
learning and development. Englewood Cliffs, N.J.: Prentice-Hall, Educational Psychology Review, v. 24, n. 4, p. 569-608, 2012.
1984.
61
Anexos — Educação para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: objetivos de aprendizagem
• SLEURS, W. Competencies for ESD (Education for Sustainable • UNESCO. Teaching and learning: achieving quality for all; EFA
Development) teachers: a framework to integrate ESD in the Global Monitoring Report 2013/4. Paris, 2014c. Disponível em:
curriculum of teacher training institutes. 2008. Disponível em: <http://www.uis.unesco.org/Library/Documents/gmr-2013-14-
<http://www.unece.org/fileadmin/DAM/env/esd/inf.meeting.docs/ teachingand-learning-education-for-all-2014-en.pdf> Acesso em:
EGonInd/8mtg/CSCT%20Handbook_Extract.pdf>. Acesso em: 17 15 dez. 2016.
jun. 2016.
• UNESCO. Thematic indicators to monitor the Education 2030 Agenda:
• TSUNEKI, H.; SHAW, R. Current policy development regarding technical advisory group proposal. Paris, 2015b. Disponível em:
Education for Sustainable Development and Climate Change <http://www.uis. unesco.org/Education/Documents/43-indicators-
Education in Costa Rica. Kyoto, Kyoto University (a ser publicado). to-monitoreducation2030. pdf>. Acesso em: 29 out. 2016.
• UNECE. Learning for the Future: Competences in Education for • UNESCO. UNESCO roadmap for implementing the Global
Sustainable Development. United Nations Economic Commission Action Programme on Education for Sustainable Development.
for Europe (UNECE), 2012. Disponível em: <http://www.unece. Paris, 2014b. Disponível em: <http:// unesdoc.unesco.org/
org/fileadmin/DAM/env/esd/ ESD_Publications/Competences_ images/0023/002305/230514e.pdf>. Acesso em: 14 jun. 2016.
Publication.pdf>. Acesso em: 17 jun. 2016.
• UNITED NATIONS. The future we want: outcome document of the
• UNECE. UNECE strategy for education for sustainable development. United Nations Conference on Sustainable Development, Rio
United Nations Economic Commission for Europe (UNECE), 2005. de Janeiro, Brazil, 20-22 June 2012. New York, 2012. Disponível
Disponível em: <https://www.unece.org/fileadmin/DAM/env/ em: <https://sustainabledevelopment. un.org/content/
documents/2005/cep/ac.13/cep.ac.13.2005.3.rev.1.e.pdf>. Acesso documents/733FutureWeWant.pdf >. Acesso em: 16 out. 2016.
em: 30 out. 2016.
• UNITED NATIONS. Transforming our world: the 2030 Agenda for
• UNESCO. Bonn Declaration. Paris, 2009. Disponível em: <http:// Sustainable Development. Resolution adopted by the General
www.desd.org/ESD2009_ BonnDeclaration080409.pdf>. Acesso Assembly on 25 September 2015. New York, 2015. Disponível
em: 30 out. 2016. em: <http://www.un.org/ga/ search/view_doc.asp?symbol=A/
RES/70/1&Lang=E>. Acesso em: 16 out. 2016.
• UNESCO. Education 2030: Incheon Declaration and framework for
action; towards inclusive and equitable quality education and • VARE, P.; SCOTT, W. Learning for a change: exploring the
lifelong learning for all. Paris, 2016. Disponível em: <http://www. relationship between education and sustainable development.
uis.unesco.org/Education/Documents/incheon-framework-for- Journal of Education for Sustainable Development, v. 1, n. 2,
action-en.pdf>. Acesso em: 16 out. 2016. p. 191-198, 2007.
• UNESCO. Rethinking education. towards a global common • WALS, A. E. J. Beyond unreasonable doubt: education and
good? Paris, 2015a. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/ learning for socio-ecological sustainability in the Anthropocene.
images/0023/002325/232555e. pdf>. Acesso em: 16 out. 2016. Wageningen: Wageningen University, 2015. Disponível em:
<https://arjenwals.files.wordpress.com/2016/02/8412100972_rvb_
• UNESCO. Shaping the future we want: UN Decade of Education
inauguratie-wals_oratieboekje_v02.pdf>. Acesso em: 14 jun. 2016.
for Sustainable Development (2005-2014); final report.
Paris, 2014a. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/ • WIEK, A.; WITHYCOMBE, L.; REDMAN, C. L. Key competencies
images/0023/002301/230171e.pdf>. Acesso em: 14 jun. 2016. in sustainability: a reference framework for academic program
development. Sustainability Science, v. 6, n. 2, p. 203-218, 2011.
62
Educação para os Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável
Educação para os Objetivos
Objetivos de aprendizagem
Para criar um mundo mais sustentável e para se envolver com questões relacionadas à sustentabilidade,
de Desenvolvimento Sustentável
como descrito nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), os indivíduos devem se tornar
agentes de mudança para a sustentabilidade. Eles precisam de conhecimentos, habilidades, valores e Objetivos de aprendizagem
atitudes que lhes permitam contribuir para o desenvolvimento sustentável. A educação é, portanto, crucial
para a consecução do desenvolvimento sustentável e a educação para o desenvolvimento sustentável
(EDS) é particularmente necessária porque capacita os educandos a tomar decisões informadas e agir PARCERIAS E MEIOS
E DE IMPLEMENTAÇÃO ERRA
STIÇA DA PO DICAÇÃO
de forma responsável para promover a integridade ambiental, a viabilidade econômica e uma sociedade PAZ, JU UIÇÕES
INSTIT ZES
BREZA
EFIC A
Esta publicação orienta os leitores sobre como usar a educação, especialmente a EDS, para atingir os ODS.
Ela identifica os objetivos de aprendizagem, sugere temas e atividades de aprendizagem para cada ODS,
SAÚD -ESTAR
BEM
EE
GUA
VIDA
e descreve a implementação em diferentes níveis, desde a formulação do curso até estratégias nacionais.
NA Á
O documento tem como objetivo apoiar os formuladores e gestores de políticas, desenvolvedores de
MUDANÇA GLOBAL
currículo e educadores na elaboração de estratégias, programas e cursos para promover a aprendizagem
AÇÃO CONTRA A
EDUCAÇÃO DE
QUALIDADE
DO CLIMA
para os ODS.
PRODUÇ VEIS
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ECONÔMICO
RUTURA E CRESCIMEN
E INFRAEST INOVAÇÃO TRABALHO DE TO
INDÚSTRIA, CENTE
EDUCAÇÃO DE
QUALIDADE
REFERENCIAL
DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A
SUSTENTABILIDADE
Educação Pré-Escolar
Ensino Básico (1.º, 2.º e 3.º ciclos)
Ensino Secundário
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
-2-
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
FICHA TÉCNICA:
Título:
Autores:
Coordenadores:
Editor:
Ministério da Educação
Data:
ISBN:
-3-
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
-4-
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ÍNDICE
I. Introdução
II. Ambiente e Sustentabilidade
III. Organização e Estrutura do Referencial
IV. Temas, Subtemas, Objetivos e Resultados de Aprendizagem
Educação Pré-Escolar
1.º Ciclo do Ensino Básico
2.º Ciclo do Ensino Básico
3.º Ciclo do Ensino Básico
Ensino Secundário
V. Recursos
Bibliografia
-5-
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
-6-
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
I. Introdução
A crise global que atualmente se vive torna cada vez mais premente a promoção de um
desenvolvimento que responda às necessidades do presente sem colocar em risco a satisfação
das necessidades das gerações vindouras.
Neste contexto, a Escola não se pode limitar a ser um mero espaço de transmissão de saberes
académicos, de forma fragmentada e descontextualizada, tornando-se imperioso que se
preocupe com a formação dos jovens enquanto cidadãos de pleno direito, preparando-os para
o exercício de uma cidadania ativa, responsável e esclarecida face às problemáticas da
sociedade civil.
A educação ambiental é parte integrante da educação para a cidadania assumindo, pela sua
característica eminentemente transversal, uma posição privilegiada na promoção de atitudes e
valores, bem como no desenvolvimento de competências imprescindíveis para responder aos
desafios da sociedade do século XXI.
Neste âmbito, a Direção-Geral da Educação (DGE) tem vindo a elaborar, em colaboração com
outros organismos e instituições públicas e com diversos parceiros da sociedade civil,
documentos que se poderão constituir como Referenciais na abordagem das diferentes
dimensões de cidadania.
O Referencial, de natureza flexível, pode ser usado em contextos muito diversos, no seu todo
ou em parte, no quadro da dimensão transversal da Educação para a Cidadania, através do
desenvolvimento de projetos e iniciativas que tenham como objetivo contribuir para a
formação pessoal e social dos alunos.
Pretende-se que os alunos aprendam a utilizar o conhecimento para interpretar e avaliar a
realidade envolvente, para formular e debater argumentos, para sustentar posições e opções,
competências estas consideradas fundamentais para a participação ativa na tomada de
decisões fundamentadas, numa sociedade democrática, face aos efeitos das atividades
humanas sobre o ambiente.
-7-
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
1
PNUA (Programa das Nações Unidas para o Ambiente)
2 UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura)
-8-
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
A Conferência de Tbilissi procurou definir, tanto o que é uma política de ambiente, como o
conceito e a forma de realizar a educação ambiental.
3
IUCN (International Union for Conservation of Nature and Natural Resources)
4
WWF (World Wide Found for Nature)
5
ONU (Organização das Nações Unidas)
-9-
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Outro marco importante a assinalar, é a instituição da Década das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Sustentável, em 2005, com o principal objetivo de integrar os valores
inerentes ao desenvolvimento sustentável em todos os aspetos da aprendizagem, a fim de
promover mudanças de comportamento que permitam criar uma sociedade sustentável e
mais justa para todos. Reconhece-se assim, neste âmbito, a importância do papel da educação
na promoção do desenvolvimento sustentável.
Em 2012, realizou-se a Conferência Estocolmo + 40, destacando-se como objetivo facultar aos
jovens, investigadores, políticos, empresários e outros membros da sociedade civil uma
plataforma de diálogo relativa a medidas a implementar conducentes ao desenvolvimento
sustentável.
No mês de junho do mesmo ano decorreu no Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. O principal objetivo da conferência foi a
renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, através da avaliação
do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas em conferências
anteriores sobre o assunto, bem como, o tratamento de temas novos e emergentes.
Mais recentemente, em janeiro de 2016, entrou em vigor a resolução das Nações Unidas –
Transformar o nosso mundo: Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável. Esta resolução,
composta por 17 objetivos desdobrados em 169 metas, foi aprovada em setembro de 2015 na
cimeira realizada na sede da ONU, em Nova Iorque. Sete destes objetivos relacionam-se
diretamente com questões ambientais: 6 – Água e saneamento potável; 7 – Energias
renováveis e acessíveis; 11 – Cidades e comunidades sustentáveis; 13- Ação climática; 14 –
Proteger a vida marítima e 15 – Proteger a vida terrestre.
Mantém-se imperativo encontrar o caminho para os tão desejados progresso e
desenvolvimento baseados no equilíbrio que permita ao ser humano uma convivência com a
Terra, utilizando recursos necessários para a sua sobrevivência e das gerações futuras, sem
causar danos irreparáveis no ambiente.
A tomada de consciência que assenta em modelos de desenvolvimento sustentáveis, para
além de uma obrigação coletiva, deve despertar em cada indivíduo a responsabilidade de viver
de forma sustentável.
Naturalmente, este despertar da responsabilidade coletiva advirá também de um processo
educativo orientado para alterações de atitudes e de comportamentos em matéria de
ambiente e de sustentabilidade.
- 10 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
- 11 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ensino
- 12 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Estes princípios foram-se materializando no currículo de uma forma cada vez mais
integrada e sistémica ao longo das reformas e revisões curriculares que foram tendo lugar.
A Área Escola era uma área curricular não disciplinar, que tinha como objetivos: “...a
concretização dos saberes através de atividades e projetos multidisciplinares, a articulação
entre a escola e o meio e a formação pessoal e social dos alunos.” (n.º 2, art.6.º, Decreto-
Lei n.º 286/89).
Nos anos 90, do século XX, registou-se um aumento significativo destes projetos
envolvendo-se a Escola em parcerias com várias entidades: poder local, alguns
- 13 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Apesar de se terem desenvolvido projetos significativos na Área Escola, o facto desta área
curricular não disciplinar não ter tempos letivos próprios constituiu uma das limitações
que levou a que as escolas não aderissem de uma forma generalizada à sua
implementação.
A Área de Projeto constitui um espaço semanal para todos os alunos, no âmbito da qual,
utilizando uma metodologia de projeto se desenvolvem trabalhos que tenham em
consideração o interesse dos alunos, nos quais frequentemente se trabalham questões
ambientais.
No caso concreto dos programas das disciplinas da área das ciências, privilegia-se uma
abordagem em que as relações que se estabelecem entre Ciência, Tecnologia, Sociedade e
- 14 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Tal como no ensino básico é criada a Área de Projeto, com tempo letivo semanal
atribuído, “que pretende mobilizar e integrar competências e saberes adquiridos nas
diferentes disciplinas”. Nesta área desenvolveram-se projetos de interesse dos alunos
muitos dos quais sobre questões ambientais e do desenvolvimento sustentável.
Os compromissos assumidos por Portugal na União Europeia (UE) e nos diversos fóruns
internacionais no domínio da educação ambiental para a sustentabilidade implicam o
reforço das capacidades de intervenção das entidades públicas, em termos de
transversalidade de atuação e cooperação interministerial. Assume particular relevância
neste domínio a cooperação estabelecida entre as tutelas do Ambiente e da Educação.
Neste sentido, os Ministérios que tutelam a Educação e o Ambiente celebraram, em 1996,
um protocolo de cooperação que se constituiu como um instrumento de promoção da
educação ambiental para a sustentabilidade nos domínios da educação pré-escolar e dos
ensinos básico e secundário. Ao abrigo desse protocolo foi criada uma rede de professores
que, integrados em Organizações Não Governamentais de Ambiente (ONGA) ou em
equipamentos de apoio à educação ambiental, coordenam e dinamizam projetos de cariz
ambiental nas escolas.
Em dezembro de 2005, foi celebrado um novo Protocolo de Cooperação entre estes
ministérios com vista ao reforço do trabalho articulado entre ambas as tutelas no domínio
da educação ambiental. Com vista ao acompanhamento e à concretização das ações
previstas nesse protocolo, em 2009, foi criado o Grupo de Trabalho de Educação
Ambiental para a Sustentabilidade (GTEAS)6. Este grupo integra dois representantes da
Direção-Geral da Educação (DGE), dois representantes da Agência Portuguesa do
Ambiente (APA), um representante do Instituto de Conservação da Natureza e das
Florestas (ICNF) e um representante da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares
(DGEstE).
6
Despacho n.º 19191/2009, de 19 de agosto
- 15 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Ao longo dos últimos anos, esta parceria entre as tutelas do Ambiente e da Educação tem
vindo a traduzir-se na implementação de numerosos projetos de educação ambiental nas
escolas, que se destinam aos vários níveis de ensino. Esta colaboração tem vindo também
a assumir uma expressão importante no âmbito de programas e de estratégias nacionais
relativas ao ambiente e à sustentabilidade.
As tutelas da Educação e do Ambiente convergem assim os seus esforços para o
desenvolvimento de projetos de educação ambiental para a sustentabilidade, apoiando
projetos de escolas e de entidades, nomeadamente de Organizações Não Governamentais
vocacionadas para a dinamização de projetos estruturados que se destinam a diversas
comunidades educativas.
- 16 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
- 17 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
- 18 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Quadro III – Temas, subtemas e objetivos nos diferentes níveis de educação e ensino
1º 2º 3º SE
TEMAS SUBTEMAS OBJETIVOS EPE
C C C C
A - Pilares da Compreender os pilares da X X X X X
Sustentabilidade sustentabilidade
Compreender a importância da ética e X X X X X
da cidadania nas questões ambientais e
B - Ética e Cidadania
da sustentabilidade
Assumir práticas de cidadania X X X X X
Compreender o impacte das atividades e X X X X X
atitudes humanas num contexto de
I - Sustentabilidade, Ética e C - Responsabilidade recursos naturais
Cidadania Intergeracional Compreender as consequências do X X X X X
esgotamento dos recursos naturais para
as gerações atuais e futuras
Conhecer os riscos conducentes a X X X X X
situações de pobreza (económicos,
D - Redução da sociais e ambientais)
Pobreza Participar em iniciativas de âmbito local X X X X X
ou a outras escalas que visem a redução
da pobreza
Conhecer o ciclo de vida de diferentes X X X X X
bens de consumo
A - Resíduos
Incorporar práticas de consumo X X X X X
responsável
Compreender o conceito de economia X X X X
B - Economia Verde
verde
Compreender a importância da X X X X X
C - Rotulagem (bens e informação existente nos rótulos dos
II - Produção e Consumo serviços) bens e serviços para a decisão de um
Sustentáveis consumo responsável
X X X
D - Modos de Compreender a necessidade de adotar
produção processos de produção agrícola
sustentáveis ambientalmente sustentáveis
- 19 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
D - Mitigação às
Participar de forma integrada com X X X X
alterações climáticas
diferentes atores sociais, na escola e na
família, em ações que minimizem o
impacte, a nível local, das atividades
humanas nas alterações climáticas
Compreender o conceito de X X X X X
A - A importância da Biodiversidade
Biodiversidade Conhecer os principais ecossistemas do X X X X
planeta
Conhecer as espécies animais e vegetais X X X X X
mais emblemáticas no território nacional
B - Biodiversidade Conhecer o papel dos serviços dos X X X X X
V - Biodiversidade
enquanto recurso ecossistemas, de preferência com
enquadramento na grelha do MEA
(Millennium Ecosystem Assessment)
Analisar as principiais ameaças à X X X X X
C - Principais ameaças Biodiversidade a diferentes escalas
à Biodiversidade Denunciar situações de ameaças à X X X X
Biodiversidade
- 20 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
- 21 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
- 22 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 23 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 24 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema A – Resíduos
- 25 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema A – Litoral
Subtema B – Paisagem
- 26 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 27 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
IV - ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
- 28 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
V – Biodiversidade
- 29 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 30 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VI - Energia
- 31 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VII - Água
Subtema A – Importância da água para a vida na Terra
- 32 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 33 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Educação Pré-escolar
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VIII – Solos
- 34 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 35 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 36 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema A – Resíduos
- 37 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema A – Litoral
Subtema B – Paisagem
- 38 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 39 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
IV - ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
- 40 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 41 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
V – Biodiversidade
- 42 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 43 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VI - Energia
Subtema A – Recursos energéticos
- 44 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 45 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VII - Água
- 46 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 47 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VIII – Solos
- 48 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 49 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 50 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema A – Resíduos
- 51 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 52 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema A – Litoral
Subtema B – Paisagem
- 53 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 54 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
IV - ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
- 55 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 56 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
V – Biodiversidade
- 57 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- Poluentes;
- Invasão de habitats por espécies exóticas.
- 58 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VI – Energia
- 59 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 60 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VII - Água
- 61 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 62 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VIII – Solos
- 63 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 64 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Calcular indicadores que avaliem o impacte das atividades humanas no Ambiente
(exemplos: pegadas ecológica, hídrica, energética, do azoto...).
Compreender as consequências do esgotamento dos recursos naturais para as
gerações atuais e futuras
Reconhecer a importância de utilizar conscientemente os recursos naturais, de
forma a não comprometer as necessidades das gerações futuras.
Debater o conceito de responsabilidade intergeracional.
Tomar decisões responsáveis perante diferentes opções relacionadas com o uso
dos recursos.
- 65 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
II - Produção e Consumo Sustentáveis
Subtema A – Resíduos
- 66 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema D – Modos de produção agrícola sustentáveis
- 67 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 68 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema B – Paisagem
- 69 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Identificar, através de observação direta e/ou indireta, as interligações entre os
elementos naturais e humanos, bem como as componentes da perceção e estética
da paisagem.
- 70 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
IV - ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
- 71 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Elaborar trabalhos de comunicação (exemplos: curtas-metragens, vídeos, noticias,
etc.) a partir de pesquisas sobre as principais ações humanas com impacte nas
alterações climáticas.
Participar em ações de esclarecimento na comunidade sobre as consequências da
nossa dieta alimentar para a emissão de gases com efeito de estufa.
- 72 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Elaborar na escola uma declaração de responsabilidade ambiental, estabelecendo
compromissos de atuação, de forma a combater as alterações climáticas.
Participar de forma integrada com diferentes atores sociais, na escola e na
família, em ações que minimizem o impacte, a nível local, das atividades
humanas nas alterações climáticas
Apresentar propostas de ações, de forma a minimizar o impacte das alterações
climáticas à escala local.
Implementar projetos e iniciativas pessoais, na escola e na comunidade com
impacte na redução de emissões de gases com efeito de estufa envolvendo
diferentes atores sociais.
Incentivar a mobilidade pedonal como contributo ao combate às alterações
climáticas e como forma de promoção da saúde do indivíduo e de um ambiente
mais saudável.
- 73 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
V – Biodiversidade
- 74 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- Sobre-exploração de recursos;
- Poluentes;
- Invasão de habitats por espécies exóticas.
Compreender o impacte ambiental à escala do planeta, dos seguintes
fenómenos:
- alterações do uso do solo;
- invasão de habitats por espécies exóticas;
- contaminação das águas.
Compreender as consequências das atividades e atitudes humanas nos
diferentes ecossistemas.
Denunciar situações de ameaças à Biodiversidade
- Participar em projetos e estudos de caso relativos a situações de ameaça à
Biodiversidade.
- Participar em ações para a preservação da Biodiversidade local.
- 75 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VI - Energia
Subtema A – Recursos energéticos
- 76 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Compreender que o recurso às energias renováveis aliado à eficiência energética
permite gerir de uma forma mais sustentada os recursos energéticos a nível local
e global.
Pesquisar exemplos concretos de adoção de comportamentos, práticas e
tecnologias promotoras da eficiência energética.
- 77 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VII - Água
- 78 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Pesquisar sobre os desafios da sustentabilidade da água a diferentes escalas (do
local ao global).
Atuar de forma a minimizar as problemáticas socioambientais associadas à água
Participar em ações que identifiquem e denunciem problemas que colocam em
risco a sustentabilidade da água.
Participar em projetos e iniciativas que visem a valorização e conservação da água.
Desenvolver propostas que evitem ou minimizem problemas associados à água
nas dimensões ambiental, económica, e cultural.
Debater os contributos da ciência e tecnologia para a mitigação dos problemas
associados à água.
- 79 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema D – Gestão Sustentável dos Recurso Hídricos
- 80 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VIII – Solos
- 81 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema C - Mitigação e adaptação
Compreender a importância da adoção de comportamentos, práticas e técnicas
adequados à conservação dos solos
Conhecer os requisitos necessários à certificação das práticas sustentáveis.
Participar em campanhas informativas e de sensibilização para a adoção de
comportamentos, práticas e técnicas adequadas à conservação dos solos.
Criar modelos que repliquem boas práticas para a conservação dos solos.
Compreender o impacte das alterações climáticas na degradação dos solos e na
desertificação
Pesquisar exemplos concretos de adoção de comportamentos, práticas e técnicas
adequadas à conservação dos solos e ao combate à desertificação.
Promover campanhas de sensibilização e de combate aos processos de
degradação dos solos e de desertificação.
- 82 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- 83 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema C - Responsabilidade Intergeracional
- 84 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema A – Resíduos
- 85 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema D – Modos de produção agrícola sustentáveis
- 86 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
III - Território e Paisagem
Subtema A – Litoral
Subtema B – Paisagem
- 87 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Esquematizar através de observação direta e/ou indireta, as interligações entre os
elementos naturais e humanos, bem como as componentes da perceção e estética
da paisagem.
- 88 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
IV - ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
- 89 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Compreender o impacte potencial das alterações climáticas no ordenamento do
território no nosso país com consequências para os ecossistemas, a paisagem e as
atividades socioeconómicas, designadamente o turismo.
Calcular a pegada de carbono em diferentes situações.
- 90 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Reconhecer a importância de iniciativas internacionais na obtenção de
compromissos de combate às alterações climáticas.
Identificar ações de mitigação das alterações climáticas a diferentes escalas.
Valorizar o uso eficiente da energia, com vista à redução das emissões de gases
com efeito de estufa.
Promover hábitos de mobilidade sustentável.
Identificar hábitos e comportamentos quotidianos, de modo a limitar o uso de
energias de origem fóssil, substituindo-as por energias alternativas.
Elaborar na escola uma declaração de responsabilidade ambiental estabelecendo
compromissos de atuação, de forma a combater as alterações climáticas.
Participar de forma integrada com diferentes atores sociais, na escola e na
família, em ações que minimizem o impacte, a nível local, das atividades
humanas nas alterações climáticas
Apresentar propostas de ações, de forma a minimizar o impacte das alterações
climáticas à escala local.
Implementar projetos e iniciativas pessoais, na escola e na comunidade com
impacte na redução de emissões de gases com efeito de estufa, envolvendo
diferentes atores sociais.
Incentivar a mobilidade pedonal como contributo ao combate às alterações
climáticas e como forma de promoção da saúde do indivíduo e de um ambiente
mais saudável.
- 91 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
V – Biodiversidade
- 92 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Subtema C – Principais ameaças à Biodiversidade
- 93 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
- a análise das fragilidades e ameaças à conservação;
- a análise crítica das medidas de gestão.
Apresentar propostas para a conservação da Biodiversidade em casos concretos
Participar em campanhas de sensibilização para a conservação da Biodiversidade.
Realizar projetos e estudos de caso relativos a estratégias de conservação da
Biodiversidade em casos concretos.
- 94 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VI - Energia
Subtema A – Recursos energéticos
- 95 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Relacionar o aumento da eficiência energética num determinado processo/tarefa
com a diminuição do consumo dos recursos energéticos não renováveis (em
tempo útil para a humanidade).
Compreender que o recurso às energias renováveis aliado à eficiência energética
permitem gerir de uma forma mais sustentada os recursos energéticos a nível
local e global.
Pesquisar exemplos concretos de adoção de comportamentos, práticas e
tecnologias promotoras da eficiência energética.
Participar em ações de promoção da eficiência energética
Promover campanhas informativas e de sensibilização para o uso eficiente de
energia.
Participar em iniciativas que promovam o uso eficiente de energia.
Realizar uma auditoria energética. (identificar comportamentos/hábitos na
comunidade envolvente conducentes ao desperdício de energia; recolher dados;
identificar causas e consequências; identificar os diferentes intervenientes e locais
onde o desperdício de energia é mais significativo; apontar possíveis soluções
conducentes a um uso mais racional da energia e consequentemente a uma maior
eficiência energética).
Implementar um plano de ação para promoção da eficiência energética
(desenvolver e implementar um plano de ação; estabelecer metas e indicadores
de concretização; avaliar os resultados e proceder à sua divulgação à comunidade
local recorrendo a diversas estratégias e suportes de comunicação).
- 96 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Promover ações de diagnóstico sobre mobilidade, a nível local, que visem
implementar e promover a mobilidade sustentável.
Participar em campanhas de sensibilização para a promoção da mobilidade
sustentável.
Participar na elaboração de um plano, a nível local, com medidas conducentes à
mobilidade sustentável e fazê-lo chegar de uma forma participada às autoridades
competentes (por exemplo, a uma assembleia de freguesia ou a uma assembleia
municipal).
- 97 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VII - Água
- 98 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Atuar de forma a minimizar as problemáticas socioambientais associadas à água
Participar em ações que identifiquem e denunciem problemas que colocam em
risco a sustentabilidade da água.
Participar em projetos e iniciativas que visem a valorização e conservação da água.
Desenvolver propostas que evitem ou minimizem problemas associados à água
nas dimensões ambiental, económica, social e cultural.
Debater os contributos da ciência e tecnologia para a mitigação dos problemas
associados à água.
- 99 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Identificar situações ambientalmente críticas que indiciem práticas de gestão
desadequada dos recursos hídricos.
Identificar soluções individuais e coletivas que contribuam para a gestão
responsável dos recursos hídricos.
- 100 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
VIII – Solos
- 101 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
ENSINO SECUNDÁRIO
Temas
Subtemas
Objetivos
Descritores de Desempenho
TEMA
Participar em campanhas informativas e de sensibilização para a adoção de
comportamentos, práticas e técnicas adequados à conservação dos solos.
Criar modelos que repliquem boas práticas para a conservação dos solos.
- 102 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Ética: princípios morais por que um indivíduo rege a sua conduta pessoal ou profissional.
Ética Ambiental: Capacidade de refletir sobre o valor que atribuímos ou devemos atribuir ao
ambiente e sobre os valores que orientam ou devem orientar as nossas relações para com o
mesmo.
- 103 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Eco design: É o processo que tem por objetivo principal projetar ambientes, desenvolver
produtos e executar serviços que procuram reduzir o uso dos recursos não-renováveis ou ainda
minimizar o impacto ambiental dos mesmos durante o seu ciclo de vida.
Economia circular: Modelo onde os materiais são devolvidos ao ciclo produtivo através da
reutilização, recuperação e reciclagem. Este modelo representa uma enorme oportunidade
com vários benefícios associados, nomeadamente de impacto ambiental, através da diminuição
do recurso às matérias-primas, impacto social, pela possibilidade de melhorar e prolongar as
relações com os diferentes parceiros, e impacto económico, na medida em que representa um
estímulo à criatividade na redução de custos e fomenta a criação de emprego.
http://www.lipor.pt/pt/residuos-conceitos-fundamentais/economia-circular-conceito-e-
beneficio/#sthash.fq5bFNQn.dpuf
- 104 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Pegada energética: é um indicador que nos permite avaliar a quantidade de energia que
utilizamos em todas as nossas atividades diárias.
Pegada hídrica: indicador que expressa o consumo de água envolvido na produção dos bens e
serviços que consumimos. http://www.wwf.pt/o_nosso_planeta/agua/pegada_hidrica/
Produção e Consumo Sustentáveis: Produção e consumo que tem subjacente a reflexão dos
hábitos de consumo da população, despertando a consciência ecológica. O consumidor adquire
somente o que é necessário para suprir as suas necessidades básicas de sobrevivência,
evitando a aquisição de produtos supérfluos e, por conseguinte, o desperdício.
Resíduos: Qualquer substância ou objeto de que o detentor se desfaz ou tem a intenção ou a
obrigação de se desfazer, nomeadamente os identificados na Lista Europeia de Resíduos.
- 105 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Dulce Garrido, Rui Costa. 1996. Dicionário Breve de Geografia. Editorial Presença. Lisboa
Litoral – uma área onde interatuam processos marinhos e continentais, criando sistemas cujo
equilíbrio depende das diversas combinações das condições naturais com as induzidas pela ação do
homem. Constituído pelas áreas emersas e submersas em que ocorrem trocas transversais entre as
diferentes esferas que aqui se entrecruzam. Pretende-se assim incluir as áreas habitualmente
consideradas litorais (as emersas), mas também a parte interna da plataforma continental.
Ana Ramos Pereira. 2001. O(s) Oceano(s) e as suas Margens. Cadernos de Educação Ambiental 5, Edição do
Instituto de Inovação Educacional. Lisboa.
Litoralização – Termo que designa a grande concentração e das atividades económicas no litoral.
Dulce Garrido, Rui Costa. 1996. Dicionário Breve de Geografia. Editorial Presença. Lisboa
Dulce Garrido, Rui Costa. 1996. Dicionário Breve de Geografia. Editorial Presença. Lisboa
Paisagem – inclui aspetos visíveis de um dado território, nomeadamente elementos físicos tais
como o relevo; elementos vivos como a flora e da fauna; elementos abstratos como a luz e o clima
e elementos humanos como as atividades humanas e ambiente construído.
http://en.wikipedia.org
Paisagem – designa uma parte do território, tal como é apreendido pelas populações, cujo caráter
resulta da ação e da interação dos fatores naturais e ou humanos.
- 106 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Qualidade da Paisagem – inclui natureza, cultura, sociedade, estética, mas também a economia,
corresponde a um equilíbrio entre as necessidades sociais, económicas e ambientais.
- 107 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
IV - Alterações Climáticas
Adaptação - é um ajustamento nos sistemas naturais ou humanos como resposta a estímulos
climáticos verificados ou esperados, que moderam danos ou exploram oportunidades benéficas.
Podem ser distinguidos vários tipos de adaptação:
Adaptação antecipatória - medidas tomadas antes dos impactes das alterações climáticas
serem observados. Também referida como adaptação proactiva;
Adaptação autónoma - medidas tomadas, não como resposta consciente a estímulos
climáticos, mas que são desencadeadas por alterações ecológicas em sistemas naturais e
por alterações de mercado e de bem -estar em sistemas humanos. Também referida como
adaptação espontânea;
Adaptação planeada - medidas que resultam de decisão política deliberada, baseadas na
consciência de que as condições se alteraram ou estarão prestes a alterar-se, e que são
necessárias para regressar a, ou manter, um estado desejado.
Fonte: IPCC (Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas), 4th Assessment Report.
Aquecimento Global – Aumento da temperatura da Terra provocado pelo acréscimo das emissões
de gases com efeito de estufa que tem vindo a ocorrer desde meados do século XIX.
Gases com efeito de estufa- são gases concentrados na atmosfera, de origem natural e
antropogénica, que absorvem e emitem radiação infravermelha, a partir dos raios solares que são
refletidos para o espaço ou absorvidos e transformados em calor. Os principais gases com efeito de
- 108 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
estufa são o vapor de água (H₂O), o dióxido de carbono (CO₂), o metano (CH₄), o óxido nitroso
(N₂O), o ozono (O3), os clorofluorcarbonetos (CFC), os hifroclorofluorcarbonetos (HCFC).
Mitigação (das alterações climáticas) – intervenção humana que visa reduzir as fontes ou
aumentar os sumidouros de gases com efeito de estufa.
As medidas de mitigação visam combater as causas das alterações climáticas antropogénicas, o que
se traduz em ações que contribuem para estabilizar a concentração atmosférica dos gases com
efeito de estufa, por meio da limitação das emissões atuais e futuras assim como do
desenvolvimento de sumidouros potenciais desses gases.
- 109 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
V – Biodiversidade
Áreas protegidas - áreas definidas geograficamente dedicadas, ou regulamentadas e administradas
para alcançar objetivos específicos de conservação.
Conservação ex situ - conservação de componentes da diversidade biológica fora dos seus habitats
naturais.
Ecossistema – É um sistema formado por organismos vivos e pelo meio inorgânico com o qual
trocam matéria e energia. Integra componentes bióticos (plantas, animais, microrganismos) e
abióticos (água, solo, entre outros), que interagem constituindo uma unidade funcional.
Espécie dominante – espécie que apresenta a população com maior número de indivíduos (i.e.,
mais abundante) entre as espécies que compõem uma comunidade.
Espécie exótica – espécie que ocorre num território que não corresponde à sua área de distribuição
natural.
Espécie nativa, indígena ou autóctone - espécie que evoluiu no ambiente em que habita ou que lá
chegou em épocas remotas, sem a interferência humana.
Espécie invasora - espécie que desenvolve altas taxas de crescimento, reprodução e dispersão,
podendo ocupar o território de forma excessiva, em área ou número de indivíduos, provocando
modificações significativas nos ecossistemas e usando os recursos necessários à sobrevivência das
espécies locais.
Habitat – meio definido pelos fatores abióticos e bióticos próprios onde um organismo ou
população ocorre naturalmente, em qualquer das fases do seu ciclo biológico.
População - conjunto de organismos da mesma espécie que vivem na mesma área num
determinado período de tempo.
- 110 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
Serviços dos Ecossistemas – contribuições diretas e indiretas dos ecossistemas para o bem-estar
humano. Podem classificar-se em:
Serviços de provisão (produtos obtidos a partir dos ecossistemas, tais como alimentos,
água, madeira, recursos genéticos e medicinais, entre outros);
Serviços de regulação (benefícios obtidos a partir da regulação do ecossistema, tais como
regulação dos riscos naturais, regulação climática, polinização, purificação da água, entre
outros);
Serviços de habitat (provisionamento, por parte dos ecossistemas, de habitat para
espécies migratórias e de condições de manutenção do acervo genético);
Serviços culturais (benefícios não materiais tais como enriquecimento espiritual,
desenvolvimento intelectual, recreação, etc.).
- 111 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
VI – Energia
Auditoria energética - Exame detalhado das condições de utilização de energia numa instalação
(unidade fabril ou edifício).
Fontes de energia não renováveis – são fontes que se encontram na natureza em quantidades
limitadas e cujas reservas se esgotam, pois o seu processo de formação é muito lento quando
comparado com seu ritmo de consumo pelo ser humano. Consideram-se fontes de energia não
renováveis os combustíveis fósseis (carvão, petróleo bruto e gás natural) e o urânio utilizado para
gerar energia nuclear. A curto ou longo prazo, estas fontes podem-se esgotar, dependendo das
reservas existentes no nosso planeta.
Fontes de Energia Renováveis – são fontes de energia como o sol, o vento, a água, a biomassa, as
marés, os geiseres e as fumarolas que se renovam continuamente na natureza, não sendo possível
estabelecer um fim temporal para a sua utilização, sendo por isso consideradas inesgotáveis.
- 112 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
VII - Água
Carta Europeia da água – foi proclamada pelo Conselho da Europa, em Estrasburgo, no dia 6 de maio de
1968. Surgiu com o objetivo de resolver os grandes problemas associados à água que afetam a
humanidade e que decorrem do aumento populacional, cujos efeitos são sentidos no aumento do
consumo e na contaminação dos recursos hídricos.
Ciclo da água ou ciclo hidrológico – refere-se ao movimento contínuo de água entre os continentes,
oceanos e atmosfera através dos processos de evaporação das águas superficiais, da evapotranspiração
dos seres vivos e da precipitação.
Crescimento azul – designação dada à estratégia da UE cujo objetivo é apoiar a longo prazo o
crescimento sustentável no conjunto de setores marinho e marítimo, reconhecendo a importância dos
mares e oceanos enquanto motores da economia europeia com grande potencial para a inovação e
crescimento.
2.º O Oceano e a vida marinha têm uma forte ação na dinâmica da Terra.
Recursos hídricos – é o conjunto de águas superficiais ou subterrâneas disponíveis e que pode ser
utilizado para uso humano. Segundo a ONU, este valor não ultrapassa 1% das águas totais do planeta.
- 113 -
REFERENCIAL de EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE
VIII - Solos
Solo - é um corpo natural composto de sólidos (minerais e matéria orgânica), líquidos e gases que
ocorre à superfície da terra, ocupa espaço e é caracterizado por um ou ambos dos seguintes
critérios: tem horizontes, ou camadas, distinguíveis do material inicial em resultado das adições,
perdas, transferências e transformações de energia e matéria, ou tem a capacidade para suportar
plantas enraizadas em ambiente natural.
United States Department of Agriculture. 2014. Key to soil taxonomy. Twelfth Edition.
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Solo - o solo é geralmente definido como a camada superior da crosta terrestre, formada por
partículas minerais, matéria orgânica, água, ar e organismos vivos. O solo constitui a interface entre
a terra, o ar e a água e aloja a maior parte da biosfera.
Erosão - desgaste das massas rochosas seguido de transporte e acumulação dos materiais
provenientes do desgaste.
Adaptado de
Dulce Garrido, Rui Costa. 1996. Dicionário Breve de Geografia. Editorial Presença.Lisboa
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Eco-Freguesias XXI
Comunidades Sustentáveis
edição 2018-19
abril 2018
Coordenação:
Margarida Gomes
Tânia Vicente
Um projeto:
Associação Bandeira Azul da Europa
Edifício Vasco da Gama | Rua General Gomes Araújo
Bloco C- Piso 1 | 1350-355 Lisboa
Contactos:
Email: ecofreguesias21@abae.pt
Facebook: www.facebook.com/ecofreguesias21
Tel: +351 21 394 27 47 | Fax: +351 21 394 27 49
Margarida Gomes | Telem: +351 935373716
Tânia Vicente | Telem: +351 910502424
2
Índice
1. ECO-FREGUESIAS XXI | ENQUADRAMENTO .............................................. 4
1.1. Eco-Freguesias XXI: finalidade e objetivos ......................................................... 5
1.2. Antecedentes: prémio Ideias Verdes ao 1º Prémio Nacional ............................... 6
1.3. Resultados da 1ª edição .................................................................................. 7
1.4. Eco-Freguesias XXI e os ODS ........................................................................... 8
2. ECO-FREGUESIAS XXI : UM ROTEIRO DE SUSTENTABILIDADE ................ 9
2.1. Um processo inclusivo e participado ................................................................ 9
2.2. Avaliação formativa e reconhecimento .......................................................... 10
2.2.1 Indicadores eco freguesias XXI .......................................................... 10
2.2.2 Índice eco freguesias XXI .................................................................. 13
2.2.3 Júri Nacional Eco-Freguesias XXI .......................................................14
2.3. Eco-Funcionários ..........................................................................................14
2.4. Eco-Famílias ................................................................................................ 15
2.5. Outros projetos ............................................................................................ 16
3. CANDIDATURAS ECO-FREGUESIAS XXI | EDIÇÃO 2018-19 ........................18
3.1. Quem pode participar ....................................................................................18
3.2. Quando: um processo em 3 fases ..................................................................18
3.2.1. Fase 1 - Registo e inscrição | Implementação do Eco-Funcionários ........18
3.2.2. Fase 2 - Participação em projetos, ações e serviços ............................18
3.2.3. Candidatura ao Galardão Eco-Freguesias XXI 2019 .............................. 19
3.3. Como: inscrição e candidatura ...................................................................... 19
3.4. O Galardão .................................................................................................. 19
3.5. Vantagens em participar .............................................................................. 20
ANEXOS
3
1. ECO-FREGUESIAS XXI | ENQUADRAMENTO
Uma atuação local garante uma maior agilidade na procura de soluções que visem minimizar as
fragilidades dos territórios, com efeitos positivos diretos na qualidade de vida das populações
que aí habitam e/ou trabalham. A privilegiada proximidade com as populações e o profundo
conhecimento do dia-a-dia da comunidade, assumem-se como fatores determinantes para o
processo de mudança e melhoria contínua do trabalho desenvolvido pelas Juntas de
Freguesia.
Conceito
O Eco-Freguesias XXI procura responder aos novos desafios estabelecidos pela estratégia “UE
2020”, enquadrando-se nas opções estratégicas que consolidam o desígnio europeu de
promoção de uma economia social mais inteligente e mais verde, ou seja, uma economia
baseada no conhecimento, onde a educação e a formação ao longo da vida assumem o papel
primordial para capacitar e potenciar a base económica local; a capacitação das pessoas em
sociedades inclusivas, fomentando a criatividade, a inovação, a cooperação e o
empreendedorismo, como motor de desenvolvimento das comunidades locais; uma economia
competitiva e mais verde, através da redução e otimização do consumo de recursos e energias
não renováveis; e a adoção de processos alternativos que conduzam a uma mudança de
paradigma, tornando assim mais competitivas as economias locais e concomitantemente
preservando e valorizando os recursos naturais endógenos.
4
transversais relativas à reforma da Administração Pública e à territorialização das intervenções,
exige uma atuação integrada e participada das autarquias locais.
5
● Contribuir para a definição de estratégias que permitam a aplicação do princípio da
subsidiariedade;
● Contribuir para a criação de comunidades mais sustentáveis envolvendo as freguesias
na implementação de todos os ODS (Agenda 2030), em particular o nº11;
● Contribuir para a elaboração de indicadores de sustentabilidade local.
O Projeto Eco-Freguesia materializa-se num sistema composto por dez indicadores de natureza
social, económica, ambiental e territorial, relevante para a interpretação dos fatores externos
que influenciam os objetivos das políticas locais, e os seus resultados ao longo do tempo.
Ao longo de quatro anos, teve lugar um intenso trabalho de sensibilização e capacitação junto
da população das seis freguesias-piloto selecionadas (que representam comunidades com
realidades sociológicas, geográficas e demográficas muito diversificadas). Foram realizados
inquéritos à população escolar (com o apoio e participação das Eco-Escolas da freguesia),
inquéritos às famílias residentes na freguesia e ainda inquéritos aos funcionários da freguesia,
no sentido de perceber os pontos fortes e fracos da freguesia, em matéria de
desenvolvimento sustentável. Paralelamente, foram organizadas diversas sessões
participativas com o apoio da Junta de Freguesia, com o objetivo de perceber os aspetos mais
valorizados pela comunidade e os projetos/ações considerados estratégicos para a freguesia.
Com base na metodologia adotada foi possível, por um lado, identificar as variáveis que
serviriam de base à bateria de indicadores que constitui o Eco-Freguesias XXI, e, por outro
lado, a seleção, votação e concretização de um projeto/ação considerada prioritária para a
freguesia.
6
possível construir uma bateria de indicadores com enfoque nas diferentes vertentes da
sustentabilidade, que foi objeto de reflexão, teste e validação.
Apenas 9 freguesias não atingiram os objetivos estabelecidos para a obtenção deste prémio.
Foram 10 as freguesias que ultrapassaram o índice de 70%. As Freguesias do Luso, Alcabideche
e Parque das Nações lideram o grupo das freguesias melhor pontuadas.
7
coerência de medidas no caminho da sustentabilidade.
8
- aumentar substancialmente o número de cidades e assentamentos humanos que adotaram e implementaram
políticas e planos integrados para a inclusão, a eficiência dos recursos, mitigação e adaptação às mudanças
climáticas, resiliência a desastres (…).
O Eco-Freguesias XXI promove, para cada um dos desafios acima enunciados, operações
concretas (ex: programas, projetos e ações) de educação para a sustentabilidade que visam
criar ou apoiar as Juntas de Freguesia no desenvolvimento de mecanismos e instrumentos de
apoio à tomada de decisão, de promoção da comunicação - nomeadamente com recurso a
tecnologias de informação e comunicação -, numa lógica de modernidade e transparência,
através da redução de custos, simplificação, desburocratização e racionalização de processos.
Com o apoio direto da ABAE, as juntas de Freguesia podem aderir a um conjunto alargado de
projetos/ações que desde logo privilegiam a capacitação do capital humano, através da
dinamização de ações de formação temáticas (ex: hortas, alimentação saudável e sustentável,
mobilidade) e de sessões de participação pública (ex: orçamento participativo).
9
A par da capacitação do capital humano, também o estreitamento da relação entre a freguesia
e a comunidade é valorizado, através da prestação de serviços e intercâmbio com Eco-Escolas
e/ou instituições da sociedade civil (ex: participação no Projeto Geração Depositrão).
Através dos parceiros da ABAE, as Juntas de Freguesia têm ainda acesso a projetos que visam
reforçar a identidade e fatores críticos de sucesso da freguesia (ex: trilhos pela ciência), bem
como promover soluções e comunicação digital à medida das necessidades da freguesia (ex:
página web de divulgação dos serviços no alojamento e proximidades).
O Eco-Freguesias XXI, através dos objetivos e metas que estabelece ao nível de cada
indicador/temática, fornece as linhas de orientação estratégica para o estabelecimento de um
plano de ação, com base nos resultados decorrentes das características e diagnóstico da
freguesia. Assente nas especificidades de cada comunidade, este plano de ação ao definir
objetivos, metas, recursos, calendarização e indicadores de avaliação e monitorização, permite
dar uma resposta diferenciada, coerente e objetiva a situações-problema identificadas que
exijam reflexão e uma tomada de decisão fundamentada por parte da freguesia.
Eixo 1 Eixo 2
Eixo 3 Eixo 4
Desta forma, o Eco-Freguesias XXI possibilita não só a identificação do ponto de partida, mas
também aponta caminhos no sentido da construção e reconstrução do seu percurso de
aprendizagem, através do planeamento e implementação de ações/atividades concretas que
permitam atingir os objetivos/metas estabelecidos.
10
Ainda que incida preferencialmente sobre os processos, a avaliação formativa das freguesias
considera os resultados que decorrem da aprendizagem reflexiva adquirida ao longo do
tempo, reconhecendo o compromisso assumido pela freguesia em prol do desenvolvimento
sustentável, numa lógica de mobilização para a ação, abordagem pela positiva e promoção de
uma visão de futuro, alicerçada no trabalho em rede e no estabelecimento de sinergias locais.
Os indicadores Eco-Freguesias XXI foram concebidos com base no sistema de classificação PER
(Pressão, Estado e Resposta). Os indicadores enquadram-se em todas categorias, embora com
maior predominância no tipo “resposta”, dado o projeto incidir principalmente sobre as ações
da iniciativa da junta de Freguesia.
11
Tabela – Síntese dos objetivos por indicador
1 Mobilização, A – Ações de sensibilização e (in)formação dirigidas Reconhecer e premiar boas práticas dirigidas
capacitação e aos trabalhadores da Junta ao público-escolar, funcionários e famílias.
educação para a B – Ações de sensibilização e (in)formação dirigidas Incentivar a promoção de ações de
sustentabilidade à população em geral capacitação e educação para a
C – Eco-Escolas na Freguesia sustentabilidade.
2 Gestão A – Consumos de Energia no(s) edifício(s) sede da Motivar para a adoção de padrões de
Ambiental: Junta de Freguesia e suas delegações consumo mais sustentáveis, incentivando
Energia, Água e B – Consumos de Água na Área da Freguesia boas práticas de gestão ambiental nos
Resíduos C – Resíduos Produzidos e Recolhidos serviços da Junta.
Seletivamente na Freguesia
7 Serviços de A – Serviços disponibilizados à população em geral Proporcionar serviços que contribuem para o
Proximidade B – Serviços porta-a-porta incremento da sua qualidade de vida.
C – Serviços de apoio a famílias, jovens e idosos
D – Outros serviços
12
10 Visão do A – Projetos/ações previstas para os próximos dois Identificar as principais linhas de orientação
Desenvolvimento anos estratégica da Freguesia no sentido da
sustentabilidade.
2.2.2 Índice Eco-Freguesias XXI
A atribuição do reconhecimento/galardão Eco-Freguesias XXI, resulta da avaliação das
informações de caráter quantitativo e qualitativo presentes em cada indicador, e ainda da
demonstração das evidências das ações e práticas de sustentabilidade apresentadas. Esta
avaliação estrutura-se numa grelha de critérios por indicador que pontuam a performance da
freguesia, face ao considerado como “excelente”.
A avaliação das candidaturas é realizada com base no peso relativo dos vários indicadores e
sub-indicadores. O índice Eco-Freguesias XXI resulta do somatório do conjunto da pontuação
atribuída a cada indicador. O seu valor global é de 100, existindo ainda a possibilidade de mais
10 pontos de bónus.
O "Bónus" corresponde a ações consideradas não exigíveis a todas as freguesias, mas que
traduzem práticas e/ou apontam caminhos a valorizar no percurso da sustentabilidade. Ao
serem considerados desta forma na pontuação global, não penalizam as Freguesias que não as
têm, mas reconhecem as práticas pioneiras, inovadoras ou consideradas de referência pela sua
importância e impacte no território.
Ex. 1: Freguesia que pode pontuar em todos os indicadores (Universais e Não Universais):
PMP =100 pontos; Índice ECOXXI = PT x 100
Ex. 2: Freguesia que não pode cumprir dois Indicadores Não Universais:
PMP = 94 pontos; Índice ECOXXI = PT/94 x 100
13
Tabela – Distribuição da Pontuação por indicador
2.3. Eco-Funcionários
O Eco-Funcionários visa a informação e sensibilização para o processo de candidatura a Eco-
freguesia XXI, no qual é fundamental o envolvimento de todos. Constitui também uma
estratégia de sensibilização e (in)formação para a temática da sustentabilidade, dos mais
diretamente envolvidos no processo.
Objetivos
– informar sobre comportamentos e práticas sustentáveis;
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Implementação
O Projeto Eco-Funcionários XXI é um questionário online que integra a candidatura a Eco-
Freguesia XXI e deverá ser preenchido por todos os funcionários e colaboradores da junta de
freguesia (incluindo o presidente e voluntários, se assim o desejarem). A participação neste
projeto tem um peso de 5,0 pontos no indicador 1 (Mobilização, capacitação e educação para a
sustentabilidade).
As Freguesias interessadas devem fazer o registo na Plataforma como o perfil “funcionário” e
preencher o questionário, submetendo-o no final. Caso a Junta de Freguesia ainda não esteja
inscrita, deverá motivá-la a inscrever-se.
Para mais informações sobre o questionário Eco-Funcionários XXI consultar o formulário
(ANEXO 3).
2.4. Eco-Famílias
A necessidade de criar estratégias para uma maior sensibilização e participação das pessoas
nas questões relativas à sustentabilidade da freguesia, deu origem à ideia de criar um concurso
sobre eco-famílias que foi desenvolvido numa freguesia-piloto, e visa principalmente envolver
e informar as pessoas, chamando a atenção para a importância dos comportamentos de cada
um no dia-a-dia na construção da sustentabilidade da sua comunidade.
Consiste num questionário online que chegará às famílias através de um conjunto de meios a
selecionar de acordo com as características de cada freguesia.
As respostas ao questionário são confirmadas e avaliadas pela ABAE, sendo depois as famílias
“mais sustentáveis” distinguidas de forma simbólica através de prémios, certificados e
divulgação.
Objetivos
– informar sobre comportamentos e práticas sustentáveis;
– evidenciar a relação entre sustentabilidade ambiental e económica;
– sensibilizar para a responsabilidade individual e coletiva na construção de uma comunidade
mais sustentável;
– premiar as famílias mais sustentáveis e promover as suas boas práticas.
Implementação
O Concurso Eco-Famílias XXI é um serviço opcional, ou seja, as Freguesias que decidirem
participar receberão um bónus de 5,0 pontos no indicador 1. A não participação neste
concurso não implica qualquer penalização no âmbito do Concurso a Eco-Freguesia.
15
As Freguesias interessadas em aderir ao Eco-Famílias XXI deverão concordar com os termos do
regulamento do concurso, que estabelece os direitos e deveres da Freguesia e da ABAE,
entidade promotora do concurso. As Freguesias que pretendam implementar o Eco-Famílias
deverão contactar a ABAE para formalizar a sua intenção.
A ABAE é responsável por promover a divulgação do concurso junto da população em geral e
do público escolar em particular, gerir a plataforma do concurso e realizar, com o apoio de um
júri especializado, a avaliação das famílias participantes em cada freguesia. A junta de
Freguesia é responsável por realizar a divulgação do concurso junto da população residente na
freguesia, através dos meios que considerar mais adequados, bem como alocar recursos
(financeiros ou não financeiros) para a atribuição de prémios às famílias com melhor
pontuação.
Para mais informações sobre o questionário Eco-Famílias XXI consultar o formulário (ANEXO
4).
Através dos parceiros da ABAE, as Juntas de Freguesia têm ainda acesso a projetos específicos,
em áreas como a recolha de resíduos, a monitorização dos consumos de energia, gestão de
plataformas virtuais, entre outras.
16
De seguida, apresentam-se apenas alguns exemplos de projetos a que as Juntas de Freguesia
podem aderir:
17
3. CANDIDATURAS ECO-FREGUESIAS XXI | EDIÇÃO 2018-19
Ao participar no Eco-Freguesias XXI, a Junta de Freguesia está a assumir de forma clara
perante a sua comunidade um compromisso pela sustentabilidade. Passará ainda a dispor de
um instrumento que enquadra e sistematiza aquilo que são as suas prioridades nos domínios
social, económico e ambiental, colocando em evidência o trabalho já concretizado de forma
sintética e transparente e dando pistas sobre o caminho a percorrer no sentido da
sustentabilidade.
Calendarização do processo
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3.2.1. Fase 1 – Registo e inscrição | Implementação do Eco-funcionários
Para participar basta registar-se na plataforma online disponível em ecofreguesias21.abae.pt
preencher a ficha de inscrição e enviar para a ABAE até 15 de maio e por fim iniciar o projeto
Eco-Funcionários XXI.
O custo da candidatura que inclui todo o serviço de apoio, avaliação e peças do galardão, varia
em função do escalão populacional da freguesia (ver ficha de inscrição- ANEXO 1)
A candidatura a Eco-Freguesia XXI estrutura-se num questionário, que deve ser preenchido
pela freguesia (ANEXO 2).
O índice é composto por 10 indicadores que sintetizam diversos aspetos relativos à gestão
sustentável quer dos serviços da Junta de Freguesia, quer do território natural, económico e
socio-cultural de que é responsável.
3.4. O galardão
Todas as freguesias que obtiverem um índice Eco-Freguesias XXI, igual ou superior a 50% serão
reconhecidas como Eco-Freguesia XXI através da atribuição de um Diploma e de uma bandeira
verde entregue em cerimónia pública.
19
3.5. Vantagens em participar
O Eco-Freguesias XXI assume-se como uma ferramenta de avaliação e monitorização do
desempenho autárquico, que possibilita à Junta de Freguesia:
20
mesma vontade de trabalhar em prol da sustentabilidade, partilhando experiências e know-
how.
- Analisar o impacto das decisões e atuações, com base na análise do trabalho desenvolvido
pela autarquia à luz das metas estabelecidas pelo Projeto Eco-Freguesias XXI para cada
indicador/temática.
-Ver reconhecido o trabalho desenvolvido na freguesia, através da atribuição do galardão
Eco-Freguesias XXI, materializado numa bandeira, e amplamente divulgado a nível nacional, e
também internacional, nomeadamente através da Foundation for Environmental Education.
ANEXOS
1- Ficha de inscrição
2- Questionário Eco-Freguesias XXI
3- Questionário Eco-Funcionários
4- Questionário Eco-Famílias XXI
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ANEXO 1
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ECO-FREGUESIAS 2018 – 2.ª EDIÇÃO
NOME DA FREGUESIA:
FICHA DE INSCRIÇÃO
MORADA:
TELEFONE: E-MAIL:
NOME:
TELEFONE: E-MAIL:
NOME: TELEFONE:
CARGO: E-MAIL:
ESCALÃO
Por forma a procurar uma maior equidade foram criados 5 escalões em função do número de eleitores da freguesia
Data: __/__/2018
23
ANEXO 2
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Questionário Eco-Freguesias XXI
BI DA FREGUESIA
0. Responsáveis pela candidatura a Eco-Freguesia XXI
0.1. Nome do Presidente:
0.2.Telefone:
0.3.Email:
0.4.Nome de outro responsável:
0.5.Telefone:
0.6.Email:
1. Identificação da Freguesia
1.1. Designação da Freguesia:
1.2. Designação anterior à reorganização administrativa do território (caso seja diferente):
1.2.1. Data da criação da Freguesia:
1.3. Predominantemente rural ◻ Predominantemente urbana ◻ Medianamente urbana ◻
1.4. Área da Freguesia (km2):
1.5. População Residente em 2011 (hab.)
1.6. Morada da sede da Junta de Freguesia:
1.7. Código-Postal:
1.8. Concelho:
1.9. A Câmara Municipal localiza-se na sua freguesia? sim◻ não◻ Se não: distância à Câmara
Municipal ◻
1.10. Telefone da Junta
1.11. E-mail da Junta:
1.12. Website da Junta de Freguesia:
1.13. Facebook:
1.14. Orçamento da Junta de Freguesia em 2017 (€):
1.15. Área do(s) edifício(s) sede da Junta de Freguesia (m2):
1.16. N.º de equipamentos: ◻ Escolares ◻ Socioculturais ◻ Ambientais ◻ Outros. Quais?_______
1.17. N.º de associações/coletividades existentes na Freguesia: ◻
2. Administração e Gestão da Freguesia
2.1. N.º de elementos do Executivo:
2.2. Regime de permanência do Presidente da Junta de Freguesia: ◻ Tempo inteiro ◻ Tempo
parcial ◻ Sem termo
2.3. N.º de anos enquanto Presidente:
2.4. N.º de anos do Presidente como membro do executivo:
2.5. N.º total de trabalhadores:
2.5.1. por categoria: ◻ funcionários ◻ com contrato a termo
2.5.2. por regime de permanência: ◻ Tempo inteiro ◻ Tempo parcial ◻ Meio termo
2.6. Indique se é da responsabilidade da Junta de Freguesia, a gestão e manutenção de:
◻ Limpeza urbana ◻ Espaços verdes. Se sim área (m2)_____ ◻ Mobiliário urbano ◻
Caminhos/arruamentos ◻ Parques infantis
2.6.1. Se respondeu sim, anexe o Acordo de Execução e o Contrato interadministrativo com a
Câmara Municipal
25
INDICADOR 1
Mobilização, capacitação e educação para a sustentabilidade
A – Ações de sensibilização e (in)formação dirigidas aos trabalhadores da Junta
A1 – Os trabalhadores da Junta de Freguesia responderam ao inquérito aos
Eco-Funcionários XXI **? ◻ Sim ◻Não
A1.1 – Nº de respostas ao inquérito
A1.2 – Resultados obtidos no inquérito (média das respostas) (PP)
A2 – Identifique outra ação de sensibilização e/ou (in)formação de natureza ambiental
dirigida aos trabalhadores
A2.1 – Nome da Ação
A2.2 – Iniciativa da Junta ◻ Sim ◻Não. Se não, indique a entidade promotora
A2.3 – Objetivo da ação
A2.4 – Nº de participantes na ação (trabalhadores/colaboradores da Junta):
A2.5 – Demonstre o impacte ambiental da iniciativa/ resultados
– Observações sobre a ação
B – Ações de sensibilização e (in)formação dirigidas à população em geral
B1 – A Junta de Freguesia aderiu ao Concurso Eco-Famílias XXI? ◻ Sim ◻Não
B1.1 – N.º de respostas ao inquérito Eco-Famílias XXI (PP)
B1.2 – % respostas/ população residente (PP)
B1.3 – Resultados obtidos no inquérito (média das respostas) (PP)
– Observações sobre o concurso
B2 - Indique outra ação de sensibilização e/ou (in)formação de natureza ambiental dirigida
à população em geral nos últimos dois anos:
B2.1 – Nome da ação
B2.2 – Objetivo da ação
B2.3 – Público-alvo: Associações/Coletividades ◻ Escolas ◻ Outros ◻ Quais? ____
B2.4 – Nº de participantes/pessoas abrangidas
B2.5 – Papel da Junta na organização: Entidade promotora◻ parceira◻ Outro. qual?
B2.6 – Parceiros
B2.7 – Demonstre o impacte ambiental da iniciativa/ resultados
– Observações sobre a ação
C – Eco-Escolas na Freguesia
C1 – Nº total de estabelecimentos de ensino na freguesia
C2 – N.º de escolas inscritas no Programa Eco-Escolas nos últimos dois anos letivos
C3 – N.º de escolas galardoadas na Freguesia nos últimos dois anos letivos
C4 – Taxas de implementação e concretização do Programa Eco-Escolas na Freguesia
Escolas inscritas/n.º de escolas ◻; Eco-Escolas/nº de escolas◻
C5 – A Junta de Freguesia apoiou as suas escolas na implementação do Programa Eco-
Escolas nos últimos dois anos letivos? C5.1 – Indique duas formas de apoio
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INDICADOR 2
Gestão Ambiental: Energia, Água e Resíduos
A – Consumos de Energia no(s) edifício(s) sede da Junta de Freguesia e suas delegações
A1 – Consumos de Eletricidade no(s) edifício(s) sede da Junta de Freguesia e suas
delegações em 2017 (€) – Anexar faturas
A1.1 – Consumo ponderado= consumo/área coberta /trabalhador
A2 – Refira a principal medida implementada para poupar energia na Freguesia (últimos 2
anos). Justifique
B – Consumos de Água na Área da Freguesia
B1 – Consumo total de água da Junta de Freguesia em 2017 (m3) – Anexar faturas
B1.1 – Consumo ponderado = consumo/área verde da responsabilidade da
freguesia/população residente
B2 – Refira a principal medida que tomou no último ano para poupar água na Freguesia.
Justifique
C – Resíduos Produzidos e Recolhidos Seletivamente na Freguesia
C1 – Nº de recipientes nas salas da(s) sede(s) da Junta de Freguesia:
◻ Azuis ◻ Amarelos ◻indiferenciados
C1.1 – Fotografia que evidencia o recipiente indiferenciado e azul/amarelo
C2 – A(s) sede(s) da Junta de Freguesia é/são ponto(s) de recolha de resíduos?
◻ Sim. Quais ______ ◻ Não
C3 – N.º de contentores na Freguesia:
◻ Azuis ◻ Amarelos ◻ Verdes ◻ Roupa ◻ Óleos ◻ REEE ◻ Pilhas ◻ Outros. Quais
C4 – N.º ponderado de ecopontos (n.º de ecopontos de embalagens/hab)
C5 – N.º de Papeleiras na Freguesia:
C6 – N.º ponderado de papeleiras (n.º de papeleiras/hab)
C7 – A Junta de Freguesia colabora na recolha e encaminhamento de objetos volumosos?
◻ Sim. ◻ Não. Se sim, para onde encaminha?
C8 – Refira a principal medida que tomou no último ano para reduzir/reutilizar os resíduos
da Freguesia. Justifique
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INDICADOR 3
Mobilidade e Transportes
A – Transportes públicos
A1 – Quais os transportes públicos que servem a Freguesia? ◻ Autocarro ◻ Metro ◻
Comboio ◻ Táxi/praça de táxis ◻Outro. Qual __
A2– Refira se a Freguesia possui transporte público regular de ligação à sede de concelho
Sim ◻ Não ◻
A2.1 – Indique a frequência da ligação Freguesia- Sede de concelho
B – Mobilidade inclusiva
B1 – Descreva 2 medidas promovidas pela Junta de Freguesia para melhorar a
acessibilidade aos serviços públicos por pessoas com mobilidade condicionada
C – Ações/ projetos de promoção da mobilidade sustentável nos últimos 3 anos
C1 – Identifique 2 ações/ projetos realizados nos últimos três anos que visem contribuir
para uma mobilidade sustentável na Freguesia
C1.1 – Nome da ação:
C1.2 – Iniciativa da Junta de Freguesia ◻ Sim ◻ Não. Se não, indique quem promove
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INDICADOR 4
Equipamentos e Espaços Públicos
A – Higiene e Limpeza urbana
A1 – A Junta de Freguesia possui piquete de limpeza/manutenção de passeios e espaços
verdes (serviço que visa o reforço de ação de limpeza em zonas específicas)? Sim◻ Não◻
A1.1 – Descreva o serviço prestado
A2 – Quantas pessoas estão envolvidas diariamente na remoção das ervas daninhas?
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INDICADOR 5
Biodiversidade e Espaços Verdes
A – Espécies Invasoras
A1 – Identifique 4 espécies invasoras existentes na Freguesia. Consulte as fichas das principais
espécies invasoras em Portugal em: http://invasoras.pt/fichas/
A1.1 – Localização das espécies (morada ou coordenadas GPS)
A1.2 – Anexar fotografia de espécie(s) invasora(s) na Freguesia
B - Hortas Urbanas/Comunitárias
B1 - Existem hortas? Sim ◻Não◻
B1.1 - As hortas possuem produção em modo biológico? Sim ◻Não◻
B1.2 - As hortas são da iniciativa de: Junta de Freguesia◻Município ◻outro ◻Qual
B1.3 - Indique a área da horta (m2)
B1.4 - Indique o n.º de talhões da horta
B1.5 - Nº ponderado de talhões face à população residente
B1.6 – N.º de pessoas que beneficiam (direta e indiretamente) na horta
B1.7 – Outras informações sobre as hortas
C - Ação/projeto com vista à conservação de linhas de água/floresta/biodiversidade local
C1 - Descreva ação/projeto na área da preservação da biodiversidade e geodiversidade
(incluindo floresta) que considera mais importante, indicando os objetivos, parcerias e o seu
impacte na Freguesia
C2 - Descreva uma medida de conservação de linhas de água da freguesia, indicando os seus
objetivos e impacte na Freguesia
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INDICADOR 6
Informação e Participação Pública
A – Informação disponibilizada pela Junta de Freguesia
A1 – Indique, para cada um dos temas, se se encontra disponível online (e respetivo link)
◻Editais/comunicados. Indique o n.º
◻Agenda da Freguesia (atualizada)
◻Ofertas de emprego
◻ Eventos/animação cultural (feiras, festas, mercados)
◻ Reabilitação/requalificação de edifícios e áreas sujeitas a intervenções
◻RSU/ Política dos 3 R's
◻ Biodiversidade/espaços verdes
◻ Educação/educação ambiental
◻ Outro. Qual
A2 – A Junta de Freguesia disponibiliza informação sob outras duas formas? Explicite.
B – Ações de promoção e divulgação da participação pública (orçamento participativo
ou outro processo similar)
B1 – Existência de OP (s/n)
B1.1 – Ano do OP e fase em que se encontra
B1.2 – Promotor do OP: Freguesia ◻ Município◻
B1.3 – Orçamento do OP
B1.4 – Ponderação do OP face ao orçamento da freguesia
B1.5 – Descrição do OP, indicando o n.º de participantes, divulgação e projetos a votação e
aprovados
B1.6 – Linksna freguesia
para mais informações:
B1.7 – Caso não possua OP, identifique outro processo similar de participação pública
(processos consulta/auscultação
B1.8 – Descrição pública,quem
do processo, indicando sessões de participação
o promove, pública,
objetivos, fóruns
n.º de de envolvidas
pessoas
participação)
e outras informações relevantes
C – Plataformas virtuais Interativas
C1 – Existe uma ferramenta de participação pública virtual (ex: sugestões, reclamações)
associada à página da Junta de Freguesia?
C1.1 – Descreva
C1.2 – Link da página
C1.3 – Partilha pública dos resultados/respostas/resolução de ocorrências?
C1.3.1 – Indique como é realizada a partilha
C2 – Redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram) no momento da candidatura (links)
C2.1 – N.º de seguidores
– Observações
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INDICADOR 7
Serviços de Proximidade
A – Serviços disponibilizados à população em geral
A1 – Descentraliza os serviços administrativos para o freguês? Sim ◻ Não◻
A1.1 – Descreva o tipo de serviços descentralizados, indicando o horário de funcionamento
A1.2 – A Junta de Freguesia possui secretaria online? ◻ Sim ◻ Não
A1.2.1 – Identifique os serviços disponibilizados na secretaria online
B – Serviços porta-a-porta
B1 – A Junta de Freguesia possui cuidadores ao domicílio? ◻ Sim ◻ Não
B1.1 – Descreva o serviço
B1.2 – Indique a população abrangida
B1.3 – Indique a frequência com que o serviço é disponibilizado
B2 – A Junta de Freguesia possui serviços de saúde ao domicílio? ◻ Sim ◻ Não
B2.1 – Descreva o serviço
B2.2 – Indique a população abrangida
B2.3 – Indique a frequência com que o serviço é disponibilizado
B3 – A Junta de Freguesia disponibiliza transporte porta-a-porta? ◻ Sim ◻ Não
B3.1 – Descreva o serviço
B3.2 – Indique a população abrangida
B3.3 – Indique a frequência com que o serviço é disponibilizado
C – Serviços de apoio a famílias, jovens e idosos
C1 – Possui serviços de ATL/CAF? Sim ◻ Não◻
C1.1 – Descreva o serviço
C1.2 – Indique a população abrangida
C1.3 – Indique a frequência com que o serviço é disponibilizado
C2 – Possui serviços de centro de dia? Sim ◻ Não◻
C2.1 – Descreva o serviço
C2.2 – Indique a população abrangida
C2.3 – Indique a frequência com que o serviço é disponibilizado
C3 – Possui programas de campos de férias e/ou excursões? Sim ◻ Não◻
C3.1 – Descreva o serviço
C3.2 – Indique a população abrangida
C3.3 – Indique a frequência com que o serviço é disponibilizado
D – Outros serviços (ex: carro oficina, biblioteca itinerante, lavandarias sociais, etc.)
Identifique dois serviços itinerantes, para cada um:
D1 – Descreva o serviço
D2 – Indique o n.º de pessoas servidas
D3 – Indique a frequência com que o serviço é disponibilizado
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INDICADOR 8
Animação Sociocultural
A – Iniciativas de caráter sociocultural promovidas pela Junta de Freguesia
A1 – Refira quatro iniciativas (socioculturais e/ou desportivas) promovidas nos últimos dois anos
(selecione as mais relevantes e preferencialmente de âmbitos diferentes)
Para cada evento indique:
A1.1 – Responsável pela organização da iniciativa
A1.2 – Âmbito da iniciativa: ◻ Sociocultural ◻ Desportivo ◻ Outro. Qual
A1.2 – Parcerias
A1.3 – N.º de pessoas abrangidas/envolvidas (direta e indiretamente)
A1.4 – N.º de vezes realizada por ano
A1.5 – Descrição sumária, indicando o seu impacte na Freguesia
33
E – Ações de promoção turística
E1 – Identifique 2 iniciativas de promoção turística realizadas nos últimos 2 anos
INDICADOR 9
Promoção da Economia Local
A – Ações na área da promoção do emprego
A1 – Identifique 2 ações na área da promoção do emprego realizadas nos últimos 2 anos (ex: ações
formativas, feiras de emprego, programas de inserção profissional, programas de fixação da
população jovem)
A1.1 – N.º de pessoas abrangidas
A1.2 – Parcerias
A1.3 – Breve descrição, indicando os objetivos, relevância para a Freguesia e resultados alcançados
B – Ações de apoio ao empreendedorismo
B1 – Identifique 2 ações na área do empreendedorismo realizadas nos últimos 2 anos (ex: ações
formativas, gabinete de recursos para o investimento e empreendedorismo, programas de
empreendedorismo social, promoção de programas de incentivo à criação de empresas/negócios)
B1.1 – N.º de pessoas abrangidas
B1.2 – Parcerias
B1.3 – Breve descrição, indicando os objetivos, relevância para a Freguesia e resultados alcançados
C – Ações de promoção do comércio local
C1 – Identifique 2 ações de promoção do comércio tradicional nos últimos 2 anos (ex: sorteio de
vales de compras, promoção de feiras de rua, organização de programas culturais que promovam
a dinamização do comércio retalhista, concurso de montras)
C1.1 – N.º de pessoas abrangidas
C1.2 – Parcerias
C1.3 – Breve descrição, indicando os objetivos, relevância para a Freguesia e resultados alcançados
D – Ações de marketing territorial
D1 – N.º de certificações, prémios, galardões nos últimos 2 anos
D2 – Descrição de duas ações marketing territorial
D3 – A freguesia está inserida num município ECOXXI? B3.1 - se sim, quantos galardões tem o seu
município?
E1.1 – Data/período de realização
E1.2 – Breve descrição da iniciativa, incluindo a natureza e objetivos
E1.3 - Parcerias
E1.4 – Impacte económico, social e ambiental da iniciativa/ resultados
E1.5 – Anexe documentação sobre a iniciativa ou link
INDICADOR 10 34
Visão do Desenvolvimento
A – Projetos/ações previstas para os próximos dois anos
A1 – Breve descrição do projeto/ação em curso ou em fase de planeamento que considera prioritário
na área da sustentabilidade ambiental para os próximos dois anos, indicando os objetivos e relevância
para a Freguesia.
A2 – Breve descrição do projeto/ação em curso ou em fase de planeamento que considera prioritário
na área da sustentabilidade socio-económica para os próximos dois anos, indicando os objetivos e
relevância para a Freguesia
35
ANEXO 3
36
Questionário Eco-Funcionários XXI
B.I. Funcionário
1.1. Nome do funcionário
1.2. E-mail:
1.3.Telemóvel/Telefone:
1.4. Feminino ou Masculino
1.5. Idade
1.6. Reside na freguesia onde trabalha? (s/n)
1.6.1 . Se não, indique a Freguesia e concelho onde reside
1.7. Ano em que começou a trabalhar na Junta de Freguesia
1.8. Regime de permanência: Tempo inteiro, Part-time e Meio tempo
1.9. Tipo de trabalho: administrativo/escritório operacional/no terreno
1.10. Funções que desempenha na Freguesia
1. Gestão Ambiental: Energia, Água e Resíduos
A. Poupança de energia e água
A1 – Refira duas medidas que habitualmente toma para poupar energia no seu local de trabalho
A2 – Refira duas medidas que habitualmente toma para poupar água no seu local de trabalho
B. Redução e separação dos resíduos
B1 - Identifique duas medidas concretas para redução de resíduos que habitualmente toma no seu
local de trabalho
B2 - Separa os resíduos diariamente no seu local de trabalho? (s/n)
B2.1 - Se sim, indique quais: papel, indiferenciado, outro qual
B2.2 - Se não, indique o motivo
- Anexe uma evidência
- Observações
37
2. Educação para a Sustentabilidade
A - Ações de sensibilização e (in)formação
A1 - Participou em ações de sensibilização e/ou (in)formação no último ano? s/n. Se não, indique o motivo
Identifique três ações de sensibilização e/ou (in)formação em que participou no último ano. Para cada
uma indique:
A1.1 - Nome da Ação
A1.2 – Iniciativa da Junta ◻ Sim ◻Não. Se não, indique a entidade promotora
A1.3 – Natureza da ação: Ambiental ◻ Sociocultural ◻ Outra ◻ qual:____
A1.4 – Objetivo da ação
A1.5 - Contributo da ação para a sua formação pessoal e/ou profissional
B. Associativismo
B1 - Faz parte de Associações/Coletividades ou afins? Sim___ Não___Se sim nome:
B2 - Quanto tempo (h) dedica mensalmente para esse fim?
C. Participação Pública
C1 - Costuma participar nas Assembleias de Freguesia e/ou Municipais?
C2 - Se existe/existisse orçamento participativo na sua freguesia/município, vota/votaria)?
Observações
3. Mobilidade
A. Deslocação casa-trabalho
A1 – Descreva uma medida que contribua para aumentar a sustentabilidade ambiental do seu local de
trabalho nos próximos dois anos. Justifique a sua resposta.
A2 – Apresente duas razões que o(a) permitam classificar como um eco-funcionário
Observações
NOTAS
38
ANEXO 4
39
Questionário Eco-Famílias XXI
0. B.I. Família
0.1.Nome do candidato pela família:
0.2. Morada:
0.3. E-mail:
0.4.Telemóvel/Telefone:
0.5. Nº Pessoas Agregado Familiar - <18anos; 18 e 65 anos; >65 anos
1.Água e energia
1.1. Água
1.1.1. Qual o valor de despesa mensal em água (€) | ANEXE pelo menos 1 fatura dos últimos 12 meses
1.1.2. Refira 3 medidas que toma de forma a poupar água (anexe fotos que evidenciem pelo menos
2)
1.2. Eletricidade e Gás
1.2.1. Qual o valor de despesa mensal despesa mensal em eletricidade (€) | ANEXE pelo menos 1
fatura dos últimos 12 meses
1.2.2. Qual o valor de despesa mensal em gás | ANEXE pelo menos 1 fatura dos últimos 12 meses
1.2.3. Refira 3 medidas que toma de forma a poupar eletricidade ou gás?
1.3 Energias renováveis
1.3.1 Possui painéis solares térmicos?
1.3.2. Utiliza outro tipo de energias renováveis? (ex: microgeração). Refira quais.
- Observações
2. Resíduos
2.1. Redução
2.1.1.Realizaram no último ano alguma medida concreta para redução de resíduos? Exemplifique
com 2 exemplos concretos e anexe pelo menos 1 foto
2.2. Reutilização
2.2.1.Costumam reutilizar objetos? Dê 3 exemplos . Anexe pelo menos 2 fotos exemplificativas
2.3 Reciclagem
2.3.1. Com que frequência separam os resíduos para reciclagem?
2.3.2. Embalagens (Plástico/Metal) | 1=nunca; 6=sempre
2.3.3. Vidro | 1=nunca; 6=sempre
2.3.4. Papel | 1=nunca; 6=sempre
2.3.5. Óleos alimentares | 1=nunca; 6=sempre
2.3.6. Pilhas | 1=nunca; 6=sempre
2.3.7. Equipamentos Elétricos e Eletrónicos | 1=nunca; 6=sempre
2.3.8. Resíduos orgânicos | 1=nunca; 6=sempre
2.3.9. Outros. Quais? __________________
2.3.10. ANEXE: fotografia do espaço de reciclagem
- observações
40
3.2. Espaços exteriores
3.2.1. Área do espaço exterior
3.2.2. Possuem quintal/jardim? Sim__ Não___
3.2.2.1 No quintal/jardim existem árvores de fruto ___ plantas aromáticas___
3.2.3.Utilizam o espaço exterior para fazer compostagem? | ANEXE fotografia
3.2.4. A família possui uma horta exterior que cultiva habitualmente? S__ N__ Se sim, responda aos
aspetos que se seguem relativamente à vossa horta:| ANEXE fotografia
3.2.4.1. Utilizamos adubos químicos para fertilizar o solo
3.2.4.2. Utilizamos adubos orgânicos (composto/estrume) para fertilizar o solo
3.2.4.3. Utilizamos pesticidas para combater pragas
3.2.4.4. Combatemos as pragas sem recorrer a químicos
3.2.4.5.Que parte da alimentação da família em produtos vegetais provem da horta? 10%; 20%; 30%;
40% 50% mais de 50%
3.2.5. Se não possuem horta, caso tivessem acesso a um local onde pudessem fazer uma horta, fá-
lo-iam?
- Observações
4. Consumo
4.1. Com que frequência compram produtos frescos com as seguintes características:
4.1.1. locais
4.1.2. nacionais, não locais
4.1.3. da época
4.1.4. de origem biológica
4.2. Onde são realizadas a maioria das compras regulares de produtos alimentares?
4.2.1. Grandes superfícies/ hipermercados /internet /Comércio local/ Mercado /Praça
4.3. Quando vão às compras:
4.3.1. Costumam levar o próprio saco?
4.3.2. Recusam o saco da loja de roupa/ calçado/acessórios
4.3.3. Realizam e cumprem uma lista de necessidades?
4.3.4. Optam por embalagens familiares?
4.3.5. Consultam os rótulos sobre composição do produto?
4.3.6. Consultam o prazo de validade do produto?
4.4. Com que frequência consomem:
4.4.1. Refeições embaladas/pré-cozinhadas?
4.4.2. Refeições fast food (pizza; hambúrguer...)
4.4.3. Saladas
4.4.4. Sopa
4.5. Refira quantos dos aparelhos abaixo, existem no agregado familiar:
4.5.1. Quantos televisores existem em casa?
4.5.2. Quantos telemóveis existem na família?
4.5.3. Quantos computadores + tablets existem na família
41
5. Mobilidade
5.3. Caso usem carro na deslocação diária costumam partilhá-lo com outras pessoas:
5.3.1. do agregado familiar
5.3.2. fora do agregado familiar
5.4. Refira quantas pessoas do agregado familiar praticam desporto/atividade física pelo menos
uma vez por semana
- Observações
6.Comunidade: espaços verdes e participação
6.1. Espaços verdes e biodiversidade
6.1.1 Qual a frequência com que visita os espaços verdes na sua região? (1 a 6)
6.1.2 Assinale a presença de uma espécie invasoras na sua freguesia ou nos espaços verdes que
frequenta. Nome __ (Pode investigar aqui: www.invasoras.pt) | ANEXE fotografia.
6.2.Associativismo
6.2. 1.Faz parte de Associações/Coletividades ou afins? Sim___ Não___Se sim nome: ___
6.2.2. Quanto tempo (h) dedica mensalmente para esse fim?
6.3. Participação Pública
6.3.1. Costuma participar nas Assembleias de Freguesia e/ou Municipais
6.3.2 Se existe/existisse orçamento participativo na sua freguesia/município, vota/votaria)?
42
Educação para a Sustentabilidade | código 21170
Objetivo:
Competências:
4.1. Enquadramento
1
Educação para a sustentabilidade: Planeamento, Implementação e Avaliação de Projetos de
Educação para a Sustentabilidade de Sandra Caeiro é disponibilizado sob a Licença Creative Commons-Atribuição –
Não Comercial-Compartilha Igual 4.0 Internacional
Qualquer projeto envolve uma visão antecipadora dos seus resultados. Para que atinja
os objectivos propostos, tem de ser planeado e concretizado cuidadosamente. Planear
um projeto é tomar em consideração, antes do seu início, todas as questões e factores
que podem constituir formas de facilitação em alguns dos seus momentos ou, por
outro lado, obstáculos que impedirão a sua progressão se não forem antecipadamente
previstas alternativas ou meios para os superar (Raposo, 1997). Pode-se definir o
projeto de ação como a imagem de antecipação e finalização de uma sequência
ordenada de operações susceptíveis de conduzir a um novo estado da realidade-
objecto da ação.
Refira-se que o processo de avaliação inicia-se antes, durante e após ação. Essas
fases são constituídas por diversas componentes e tarefas, conforme listado na
Tabela 1, sendo explicadas mais em pormenor nos capítulos seguintes.
4.2.1 Objetivos
Na fase de preparação um fundamental e que deverá ser muito bem definido são os
objetivos. Esses objectivos dirigem a ação, guiam a escolha dos métodos, meios e
estratégias, destacando-se aqueles que se considera importante no âmbito da
cidadania ambiental (Barbier, 1996):
Na maior parte dos casos existe uma motivação comum a todos, mas a abordagem de
uma área mais específica, já deve obedecer a uma discussão fundamentada e dispor
do maior número de possibilidade de escolha possível. Existem várias técnicas de
discussão e de surgimento de ideias. Destaca-se a título de exemplo o Brainstorming,
a chuva de palavras ou o encadeado de palavras. Estas técnicas baseiam-se no
lançamento de expressões, palavras, ideias aleatoriamente ou por
sucessão/encadeamento que são posteriormente discutidas, esquematizadas,
sumarizadas e anotadas, por exemplo sobre a forma de cartas de exploração (Alves,
1998).
Não existem projetos tipo para cada de sociedade, e não faz sentido discutir temas
muito específicos de uma área geográfica muito longínqua da do local onde o grupo se
integra (por exemplo o problema do ruído urbano numa população que vive no meio
rural), a menos que haja um interesse exemplificativo ou comparativo (Alves, 1998).
(Escolha de representantes)
Reconhecimento da existência do
problema individual
MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Divulgação dos resultados
EDUCAR
4.2.4 Os locais
O ideal é sempre deslocar a população-alvo para fora do seu meio usual. A mudança
de local funciona como catalisador da ação. Para os objetivos em vista, não é
necessário recorrer a espaços de grande valor ambiental, não sendo mesmo
conveniente, pois eles são, habitualmente, particularmente sensíveis. O impacte
ambiental gerado pela presença do grupo, por reduzido que seja, não chegará,
provavelmente, para compensar o acréscimo de benefício obtido pela riqueza
particular do espaço.
De acordo com Baptista (2002), as ações devem decorrer num local ou centro
afastado do quotidiano dos participantes, onde o público-alvo tenha uma experiência
marcante, embora deva haver uma componente de contacto com espaços naturais. O
contacto com a natureza é fundamental para o desenvolvimento psicossomático do
seu humano. A importância das atividades de outdoor é fundamental para fomentar a
nossa maturidade psicológica e a identificação com outra forças de vida. Mesmo sem
a presença de atividade estruturadas (ou especialmente para este motivo), a vivência
continuada em área naturais ou seminaturais parece assim desencadear, em
4.2.5 Os formadores
Qualquer pessoa que esteja para isso motivado pode assumir-se como dinamizador
de atividades ou ações de cidadania ambiental. Não existem capacidades específicas
exigíveis, nem graus de formação ou níveis de conhecimento mínimos. De acordo com
Alves (1998), existem um conjunto de requisitos para se ser um bom monitor de
atividades de ES, tais como as seguintes:
• O monitor deve ter uma postura de simpatia para com os formandos, facilitando
o estabelecimento de relações fáceis. Embora tal possa nascer de uma forma
inata, esta postura também pode ser aprendida. O contrário dificulta, mas não
impossibilita, a ação.
No caso do ensino não formal, o monitor deve ter a atenção que a capacidade de
aprendizagem dos adultos é diferentes das crianças necessitando por exemplo de
considerar a repetição de algumas temáticas, a recapitulação/resumo dos conteúdos,
falar mais pausadamente, ou evitar a monotonia (UNESCO/UNEP, 1986).
As atividades práticas das ações de ES podem ser efectuadas com base num estudo
de caso. A utilização do estudo de caso em ES tem diversas vantagens, como o visar
a descoberta, enfatiza o contexto da ação, procuram retratar a realidade de forma
completa e integradora, utiliza uma variedade de fontes de informação, revelam
A utilização dos meios de comunicação pode ser muito vantajosa para ações de
educação não formal. No entanto, a população é maioritariamente espectadora
(também denominado segundo um processo de ES passiva), sendo difícil de avaliar
se a mensagem é atingida e compreendida pela audiência. No entanto, a utilização
simultânea de diversos meios de comunicação tem se revelado grande potencial na
promoção de ES no contexto não formal (UNESCO/UNEP, 1986).
A execução de um projeto propriamente dito deve basear-se em ações que devem ser
sujeitas a um plano como se ilustra na Tabela 2. Podem ter uma duração temporal
variável, que pode ir de alguns dias até algumas semanas, de acordo com a situação
a explorar, o tempo disponível, o público-alvo e o seu ritmo de trabalho.
Tabela 2 – Fases de uma ação de cidadania ambiental (Alves, 1998 e Novo, 1998).
Fases da ação de cidadania ambiental Componentes/Conteúdos
Apresentação/motivação • Apresentação dos educadores/educandos
• Descobrir o tema
Motivar • Motivar e mostrar interesse para o tema
• Recolha de informação
Sensibilização cognitiva • Explicação do problema
• Aquisição de conhecimentos
Aprender/observar • Reconhecimento no terreno do problema
• Atividades práticas de reconhecimento
Apresentação das soluções alternativas • Atividades práticas de contribuição para
melhoria/resolução do problema e de como
Comprovação/interpretação implementar a decisão.
• Aquisição de atitudes e competências pró-
ambiente
Consolidação de atitudes • Consolidação dos valores
• Participação na resolução dos problemas
Comunicar • Clarificar valores
• Divulgação dos resultados
2
Este documento é sobre materiais no âmbito de Educação Ambiental, mas os critérios de
qualidade são também extensíveis à ES.
Na fase de motivação, o que motiva uma criança pré-escolar é diferente do que motiva
uma criança pré-adolescente, um adolescente ou um adulto.
A primeira parte da ação deve ser uma atividade de apresentação que funcione
simultaneamente como um quebrar de barreiras entre monitor e alvos e como
aquecimento do grupo. A apresentação poderá ser feita de acordo com diversas
estratégias embora se recomende, quase sempre, o emprego de técnicas de jogo. Na
maior parte dos casos i. e., para quase todos os escalões etários, é uma estratégia
bem-vinda e conducente a aprendizagens que ficam no conhecimento dos
participantes (Alves, 1998).
De acordo com Alexandre e Diogo (1990), a avaliação do projeto deve ser efectuada
em termos de balanço do processo, apreciação do produto e propostas futuras de
reformulação.
Os dois primeiros indicadores dizem respeito aos resultados, aos produtos esperados.
Os dois últimos referem-se à avaliação do projeto enquanto processo de ação e
intervenção.
A avaliação dos efeitos deve ser efectuada de forma contínua antes, durante e após a
ação. A avaliação da situação de referência antes da ação é fundamental para se
comparar a mudança de atitudes e comportamentos após a ação (por exemplo através
de inquéritos, observação, medições dos comportamentos).
Os projetos inseridos no ensino formal devem ter em conta alguns factores essenciais
como (Alexandre e Diogo, 1990; Oliveira, 1995; Raposo, 1997):
A Associação Norte Americana para a Educação Ambiental editou um guia com uma
série de recomendações para o desenvolvimento, logística e avaliação de projetos de
ES no contexto da educação formal até aos 12 anos, dirigido a estudantes, pais,
educadores, políticos e público em geral. Embora direcionado para o sistema de
ensino americano, não deixa de ser um instrumento de grande utilidade (NAAEE,
2018).
A ES não deve ser apenas dirigida no âmbito do ensino formal, mas a todas as
instituições, grupos e profissionais que pretendem afrontar processos educativos
ambientais com pessoas de qualquer idade e condição (Novo, 1998).
• Idade;
• Habilitações literárias;
• formação ambiental;
• Adequação ao tema;
• Perfil profissional;
• Caraterísticas socioculturais;
• Ligação à instituição responsável pelo projeto.
Outros recursos e materiais que podem ser utilizados no âmbito do ensino não formal,
mas também formal podem ser consultados no site da internet da APA, onde também
existe uma ligação para o site da internet da UNESCO onde diversos recursos na área
da ES estão disponíveis (APA, 2018).
Referências bibliográficas
Este libro representa el segundo en una serie de documentos publicados por NAAEE como parte del
Proyecto Nacional Para la Excelencia en Educación Ambiental.
Especial agradecimiento para los cientos de docentes, diseñadores del currículo, administradores educa-
tivos, especialistas en educación ambiental, y científicos ambientalistas que revisaron los borradores de este
documento y a Mary Vymetal-Taylor, Asistente del Proyecto para el Proyecto Nacional para la Excelencia
en Educación Ambiental.
Este proyecto ha sido financiado por la División de Educación Ambiental de la Agencia de Protección
Ambiental de los Estados Unidos.
Los contenidos de este documento no reflejan necesariamente los puntos de vista y políticas de la EPA.
Tampoco la mención de nombres comerciales o productos comerciales constituyen respaldo o recomen-
dación para su uso.
El financiamiento y apoyo adicionales para este proyecto se ha recibido de la Environmental Education
and Training Partnership (EETAP), Northern Illinois University, National Consortium for Environmental
Education and Training (NCEET), World Wildlife Fund, World Resources Institute, National Fish and
Wildlife Foundation, y National Environmental Education and Training Foundation.
Copias adicionales de este libro pueden solicitarse en la Oficina de Publicaciones y Membresía de NAAEE
(Asociación Norteamericana para la Educación Ambiental), P.O Box 400, Troy, OH 45373, USA. Teléfono
y Fax (937) 676 – 2514.
ISBN 1 – 884008 – 68 – 2
Derechos de autor © 1996 de la Asociación Norteamericana para la Educación Ambiental (NAAEE)
La reproducción comercial de cualquier material en esta publicación está estrictamente prohibida sin un
permiso escrito de parte del editor, NAAEE. Los educadores pueden fotocopiar estos materiales para propósi-
tos educativos no comerciales.
Traducción:
Vivian LaValle de Vignaroli y Monica R. Spinardi
Grupo de Educadores Ambientalistas
Buenos Aires, Argentina
Revisión de la traducción:
Verónica N. Coon
Washington, D.C.
TABLA DE CONTENIDO
Introducción . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5
I Característica Clave # 1 3
IMPARCIALIDAD Y EXACTITUD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 •
Característica Clave # 2
II PROFUNDIDAD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
Característica Clave # 3
III ÉNFASIS EN EL DESARROLLO DE HABILIDADES . . . . . . . . . . . . . .13
Característica Clave # 4
IV ORIENTADOS A LA INTERVENCIÓN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16
Característica Clave # 5
V SOLIDEZ EDUCATIVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18
Característica Clave # 6
VI UTILIZACIÓN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24
INTRODUCCIÓN
Materiales de Educación Ambiental: Pautas para la Excelencia es una colección de
recomendaciones para desarrollar y seleccionar materiales de educación ambiental. Estas
pautas intentan ayudar a los que desarrollan pautas de actividades, planificación de lecciones
y otros materiales de instrucción, a producir productos de alta calidad y proveer a los
educadores una herramienta para evaluar la vasta serie de materiales educación ambiental
disponibles. Estas pautas se fundan en un entendimiento común sobre la educación
ambiental efectiva. Para muchos educadores ambientales, esa comprensión encuentra su raíz
en dos documentos base de este campo: la Carta de Belgrado (UNESCO-UNEP 1976) y la
5
Declaración de Tbilisi (UNESCO, 1978). •
La Carta de Belgrado fue adoptada por una Desde 1978, foros tales como la Comisión
conferencia de las Naciones Unidas, y establece una Brundtland (Brundtland, 1978), la Conferencia de
meta de educación ambiental, ampliamente las Naciones Unidas sobre Medio Ambiente y
aceptada: Desarrollo en Río (UNCED, 1992) y el Consejo
Presidencial de los Estados Unidos sobre Desarrollo
La meta de la educación ambiental es el desarrollar una sostenible han influido la labor de muchos edu-
población mundial que sea consciente y preocupada por cadores ambientales.
el medio ambiente y los problemas que acarrea, y que
tenga el conocimiento, las habilidades, las actitudes, las Educación ambiental y aprendizaje
motivaciones y el compromiso para trabajar individual y La educación ambiental es buena educación. La
colectivamente hacia la búsqueda de soluciones de prob- educación ambiental está centrada en el alumno,
lemas actuales y la prevención de problemas futuros. proveyendo oportunidades para construir sus propios
conocimientos a través de investigaciones prácticas y
Unos pocos años después, en la primera conferen- de análisis. Los alumnos participan de experiencias
cia intergubernamental mundial sobre la educación directas y se ven desafiados a utilizar habilidades de
ambiental, se adoptó la Declaración de Tbilisi. Esta pensamiento superior.
Declaración, se basaba en la Carta de Belgrado y La educación ambiental apoya el desarrollo de una
establecía tres grandes objetivos para la educación comunidad con aprendizaje activo, donde los estudi-
ambiental. Estos objetivos proporcionaron el susten- antes compartan ideas y experiencias y, promueve la
to de mucho de lo que se ha hecho en ese campo continua investigación.
desde 1978: La educación ambiental brinda contextos y temas
• Promover clara conciencia de la interdependencia del mundo real desde donde se pueden aprender con-
económica, social, política y ecológica en áreas ceptos y habilidades. La educación ambiental
urbanas y rurales, y una preocupación por ellas. reconoce la importancia de considerar el medio ambi-
• Dar a cada persona las oportunidades para adquirir ente dentro del contexto de las influencias humanas,
el conocimiento, valores, actitudes, compromiso y incorporando un análisis de la economía, cultura,
habilidades necesarias para proteger y mejorar el estructura política y equidad social así como también
medio ambiente. procesos y sistemas naturales.
• Crear nuevos patrones de comportamiento en Como se concibe en este documento, la meta de la
individuos, grupos y la sociedad en general, hacia educación ambiental es la de desarrollar una ciu-
el medio ambiente. dadanía ambientalmente alfabetizada. A través de
A medida que se ha evolucionado en ese campo, programas amplios y cohesivos, los alumnos analizan
estos principios han sido investigados, criticados, cómo los sentimientos, experiencias, actitudes y per-
revisados y ampliados. Todavía permanecen como cepciones influyen en las cuestiones ambientales.
una sólida fundamentación sobre la visión de los Se vuelven conocedores de los procesos y sistemas
conceptos centrales y habilidades que los ciudadanos naturales y adquieren una comprensión de los proce-
ambientalmente alfabetizados necesitan. sos y sistemas humanos.
Book B 28 pages (B-W) 12/13/05 1:39 PM Page 6
Los estudiantes son capaces de investigar y analizar A través del Proyecto Nacional para la Excelencia
problemas y cuestiones ambientales utilizando una en Educación Ambiental, la Asociación
variedad de técnicas. Norteamericana para la Educación Ambiental
También utilizan habilidades básicas sobre ciencias y (NAAEE) está tomando el liderazgo en establecer
matemáticas y exploran la naturaleza de la tenden- pautas para el desarrollo de programas de educación
cias. Desarrollan el sentido de sus derechos y respons- ambiental coherentes, lógicos e integrales.
abilidades como ciudadanos, son capaces de compren- Estas pautas también marcarán el camino hacia el
der ideales, principios y práctica ciudadana en una uso de la educación ambiental como medio para
república democrática y adquieren las habilidades alcanzar los estándares establecidos por las disciplinas
necesarias para una ciudadanía. tradicionales y brindar oportunidad a los alumnos para
Una ciudadanía conocedora, preparada y activa es sintetizar el conocimiento y las experiencias a través
6 una clave para resolver temas ambientales que prome- de las disciplinas.
• ten crecer en importancia para el próximo siglo. Los programas de educación ambiental de buena cal-
Mientras que nuestras escuelas juegan un papel funda- idad facilitan la enseñanza de las ciencias, de cívica,
mental, el cultivar un alfabetismo ambiental no estudios sociales, matemáticas, geografía, literatura etc.
comienza ni termina en la educación formal. Muchos Se espera que estas pautas ayuden a los educadores a
sectores de nuestra sociedad modelan actitudes hacia desarrollar significativos programas de educación ambi-
el medio ambiente: familia, colegas, religión, comu- ental que integren y fortalezcan las disciplinas.
nidad, grupos determinados, gobiernos, medios de En un esfuerzo por asegurar que estas “Pautas para la
comunicación, etc., como también el conocimiento Excelencia” realmente reflejen una comprensión
sobre ellos. ampliamente compartida respecto a la educación
La educación ambiental a menudo comienza cerca de ambiental, éstas fueron elaboradas por un “equipo de
casa, alentando a los alumnos a comprender y forjar escritores” formado por profesionales de la educación
conexiones con sus alrededores más inmediatos. La con-
ambiental con una amplia variedad de antecedentes y
ciencia, conocimientos y habilidades necesarios para
afiliaciones profesionales. Este equipo aceptó el
estas conexiones y entendimientos locales, proveen una
desafío de transformar las ideas sobre calidad en pau-
base para moverse hacia sistemas más amplios, cues-
tas utilizables. Además, borradores de estos estándares,
tiones más integrales y una comprensión más sofisticada
circularon ampliamente por más de 1.000 practicantes
de las causas, conexiones y consecuencias.
y estudiosos en este campo (es decir, maestros, direc-
La educación ambiental promueve habilidades y
tivos educativos, científicos ambientales y diseñadores
hábitos que las personas pueden utilizar a lo largo de
toda sus vidas para comprender y actuar sobre cues- de currículo) y sus comentarios fueron incorporados
tiones ambientales. Enfatiza el pensamiento crítico y en sucesivas revisiones del documento.
creativo junto con otros procesos de pensamiento Referencias
superior que son claves para identificar, investigar y
Brundtland, G.H. (1989), Our Common Future: World
analizar problemas, formular y evaluar soluciones alter-
Communication on Environment and Development. N.Y.
nativas. La educación ambiental forja la capacidad en Oxford University Press.
los educandos para trabajar individual y cooperativa-
mente para mejorar las condiciones ambientales. UNCED (1992) Agenda 21: Programa de Acción para el
Para cada tema ambiental no existe una única Desarrollo Sostenible. Declaración de Río sobre Ambiente
respuesta o solución correcta – existen muchas per- y Desarrollo. N.Y.: Naciones Unidas
spectivas y mucha incertidumbre. La educación
UNESCO – UNEP (1976). La Carta de Belgrado.
ambiental promueve la capacidad de reconocer la Connect: UNESCO – UNEP Environmental Education
incertidumbre, imaginar escenarios alternativos y Newsletter. Vol 1. (1) pp 12.
adaptarse a condiciones e información cambiantes.
El conocimiento, las habilidades y los hábitos de UNESCO (1978) Informe final de la Conferencia
pensamiento se trasladan hacia una ciudadanía que Intergubernamental sobre Educación Ambiental.
está mejor preparada para enfrentar sus problemas Organizada por UNESCO en Cooperación con UNEP,
Tbilisi, U.R.S.S., 14- 26 Octubre 1977. París: UNESCO,
comunes y generar oportunidades para el mejoramien- ED/ MD/ 49.
to, aún cuando las preocupaciones ambientales estén
presente o no.
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CARACTERÍSTICA CLAVE # 1
I IMPARCIALIDAD Y EXACTITUD
Los materiales de educación ambiental deberían ser imparciales y exactos
en la descripción de los problemas ambientales, cuestiones y circunstancias,
y en reflejar la diversidad de perspectivas respecto a los mismos.
1.2) Presentación
equilibrada de diversas Qué buscar:
teorías y puntos de vista • Los proponentes de diversos puntos de vista han revisado los
materiales o contribuido a desarrollarlos de otro modo. Los
Cuando existen diferencias de opinión materiales mencionan los nombres de las personas involucradas
o explicaciones científicas rivales, la
en el desarrollo y la revisión, y sus afiliaciones profesionales.
gama de perspectivas debería ser pre-
sentada de forma equilibrada. • Las opiniones o políticas de una agencia u organización están
claramente identificadas.
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CARACTERÍSTICA CLAVE # 2
II PROFUNDIDAD
Los materiales de educación ambiental deberían promover conciencia sobre el
ambiente natural y construido, una comprensión sobre conceptos ambientales,
circunstancias y cuestiones y una conciencia de los sentimientos, valores, actitudes y
percepciones presentes en el núcleo de las cuestiones ambientales, según los
diferentes niveles de desarrollo.
2.1) Conciencia. Los materiales deberían • Las ideas están presentadas lógicamente y
reconocer que los sentimientos, experiencia y conectadas a lo largo de todos los materiales, 11•
actitudes moldean las cuestiones y poniendo más énfasis en una profunda
percepciones ambientales. comprensión que en un enciclopedismo.
• Los materiales incluyen un esquema
Qué buscar: conceptual claramente articulado, que señala
• Según resulte apropiado para el nivel de los conceptos a ser aprendidos y los relaciona
desarrollo, se provee oportunidades para que los entre sí.
alumnos exploren el mundo que los rodea.
• Los actividades proveen experiencias que 2.3) Conceptos en contexto. Los
acrecientan la conciencia de los alumnos conceptos ambientales deberían presentarse en
respecto al ambiente natural y construido. un contexto que incluya tanto aspectos sociales
• Los materiales ayudan a los alumnos a y económicos como ecológicos.
comprender la interdependencia de todas las
formas de vida y la dependencia de la vida Qué buscar:
humana en los recursos del planeta y en un • Las cuestiones ambientales están explicadas a
ambiente saludable. través de conceptos específicos.
• Los ejercicios y actividades alientan a los • Las relaciones históricas, éticas, culturales,
estudiantes a identificar y expresar sus propias geográficas, económicas y socio políticas que
posiciones respecto a cuestiones ambientales. están abordadas adecuadamente.
• Se ofrece oportunidades a los alumnos para
2.2) Enfoque en los conceptos examinar múltiples perspectivas en la
• En lugar de presentar una serie de hechos, los cuestión y adquirir una comprensión de la
materiales deberían utilizar temas unificantes complejidad de los temas, según resulte
y conceptos importantes. apropiado para su nivel de desarrollo.
• Más investigaciones ayudan a los alumnos a
Qué buscar: tantear más profundamente en los aspectos
• Los conceptos de los campos de las ciencias ecológicos, sociales y económicos de los
ambientales, tales como ecología, ciencia de problemas y en sus interrelaciones.
la tierra, química, biología de conservación • Los conceptos se introducen a través de
etc, se presentan de forma adecuada para el experiencias relevantes para la vida de
nivel de desarrollo propuesto. los alumnos.
• Los conceptos de los campos de las ciencias • Los materiales ayudan a los estudiantes a
sociales, tales como economía, antropología, establecer conexiones entre los conceptos.
sociología y ciencias políticas se presentan de • El aprendizaje está basado en el conocimiento
forma adecuada para el nivel de desarrollo constructivista de los estudiantes a través de
propuesto. la investigación, discusión y aplicación para
• Los hechos se presentan y el vocabulario de aumentar la comprensión conceptual.
palabras se introduce y define, dentro de un
contexto y apoyo a conceptos importantes.
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Ejemplo 2.2
Pauta de actividades de Pre-kinder a 8° del Proyecto “Learning Tree”
(Project Learning Tree Pre K-8 Activity Guide):
Esquema conceptual
El esquema conceptual del PLT relaciona conceptos desde diferentes campos,
alrededor de temas comunes tales como diversidad, sistemas y patrones de cambio.
Tema: Diversidad
En todo el mundo existe una gran diversidad de hábitats, organismos, sociedades, tecnologías y culturas.
CARACTERÍSTICA CLAVE # 3
III ÉNFASIS EN EL DESARROLLO DE HABILIDADES
Los materiales de educación ambiental deberían desarrollar habilidades
para toda la vida, que permitan a los alumnos prevenir y atender a temás
ambientales.
3.1) Pensamiento crítico y 3.2) Aplicar habilidades a los
creativo problemas
Los alumnos deberían ser desafiados a Los estudiantes deberían aprender a sacar
utilizar y mejorar su pensamiento crítico y
habilidades creativas.
sus propias conclusiones sobre qué es
necesario hacer, basado en una
13•
investigación y estudio integrales, en lugar
Qué buscar: de que se les enseñe a que determinado
• Los materiales ofrecen a los alumnos curso de acción es el mejor.
oportunidades para practicar procesos de
pensamiento crítico tales como Qué buscar:
definición de problemas, formulación de • Los materiales ayudan a los estudiantes
hipótesis, recolección y organización de a identificar, definir y evaluar temas
información, análisis de información, sobre la base de evidencias y diferentes
síntesis, conclusiones, formulación de perspectivas. Se debe incluir las
posibles soluciones e identificación de consideraciones éticas y los valores.
oportunidades para actuar.
• Los materiales alientan a los
alumnos a practicar procesos A pesar de que esto es un hecho, uno
de pensamiento creativo, puede detectar tendencias. No se
tales como modelado, uso de menciona: dónde se colocarán treinta y
metáforas y analogías y cinco enormes basurales, el costo de
formulación de preguntas. transportar los residuos de un estado a
• El reto de los alumnos es usar otro y la sensatez de enterrar recursos
procesos de pensamiento más según las tasas actuales.
elevados, tales como
identificación de tendencias,
deducciones, relaciones,
aplicación y reflexión.
• Los materiales proveen guía para juzgar
la validez de diversas fuentes de
información y alentar a los alumnos a
aplicar estas pautas,.
• Los educandos tienen la oportunidad de
practicar estas habilidades
individualmente y en grupos.
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• Los materiales proveen una lista de organizaciones y un plan de acción, ponerlo en práctica y evaluar los
otros recursos, que los alumnos pueden usar para resultados.
investigar los temas por sí mismos, según resulte • Se desafía a los alumnos a desarrollar sus habilidades
adecuado a su nivel de desarrollo. Esta lista debería para prever y planificar a largo plazo.
incluir grupos y recursos con diversas perspectivas. • Se alienta a los alumnos a practicar habilidades de
• Las oportunidades para utilizar diferentes métodos de comunicación e interpersonales, incluyendo
evaluar temas ambientales y sus soluciones posibles, comunicación oral y escrita, cooperación grupal,
según resulte apropiado para el nivel de edad propuesto. liderazgo, resolución de conflictos y otros.
Estos métodos pueden incluir análisis de riesgos, • Se da oportunidades a los alumnos para desarrollar una
análisis de costo/beneficio, análisis ético, análisis de variedad de habilidades ciudadanas que incluyen la
14• impacto ambiental, análisis de efectos acumulativos, participación en los procesos políticos y de
diferentes tipos de análisis económicos, análisis de reglamentación, acción del consumidor, uso de los
impacto social, etc. Los materiales ayudan a los medios y servicios a la comunidad.
alumnos a comprender las ventajas, debilidades y • Los materiales y actividades contribuyen a que los
tendencias de estos medios para evaluar un tema. estudiantes agudicen habilidades básicas de laboratorio,
• Se motiva a los alumnos a proponer sus propias y de campo tales como diseño experimental,
soluciones frente a los problemas. observación, recolección de datos y análisis de datos.
• Las problemas ambientales se presentan con una gama • Los materiales alientan a los estudiantes en el
de posibles soluciones así también como información aprendizaje de habilidades básicas de ciencia aplicada,
sobre cómo abordar comúnmente los problemas. Los incluyendo monitoreo ambiental, evaluación de la
materiales obligan a los alumnos a considerar las investigación realizada por otros, y produción de una
implicancias de diferentes enfoques. propuesta de investigación independiente.
• Se instruye a los educandos en el uso de varias formas
3.3) Habilidades para actuar de tecnología que les ayude a desarrollar y aplicar sus
Los alumnos deberían adquirir habilidades básicas para habilidades. Estas tecnologías pueden incluir
participar en la resolución de temas ambientales. computadoras y redes de comunicación electrónicas,
equipo de recolección de datos, equipo de video, etc.
Qué buscar:
• Los materiales brindan a los alumnos la oportunidad de
aprender habilidades básicas para atender cuestiones
ambientales, según resulte apropiado para el nivel
propuesto. Estas habilidades pueden incluir definir un
tema, determinar si se puede garantizar la acción,
identificar a otros involucrados en el tema, seleccionar
apropiadas estrategias de acción y comprender sus
posibles consecuencias, crear un plan de acción, evaluar
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Ejemplo: 3.3
Investigación y evaluación de asuntos e intervenciones ambientales:
Módulos de capacitación
Este programa ofrece a los alumnos oportunidades para el aprendizaje de habilidades
básicas para atender problemas ambientales y desarrollar una variedad de habilidades
ciudadanas.
Actividades claves
Hungerford, H. Litherland, R, Peyton, R.B., Ramsey, J. & Volk, T. Investigating and Evaluating
Environmental Issues and Actions: Skill Development Modules. Champaign, IL.: Stipes Publishing
Company, 1996.
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CARACTERÍSTICA CLAVE # 4
IV ORIENTADOS A LA INTERVENCIÓN
Los materiales de educación ambiental deberían promover la responsabilidad cívica,
alentar a los alumnos a utilizar sus conocimientos, habilidades personales y
evaluaciones sobre temas ambientales cómo base para solucionar problemas
ambientales e intervención.
4.2) Autoeficacia
Los materiales deberían tener como objetivo el
afianzar la percepción de los materiales sobre
sus habilidades para influenciar el desenlace de
una situación.
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Ejemplo: 4.2
Diferentes tipos de acción o intervención
A continuación hay algunos ejemplos de estrategias individuales y
comunitarias para la participación ciudadana, incluidas en los
materiales de educación ambiental. Las intervenciones oscilan en una
escala que va desde acciones a nivel individual hasta el nivel
comunitario más amplio.
17•
¿Cómo puedo ayudar? En esta actividad se alienta a que los estudiantes par-
ticipen en acciones para mejorar la comunidad, produciendo cambios ambiental-
mente positivos. Los alumnos enumeran posibles proyectos, a través de aporte de
ideas, limitan la lista a aquellos que les interese particularmente y seleccionan
uno o más proyectos que puedan llevar a cabo durante el año escolar. Algunos
proyectos simples podrían incluir el recoger basura de un área, plantar flores,
pasto, arbustos o árboles, remover “graffiti” de las paredes, o diseñar un mural
para una pared cercana.
Always a River. Cincinnati, OH: USEPA Office of Research and Development 1991.
Paden, M., ed. Teacher’s Guide to World Resources. Washington, D.C.: World
Resources Institute, 1994.
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CARACTERÍSTICA CLAVE # 5
V SOLIDEZ EDUCATIVA
Los materiales de educación ambiental deberían confiar en técnicas de instrucción
que puedan forjar un medio eficaz de aprendizaje.
Ejemplo 5.2
Palabras relacionades al agua
Esta actividad, propuesta para ser utilizada con niveles de grados primarios e
intermedios, ilustra cómo los conceptos pueden comunicarse de más de una forma 19•
dentro de una actividad. Su objetivo es permitir a los estudiantes describir una
variedad de formas y razones por las cuales el agua es importante para las personas y
la vida silvestre.
Procedimiento
1. Hacer que los alumnos traigan fotografías de revistas que muestren agua. Pedirles que busquen
especialmente aquellas que muestren cómo los seres vivientes dependen del agua. Despliegue estas
fotos y úselas como base para una discusión.
2. Pedir a los estudiantes que piensen en algunos modos en que han utilizado el agua ese día.
Enfatizar cómo finalmente todos los seres vivientes están en última instancia conectados al agua.
3. Utilizando una extensa tira de papel o un espacioso pizarrón para anotar, pedir a los alumnos una
lista al menos de 100 palabras relacionadas con el agua. Nota: para los más pequeños, utilizar dibujos o
una combinación de palabras y dibujos.
4. Utilizando la lista de palabras anotadas, pedir a los alumnos que creen árboles de palabras rela-
cionas con el agua. Comenzar con un simple árbol de palabras (y continuar) hacia otros más complejos.
Agua Condensación
Ciclo Tormenta
5. Cuando los alumnos hayan terminado varios árboles de palabras, pedirles que miren lo que han
hecho y que creen una o dos definiciones poéticas sobre el agua o conceptos relacionados. Estas
podrían comenzar: “El agua...” o “ El agua es...” Si no son definiciones, los alumnos podrían crear ora-
ciones o incluso párrafos relativos al agua.
6. Hacer que los alumnos escriban sus descripciones poéticas sobre varios tonos de papel de construc-
ción, azul, color de agua, gris, blanco y verde, para graficar el sentido de sus ideas.
Aquatic Project WILD, Council for Environmental Education. Reimpreso con permiso del Proyecto
WILD, © 1987, 1992.
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5.5) Interdisciplinario
Los materiales deberían reconocer la naturaleza • Los materiales ayudan a desarrollar habilidades útiles
interdisciplinaria de la educación ambiental. en disciplinas de otras áreas, tales como lectura
comprensiva, matemática, escritura y lectura y análi-
Qué buscar: sis de mapas.
♦ Los materiales mencionan claramente el tema de • Cuando resulte apropiado, los materiales se adaptan
las disciplinas integradas en cada lección o lec- a estándares nacionales para otras disciplinas o están-
ciones, sugieren relaciones con materias de otras dares adoptados por el distrito escolar o estatal.
áreas, tales como las disciplinas científicas, estudios
sociales, matemáticas, geografía, lenguaje, arte, edu-
cación física, educación ocupacional, etc.
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Ejemplo 5.5
Integración curricular
Este gráfico muestra cómo los materiales curriculares pueden ser diseñados para ser
integrados transversalmente en el currículo, al sugerir conexiones con varias áreas de las
materias.
Lectura
Investigación, hojas de trabajo Arte
Matemáticas manuales, listas, instrucciones, Trabajo de mapas, actividad
Modelos de escala, relaciones
y proporciones, mediciones
experimentos, simulación ubi-
cada cerca a los lagos
de collage, construcción de
modelos, ilustraciones
21•
➠ ➠
ECOLOGÍA LACUSTRE
➠
➠ INTERACTIVA
➠
➠
Denocour, MT Interactive Lake Ecology, Concord, NH: New Hampshire Department of Environmental
Services, 1991.
Ejemplo 5.8
Modelo de rúbrica
Esta “rúbrica” fue desarrollada por una maestra de “Earth Systems” para ser utilizada en
la evaluación de proyectos de investigación individuales de estudiantes.
Utilización del tiempo de investigación
El alumno necesitaba recordatorios permanentes para regresar a su trabajo. El trabajo puede resultar inapropiado
para el proyecto.
El alumno estaba generalmente en su tarea, pero necesitaba un recordatorio ocasional para regresar a su trabajo.
Todo el trabajo resulta apropiado. 23•
El alumno estaba permanentemente en su tarea y no necesitaba recordatorio para regresar a su trabajo.
Participación en el proyecto
El alumno no agrega una cantidad justa de trabajo al proyecto y no cumple todos los requisitos por la duración de
la presentación.
El alumno agrega una cantidad justa de trabajo al proyecto, pero puede no alcanzar todos los requisitos durante la
presentación.
El alumno agrega una cantidad justa de trabajo al proyecto y alcanza todos los requisitos por la duración del
proyecto.
La información del alumno está en gran parte correctamente basada en los hechos. La información puede no ser
pertinente para la presentación.
La información del alumno está correctamente basada en los hechos y es pertinente para la presentación.
Claridad de presentación
El trabajo del alumno no está bien planificado. El alumno estaba confundido en mucha de la información
presentada. El alumno no fue claro en explicar los tópicos.
El trabajo del alumno está bien planificado. Pareció haber cierta confusión o mala interpretación de la información.
El trabajo del alumno está bien planificado y claramente explicado. El alumno mostró un claro dominio de la infor-
mación presentada.
El esquema del alumno resultó apropiado para la presentación. Pudo haber sido utilizado de manera más apropia-
da. El diseño del esquema puede no haber maximizado el aprendizaje.
El uso del esquema fue oportuno y apropiado. El diseño del esquema fue construido para maximizar el aprendizaje.
Mayer, V. J. y Fortner, R. Weds. Science is a Study of Earth, Columbus, OH: Ohio State University, 1995.
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CARACTERÍSTICA CLAVE #6
VI UTILIZACIÓN
Los materiales de Educación Ambiental deberían estar bien diseñados y ser fáciles de utilizar.
Qué buscar:
• Se proveen sugerencias para adaptar las lecciones y ♦ Los materiales han sido probados bajo condiciones
actividades a alumnos de antecedentes étnicos o cultur- similares a su propuesta de uso y evaluados en tér-
ales particulares. minos de metas y objetivos establecidos antes de la
• Los materiales están disponibles en más de un implementación en amplia escala.
idioma, si corresponde. • Si los materiales son parte de un programa más
• Cuando sea necesario, los materiales sugieren extenso, el mismo pueda proveer resultados
adaptaciones fáciles para diversos ambientes, tales continuos y modificaciones una vez que esté en
como interiores o al aire libre, ambientes formales e camino.
informales, clases numerosas o reducidas, de niveles • Los educadores que trabajan en los lugares donde se
mezclados y de ambientes rurales, suburbanos y piensan utilizar los materiales, han participado en el
urbanos. equipo de diseño, o revisado los borradores de los 25•
• Hay sugerencias para encontrar alternativas de bajo materiales.
costo o ningún costo para el equipamiento y los
materiales necesarios. Ejemplo 6.6:
• Los materiales proporcionan sugerencias para las Prueba en terreno
adaptaciones de alumnos con necesidades especiales Esta sección de reconocimientos indica que
de aprendizaje, necesidades de lenguaje y necesi- nuevas actividades fueron probadas y evaluadas.
dades físicas.
• Los materiales ofrecen ideas para adaptarse a distin- Gracias a los siguientes padres, maestros, naturalis-
tos niveles de grado. tas, educadores ambientalistas y jóvenes líderes,
quienes donaron gran parte de su tiempo y conside-
6.5) Acompañado de instrucciones ración, al probar y evaluar las actividades reciente-
y apoyo mente diseñadas para este libro: La lista de 46 nom-
Debería proveerse apoyo e instrucción adicionales, bres incluye muchas personas involucradas en edu-
para satisfacer las necesidades de los educadores. cación formal y no formal