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NOME:
3ª série EM | Filosofia |
AULA 01 - Introdução à Filosofia da Ciência
1) (ENEM – 2012 - adaptada) Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que
existe, existiu e existirá, e que outras coisas provêm de sua descendência. Quando o ar se dilata,
transforma-se em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por
filtragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água, quanto mais condensada,
transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma- se em pedras. BURNET, J.
A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado). Filósofos dos diversos tempos
históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a partir de uma explicação racional. As
teses de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e dos demais filósofos da natureza têm em comum na sua
fundamentação teorias que:
A) eram baseadas nas ciências da natureza.
B) refutavam as teorias de filósofos da religião.
C) tinham origem nos mitos das civilizações antigas.
D) postulavam um princípio originário para o mundo.
E) defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas.
2) Assentado, portanto, que a Escritura, em muitas passagens, não apenas admite, mas necessita de
exposições diferentes do significado aparente das palavras, parece-me que, nas discussões naturais,
deveria ser deixada em último lugar. (GALILEI, G. Carta a Benedetto Castelli. In: Ciência e fé: cartas de
Galileu sobre o acordo do sistema copernicano com a Bíblia. São Paulo: Unesp, 2009. [adaptado]). O
texto, extraído da carta escrita por Galileu (1564-1642) cerca de trinta anos antes de sua condenação pelo
Tribunal do Santo Ofício, discute a relação entre ciência e fé, problemática cara no século XVII. A
declaração de Galileu defende que:
a) a Bíblia, por registrar literalmente a palavra divina, apresenta a verdade dos fatos naturais, tornando-se
guia para a ciência.
b) o significado aparente daquilo que é lido acerca da natureza na bíblia constitui uma referência
primeira.
c) as diferentes exposições quanto ao significado das palavras bíblicas devem evitar confrontos com os
dogmas da Igreja.
d) a Bíblia deve receber uma interpretação literal porque, desse modo, não será desviada a verdade
natural.
e) os intérpretes precisam propor, para as passagens bíblicas, sentidos que ultrapassem o significado
imediato das palavras.
2 - Até hoje admitia-se que nosso conhecimento se devia regular pelos objetos; porém, todas as tentativas
para descobrir, mediante conceitos, algo que ampliasse nosso conhecimento, malogravam-se com esse
pressuposto. Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não se resolverão melhor as tarefas da metafísica,
admitindo que os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento. (KANT, I. Crítica da razão pura.
Lisboa: Calouste-Gulbenkian, 1994, adaptado). O trecho em questão é uma referência ao que ficou
conhecido como revolução copernicana na filosofia. Nele, confrontam-se duas posições filosóficas que
a) assumem pontos de vista opostos acerca da natureza do conhecimento.
b) defendem que o conhecimento é impossível, restando-nos somente o ceticismo.
c) revelam a relação de interdependência entre os dados da experiência e a reflexão filosófica.
d) apostam, no que diz respeito às tarefas da filosofia, na primazia das ideias em relação aos objetos.
Até hoje admitia-se que nosso conhecimento se devia regular pelos objetos; porém, todas as tentativas
para descobrir, mediante conceitos, algo que ampliasse nosso conhecimento, malogravam-se com esse
pressuposto. Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não se resolverão melhor as tarefas da metafísica,
admitindo que os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento. KANT, I. Crítica da razão pura.
Lisboa: Calouste-Gulbenkian, 1994 (adaptado).
2. O trecho em questão é uma referência ao que ficou conhecido como revolução copernicana na filosofia.
Nele, confrontam-se duas posições filosóficas que
a) assumem pontos de vista opostos acerca da natureza do conhecimento.
b) defendem que o conhecimento é impossível, restando-nos somente o ceticismo.
c) revelam a relação de interdependência entre os dados da experiência e a reflexão filosófica.
d) apostam, no que diz respeito às tarefas da filosofia, na primazia das ideias em relação aos objetos.
e) refutam-se mutuamente quanto à natureza do nosso conhecimento e são ambas recusadas por Kant.
1. Quais pontos da filosofia do Círculo de Viena podem ser percebidos no trecho acima?
a) O conhecimento parte de uma observação dos fatos. Aquilo que não pode ser verificado é considerado
desprovido de sentido.
b) Proposições fatuais não têm necessariamente uma relação com a realidade. Os fatos podem existir
apenas nos pensamentos e, por isso, não podem ser verificados.
c) As proposições fatuais devem ser abandonadas quando se começa a fazer ciência. Aquilo que já é
considerado um fato não precisa ser comprovado.
d) A ciência, por se preocupar em comprovar fatos, tornou-se obsoleta. Assim, é preciso banir a
necessidade de se estabelecer uma relação entre teoria e realidade para que haja um progresso na ciência.