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CANTOR INOVA COM FORMATO DE DIVULGAÇÃO QUE PODE DECRETAR O FIM DEFINITIVO

DO CD E DVD.

Uma rosto novo tem surgido no mercado da música nas últimas semanas e tem chamado
a atenção não só pelo som (que de tão original parece um equivoco classifica-lo apenas como
sertanejo) mas principalmente pelas inovações na forma de divulgação do seu trabalho. Estamos
falando do CD/DVD CODE do cantor Júnior Villa.

A primeira vista não parece tão inovador levar o público para as lojas de streaming por
meio dos chamados QR Codes, cada vez mais populares no mercado de publicidade, mas o que
realmente surpreende, é anexar esse código a um disco de papel, bem mais econômico que uma
mídia de CD ou DVD, distribuído exatamente no mesmo formato: Dentro de um envelope
convencional como dos CDs promocionais entregues de mão em mão por divulgadores de
diversos artistas nas ações de marketing presencial por todo o Brasil.

O consumidor recebe o produto com formato, peso e arte gráfica similar ao de costume,
exceto pela tarja que traz o anuncio de que ele tem nas mãos o primeiro CD/DVD que roda no
celular. Na parte de trás, se depara ainda com a provocativa frase: “Percebeu que mudou a
forma como você se conecta a música?”. São informações suficientes para que curioso, o
usuário arranque de dentro o que surpreendentemente não é mesmo um disco comum e sim um
encarte de papel no mesmo formato, com um convite a ativar a câmera do Smartphone e apontar
para o código impresso em meio a arte, que mostra o acampamento que serviu de cenário para o
primeiro musical do artista. Qualquer iPhone ou dispositivos equipados com as últimas
atualizações do Android levam o ouvinte diretamente para a página com videos e plataformas de
streaming prontas para executar as músicas do cantor.

A idéia surgiu de um dos empresários do Cantor, Flaney Gonzallez, conhecido nos


bastidores por ter fotografado e produzido conteúdo multimídia de diversos artistas como
Henrique e Juliano, Marilia Mendonça, Cristiano Araújo, Vitor e Leo entre outros. Segundo o
empresário, as pessoas mudaram a forma como consomem música, mas o modelo de
distribuição de mídia não acompanhou o processo, o que tornou cara e obsoleta a estratégia de
distribuição gratuita de material, que chega as pessoas sem que elas sequer tenham aparelhos
que reproduzam o formato.

São horas de trabalho na autoração e menus de DVDs, gasta-se muita grana para
produzir material sabendo que a maior parte disso vai para o lixo ou para a estante sem jamais
ser consumido de fato. As pessoas ainda não repararam, mas a qualidade do DVD, por exemplo,
é infinitamente inferior a do youtube que permite assistir videos em 4K, frente aos 720 Pixels que
hoje quadriculam ainda mais nas grandes telas que as pessoas assistem, afirma Flaney. A mídia
que poderia competir na quantidade de pixels seria o BlueRay, porém o formato jamais foi
popular no Brasil.

A idéia de manter o envelope com o disco dentro, mesmo que de papel, é justificada pelo
artista pela necessidade de ter um produto fisico para apreciação das pessoas. Segundo Júnior
Villa, por mais que alguns não possuam um celular que faça a leitura diretamente da câmera, sem
precisar de aplicativo para ser encaminhado ao site com video e música, o consumo ainda será
maior que do CD e DVD convencional, e mesmo que sequer essa pessoa tenha um smartphone,
ela ainda será impactada por sua imagem, seu nome e pelo DVD Ao-Vivo e de Boa que ele
divulga, podendo em outra ocasião pesquisar, ouvir e conhecer melhor o som que o tem levado a
tocar nas rádios de todo o Brasil e ter crescido tanto nas plataformas e Youtube em tão pouco
tempo.

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