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SEM 

326 ‐ Complementos de Elementos de Máquinas I

Aula
l 8

A8‐1
SEM 326 ‐ Complementos de Elementos de Máquinas I

3. UNIÕES POR MEIO DE REBITES 
3.1 Utilização 
l ã

• Uniões de elevada resistência (estrutura de ponte e guindaste) 
• Uniões estanques (caldeira, reservatório) 
• Uniões estanques em geral (chaminé, tubulação) 
• Uniões em chapas de revestimentos (carroceria, fuselagem) 

3.2  Vantagens 3.3  Desvantagens

•Execução simples
•Execução simples desmontável
•Não desmontável
•Não
•Não exige operário qualificado •Maior peso da união
•Controle de qualidade simples •Campo de aplicação reduzido (chapas) 
•Não recomendável a carregamentos dinâmicos
•Redução de resistência do material rebitado ‐ furação (13% a 40%) 

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3.4 Execução 

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• Rebitagem a quente (700°C) 
• Rebitagem a frio (até 12 mm) 

Rebitagem POP 

Rebitagem por explosão 

Rebitagem por tração 

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3.5 Tipos de Rebites 

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3.6 Transmissão de Força entre as Chapas 

Carga
N2 N

C
escorregamento

N1
2.6.1 Parcela transmitida pelo atrito entre as chapas (1)

N1 = μ ⋅σ R ⋅ S R Alongamento

2.6.2 Parcela transmitida pelo cisalhamento do rebite (2) N 2 = τ R′ ⋅ S R

2.6.3 Força total transmitida (1 + 2)

N = N1 + N 2 = μ ⋅σ R ⋅ S R + τ R′ ⋅ S R = (μ ⋅ σ R + τ R′ )⋅ S R

N
N =τ R ⋅ SR τR =
SR A8‐6
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3.7 Dimensionamento

3.7.1 Cisalhamento do Rebite

simples 

N
N N τR = ≤ τ R adm
SR

duplo 

N
N τR = ≤ τ R adm
2⋅ SR
N / 2
A8‐7
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P
P P / 2 τR = ≤ τ R adm
z ⋅ n ⋅ SR
P / 2

τR : tensão de cisalhamento no rebite


:   tensão de cisalhamento no rebite

N :   força aplicada por rebite

P :   força total aplicada 
o ça tota ap cada

z :   número de rebites (a que se aplica P) 

n :   número de seções transversais resistentes por rebite

SR :   seção transversal do rebite SR = π . d 2 / 4

d :   diâmetro do rebite 
diâ t d bit

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3.7.2 Esmagamento da Haste do Rebite

N
N
N σl = ≤ σ l adm
d ⋅s

P P
P σl = ≤ σ l adm
z⋅d ⋅s

σl :   pressão específica na haste do rebite
σl adm
l adm : pressão específica admissível do material do rebite
:   pressão específica admissível do material do rebite
N :   força aplicada por rebite
P :   força total aplicada
d :   diâmetro do rebite
diâ d bi
s :   espessura da chapa A8‐9
z :   número de rebites
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3.7.3 Tração ou Compressão na Chapa

N N
σ ch = ≤ σ ch adm
N (l − d )⋅ s
l

P P
σ ch = ≤ σ ch adm
P
(l − z g ⋅ d )⋅ s

σch :   tensão normal na chapa
ã l h
σch adm :   tensão normal admissível do material da chapa
N :   força aplicada por rebite (tração N > 0 ou compressão N < 0)
P :   força total aplicada
d :   diâmetro do rebite
l :   largura da chapa
g p
s :   espessura da chapa
zg :   número de rebites na seção crítica da chapa  A8‐10
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3.7.4 Flexão da Chapa

Mf
Mf σf = ≤ σ f adm
Wf
Mf

Wf =
(l 3
)
− d3 s
Mf 6l
Mf (
(para 1 rebite centrado)
1 bit t d )

l :   largura da chapa
d :   diâmetro do rebite
s :   espessura da chapa
σf :   tensão de flexão na chapa
p
σf adm :   tensão de flexão admissível do material da chapa
Mf :   momento de flexão aplicado
Wf :   módulo de resistência à flexão da seção crítica da chapa
ód l d i tê i à fl ã d ã íti d h

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3.7.5 Cisalhamento da Chapa

N
N N
τ ch = ≤ τ ch adm
2⋅e⋅s

τch :   tensão de cisalhamento na chapa
τch adm :   tensão de cisalhamento admissível do material da chapa
N :   força aplicada por rebite
e :   distância do centro do rebite à borda da chapa (na direção da carga)
s :   espessura da chapa
d h

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3.7.6 Rompimento da Chapa por rasgamento da chapa 

N
N

União Eixo‐Cubo 

Ps = d ⋅ L ⋅ p
Ps / 2 Ps / 2
Ps ::   força de separação
força de separação
D :   diâmetro do eixo
L :   comprimento do cubo
P :    pressão específica de contato
D :   diâmetro externo do cubo
diâ d b
σt méd :   tensão normal média

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N Ps
σ = ≤ σ ⇔ p =
d ⋅s d ⋅L
l l adm

N Ps
σ ch = ≤ σ ch adm ⇔ σ t méd =
⎛ d⎞
2⎜e − ⎟ s (D − d ) L
⎝ 2⎠

σl :   pressão específica na haste do rebite
σch :   tensão normal na chapa
σch adm :   tensão normal admissível do material da chapa
N : força aplicada por rebite
:   força aplicada por rebite
e :   distância do centro do rebite à borda da chapa
d :   diâmetro do rebite
s :   espessura da chapa

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3.8 Carregamento Excêntrico
3.8.1 Método Exato Gi      
Ni i – módulo de elasticidade transversal
Rebite i SR i – área da seção transversal
di       – dimensão característica
Nf i Nq i rebite 1 (após deformação)

N f1 Nfi Nfz
ri Δ1 =L= =L= =k
yi α r1 ri rz
r1 z
rebite 1
M t = Q ⋅ L = ∑ N f i ⋅ ri ⇒
CR Q
i =1
xi z
Q⋅L
rz ⇒ Q ⋅ L = ∑ k . ri .ri ⇒ k= z
L i =1
∑i
r 2

i =1
rebite z

Q r r r
Δ i = ri .α Nqi = N i = N f i + N qi
Gi .ri .α .S Ri k ' .Gi .ri .S Ri z
N fi ≈ ⇒ N fi =
γ i ≈ Δi d
di di
i

τ i = Gi .γ i Para rebites de mesmo material 
E e mesma dimensão :
G= N ∝r ⇒ N fi = k .ri
2(1 + ν )
fi i

N fi = τ i .S Ri A8‐15
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Posição do centro de rebitagem : (CR – Xc = ?  ;  Yc  = ?)


Xi Nf  Nfy i
αi
XC i
xi
Nfx i
ri
ri αi
yi

αi
Yi

CR
CR rz

∑Nfi =0
YC

i =1 1) Com  Xi e Yi acho  Xc e Yc


2) Acho  xi  ,  yi e  ri
xi = X i − X C N fxf i = − N f i ⋅ sen α i
3) Acho k : 

y i = Yi − YC N fy i = N f i ⋅ cos α i
z
Q.L
Q.L = ∑ k .ri .ri ⇒ k = z
i =1
∑r
2
i
i =1

ri = x + y
i
2
i
2
Nf i =k⋅ri
4) Acho Nfi
yi
sen α i = y i ri N fx i = − k ⋅ ri ⋅ = − k ⋅ yi
ri N qi =
Q
cos α i = x i ri xi
z

N fy i = k ⋅ ri ⋅ = k ⋅ xi
ri A8‐16
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⎧ z z

r
z ⎪⎪ ∑ N fx i = 0 ⇒ ∑ (− k ⋅ y ) = 0i ⇒
∑Nfi =0 ⇒ ⎨ z
i =1 i =1
z
i =1 ⎪∑ N fy i = 0 ⇒
⎪⎩ i =1 ∑ (k ⋅ x ) = 0
i =1
i ⇒

⎧ z z

⎪⎪∑ yi = 0 ⇒
i =1
∑ (Y − Y ) = 0
i =1
i C ⇒
⎨ z z
⎪ ∑ xi = 0 ⇒
⎪⎩ i =1 ∑ (X
i =1
i − XC )= 0 ⇒

⎧ z

⎧ z z z ⎪ ∑ Yi ⎪
⎪⎪ ∑ Yi = ∑ YC ∑Y ⎪ YC = ⎪
i =1
⇒ = z ⋅ YC ⇒
i ⎪ z ⎪⎬ ⇒ CR
⎨ z
i =1 i =1 i =1
⎨ z ≡ CG

z z
⎪∑ X i = ∑ X C ⎪ Xi ⎪
⎪⎩ i =1
⇒ ∑X i = z ⋅ XC ⇒
⎪ ⎪
⎪⎩ X C =
i =1 i =1 i =1
z ⎪⎭
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v
3.8.2 Método Aproximado Nf 1 z1 = 3

simplificação Nf 2 z2 = 2
para u1 >> v
para u >> v
Nf 3 z3 = 3

Q u3 u2 u1 Q
CR

nf

M t = Q ⋅ L = ∑ N f i ⋅ ui ⋅ zi
i =1
L L

Q ⋅ L = N f 1 ⋅ u 1 ⋅ z1 + N f 2 ⋅ u 2 ⋅ z 2 + N f 3 ⋅ u 3 ⋅ z 3 + L

N f1 Nf2 Nf3 N f 1 ⋅ u2 N f 1 ⋅ u3
= = =L Nf2 = Nf3 =
u1 u2 u3 u1 u1
N f 1 ⋅ u2 N f 1 ⋅ u3
Q ⋅ L = N f 1 ⋅ u1 ⋅ z1 + ⋅ u2 ⋅ z2 + ⋅ u3 ⋅ z3 + L
u1 u1
N f 1 ⋅ u12 ⋅ z1 N f 1 ⋅ u 22 ⋅ z 2 N f 1 ⋅ u32 ⋅ z3
⋅ ( u12 ⋅ z1 + u 22 ⋅ z 2 + u32 ⋅ z3 + L )
N f1
Q⋅L = + + +L =
u1 u1 u1 u1
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Exemplo de cálculo. 100
Achar os esforços na união por rebites abaixo: 4 3

• Coordenadas (X
C d d (Xi , YYi):
) 1000 N
1000 N
z

∑X
300
1 (0;0) i
0.2
XC = i =1
= = 0.05 y
2 (0.1;0)
⇒ z
z 4
1 2
∑Y
x
3 (0.1;0.3) 500
i
0.6
4 (0;0.3) YC = i =1
= = 0.15
z 4
• Coordenadas (xi , yi):
1 (‐0.05;‐0.15) r1 = 0.158
xi = X i − X C (0.05;‐0.15) r = xi2 + yi2

⇒ ⇒
2 i
r2 = 0.158

yi = Yi − YC 3 (0.05;0.15) r3 = 0.158
r4 = 0.158
4 ( 0 05 0 15)
(‐0.05;0.15)
Método exato :
z 4 Método aproximado :
Mt = Q ⋅L = ∑ N ⋅ ri = ∑ k .ri
2

(u .2)
f i
i =1 i =1 2

( ) ⇒ Q.L = N f 1 1
k = 5000 .
M t = 1000 ⋅ 0 . 5 = k 4 ⋅ 0 . 158 2
u1
N fi = k .ri ⇒ N f1 = N f 2 = N f 3 = N f 4 = 790 [N]
N f 1 = 833 [N]
1000
N Qi = = 250 [N] A8‐19
4
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3.9 Tensões Admissíveis

Tensões admissíveis [kgf/cm2] em estruturas de aço (tabela 9.4, página 152 ‐ Niemann) 

Peças Rebites Peças Rebites Peças Rebites Peças Rebites


Material St St H-B- St St St St 52 St 44
00.12 34.13 St 34.13 37.12 34.13
Tensões σ τR σ τR σ τR σ τR
admissíveis τ σl τ σl τ σl τ σl
Segundo 1000 800 1200 960 1400 1120 2100 1680
DIN 120 800 2000 960 2400 1120 2800 1680 4200

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EXERCíCIO: Dimensionar a união por meio de rebites da figura abaixo, sabendo-se que as chapas são
de material St 37.12 e os rebites de St 34.13, segundo Tab. 9.3 e 9.4 – Niemann,
para uma carga P igual a 30.000 Kgf.

P P

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